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Escriturário Informática – Parte 2 Prof. Márcio Hunecke

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Escriturário

Informática – Parte 2

Prof. Márcio Hunecke

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Informática

MODELAGEM CONCEITUAL DE DADOS (A ABORDAGEM ENTIDADE-RELACIONAMENTO)

Conceito

O modelo entidade relacionamento (MER) é uma maneira conceitual de descrever um proces-so de negócio. Foi criado por Peter Chen em 1976. O processo é modelado com componentes (entidades) que são ligadas umas às outras por relacionamentos que expressam as dependên-cias e exigências entre elas, como: um edifício pode ser dividido em zero ou mais apartamen-tos, mas um apartamento pode estar localizado em apenas um edifício. Entidades podem ter várias propriedades (atributos) que os caracterizam. Diagramas criados para representar gra-ficamente essas entidades, atributos e relacionamentos são chamados de diagramas entidade relacionamento.

Um modelo ER é normalmente implementado como um banco de dados. Nos casos de um banco de dados relacional, que armazena dados em tabelas, as próprias tabelas representam as entidades. Alguns campos de dados nestas tabelas apontam para índices em outras tabelas. Tais ponteiros representam relacionamentos.

Este é o modelo ER de alto nível em que contém o detalhe menos granular mas estabelece o es-copo global do que está para ser incluído dentro do conjunto do modelo. O modelo ER concei-tual normalmente define entidades de dados de referência mestre que são comumente usadas pela organização. Desenvolver um modelo ER conceitual de amplitude corporativa é útil para suportar a documentação da arquitetura de dados para uma organização.

Um modelo ER conceitual pode ser usado como a fundação para um ou mais modelos de dados lógicos (ver abaixo). O propósito do modelo ER conceitual é então estabelecer a comunalidade de metadados estruturais para as entidades de dados mestre entre o conjunto de modelos ER lógicos. O modelo de dados conceitual pode ser usado para formar comunais entre modelos ER como uma base para integração de modelo de dados.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_entidade_relacionamento

Quando se inicia o desenvolvimento de um novo sistema, ou mesmo de uma nova funcionalidade para um sistema existente, um dos primeiros passos a ser executado é o estudo e levantamento dos requisitos necessários para a construção do produto final. Durante essa análise, identifica-se as principais partes e objetos envolvidos, suas possíveis ações e responsabilidades, suas características e como elas interagem entre si.

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A partir das informações obtidas, pode-se desenvolver um modelo conceitual que será utilizado para orientar o desenvolvimento propriamente dito, fornecendo informações sobre os aspectos relacionados ao universo de discurso do projeto em questão.

Modelo Entidade Relacionamento

O Modelo Entidade Relacionamento (também chamado Modelo ER, ou simplesmente MER), como o nome sugere, é um modelo conceitual utilizado na Engenharia de Software para des-crever os objetos (entidades) envolvidos em um domínio de negócios, com suas características (atributos) e como elas se relacionam entre si (relacionamentos).

Em geral, este modelo representa de forma abstrata a estrutura que possuirá o banco de dados da aplicação. Obviamente, o banco de dados poderá conter várias outras entidades, tais como chaves e tabelas intermediárias, que podem só fazer sentido no contexto de bases de dados relacionais.

Entidades

Os objetos ou partes envolvidas no projeto são chamadas de entidades. As entidades são no-meadas com substantivos concretos ou abstratos que representem de forma clara sua função dentro do domínio. Exemplos práticos de entidades comuns em vários sistemas são Cliente, Produto, Venda, Turma, Função, entre outros.

Podemos classificar as entidades segundo o motivo de sua existência:

Entidades fortes: são aquelas cuja existência independe de outras entidades, ou seja, por si só elas já possuem total sentido de existir. Em um sistema de vendas, a entidade produto, por exemplo, independe de quaisquer outras para existir.

Entidades fracas: ao contrário das entidades fortes, as fracas são aquelas que dependem de outras entidades para existirem, pois individualmente elas não fazem sentido. Mantendo o mesmo exemplo, a entidade venda depende da entidade produto, pois uma venda sem itens não tem sentido.

