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Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão. Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera. Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade. Não é superar o próximo; é superar a si mesmo. Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno. Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê- la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição. Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos, indistintamente, se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também. Ser espírita não é, apenas, consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança. Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer. Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão. O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença. Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus. Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente. Anormal é não ser bom. Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura. Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante. Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, “é mais bem-aventurado dar do que receber”. Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre. Isto é ser espírita. Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre. Do livro: “Aprendendo a Lidar com as Crises” Wanderley Pereira. Informativo www.casadocaminho.sjc.org.br Casa do Caminho Centro Espírita Casa do Caminho • Aliança Espírita Evangélica • São José dos Campos • SP • Edição Set/Outubro 2010 Saber ouvir. A importância da Evangelização infantil – parte 1 Os que têm o coração puro. Pág. 2 Pág. 3 Pág. 3 CONFIRA NESTA EDIÇÃO Ser Espírita Mocidade é força. Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça, pode converter-se em caminho para a loucura. Mocidade é poder. Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal. Mocidade é liberdade. Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação. Mocidade é chama. No entanto, se a chama não sofre o controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador. Mocidade é carinho. Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração. Mocidade é beleza da forma. Contudo, se a beleza da forma não se enriquece com aprimoramento interior, não passa de máscara perecível. Mocidade é amor. Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz. Mocidade é primavera de sonhos. Todavia, se a primavera de sonhos não se enobrece no trabalho digno, todo o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas. Se fé encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável. A plantação de agora será colheita depois. Nossas esperanças dia a dia se materializam nas obras a que nos destinamos. A lei será sempre a lei. Povoam-se e despovoam-se berços e túmulos, para que o Espírito, divino caminheiro, através da mocidade e da velhice do corpo terrestre – desenvolva, em si, as asas que o transportarão a cima da vida eterna. Assim, pois, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao Cristo Renovador, a fim de que, jovem hoje, te faças amanhã, o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a Divina Vontade. Emmanuel – Extraído do Livro “Paz e Libertação” Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Fonte: http://www.mocidadesespiritas.com.br/ Acesse http://sites.google.com/site/mocidadecb/ e fique por dentro do trabalho da Mocidade da Casa do Caminho. Mocidade Espírita Mocidade da Casa do Caminho

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Page 1: Informativo - Centro Espírita Casa do Caminhocasadocaminhosjc.org.br/Jornal/CCaminho_Set_Out_2010.pdf · comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a

Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos, indistintamente, se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.Ser espírita não é, apenas, consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança. Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão,

na alegria e na dor, na saúde e na doença.Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um

estado normal do homem consciente. Anormal é não ser bom.Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, “é mais bem-aventurado dar do que receber”.Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre. Isto é ser espírita. Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

Do livro: “Aprendendo a Lidar com as Crises” Wanderley Pereira.

Informativo

www.casadocaminho.sjc.org.br

Casa do CaminhoCentro Espírita Casa do Caminho • Aliança Espírita Evangélica • São José dos Campos • SP • Edição Set/Outubro 2010

Saber ouvir. A importância da Evangelização infantil – parte 1

Os que têm o coração puro.

Pág. 2 Pág. 3 Pág. 3

CONFIRA NESTA EDIÇÃO

Ser Espírita

Mocidade é força. Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça, pode converter-se em caminho para a loucura.

Mocidade é poder. Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.

Mocidade é liberdade. Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.

Mocidade é chama. No entanto, se a chama não sofre o controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador.

Mocidade é carinho. Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração.

Mocidade é beleza da forma. Contudo, se a beleza da forma não se enriquece com aprimoramento interior, não passa de máscara perecível.

Mocidade é amor. Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.

Mocidade é primavera de sonhos. Todavia, se a primavera de sonhos não se enobrece no trabalho digno, todo o

nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.

Se fé encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável. A plantação de agora será colheita depois. Nossas esperanças dia a

dia se materializam nas obras a que nos destinamos. A lei será sempre a lei. Povoam-se e despovoam-se berços e túmulos, para que o Espírito, divino caminheiro, através da mocidade e da velhice do corpo terrestre – desenvolva, em si, as asas que o transportarão a cima da vida eterna.

Assim, pois, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao Cristo Renovador, a fim de que, jovem hoje, te faças amanhã, o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a Divina Vontade.

