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INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE ISSN 1518-3858 MINISTÉRIO DA SAÚDE VOLUME 25 - N.º 2, abr./jun. 2005 MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM

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INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE

ISSN 1518-3858

MINISTÉRIO DA SAÚDE

VOLUME 25 - N.º 2, abr./jun. 2005

MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM MSMSMSMSMSMSMSMSMS SMSMSMSMSMSMSMSMSM

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Informação para a Saúde

Volume 25, n.º 2, abr./jun. 2005

Publicação trimestral da Biblioteca do Ministério da Saúde destinada à divulgação de artigos publicados em periódicos incorporados ao acervo institucional.

ISSN 1518-3858Periodicidade: trimestralTiragem: 3.900 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-ExecutivaSubsecretaria de Assuntos AdministrativosCoordenação-Geral de Documentação e InformaçãoCoordenação de BibliotecaEsplanada dos Ministérios, bloco G, térreoCEP: 70058-900, Brasília – DFTels.: (61) 3315 2344 / 3315 2347 / 3315 2280 / 3315 3218Fax: (61) 3315 2563E-mail: [email protected]

Impresso no Brasil / Printed in Brazil

Ficha Catalográfica

Informação para a Saúde / Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. – Brasília: Ministério da Saúde, 1980.

v. 25, n. 2, abr./jun. 2005Trimestral

ISSN 1518-3858

1. Serviços de informação. 2. Disseminação da informação. 3. Informação – saúde – periódico. I. Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação-Geral de Documentação e Informação. Coordenação de Biblioteca. II. Título.

NLM ZA 3150-3159Catalogação na fonte – Editora MS – OS 0530/2005

Jornalista responsável: Ricardo Bortoleto – Reg MTb 01198/JP/GO

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Apresentação 5

Resumo/Bibliografia 7

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Informação para a Saúde é um boletim trimestral dirigido a profissionais do setor Saúde e destinado à divulgação de artigos publicados em periódicos re-cém-incorporados ao acervo da Biblioteca do Ministério da Saúde, unidade vinculada à Coordenação-Geral de Documentação e Informação, da Subse-cretaria de Assuntos Administrativos, Secretaria-Executiva. São divulgados, principalmente, artigos que tratam de planejamento e administração em saú-de, prestação de serviços de saúde, epidemiologia, prevenção e controle das grandes endemias e doenças transmissíveis, aspectos sociais e econômicos da saúde, educação em saúde, saúde materno-infantil, saúde mental, ecologia humana, recursos humanos em saúde, medicina comunitária, qualidade dos serviços de saúde e outros temas relevantes.

Edições Estaduais

A Coordenação-Geral de Documentação e Informação (CGDI) incentiva as Secretarias Estaduais de Saúde e outros órgãos ligados à Saúde Pública a promoverem a publicação de boletins Informação para a Saúde em âmbito es-tadual.

Iniciativas como essa já foram tomadas em alguns estados, pois divulgam o acervo local e podem abordar temas de interesse específico, aumentando a difusão de informações ao mesmo tempo em que acrescentam qualidade aos dados divulgados.

Os órgãos de outros estados que desejarem promover a publicação de seu bo-letim poderão entrar em contato com a CGDI.

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ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO EM SAÚDE

031MERCER, Hugo; RUIZ, Violeta Adrina. Participación de organizaciones co-munitarias en la gestión de salud: una evaluación de la experiencia del Pro-grama UNI*. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 8, n. 15, p. 289-302, mar./ago. 2004.Disponível em: <http://www.interface.org.br/revista15/artigo3.pdf>

Con el propósito de mejorar la formación de los profesionales de salud en América Latina, la Fundación W. K. Kellogg convocó a universidades de varios países a presentar proyectos que integraran las respectivas facultades del área de la salud, los servicios públicos de salud de la zona de influencia y las organizaciones comunitarias que allí actuaran. Así, a lo largo de la década del 90 se desarrolló el Programa UNI (Una Nueva Iniciativa en la Educación de los Profesionales de la Salud: Unión con la Comunidad). Este artículo concentra su mirada en el componente comunitario de esos proyectos y se basa en los resultados obtenidos en el Estudio Especial de Comunidad, realizado en el marco del Programa de Apoyo a los proyectos UNI. Un aspecto central y decisivo del Programa UNI ha sido el esfuerzo de cooperación entre tres actores: Universidades, Servicios de Salud y Comunidad, que se asociaron para apoyar procesos de cambios paralelos en las instituciones que cada actor social representaba y en las ciudades en las que cada proyecto se ejecutó. La evaluación que se realizó puso el eje de la observación en la “orilla de la población” y sus organizaciones, tratando de identificar las condiciones que facilitan la construcción de la ciudadanía, la imagen de superación intergeneracional que pueden alcanzar los integrantes de la comunidad, y en los cambios en las condiciones de vida, que fueron las tres dimensiones consideradas por la propia comunidad como las relevantes para ser evaluadas.

