informativo convívio n.3 - 2011

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Informativo da Congregação das Servas de Maria Reparadoras, Província Nossa Senhora Aparecida. Número 03 de 2011.

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C O N V Í V I O agosto 2011

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MENSAGEM AOS RELIGIOSOS E ÀS RELIGIOSAS DO BRASIL

Amado, amada de Deus, Irmão e Irmã de Vida Consagrada,

TENHO SEDE!

O Papa João Paulo II definiu a Vida Consagrada como: “uma vida profundamente

arraigada nos exemplos e ensinamentos de Nosso Senhor. Ela é um dom de Deus para a

sua Igreja, por meio do Espírito Santo. A profissão dos conselhos evangélicos,

característica da Vida Consagrada, faz com que os traços de Jesus pobre, casto, obediente,

adquiram especial visibilidade no meio do mundo. A vivência dos conselhos evangélicos

atrai o olhar dos fiéis para o mistério do Reino de Deus atuante na história com a sua

plena realização no fim dos tempos”. (Exortação Apostólica pós sinodal –“VIDA

CONSECRATA” – 1996 - João Paulo II – nº 1)

A Vida Consagrada é um caminho de especial seguimento de Cristo. É um deixar

tudo para estar com Cristo e colocar-se com Ele ao serviço de Deus e dos irmãos. É entrega

total ao Senhor da vida, é acolhimento total de Cristo na própria vida e na vida da Igreja. O

consagrado, a consagrada faz de Cristo o sentido total da própria vida; preocupa-se em

reproduzir, na medida do possível, “aquela forma de vida que o Filho de Deus assumiu ao

entrar no mundo” (LG 44). Às pessoas de vida consagrada Cristo pede uma adesão total,

que implica o abandono de tudo, para viver na intimidade com Ele e segui-Lo para onde

quer que Ele vá.

O documento de Aparecida ensina que: “Num continente onde se manifestam sérias

tendências de secularização, também na vida consagrada, os religiosos são chamados a

dar testemunho da absoluta primazia de Deus e de seu Reino. A vida consagrada se

converte em testemunha do Deus da vida em uma realidade que relativiza seu valor

(obediência), é testemunha de liberdade frente ao mercado e às riquezas que valorizam as

pessoas pelo ter (pobreza), e é testemunha de uma entrega no amor radical e livre a Deus e

à humanidade frente à erotização e banalização das relações (castidade) (DA nº 219)

Hoje a sociedade questiona a vida religiosa, principalmente através de duas

perguntas: POR QUE SE CONSAGRAR? PARA QUE SE CONSAGRAR? Só há uma resposta à

primeira pergunta: é por amor a Jesus, aquele sobre o qual repousa o Espírito do Pai; aquele

em quem devemos manter os olhos fixos, pois, é Ele o autor e consumador de nossa fé;

aquele que anuncia a verdade e denuncia a mentira e a injustiça sem desânimo, sem

desfalecer, sem medo; aquele em quem devemos nos espelhar e seguir, olhando para seu

exemplo de humildade, de perseverança, de obstinação, para assim, cumprir a missão que é

dele e nossa, ou seja, guiados pela mão do Pai, ser um sinal da aliança de Deus com a

humanidade, ser luz para os cegos que vivem nas trevas da ambição, do orgulho, da

ignorância e do pecado e ser instrumento de libertação para os que vivem prisioneiros das

injustiças humanas. Já temos assim a resposta à segunda pergunta: o para quê se consagrar?

Para amar a Jesus e as pessoas a quem os consagrados são chamados a servir com

humildade, característica de João Batista, o precursor que veio preparar os caminhos do

Senhor. Como João Batista, o religioso é chamado a testemunhar que não é o Cristo, mas

sim servo de Cristo e servidor do Reino de justiça, fraternidade e amor, cuja semente Jesus

plantou na face da terra há 2000 anos.

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Para melhor servir o povo de Deus com dedicação total, os religiosos assumem o

compromisso de viver a castidade, pobreza e obediência, por livre vontade, reconhecendo

que o único protagonista deste acontecimento é o Senhor, pois, estes votos somente ganham

sentido se forem assumidos por amor a Jesus e por amor ao povo de Deus. Hoje, tem

sentido profundo viver a castidade, a pobreza e a obediência, como denúncia contra a

idolatria do corpo e do prazer, a idolatria do dinheiro e dos bens materiais e a idolatria do

poder. Eis aí a beleza dos votos e da caminhada que os consagrados ou consagradas fazem,

não atrás e nem à frente, mas ao lado do povo.

Quando renovam os seus votos, o fazem para, unidos a Cristo de modo mais

concreto, ser instrumento de luz no meio das trevas que dominam a vida e o mundo. Uma

civilização de morte se impõe sobre a sede de viver e de ser feliz. A injustiça impera,

aumentando o fosso entre aqueles que possuem muito e os que nada possuem. Os direitos

dos cidadãos são lesados, a dignidade ofendida. A violência tomou conta da cidade e do

campo. O aborto é legislado, as crianças abandonadas, os jovens dominados pelas drogas.

A discriminação e o preconceito separam os irmãos dos irmãos, fazendo-os inimigos entre

si. A poluição degrada o meio ambiente. A corrupção impregna as instituições e destrói a

ética.

Neste contexto sombrio que gera insegurança e medo, os cristãos e de um modo

todo especial, os consagrados, as consagradas são chamados a serem os profetas da luz, os

missionários da vida, semeadores do bem, os artífices da paz.

O santo padre Bento XVI tem sempre lembrado aos consagrados que o mundo tem

necessidade de Deus, mas não de um Deus qualquer, mas do Deus de Jesus Cristo, do Deus

que se fez carne e sangue, que nos amou a ponto de morrer por nós, que ressuscitou e criou

em si mesmo um espaço para o homem. Este Deus deve viver em nós, e nós nele. Esta é a

nossa vocação. Somente assim o nosso agir produzirá frutos e frutos que permaneçam.

Hoje, contemplando o mistério do crucificado, os consagrados acampam entre os

empobrecidos, excluídos, injustiçados, negados pela história e pela sua inserção.

Proclamam a inclusão de todas as culturas, etnias, crenças e classes sociais. Resgatam o

rosto de Deus pobre e proclamam que sua misericórdia é infinita.

Por isto, e muito mais, amado, amada de Deus, vocês merecem todo o nosso apoio,

admiração, homenagem e oração, neste dia a vocês dedicado.

Aceitem, portanto, da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida

Consagrada, o nosso abraço, cheio de ternura e amor. Que neste dia, do nascente ao poente,

todos os raios do sol, todos os pingos de chuva, todas as luzes da lua e das estrelas, todas as

vozes, todas as mãos, todas as flores dos jardins, irradiem, reguem, iluminem, proclamem,

aplaudam, enfeitem e perfumem este dia, em homenagem a vocês.