Emmanuel – Extraído do Livro “Paz e Libertação” Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Fonte: http://www.mocidadesespiritas.com.br/

Acesse http://sites.google.com/site/mocidadecb/ e fique por dentro do trabalho da Mocidade da Casa do Caminho.

Mocidade Espírita

Mocidade da Casa do Caminho

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Um final de semana tranqüilo, num ambiente acolhedor, permeado pela natureza, reunimo-nos no aprendizado para uma atitude muito comum nos relacionamentos humanos; porém, para o qual não fomos preparados: “OUVIR!”

Tendo como facilitadores o Sr. Luiz Carlos Peagno e o Sr. Carlos Alberto, o encontro de “Escuta Terapêutica”, efetuado nos dias 28 e 29 de agosto, promoveu a conscientização sobre nossa imaturidade para ouvir com a devida atenção o que os outros têm a nos dizer.

Aprendemos a falar, a ler, a escrever, a somar, a subtrair. Ensinaram-nos a traçar mapas, descrever eventos históricos, a falar outras línguas e muitas coisas mais. Por que não nos ensinaram a ouvir? Segundo a abordagem da Escuta Terapêutica, apresentada neste encontro, é possível construir uma relação verdadeira com as pessoas, seja nos encontros do dia-a-dia, ou no processo de auxílio do entrevistador na Casa Espírita.

Pare um instante e busque no seu arquivo pessoal sua resposta a esta pergunta:

-“Qual foi a pessoa mais significativa em minha vida; aquela pessoa que me ajudou em momento de crise e que jamais me esquecerei dela?”

É muito provável que sua resposta seja semelhante às de muitas pessoas que indicaram amigos, professores, pais, parentes, médicos, e muitos outros. O que importa é saber “o que” a tornou tão marcante em nossa vida, o que realmente a auxiliou no processo de ajuda que tanto necessitávamos.

E é esse “o que” o ponto comum a todas as respostas: não foi pela aparência física, sexo, idade, atividade profissional, conhecimentos teóricos etc., mas, certamente, numa característica fundamental: “sabia escutar muito bem, compreender muito bem, alguém que era capaz de perceber sua dor e aflição e sintonizar com você sem que uma única palavra fosse dita.

Durante o curso, tivemos a oportunidade de avaliar nossa habilidade de escuta, bem como podemos não somente desenvolvê-la, como expandi-la numa sintonia de disponibilidade e interesse na direção da compreensão dos sentimentos, do conteúdo destes sentimentos, da

razão destes sentimentos, de maneira que o outro sinta-se compreendido integralmente na vivência dos seus conflitos.

Ninguém sai ileso de um encontro com outra pessoa. Há sempre uma relação de causa e efeito acontecendo, e estes efeitos podem ser construtivos se nossa abordagem for de compreensão e entendimento sobre seus sentimentos e, ao “escutar”, já estamos comunicando nosso desejo de ajudá-lo.

Se prestarmos atenção às pessoas que nos cercam, vamos perceber que poucas são aquelas que têm a capacidade de escutar, verdadeiramente. Muitas “fazem de conta” que escutam, outras nem mesmo escutam, nem simulam escutar, começam imediatamente a falar de si mesmas, ou apresentar “conselhos” que validam a sua notoriedade e conhecimento, são aquelas pessoas que sempre têm respostas para tudo e para todos.

Como na nossa cultura não tivemos exemplos efetivos de “escutadores” (pais, professores, amigos, etc.), perdemos assim a chance de aprendermos por imitação, superficializamos nosso encontro com o outro não escutando. Pode ser contraditória, mas é verdadeira a afirmação de que quanto mais necessito falar, menos escuto o outro, com medo talvez de que chegue a minha vez.

Na maioria das vezes, as pessoas necessitam apenas serem escutadas para que possam ordenarem e organizarem sua própria experiência: ordena seus pensamentos e emoções, e durante o encontro constatamos a necessidade de desenvolvermos a habilidade de escutar, que facilita e promove um auxílio real, independentemente de seu passado, situação e problema, promovendo ela mesma a fazer suas escolhas, sentindo tudo que é seu e, ao mesmo tempo, levá-la à autoconfiança, em saber quais os sentimentos que podem ser transformados e quais devem apenas serem guardados do lado esquerdo do peito. Acima de tudo, ouvindo, capacitamos o outro a ser uma pessoa inteira, capaz de se reformular, a cada dia, sua própria direção. Sua bússola são seus sentimentos no caminho de eternamente crescer.

