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ORIENTAO DOLT/SUTRI N 002/2006 (*) Assunto: ITCD - Imposto Sobre Transmisso Causa Mortis e Doao de Quaisquer Bens ou Direitos. Base legal: - Lei n 14.941/03, atualizada at a Lei n 17.272, de 28/12/2007. - Regulamento do ITCD, aprovado pelo Decreto n 43.981/05 e atualizado at o Decreto n 45.377, de 21/05/2010. Sumrio - Apresentao - Perguntas e respostas - Glossrio Apresentao O Imposto sobre Transmisso Causa Mortis e Doao ITCD encontra-se previsto no caput do inciso I e no 1 do art. 155 da Constituio Federal de 1988, com alquota mxima (8%) fixada pela Resoluo n 09/1992 do Senado Federal, tendo sido institudo em Minas Gerais pela Lei n. 14.941/03, alterada pelas Leis n 15.958/05 e 17.272/07, e disciplinado no RITCD/05, aprovado peloDecreto n. 43.981/05, com as alteraes promovidas pelos Decretos n. 44.841/08, 44.895/08, 44.964/08 e 45.115/09. Por determinao constitucional, a hiptese de incidncia h de ser buscada no universo da transmisso patrimonial por causa de morte (sucesso causa mortis) ou da transmisso patrimonial por causa de doao (um dos tipos da sucesso inter vivos). Assim, a realidade jurdico-constitucional mostra que, em matria de ITCD, o que se pode gravar o acrscimo patrimonial originado da transmisso de bens ou direitos por motivo de sucesso devido morte (herana e testamento) ou sucesso devido doao. Exatamente neste contexto que se deve interpretar a legislao tributria estadual. Perguntas e Respostas Assunto QuestesEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 1

Incidncia 01 a 17 No-incidncia 18 e 19 Iseno 20 a 24 Base de Clculo 25 a 34 Alquota 35 a 38 Usufruto 39 a 44 Descontos 45 a 53 Prazos 54 a 60 Parcelamento 61 Declarao 62 a 64 Decadncia 65

Incidncia 1) Quais as hipteses de incidncia na transmisso por causa mortis? R: As hipteses de incidncia so as transmisses hereditrias ou testamentrias de: I - bens imveis situados em territrio do Estado e respectivos direitos; II - bens mveis, inclusive semoventes, direitos, ttulos e crditos, e direitos a eles relativos, quando: a) o inventrio ou o arrolamento judicial ou extrajudicial se processar neste Estado; ou b) o herdeiro ou legatrio for domiciliado no Estado, se o de cujus possua bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventrio processado no exterior. 2) Quais as hipteses de incidncia nas transmisses por doao? R: As hipteses de incidncia so as doaes de: I - bens imveis situados em territrio do Estado e respectivos direitos;End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 2

II - bens mveis, inclusive semoventes, direitos, ttulos e crditos, e direitos a eles relativos, quando: a) o doador tiver domiclio no Estado; b) o doador no tiver residncia ou domiclio no Pas e o donatrio for domiciliado no Estado. 3) Em relao parte que exceder meao, destinada ao cnjuge ou companheiro sobrevivente, ocorre incidncia do ITCD? R: Sim. Em relao aos bens e direitos que forem atribudos a um dos cnjuges ou a um dos companheiros acima da respectiva meao ocorre incidncia do imposto, porque se trata de doao. Ocorrer, tambm, a incidncia do ITCD sobre os bens e direitos recebidos pelo cnjuge/companheiro sobrevivente na condio de herdeiro. 4) Em se tratando de processo de divrcio em que um dos ex-cnjuges fica com a maior parte dos bens e se compromete a pagar ao outro a diferena posteriormente, de forma parcelada, h excesso de meao e conseqentemente tributao pelo ITCD? R: Caso este acordo faa parte da sentena do processo de divrcio, no haver tributao do ITCD, uma vez que fica caracterizado o carter oneroso desta transmisso de propriedade, no se verificando a ocorrncia de doao. 5) Para os fatos geradores ocorridos aps a vigncia do novo Cdigo Civil, o cnjuge sobrevivente considerado meeiro ou apenas concorrente na qualidade de herdeiro? R: A parte da meao porventura cabvel ao cnjuge sobrevivente dever ser excluda da tributao do ITCD, posto no ser parte do patrimnio deixado pelo falecido. Conforme dispe o Cdigo Civil de 2002, o cnjuge sobrevivente concorrer com os descendentes, na qualidade de herdeiro, salvo se casado este com o falecido no regime de comunho universal de bens, ou no da separao obrigatria de bens; ou se, no regime da comunho parcial, o autor da herana no houver deixado bens particulares. Na falta de descendentes, concorrer herana com os ascendentes. Sendo que na falta de descendentes ou ascendentes, a sucesso ser deferida por inteiro ao cnjuge sobrevivente. 6) Na hiptese de renncia herana, quando for feita em favor do monte, ocorrer a incidncia do ITCD? R: A renncia em favor do monte, por si s, no ser fato gerador do imposto. Ocorrer o fato gerador do ITCD apenas em relao aos herdeiros que aceitarem a herana.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 3

7) Na hiptese de renncia herana em favor de pessoa determinada, ocorrer a incidncia do ITCD? R: Sim. Nessa hiptese no ocorre renncia herana, mas, sim, a aceitao da herana pelo herdeiro e a doao, por este, de sua parte a pessoa determinada. Verifica-se, portanto, a ocorrncia do fato gerador relativo aceitao da herana (causa mortis) e do fato gerador relativo doao. Por exemplo, renncia do filho em favor da me: ocorre aceitao da herana pelo filho e doao, por este, dos bens herdados para sua me. 8) Na doao de parte de quinho no mbito do processo de inventrio ocorre incidncia de ITCD? R: Esclarea-se que no cabe falar em renncia de herana nessa hiptese. Nos termos do art. 1.808 do Cdigo Civil no possvel aceitar ou renunciar a herana em parte. O que ocorre nessa situao uma aceitao total da herana por parte do herdeiro com posterior doao de parte do quinho para outro, caracterizando, portanto, dois fatos geradores distintos. 9) Ocorre a incidncia do ITCD sobre o valor do seguro de vida do falecido? R: No. O recebimento de capital estipulado em seguro de vida no constitui recebimento de bem em face de transmisso causa mortis. A tributao do ITCD atinge apenas os bens e direitos que faziam parte do patrimnio do falecido. O capital estipulado em seguro de vida no bem ou direito "deixado" pelo falecido, mas benefcio garantido a terceiros que sequer precisam ser seus herdeiros. 10) Incide ITCD sobre a indenizao de seguro relativa a veculo sinistrado, com perda total, em que o segurado faleceu no acidente? R: Na hiptese de ausncia de indicao de terceiro beneficirio no contrato de seguro e de morte do proprietrio do veculo, o direito indenizao compor o monte partilhvel, podendo sofrer, portanto, a incidncia do ITCD. Caso indicado algum beneficirio pelo segurado, o valor do seguro ser direito deste, no compondo o monte partilhvel deixado pelo segurado. 11) Na transmisso por fideicomisso, quantos fatos geradores ocorrem? R: Dois fatos geradores, em momentos distintos. O primeiro no ato em que ocorre a transmisso de propriedade de bens e direitos ao fiducirio que coincide com o momento da morte do testador e o segundo no momento em que ocorrer a transmisso ao fideicomissrio que ocorrer com a morte do fiducirio ou no termo final do prazo indicado no testamento. 12) Na hiptese em que uma pessoa firma procurao por instrumento pblico outorgando poderes a seus descendentes para proceder a todos os atos inerentes a alienao em causa prpria destes, dos imveis do outorgante, eEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 4