Parabéns!

Um bom dia e fiquem com Deus!

Dom Pedro Brito Guimarães,

Presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada

Brasília - DF, 21 de Agosto de 2011.

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34ª Romaria da Terra e das Águas

Nos dias 08 a 10 de julho, em Bom Jesus da Lapa, a 34ª Romaria da Terra e das

Águas, com o tema “Mudar o sistema, não o clima”. Foram dias de grande partilha e troca

de experiências de vida e de sonhos; dias de oração, penitência, caminhada, louvores e

pedidos de perdão à “mãe terra”, por tanto descaso e desrespeito.

Nos plenários, a grande multidão pode escolher e participar em um dos temas em

questão:

* A terra é de quem mora e não de quem

explora.

* Rio São Francisco: quê revitalização?

* Juventude: um grito de esperança e de

ressurreição.

* Avanços e retrocessos na luta quilombola.

* Mineração: progresso de quem?

* Outro mundo é possível, sonho de Deus,

compromisso da gente.

A Irmã Ida, eu e vários membros da ANSD de

Caculé, participamos, com grande proveito,

desse último assunto.

Apareceu forte durante a apresentação do tema,

a prática de Jesus que, sempre renunciou ,

condenou e esteve em constante conflito com o “poder” em sua época. A mudança parte da

partilha, da organização de grupos.

O patrono desse plenário foi o padre

Jose Comblin, “ressuscitado”, como diz o

povo, no início desse ano em curso. Segundo

ele, profeta é aquele que ainda tem fé quando

todos a perdem. A fé, diz ele, é o jeito, a

postura que assumimos diante das situações da

vida. À medida que nos espelhamos na prática

de Jesus, estamos buscando a transformação

do planeta e de nós mesmos.

Sinto-me agradecida a Deus pela

oportunidade de ter estado com esse povão

que sofre, mas também crê, regaça as mangas,

canta a canção da vida e está em constante caminhada.

Guanambí, 12/07/2011

Irmã M. Lurdes Frigo

PROJETO “SEMENTES LANÇADAS” OFICINA DE CULTIVO NOS QUINTAIS

PROJETOS SOCIAIS

DESENVOLVIDOS PELA CSMR NO

BAIRRO ALTO – CURITIBA – PR

Como Tudo Começou...

A iniciativa dos trabalhos sociais desenvolvidos no

Bairro Alto – Curitiba - PR começou em 2004. Na

ocasião as ações estavam voltadas para a

evangelização e atendimentos psicossociais

realizados pela Ir. Adelina Bressan.

Foi através das articulações com grupos e

organizações católicas locais que a Congregação das

Servas de Maria Reparadoras passou a atender

famílias moradoras das áreas empobrecidas do

Bairro Alto – Curitiba.

Atualmente CSMR atua em estreita parceria com a

Associação Viver Mais, a Pastoral da Criança e a

Ação Social da Paróquia Santa Bertila através de

dois projetos sociais voltados para famílias em

situação de vulnerabilidade e risco social. Trata-se

dos projetos “Sementes Lançadas” e “Leitura para

Todos”.

Os Projetos ...

PROJETO “SEMENTES LANÇADAS”:

O trabalho visa através de ações sócio educativas

aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes,

promover o aumento da qualidade nutricional da

dieta das famílias, levar as famílias a valorizar uma

boa alimentação, possibilitar a escolha de alimentos

nutritivos e de boa qualidade e estimular o uso do

quintal para o plantio de alimentos.

PROJETO “LEITURA PARA TODOS”:

Tendo em vista que a leitura não é um assunto

escolar senão um conjunto de práticas sociais que

favorecem a qualidade de vida das pessoas e

contribuem para a formação de uma cidadania, o

projeto “Leitura para Todos” tem o objetivo de

incentivar, oportunizar, desenvolver o hábito e o

contato com o mundo da leitura de 50 famílias em

situação de vulnerabilidade e risco social do Bairro

Alto – Curitiba.

O projeto consta com uma mini biblioteca,

atividades lúdicas e recreação.

O acervo é possível por meio de doações de

organizações e da comunidade. O projeto propõe-se

a incentivar o gosto pela leitura e fortalecer o

vínculo familiar.

Junho de 2011

PROJETO “LEITURA PARA TODOS” CIRCULO DE LEITURA

PROJETO SEMENTES LANÇADAS ENTREVISTA SÓCIO ECONÔMICA

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Vocação acertada vida feliz

No dia 25 de junho, em Capinzal, aconteceu um grande encontro vocacional para

jovens de toda a Paróquia. Estiveram presentes 98 jovens, meninas e meninos que

demonstraram desejo e vontade de descobrir qual sua vocação.

Nosso encontro contou com a ajuda de

diversas pessoas que fizeram com que os

mementos fossem únicos. Os temas

trabalhados foram: vocação a nível

psicológico, profissão x vocação,

vocação religiosa, matrimonial e

sacerdotal na Bíblia.

Alegramos-nos com o evento e, com a

graça de Deus, conseguimos dialogar

sobre o desejo e aspirações de muitos

destes jovens, os quais sentem motivados

a participarem de outros encontros com

estas temáticas.

No dia 3 de julho, realizamos uma tarde

de recreação e reflexão sobre a vocação à

vida. A vida não se reduz ao simples

existir. Há nela uma FORÇA interior que suscita disponibilidade, entrega de si, serviço,

compromisso, busca de sentido...

Todo ser humano é chamado a tomar sua vida nas próprias mãos e a se realizar

como PESSOA.

“VOCAÇÃO e um chamado particular dirigido a cada homem e mulher para obter seu

livre acesso na imensma sinfonia que a

vida prepara e realiza a todo instante.”

Deus nos chamou à existência desde a

eternidade. A vocação à vida, consiste

em realizar, com ALEGRIA e

LIBERDADE, o plano de Deus

delineando por aqueles Dons e

Qualidades que deu a cada um e a cada

uma.

Para finalizar o bloco de trabalhos

vocacionais, realizamos, no dia 10 de

julho, um encontro com os casais e

agentes vocacionais da paróquia, no

qual podemos, de forma dinâmica e

descontraída, estudar o documento

final do III Congresso Vocacional do Brasil. Nossa equipe pode contar com a presença de

muitos casais representando as nossas comunidades, parceiras na missão.

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Certamente, um dos grandes desafios da animação vocacional é elaborar uma

proposta que seja capaz de suscitar e formar vocações que assumam um compromisso

baseado nas propostas evangélicas indicadas por Jesus Cristo.