Entidades associativas: esse tipo de entidade surge quando há a necessidade de associar uma entidade a um relacionamento existente. Na modelagem Entidade-Relacionamento não é pos-sível que um relacionamento seja associado a uma entidade, então tornamos esse relaciona-mento uma entidade associativa, que a partir daí poderá se relacionar com outras entidades. Para melhor compreender esse conceito, tomemos como exemplo uma aplicação de vendas em que existem as entidades Produto e Venda, que se relacionam na forma muitos-para-mui-tos, uma vez que em uma venda pode haver vários produtos e um produto pode ser vendido várias vezes (no caso, unidades diferentes do mesmo produto). Em determinado momento, a empresa passou a entregar brindes para os clientes que comprassem um determinado produ-to. A entidade Brinde, então, está relacionada não apenas com a Venda, nem com o Produto, mas sim com o item da venda, ou seja, com o relacionamento entre as duas entidades citadas anteriormente. Como não podemos associar a entidade Brinde com um relacionamento, cria-mos então a entidade associativa “Item da Venda”, que contém os atributos identificadores das

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entidades Venda e Produto, além de informações como quantidade e número de série, para ca-sos específicos. A partir daí, podemos relacionar o Brinde com o Item da Venda, indicando que aquele prêmio foi dado ao cliente por comprar aquele produto especificamente.

Conjunto de entidades: Entidades relativamente parecidas, que possuem praticamente os mesmos atributos podem ser agrupadas em um Conjunto de Entidades.

Relacionamentos

Uma vez que as entidades são identificadas, deve-se então definir como se dá o relacionamento entre elas. De acordo com a quantidade de objetos envolvidos em cada lado do relacionamento, podemos classifica-los de três formas:

Relacionamento 1..1 (um para um): cada uma das duas entidades envolvidas referencia obrigatoriamente apenas uma unidade da outra. Por exemplo, em um banco de dados de currículos, cada usuário cadastrado pode possuir apenas um currículo na base, ao mesmo tempo em que cada currículo só pertence a um único usuário cadastrado.

Relacionamento 1..n ou 1..* (um para muitos): uma das entidades envolvidas pode referenciar várias unidades da outra, porém, do outro lado cada uma das várias unidades referenciadas só pode estar ligada a uma unidade da outra entidade. Por exemplo, em um sistema de plano de saúde, um usuário pode ter vários dependentes, mas cada dependente só pode estar ligado a um usuário principal. Note que temos apenas duas entidades envolvidas: usuário e dependente. O que muda é a quantidade de unidades/exemplares envolvidas de cada lado.

Relacionamento n..n ou *..* (muitos para muitos): neste tipo de relacionamento cada entidade, de ambos os lados, pode referenciar múltiplas unidades da outra. Por exemplo, em um sistema de biblioteca, um título pode ser escrito por vários autores, ao mesmo tempo em que um autor pode escrever vários títulos. Assim, um objeto do tipo autor pode referenciar múltiplos objetos do tipo título, e vice-versa.

Os relacionamentos em geral são nomeados com verbos ou expressões que representam a forma como as entidades interagem, ou a ação que uma exerce sobre a outra. Essa nomenclatura pode variar de acordo com a direção em que se lê o relacionamento. Por exemplo: um autor escreve vários livros, enquanto um livro é escrito por vários autores.

Atributos

Atributos são as características que descrevem cada entidade dentro do domínio. Por exemplo, um cliente possui nome, endereço e telefone. Durante a análise de requisitos, são identificados os atributos relevantes de cada entidade naquele contexto, de forma a manter o modelo o mais simples possível e consequentemente armazenar apenas as informações que serão úteis futuramente. Uma pessoa possui atributos pessoais como cor dos olhos, altura e peso, mas para um sistema que funcionará em um supermercado, por exemplo, estas informações dificilmente serão relevantes.

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Quanto à sua estrutura, podemos ainda classificá-los como:

Simples: um único atributo define uma característica da entidade. Exemplos: nome, peso.