falece antes de proceder a escritura de doao, ocorre fato gerador do ITCD causa mortis ou doao? R: Ocorre o fato gerador do ITCD em face de doao. Conforme dispe o art. 685 do Cdigo Civil, a procurao em causa prpria irrevogvel e no se extingue pela morte de qualquer das partes, prevalecendo o mandato para que se procedam a todos os atos inerentes alienao. 13) Na sobrepartilha, aplica-se a lei vigente na abertura do inventrio ou a legislao vigente poca de formao da sobrepartilha? R: A sobrepartilha no se constitui um novo fato gerador, mas sim, uma continuao da partilha j realizada, devendo ser aplicada a legislao vigente poca de ocorrncia do fato gerador, no caso, a abertura da sucesso pelo falecimento do transmitente dos bens. 14) O ITCD causa mortis incidente sobre semoventes, mquinas e tratores agrcolas, quando se encontrem em imvel localizado em unidade da Federao diversa daquela onde o inventrio ou arrolamento judicial ou extrajudicial processado, devido a qual delas? R: O ITCD, no caso, devido unidade da Federao onde se processar o inventrio ou arrolamento judicial ou extrajudicial, uma vez que se tratam, inclusive os semoventes, de bens mveis. 15) Na hiptese de doao de cotas de sociedade, quando ocorrer o fato gerador referente ao ITCD, na data da assinatura do contrato de doao ou na data do registro na Junta Comercial? R: Ocorrer a incidncia do ITCD no momento em que se verificar a realizao da doao, ou seja, quando da assinatura do contrato respectivo, independentemente do registro na Junta Comercial. 16) H incidncia de ITCD sobre os rendimentos financeiros das aplicaes deixadas pelo falecido e apresentados em sobrepartilha? R: Apesar dos rendimentos frutos civis serem bens de natureza acessria, aqueles auferidos aps a ocorrncia do fato gerador no estaro sujeitos incidncia do ITCD, posto que os herdeiros j eram proprietrios da universalidade dos bens, dentre os quais, o que gerou os rendimentos. Haver a sobrepartilha, mas no para os fins de incidncia do tributo e, sim, para a repartio dos rendimentos auferidos aps o falecimento, na conformidade dos quinhes. 17) Sobre os valores decorrentes de ao indenizatria pleiteada pelode cujus,relativa desapropriao de bens imveis, incide o ITCD? R: Sim. Nesse caso, estar configurado o fato gerador do imposto, tendo em vista a transmisso da propriedade de bem ou direito, por sucesso legtima ou testamentria, conforme o caso.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 5

No-incidncia 18)Quais as hipteses de no-incidncia do ITCD em relao sucesso causa mortis e s doaes? R: No se verifica a incidncia do ITCD nas transmisses em que figurem como herdeiro, legatrio ou donatrio: a) a Unio, o Estado ou o Municpio; b) os templos de qualquer culto; c) os partidos polticos e suas fundaes; d) as entidades sindicais; e) as instituies de assistncia social, educacionais, culturais e esportivas, sem fins lucrativos; f) as autarquias e as fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico. A no-incidncia de que tratam as letras "c" a "e" supra fica condicionada a que as entidades citadas no distribuam qualquer parcela de seu patrimnio ou de sua renda, a qualquer ttulo; apliquem integralmente no Pas os recursos destinados manuteno de seus objetivos institucionais e mantenham escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatido. Exceto nas aquisies pela Unio, Estados e Municpios, a no-incidncia est condicionada tambm a que os bens ou direitos sejam destinados ao atendimento das finalidades essenciais das entidades neles mencionadas. O ITCD tambm no incide na concesso gratuita de domnio de terra devoluta, promovida pelo Estado, prevista nos arts. 14, inciso I, e 17 da Lei n 11.020/93. 19) Os valores referentes a relaes de trabalho, aposentadoria ou penso no recebidos pelo falecido devem ser objeto de tributao do ITCD? R: Fica excluda da tributao a transmisso causa mortis de valor correspondente a remunerao oriunda de relao de trabalho ou a rendimento de aposentadoria ou penso no recebido em vida pelo de cujus da fonte pagadora. Vale lembrar que incide o ITCD sobre as transmisses aos dependentes ou sucessores de valores relativos aos saldos de contas individuais do Fundo de Garantia do Tempo de Servio e do Fundo de Participao do PIS-PASEP, as restituies relativas a imposto sobre a renda e demais tributos e verbas trabalhistas de carter indenizatrio. IsenoEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 6

20) Quais as hipteses de iseno em relao s transmisses por causa mortis? R: Na transmisso causa mortis, a legislao prev trs hipteses de iseno: a) transmisso de imvel residencial, urbano ou rural, cujo valor total no ultrapasse 40.000 UFEMG e seja o nico bem imvel do monte partilhvel, desde que o valor total do monte no exceda 48.000 UFEMG, excetuados roupa e utenslio agrcola de uso manual, bem como mvel e aparelho de uso domstico que guarneam a residncia familiar, observado o disposto no 4 do art. 6 do RITCD/05; b) transmisso de frao ideal de um nico imvel residencial, urbano ou rural, desde que o valor total desse imvel seja de at 40.000 (quarenta mil) UFEMG e o monte partilhvel no contenha outro imvel nem exceda 48.000 (quarenta e oito mil) UFEMG, excetuados roupa e utenslio agrcola de uso manual, bem como mvel e aparelho de uso domstico que guarneam a residncia familiar, observado o disposto no 4 do art. 6 do RITCD/05; c) transmisso de roupa e utenslio agrcola de uso manual, bem como de mvel e aparelho de uso domstico que guarneam a residncia familiar, excludas obras de arte suscetveis de declarao Secretaria da Receita Federal ou acobertadas por contrato de seguro especfico. 21) Quais as hipteses de iseno em relao s transmisses por doao? R: Na transmisso por doao, a legislao prev trs hipteses de iseno: a) doao de bens e direitos cujo valor recebido por cada donatrio no ultrapasse 10.000 UFEMG, consideradas todas as doaes sucessivas ao mesmo donatrio realizadas a esse ttulo no perodo de trs anos civis. b) doao de bem imvel pelo poder pblico a particular, no mbito de programa habitacional destinado a pessoas de baixa renda ou em decorrncia de calamidade pblica ou com o fim de atrair empresas industriais ou comerciais para o municpio. c) doao de roupa, utenslio agrcola de uso manual, mvel e aparelho de uso domstico que guarneam a residncia familiar, excludas obras de arte suscetveis de declarao Secretaria da Receita Federal ou acobertadas por contrato de seguro especfico. 22) Na hiptese de transmisso causa mortis relativa somente meao de um nico imvel no valor de 30.000 UFEMG, de modo que a transmisso efetiva seria de 15.000 UFEMG, referente a 50% (cinquenta por cento)do imvel, ocorrer a iseno?End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 7