Esta é a missão da PV/SAV! A missão de

suscitar e formar vocações que hoje se

encontram nos diferentes setores da sociedade,

dos ambientes universitários aos meios

populares; dos aglomerados centros urbanos às

zonas periféricas e rurais. Falamos de uma

renovada missão vocacional, a exemplo dos

discípulos de Jesus, André e Felipe, que

comunicam e conduzem os demais até o

Senhor. (cf. Jo 1, 35ss).

Comemoramos 111 anos e a nossa missão

continua! Que Madre Elisa e a Virgem Mãe

acompanhem nosso trabalho e o Bom Deus

cuide de cada uma de nós e das jovens que

desejam viver o estilo de Vida Consagrada!

Comunidade Nossa Senhora das Dores - Capinzal

MARIA NO CORAÇÃO DA IGREJA

Na apresentação inicial, o Irmão Afonso Murad contextualizou o Simpósio de

Mariologia como iniciativa da União Marista do Brasil (UMBRASIL), no ANO MARIANO,

para os maristas, com o intuito de ser uma experiência vital para os 300 participantes:

consagradas/os, irmãos maristas em sua maioria de diversos lugares do Brasil e da América

Latina: padres, irmãos e irmãs de várias congregações e funcionários/as de seus colégios,

faculdades e obras sociais. Uma experiência mariana compreensível, credível e vivível;

SIMPÓSIO MARIANO

17 a 21 de julho de 2011

Colégio Arquidiocesano Marista de São Paulo

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cuidando para não ter cunho de maximalismo mariano e nem minimalismo mariano, mas

reconhecendo-a como companheira no plano da salvação.

A finalidade foi aprofundar estudos de Mariologia oportunizando reflexão e debates

qualificados de temas presentes nas Sagradas Escrituras e as implicações decorrentes da

presença de Maria na Igreja e no Instituto Marista, bem como a articulação desses temas

com as questões contemporâneas. Realizado em parceria com os Padres e as Irmãs

Maristas, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Conferência dos/as

Religiosos/as do Brasil (CRB) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Foi lançado o CD com cantos marianos durante o Simpósio, bem como o livro da

União Marista do Brasil – UMBRASIL – Maria no Coração da Igreja, múltiplos olhares

sobre a Mariologia, Ed. Paulinas - contendo as conferências:

- Perfil de Maria numa sociedade plural – Ir. Afonso Murad, marista

- Maria, a mulher – Ir. Lina Boff, Serva de Maria do Brasil

- Perfil de Maria nos textos bíblicos – Ir. Maristela Tezza

- Educar a piedade mariana – Ir. Joaquim Fonseca, marista

- O perfil mariano da Igreja – Ir. Francisco das Chagas, marista

- A Trindade e a Virgem Maria - uma relação de encontro, comunhão e missão – Leomar

Antônio Brustolin - É sacerdote do Clero Diocesano de Caxias do Sul, RS.

- Maria no diálogo Ecumênico – Pe.Marcial Maçaneiro.

A proposta de aprofundar a reflexão sobre a presença de Maria na vida da Igreja do

Brasil e nos carismas congregacionais, “tornando-a conhecida e amada como caminho que

leva a Jesus” (Cf.C.4)

Inspirados em Maria, queremos ser presença na vida das pessoas, em especial dos

que mais necessitam. Como Jesus, ir ao encontro daqueles que estão à margem, fazê-los

avançar para águas mais profundas (Cf. Lc 5,4). Celebrar a vida escutando a voz serena e

presente da Mãe: Fazei tudo o que ele vos disser (Jo 2,5), nos motivando e convidando à

transformação.

A iniciativa justifica-se pela necessidade de uma formação embasa coerentemente

sobre a presença de Maria na história do povo de Deus, em especial por reconhecermos

que, pelo seu exemplo de discípula, esposa e mãe, conhecemos e vivenciamos o amor de

Jesus Cristo.

Somos, então, convidadas/os a descobri-la como peregrina na fé.

Para saber mais a respeito do Ano Mariano, acesse ao site:

WWW.anomariano.umbrasil.org.br

O nosso abraço agradecido por termos participado.

Irmãs Monica G. Coutinho e Tereza M. Lacerda, smr

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34ª Romaria da Terra e das Águas

Nos dias 08 a 10 de julho, em Bom Jesus da Lapa BA, aconteceu a 34ª Romaria da

Terra e das Águas, com o tema “Mudar o sistema, não o clima”. Foram dias de grande

partilha e troca de experiências de vida e de sonhos; dias de oração, penitência, caminhada,

louvores e pedidos de perdão à “mãe terra”, por tanto descaso e desrespeito.

Nos plenários, a grande multidão pode escolher e participar em um dos temas em

questão:

* A terra é de quem mora e não de quem

explora.

* Rio São Francisco: quê revitalização?

* Juventude: um grito de esperança e de

ressurreição.

* Avanços e retrocessos na luta quilombola.

* Mineração: progresso de quem?

* Outro mundo é possível, sonho de Deus,

compromisso da gente.

A Irmã Ida, eu e vários membros da ANSD de

Caculé, participamos, com grande proveito,

desse último assunto.

A prática de Jesus apareceu fortemente durante a

apresentação do tema, Ele que sempre

renunciou, condenou e esteve em constante conflito com o “poder” em sua época. A

mudança parte da partilha, da organização de grupos.

O patrono desse plenário foi o padre José

Comblin, “ressuscitado”, como diz o povo, no início

desse ano em curso. Segundo ele, profeta é aquele que

ainda tem fé quando todos a perdem. A fé, diz ele, é o

jeito, a postura que assumimos diante das situações da

vida. À medida que nos espelhamos na prática de

Jesus, estamos buscando a transformação do planeta e

de nós mesmos.

Sinto-me agradecida a Deus pela oportunidade

de ter estado com esse povão que sofre, mas também

crê, regaça as mangas, canta a canção da vida e está

em constante caminhada.

Guanambí, 12/07/2011

Irmã M. Lurdes Frigo

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XII ROMARIA DA TERRA E DA ÁGUA

Nos últimos dias 30 e 31 de julho, aconteceu,

na Diocese de Campo Maior, uma das oito dioceses

do Nordeste IV, a décima segunda Romaria da Terra

e da Água, cujo tema foi: SALVAR A TERRA E A ÁGUA

É SALVAR A VIDA. Foi uma experiência muito forte

ver multidões que se preocupam, refletem e rezam

buscando possíveis caminhos para salvar a vida do

planeta. Pena que ainda são minorias e um pouco

tarde, mas talvez para esta minoria já seja muito. Esta

iniciativa não deve ser apenas da CNBB do Nordeste

Quatro, mas de todo o povo de Deus, de todo ser

humano que usufrui destes dons que Deus dá na

gratuidade e ainda assim o ser humano, por ganância

lucrativa usa e abusa, destruindo a obra da criação.