Compostos: para definir uma informação da entidade, são usados vários atributos. Por exemplo, o endereço pode ser composto por rua, número, bairro, etc.

Alguns atributos representam valores únicos que identificam a entidade dentro do domínio e não podem se repetir. Em um cadastro de clientes, por exemplo, esse atributo poderia ser o CPF. A estes chamamos de Chave Primária.

Diagrama Entidade Relacionamento

Enquanto o MER é um modelo conceitual, o Diagrama Entidade Relacionamento (Diagrama ER ou ainda DER) é a sua representação gráfica. Em situações práticas, o diagrama é tido muitas vezes como sinônimo de modelo, uma vez que sem uma forma de visualizar as informações, o modelo pode ficar abstrato demais para auxiliar no desenvolvimento do sistema. Dessa forma, quando se está modelando um domínio, o mais comum é já criar sua representação gráfica, seguindo algumas regras.

O diagrama facilita ainda a comunicação entre os integrantes da equipe, pois oferece uma lin-guagem comum utilizada tanto pelo analista, responsável por levantar os requisitos, e os de-senvolvedores, responsáveis por implementar aquilo que foi modelado.

Em sua notação original, proposta por Peter Chen (idealizador do modelo e do diagrama), as en-tidades deveriam ser representadas por retângulos, seus atributos por elipses e os relacionamen-tos por losangos, ligados às entidades por linhas, contendo também sua cardinalidade (1..1, 1..n ou n..n). Porém, nas notações mais modernas os atributos podem aparecer listados na própria entidade. Essa forma torna o diagrama mais limpo e fácil de ser lido.

Figura 1. Diagrama Entidade Relacionamento de sistema de imobiliária

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No domínio representado pelo diagrama acima temos as seguintes entidades e relacionamentos:

Proprietário contata Corretor (um proprietário pode contatar vários corretores e um corretor pode ser contatado por vários proprietários).

Corretor atende Inquilino (um corretor pode atender vários inquilinos e um inquilino pode ser atendido por vários corretores).

Inquilino aluga Imóvel (um inquilino aluga um imóvel e um imóvel pode ser alugado por vários inquilinos).

Proprietário possui Imóvel (um proprietário possui vários imóveis e um imóvel pertence a apenas um proprietário).

Uma variante da Figura 1 pode ser vista na Figura 2, onde a cardinalidade do relacionamento é exibida junto do losango.

Figura 2. Diagrama de Entidade Relacionamento (variação)

Uma outra variação já mostra a cardinalidade de uma forma mais completa, deixando claro as possibilidades de números de objetos envolvidos em cada relacionamento. Nesse modelo, em cada lado do relacionamento os números aparecem no formato (X,Y) ao invés de um único número como vemos nas figuras anteriores. A Figura 3 ilustra um exemplo desse tipo.

Figura 3. Diagrama Entidade Relacionamento (variação 2)

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Neste diagrama, lemos os relacionamentos da seguinte forma:

1 ou 1 Grupo possui 0 ou muitos produtos. Como de um lado temos “1 ou 1”, isso equivale a apenas “1”, pois não temos várias possibilidades. Já do lado do produto, indicamos que um grupo pode possuir nenhum produto, mas também pode possuir vários.

0 ou várias vendas contém 1 ou muitos produtos. Ou seja, um produto pode nunca ser vendido (0 vendas) como também pode ser vendido várias vezes (n vendas). Já uma venda deve conter 1 ou vários produtos, pois uma venda não pode estar vazia (0 produtos).

Os atributos, como já foi dito, podem aparecer no diagrama na forma de elipses ligadas às entidades. Essa foi a notação original proposta, mas como podemos ver na Figura 4, ela deixa o diagrama com muitos itens e pode atrapalhar um pouco a organização destes.

Figura 4. Atributos apresentados como elipses

Em uma notação mais atual, comumente utilizada na UML, os atributos aparecem listados den-tro do próprio retângulo da entidade, enquanto o nome da entidade aparece no topo na forma de título. Na Figura 5 temos um exemplo.