R: Sim,visto tratar-se de transmisso de frao ideal de um nico imvel residencial com valor inferior a 40.000 (quarenta mil) UFEMG, conforme previsto pela alnea b , inciso I, art. 6 do RITCD/05, na redao do Decreto n 44.764/2008. 23) Na transmisso causa mortis em que o esplio seja composto de 02 imveis de 5.000 UFEMG cada um, haver iseno? R: No. A aplicao da iseno na transmisso causa mortis tem por requisito a existncia de apenas um imvel na composio do monte partilhvel, conforme disposto no art. 6, inciso I, alneas a e b , do RITCD/05. 24) Estaria alcanada pela iseno prevista no art. 6, inciso II, alnea "b",item 3, do RITCD/05, a doao de terrenos para expanso de atividades de empresa j instalada no municpio? R: No. A iseno alcana somente as empresas que iro se instalar no municpio. Ainda que a doao dos imveis tenha por objetivo a construo de novas instalaes nos distritos industriais, a empresa j se encontrava instalada no municpio. Base de Clculo 25) Como dever ser efetuado o clculo do ITCD? R: Uma vez verificado o no-enquadramento nas hipteses de no-incidncia ou de iseno, ser necessrio identificar o valor do imposto, observando a base de clculo, a alquota aplicvel e os descontos, se cabveis. 26) Qual a base de clculo do ITCD? R: Para determinao da base de clculo, dever ser considerado o valor venal do bem ou direito recebido em virtude de sucesso legtima ou testamentria ou de doao, expresso em moeda corrente nacional e em seu equivalente em UFEMG. Sendo impossvel conhecer o valor do bem ou direito na data da morte ou da realizao do ato de doao, ser considerado o valor na data da avaliao. A avaliao do bem ser expressa em reais e em UFEMG (vigente na data da morte/doao ou na data da avaliao). Tal valor dever ser multiplicado, para o efeito de pagamento, pelo valor da UFEMG vigente na data de vencimento do imposto. Saliente-se que, na hiptese de sucesso legtima ou testamentria, para se obter a base de clculo do ITCD deve-se avaliar a totalidade do patrimnio, abater as dvidas do falecido cuja origem, autenticidade e preexistncia morte sejam inequivocamente comprovadas e, em seguida, excluir a meao do cnjuge ou companheiro, se for o caso.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 8

27) Qual a base de clculo do ITCD nas transmisses no onerosas do domnio til, do domnio direto e da nua-propriedade? R: Para os fatos geradores ocorridos at 27 de maro de 2008, a base de clculo relativa ao domnio til correspondia a 1/3 do valor do bem e a base de clculo relativa ao domnio direto e a nua-propriedade correspondia a 2/3 do valor do bem. A partir de 28 de maro de 2008, a base de clculo nessas hipteses o valor integral do bem. 28) Na hiptese de transmisso causa mortis, como obter a base de clculo do imposto antes da partilha? R: Neste caso, estabelece-se como presuno do valor do quinho do herdeiro legtimo o que lhe cabe no monte partilhvel, segundo a legislao civil, e como valor do quinho do herdeiro testamentrio, o valor do legado ou da herana atribuda, conforme a referida legislao. Se, por ocasio da partilha, verificar-se que o imposto foi pago a maior em virtude da referida presuno, caber a restituio desse valor. Se o ITCD foi pago a menor em razo dessa presuno, no ensejar diferena de imposto a recolher, salvo na hiptese de serem apurados bens e direitos no considerados por ocasio do pagamento. 29) A legislao estabelece critrios para se obter o valor de aes? R: Sim. A legislao vincula o valor das aes cotao mdia das mesmas na Bolsa de Valores na data da transmisso, permitindo obter tal valor de prego ocorrido at 180 (cento e oitenta) dias antes da morte ou da doao, quando no for possvel obter o valor em prazo menor. 30) Como dever ser apurado o valor de aes e quotas que no sejam objeto de negociao ou no tiverem sido negociadas nos ltimos 180 (cento e oitenta) dias? R: Nesse caso o valor ser obtido a partir do balano patrimonial, que dever ser apreciado juntamente com a declarao do imposto de renda da pessoa jurdica. O valor apurado dever ser atualizado segundo a variao da UFEMG ocorrida entre a data do balano patrimonial e a data prevista na legislao para o recolhimento do imposto. Quando as aes e quotas forem integralizadas em bens imveis ou em direitos a eles relativos em prazo inferior a 5 anos antes da morte ou doao, para efeito de tributao do ITCD, o valor das mesmas no poder ser inferior ao valor atualizado dos imveis utilizados na integralizao do capital.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 9

31) O contribuinte poder divergir da avaliao efetuada pela repartio fazendria? R: Sim, no prazo de 10 (dez) dias teis contados da data da cincia da avaliao, o contribuinte poder requerer avaliao contraditria na repartio fazendria onde apresentou a declarao. Poder apresentar, inclusive, laudo tcnico para subsidiar a sua avaliao. 32) As despesas com o funeral (taxa de sepultamento, urna, flores, coroa) podem ser consideradas como despesas do esplio e abatidas da base de clculo do ITCD? R: Conforme art. 1.998 do Cdigo Civil, as despesas com funeral constituem dispndios da herana e so dedutveis, juntamente com as dvidas passivas, da totalidade dos valores dos bens, com vistas partilha. Sendo assim, os valores das dvidas e das despesas com funeral, inclusive do jazigo, onde se encontra sepultado o falecido, aps comprovao de autenticidade, no se incluem na base de clculo do ITCD. 33) O jazigo deve ser considerado como bem integrante do esplio sujeito incidncia do ITCD? R: Conforme esclarecido na resposta pergunta n 32, as despesas funerrias, nessas includa, quando existente, a despesa com jazigo, so consideradas dispndios da herana. So, portanto, dedutveis da base de clculo do ITCD. Por outro lado, possvel que, em alguns casos, o direito sobre o jazigo, quando passvel de valorao econmica mesmo aps o sepultamento do autor da herana, passe a compor o monte partilhvel. Nessa hiptese, embora em um primeiro momento o jazigo tenha representado uma despesa para o esplio, num segundo momento dever ser considerado como um direito patrimonial que o integra e que ser considerado para fins de partilha. Desse modo, o seu valor dever compor a base de clculo do ITCD. Importa ressaltar que o direito sobre o jazigo, tanto se houver sido adquirido em vida pelo de cujus, quanto se sua aquisio for realizada com recursos da herana, somente dever ser includo na base de clculo do imposto se passvel de valorao econmica, compondo o patrimnio transmissvel do esplio. 34) Precatrio no recebido em vida pelo de cujus compe a base de clculo do ITCD? R: H que ser indagada a natureza do precatrio. Na hiptese de tratar-se de valor decorrente de remunerao oriunda de relao de trabalho ou de rendimento de aposentadoria ou penso no recebido em vida pelo de cujus,End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 10

no haver incidncia do imposto. Em se tratando de precatrio decorrente de verba trabalhista de carter indenizatrio, o valor ser alcanado pela tributao. Alquota 35) Qual a alquota a ser aplicada na transmisso por causa mortis? R: Seja na transmisso por causa mortis seja na transmisso por doao, para os fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008 dever ser observada a alquota nica de 5% (cinco por cento). Em relao aos fatos geradores ocorridos em data anterior a 28 de maro de 2008, devero ser observadas as seguintes alquotas: a) 3% (trs por cento) se o valor total dos bens e direitos for de at 90.000 UFEMG; b) 4% (quatro por cento), se o valor total dos bens e direitos for de 90.001 at 450.000 UFEMG; c) 5% (cinco por cento) se o valor total dos bens e direitos for de 450.001 at 900.000 UFEMG; d) 6% ( seis por cento) se o valor total dos bens e direitos for superior a 900.000 UFEMG. Em relao aos fatos geradores ocorridos entre 1 de janeiro de 2004 e 27 de maro de 2008, para determinao da alquota aplicvel, a legislao do ITCD considera o valor total dos bens, independentemente da quantidade de herdeiros ou legatrios beneficiados, includos os bens isentos e os bens tributveis por outra unidade da Federao. Identificada a alquota, esta ser aplicada, para o efeito de se obter o valor do imposto a pagar para Minas Gerais, apenas sobre os valores tributveis por este Estado. 36) Qual a alquota a ser aplicada na doao? R: Seja na transmisso por causa mortis seja na transmisso por doao, aos fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008 dever ser observada a alquota nica de 5% (cinco por cento). Em relao aos fatos geradores ocorridos entre 09 de junho de 2006 e 27 de maro de 2008, devero ser observadas as seguintes alquotas: a) 2% (dois por cento) se o valor total dos bens e direitos recebidos pelo donatrio for de at 90.000 UFEMG; b) 4% (quatro por cento) se o valor total dos bens e direitos recebidos pelo donatrio for superior a 90.000 UFEMG.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 11

