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Novembro/Dezembro de 2012 Ano 8 Nº 154 Advento e Natal Aparecido, como por um instante em nosso meio, o Messias se deixou tocar e ver solenemente para perder-se de novo, mais luminoso e inefável que nunca, no abismo insondável do futuro. Veio. Mas agora temos que esperá-lo mais do que nunca, e já não apenas por um pequeno grupo de eleitos, e sim para todos. O Senhor Jesus virá desde que saibamos esperá-lo ardentemente. Há de ser um acúmulo de desejos que fará apressar o seu retorno. Teilhard de Chardin, SJ

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Nº 154 - Informativo dos Jesuítas da Província Brasil Nordeste

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Novembro/Dezembro de 2012 – Ano 8 – Nº 154

Advento e Natal

Aparecido, como por um instante em nosso meio, o Messias se deixou tocar e ver solenemente

para perder-se de novo, mais luminoso e inefável que nunca,

no abismo insondável do futuro. Veio.

Mas agora temos que esperá-lo mais do que nunca, e já não apenas por um pequeno grupo de eleitos, e sim para todos.

O Senhor Jesus virá desde que saibamos esperá-lo ardentemente.

Há de ser um acúmulo de desejos que fará apressar o seu retorno.

Teilhard de Chardin, SJ

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CPAL - Curso para Superiores Entre os dias 18 a 25 de outubro aconteceu em Montevideu, no Centro Manresa de

Espiritualidade o Curso para Superiores promovido pela CPAL. De nossa Província

participaram os PP. Antonio Tabosa, Eliomar Ribeiro e Roberto Barros. A seguir a

mensagem do coordenador do Curso publicada no Informativo da CPAL.

“O Curso para Superiores locais terminou na quinta-feira, 25 de outubro, pela noite. Os 24 companheiros (de 10 províncias e uma região) começaram a voltar a seus países felizes de haver vivido uma experiência espiritual profunda e fraterna. Experiência da qual disseram na avaliação que lhes foi muito proveitosa, e que lhes havia dado novo impulso na missão de Superiores. Eu me sinto muito grato a Nosso Senhor por este resultado. Sobretudo porque Ele fez sentir profundamente ao grupo que ser Superiores é missão amorosa sua para o serviço dos companheiros, para ajudar no crescimento generoso e agradecido de cada comunidade em sua vida e em sua vocação. Como nos dizia um de nossos assessores, "ser superiores é um privilégio, um especial presente do Padre para o bem de nossos irmãos". Para mim - e também para os participantes- esta experiência vivida em Montevideu foi, uma experiência muito profunda do corpo da Companhia. O Curso aconteceu e pode lograr os resultados mencionados, graças à acolhida e ao apoio generoso e fraterno da Província Argentino-Uruguaia. Pablo Lamarthée e sua equipe de colaboradores do Centro Manresa, Paco Arrondo e as comunidades que nos receberam nestes dias vão permanecer por muito tempo na memória de nosso grupo. Sinto-me também muito agradecido aos nossos assessores. A contribuição de Paco Arrondo a partir da CG35 nos abriu horizontes que nos devolveram ao mais fundamental de nossa vida e vocação e pode encher de dinamismo nosso serviço. A contribuição de Luis de Diego a partir das Constituições e Normas Complementares nos permitiu uma valiosa volta às fontes e origens de nosso Instituto, permitindo assim uma maior consciência da missão recebida e ao mesmo tempo poderá traduzir-se numa melhor realização da mesma. Sublinho também o valioso exercício de partilha e reflexão discernida sobre vários “casos”, muito próximos às nossas realidades, que Luis nos apresentou. Há muito, pois, pelo qual bendizer ao Senhor. Que seu Espírito mantenha viva e torne efetiva e fecunda a graça destes dias e que abençoe muito à Província Argentino-Uruguaia.” (Álvaro Quiroz, Delegado de Espiritualidade, CPAL)