Umas das coisas que me marcaram muito

foram a simplicidade, a generosidade e a acolhida

daquele povo. Cada paróquia da cidade de Campo

Maior acolheu uma das demais Dioceses, que são:

Bom Jesus, Picos, São Raimundo Nonato, Oeiras, Floriano, Teresina e Parnaíba. Em cada

paróquia aconteceu um seminário, cujos temas foram:

- 1º A vida como Deus criou

- 2º Êxodo: Mobilidade Humana

- 3º A criação de Deus virou mercadoria

- 4º Mudanças Climáticas: Causas e efeitos

- 5º Como está nosso meio ambiente

- 6º Vamos salvar a vida? Nova mentalidade

Ao término dos seminários houve, no mesmo

espaço, um momento de mística, leitura orante

da Palavra de Deus. No fim do dia o grande

abraço do açude e depois o animado show

com o cantor e compositor Zé Vicente.

Na manhã do dia 31, às cinco horas, foi

celebrada a Eucaristia ao ar livre, onde teve a

participação de uma grande multidão e envio

dos romeiros e romeiras. Foi uma experiência

gostosa de convivência, partilha e reflexão de

uma questão urgentíssima que é não somente

refletir, mas partir para uma ação concreta –

continua sendo um desfio - em favor da vida do planeta.

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Hino da 12º Romaria da terra e da água do Piauí

Na criação Deus nos confiou.

Pra uma missão Ele nos enviou /:

Cuidar da terra e de todas as criaturas,

Preservar a natureza pra termos vida futura.

/: Salvar a terra, salvar a água

Salvar o planeta, salvar a vida.:/

A terra, a água, fogo e o ar,

quatro elementos que não podem faltar /:

para ter a natureza em equilíbrio

precisamos ser ativos para o mundo preservar.

Infelizmente a ganância e o poder,

mesmo sabendo a herança que vai ter / :

vão devastando a caatinga e o cerrado,

a vida fica de lado, o futuro é perecer.

Essa prática nociva e perversa

destrói a fauna e a flora que ainda restam. /:

secam os rios, as lagoas e vertentes,

ora seca, ora enchente acabando com a floresta.

Romeiro e romeira caminhante,

seja fermento desta grande romaria /:

unamos forças em nossa comunidade,

viva o campo e a cidade, viva a terra em harmonia.

Santo Antônio, patrono desta romaria,

com a interseção da Virgem Maria /:

nos abençoe nessa longa caminhada,

ilumine nossa estrada, tendo Cristo como guia.

Letra e música: Gregório Borges, co-participação: Gilvan Santos

Ir. Maria Eva de Jesus Santos

Teresina, Piauí

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Ressonâncias dos Exercícios espirituais SMR

♣ Foi uma bênção fazer o retiro no Centro de espiritualidade, neste recinto

aconchegante, acolhedor. Já na chegada senti alegria

interior. Senti-me amada pelo Senhor, por Maria,

Madre Elisa, pelas irmãs todas.

Foi um retiro especial, dinâmico. Todos os

textos bíblicos e dos nossos documentos foram

iluminadores. As reflexões se tornaram suaves e

profundas. Outro ponto forte, foi a Eucaristia e as

colocações do Pe. Piero. Foram também muito

válidos os momentos de Adoração Eucarística e de

partilha. A dinâmica para acolher com amor cada

manhã, valeu, foi ótima.

Na unidade e a saudade dos dias de oração e de

ternura vividos aqui, desejo para cada irmã uma boa missão. Um abraço.

Irmã M. Severina Lanhi

♣ Neste retiro senti forte a presença do Espírito Santo clareando os caminhos que vivi

desde 1966, até os dias de hoje. Fico com as últimas palavras do Pe. Piero: “O pão de

ontem está duro, o de amanhã está para ser feito, o de hoje é vida, é novo e mole para ser

comido”. Quero sentir todo o sabor que nele existe. O importante é o pão de hoje! Amar,

viver e lutar, reparando e construindo a presença fiel e perseverante na oração a fim de

descobrir as riquezas nas diversidades de dons.

As fotos das comunidades que irmã Isa nos

transmitiu foram para mim sinal vida concreta.

O amor e o perdão pode ser nossa atitude

cotidiana. Que Deus abençoe cada irmã por este

retiro. A equipe está de parabéns.

♣ Fiz um retiro especial, muito, muito feliz,

incorporada no coração da Trindade divina, no

espaço das SMR, debruçada em profundos

mergulhos do nosso carisma e espiritualidade,

na escuta silenciosa da Palavra de Deus, numa

atitude e no molde da Mãe de Jesus.

Subi ao Tabor da nossa beleza e profunda participação no mistério da Paixão, Morte e

Ressurreição de Jesus, a exemplo de Maria aos pés das infinitas cruzes da humanidade da

nossa casa Planeta que “geme as dores de parto” (CF 2011).

Contemplando, aprofundando, avaliando a caminhada, espelhando-me na madre

fundadora, nas irmãs que me antecederam, e naquelas que estão a caminho hoje, que

continuam crescendo na concepção, na prática, na alegria, e na felicidade de viver.

A Congregação está de parabéns por este Projeto de retiro, buscando beber da fonte,

fazendo acontecer a simbiose na incorporação do nosso carisma. Foi bom ver a

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competência das co-irmãs dirigindo e orientando o retiro, em todas as dimensões, neste

lugar privilegiado do Centro de espiritualidade.

Que o coração que arde pelo fogo do amor nunca se apague anunciando a Boa Nova

através do testemunho da ação e da palavra. Axé. Aleluia. Amém.

Agradeço pelas apetitosas refeições, pelo ambiente bem preparado, agradável; pelo

silêncio, o jardim encantador, o canto constante dos pássaros; pela acolhida mútua, a

temperatura agradável, as orientações de irmã Maria Antonia conduzindo-nos à integração

com o universo na biodiversidade e do cosmo entrando em sintonia com Deus.

Irmã M. Ida Marcon.

♣ Esta semana de retiro nos proporcionou a progressiva conformação a Cristo que nos

convoca para amar, servir e reparar, a exemplo de Santa Maria, mulher, mestra de vida, a

quem Madre Elisa se inspirou constantemente, a fim de deixar Deus conduzir nossa história

sob o dom do discernimento que vem do Espírito Santo.