Figura 5. Diagrama com atributos nas entidades

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Exemplo – Empréstimo de Livros em Bibliotecas

Agora desenvolver um pequeno exemplo prático para modelarmos um sistema de bibliotecas, focando especificamente no empréstimo de livros.

Primeiramente precisamos identificar as entidades envolvidas nesse contexto. Sabemos que as entidades físicas existentes são o Usuário da biblioteca e o Livro que será emprestado. Além disso, consideraremos aqui que o livro pertence a uma Sessão, que ajuda na organização das obras do acervo. Em um sistema real pode haver outras informações sobre o livro, mas para esse exemplo a sessão é o bastante. Por fim, temos a entidade lógica Empréstimo, que tanto está relacionada com o usuário, quanto com o livro.

Assim já podemos esboçar nosso primeiro diagrama, simples, contendo as principais entidades e o relacionamento entre elas (Figura 7).

Figura 7. Primeiro DER de um sistema para biblioteca

Neste primeiro diagrama podemos identificar alguns dos conceitos vistos:

Entidades fortes: Usuário, Livro e Sessão;

Entidades fracas: Empréstimo;

Relacionamentos: um Usuário efetua vários Empréstimos, vários Empréstimos contêm vários Livros, vários Livros pertencem a uma Sessão.

Agora que visualizamos o domínio no diagrama, podemos adicionar os atributos e outras enti-dades que se façam necessárias. Assim, passamos à Figura 8,

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Figura 8. DER mais completo do sistema para bibliotecas

Especificamos os atributos de cada entidade e marcamos algumas elas com um asterisco, indi-cando que aquela é a chave primária da tabela, ou seja, um atributo único, que nunca poderá se repetir entre as entidades do mesmo tipo. Ainda não é necessário especificar o tipo de cada atributo (texto, número, data, etc.), isso só será necessário mais adiante, quando já estivermos planejando o banco de dados da aplicação.

Surgiu a entidade associativa Livro_Empréstimo, que representa os livros contidos em um em-préstimo (considerando um empréstimo contém vários livros e um livro pode estar contido em vários empréstimos). Esta entidade é composta pelas chaves das duas entidades principais. Se fosse necessário, nesta entidade também poderíamos adicionar informações complementares como quantidade (não se aplica neste caso, mas caberia em um sistema de vendas, por exem-plo) e observações sobre o item.

Na entidade associativa, o relacionamento n..n foi dividido em dois relacionamentos do tipo 1..n, agora lidos da seguinte forma: um empréstimo contém vários itens, mas um item só pode estar contido em um único empréstimo (restrito pelas chaves primárias); um livro pode estar contido em vários itens de empréstimo (ser emprestado várias vezes), mas cada item refere-se a um único livro.

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O Modelo Entidade Relacionamento (e principalmente o diagrama) é uma importante ferramenta durante o desenvolvimento de sistemas, principalmente aqueles mais complexos e difíceis de visualizar sem uma análise mais aprofundada.

A correta modelagem auxilia no correto desenvolvimento da base de dados e evita que várias alterações sejam necessárias para corrigir erros de concepção provenientes de falhas durante a análise, ou ainda por problemas de comunicação entre os membros da equipe.

Chaves

Chaves são um conceito básico que permitem identificar linhas e estabelecer relações entre linhas e tabelas de um banco de dados relacional. Em um banco de dados relacional, há pelo menos quatro tipos de chaves a serem consideradas: chaves primárias, chaves estrangeiras, candidatas e chaves alternativas

É através das chaves que conseguimos estabelecer as regras para que o SGBD possa manter a integridade referencial.

Chave Primária

As chaves primárias são uma coluna (ou um conjunto delas) dentro de uma tabela que dis-tinguem uma linha das demais. As chaves primárias podem ser compostas por mais de uma coluna, entretanto, devem sempre respeitar o princípio da minimalidade. Uma chave é mínima quando todas as suas colunas forem efetivamente necessárias para garantir o requisito da uni-cidade de valores da chave.