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Mensagem da XXV Assembleia da CPAL Ao terminar a nossa XXV Assembleia, realizada na cidade de Lima, entre os dias 30 de outubro e 03 de novembro, queremos enviar aos jesuítas e colaboradores/as de nossas Províncias e Regiões uma mensagem que possa transmitir a informação, mas ao mesmo tempo, o espírito e a vivência destes dias. O Pe. Geral, Adolfo Nicolás, esteve conosco, iluminando o processo de renovação das estruturas provinciais a serviço da missão, tomando a conta de consciência dos provinciais e superiores regionais, partilhando a oração comum, a Eucaristia, a mesa e o descanso. Sua proximidade e naturalidade criaram a confiança necessária para tratarmos dos diversos temas relativos ao planejamento, missão e governo na Companhia na América Latina. Na tarde do primeiro dia, convidou-nos a dar três passos em nossas Províncias e como Conferência. O primeiro passo é proceder a uma análise da realidade, do contexto em que vivemos, junto com a análise demográfica das dimensões da respectiva província ou região: que missões e serviços temos; quais podemos manter, ampliar ou crescer; se estamos tendo dificuldade de responder a elas… O segundo passo é esclarecer qual a nossa visão acerca do que queremos, e para onde vamos com as obras que temos. O terceiro passo é pensar como aumentar a colaboração entre as províncias, para avançar ao futuro de maneira viável. Para isso, convidou-nos a buscar as redes de colaboração apostólica, em termos de região. Suas palavras esclareceram e nos animaram a levar adiante este desafio, conscientes de que o que a realidade está pedindo de nós é que tenhamos coragem de mudar. Necessitamos agora de mais criatividade do que em outros tempos, para não ficarmos no passado, para responder aos novos desafios. Este é também o chamado do Papa, que nos convida a ir às fronteiras. O Projeto Apostólico Comum (PAC) é uma referência para a nossa identidade, vida e missão na América Latina e Caribe. Nesta Assembleia, demos um passo a mais em sua implementação e desenvolvimento, ao aprovar a proposta apresentada pela Comissão de Seguimento e Avaliação (COSEPAC) sobre os indicadores, atividades, metas e responsáveis pela realização das Linhas de ação do PAC. Dedicamos tempo à formação e comunicação entre nós, desta vez sobre a “comunidade como missão”. O Pe. Jesus Sariego, Provincial da América Central, fez uma exposição sábia e amena sobre a experiência comunitária no tempo de Santo Inácio, na experiência da nascente Companhia e depois da Restauração, e a comunidade em nossos textos fundamentais, como marco para a reflexão e iluminação de

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uma característica de nossa vida à qual devemos estar atentos e renovar com fidelidade criativa. Também consideramos assuntos como a formação dos leigos, a formação dos jesuítas, o apoio e participação no MAGIS 3013 e na Jornada Mundial da Juventude, entre outros. Não podia faltar no programa a visita a algumas obras da Companhia em Lima, como o Programa de Educação Básica Laboral (PEBAL) no Bairro Pamplona Alta, a nossa Universidade Antonio Ruiz de Montoya, onde assistimos à conferencia do Pe. Geral, e a Residência/Paróquia de São Pedro, no centro da cidade. Ao terminar a XXV Assembleia, agradecemos à Província do Peru, na pessoa de seu Provincial, Pe. Miguel Cruzado, e dos membros da comunidade do Colégio La Inmaculada, em cuja sede estamos alojados, pela calorosa e fraternal acolhida, a excelente infraestrutura e organização para a assembleia, e os inúmeros detalhes e serviços recebidos estes dias. Deus lhes pague!

Provinciais e Superiores Regionais

Lima, 3 de novembro de 2012. Festa de San Martín de Porres

Encontro do Polo Bahia

No dia 12 de Novembro aconteceu mais um

encontro do Polo Bahia no Noviciado Nossa

Senhora da Graça em Feira de Santana.

Iniciou-se com uma acolhida e oração

inicial feita pelos noviços. Em seguida, Ir.

Epifanio fez uma apresentação do tema

“CP70: De Statu SJ” e após a sua explanação

seguiu-se um momento de meditação

pessoal da última parte da carta “De Statu

SJ”: “Em direção a 2014 – A criatividade

na Companhia” e “ Conclusão”. Ao fim

desse momento houve uma partilha

enriquecedora das impressões da carta.

Contamos também com a presença do Provincial Pe. Miguel Martins que nos trouxe

algumas informações sobre a Assembleia da CPAL. Aproveitamos a ocasião para celebrar

com uma singela Eucaristia a festa de Santo Estanislau Kostka, patrono dos noviços. Após

a Eucaristia passamos para outra margem numa confraternização com um almoço

festivo. Na parte tarde ocorreu uma Reunião das mantenedoras com Pe. Marco Antonio e

demais responsáveis para viabilizar a atualização das Novas Diretorias, da ANI e da

JESLEQ. Terminamos com o coração agradecido ao bom Deus que nos proporcionou

tamanha alegria. (Ir. Pedro Ernane, SJ)

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Manaus - incêndio no Igarapé Arthur Bernardes Na manhã do dia 27 de novembro aconteceu um incêndio de grandes proporções no Igarapé Arthur Bernardes em Manaus, que deixou 495 famílias desabrigadas. Aí vive a Comunidade Itinerante, formada por leigos, religiosas e jesuítas, em duas casas de madeira sobre as águas. Publicamos a partilha sobre a tragédia feita pela Irmã Arizete.