O primeiro dia: Ser discípula amada por Deus é privilégio, e mais ainda, sentir-me

aconchegada no regaço de Deus que fez uma

aliança eterna, e esta aliança me leva a reconhecer

a virtude da caridade que perpassa o

conhecimento humano, norteia minha vida de

consagrada e ajuda-me a viver esse valor como

essência na vida comunitária. Na continuidade dos

outros dias e nos diversos momentos de

contemplação dos textos bíblicos, falas, partilhas,

fui fazendo um caminho da experiência do Amor

em minha vida e na vida de Elisa como pessoa e

como história da Congregação. Isto reforçou em

mim o desejo de crescimento com a Trindade que

é exemplo de comunidade, e a Sede do abandono nas mãos do Pai, deixando-O conduzir

minha vida, minha história; também expressar a ação de graças a Ele através dos meus

pensamentos, palavras, obras, e o desejo de continuar sendo lâmpada onde estou; sendo

discípula de Cristo, a exemplo da Mãe Maria, que “deixou a Vida entrar no mundo e o

mundo entrar na vida”.

Nos dias de deserto, mesmo na fragilidade e, em alguns momentos obscuros, foi

possível fazer experiência e confirmar que: as relações têm como “pano de fundo” a graça,

a misericórdia, a justiça, a paz e o amor que vem de Deus; que esses valores nos

impulsionam a ter uma relação de amor construtivo onde somos enviadas.

Ao rezar e rever a fórmula da minha consagração, despertou em mim o desejo de pedir

ao Senhor que não “deixe inacabada essa obra”, e de renovar meu empenho no cotidiano,

sem perder de vista meu ponto de partida, de fazer os reparos, deixar “cortar ou podar” para

dar mais frutos ainda; de ser discípula de Jesus Cristo em amorosa reparação cooperando

conforme o desígnio de Deus.

Diante de tantas graças do Senhor, minha prece de gratidão por tudo e por todas que me

ajudaram nestes dias. Jesus me provoca a ir e anunciar com os seus mesmos sentimentos,

com e como a Mãe Maria, a ser testemunha do amor alegre do Ressuscitado, inspirando-me

também no percurso de Madre Elisa através de sua vida e sua história.

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Discípulas de Jesus Cristo como mulheres de comunhão e de serviço, reparadoras e dedicadas a santa Maria.

Partindo do tema do nosso retiro, por sinal

muito sugestivo e oportuno para uma boa experiência

de oração e de encontro com Deus, foi um contínuo

apelo de Deus na vivência da comunhão e do serviço

reparador. A equipe foi muito feliz na forma de expor

o conteúdo e de ajudar-nos a fazer a experiência de

Deus também à luz dos textos referentes à experiência

de Deus na vida de madre Elisa, cujas palavras,

exemplo e testemunho iluminam nossa vida.

É com alegria que partilho, em poucas

palavras, um entre tantos textos rezados nos

exercícios espirituais nos dias 14 a 22, dos quais

todos me levaram a fazer uma profunda experiência de Deus. “... seu rosto resplandeceu como o sol, suas vestes tornaram-se brancas como a

luz”. Todo ser humano é chamado a fazer experiência de Deus, a estar com Deus e ser

reflexo de Deus no mundo. A partir do texto da Transfiguração, Mt 17,1-9, rezado e

saboreado, refleti sobre as sábias palavras do

Padre Piero “Deus não quer que eu ilumine o

mundo todo, mas que eu seja lâmpada acesa

aqui onde estou, onde Deus me chamou”.

Parece tão simples, todavia isto requer de mim

uma contínua busca daquilo que mantém a

lâmpada acesa. Requer perseverança e cultivo

da intimidade com Deus. Isto é o bastante para

que o mundo todo seja iluminado pela

lâmpada de cada homem e mulher que busca

esta luz em Deus e que são reflexo da mesma. Querer iluminar o mundo todo é muita

pretensão, pois nem mesmo o sol, com todo o seu esplendor, consegue iluminar o mundo

todo ao mesmo tempo, mas quando uma parte está iluminada, a outra aguarda serenamente

pela aurora que vai chegar.

Também para a mulher e o homem de fé, a noite faz parte da própria existência,

porém sem jamais deixar de ser reflexo de Deus, sem jamais desistir de buscar a luz e de

ser luz para tantos, porque há uma luz que nunca se apaga, Jesus Cristo (cf. Jo 8,12). Esta é a

única luz que ilumina o mundo todo ao mesmo tempo, a luz sem ocaso, onde não existe

treva, mas sempre luz, onde não existe noite, mas sempre dia. O povo que andava nas

trevas viu uma grande luz, uma luz raiou para os que habitavam uma terra sombria (Is 9,1).

Todos já fomos e somos iluminados por esta luz, basta mantermos a chama acesa.

Ir. Maria Eva de Jesus Santos

Teresina, Piauí

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EM BUSCA D’AGUA

Queridas irmãs, desde 05 de Junho até 04 de agosto

deste ano, pude desfrutar de um presente maravilhoso

concedido a mim por nossa Província. Estive em Brasília

participando do VIII PROFOLIDER promovido pela CRB

Nacional.

Este, fruto do CETESP, vem a ser “um programa que

aprofunda temas específicos da Vida Religiosa Consagrada,

desenvolvidos em espaços comunitários de troca de experiência, vivência humana e

espiritual, em vista de uma maior interação da pessoa consagrada e suas relações com a

Instituição, com a realidade e sua espiritualidade/missão”.

O curso foi ministrado em 04 módulos: a Pessoa e a Instituição; a Realidade;

Teologia da Vida Consagrada; Espiritualidade e Missão. Cada um destes módulos com

temas desenvolvidos por assessores que vieram das várias realidades do Brasil, trazendo

suas reflexões e inquietando-nos no mais profundo do nosso ser.

Para mim este curso foi um tempo de graça, foi um sair em busca d’água como a

“mais sedenta de todas as mulheres”, mais ainda, foi um estar em contato com a FONTE e

aumentar a minha sede de amar.

O sentir-me em contato, em companhia de Deus/FONTE, foi uma experiência

inenarrável. Foi uma força que veio de dentro, que está dentro! Está na essência do meu ser,

da minha identidade pessoal, cultural, congregacional.

Aqui compreendi que quando alguém esquece de seu ser ou de sua essência, o

resultado é uma crise de identidade. É, é esta a tal crise que estamos vivendo a VRC neste

momento e que está levando muitas de nós ao desânimo pessoal e comunitário e que vem

refletindo em nossa missão, dando a impressão de que tudo o que fizemos não valeu nada.

Pois é, esta crise nós podemos combatê-la, redescobrindo nossa identidade e

ressignificando nosso ser e agir na Igreja e no mundo, construindo novos vínculos

institucionais em seus vários contextos histórico, cultural, religioso e social.

Claro que sabemos que esse caminho de superação passa por Deus e que o caminho

de Deus passa por nossas emoções, sentimentos, paixões, medos e nossos problemas. O

estarmos “conectadas” ao nosso corpo, às nossas emoções e sentimentos nos qualifica nas

relações e nos ajuda no caminho da superação e da vivência de uma espiritualidade

terapêutica e encarnada capaz de superar toda e qualquer crise.