Na abordagem relacional, ao contrário dos sistemas convencionais de arquivos, por exemplo, uma chave não é um índice ou qualquer outra estrutura de acesso. As chaves fazem apenas a restrições de integridade, ou seja, regras que devem ser obedecidas em todos os estados váli-dos do Banco de Dados.

Chave Estrangeira

Uma chave estrangeira é uma coluna ou uma combinação de colunas cujos valores aparecem necessariamente na chave primária de uma outra tabela. A chave estrangeira é o mecanismo que permite a implementação de relacionamentos em bancos de dados relacionais.

A existência de chaves estrangeiras impõe restrições que devem ser garantidas ao executar di-versas operações de alterações no banco de dados.

I – Inclusão de uma linha na tabela que contém a chave estrangeira: Neste caso, deve-se garan-tir que o valor contido na chave estrangeira apareça na coluna da chave primária referenciada.

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II – Alteração do valor de uma chave estrangeira: Deve-se assegurar que o novo valor aparece na coluna da chave primária referenciada;

III – Exclusão de uma linha da tabela que contém a chave primária referenciada pela chave es-trangeira: Deve ser garantido que na coluna da chave estrangeira não apareça o valor da chave primária que será excluída.

IV – Alteração do valor da chave primária referenciada pela chave estrangeira: Deve ser garan-tido que na coluna da chave estrangeiras não apareça o valor da chave primária que está sendo alterada. Uma chave estrangeira não referencia, necessariamente, outra tabela. Em um auto relacionamento, o valor da chave estrangeira é o próprio valor da chave primária da mesma tabela.

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Questões

1. (2018 – COPERVE – UFSC – UFSC – Analista de Tecnologia da Informação)

Sobre o Modelo de Entidade-Relacionamento (MER), é correto afirmar que:

a) uma entidade representa uma única ocorrência de um objeto do mundo real. b) um relacionamento deve possuir um nome e atributos. c) uma entidade deve possuir um nome e relacionamentos. d) um relacionamento deve ter conexões com uma ou mais entidades. e) um atributo deve estar conectado a uma ou mais entidades.

2. (2018 – COPERVE – UFSC – UFSC – Técnico de Tecnologia da Informação)

Considere a seguinte modelagem conceitual, expressa no Modelo de Entidade-Relacionamento (MER):

Com relação ao mapeamento desta modelagem MER para uma modelagem lógica relacional, é correto afirmar que:

a) o relacionamento governa pode ser mapeado para uma chave estrangeira em uma tabela Presidente que faz referência a um país.

b) o relacionamento governa pode ser mapeado para uma tabela com uma chave primária composta formada pelos atributos ID-P e ID-Pr.

c) o relacionamento pertence pode ser mapeado para uma chave estrangeira em uma tabela País que faz referência a uma cidade.

d) o relacionamento cruza pode ser mapeado para uma tabela com uma chave primária for-mada pelo atributo ID-R.

e) o relacionamento cruza pode ser mapeado para uma chave estrangeira em uma tabela Ro-dovia que faz referência a uma cidade.

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3. (2018 – FCC – DPE-AM – Analista em Gestão Especializado de Defensoria – Analista de Banco de Dados)

No modelo entidade-relacionamento utilizado em bancos de dados relacionais, a função desempenhada por um conjunto de entidades em um conjunto de relacionamentos é chamado de

a) recursão. b) papel. c) atribuição. d) redundância. e) composição.

4. (2018 – PR-4 UFRJ – UFRJ – Analista de Tecnologia da Informação)

No Modelo Entidade-Relacionamento, os atributos podem ser classificados de várias formas, dependendo do tipo de informação que representam. Assinale a opção que define corretamente o atributo formado por uma ou mais subatributos (ex: endereço composto de rua, número, complemento, bairro, CEP).

a) Monovalorado. b) Multivalorado. c) Composto. d) Determinante. e) Principal.