ALCOOLISMO032RONZANI, Telmo Mota; RIBEIRO, Mário Sérgio; AMARAL, Michaela Bi-tarello do et al. Implantação de rotinas de rastreamento do uso de risco de

RESUMO/BIBLIOGRAFIA

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álcool e de uma intervenção breve na atenção primária à saúde: dificuldades a serem superadas. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 852-861, maio/jun. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n3/19.pdf>

O assim chamado uso de risco de álcool é considerado uma relevante questão de saúde pública, tendo em vista os diversos problemas associados a ele. Uma das estratégias de prevenção secundária recomendadas é a utilização de instru-mentos de rastreamento associados a intervenções breves em serviços de aten-ção primária à saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o processo de im-plantação dessa estratégia na rotina de atenção primária à saúde da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Foi utilizada uma abordagem qualitativa, incluindo a aplicação de entrevistas semi-estruturadas a gestores e/ou profis-sionais da assistência do Sistema Municipal de Saúde, associadas à análise de conteúdo e à observação participante. Os resultados indicam que há dificul-dades para a implantação efetiva dessas rotinas, tanto em relação aos gestores quanto aos profissionais envolvidos diretamente na sua execução. Quanto aos profissionais, destacam-se a restrição da abordagem a dependentes de álcool e à falta de motivação dos profissionais para trabalhos preventivos. Quanto aos gestores, foram detectadas dificuldades práticas no processo de organização e de gerenciamento, a despeito de um afirmado interesse no projeto.

ALEITAMENTO MATERNO033SUSIN, Lulie R. O.; GIUGLIANI, Elsa R. J.; KUMMER, Suzane C. Influ-ência das avós na prática do aleitamento materno. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 141-147, abr. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n2/24034.pdf>

OBJETIVO: verificar a influência das avós na prática do aleitamento ma-terno. MÉTODOS: estudo prospectivo com 601 mães de recém-nascidos normais nascidos em hospital universitário na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados na maternidade e nos domi-cílios, com um, dois, quatro e seis meses pós-parto, mediante entrevista com

RESUMO/BIBLIOGRAFIA

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as mães. As informações sobre as avós foram obtidas na primeira visita ao domicílio. Regressão logística múltipla foi utilizada para testar associações entre variáveis relacionadas às avós e às prevalências de amamentação. RE-SULTADOS: as seguintes variáveis mostraram associação significativa com interrupção do aleitamento materno exclusivo no primeiro mês: avós mater-nas e paternas que aconselhavam o uso de água ou chá (RC=2,2 e 1,8, res-pectivamente) e de outro leite (RC=4,5 e 1,9, respectivamente). Interrupção do aleitamento materno nos primeiros seis meses esteve associada com avós maternas e paternas que aconselhavam o uso de outro leite (RC=2,4 e 2,1, respectivamente). O contato não diário com a avó materna foi fator de pro-teção para a manutenção da amamentação aos seis meses. CONCLUSÕES: as avós podem influenciar negativamente na amamentação, tanto na sua du-ração quanto na sua exclusividade. Essa informação pode ser útil no planeja-mento de estratégias de promoção do aleitamento materno.

BIOÉTICA034TAQUETTE, Stella R.; REGO, Sérgio; SCHRAMM, Fermin Roland et al. Situações eticamente conflituosas vivenciadas por estudantes de medicina. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 51, n. 1, p. 23-28, jan./fev. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v51n1/a15v51n1.pdf>

OBJETIVO: identificar situações eticamente conflituosas vivenciadas pe-los estudantes de medicina da Uerj e dar subsídios a novos conteúdos de bioética a serem introduzidos no currículo. MÉTODOS: realizamos um estudo observacional do tipo corte-transversal com estudantes de medici-na dos dois últimos anos do curso, período em que se encontram no está-gio prático do internato. Os alunos responderam a um questionário com dados pessoais e com perguntas abertas a respeito de situações conflituo-sas do ponto de vista da ética e de como elas foram solucionadas, além de uma questão sobre os temas de ética que gostariam de ver contemplados no currículo médico. RESULTADOS: cerca de 70% dos alunos (n=128) responderam ao questionário e reportaram situações e sugestões envolven-

RESUMO/BIBLIOGRAFIA

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do uma grande variedade de temas éticos, que, em sua maioria, não está incluída no currículo dessa escola. Os conflitos identificados e sugeridos foram categorizados em três grandes grupos: situações do aprendizado da medicina, situações relacionadas à prática médica com o paciente e situ-ações que envolvem questões legais e políticas de atendimento à saúde. CONCLUSÕES: é fundamental que esses conteúdos sejam contempla-dos no currículo médico para que os profissionais do futuro estejam aptos a dar soluções aos novos desafios que se apresentam na atenção à saúde da população.

CONTAMINAÇÃO

MERCÚRIO035GONÇALVES, Aguinaldo; GONÇALVES, Neusa Nunes da Silva e. Expo-sição humana ao mercúrio na Amazônia brasileira: uma perspectiva histórica. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 16, n. 6, p. 415-419, dez. 2004.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v16n6/23687.pdf>

O objetivo do presente artigo foi reunir as principais informações obtidas por um estudo multicêntrico, realizado por pesquisadores brasileiros, que, durante a década de 90, com apoio de instituições nacionais e internacio-nais, trabalharam na caracterização da exposição humana ao mercúrio em áreas de garimpo da Amazônia brasileira. Habitantes das bacias dos rios Tocantins e Xingu foram agrupados segundo três conjuntos de procedi-mentos: 1) exame clínico, realizado a partir de protocolo padronizado por pesquisador único, permitindo identificar cinco condições básicas de aco-metimento; 2) avaliações dosimétricas do metal no sangue, no cabelo e na urina, por espectrofotometria de absorção atômica (Projeto Xingu); e 3) investigação genotóxica, envolvendo quatro indicadores citogenéticos. Na primeira etapa, alcançaram-se 41 pessoas, observando-se a presença de mercúrio no organismo de garimpeiros e de seus familiares. A contamina-ção por mercúrio teve também uma distribuição ocupacional significativa

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e correlacionada diferencialmente com indicadores de ação genotóxica. A seguir, o Projeto Xingu, que atingiu 625 pessoas, enfocou 417 nativos da nação Kayapó, pertencentes às aldeias Gorotire e Djudjetiktire, 142 ga-rimpeiros e 66 ribeirinhos. Os índios apresentaram os valores mais eleva-dos de metilmercúrio no cabelo e de mercúrio total no sangue e na urina, bem como, nessas matrizes, contaminação freqüente por formas inorgâni-cas. Dentre os resultados de interesse, acolhendo a recomendação especí-fica da Organização Mundial da Saúde, atenção diferenciada foi conferida ao grupo de índias gestantes, por constatar-se que, apesar de não estarem expostas diretamente ao vapor de mercúrio, apresentavam valores relevan-tes de intoxicação. Apesar desse quadro preocupante, diversas conquistas sociais na década de 90 sugerem, inclusive para as vítimas de agravos am-bientais, o aparecimento de novos padrões de dignidade na saúde e de éti-ca pública pioneira no Brasil.