37) Caso o donatrio receba mais de uma doao em um mesmo ano civil, qual a alquota a ser aplicada? R: At 08 de junho de 2006, a norma legal estabelecia que, a cada nova doao efetivada pelo mesmo doador ao mesmo donatrio, dever-se-ia considerar as demais doaes entre eles ocorridas no mesmo ano civil. Entre 09 de junho de 2006 e 28 de dezembro de 2007, na hiptese de sucessivas doaes ao mesmo donatrio, sero consideradas todas as transmisses realizadas a esse ttulo dentro de cada ano civil, ainda que provenientes de doadores diferentes. Assim, a ocorrncia de duas doaes no mesmo ano civil para um mesmo donatrio, ainda que por doadores diferentes, implica recalcular o imposto, aplicando a alquota correspondente soma das duas transmisses, devendo o contribuinte, no vencimento do imposto relativo segunda doao, pagar o valor resultante desse clculo. A partir de 29 de dezembro de 2007, havendo sucessivas doaes ao mesmo donatrio, sero consideradas todas as transmisses realizadas a esse ttulo no perodo de trs anos civis. Vale lembrar que, a partir de 28 de maro de 2008, h previso de alquota nica de 5% (cinco por cento), de modo que a existncia de mais de uma doao ao mesmo donatrio no ir interferir na eleio da alquota aplicvel, mas poder ter reflexos na apurao do desconto concedido. 38) Quando houver excedente de meao, mas os bens forem suscetveis de tributao nesta e em outra unidade da Federao, qual a alquota a ser observada? R: Seja na transmisso por causa mortis seja na transmisso por doao, aos fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008 dever ser aplicada alquota nica de 5% (cinco por cento). Em relao aos fatos geradores ocorridos em data anterior a 28 de maro de 2008, na hiptese de excedente de meao, quando os bens do casal forem suscetveis de tributao por este Estado e por outra unidade da Federao, a alquota ser determinada pelo valor total do excedente, mas ser aplicada sobre a poro tributvel por este Estado. Por exemplo, caso o valor do excedente de meao seja de 100.000 UFEMG e a parte tributvel em Minas gerais seja de 62,5%, dever ser aplicada a alquota de 4% (quatro por cento) sobre a base de clculo de 62.500 UFEMG, resultando num imposto correspondente a 2.500 UFEMG para Minas Gerais. Usufruto 39) Na hiptese de usufruto, qual o critrio a ser observado para determinao da alquota a ser aplicada? R: Dever ser verificada a natureza da transmisso originria do bem, se doao ou causa mortis, aplicando-se a alquota respectiva, observado, no que couber, o disposto nas respostas s prximas questes.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 12

40) Qual o procedimento a ser observado na instituio de usufruto que deva, quando da sua extino, retornar ao doador? R: Na instituio de usufruto, a base de clculo corresponde a 1/3 do valor total do bem, considerado o valor da sua propriedade plena. Em relao aos fatos geradores ocorridos em data anterior a 28 de maro de 2008, a alquota ser determinada considerando-se o valor da base de clculo. Assim, por exemplo, tendo o bem o valor total de 150.000 UFEMG, a base de clculo ser de 50.000 UFEMG e a alquota a ser aplicada ser de 2% (dois por cento). Em relao aos fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008, dever ser observada a alquota nica de 5% (cinco por cento). A partir de 29 de dezembro de 2007, a extino de usufruto no mais hiptese de incidncia de ITCD. Assim, at 28 de dezembro de 2007, o ITCD incidia sobre a extino do usufruto, tomando-se como base de clculo 1/3 do valor total do bem. Nas transmisses no onerosas do domnio til, do domnio direto ou da nuapropriedade, ocorridas a partir de 28 de maro de 2008, a base de clculo passou a ser o valor total do bem. 41) Qual o procedimento a ser observado quando o nu-proprietrio, aps instituir o usufruto, resolva doar ao usufruturio tambm a nua-propriedade? R: Na instituio do usufruto, para determinao da base de clculo dever ser considerada a parcela correspondente a 1/3 do valor total do bem. J nas transmisses no onerosas do domnio til, do domnio direto ou da nuapropriedade, a partir de 28 de maro de 2008, a base de clculo passou a ser o valor total do bem. Tambm, no cabe mais abatimento, sobre o valor do imposto a ser pago, do valor recolhido anteriormente quando da instituio do usufruto. Por outro lado, a partir de 29 de dezembro de 2007, a extino de usufruto no mais hiptese de incidncia de ITCD. 42) Como proceder quando houver doao de bem (nua-propriedade) com reserva de usufruto em favor do doador? R: Reserva de usufruto no hiptese de incidncia do ITCD. No que se refere doao (com reserva de usufruto) e posterior extino dessa reserva, dever ser observado o seguinte: I Quanto aos fatos geradores ocorridos anteriormente a 28 de maro de 2008, a tributao se dar: a) na transmisso da nua-propriedade. A base de clculo corresponder a 2/3 do valor total do bem e a alquota ser determinada considerando o valor total do mesmo.

End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 13

b) na extino do usufruto ocorrida at 28 de dezembro de 2007. A base de clculo corresponder a 1/3 do valor total do bem e a alquota ser determinada considerando o valor total do mesmo. Assim, por exemplo, se o valor total do bem for de 150.000 UFEMG, na doao da nua-propriedade a alquota a ser observada de 4% (considerado o valor do bem de 150.000 UFEMG) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de 100.000 UFEMG (2/3). Na extino de usufruto ocorrida at 28 de dezembro de 2007, a alquota a ser observada ser de 4% (considerado o valor do bem de 150.000 UFEMG) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de R$50.000,00 (1/3). II Quanto aos fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008, a tributao se dar na transmisso da nua-propriedade. A base de clculo ser o valor total do bem e dever ser observada a alquota nica de 5%. A extino de usufruto no mais hiptese de incidncia do ITCD a partir de 29 de dezembro de 2007. Assim, por exemplo, se o valor total do bem for de 150.000 UFEMG, na doao da nua-propriedade dever ser aplicada a alquota nica de 5% (cinco por cento) sobre a base de clculo de 150.000 UFEMG. 43) Como proceder quando ocorrer transmisso de determinado bem a uma pessoa, por doao ou sucesso testamentria, estando gravada a propriedade com o usufruto em favor de terceiro, que no o proprietrio original nem o novo proprietrio (nu-proprietrio)? R: Dever ser observado o seguinte: I Quanto aos fatos geradores ocorridos anteriormente a 28 de maro de 2008, a tributao se dar: a) na transmisso da nua-propriedade. A base de clculo corresponder a 2/3 do valor total do bem e a alquota ser determinada considerando o seu valor total. b) na instituio do usufruto (em favor de terceiro). A base de clculo corresponder a 1/3 do valor total do bem e a alquota ser determinada considerando o valor dessa base de clculo. c) Na extino do usufruto ocorrida at 28 de dezembro de 2007, a base de clculo corresponder a 1/3 do valor total do bem e a alquota ser determinada considerando o valor total do mesmo. Assim, por exemplo, se o valor total do bem for de 150.000 UFEMG, na doao da nua-propriedade a alquota a ser observada ser de 4% (considerado o valorEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 14