5. (2018 – PR-4 UFRJ – UFRJ – Analista de Tecnologia da Informação)

Em um Modelo Entidade-Relacionamento, assinale o tipo particular de entidade que ocorre quando um atributo identificador de uma entidade inclui o atributo identificador da outra entidade.

a) Forte. b) Exclusiva. c) Estruturada. d) Fraca. e) Isolada.

6. (2017 – CONSULPLAN – TRE-RJ – Técnico Judiciário – Programação de Sistemas)

“___________________ são objetos do mundo real, que podem ser identificados de forma unívoca, sendo relevante no contexto analisado, podendo ser caracterizado de alguma forma. No Diagrama Entidade-Relacionamento (DER) representa-se, com a utilização da figura de um retângulo, ___________________ de mesmo tipo (objetos que compartilham mesmas carac-terísticas e propriedades).” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.

a) Atributos / entidades b) Entidades / entidades associativas c) Entidades / conjuntos de entidades d) Conjuntos de entidades / entidades fracas

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7. (2017 – CONSULPLAN – TRE-RJ – Técnico Judiciário – Programação de Sistemas)

O DER a seguir expressa uma possível organização de um Banco e as relações entre clientes, agências e empréstimos.

Quanto ao referido diagrama, analise as afirmativas a seguir.

I – O relacionamento Empresta pode ser substituído sem prejuízo à integridade dos relaciona-mentos e à notação do DER, pela entidade associativa.

II – Se o atributo valor_por_parcela, do conjunto de entidades Empréstimo, armazenar o quo-ciente entre valor_emprestimo e quantidade_parcelas, então o atributo é derivado.

III – Na conversão do DER para o Diagrama Relacional, idAgencia e UF, dois atributos identifica-dores se tornarão duas chaves primárias de uma tabela.

IV – Visto que a cardinalidade em Cliente (0,n) indica ocorrência opcional com Agência Bancá-ria, a relação entre os dois conjuntos de entidades é do tipo 1:N, ou seja, um para muitos.

Estão INCORRETAS apenas as afirmativas

a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) III e IV.

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8. (2017 – FCC – TST – Técnico Judiciário – Programação)

Ao projetar um sistema de informações para ser implantado no computador, um Programador elaborou um modelo da realidade visando adequá-la às limitações de tal ambiente e que, devido à complexidade para realizar a modelagem, buscou orientações de acordo com a linha de abordagem top down e os níveis de abstração propostos na teoria de banco de dados. No processo de modelagem de dados utilizado, criou, em primeiro nível, um modelo descritivo e, depois, um modelo conceitual onde, no contexto dos dados, se insere o

a) modelo de pacotes. b) diagrama de atividades. c) modelo entidade-relacionamento. d) diagrama de fluxo de dados. e) modelo de entidade externa.

9. (2017 – FCC – TST – Técnico Judiciário – Programação)

Considere o diagrama entidade-relacionamento abaixo.

As chaves primárias de Cidadão e Processo são pk_cidadao e pk_processo, respectivamente. O relacionamento Consulta possui a cardinalidade 0,n com n>1 em ambos os lados.

Em um banco de dados relacional normalizado, estará correta a criação da tabela

a) Processo tendo como chave estrangeira pk_cidadao e Consulta tendo como chave estrangeira pk_processo.

b) Cidadão tendo como chave estrangeira pk_processo e Consulta tendo como chave estrangeira pk_cidadao.

c) Consulta tendo pk_processo como chave primária e Cidadão tendo pk_processo como chave estrangeira.

d) Consulta tendo pk_cidadao como chave primária e Processo tendo pk_cidadao como chave estrangeira.

e) Consulta tendo como chave primária pk_cidadao mais pk_processo.

10. (2017 – FCC – TST – Analista Judiciário – Suporte em Tecnologia da Informação)

Em um Modelo Entidade-Relacionamento existem as entidades NotaFiscal e Produto que estabelecem uma relação n:m. Em um Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacional, um Analista de Suporte implementou a tabela de ligação ItemNotaFiscal entre as tabelas NotaFiscal e Produto, contendo os campos abaixo.