DENGUE036STEPHENSON, John R. Understanding dengue pathogenesis: implications for vaccine design. Bulletin of the World Health Organization, Geneva, v. 83, n. 4, p. 308-314, Apr. 2005.Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/bwho/v83n4/v83n4a15.pdf>

In the second half of the twentieth century, dengue spread throughout the tropics, threatening the health of a third of the world’s population. Dengue viruses cause 50-100 million cases of acute febrile disease every year, including more than 500.000 reported cases of the severe forms of the disease - dengue haemorrhagic fever and dengue shock syndrome. Attempts to create conventional vaccines have been hampered by the lack of suitable experimental models, the need to provide protection against all four serotypes simultaneously and the possible involvement of virus-specific immune responses in severe disease. The current understanding of dengue pathogenesis is outlined in this review, with special emphasis on the role of the immune response. The suspected involvement of

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the immune system in increased disease severity and vascular damage has raised concerns about every vaccine design strategy proposed so far. Clearly more research is needed on understanding the correlates of protection and mechanisms of pathogenesis. There is, however, an urgent need to provide a solution to the escalating global public health problems caused by dengue infections. Better disease management, vector control and improved public health measures will help reduce the current disease burden, but a safe and effective vaccine is probably the only long-term solution. Although concerns have been raised about the possible safety and efficacy of both conventional and novel vaccine technologies, the situation is now so acute that it is not possible to wait for the perfect vaccine. Consequently the careful and thorough evaluation of several of the current candidate vaccines may be the best approach to halting the spread of disease.

DIREITO SANITÁRIO037SILVA, Patrícia Fernandes da; WAISSMANN, William. Normatização, o Es-tado e a saúde: questões sobre a formalização do direito sanitário. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 237-244, jan./mar. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a24v10n1.pdf>

A atualidade é um ambiente de turbulência em que as bases científicas vêm sendo redefinidas, conforme demonstra o trabalho de vários autores que pro-põem novas maneiras de enfocar as questões na sociedade de hoje. Nesse con-texto, descrevemos a saúde, como conceituada pela Organização Mundial da Saúde e pela Constituição Brasileira de 1988, como matéria transdisciplinar, que requer uma abordagem igualmente ampla e considera os desafios epis-temológicos atuais. O direito, ciência da modernidade, é desafiado em seus fundamentos por essa atualidade, que impõe uma busca de novas soluções de acordo com seus novos caminhos. Este artigo busca apresentar questões so-bre Estado, normatização e saúde, ao propor uma leitura a partir de autores vindos da sociologia, ao ampliar o espectro de análise e ao abarcar as questões epistemológicas de maneira transdisciplinar.

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS038PIGNATTI, Marta G. Saúde e ambiente: as doenças emergentes no Bra-sil. Ambiente e Sociedade, Campinas, v. 7, n. 1, p. 133-147, jan./jun. 2004.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/asoc/v7n1/23540.pdf>

Este artigo faz uma revisão das principais abordagens teóricas da área da Saúde em relação ao estudo das doenças resultantes das mudanças ambientais e da ocorrência de doenças emergentes no Brasil. Apresenta, de forma geral, a dinâmica de transmissão de doenças como a dengue, as leishmanioses, a febre maculosa, a cólera, a malária. Aponta para a necessidade de estudos interdisciplinares e de estratégias políticas integradas.

ENFERMAGEM039SPAGNOL, Carla Aparecida. (Re)pensando a gerência em enfermagem a partir de conceitos utilizados no campo da Saúde Coletiva. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 119-127, jan./mar. 2005.Disponível: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a13v10n1.pdf>

Estudos mostram que para gerenciar a assistência de enfermagem, o profis-sional utiliza métodos e estratégias de gestão oriunda da teoria clássica da administração. Esse estilo de gerência não tem permitido aos trabalhado-res de enfermagem criarem espaços coletivos de gestão, onde possam atu-ar como sujeitos sociais. Partindo do princípio de que a gerência em enfer-magem necessita, na atualidade, ser vista e exercitada sob um novo olhar, procurou-se neste ensaio teórico elaborar uma reflexão acerca dessa práti-ca, utilizando os conceitos de sujeito social e de coletivo, fundamentais no campo da Saúde. Assim, aproximar-se desse campo, além de contribuir para ampliar os conhecimentos e os questionamentos acerca da temática, contri-buiu também para compreender a equipe de enfermagem como um coleti-

RESUMO/BIBLIOGRAFIA

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vo de sujeitos sociais em ação, visto que os trabalhadores são seres humanos dotados de interesses próprios, de necessidades e de desejos, que produzem relações sociais, na medida em que interagem constantemente com outros sujeitos e podem adquirir capacidade para intervir na sua realidade. Esse co-letivo organizado possui, como objetivo principal, a prestação de uma assis-tência integral à população, realizando ações de forma ética, digna, segura e humanizada.