do bem de 150.000 UFEMG) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de 100.000 UFEMG (2/3). Na instituio do usufruto a alquota a ser observada ser de 2% (considerado o valor da base de clculo 50.000 UFEMG) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de 50.000 UFEMG (1/3). Na extino ocorrida at 28 de dezembro de 2007, a alquota a ser observada ser de 4% (considerado o valor do bem de 150.000 UFEMG) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de R$50.000,00 (1/3). II - Quanto aos fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008, a tributao se dar em momentos distintos: a) na transmisso da nua-propriedade. A base de clculo ser o valor total do bem e dever ser observada a alquota nica de 5% (cinco por cento). b) na instituio do usufruto (em favor de terceiro). A base de clculo corresponder a 1/3 do valor do bem e dever ser observada a alquota nica de 5% (cinco por cento). A extino de usufruto no mais hiptese de incidncia do ITCD a partir de 29 de dezembro de 2007. Assim, por exemplo, se o valor total do bem for de 150.000 UFEMG, na doao da nua-propriedade dever ser aplicada a alquota nica de 5% (cinco por cento) sobre a base de clculo de 150.000 UFEMG. Na instituio do usufruto a alquota a ser observada ser tambm de 5% (cinco por cento) e dever ser aplicada sobre a base de clculo de 50.000 UFEMG (1/3). 44) Na hiptese de renncia ou de extino de usufruto de determinado bem, em face da morte de um usufruturio, quando o usufruto beneficiar mais de um usufruturio, ocorre o fato gerador do ITCD? R: At 28 de dezembro de 2007, a extino de usufruto foi hiptese de incidncia de ITCD, sendo tal extino o momento de ocorrncia do fato gerador. Quando o ato instituidor do usufruto em favor de mais de uma pessoa prev o direito de acrescer, a extino do usufruto em relao a um acresce o direito em relao aos demais. Nesse caso, o usufruto somente extinguir quando o ltimo usufruturio renunciar ou o usufruto se extinguir. Caso contrrio, se no houver a previso do direito de acrescer, o usufruto estar extinto em relao quela parte. A partir de 29 de dezembro de 2007, a extino de usufruto no mais hiptese de incidncia de ITCD. DescontosEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 15

45) Quais os descontos previstos na legislao para o pagamento do ITCD relativo transmisso causa mortis? R: Em relao a falecimento ocorrido a partir de 18 de junho de 2009, a legislao prev desconto de 15% (quinze por cento) caso o pagamento seja efetuado no prazo de at 90 (noventa) dias, inclusive, contado da data do bito. Em relao a falecimento ocorrido entre o perodo de 04 de maro de 2005 a 17 de junho de 2009, cumpridas as condies estabelecidas na legislao aplicvel, devero ser observados os descontos abaixo, ainda que o recolhimento seja efetuado aps 17 de junho de 2009, contados os prazos a partir da data do bito: a) 20% (vinte por cento) se recolhido o imposto no prazo de at 30 (trinta) dias; b) 15% (quinze por cento) se recolhido o imposto entre 31 (trinta e um) e 60 (sessenta) dias; c) 10 % (dez por cento) se recolhido o imposto entre 61 (sessenta e um) e 90 (noventa) dias. Vale lembrar que tais descontos no se aplicam s hipteses de doao. 46) Quais as condies para fruio dos descontos informados na questo anterior? R: So condies para a eficcia do desconto que o contribuinte apresente a Declarao de Bens e Direitos no prazo de 90 (noventa) dias contados da morte, sendo que tal declarao deve refletir a real situao do patrimnio deixado, e que faa o recolhimento integral do imposto devido. 47) O desconto para antecipao do pagamento do imposto valer para os bitos que ocorrerem a partir de que data? R: O desconto de 20% (vinte por cento), 15% (quinze por cento) ou 10% (dez por cento) respectivamente, valer para os bitos ocorridos no perodo de 04 de maro de 2005 a 17 de junho de 2009. O desconto nico de 15% (quinze por cento) valer para os bitos ocorridos a partir de 18 de junho de 2009. 48) O contribuinte poder pagar parte do imposto em at 30 dias da abertura da sucesso, outra parte em at 60 e, ainda, outra em at 90 dias? R: Cumpridas as condies, sim, o contribuinte poder efetuar o pagamento da forma referida. Ser mantido o desconto de 15% (quinze por cento) caso o bito tenha ocorrido a partir 18 de junho de 2009. Entretanto, considerado que uma das condies para aplicao do desconto o pagamento integral do tributo, em relao ao bito ocorrido entre 04 de maro de 2005 e 17 de junho de 2009, ser considerado o percentual de descontoEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 16

previsto para o pagamento no prazo de 61 a 90 dias contados do falecimento, ou seja, ter direito somente ao desconto de 10 % (dez por cento) sobre o valor total do ITCD. 49) Caso o contribuinte pague o valor que considerar devido no prazo de noventa dias da abertura da sucesso, mas no apresente a Declarao de Bens e Direitos no mesmo prazo ou a apresente com omisso ou falseamento de informaes, perder o direito ao desconto? R: Sim, o contribuinte perder o direito ao desconto usufrudo e ficar obrigado a recolher a diferena do imposto, que ser recalculado como se desconto no houvesse. 50) Caso o contribuinte pague o valor que considerar devido no prazo de noventa dias da abertura da sucesso, mas haja divergncia exclusivamente de valores entre a Declarao de Bens e Direitos apresentada e a avaliao efetuada pela repartio fazendria, perder o direito ao desconto? R: Em relao a falecimento ocorrido a partir de 18 de junho de 2009, o contribuinte no perder o desconto j concedido quando constatada apenas divergncia de valores. Nessa hiptese, se recolhida a diferena do imposto no prazo de at 90 (noventa) dias do falecimento ou no prazo de 10 (dez) dias da data em que tiver cincia da diferena, caso essa cincia lhe seja dada aps 80 (oitenta) dias da abertura da sucesso, tambm em relao diferena ser considerado o desconto de 15% (quinze por cento). Em relao a bito ocorrido entre 28 de maro 2008 e 17 de junho de 2009, o contribuinte no perder o desconto j concedido quando constatada apenas divergncia de valores, se inferior a 20% (vinte por cento) da avaliao da repartio e se recolhida a diferena do imposto no prazo de 10 (dez dias) da cincia da avaliao. Nesse caso, ser concedido o desconto 10% (dez por cento) sobre a diferena apurada. Por outro lado, apurando-se diferena superior a 20% (vinte por cento) da avaliao da repartio, o contribuinte perder o desconto anteriormente concedido. J em relao a falecimento ocorrido no perodo de 04 de maro de 2005 a 27 de maro de 2008, o contribuinte no perder o desconto j concedido quando constatada apenas divergncia de valores desde que efetue o recolhimento da diferena do imposto no prazo de at 180 (cento e oitenta) dias da abertura da sucesso. Se o pagamento da diferena ocorrer em at 90 (noventa) dias do bito, ser concedido ainda desconto sobre esse valor, observado o percentual previsto para a data em que ocorrer tal recolhimento. 51) Havendo sobrepartilha, poder ser mantido o desconto j concedido? R: Havendo sobrepartilha relativa a falecimento ocorrido a partir de 18 de junho de 2009, o contribuinte no perder o desconto j concedido. Nesse caso, oEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 17