NumeroNotaFiscal (chave primária, chave estrangeira)

NumeroProduto (chave primária, chave estrangeira)

Descricao

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Quantidade

PrecoUnitario

Uma anomalia existente na tabela ItemNotaFiscal, que infringe as regras de normalização, é a existência de

a) atributos compostos ou derivados. b) dependência funcional parcial. c) dependência funcional transitiva indireta. d) atributos multivalorados. e) dependência funcional transitiva direta.

11. (2017 – IBFC – TJ-PE – Técnico Judiciário – Programador de Computador)

Ao estudar a notação do Modelo Entidade-Relacionamento (MER) verifica-se que existem somente três tipos de relacionamento que são:

a) um para um (1:1) – um para dois (1:2) – um para três (1:3) b) um para infinito (1:∞) – infinito para um (∞:1) – infinito para infinito (∞:∞) c) um para um (1:1) – um para muitos (1:N) – muitos para um (N:1) d) um para um (1:1) – um para muitos (1:N) – muitos para muitos (N:N) e) primeira forma normal (1FN) – segunda forma normal (2FN) – terceira forma normal (3FN)

12. (2017 – UPENET-IAUPE – UPE – Analista de Sistemas – Banco de Dados)

Em Banco de Dados, o modelo criado na fase conceitual com o objetivo de representar a semântica, associada aos requisitos do minimundo, é denominado modelo

a) Entidade Relacionamento. b) Relacional. c) de Classes. d) de Casos de Uso. e) Conceitual.

13. (2017 – FCC – DPE-RS – Analista – Banco de Dados)

Considerando o modelo entidade-relacionamento,

a) um conjunto de relacionamentos binário envolve 2 conjuntos de entidades. b) um conjunto de relacionamentos deve possuir pelo menos 1 atributo descritivo. c) a função desempenhada por um conjunto de entidades em um conjunto de relacionamentos

é chamada recursão. d) um conjunto de relacionamentos ternário envolve mais do que 3 conjuntos de entidades. e) um conjunto de relacionamentos recursivos envolve 2 ou mais conjuntos de entidades.

14. (2017 – COPESE – UFPI – UFPI – Analista de Tecnologia da Informação)

Na abordagem Entidade-Relacionamento (ER), o modelo de dados é representado através de um modelo Entidade-Relacionamento (modelo ER). Analise as afirmativas a seguir, relacionadas a essa técnica.

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I – Usualmente, um modelo ER representado através de um diagrama gráfico conhecido como "diagrama entidade-relacionamento";

II – Entidade é um conjunto de objetos da realidade modelada sobre os quais se deseja manter informações no banco de dados;

III – Relacionamento define um conjunto de associações ou relações entre atributos de um mesmo banco de dados;

IV – A cardinalidade de um atributo define o número de valores que este atributo pode estar associado a uma ocorrência da entidade-relacionamento a qual ele pertence.

Está CORRETA a opção:

a) Somente I está correta. b) Somente II está correta. c) Somente I e III estão corretas. d) Somente I, II e IV estão corretas. e) Somente I, III e IV estão corretas.

15. (2017 – FCM – IF Baiano – Analista de Tecnologia da Informação)

O modelo de dados entidade-relacionamento (E-R) foi desenvolvido para facilitar o projeto de banco de dados. Esse modelo emprega algumas noções básicas, tais como conjuntos de entida-des e de relacionamentos, além das respectivas características.

Associe as colunas, relacionando os elementos de E-R às suas características / definições.

Elementos

1. Atributo de um conjunto de entidades

2. Participação

3. Papel da entidade

4. Relacionamento

5. Cardinalidades de mapeamento

Características / definições

( ) Função desempenhada por uma entidade em um relacionamento.

( ) Associação entre várias entidades.

( ) Função que descreve conjuntos de relacionamento binários.

( ) Associação entre conjuntos de entidades.

( ) Função que mapeia do conjunto de entidades para um domínio.

A sequência correta dessa associação é

a) 2, 5, 1, 3, 4. b) 2, 5, 4, 1, 3. c) 3, 4, 1, 5, 2. d) 3, 4, 2, 1, 5. e) 3, 4, 5, 2, 1.