ESTILO DE VIDA

040PITANGA, Francisco José Gondim; LESSA, Ines. Prevalência e fatores asso-ciados ao sedentarismo no lazer em adultos. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 870-877, maio/jun. 2005.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n3/21.pdf>

O objetivo do estudo foi verificar a prevalência e os determinantes do se-dentarismo no lazer em adultos, na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. O desenho foi transversal em amostra de 2.292 adultos menores de 20 anos de idade, sendo 1.271 (55%) do sexo feminino. Sedentários no lazer fo-ram aqueles que informaram não participar de atividades físicas nos mo-mentos de lazer, em uma semana habitual. Inicialmente, calculou-se a prevalência do sedentarismo no lazer no total, por variáveis associadas e estratificadas por sexo na população estudada. Em seguida, calculou-se a razão de prevalência entre sedentarismo no lazer, idade, grau de escolari-dade e estado civil, estratificados por sexo e intervalo de confiança a 95%. A prevalência do sedentarismo no lazer foi de 72,5%, sendo mais freqüen-te em mulheres entre 40 e 59 anos e homens com mais de 60 anos de ida-de, em pessoas com baixo nível de escolaridade e entre os casados, sepa-rados ou viúvos. Os resultados deste estudo são importantes para a saúde pública, porque podem ser utilizados para demonstrar os altos níveis de sedentarismo no lazer na nossa população, bem como para identificar seus determinantes, para que, dessa forma, estratégias de intervenção possam ser implementadas.

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EXERCÍCIO041SILVA, Carla Cristiane da; GOLDBERG, Tamara Beres Lederer; TEIXEI-RA, Altamir dos Santos et al. O exercício físico potencializa ou compromete o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes? Mito ou verdade? Re-vista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 10, n. 6, p. 520-524, nov./dez. 2004.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a09v10n6.pdf>

A sociedade atual tem valorizado de forma significativa a aparência alta e es-belta. Essa constituição física tem sido reforçada desde a infância e atinge a população adolescente, que deseja enquadrar-se nos estereótipos, particular-mente aqueles veiculados pela mídia. Nesse sentido, profissionais de saúde são questionados rotineiramente sobre os efeitos positivos que o exercício fí-sico exerce sobre o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes. Pro-curou-se revisar a literatura especializada a respeito dos principais efeitos que o exercício físico exerceria sobre a secreção e atuação do hormônio de cresci-mento (GH) nos diversos tecidos corporais, durante a infância e adolescên-cia. Por meio dessa revisão, foi possível verificar que o exercício físico induz a estimulação do eixo GH/IGF-1. Embora muito se especule quanto ao cres-cimento ósseo ser potencializado pela prática de exercícios físicos, não foram encontrados na literatura científica específica estudos bem desenvolvidos que forneçam sustentação a essa afirmação. No tocante aos efeitos adversos advin-dos do treinamento físico durante a infância e adolescência, aparentemente, esses foram independentes do tipo de esporte praticado, porém resultantes da intensidade do treinamento. A alta intensidade do treinamento parece oca-sionar uma modulação metabólica importante, com a elevação de marcado-res inflamatórios e a supressão do eixo GH/IGF-1. Entretanto, é importan-te ressaltar que a própria seleção esportiva, em algumas modalidades, recruta crianças e/ou adolescentes com perfis de menor estatura, como estratégia para obtenção de melhores resultados, em função da facilidade mecânica dos mo-vimentos. Por meio dessa revisão, fica evidente a necessidade de realização de estudos longitudinais, nos quais os sujeitos sejam acompanhados antes, du-rante e após sua inserção nas atividades esportivas, com determinação do vo-

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lume e da intensidade dos treinamentos, para que conclusões definitivas rela-tivas aos efeitos sobre a estatura final possam ser emanadas.

HEPATITE042FERREIRA, Cristina Targa; SILVEIRA, Themis Reverbel da. Hepatites vi-rais: aspectos da epidemiologia e da prevenção. Revista Brasileira de Epidemio-logia, São Paulo, v. 7, n. 4, p.473-487, dez. 2004.Disponível: <http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v7n4/10.pdf>

As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínico-laboratorial, mas apresentam impor-tantes diferenças epidemiológicas quanto à sua evolução. As últimas déca-das foram de notáveis conquistas no que se refere à prevenção e ao controle das hepatites virais. Entre as doenças endêmico-epidêmicas, que representam problemas importantes de saúde pública no Brasil, salientam-se as Hepatites Virais, cujo comportamento epidemiológico, no nosso País e no mundo, tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos. A melhoria das condições de hi-giene e de saneamento das populações, a vacinação contra a Hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do vírus da Hepatite C estão entre esses avanços importantes. As condições do nosso País: sua heterogeneidade socioeconômica, a distribuição irregular dos serviços de saúde, a incorpora-ção desigual de tecnologia avançada para diagnóstico e tratamento de enfer-midades, são elementos importantes que devem ser considerados na avaliação do processo endemo-epidêmico das hepatites virais. O número de pacien-tes infectados é incerto, relacionado geralmente a alguns estados e municí-pios brasileiros, e o esclarecimento dos agentes causadores das hepatites, cuja identificação requer técnicas laboratoriais complexas de biologia molecular, é realizado de maneira insuficiente. Por outro lado, “a progressiva integração entre as instâncias gestoras dos programas de vigilância e controle das doen-ças com grupos de pesquisa e desses com os serviços” e a disponibilização de bancos de dados nacionais mais confiáveis apontam para novos e melhores caminhos. No presente artigo, é feita uma revisão sucinta das hepatites A, B

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e C, as mais freqüentes no nosso País, assim como de sua epidemiologia e das estratégias preferenciais para a prevenção dessas doenças.