imposto dever ser recalculado sobre a totalidade dos bens e direitos apurados, deduzindo-se desse valor a importncia j recolhida e o valor do desconto concedido. A diferena apurada somente poder ser paga com desconto de 15% (quinze por cento) se a Declarao de Bens e Direitos relativa sobrepartilha for entregue no prazo de 90 (noventa) dias da abertura da sucesso e desde que o recolhimento ocorra nesse mesmo prazo ou em at 10 (dez) dias da cincia da diferena apurada, se essa se der aps 80 (oitenta) dias da abertura da sucesso. Em relao a bitos ocorridos entre 04 de maro de 2005 e 17 de junho de 2009, havendo sobrepartilha, o contribuinte no perder o desconto j concedido desde que efetue o recolhimento da diferena do imposto no prazo de at 180 (cento e oitenta) dias da abertura da sucesso. Se o pagamento da diferena ocorrer em at 90 (noventa) dias do bito, ser concedido ainda desconto sobre esse valor, observado o percentual previsto para a data em que ocorrer tal recolhimento. 52) H algum desconto previsto na legislao para o pagamento do ITCD relativo transmisso por doao? R: Sim. Para fatos geradores ocorridos a partir de 28 de maro de 2008, na hiptese de doao cujo valor seja de at 90.000 (noventa mil) UFEMG, ser concedido desconto de 50% (cinqenta por cento) do valor do imposto devido, desde que recolhido pelo contribuinte antes do incio da ao fiscal. 53) Na transmisso por doao, para aplicao do desconto previsto no art. 23A do RITCD, na observncia do limite equivalente a 90.000 UFEMG dever ser considerado o valor total dos bens transmitidos ou o valor cabvel a cada donatrio? R: Havendo mais de um donatrio, o desconto ser concedido a cada um deles quando o valor recebido individualmente no ultrapassar 90.000 UFEMG, em nada importando que a soma dos montantes doados por um nico doador seja superior ao valor em questo.

Prazos 54) Quais os prazos previstos para o pagamento do ITCD? R: Os prazos para pagamento do ITCD so os seguintes:

TRANSMISSO PRAZOSEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 18

1) Transmisso causa mortis 180 dias contados da data da abertura da sucesso. 2) Cesso de direitos hereditrios Antes da lavratura da escritura pblica, se tiver por objeto bem, ttulo ou crdito determinados. Quando se formalizar nos autos do inventrio, mediante termo de desistncia ou de renncia com determinao de beneficirio: 180 dias contados da data da abertura da sucesso. 3) Substituio de fideicomisso 15 dias contados do fato ou do ato jurdico determinante da substituio e: - antes da lavratura, se por escritura pblica, ou - antes do cancelamento da averbao no ofcio ou rgo competente, nos demais casos. 4) Excedente de meao decorrente de dissoluo de sociedade conjugal 15 dias contados da data em que transitar em julgado a sentena. 5) Excedente de meao decorrente de dissoluo de unio estvel 15 dias contados da data em que transitar em julgado a sentena, ou antes da lavratura da escritura pblica. 6) Doao de bem, ttulo ou crdito que se formalizar por escritura pblica Antes da lavratura da escritura pblica. 7) Doao de bem, ttulo ou crdito que se formalizar por escrito particular 15 (quinze) dias contados da data da assinatura do contrato. 8) Doao de bem, ttulo ou crdito no referida acima 15 (quinze) dias contados da ocorrncia da doao. 55) Como dever ser a contagem do prazo de 180 dias para pagamento do ITCD?End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 19

R: Aplica-se a norma contida no pargrafo nico do art. 210 do CTN para contagem do prazo para pagamento do ITCD, uma vez que este prazo est vinculado prtica de um ato do contribuinte que dever ser realizado em agncia bancria arrecadadora. Assim, se no houver expediente normal na repartio fazendria ou na agncia bancria arrecadadora onde deva ser efetuado o recolhimento, o prazo para pagamento do imposto no se inicia naquele dia, por fora do pargrafo nico do citado artigo, para que o contribuinte no seja prejudicado pelo encurtamento indevido do mesmo. 56) Qual o termo inicial para a aplicao das penalidades referentes mora? R: O termo inicial para aplicao de penalidade contado do primeiro dia em que o contribuinte se encontrar em mora. Portanto, para fins de pagamento de multa, o prazo ser iniciado a partir da inadimplncia, independentemente de ser dia til ou no. Por exemplo, se o prazo para pagamento do imposto vencer na sexta-feira, o contribuinte que noefetuar o pagamento se encontrar em mora a partir de sbado. 57) No caso de sobrepartilha, h renovao do prazo para pagamento do imposto? R: Na hiptese de ocorrer sobrepartilha, no h renovao do prazo para pagamento do ITCD e dever ser observado o tratamento tributrio previsto na legislao vigente poca da abertura da sucesso. 58) Quais os critrios adotados para clculo dos juros de mora sobre o imposto e sobre a multa de mora? R: O ITCD no pago nos prazos previstos na legislao ser acrescido de multa e de juros de mora equivalentes taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao e Custdia (SELIC), ao ms. O percentual dos juros de mora, relativamente ao ms em que o pagamento estiver sendo efetuado, ser de 1% (um por cento). Os juros de mora incidiro tanto sobre a parcela do tributo, quanto sobre a de multa, inclusive a de mora, a partir do primeiro dia do ms subseqente ao do vencimento do dbito at a data do efetivo pagamento. Quando as multas forem pagas com reduo, considera-se, para efeitos de cobrana dos juros moratrios, o valor efetivamente pago. Tratando-se de multa isolada, o termo inicial para a cobrana dos juros de mora ser o primeiro dia do ms subseqente ao do recebimento do Auto de Infrao (AI). Os juros de mora, ressalvada a hiptese do parcelamento, sero calculados no momento do pagamento do crdito tributrio. (Resoluo n. 2.880/97) 59) No caso de reconhecimento de herdeiro mediante sentena judicial, h renovao do prazo para pagamento do imposto e para pagamento com desconto?End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 20

R: Sim. Na hiptese de reconhecimento de herdeiro, o prazo para recolhimento do imposto devido por este, ao invs de ser contado a partir da data da morte, ser contado da data em que transitou em julgado a sentena. Desta data se contaro, tambm, os prazos para fruio do desconto. 60) Como efetuar a contagem dos prazos para conceder o desconto, no caso de atestado de bito emitido mais de 30 dias aps a morte? R: Nos termos do art. 23 do RITCD/05, a contagem de prazo para a concesso do desconto d-se com a abertura da sucesso (data do bito), momento em que a totalidade dos bens e direitos se transmite aos sucessores. A legislao no contempla a situao enfocada, no permitindo entender como possvel a dilatao do prazo previsto no dispositivo acima mencionado. Parcelamento 61) O pagamento do ITCD poder ser efetuado de forma parcelada? R: Sim, o contribuinte poder parcelar o pagamento do ITCD, observado o disposto na Resoluo n 4.069/09 ou, se for o caso, no Decreto n 43.839/04 c/c a Resoluo Conjunta n 3.559/04, que regulamentaram aLei n. 15.273/2004 que trata do Programa de Pagamento Incentivado de Dbitos para com a Fazenda Pblica do Estado de Minas Gerais Minas em Dia. Declarao 62) obrigatria a apresentao da Declarao de Bens e Direitos? R: Sim, o contribuinte ou o responsvel est obrigado a apresentar a Declarao de Bens e Direitos, inclusive na hiptese de transmisso causa mortis, para apreciao pelo Fisco dos valores pagos a ttulo de imposto e emisso da Certido de Pagamento ou Desonerao do ITCD, ficando sujeito s penalidades cabveis se no apresent-la at o vencimento do prazo para pagamento do imposto. 63) Como dever ser elaborada a Declarao de Bens e Direitos? R: A Declarao ser firmada de acordo com modelo disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda na internet (http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/formularios/itcd/) e dever ser entregue juntamente com a comprovao das informaes nela prestadas, inclusive de preenchimento das condies para reconhecimento de noincidncia e iseno, se for o caso, e de documento que identifique o bem e permita a verificao do seu valor, observado o disposto no inciso II do art. 31 do RITCD, com redao dada pelo Decreto n 44.115/09.