Rosana Ronconi Pulcine

Só aceitamos uma idéia quando ela está de acordo com os nossos sentimentos.Todas as ações que praticamos já foram tratadas por nós mesmos, por intermédio de nosso próprio juízo, o qual é baseado em nossos sentimentos, que apóiam os nossos conceitos e que, por sua vez, dão sentido aos nossos pensamentos.Fazemos o que pensamos e aceitamos em harmonia os nossos sentimentos. Se não gostamos, não temos idéias nem as fazemos. É costume designar a cabeça como o lugar onde estão as idéias, e os sentimentos no coração.Os judeus da época de Jesus assim como os que se dizem, hoje, cristãos, trocam a essência do conhecimento religioso pelas tradições. Trocam o verdadeiro conhecimento moral, diretamente relacionado com o sentimento (coração) e o nosso pensamento (cabeça), pelas cerimônias religiosas, ou pelas aparências.Com certeza, enganam a si mesmos, com

desculpas culturais ou étnicas.Jesus se importava com a essência das ações e não com a sua aparência,

levando discípulos a não darem importância às liturgias, como sacrifícios de animais, ou às mãos lavadas antes de comer.Então os intelectuais da época (fariseus) lhe perguntaram em público porque seus discípulos violavam a tradição, e Ele respondeu:

- Escutem e compreendam bem, que não é o que entra na boca do homem que o macula, mas o que sai de sua boca o põe a perder.Porque o homem fala o que tem no coração e é impuro também.Do coração partem maus pensamentos, assassinatos, latrocínios, falsos testemunhos, blasfêmias e a maledicência. Essas coisas tornam o homem impuro, não as mãos que o ajudam a comer.Em Resumo – toda ação má resulta de maus pensamentos e todo mau pensamento resulta da imperfeição de

sentimentos. Todos os seres humanos estão em diferentes estados de aperfeiçoamento. Portanto, entre nós, não existem bons, porque ainda não chegamos à perfeição, mas não há homens plenamente maus porque todos têm algo de bom.Conclui-se que sempre estamos passando pelo aperfeiçoamento de alguns sentimentos, e esse aperfeiçoamento se processa em etapas distintas:1. Pensando-se no mal, nos causa satisfação – o consideramos correto;2. Idéias más passam pelos nossos pensamentos, mas nossos sentimentos as repelem (o progresso está se realizando);3. Nem sequer lembramo-nos desse tipo de maldade, e o progresso desse sentimento já se realizou.Aquele que tem puro o coração nem sequer pensa no mal; pois está tão acima dele que não é atingido.Geralmente, a pureza é interpretada como ingenuidade, ou inocência, mas é só por meio dela que conseguimos nos desembaraçar do orgulho e cultivar a humildade, única maneira de vencer nossas arestas com o próximo.

Importância da Evangelização Infantil – parte 1

EDITORIAL

“Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.” Allan Kardec

2 3www.casadocaminho.sjc.org.brInformativo Bimestral da Casa do Caminho - Edição Julho/Agosto2010

Centro Espírita Casa do CaminhoUtilidade Pública: Lei Municipal nº 2.228/79 de 25 de setembro de 1979

Endereço: Av. Rui Barbosa, 231 – Centro – São José dos Campos – SP Tel.: 3941-9735

e-mail:[email protected] www.casadocaminhosjc.org.br

Presidente: Luiz Carlos Peagno

Vice-presidente: Aldo Alvarenga Pereira

Tesoureiro: Mário Ferreira Vinhas

Jornalista: Marcia R. Silva – MTB 33.914.002/SP

Revisor: Antonio Nazareno Favarin

Diagramação: Vera Lucia P. Chinigo Giglio

Tiragem: 200 exemplares

EXPEDIENTE

Nos dias 28 e 29 de agosto, realizamos o nosso encontro do Curso para Entrevistadores (Escuta Terapêutica), com carga horária de 12 horas. O encontro foi realizado de acordo com o programa elaborado pela Aliança Espírita Evangélica (RGA – 2009), cujos temas foram: Saber Ouvir, Ciclo da

Vida, Postura Não-Diretiva (Treinamento), A Entrevista na Casa Espírita, Como transmitir ao Assistido as informações contidas no Exame Espiritual,

Exercícios Práticos, cujo objetivo é preparar melhor o entrevistador do Centro Espírita para atuar na entrevista.