“Queridas irmãs, queridos irmãos, já é o começo do dia 28 de novembro de 2012. Não consigo dormir, ainda tenho o corpo quente do calor que vivenciamos com o incêndio das muitas casas da Comunidade Arthur Bernardes, onde vivemos. Cheguei de viagem as duas e pouco da manhã em casa, conversamos um pouco com a companheira Graça Gomes que havia marcado seu início de uma nova etapa de vida: celebrou seus 50 aninhos

de feliz existência. E que luxo... "que privilégio celebrar na comunidade itinerante", dizia ela agradecida a sua Congregação das Catequistas Franciscanas e aos companheiros Jesuítas que com carinho e gratuidade estiveram juntos celebrando a vida em abundância. Cedo da manhã as crianças estavam em casa e começaram a dizer: "tia o que está acontecendo? estão correndo pra associação". Com a Graça corremos também para ver e... uma casa pegando fogo!. Ligamos para o corpo de bombeiros e nada..., fomos socorrer uma senhora idosa que passava mal, tentávamos "acalmar" as pessoas para que pudéssemos agir entreajudando-nos e o fogo se alastrava... Uma correria só, o fogo aumentava e o desespero bateu, nossos corpos tremiam vendo aquela realidade, o chororô saía sem pedir licença... muita humanidade. Fomos chamando os vizinhos e vizinhas. "A voz da verdade" orientava os comunitários e pedia para colocarmos as coisas no meio do campo e retirássemos as crianças e idosos. Foi rápido o domínio do irmão fogo. Muita solidariedade entre as pessoas vizinhas, familiares e amigos. Muito roubo também, infelizmente teve gente que ficou sem nada devido a atitudes feias de alguns. Nós da equipe itinerante recebemos muita solidariedade, telefonemas, presenças, ajudas concretas. Meus pais sofriam vendo de longe a fumaça que saía do bairro, minhas irmãs e irmãos avisavam os amigos que chegavam para ajudar. Nossa casa esteve acolhendo a vizinhança que trazia suas

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coisas para guardar. E... será que receberam algum sinal de que nossas casas não queimariam? Justamente as casas vizinhas as nossas também não queimaram. Mas para seguir as ordens do pessoal do corpo de bombeiros depois de ajudarmos os comunitários, cuidamos também de tirar as nossas. Os dois noviços jesuítas que fazem experiência conosco, simplesmente foram companheiros, solidários, irmãos de uma vida entregada a serviço de outras vidas.

Os vizinhos do outro lado do igarapé colaboraram atravessando, na canoa do seu Chico, todas as bagagens de uma boa parte dos moradores. Depois de muitas horas da demonstração do poder do fogo, os bombeiros o conseguiram controlar; o estrago estava feito. Nosso bairro parecia um campo de concentração, mal comparado, mas com a alegria de ter salvado muitas vidas. Muitos estão nos centros comunitários, casas de parentes e amigos. Mas muitas famílias continuam no

bairro. A fumaça, os muitos esteios queimados e muita gente cuidando e procurando o que sobrava. O corpo de bombeiro deixou muito a desejar: com poucas pessoas e um equipamento incompleto para a exigência do momento: até a mangueira de jogar água estava incompleta. No final do dia, em casa, a Luciana, companheira do Marcelo desmaiou, pois desde cedo ajudou a tirar coisas, a molhar com a mangueira e grávida, sem comer, cansada, desempregada e depois ter perdido praticamente todos seus pertences, não aguentou. A polícia militar precisou ser mandada para levá-la ao pronto socorro. Por duas escadas o Alex, do grupo de capoeira (que havia recebido uma dose de quimioterapia, mas foi nos ajudar) desceu com a Luciana nos ombros. Depois os policiais o ajudaram e caíram os três que a carregavam pois o barranco cedeu...Meu Deus e Nosso Deus! Só mesmo com a presença da Mãe do Céu Morena a gente segue. Muitas famílias ficaram com a vida e a roupa do corpo. O bairro ficou sem água, sem luz elétrica. Mas mantém a esperança e a certeza de que é na organização, união e solidariedade que vencermos essa batalha que apenas continua.

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Muitas perguntas alimentam nossa luta. Com a Cáritas e a Comissão de Direitos Humanos estamos conversando para encaminhar os próximos passos Agora tenho que ir-me, mas antes quero partilhar este ato: o Ney Valente (desempregado...) e amigos do Centro Intercultural Fernando Lopez, bairro da Compensa, depois de ter passado a manhã inteira ajudando a carregar, derrubar casa para o fogo não avançar, telefonou dizendo: "Mãezinha, estamos preparando um panelão de sopa e vamos levar aí pro pessoal"! ESSA ATITUDE NÃO NOS EMOCIONA? SÃO GESTOS EM QUE A GENTE RECONHECE A MAGIA ESPIRITUAL DO DEUS DE DIFERENTES NOMES TÃO PRESENTE NAS OBRAS DE SUA CRIAÇÃO E DO SEU INFINITO AMOR. Façam isto em minha memória... vida entregada!

Um abraço caloroso, com cheiro de fumaça e obrigada pelo apoio, Arizete.”