HIPERTENSÃO043MONTEIRO, Maria de Fátima; SOBRAL FILHO, Dário C. Exercício físico e o controle da pressão arterial. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Ni-terói, v. 10, n. 6, p. 513-516, nov./dez. 2004.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6.pdf>

O exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas, resultantes de adaptações autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema car-diovascular. Diversos estudos demonstraram o seu efeito benéfico sobre a pressão arterial. Sendo a hipertensão arterial sistêmica uma entidade de alta prevalência e elevada morbimortalidade na população, o exercício físico tem importante papel como elemento não medicamentoso para o seu controle ou como adjuvante ao tratamento farmacológico.

HUMANIZAÇÃOPRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE044CASATE, Juliana Cristina; CORREA, Adriana Katia. Humanização do aten-dimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfer-magem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 1, p. 105-111, jan./fev. 2005.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n1/v13n1a17.pdf>

A proposta deste estudo qualitativo é analisar a produção científica sobre “hu-manização em saúde/enfermagem”, compreendendo quais concepções sobre humanização vêm se configurando. Realizou-se levantamento bibliográfico, sendo analisados 42 artigos, do final da década de 50 até os dias atuais, nos seguintes periódicos: Revista Brasileira de Enfermagem, Revista Paulista de

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Hospitais e Texto e Contexto. Efetuaram-se análise e síntese integrativa dos mesmos. A temática vem se constituindo, desde uma perspectiva caritativa até a preocupação atual, com a valorização da saúde como direito do cidadão, sendo inserida em projeto político de saúde. Artigos de todas as décadas mos-tram a necessidade de investir no trabalhador, valorizando a dimensão subje-tiva. Todavia, a temática é pouco abordada na formação. A humanização do atendimento supõe encontro entre sujeitos que compartilham saber, poder e experiência vivida, implicando em transformações políticas, administrativas e subjetivas.

MEDICAMENTOS ESSENCIAISSERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE045NAVES, Janeth de Oliveira Silva; SILVER, Lynn Dee. Avaliação da assistên-cia farmacêutica na atenção primária no Distrito Federal. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 223-230, abr. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n2/24046.pdf>

OBJECTIVE: pharmaceutical assistance is essential in health care and a right of citizens according to Brazilian law and drug policies. The study purpose was to evaluate aspects of pharmaceutical assistance in public primary health care. METHODS: a cross-sectional study using WHO drug indicators was carried out in Brasília, in 2001. From a random sample of 15 out of 62 centers, thirty existing patients per center were interviewed. RESULTS: only 18.7% of the patients fully understood the prescription, 56.3% could read it, 61.2% of the prescribed drugs were actually dispensed, and mean duration of pharmaceutical dispensing was 53.2 seconds. Each visit lasted on average 9,4 minutes. Of prescribed and non-dispensed drugs, 85.3% and 60.6% were on the local essential drug list (EDL) respectively. On average 83.2% of 40 essential drugs were in stock, and only two centers had a pharmacist in charge of the pharmacy. The mean number of drugs per prescription was 2,3, 85.3% of prescribed drugs were on the EDL, 73.2% were prescribed using the generic denomination, 26.4% included antibiotics and 7.5% were injectables.

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The most prescribed groups were: cardiovascular drugs (26.8%), anti-infective drugs (13.1%), analgesics (8.9%), anti-asthmatic drugs (5.8%), anti-diabetic drugs (5.3%), psychoactive drugs (3.7%), and combination drugs (2.7%). CONCLUSIONS: Essential drugs were only moderately available almost 30 years after the first Brazilian EDL was formulated. While physician use of essential drugs and generic names was fairly high, efficiency was impaired by the poor quality of pharmaceutical care, resulting in very low patient understanding and insufficient guarantee of supply, particularly for chronic diseases.

MORBIDADEMORTALIDADE046LAURENTI, Ruy; JORGE, Maria Helena Prado de Mello; GOTLIEB, Sabina Léa Davidson. Perfil epidemiológico da morbimortalidade mascu-lina. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 35-46, jan./mar. 2005.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a04v10n1.pdf>

São abordados aspectos das diferenças entre a saúde do homem e da mu-lher, enfocando questões ligadas a fatores biológicos (sexo) e comportamen-tais (gênero). A sobremortalidade masculina e a resultante menor esperança de vida estão apresentadas; são discutidos o envelhecimento populacional e suas conseqüências, do ponto de vista da saúde, sendo estas mais inten-sas no homem. O panorama atual no Brasil segue o padrão observado em outros países. Os coeficientes de mortalidade masculina são cerca de 50% maiores e, considerando as idades, a maior razão de sexo acontece no gru-po etário de 20 a 39 anos (três mortes masculinas para cada feminina). Na distribuição segundo causas, sobressaem mortes por doenças do aparelho circulatório, seguidas por aquelas relativas a acidentes e violências. Na mor-bidade, medida pelas internações (excluídas aquelas por parto), há um equi-líbrio entre o número de hospitalizações masculinas e femininas. As distri-buições das altas segundo os motivos de internação, para ambos os sexos, apresentam semelhanças, com exceção das relativas a causas externas e aos

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transtornos mentais e comportamentais, respectivamente, com razões iguais a 2,3 e 1,9 internações masculinas para cada feminina. São estudados ain-da a aids e o alcoolismo, como exemplos de importantes agravos na saúde masculina.