Participaram do encontro 13 trabalhadores, aonde conseguimos criar um ambiente tranquilo. Todos os presentes puderam interagir com os facilitadores de forma bastante participativa, proporcionando troca de experiências. Todos tinham a vivência de entrevistas e pudemos perceber o crescimento do grupo à medida que o encontro ia avançando.

Pudemos avaliar que precisamos estar sempre atentos em uma entrevista, oferecendo toda a nossa atenção à pessoa que procura o Centro, ouvi-la com aceitação, compreensão e respeito para que possa acalmar-se e daí procurarmos entender o que realmente acontece para dar o encaminhamento que for o mais adequado naquele momento.

Aprendemos também que o entrevistador é antes de tudo um bom ouvinte.

Falamos também da importância na preparação do entrevistador para a realização de uma entrevista; pois, caso não seja bem conduzida, pode afastar o assistido do Centro, ou seja, ao invés de ajudar, atrapalha. Sentimos a grande responsabilidade do trabalho de entrevista.

Comentamos, também, a necessidade do entrevistador desenvolver a capacidade de compreensão e aceitação e de conhecer o Espiritismo para prestar o esclarecimento e dar o encaminhamento necessário.

Enfim, foram momentos de novos conhecimentos e revisão de nossa atuação como entrevistadores no Centro.

Acreditamos que desta forma estamos humanizando a nossa atuação.

Fraternalmente,

Luiz Carlos Peagno

Divaldo Franco, inspirado por Joanna de Ângelis, conforme declara em correspondência enviada ao presidente da FEB (Federação Espírita Brasileira) em 23 de agosto de 1982, responde ao questionário que lhe foi proposto sobre a importância da evangelização espírita infanto-juvenil, com oportunas e relevantes declarações.1. Qual a importância da Evangelização Espírita Infanto-juvenil na formação da sociedade do Terceiro Milênio?

De máxima relevância, por ser a infância de hoje o elemento social do futuro que constituirá a nova Humanidade, desde já programada para o início do Terceiro Milênio. Na alvorada do próximo milênio, os jovens da atualidade estarão chamados a exercer tarefas e atender a compromissos cujos resultados dependerão da formação que lhes seja dada, desde agora. Sendo a Doutrina Espírita a mais excelente Mensagem de todos os tempos — porque restauradora do pensamento de Jesus Cristo em forma compatível com as conquistas do conhecimento moderno - é óbvio que a preparação das mentes infanto-juvenis à luz da Evangelização Espírita é a melhor programação para uma sociedade feliz e mais cristã.

Conforme afirmam os Benfeitores Espirituais, Entidades Venerandas se reemboscam na vestimenta carnal para apressar o “reino de Deus”. Outros Espíritos mais infelizes, que ficaram retidos em regiões de dor e sombra por alguns séculos, a fim de que não perturbassem a marcha do progresso da Humanidade, igualmente serão trazidos — como já vem

ocorrendo — à experiência da reencarnação iluminativa. Sendo assim, é justo estejamos preocupados em socorrer estes últimos com a mensagem libertadora e auxiliar os outros que virão abrir caminhos novos para o Bem e a Verdade no

despertamento de suas responsabilidades.

2. De que tipo e em que intensidade se efetua o apoio que o Plano Espiritual Superior dispensa ao Movimento de Evangelização Espírita Infanto-juvenil?

Através da inspiração constante e da assistência espiritual aos que trabalham no relevante mister, os Amigos da Vida Maior trazem as idéias que se convertem em programas, as técnicas que se transformam em experiências logo que aplicadas, melhor atendendo às necessidades do Movimento de Evangelização Espírita Infanto-juvenil. Outrossim, distendem recursos terapêuticos durante as reuniões dedicadas a essa tarefa, socorrendo e amparando os que trazem marcas mais vigorosas do passado próximo, em forma de limitação, enfermidade ou alienação por obsessão e despertando os infantes e jovens para melhor compreenderem a necessidade de crescimento para Deus. Entretanto, muitos Espíritos Nobres estão reencarnados já, realizando o cometimento na condição de evangelizadores e preparadores da juventude.