Noviços para a Companhia no Brasil em 2013 Depois de ouvir os examinadores dos candidatos das Províncias do Brasil, o Padre

Carlos Palacio admitiu nove noviços ao Noviciado para o próximo ano. Eles vão

iniciar a experiência nos 02 Noviciados na Companhia do Brasil em Feira de

Santana (BA) e Cascavel (PR).

Noviciado Na. Sa. da Graça, em Feira de Santana:

∙ Daniel dos Santos Lima, 21 anos, Estudante de Pedagogia, de Santarém (PA)

∙ Evandro Apolinário Rizzi, 23 anos, Biólogo, de São Mateus (ES)

∙ Lucas Vinícius Santana Alves, 18 anos, Estudante de Geografia, de Teresina (PI)

Noviciado Paulo Apóstolo, em Cascavel:

∙ Carlos Rafael Pinto, 27 anos, de Resende (RJ)

∙ João Francisco Haetinger, 26 anos, de Taquari (RS)

∙ Luis Duarte Vieira, 21 anos, de Rio Verde (GO)

∙ Odair José Duran, 27 anos, de Contenda (PR), sacerdote diocesano

∙ Paulo Henrique Carboni, 19 anos, de Galvão (SC)

∙ Vitor Biral Bazucco, 32 anos, de Lençóis Paulista (SP)

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Baturité – 90 anos da presença da Companhia de Jesus No próximo domingo, 02 de dezembro, celebramos 90 anos da inauguração da nossa presença em Baturité. A data será comemorada com Celebração Eucarística presidida pelo Padre Provincial e concelebrada com os jesuítas e convidados presentes. A seguir publicamos o texto da Comunicação feita por Pe. Geraldo Almeida por ocasião da Abertura do XI Congresso de História da Educação do Ceará, realizado em Baturité, CE, de 24 a 27 de setembro de 2012.

A Escola Apostólica do Sagrado Coração de Jesus,

em Baturité, nos seus 90 anos de fundação.

Pe. Geraldo Antônio Coelho de Almeida, SJ

Antecedentes Ao completarem-se 150 anos, desde quando se efetivou, em 1760, a expulsão e degredo dos jesuítas residentes no Brasil, assim como em todo o Império português, pelas maquinações do Presidente do Conselho de Portugal, Ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, mais tarde Conde de Oeiras e Marquês de Pombal, um novo vendaval político, ao derrubar a Monarquia Portuguesa e proclamar a República, acabou por expulsar, mais uma vez, todos os jesuítas do país, no bojo das medidas revolucionárias que logo se anunciaram. Com efeito, tendo sido a República proclamada a 05 de outubro de 1910, já três dias depois, o Governo revolucionário emanava um decreto expulsando todos os membros estrangeiros das ordens religiosas de Portugal, sendo que, para os jesuítas, essa determinação abrangia também os de nacionalidade portuguesa, já que para eles, o Ministro da Justiça restaurara a lei pombalina de 03 de setembro de 1759. A essas alturas, residências e colégios já tinham sido sitiados e pilhados, sendo os religiosos submetidos a vexames e humilhações. Mesmo assim, muitos conseguiram atravessar a fronteira, abrigando-se, inicialmente, nas casas de seus coirmãos, na Espanha. Um bom número deles, porém, não conseguiu escapar de uma temporada nas prisões, antes de deixar definitivamente o País. No entanto, mais ou menos um mês depois, todos os jesuítas domiciliados em Portugal já tinham partido para o exílio e se acomodado em vários países da Europa. Em consequência de um grande número de religiosos formados estarem agora em disponibilidade, o Superior da Província Portuguesa, no exílio, Pe. Luiz Gonzaga Cabral, SJ, começou a receber pedidos, oriundos de várias partes, para envio de jesuítas para trabalhar em suas obras. O retorno ao Nordeste O Brasil entrou nessa lista, ainda mais que a língua comum e a história dos primeiros séculos da colonização o colocavam numa posição preferencial. Mas, havia ainda outra razão: o Arcebispo Primaz, D. Jerônimo Tomé da Silva, antes mesmo da eclosão da borrasca revolucionária, já tinha encaminhado um pedido à Província Portuguesa para que enviasse certo número de jesuítas para abrirem uma residência apostólica e, em seguida, também um colégio, na Arquidiocese de S. Salvador da Bahia. Por todas essas circunstâncias, o projeto “Brasil” passou a prevalecer na escolha da nova missão e, a partir