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16. (2017 – FUNDEP (Gestão de Concursos) – UFVJM-MG – Técnico em Tecnologia da Informação)

Em um relacionamento entre duas entidades, em que a primeira pode se relacionar com vários registros na segunda, e a segunda se relaciona com apenas uma na primeira, tem-se:

a) Relacionamento 1-1 b) Relacionamento 1-N c) Relacionamento N-N d) Relacionamento N-M

17. (2017 – CESPE – TRE-PE – Analista – Judiciário – Análise de Sistemas)

Assinale a opção que corresponde ao tipo de restrição de integridade expressa no próprio diagrama de entidades e relacionamentos no modelo relacional.

a) dependência b enumeração c) normas de aceitação d) cardinalidade e) repetição

18. (2017 – CONSULPLAN – TRF – 2ª REGIÃO – Técnico Judiciário – Informática)

Observe o Modelo Entidade Relacionamento a seguir.

(Elmasri, R. Sistemas de Banco de Dados. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2011. p. 134.)

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Todas as afirmativas acerca do modelo anterior estão corretas, EXCETO:

a) Todos os valores de atributos da entidade Dependentes devem ser diferentes para cada ocorrência da entidade.

b) Vários tipos de atributos ocorrem no Modelo Entidade Relacionamento: simples versus composto, valor único versus multivalorado e armazenado versus derivado.

c) Dois dependentes de dois funcionários distintos podem, por coincidência, ter os mesmos valores para Nome, Data_nascimento, Sexo e Parentesco, mas, ainda assim, eles são enti-dades distintas.

d) Considere o relacionamento TRABALHA_PARA entre as entidades FUNCIONÁRIO e DEPART-MENTO. Ele associa cada funcionário ao departamento para o qual o funcionário trabalha no conjunto de entidades correspondente.

19. (2017 – CS-UFG – UFG – Analista de Tecnologia da Informação – Desenvolvimento de Sistemas)

Após a fase de levantamento e análise de requisitos, o projetista de banco de dados construiu o seguinte trecho de diagrama ER.

Nesse diagrama ER, verifica-se que a entidade DEPENDENTE

a) caracteriza-se por ser um tipo de entidade com atributo-chave próprio. b) possibilita que dois dependentes de um mesmo professor tenham o mesmo nome

completo.c) contém mais de um tipo de entidade de identificação expresso pela cardinalidade 1:N. d) admite que dependentes com mesmo nome completo, mas de professores distintos, sejam

entidades distintas.

20. (2017 – FCC – TRE-SP – Técnico Judiciário – Operação de Computadores)

Em uma situação hipotética, o Conselho Nacional de Justiça − CNJ queira registrar, para controle geral, todos os processos de todos os Tribunais Regionais Eleitorais, e, ainda, que os números de processos tenham a mesma estrutura, composta de um número sequencial, uma barra e o ano de criação (por exemplo: 000021/2015). Considerando-se que as numerações podem ser idênticas entre um e outro Tribunal, o CNJ desenhou uma solução em seu Modelo Entidade-Relacionamento cujo objetivo é identificar claramente um determinado Processo nessa situação adversa, visto que seu número pode se repetir e sem essa solução ele não seria identificável como único (unicidade de chave primária). Nesse caso, a solução foi

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a) adotar CNJ como entidade fraca de Processo. b) estabelecer um relacionamento entre Tribunal Regional Eleitoral e Processo tendo Estado

da União como entidade associativa.c) definir Processo como entidade associativa numerada de 1 até o último número registrado. d) especificar um relacionamento ternário entre Tribunal Regional Eleitoral, Processo e uma

outra entidade cuja chave é CNJ.e) adotar Processo como entidade fraca de Tribunal Regional Eleitoral.

Gabarito: 1.D 2. A 3. B 4. C 5. D 6. C 7. D 8. C 9. E 10. D 11. D 12. A 13. A 14. D 15. E 16. B 17. D 18. A 19. D 20. E