NUTRIÇÃO047CERVATO, Ana Maria; DERNTL, Alice Moreira; LATORRE, Maria do Rosário Dias de Oliveira et al. Educação nutricional para adultos e idosos: uma experiência positiva em Universidade Aberta para a Terceira Idade. Re-vista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 1, p. 41-52, jan./fev. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rn/v18n1/23506.pdf>

OBJETIVO: avaliar uma intervenção nutricional educativa desenvolvida para alunos de universidades abertas para a terceira idade. MÉTODOS: a população foi constituída por indivíduos com 45 anos de idade ou mais, freqüentadores de quatro instituições de ensino do Município de São Paulo. O estudo teve delineamento quase experimental, do tipo pré-teste/pós-teste, sem grupo de controle. A ação educativa (quatro aulas de três horas cada, distribuição de uma apostila com o conteúdo das aulas e de um guia alimentar com orientações gerais) era parte das atividades oferecidas pelas instituições e foi desenvolvida por nutricionistas durante o segundo semestre de 1996. Os dados pessoais e de conhecimentos sobre nutrição foram coletados por meio de questionário auto-aplicado. O conhecimento foi identificado aplicando-se teste especialmente elaborado. As práticas alimentares, identificadas por meio do registro de alimentos consumidos em três dias, tiveram como variáveis analisadas: o valor energético total, a proporção de macronutrientes, o colesterol, a vitamina A, o cálcio e o ferro. RESULTADOS: as modificações identificadas foram: aumento dos conhecimentos sobre nutrição, diminuição de consumo de lipídios, de proteínas e de colesterol. As modificações citadas referiram-se ao tipo de alimento consumido, à ingestão de água e à maneira de preparar os alimentos. Essas modificações ocorreram por motivos de saúde, e as fontes de informações sobre nutrição mais citadas foram a Universidade Aberta para a Terceira Idade e o médico pessoal. CONCLUSÃO: apesar das limitações do

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estudo, os resultados indicaram que, em função dessa atividade, houve uma tendência para a modificação da dieta e dos conhecimentos sobre nutrição.

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FAGUNDES, Ulysses; KOPELMAN, Benjamin; OLIVA, Carlos Alberto Garcia et al. Avaliação do estado nutricional e da composição corporal das crianças índias do Alto Xingu e da etnia Ikpeng. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 6, p. 483-489, nov./dez. 2004.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n6/v80n6a10.pdf>

OBJETIVOS: avaliar o estado nutricional e a composição corporal de crian-ças índias das populações alto-xinguana e Ikpeng, comparando as popula-ções. MÉTODOS: avaliamos 95 crianças do Alto Xingu e 69 Ikpeng com idades entre 24 e 117 meses. Obtivemos dados sobre idade, peso, estatura, pregas cutâneas, circunferência do braço e impedância bioelétrica. Calcula-mos escores z para peso, estatura e estimativas da composição corporal. Ten-do como referência o NCHS 2000, determinamos diagnóstico de baixo peso e baixa estatura como sendo inferior a dois escores z para os indicadores peso/idade ou índice de massa corporal/idade e estatura/idade, respectivamente. Para obesidade, o ponto de corte foi dois escores do indicador índice de mas-sa corporal/idade. As massas corporais, magra e gordurosa, foram calculadas a partir de duas equações validadas na literatura. RESULTADOS: diagnos-ticamos baixa estatura em 8,4% das crianças do Alto Xingu e em 37,7% das Ikpeng (p < 0,001). Baixo peso foi verificado apenas entre as crianças Ikpeng (12,5%). Para os dados relativos à composição corporal, verificamos que as crianças do Alto Xingu apresentaram valores estimados de massa corporal magra superiores aos das crianças Ikpeng (p < 0,05). Na amostra estudada, nenhuma criança apresentou obesidade. CONCLUSÕES: crianças Ikpeng apresentaram incidências de baixo peso e baixa estatura maiores do que a po-pulação do Alto Xingu. Quando a comparação ocorreu para valores relativos à composição corporal, crianças alto-xinguanas apresentaram valores maiores. Portanto, o estado nutricional observado entre as crianças alto-xinguanas foi melhor do que o das crianças Ikpeng, independentemente do critério utiliza-do, dentre os disponíveis neste estudo.

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PARTO049ALMEIDA, Nilza Alves Marques; SOUSA, Joaquim Tomé de; BACHION, Maria Márcia et al. Utilização de técnicas de respiração e relaxamento para alívio de dor e ansiedade no processo de parturição. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 1, p. 52-58, jan./fev. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v13n1/v13n1a09.pdf>

Objetivou-se avaliar o efeito de técnicas de respiração e de relaxamento so-bre a dor e a ansiedade, na parturição. Dezessete primigestas (grupo contro-le – GC) receberam assistência de rotina e dezenove (grupo experimental – GE) foram orientadas e estimuladas a realizar técnicas de respiração e rela-xamento. Avaliaram-se a dor, por meio da escala analógica visual, e a ansie-dade, por meio dos inventários de ansiedade-traço e estado. A intensidade de dor aumentou com a evolução do trabalho de parto para ambos os grupos. O nível de ansiedade na fase latente foi baixo para ambos os grupos; na fase ativa foi médio para o GC e baixo para o GE; na fase de transição, foi mé-dio e no pós-parto, imediato, foi baixo, para ambos os grupos. Concluiu-se que as técnicas utilizadas não reduziram a intensidade de dor, mas promo-veram ao GE a manutenção de nível baixo de ansiedade por maior tempo da parturição.

RECURSOS HUMANOS EM SAÚDEACIDENTES E VIOLÊNCIA050MOCK, Charles; KOBUSINGYE, Olive; ANH, Le Vu et al. Human resources for the control of road traffic injury. Bulletin of the World Health Organization, Geneva, v. 83, n. 4, p. 294-300, Apr. 2005.

Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/bwho/v83n4/v83n4a13.pdf>

The definition of the ideal numbers and distribution of human resources required for control of road traffic injury (RTI) is not as advanced as for other health problems. We can nonetheless identify functions that need

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to be addressed across the spectrum of injury control: surveillance; road safety (including infrastructure, vehicle design, and behaviour); and trauma care. Many low-cost strategies to improve these functions in low- or middle-income countries can be identified. For all these strategies, there is need for adequate institutional capacity, including funding, legal authority, and human resources. Several categories of human resources need to be developed: epidemiologists who can handle injury data, design surveillance systems and undertake research; engineers and planners versed in safety aspects of road design, traffic flow, urban planning, and vehicle design; police and lawyers who understand the health impact of traffic law; clinicians who can develop cost-effective improvements in the entire system of trauma treatment; media experts to undertake effective behaviour change and social marketing; and economists to assist with cost-effectiveness evaluations. RTI control can be strengthened by enhancing such training in these disciplines, as well as encouraging retention of those who have the needed skills. Mechanisms to enhance collaboration between these different fields need to be promoted. Finally, the burden of RTI is borne disproportionately by the poor; in addition to technical issues, more profound equity issues must be addressed. This mandates that people from all professional backgrounds who work for RTI control should develop skills in advocacy and politics.

ROTAVÍRUSDIARRÉIA

051

KANE, Erin M.; TURCIOS, Reina M.; ARVAY, Melissa L. et al. The epidemiology of rotavirus diarrhea in Latin America: anticipating rotavirus vaccines. Revista Panamericana de Salud Pública, Washington, v. 16, n. 6, p. 371-377, Dic. 2004.Disponível em: <http://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v16n6/23681.pdf>

OBJECTIVE: to assess the disease burden and characterize the epidemiology of rotavirus diarrhea in Latin America. METHODS: we conducted a

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literature review of studies of children < 5 years of age who were hospitalized or seen as outpatients for diarrhea and for whom rotavirus was sought as the etiologic agent of the diarrhea. This review included inpatient and outpatient studies published since 1998 that included at least 100 children and reported surveillance activities lasting at least 12 consecutive months. RESULTS: a total of 18 inpatient and ten outpatient studies met the criteria for inclusion in this review. Rotavirus was detected in a median of 31% of inpatients (range, 16%-52%) and 30.5% of outpatients (range, 4%-42%). The median detection rate was higher in studies that used an enzyme-linked immunosorbent assay (Elisa) (inpatients 38%, outpatients 33%) versus less sensitive methods of detection. The age distribution of rotavirus disease varied among countries, with 65%-85% of children hospitalized in the first year of life. Most countries had rotavirus admissions year round, and rotavirus generally exhibited a winter seasonal peak in both temperate and tropical climates. CONCLUSIONS: the heavy burden of disease attributable to rotavirus in Latin America suggests that vaccines currently being tested could have considerable impact in preventing hospitalizations, clinic visits, and deaths. The findings of the young age distribution of patients highlight the importance of early immunization for the success of a vaccine program. The data suggest that future surveillance for rotavirus diarrhea in Latin America should use a standardized surveillance protocol with an Elisa for detection. Data from surveillance studies will be critical to monitor the impact of the future introduction of vaccines.

SAÚDE PÚBLICA

052

VLAHOV, David; GALEA, Sandro; GIBBLE, Emily et al. Perspectivas so-bre condições urbanas e saúde da população. Cadernos de Saúde Pública, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 949-957, maio/jun. 2005.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n3/31.pdf>

The majority of the world’s population will live in cities in the next few years and the pace of urbanization worldwide will continue to accelerate over the

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coming decades. While the number of megacities is projected to increase, the largest population growth is expected to be in cities of less than one million people. Such a dramatic demographic shift can be expected to have an impact on population health. Although there has been historic interest in how city living affects health, a cogent framework that enables systematic study of urban health across time and place has yet to emerge. Four alternate but complementary approaches to the study of urban health today are presented (urban health penalty, urban health advantage, urban sprawl, and an integrative urban conditions model) followed by three key questions that may help guide the study and practice of urban health in coming decades.

SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDEEDUCAÇÃO EM SAÚDE053ALBUQUERQUE, Paulette Cavalcanti de; STOTZ, Eduardo Navarro. A educação popular na atenção básica à saúde no município: em busca da inte-gralidade. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 8, n. 15, p. 259-74, mar./ago. 2004.Disponível em: <http://www.interface.org.br/revista15/artigo1.pdf>

Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica e análise documental sobre as experiências de educação em saúde nos serviços, baseadas na educação popu-lar em saúde e do seu potencial em desenvolver a integralidade das ações no âmbito da atenção básica. É discutida a forma como a educação em saúde vem sendo trabalhada pelos serviços e as dificuldades para que possa contri-buir para a construção de uma atenção realmente integral à saúde. As ações de saúde são entendidas como ações educativas, em que tanto profissionais como usuários aprendem e ensinam, numa construção dialógica do conheci-mento. Dessa forma, a atenção ao indivíduo também faz parte das reflexões discutidas no texto, tanto no que se refere à postura dos profissionais quanto ao respeito ao saber popular e à busca da terapêutica mais eficaz pelos usuá-rios. A partir da revisão, é proposta uma sistematização de programas de ação e atividades que podem compor uma proposta de educação popular em saú-de para os municípios.