End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 21

Havendo vrios herdeiros ou donatrios, poder ser apresentada declarao nica assinada por todos os envolvidos ou assinada por um com procurao especfica dos outros. Na transmisso causa mortis, a declarao dever englobar todos os bens e direitos que compem o monte, inclusive os colacionados. Dever ser subscrita por todos os herdeiros e legatrios, ou por procurador legalmente constitudo por estes, ou pelo notrio ou registrador responsvel pelo ato notarial ou registral, ou pelo inventariante, facultada a entrega de declarao em separado por cada um dos herdeiros e legatrios. Na doao, a declarao dever ser subscrita por todos os contribuintes, ou por procurador legalmente constitudo por estes, ou pelo notrio ou registrador responsvel pelo ato notarial ou registral, ou pelo doador, facultada a entrega de declarao em separado por cada um dos contribuintes co-donatrios, se for o caso, na qual sero indicados nome, nmero e tipo do documento oficial de identidade, nmero da inscrio no CPF e endereo completo dos demais codonatrios. Na hiptese de partilha de bens da sociedade conjugal efetivada sob os regimes de comunho parcial ou universal, a declarao dever indicar todos os bens comuns e os particulares. Visando simplificao dos procedimentos administrativos para apurao e pagamento do ITCD, o Decreto n 45.377, de 21/05/10, deu nova redao ao 6 do art. 31 do RITCD para prever que a Declarao de Bens e Direitos tambm poder ser gerada e transmitida por meio do Sistema Integrado de Administrao da Receita Estadual (SIARE) disponibilizado pela Secretaria de Estado de Fazenda na internet (http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/impostos/itcd/), hiptese em que ser observado o seguinte: I - os documentos que instruiro a Declarao sero apresentados Administrao Fazendria indicada pelo SIARE, conforme listagem emitida pelo mesmo sistema; II - o contribuinte acompanhar o andamento do processo administrativo correspondente por meio da internet e receber pelo mesmo meio a Certido de Pagamento ou Desonerao do ITCD. 64) Onde dever ser entregue a Declarao de Bens e Direitos? R: Ressalvada a entrega pela internet, a declarao ser apresentada, observada a seguinte ordem: I - AF correspondente ao municpio, neste Estado, onde: a) se processar o inventrio, o arrolamento, ou a partilha de bens da sociedade conjugal ou da unio estvel;End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 22

b) for lavrada a escritura relativa partilha de bens decorrente de transmisso causa mortis ou de dissoluo de sociedade conjugal; II - AF correspondente ao municpio, neste Estado, onde estiver situado um dos imveis transmitidos; III - no caso de a transmisso se referir a bens mveis, inclusive semoventes, direitos, ttulos e crditos: a) AF do domiclio do doador, quando este for domiciliado no Estado; b) AF do domiclio do donatrio, quando este for domiciliado no Estado e o doador no tiver residncia ou domiclio no Pas; c) AF do domiclio do herdeiro ou legatrio, quando este for domiciliado no Estado e o inventrio se processar no exterior. Decadncia 65) A partir de que momento inicia-se a contagem do prazo decadencial para o lanamento do ITCD referente aos fatos geradores ocorridos na vigncia da Lei n 14.941/03? R: Em relao aos fatos geradores ocorridos at 03 de maro de 2005, o prazo decadencial dever ser aferido caso a caso, no prevalecendo a regra estabelecida no pargrafo nico, art. 41 do RITCD/05, que toma como termo inicial para o prazo decadencial o primeiro dia do exerccio seguinte ao conhecimento, pela autoridade administrativa, das informaes relativas caracterizao do fato gerador. Cabe destacar que, em determinadas hipteses, o direito constituio do crdito tributrio pode no ter decado em virtude de algum impedimento ao exerccio deste direito, tal como nos processos que correm em segredo de justia, quando o Fisco requer a informao e se d o indeferimento pela autoridade judiciria. A partir de 04 de maro de 2005, em razo do mencionado pargrafo nico do art. 41, o prazo decadencial passou a ter como termo inicial o primeiro dia do exerccio seguinte ao conhecimento, pela autoridade administrativa, das informaes relativas caracterizao do fato gerador. Saliente-se, tambm, que a partir de 1 de janeiro de 2006, a Lei n 15.958/05 previu expressamente a obrigao de o contribuinte antecipar-se e recolher o imposto, ficando sujeito a posterior homologao pelo Fisco, que dever ocorrer em 5 (cinco) anos a contar do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que se deu a apresentao da Declarao de Bens e Direitos pelo contribuinte. (art. 17, 3, da Lei n 14.941/03)End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 23

Caso o contribuinte no cumpra a obrigao de pagar o imposto, o prazo para o Fisco lanar ser tambm de 5 (cinco) anos a contar do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que se deu a apresentao da Declarao de Bens e Direitos, ou do momento em que o Fisco teve acesso s informaes necessrias lavratura do ato administrativo de lanamento, inclusive por meio do processo de inventrio. (*) Atualizada em 10/11/10 Belo Horizonte, 18 de dezembro de 2006. Diretoria de Orientao e Legislao Tributria - DOLT Superintendncia de Tributao - SUTRI Subsecretaria da Receita Estadual - SRE

GLOSSRIO RELATIVO AO ITCD ACEITAO DA HERANA Ato pelo qual o herdeiro vem manifestar sua vontade no sentido de declarar que aceita a herana, quando chamado a suceder. Essa aceitao pode ser expressa ou tcita. A aceitao da herana no pode ser parcial, nem sob condio ou a termo. ADIANTAMENTO DA LEGTIMA Qualquer entrega antecipada, por conta da herana, feita pela pessoa, naturalmente ainda em vida, a seu herdeiro. Por exemplo, a doao dos pais feita ao filho ou de um cnjuge para o outro, entende-se como adiantamento da legtima. ARROLAMENTO SUMRIO Forma simplificada de inventrio-partilha, permitida quando todos os herdeiros so capazes e convierem em fazer partilha amigvel dos bens deixados pelo falecido, qualquer que seja o seu valor. ARROLAMENTO SIMPLES O arrolamento comum que se processar, obrigatoriamente, quando o valor dos bens for igual ou inferior a 2.000 (duas mil) OTN. COLAO Ato pelo qual o herdeiro obrigado a trazer (ajuntar) massa comum da herana toda e qualquer espcie de bem que tenha recebido do falecido, naturalmente em vida. A colao de bens feita pelo valor que lhes foi atribudo na doao, salvo se houve omisso, quando se proceder a nova avaliao. Quando os bens no mais existirem ao tempo da colao, a esta viro pelo preo que tinham ao tempo em que a liberalidade ocorreu. No entanto, no existe a obrigao de se efetuar a colao se o transmitente, poca daEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 24