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do mês de novembro daquele mesmo ano, em vários navios, grupos de padres e irmãos começaram a ser embarcados com destino ao Rio de Janeiro, outros, por razões de conveniência econômica, para Buenos Aires. De lá, depois, vieram desembarcar em Santos. Mas, nesse meio tempo, uma medida governamental quase que põe todo o projeto a perder: o Vice-Presidente em exercício, Nilo Peçanha, emanou um decreto proibindo o desembarque, no Brasil, de jesuítas desterrados pela República portuguesa. O Supremo Tribunal Federal, porém, mediante um Acórdão, derrubou aquela proibição, em 12 de novembro de 1910. E eles foram sendo acolhidos nas casas jesuíticas do Rio e de S. Paulo, até nova destinação. Na véspera do Natal, finalmente, desembarca, em Salvador, Pe. José Celestino Balazeiro, aquele que depois será o primeiro reitor de Baturité, para preparar o terreno aos demais. Do Arcebispo, Dom Jerônimo, recebe a multissecular Igreja de S. Antônio da Barra, para a Residência apostólica. Dias depois, chegaram dois irmãos coadjutores e, no início de janeiro, um grupo mais consistente. Outros chegariam aos poucos, à medida que as atividades se fossem organizando. Em 15 de março de 1911, funda-se o Colégio Antônio Vieira. No ano seguinte, em Caetité, na Chapada Diamantina, surge o Instituto S. Luís Gonzaga. O Colégio Nóbrega começa a funcionar, em Recife, no ano de 1916. Já em 1917. Funda-se, nesse mesmo ano, a Residência de Belém do Pará e, um pouco mais tarde, a Igreja de Cristo Rei, em Fortaleza. E, de muitas partes, chegavam pedidos para a abertura de outras frentes. Os Superiores da Missão, no entanto, perceberam logo cedo que era urgente pensar na formação de novos quadros. Por isso, mesmo sem dispor dos meios econômicos necessários, empreendeu-se a busca de um lugar adequado para a construção de uma casa de formação. Um encontro providencial e a aquisição do terreno para o Seminário Em 1921, passa por Fortaleza o Pe. Antônio Pinto, em direção a Bananeiras, na Paraíba, para examinar um terreno visando a construção do novo seminário. Aí, estando hospedado na casa do Sr. Arcebispo, D. Manuel da Silva Gomes, ele se encontra providencialmente com o comendador Ananias Arruda, cidadão de grande influência na Cidade de Baturité, que lhe fala de um sítio, nas imediações dessa cidade, que lhe podia ser doado pelo Senhor Arcebispo. Em seguida, levou o Padre Pinto para examinar o terreno, deixando-o muito bem impressionado. Na realidade, o Arcebispo tinha encarregado o comendador de adquirir o sítio, o que ele o fez com a ajuda de alguns amigos. Tratava-se do Sítio “Olhos d’Água”, comprado pela quantia de 20 contos de reis, entregue ao Arcebispo, que efetivou a doação à mantenedora das obras dos jesuítas no Norte-Nordeste, a Sociedade Nacional de Educação, da qual o próprio Comendador Ananias recebera uma procuração para representá-la oficialmente. Em seguida, o empreendimento ainda será cumulado de outros favores, como se lê, numa carta do mesmo Padre Pinto, datada de 28 de março de 1922:

“N. S. que tem abençoado claramente esta fundação, inspirou a um nosso grande amigo e que tem sido o meu braço direito em tudo, conseguir da Câmara de Baturité que pedisse oficialmente à Inspetoria das Obras contra as Secas uma estrada de comunicação da cidade com o Sítio, alegando as vantagens para o Município da fundação da Escola Apostólica, e para todo o Norte, etc. O fato é que o pedido foi deferido favoravelmente, e S. Francisco

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Xavier mandou-me como presente da Novena da gracia (sic) um telegrama, no dia 13 do corrente, em que se anunciava terem sido iniciadas no mesmo dia, as obras da estrada. Espero ainda outro favor da Câmara, que se tem mostrado satisfeitíssima com a nossa ida; e vem a ser o perdoar-nos o laudêmio, visto serem aqueles terrenos foreiros da Câmara; e espero até remir, grátis, o próprio foro. O Governador do Estado perdoou, a pedido do Sr. Arcebispo, os direitos de transmissão, que ficavam, sensivelmente, com tudo, por uns 10% do valor da propriedade, segundo a Escritura de Compra” (Cf. Cartas Edificantes da Província de Portugal S. J., vol. IX, p. 99, Madrid, 1924).