Envio para vocês, através do Convívio, síntese de alguns dos vários temas que

foram trabalhados durante o curso. Queira Deus, encontrem um tempinho para ler. Garanto

que vale a pena.

Irmã M. Marlene Matos

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Crescendo como pessoa:

Harmonizando os relacionamentos

“Obrigada Senhor, porque nasci para viver a consciência primeira de apreciar, valorizar;

reconhecer o melhor nas pessoas ou no mundo ao meu redor; afirmar pontos fortes,

sucessos e potencialidades passados e presentes; perceber aquelas coisas que dão vida

(saúde, vitalidade, excelência) a todos os relacionamentos. Amém”.

Como vivemos os nossos relacionamentos em nossas

comunidades? Que atitudes geram auto-respeito, auto-

valor e autoestima nos nossos relacionamentos? Que

vícios (fofoca, raiva, apego, arrogância) geram uma

grande violência sobre o eu e sobre os outros

prejudicando a dignidade do eu e o respeito pelo outro em

nossas comunidades? Portanto, este é o momento

auspicioso para experimentar e rever qual a base sobre a

qual se apóia todo o seu esforço para construir

relacionamentos firmes, duradouros e harmoniosos

em direção à meta de viver aqui- e – agora o Reino dos Céus.

Quanto mais esclareço no meu íntimo e na vivência comunitária a meta em perceber o

fundamento de uma construção de relacionamentos saudáveis, mais realizo no meu

coração que as minhas ascensões e quedas nas relações interpessoais dependem das

minhas ações. Se as minhas ações são nobres e boas, então o meu estado de espírito é

também, elevado. Ao contrário, se minhas ações viciosas, poluídas, erradas, a minha queda,

também é patente.

Assim, se toda a minha vida está baseada em minhas ações, então o meu esforço é

principalmente voltado para a mudança de meu comportamento. Eu não tenho o poder

para mudar o comportamento de ninguém. O máximo que eu posso realizar é inspirar a

mudança do comportamento da outra através da expressão do meu exemplo. Se eu mudar o

meu comportamento concentrando a minha mente, na qualidade de minhas ações, então me

permito enxergar que quando existe uma transformação verdadeira do eu, tudo que está ao

meu redor também se transforma. Vivo com isso o ditado tão feliz que diz: “quando eu

mudo para melhorar todo o mundo muda”. Para ocorrer, portanto, esta transformação,

tenho que aprender a arte de agir corretamente.

Tanto a espiritualidade, quanto a psicologia nos ensinam que a arte primeira de agir

corretamente nas relações interpessoais implica na capacidade de apreciar a mim mesmo,

os outros e a vida ao redor de forma positiva. Todos nós temos a capacidade de apreciar a

riqueza de uma vida valorosa, a beleza das qualidades de alguém que admiramos ou que

não admiramos tanto, o poder dos sentimentos e pensamentos positivos. Este apreço acaba

por se transformar numa benção para tudo e todas que estão na minha convivência. O poder

de nossas bênçãos de apreço não diminui com a idade ou com alguma doença. Ao

contrário, elas se tornam mais poderosas à medida que envelhecemos. Quando abençoamos

alguém com uma visão positiva, tocamos a bondade guardada nessa pessoa e desejamos

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que ela se desenvolva. As bênçãos de uma visão positiva fortalecem e alimentam a vida

da mesma maneira que a água regada em solo seco é capaz de fazer brotar a vida. Aquelas que abençoam os seus relacionamentos

encontram na vida uma força, um lugar do qual sentem

fazer parte, um abrigo contra uma vida sem sentido, vazia

e solitária. Realizar esforços para construir

relacionamentos saudáveis na vida comunitária

aproxima-nos umas das outras e de nosso eu verdadeiro.

Quando as pessoas são abençoadas com a excelência nos

relacionamentos, descobrem que sua vida é importante,

que há algo nelas digno de receber uma benção. E quando

abençoamos o outro, podemos descobrir que isso também

é válido para nós! Há muitas maneiras de abençoar para servir e assim fortalecer a vida ao

nosso redor: através da amizade, maternidade, trabalho verdadeiro do eu, da gentileza,

compreensão, generosidade, aceitação, etc. Não importa como façamos, o ato de servir nos

abençoará. Quando oferecemos nossas bênçãos de vida fraterna com generosidade, a luz do

mundo ganha força ao nosso redor e dentro de nós. Amparamos e reformamos o mundo

com as nossas bênçãos.

Só somos capazes de abençoar e apreciar a outra quando também nos sentimos

abençoadas e apreciadas. Apreciar a vida a partir de uma visão positiva é muito mais

celebrá-la do que procurar endireitá-la. Para isso é preciso

valorizar a vida como ela é e aceitar aquilo que não podemos

compreender. É preciso desenvolver a capacidade de reconhecer e

usufruir a alegria fraterna e comunitária. Não é o nosso criticismo,

indignação, fofoca ou a nossa raiva que nos permitem seguir em

frente e promover mudanças. O mais importante é reconhecer que

não estamos sozinhas na tarefa de reconstruir o mundo. “Servir,

portanto, baseia-se na premissa de que qualquer vida é digna

de nosso apoio e devoção enquanto expressão de amor, justiça,

respeito, paz e responsabilidade.”

Ter a outra da minha comunidade como um Dom de Deus e uma

benção em toda a família congregacional, em seu foco mais amplo,

é a descoberta sistemática daquilo que dá vida mais efetiva e mais

construtivamente capaz em termos humanos. A apreciação positiva

da minha irmã que comigo a excelência comunitária envolve de

uma maneira central, a arte e a prática de reconhecer o que

fortalece a capacidade de aprender, antecipar e intensificar o

seu e o meu potencial positivo. Este Dom de Deus envolve

centralmente a mobilização positiva e incondicional

frequentemente estabelecido na convivência entre as

pessoas que buscam uma meta elevada.

Quando faço o exercício da apreciação positiva de forma

intensa e verdadeira, a vida comunitária deixa de ser uma

tarefa árdua. Abandono à prática do exercício de uma

imaginação focada numa visão negativa, na rejeição e no criticismo. Busco

fundamentalmente, efetivar uma união construtiva entre as pessoas com o foco nas suas:

conquistas, recursos, potenciais inexplorados, inovações, pontos fortes, pensamentos

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elevados, oportunidades, valores vividos, tradições, competências estratégicas, históricas,

expressões de sabedoria, visões de um futuro promissor.

Para você, quais são as três forças principais que formam a essência positiva

enquanto base de sustentação dos relacionamentos em sua comunidade?