3. Como os Espíritos Superiores estão vendo a atuação dos companheiros encarnados com responsabilidade nas tarefas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil?

De forma positiva e muito confortadora,

em se considerando os resultados já palpáveis, não apenas no Brasil como em diversos países americanos onde têm chegado a sadia orientação e o oportuno desenvolvimento de ação. Através dos dedicados trabalhadores encarnados, logram aqueles Condutores Espirituais atender à tarefa de espiritualização da criatura humana, com vistas ao futuro melhor de todos nós.

4. Como os Espíritos vêem, no conjunto das atividades da Instituição Espírita, a tarefa de Evangelização Espírita Infanto-juvenil?

Têm-nos informado os Benfeitores Espirituais, entre os quais Dr. Bezerra de Menezes, Joanna de Ángelis e Amélia Rodrigues, que este necessário labor é o “sêmen” fecundante do Bem no organismo da criatura humana, produzindo “frutos” da sabedoria e de paz. A Casa Espírita, através das suas diversas atividades doutrinárias, mediúnicas, educacionais e assistenciais, compromete- se a ensinar e viver a Doutrina codificada por Allan Kardec. Tarefas essas todas grandiosas e de valor incontestável. No setor doutrinário-educacional, a obra se agiganta quando dirigida às gerações novas, ainda não comprometidas emocionalmente com os problemas da atualidade e receptivas às orientações que lhe chegam. A divulgação do Espiritismo sob todas as formas é o grande desafio para os espíritas e suas instituições neste momento grave da Humanidade. A Evangelização Espírita Infanto-juvenil é uma das primeiras atividades a serem encetadas como base para a construção moral do Mundo Novo.

Divaldo Franco, inspirado por Joanna de Ângelis – Salvador – 1982 – parte 1 de 2

(continua no próximo informativo)

Os que têm o coração puroSaber ouvir

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Depressão – parte 1Depressão é uma intimação das Leis da Vida convocando a alma a mudanças inadiáveis. É a “doença-prisão” que cassa a liberdade da criatura rebelde, viciada em ter seus caprichos atendidos. Vício sedimentado em milênios de orgulho e rebeldia por não aceitar as frustrações do ato de viver.

Em tese, depressão é a reação da alma que não aceitou sua realidade pessoal como ela é, estabelecendo um desajuste interior que a incapacita para viver plenamente.

Desde as crises ocasionais da depressão reativa até os quadros mais severos que avançam aos sombrios labirintos da psicose, encontramos no cerne da enfermidade o Espírito, recusando os alvitres da vida. Através das reações demonstra sua insatisfação em concordar com a Vontade Divina, acerca de Seus Desígnios, em flagrante desajuste. Rebela-se ante a morte e a perda, a mudança e o desgosto, a decepção e os desafios do caminho, criando um litígio com Deus, lançando a si mesmo nos leitos amargos da inconformação e da revolta, do ódio e da insanidade, da apatia e do sofrimento moral.

Neste momento da transição em que os avanços científicos a classificam dentro de limites e códigos, é necessário ampliar a lente das investigações para analisá-la como estado interior e inadequação com a vida, que limita o Espírito para plenificar-se, existir, ser em plenitude. Seu traço psíquico predominante é a diminuição ou ausência de prazer em quaisquer níveis que se manifeste.

Portanto, dilatando as classificações dos respeitáveis códigos humanos, vamos conceituá-la como o sofrimento moral capaz de reduzir ou retirar a alegria de viver. Sob enfoque espiritual, estar

deprimido é um estado de insatisfação crônica, não necessariamente incapacitante. As mais graves psicoses nasceram através de “filetes de loucura controlada” que roubam do ser humano a alegria de continuar sua marcha, de cultivar sonhos e lutas pelos ideais de sobrevivência básica.