Na mesma carta, o Padre Pinto, dava notícia da aquisição de outro sítio pegado com o primeiro, denominado “Caridade”, pelo preço de 7 contos de reis. A esse, acrescentou-se logo, em seguida, o Sítio de João Mendes e, para melhor localizar a construção do edifício, por sugestão do engenheiro, adquiriu-se também uma nesga de terra voltada para o lado da cidade, de um sítio denominado “Itamaraty”, cuja área remanescente também foi comprada mais tarde. O Engenheiro português, Dr. Antônio de Almeida Braga, Diretor Companhia do Parque da Várzea do Carmo, em S. Paulo, ofereceu graciosamente a planta completa do edifício, executada pelo Engenheiro arquiteto da mesma Companhia, Laurent Ponchon. Pedra fundamental e início das obras No decorrer do ano de 1922, depois de irem-se encaminhando as soluções logísticas, escolheu-se a data para o lançamento da primeira pedra: 3 de dezembro, Festa do grande missionário, São Francisco Xavier. Houve grande afluência de público. Presidiu a cerimônia o Arcebispo de Fortaleza, D. Manuel Gomes da Silva. Numa clara intenção em ligar o novo estabelecimento à atividade evangelizadora do passado, colocou-se, na cavidade escavada na rocha, a pedra fundamental da escola que os jesuítas do século XVIII mantiveram em Aquiraz, localidade situada a uns 30 quilômetros de Fortaleza. Nela foi gravada em latim a mensagem, que aqui vai, em português:

“Esta pedra fundamental, arrancada das ruínas da Igreja da antiga Companhia, em Aquiraz, será um traço de união entre a Companhia antiga e a moderna, será para os Nossos um estímulo para que, quanto nos seja possível, sejamos pela virtude e incessante trabalho, dignos imitadores daqueles grandes homens que, com os seus suores e o seu sangue, cultivaram e fecundaram esta vinha do Senhor”.

As obras começaram logo depois, a partir do aplanamento da cabeça do morro, quase todo de pedra, para o que era preciso usar pólvora e estopim, com explosões programadas, duas vezes por dia. Do local, saíram as pedras para a construção: gastou-se muito dinheiro e se fez uma grande economia, como bem observou alguém. Os trabalhos continuaram em bom ritmo e, 5 anos mais tarde, precisamente a 15 de agosto de 1927, com outra grande festa, inaugurou-se a ala principal, ainda inacabada, com mais algumas dependências, suficientes para fazer funcionar o Seminário Menor, ou como a obra ficou mais conhecida, a Escola Apostólica Sagrado Coração de Jesus. Mesmo assim, a construção poderia ter avançado mais, não fossem os recursos escassos, embora o Governo, de várias formas, tenha ajudado bastante. Os custos, no entanto, ainda atingiram 350 contos de reis, até aquele momento (Cf. Ferdinand Azevedo,A Missão Portuguesa da Companhia de Jesus no Nordeste, 1911-1936, Recife, Fundação Antonio dos Santos Abranches – FASA, 1986, p. 185). E que fim tinha em vista a Escola Apostólica? O regulamento assim o estipulava:

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“O fim desta Escola é educar meninos, que sintam vocação para a vida apostólica, sacerdotal e religiosa na Companhia de Jesus. Em conformidade com este fim, só se admitem, neste viveiro de Missionários, alunos internos, que se distingam por uma sólida piedade e tenham decida vontade de se consagrar ao serviço de Deus, da Igreja e do Altar, na Companhia de Jesus”. (Cf. Pe. Antonio Pinto, S. J.,Seminário Menor do Coração de Jesus, Escola Apostólica dos Padres Jesuítas em Baturité, Ceará. 1932, p. 39).

Logo depois da inauguração, começaram a chegar alguns alunos. Eram poucos, pois se tratava de um seminário e não de um colégio: apenas sete alunos, no início. Mas, até 1937, já tinham entrado 168, dos quais, 37 ingressaram na Companhia de Jesus. Chega o Noviciado e, logo depois, o Juniorado a 11 de fevereiro de 1932, no reitorado do Pe. Luís Gonzaga Baecher, SJ abriu o Noviciado. Por essa época, já estava pronto o último andar da ala direita e metade da fachada principal, já prestes de ser habitável, incluindo também a Igreja. A primeira turma de noviços era formada por dez escolásticos e dois coadjutores, um bom número dos quais perseverou até o fim, na Companhia. Dois anos mais tarde, em 1934, os concluintes do noviciado, ali mesmo, começaram a etapa do Juniorado. Enquanto que, no Noviciado, as atenções se voltavam quase que exclusivamente para o cultivo das virtudes cristãs, o conhecimento dos fundamentos da Ordem e o exercício de

uma moderada prática pastoral, no Juniorado, no entanto, sem deixar totalmente de lado esses aspectos, porque sempre são importantes, dá-se uma importância maior à formação intelectual e, em Baturité, sob a orientação do Pe. Manuel Fonseca, passou-se a oferecer um ensino de alta qualidade. O segredo dessa excelência, conforme Ferdinand Azevedo, estava no grupo de professores, ou melhor, de formadores. Os alunos estudam português, latim, grego, literatura portuguesa e universal, eloquência, matemática e história. A catequese, tanto noviços como juniores exerciam-na, aos domingos, nos sítios e povoados da redondeza (Cf Ferdinand Azevedo, obra citada, p. 206-207). Havia ainda as academias literárias e artísticas, onde os alunos podiam demonstrar seus dotes e seus progressos.