Obrigada, Deus! Obrigada pela vida, por esse chão que permite que eu me

enraíze cada vez mais nas profundezas do meu eu mais profundo. Obrigada, Deus, por essa imensidão do céu azul, que me permite um descanso, um alívio... Um alívio na caminhada! Obrigada por estas árvores que estão ao meu redor que me inspiram e que me transmitem oxigênio para eu viver! Obrigada, Deus, por este sol que me aquece, me ilumina... Obrigada, Deus, pelo aconchego desse lugar, por eu ter a possibilidade de ver!

Simplesmente eu quero agradecer, agradecer as maravilhas, tantas maravilhas que o Senhor faz em minha vida.

Obrigada, Deus, pela capacidade imensa de acolher, de amar, sobretudo amar! Essa capacidade que nos aproxima, que nos dilata, que nos corrói, que nos faz sofrer e alegrar.

Obrigada, Deus, pelo canto deste pássaro, e por este outro que caminha na minha direção com harmonia, com a beleza, com a singeleza, simplicidade, e que vem comendo o fruto que está à espera dele mesmo.

Obrigada, Deus, obrigada por esse ar, ar que eu respiro que me traz a doçura e a beleza, de tanta vida.

Obrigada, Deus, por estar neste lugar e poder ainda mais me conhecer assim como sou!

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Obrigada Deus, meu Deus, quero somente agradecer, por

tantos sinais, tantos sinais da tua presença. Obrigada, Deus, pela capacidade de poder decodificar esses

sinais da sua presença e partir cada vez mais na confiança. Obrigada, Deus, mais uma vez obrigada por este canto de

pássaro! Que delicioso escutar sua melodia, sinal do teu amor, da tua presença.

Obrigada, Deus, mais uma vez te agradeço Pelo teu imenso amor, pela tua doçura, pela tua candura!

Obrigada, meu Pai e meu Deus, pelas pessoas que aqui estão que me apontam novos caminhos, novas possibilidades.

Obrigada, Deus, por eu ser um ser de partilha de vida de dom!

Obrigada, Jesus, por fazer parte desse universo, eu como a fagulha, como uma ponta, como quê? Algo tão pequeno tão frágil... neste mundo imenso... Obrigada, Deus, porque és o meu Deus! Simplesmente por ser meu Deus!

Obrigada, Deus, pela existência de pessoas maravilhosas! Obrigada, Deus, porque nós fomos criados à sua Imagem e

semelhança no amor, do amor e para o amor. Obrigada, Deus, pela capacidade de escuta e também de ser

escutada... Pela força do amor que me faz amar e também me leva a querer ser amada e a captar o amor que as pessoas me dão.

Obrigada, Deus, pelas tuas entradas na minha vida, as tuas entradas que são sempre entradas da beleza, do contentamento.

Obrigada, Deus, pelos movimentos que sinto em meu coração, em meu corpo nestes dias que aqui estou. Obrigada, Deus, porque são movimentos que me fazem expandir o ser, movimentos que me ajudam a ser mais, não no sentido de ser mais do que outras pessoas, mas de ser mais para as outras pessoas no serviço, no amor, na doação...

Obrigada, Deus, por este sentimento tão lindo que vai dentro de mim. Obrigada, Deus, porque tu nos fizeste um pouco parecidos uns com os outros nas nossas fraquezas, debilidades para que a gente

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não se sentisse tão só! Mas também nos fizeste com uma generosidade no coração que nos faz às vezes apalpar uma ponta do que é um ser tão imenso que é o teu ser!

Obrigada, Deus, te agradeço meu Pai, por tantas maravilhas! Obrigada, Deus pela vida! Pela coragem de viver! Pelo despertar do sentido da sensibilidade!

Obrigada, Deus, obrigada Deus, por me criar com um coração largo, largo, largo e ao mesmo tempo um coração que não se entende, que às vezes, ah...!

É Deus, tu és o meu Deus! Tu és o meu Deus e isso me deixa feliz, isso me deixa tranquila porque a partir de Ti, sei em quem acreditei! Sei que eu não estou neste universo por acaso, mas que Tu me fizeste para dele desfrutar e ao mesmo tempo que este universo pudesse desfrutar do meu ser.

Obrigada, Deus, obrigada, Deus, Obrigada, Deus!

Irmã M. Marlene Oliveira Matos, SMR

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Que o Deus da paz esteja com todos vocês que aí se encontram para juntos partilhar

novas experiências, e que buscam se fortalecer para, em suas paróquias, fazer germinar a

semente do novo.

Acreditamos que, assim como os jovens em nossa paróquia de Caculé enfrentam

vários desafios e obstáculos para viverem inseridos na igreja como cristão, os jovens de

vossas paróquias enfrentam o mesmo, porém não devemos desanimar. Devemos entender

que somos o presente da humanidade, que precisamos ser luz para os outros jovens. E que

cada um de nós tem a importante missão de evangelizar.

Existe uma música que diz o seguinte: “O rosto de Deus é jovem também, e o sonho

mais lindo é ele quem tem. Deus não envelhece, tampouco morreu, continua vivo no povo

que é seu. Se a juventude viesse a faltar o rosto de Deus iria mudar” (Jorge Trevisol). Estas

são frases que mostram a responsabilidade que cada um de nós tem para com a juventude

de nossa paróquia. Fazê-la conhecer o nosso Deus com o nosso jeito, com a nosso rosto.

Nossa paróquia de Caculé conta com cinco grupos de base da Pastoral da Juventude

na zona urbana que se encontram semanalmente e que promovem encontros de formação,

momentos de oração e momentos de confraternização com festas típicas de nossa região

(forrozão, carnaval) e outras comemorações além de participar das celebrações promovidas

pela paróquia ou onde formos convocados.

Não foi possível irmos todos, mas aquele que enviamos é sinal do desejo e da

alegria de estarmos unidos como igreja jovem. Aqui em nossa paróquia ficaremos unidos a

todos vocês pela oração e pelo amor de Cristo.

O papa João Paulo II, em uma carta aos jovens dizia a seguinte frase: “Precisamos

de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas

que não sejam mundanos”. Então veja que responsabilidades têm. Não devemos nos fechar

na igreja ou em casa, temos que ir ao encontro de nossos irmãos jovens, que andam

perdidos e que precisam ser encontrados, mas encontrados pelos filhos da luz, que com seu

testemunho e vivenda cristã, conseguira atingi-los e despertá-los para uma vida de

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conversão e de esperança. Façamos a diferença neste mundo tão igual em consumismo e

comodismo. Sejamos JOVENS MISSIONÁRIOS DE JESUS CRISTO.

Um grande abraço de todos os jovens de nossa paróquia e da

coordenação e assessoria de nossa Pastoral da Juventude de Caculé – BA.