Nessa ótica, tomemos alguns exemplos para ilustrar nosso enfoque de depressão à luz do Espírito imortal em condutas rotineiras: • O desânimo no cumprimento do dever • A insegurança obsessiva • A ansiedade inexplicável • A solidão em grupo • A impotência perante o convite das escolhas • A angústia da melhora • A aterrorizante sensação de abandono • Sentir-se inútil • Baixa tolerância às frustrações • O desencanto com os amigos • Medo da vulnerabilidade • A descrença no ato de viver • O hábito sistemático da queixa improdutiva • A revolta com normas coletivas para o bem de todos • A indisposição de conviver com os diferentes • A relação de insatisfação com o corpo • O apego aos fatos passados • O sentimento de menos-valia perante o mundo • O descaso com os conflitos, a negação dos sentimentos • A inveja do sucesso alheio • A desistência de ser feliz • A decisão de não perdoar • A inconformação perante as perdas • Fixação obstinada nos pontos de vista • O desamor aos que nos prejudicam • O cultivo do personalismo – a exacerbada importância pessoal • O gerenciamento ineficaz da culpa • As aflições-fantasma com o futuro • A tormenta de ser rejeitado • As agruras perante as críticas • Rigidez nas atitudes e nos objetivos • Conduta perfeccionista • Sinergia com o pessimismo • Impulso para desistir dos compromissos • Irritabilidade sem causas conhecidas.

Ermance Dufaux – parte 1 de 2 (continua no próximo informativo)

DomingoAssistência Espiritual – Adultos – 9h30

Segunda-feiraBazar de usados – 16 às 18hAssistência Espiritual – Adultos – 18h45Sessão Doutrinária – 19h15

Terça-feiraBazar de usados – 7h às 12hCurso de Gestantes – 14h às 16hAssistência Espiritual – Adultos – 18h45Sessão Doutrinária – 19h15

Quarta-feiraCurso de Médiuns - 14h30 às 16hEscola de Aprendizes do Evangelho – 19h30 às 21h

Quinta-feiraArtesanato – a partir das 14hAssistência Espiritual – Adultos – 14hSessão Doutrinária – 14h30Vibrações e Grupo do Evangelho no Lar – 19h30 Grupo de Atendimento à Distância – 19h30 às 21h Curso de Médiuns – 19h30 às 21h

Sexta-feiraEscola de Aprendizes do Evangelho – 19h30 às 21h

SábadoEvangelização Infantil e Escola de Pais – 9hPré-Mocidade Espírita – 9hMocidade Espírita – 15hEscola de Aprendizes do Evangelho – 17h às 18h30

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• Empreste livros da Biblioteca Circulante Casa do Caminho, que permanece aberta nos dias de Assistência Espiritual.• Conheça nossa Livraria localizada em frente à Casa do Caminho. Horário de funcionamento: de segunda e terça-feira das 13h às 21h, de quarta à sexta-feira das 13h às 18h, sábado das 9h às 12h.• Bazar de usados: aceitamos doações de roupas, objetos e móveis usados (em bom estado de conservação) que são revertidos em renda para a manutenção da Casa do Caminho. Se necessário, retiramos no local, falar com Genô: 9746-4297.

www.casadocaminho.sjc.org.br

CANTINHO DO LEITOR

ATIVIDADES DA CASA DO CAMINHO

FidelidadeO Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define assim a palavra CIRCULANTE: “que está em circulação; que não é fixo ou estável; que é movimentado” e mais, “diz-se de biblioteca cujos livros circulam em empréstimos domiciliares”.Assim funciona a Biblioteca Circulante Casa do Caminho, oferecendo aos leitores acesso ao conhecimento, à distração e, principalmente, ao aprendizado Espírita.Solicitamos que nos apóiem neste conceito, fazendo realmente os livroscircularem.Os livros já lidos devem ser devolvidos para que outros leitores possam usufruir da mesma oportunidade.Em nosso continente, o Sol nasce e se põe todos os dias.Assim as Estações do ano, cumprindo a programação divina.Imaginem se dependessem de todas as pessoas estes compromissos diários.O Sistema se romperia.Faça a sua parte.

Maria Augusta Serra

Mensagens do Astral, de Hercílio Maes, através do espírito de RAMATIS. Um livro surpreendente! Nos revela os planos siderais para a evolução no nosso planeta, o que

devemos esperar na “Nova Era de Aquário”, e o que devemos fazer para enfrentar essa fase de transição

João Silva Santos, aluno da Escola de Aprendizes do Evangelho.

“ Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós, e

aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é suave e meu fardo é leve.”(São Mateus, cap. XI, v. 28,29, 30)Leia, no Evangelho Segundo o Espiritismo, o capítulo VI: O Cristo Consolador.