Novos rumos para os ocupantes do Casarão, que hoje é conhecido por “Mosteiro” Em 1963, com a fundação do Colégio Santo Inácio, em Fortaleza, os apostólicos deixaram definitivamente Baturité. Já antes, os noviços passaram ao Noviciado da Província Central, em Itaici, S. Paulo. Lá mesmo, realizavam o Juniorado, e continuavam as etapas seguintes, em outros Centros de formação. O Casarão, contudo, continuou a marcar uma presença discreta e, ao mesmo tempo, importante, em vários setores onde atuavam, sobretudo, os irmãos jesuítas. Alguns deles deixaram seus nomes gravados, na memória e na gratidão dos moradores da Serra, como é o caso d Ir. Batista, na área de saúde; do Ir. Zé Maria, na área odontológica e do Ir. Almeida, na área esportiva. Já os sacerdotes, como o faziam desde os primeiros tempos, prestavam assistência religiosa subsidiárias às comunidades da Serra e também do Sertão, marcando com seu jeito inaciano a religiosidade e a piedade das populações regularmente assistidas, a ponto de sacerdotes de outras plagas, ao transitarem por essas regiões, em atividade pastoral, captarem logo a diferença.

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Entretanto, um problema continua a inquietar os responsáveis pela obra – a sua continuidade. Sempre retorna a mesma pergunta: Que fazer dos amplos espaços deixados vazios, depois da transferência dos grupos para acomodação dos quais eles foram projetados? - A primeira ideia posta em prática foi utilizar as amplas instalações para retiros e encontros espirituais, ou atividades análogas, tais como reuniões de estudo, assembleias, congressos, etc. Mas, para que esse projeto possa funcionar melhor, é preciso investir em pessoas e, no melhoramento não só da casa, como também de todo o imóvel que, por sua vez, passou a ser área de conservação ambiental. Enquanto isso, os responsáveis continuam discernindo e buscando uma solução que satisfaça às exigências atuais e, ao mesmo tempo, não desmereça seus noventa anos, marcados por uma importante e estimulante presença, na Região de Baturité e no Estado do Ceará. Referência bibliográfica Arquivo Provincial da Província Brasil Nordeste da Companhia de Jesus, Salvador, Bahia. Cartas Edificantes da Província Portuguesa. Pontevedra, Madrid. Edição particular, 1909 – 1936. Jornal “A Verdade”, Baturité, CE. Azevedo, SJ, Ferdinand, A Missão Portuguesa da Companhia de Jesus Nordeste, 1911 – 1936, Recife, Fundação Antônio dos Santos Abranches – FASA, 1986. Foulquier, SJ, Joseph H, Jesuítas no Norte; Segunda entrada da Companhia de Jesus, 1911 – 1940. Salvador, 1940. Pinto, SJ, Antônio, Seminário Menor do Coração de Jesus – Escola Apostólica dos Padres Jesuítas em Baturité, Ceará. Porto, Portugal, Pip. Costa Carregal, 1932.

Nossos enfermos Pe. Paulo Meneses: ultimamente vinha emagrecendo muito rapidamente e com engasgos insistentes. O médico da casa solicitou uma série de exames, inclusive, uma endoscopia. Ele não suportou o procedimento e então o médico exigiu que a mesma fosse feita com anestesia geral e, para isso, ele precisou ser internado. Ficou na UTI do hospital Monte Klinikum, possivelmente, o mais bem aparelhado de Fortaleza. Foi muito difícil conseguir um hospital que o recebesse. Somente com a interferência de um sobrinho médico, após muita luta, foi possível. O resultado

da endoscopia: um grande tumor no estômago. A biopsia aponta que é maligno já com metástase em alguns órgãos. Ele já tomou várias transfusões de sangue. Os médicos devem em breve transferi-lo para um apartamento. Está se alimentando por sonda, consciente e aparentemente tranquilo. Sua família não é favorável a que se submeta a qualquer procedimento cirúrgico. Os médicos que o atendem ainda não deram um parecer final. Pe. Andrés Mato: há uma semana iniciou o tratamento com radioterapia. Tem sofrido bastante. As reações colaterais: frequentes hemorragias internas. O médico que o acompanha já havia advertido que isso poderia acontecer. Há dias em que parece bem e outros, muito depressivo. O seu problema de saúde vai se acentuando agora mais rapidamente.

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BREVES

MUDANÇA DE EMAIL: o Padre Xavier Nichele comunica seu novo endereço eletrônico: [email protected]

JUBILEU DE OURO SACERDOTAL: no dia 08 de dezembro, o Padre Andrés Mato, estará celebrando os 50 anos de sua ordenação presbiteral, vividos à serviço do povo de Deus na Companhia de Jesus. Unimo-nos a ele para louvar e agradecer a Deus por sua vida e vocação. Que o Bom Deus siga fortalecendo e animando sua saúde e seu ministério presbiteral a serviço do Reino.