Coordenação Paroquial: Maria da Conceição, Diego, Wandilson e Fernando.

Diretora espiritual: Ir Neide Assessores: Pedro, Cana e Wellington

Ecos da Espiritualidade ecológica

Hoje eu fui para um retiro na Congregação das

Servas de Maria Reparadoras. Saí de casa 7:30 e

cheguei na Congregação 8:00. Fui muito bem

recebido pelas irmãs da Congregação. Ao chegar

fomos conhecer o sítio, depois fizemos uma

pequena reunião.

Já oramos e brincamos, pois as irmãs são muito

divertidas. Lanchamos e depois fizemos mais

brincadeiras.

Eu não vejo a hora de ver como esse dia irá

acabar. É tão bom!

Pedro Paulo

Comunidade São Mateus – Guaratiba RJ

Senhor Jesus, Deus de amor, te agradecemos pelo

dom da vida que existe de maneira vegetal, animal e

mineral.

Dai-nos, Senhor, a capacidade de perceber e,

principalmente, cuidar dessa diversidade de vida.

Percebendo que somos integrados e responsáveis um pelo

outro. Que tenhamos o amor e o comprometimento de

Maria, para que assim estejamos sempre em constante

harmonia. Amém!

Marianna Ramos Francisco

Comunidade São Mateus – Guaratiba RJ

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Bom Senhor, estou em um encontro onde estamos refletindo sobre Espiritualidade

ecológica. De início, tivemos uma bela

reflexão sobre nós mesmos. Tivemos uma

experiência de oração de integração com a

natureza, na qual o grupo se encontrou

também com todos os jovens e adultos que

estavam em um retiro para catequistas. Foi

muito bom, foi uma experiência grandiosa.

Logo em seguida fomos todos para um

breve lanche, e todos comeram e ficaram

saciados. Depois nós retornamos e a irmã

Monica nos orientou com belas dinâmicas.

Logo em seguida fizemos um percurso pelo

sítio e rezamos sobre as dores de Nossa

Senhora. Sua bênção e um abraço.

Fernando da Silva

Caculé- BA

As primeiras novas posturas que devemos assumir e a de respeito e amor pela vida e

pela natureza à nossa volta. Se aprendermos a respeitar e amar, independente de sermos

respeitados e cuidarmos da natureza independente de outros cuidarem ou não, tudo vai

melhorar.

Isabela Santos

Comunidade São Mateus – Guaratiba RJ

Meu Deus, nós agradecemos a ti pela natureza, que

o Senhor nos deu de presente, não só para

desfrutarmos de seus frutos, mas também para

respeitá-la e cuidarmos dela. Que todas as pessoas

tenham consciência e aprendam a glorificar a sua

obra. Amém. Gabriela Saldanha

Campo Grande RJ

Ó Pai, que tudo criou e que tudo cria, ajuda-nos a nos conscientizar sobre a maneira

como cuidamos de tudo o que nos deste; amar-nos uns aos outros e, principalmente, a tudo

o que nos foi dado por ti para que assim preservemos este magnífico mundo.

Leandro de Oliveira

Comunidade São Mateus – Guaratiba RJ

Encontro das juventudes no Centro de Espiritualidade

Dias 06 e 07 de agosto

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A experiência vivida com as irmãs Servas de Maria Reparadoras

Há quase um ano e meio iniciei uma caminhada na

Congregação das Servas de Maria Reparadoras, inicialmente

com acompanhamento vocacional, depois, morando na casa

das irmãs. As experiências vividas até então são muitas,

partilharei as mais intensas que estão me ajudando no

fortalecimento da vocação.

Uma experiência significativa é a de buscar a Deus

todos os dias na oração e no meu irmão/a, de anunciar a boa

nova às pessoas que não conhecem o verdadeiro amor que vem

de Deus.

A vivência com as irmãs me ensina a cada vez mais me conhecer e conhecer o

outro, procurando viver a cada momento com intensidade e com dedicação. Essa vivência

me permite perceber o quanto é importante a cada dia vivermos unidos.

Além da convivência fraterna com as irmãs ressalto as formações que venho

recebendo como de grande ajuda para o meu crescimento. Na formação humana tenho a

oportunidade de me conhecer melhor, de perceber meus limites, minhas necessidades,

potencialidades e, principalmente, os verdadeiros valores da vida religiosa. Assim, tenho a

coragem de me lançar nessa experiência vocacional a fim de encontrar a vontade de Deus

em minha vida.

Aprofundando um pouco da história da Congregação também senti crescer em mim

o desejo de ser Serva de Maria Reparadora, de fazer parte desta família que aprendi amar.

A pastoral também enriquece minha experiência. Ajudo na catequese, nos coroinhas

e dou aulas de reforço junto às crianças pobres do bairro, e que, de fato, me deixa muito

feliz.

Aprofundando e vivenciando esta experiência junto às irmãs e às pessoas aqui do

bairro, sinto que quero dar continuidade à experiência de Deus em minha vida como Serva

de Maria Reparadora aproveitando as oportunidades que tenho de encontrar Deus em todas

as coisas.

Rubielly Vieira da Rocha

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JULHO

05. Ir. Ângela Dallapria

07. Ir. Adelina Bressan

13. Ir. M. Elizabete

17. Ir. Maura Muraro

25. Ir. Ilze Scopel

26. Ir. Enir Richetti

28. Ir. Nair C. Reichert

29. Ir. Maria Soledad

SUMÁRIO Mensagem aos religiosos e religiosas..............................02

Projetos sociais..................................................................04

Vocação acertada, vida feliz............................................05

Maria no coração da Igreja.............................................06

34ª Romaria da Terra e das Águas..................................08

XII Romaria da Terra e da Água......................................09

Hino da 12º Romaria da terra e da água do Piauí.........10

Ressonâncias dos Exercícios espirituais SMR.................11

Discípulas de Jesus Cristo................................................13

Em busca d’água...............................................................14

Crescendo como pessoa...................................................15

Obrigada, Deus.................................................................17

Juventude...........................................................................20

Ecos da Espiritualidade ecológica....................................21

A experiência vivida com as Irmãs SMR........................23 Aniversários.......................................................................24

SETEMBRO

07. Ir. Terezinha Perotoni

10. Ir. Zilma da Silva

14. Ir. Jandira Bielski

15. Ir. Corina Bressan

18. Ir. Monica Coutinho

18. Ir. Rita M. Andrade

22. Ir. Luisa Gatto

25. Ir. Paula Grezele AGOSTO

04. Ir. Avany da Silva

06. Ir. Aléssia Rossi

06. Ir. Cecília Macarini

13. Ir. Filomena Rodrigues

21. Ir. Ana Aparecida Ferreira

24. Ir. Elivete da Silva

24. Ir. Rosaura Fabbri