transmisso, expressamente houver declarado tratar-se de doao de bens que saram da parte disponvel de sua provvel herana. COMPANHEIRO A condio de companheiro dever ser considerada a partir das regras do Cdigo Civil, que define como unio estvel a existente "entre homem e mulher, configurada na convivncia pblica, contnua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituio de famlia". Para se reconhecer a condio de companheiro necessrio que nenhum dos conviventes seja impedido de se casar, exceto na hiptese que se encontre casado e estiver separado de fato ou judicialmente do parceiro anterior. DISPONVEL A soma de bens de que pode livremente dispor (doar) o testador, sem ofensa aos direitos de seus herdeiros necessrios. DOAO Ato de liberalidade pelo qual a pessoa dispe, a ttulo gratuito, de bens ou vantagens integradas em seu patrimnio. Mas depende da aceitao do donatrio, a qual pode ser tcita ou expressa, quando no se exija uma aceitao categrica, como quando a doao sujeita a encargos. A doao deve ser sempre manifestada por escrito, por instrumento pblico ou particular (se para a transferncia do bem, de que objeto, no for de sua essncia a escritura pblica). Em certos casos, considerada como presente ou ddiva que se cumpre pela simples tradio da coisa, pode ser verbal. DOMNIO DIRETO Situao jurdica, relativa propriedade, que se gera do desdobramento dos direitos reais sobre a coisa, ficando o proprietrio do bem com o domnio direto, pelo que conserva o direito de propriedade sobre a mesma, embora privado do uso e gozo de suas utilidades. No entanto, ele no fica privado do direito de disposio do domnio que lhe concernente. O domnio direto diz-se, tambm, domnio limitado, para ser distinguido do domnio pleno, que o domnio integrado de todos os direitos reais sobre a coisa. DOMNIO TIL Situao jurdica, relativa propriedade, que se gera do desdobramento dos direitos reais sobre a coisa, ficando o foreiro com o domnio til, pelo que o proprietrio conserva o direito de propriedade sobre o bem, mas cabe ao foreiro o direito de uso e gozo pela utilizao do mesmo. FIDEICOMISSO Estipulao de ltima vontade (testamentria), em virtude da qual o testador, constituindo uma pessoa como herdeiro ou legatrio, impelhe a obrigao de, por sua morte ou sob certa condio, transmitir a outra pessoa, por ele indicada, a herana ou o legado. O fideicomisso implica a indicao de dois herdeiros ou legatrios sucessivos, mostrando uma forma de substituio de herdeiros ou legatrios. Por sua essncia, somente vlido quando institudo por disposio testamentria. O primeiro herdeiro ouEnd. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 25

legatrio toma a denominao de fiducirio; o segundo, a quem o fiducirio tem a obrigao de transmitir a herana ou o legado, fideicomissrio. HERDEIRO LEGTIMO o herdeiro natural, isto , aquele que reconhecido pela lei e como tal convocado para partilhar da herana. Recebe a denominao de herdeiro necessrio, em distino ao herdeiro testamentrio. No entanto, o sentido de herdeiro legtimo mais amplo que o de necessrio. HERDEIRO NECESSRIO Tambm denominado legitimrio ou reservatrio. So herdeiros necessrios os descendentes (filho, neto, bisneto etc.), ascendentes (pai, av, bisav etc.), ou seja, todo parente em linha reta no excludo da sucesso por indignidade ou deserdao, bem como o cnjuge. HERDEIRO TESTAMENTRIO o que institudo por testamento, para tal no se exigindo qualquer vnculo de parentesco entre o sucedente e o sucessor. Difere do legatrio, visto que, como o herdeiro legtimo, tambm herda a ttulo universal, isso , sendo titular da universalidade do direito que compe a herana, nos termos da clusula testamentria. HERANA Em sentido comum, geral, entendido como o conjunto de bens ou o patrimnio deixado por uma pessoa que faleceu. Neste sentido se compreendem todos os bens, direitos e aes do de cujus, como todas as suas dvidas e encargos, a que estava obrigado. A herana, enquanto no partilhada, apresenta-se num sentido de universalidade. E, nesta razo, considera-se como coisa incorprea. O herdeiro pode alienar ou ceder apenas sua quota ideal, no lhe sendo permitido transferir, para terceiro, parte certa e determinada do acervo at que se processe a partilha. Em sentido restrito, o termo "herana" indica a parte ou quinho do acervo hereditrio que coube a cada herdeiro. Motivo pelo qual se diz que a responsabilidade ou a obrigao do herdeiro no vai alm da fora da herana, isto , da parte que lhe foi atribuda. INVENTRIO Ao especial intentada para que se arrecadem todos os bens e direitos do de cujus (a pessoa falecida), quer os que se encontravam em seu poder, quando de sua morte, ou em poder de outrem, desde que lhe pertenam, para que se forme o balano acerca desses mesmos bens e das obrigaes e encargos ao mesmo atribudos. LEGADO Doao feita em testamento, ttulo particular, destinada a conceder a certa pessoa determinado benefcio ou vantagem econmica. LEGATRIO Designa a pessoa, natural (fsica) ou jurdica, que foi favorecida ou beneficiada por um legado.

End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 26

LEGTIMA Poro ou parte da herana que pertence ou cabe aos herdeiros necessrios, est contida na poro de bens do de cujus que no poderiam ser dispostos por ele, isto , dentro da metade dos bens que constituem o patrimnio do falecido. MEAO A parte que cabe ao cnjuge sobrevivente, na sociedade conjugal, parte esta que compreende a metade dos bens anotados no acervo de bens. Desta forma, a meao no implica herana, mas um direito de scio aos bens da sociedade conjugal, que se mede ou se computa pela metade deles. Herana ser a outra metade que competia ao cnjuge falecido. NUA-PROPRIEDADE Expresso usada para designar a propriedade que no plena, em referncia ao proprietrio que est despojado (despido) de fruir a coisa. Ao titular da nua-propriedade chama-se de nu-proprietrio, em distino ao que a frui, que se diz usufruturio. PARTILHA Diviso de uma coisa ou de vrias coisas em partes ou pores, que se determinam segundo as circunstncias, para que cada uma delas tome um quinho, que ser atribudo pessoa, que se julga com direito a ele. A partilha promovida amigvel ou judicialmente. PROPRIEDADE PLENA - Tambm tratada como propriedade perfeita, assim se diz daquela em que todos os direitos, que lhe so elementares e inerentes, encontram-se enfeixados em mos de uma mesma pessoa. RENNCIA DE HERANA Negcio jurdico unilateral, pelo qual o herdeiro manifesta a inteno de se demitir dessa qualidade. H de ser expressa e constar, obrigatoriamente, de instrumento pblico ou termo judicial, lanado nos autos do inventrio, sendo, portanto, solene (a sua validade depende de observncia de forma prescrita em lei). SOBREPARTILHA Partilha que se processa depois de outra partilha. Assim, sobrepartilha, em realidade, a segunda partilha ou a nova repartio de bens ou de coisas, que no se partilharam antes. SONEGADOS Bens que se subtraram ao inventrio. Sonegar ocultar bens que devem ser inventariados ou levados colao. TESTAMENTO Ato jurdico revogvel e solene, mediante o qual uma pessoa, em plena capacidade e na livre administrao e disposio de seus bens, vem instituir herdeiros e legatrios, determinando clusulas e condies que do destino parte disponvel de seu patrimnio, aps a sua morte. Testamento um ato destinado a testemunhar a vontade do testador.End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 27

USUFRUTO Direito assegurado a algum para que possa gozar ou fruir as utilidades e frutos de uma coisa, cuja propriedade pertence a outrem, enquanto temporariamente destacado da mesma propriedade. A instituio do usufruto impe a coexistncia de dois titulares de direito sobre a coisa: o nu-proprietrio e o usufruturio. Em relao ao prazo, pode o usufruto ser temporrio ou vitalcio.

End. Rua Alagoas, n 138, Bairro Brasil Uberlndia/MG - CEP: 38400-666. e-mail: [email protected] - Tel.: (34) 3226-2104 / 8834-0673 / 3083-7231 / 9141-9899 28