FÉRIAS e RETIRO DA PROVÍNCIA 2013: na Casa de Retiros São José em Mar Grande, entre os dias 04 a 09 de janeiro, acontecem os dias de férias. O Retiro será orientado por Pe. Claudio Werner Pires (BRA), iniciando com o almoço do dia 09 de janeiro até dia 17 com o almoço. Os Ministros encarregados são Ir. Nelton Barbosa e Est. Tárcio dos Santos. Conforme Carta enviada aos Superiores, para inscrição e maiores informações entrar em contanto com Ir. Nelton pelos telefones (71) 3633-1172 / 9145-1528 ou pelo email [email protected]

COMISSÃO APOSTÓLICA: entre os dias 18 a 20 de janeiro, acontece em Salvador, nas dependências do Centro Inaciano de Espiritualidade, a reunião ampliada da Comissão Apostólica da BNE, juntamente com o Padre Provincial. Foram convocados os jesuítas dos vários Setores e Áreas Apostólicas para avaliarmos a nossa missão e aprofundarmos o processo da Nova Província do Brasil. As hospedagens dos jesuítas estão reservadas nas Residências Padre Antônio Vieira e Santo Antônio conforme comunicação já feita.

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Cúria Provincial

Transferências 1) Pe. PLUTARCO ALMEIDA, de Brasília para a Residência Nossa Senhora de

Lourdes em Bélém-PA. 2) Pe. JOSÉ PAULO HERNADEZ-GIL, de Fortaleza para a Residência Sagrado

Coração de Jesus em Baturité-CE.

Estudos de Teologia em 2013 1) Félix Costa Lopes 2) Cleiton Nery Santana 3) José Célio dos Santos 4) Ailson Salaroni

Deixaram a Companhia 1) Denir Robson Lima de Sousa

Agenda do Provincial Dezembro/Janeiro

01-02 Baturité Visita Canônica e 90 anos do Mosteiro

03 Teresina Posse novo Diretor do Colégio

04-07 Fortaleza Visita Canônica Mondubim

07 Fortaleza Inauguração Casa Inaciana da Juventude

08-09 Tianguá Visita a P. Edvam e ao Bispo Diocesano

10 Fortaleza Encontro do Polo e Jubileu Sacerdotal de P. Andrés Matos

12-20 Salvador Cúria

21-25 Capim Grosso Ministérios de Natal

26 Salvador Cúria

27-31 Teresina Descanso e Visita à Família

01-06 Teresina Descanso e Visita à Família

07-08 Salvador Cúria

09-17 Mar Grande Retiro da Província

18-20 Salvador Comissão Apostólica

19 Salvador Ordenação Diaconal de Felipe

21 Salvador CONSULTA DE PROVÍNCIA

22-25 Salvador Cúria

26 Feira Santana Votos dos Noviços

27-31 Salvador Cúria

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Aniversariantes de Dezembro/Janeiro

NOME DATA LOCAL

Pe. José Laércio de Lima 04 Iconha

Pe. Marco Antonio de Oliveira Santos 09 Salvador

Ir. Luís Edilberto de Castro Feitosa 13 Anchieta

Ne. Luzimar Dias Araújo 13 Feira de Santana

Pe. Jackson Alves Carvalho 14 Belo Horizonte

Pe. Lúcio Flávio R. Cirne 17 Recife

Pe. Sandoval Alves Rocha 23 Manaus

E. José de Jesus Nascimento 25 Recife

E. Felipe de Assunção Soriano 26 Belo Horizonte

Pe. Roberto Gottardo 31 Teresina

Pe. MIGUEL MARTINS FILHO 01 Salvador

Pe. Eliomar Ribeiro de Souza 01 Salvador

Pe. Kiko Secchim 01 Recife

Pe. Florencio Lecchi 02 Teresina

Pe. Washinton Paranhos (Tuta) 03 João Pessoa

Ir. David Manoel de Araújo 06 Baturité

Ir. José Nelton Barbosa 08 Mar Grande

Pe. Paulo Menezes 11 Fortaleza

Pe. Geraldo Coelho de Almeida 19 Salvador

E. Cleiton Nery Santana 21 Belo Horizonte

Pe. Geraldo Luiz De Mori 23 Belo Horizonte

Ir. Bira de Oliveira Costa 28 Fortaleza

Pe. Erinaldo Pedro da Silva 31 Recife

Ao aproximarem as Festas do Natal e Ano Novo queremos desejar a todos os nosso companheiros jesuítas e aos colaboradores leigos que conosco assumem a missão de Cristo confiada a nós, Boas Festas e que a paz do Menino Deus esteja presente em nossos corações em todos os dias do Novo Ano que virá.

Província Jesuíta do Brasil Nordeste