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SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDAMORTALIDADE

054FARIAS, Norma; CARDOSO, Maria Regina A. Mortalidade por aids e in-dicadores sociais no Município de São Paulo, 1994 a 2002. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 198-205, abr. 2005.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n2/24042.pdf>

OBJETIVO: analisar as correlações entre os coeficientes de mortalidade por aids e os índices de inclusão/exclusão social, em homens e mulheres de 25 a 49 anos. MÉTODOS: o estudo foi realizado em 1996 distritos administra-tivos do Município de São Paulo, no período de 1994 a 2002. Foram utili-zados dados de óbitos do programa de aprimoramento das informações de mortalidade do município e estimativas populacionais dos censos de 1991 e 2000 da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e Secretaria Municipal de Planejamento. Os índices foram obtidos do Mapa da Exclusão para a Cidade (1996 e 2000). Para a análise estatística, foi utilizado o teste de correlação de Pearson (a=0,05). RESULTADOS: entre os homens, observou-se correlação positiva significativa (p<0,05) entre a mortalidade por aids e o índice de qualidade de vida dos distritos, de 1994 a 1998. Entre as mulheres, observou-se em todo o período correlação negativa significativa (p<0,05) en-tre a mortalidade por aids e o índice de eqüidade, o qual mede a concentra-ção de mulheres chefes de família/analfabetas. A partir de 2000, observou-se tendência à correlação negativa significativa (p<0,05) entre a mortalidade feminina por aids e o índice global de exclusão social. CONCLUSÕES: os resultados sugerem o deslocamento da mortalidade por aids para áreas de ex-clusão e apontam para a hipótese de relação entre essa mortalidade e fatores socioeconômicos. Outros estudos epidemiológicos e no campo das Ciências Sociais são necessários para aprofundar essa investigação.

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MATIDA, Luiza Harunari; MARCOPITO, Luiz Francisco; SUCCI, Regina Celia de Menezes et al. Improving survival among Brazilian children with

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perinatally-acquired aids. Brazilian Journal of Infectious Diseases, Salvador, v. 8, n. 6, p. 419-423, Dec. 2004.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bjid/v8n6/a05v08n6.pdf>

Brazil was the first developing country to provide free, universal access to antiretroviral treatment for aids patients. The Brazilian experience thus provides the first evidence regarding the impact of such treatment on the survival of perinatally acquired aids cases in the developing world. MATERIAL AND METHODS: this retrospective cohort study used medical record reviews to examine characteristics and trends in the survival of a representative sample of 914 perinatally acquired aids cases in ten Brazilian cities diagnosed between 1983 and 1998. RESULTS: survival time increased steadily and substantially. Whereas half of the children died within 20 months of diagnosis at the beginning of the epidemic, 75% of children diagnosed in 1997 and 1998 were still alive after four years of follow-up. CONCLUSIONS: advances in management and treatment have made a great difference in the survival of Brazilian children with aids. These results argue strongly for making such treatment available to children in the entire developing world.

SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDAPRESERVATIVOS

056SILVEIRA, Mariângela F.; SANTOS, Iná dos. Impacto de intervenções no uso de preservativos em portadores do HIV. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 2, p. 296-304, abr. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v39n2/24056.pdf>

Pretendeu-se identificar intervenções educativas dirigidas a indivíduos HIV positivos, com desfecho no uso de preservativos masculinos. Trata-se de revisão sistemática, em que foram pesquisadas bases de dados (Lilacs/Bireme, Medline, Popline) e sites (CDC e Unaids), sem limite de tempo. Os unitermos utilizados foram: women; men; interventions; HIV; aids; HIV

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positive; risk behaviors; sexual risk behaviors; intervention studies. Foram incluídos 14 estudos, oito deles com efeito positivo. As limitações mais freqüentes foram ausência de randomização, falta de controle para fatores de confusão, altas perdas, falta de poder estatístico e avaliação do desfecho, baseadas em relato. A possibilidade de viés de publicação, favorecendo estudos de intervenção que mostraram efeitos benéficos, deve ser considerada. Intervenções efetivas para aumentar o uso de preservativos em pessoas HIV positivas são importantes para obter maior efeito na prevenção da disseminação do vírus.

SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTARTRANSTORNOS ALIMENTARES057SANTOS, Iná S.; GIGANTE, Denise P.; COITINHO, Denise C. et al. Ava-liação do impacto de um programa de suplementação alimentar para crianças desnutridas no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 3, p. 776-785, maio/jun. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v21n3/11.pdf>

To assess the effectiveness on child growth and body composition of a supplementary feeding program (Milk Supplement Program), a prospective, controlled study was conducted in Northeast Brazil. When entering the Program, children from 10 municipalities with the highest coverage rates in the Program (intervention group) were compared to non-beneficiary children from ten municipalities with the lowest coverage rates (control group). A total of 219 children aged from 6 to18 months were enrolled. At entry, both groups were comparable in terms of age, sex and nutritional status. There were frequent gaps in delivery of the supplement, no extra milk was provided to siblings less than 5 years old, intra-household redistribution of milk was high, and maternal compliance with recommendations was low. Adjusted analyses by multilevel modelling showed average changes in weight, length, weight-age and length-age Z-scores, and % body water (deuterium method), at 6 months, of 1.53kg, 6.34cm, 0.33, 0.05, and 1.11% respectively among supplemented children

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as compared to 1.54kg, 6.5cm, 0.26, 0.07, and 4.10% among controls, with no statistically significant difference between groups. Thus, the Program failed to compensate for nutritional deficiencies in undernourished children in Northeast Brazil.

TRANSTORNOS ALIMENTARESOBESIDADE E DESNUTRIÇÃO

058

CABALLERO, Benjamin. A nutrition paradox – underweight and obesity in developing countries. The New England Journal of Medicine, v. 352, n. 15, p. 1514-6, 14 Apr. 2005.

VIOLÊNCIA059BRITO, Ana Maria M.; ZANETTA, Dirce Maria T.; MENDONÇA, Rita de Cássia V. et al. Violência doméstica contra crianças e adolescentes: estudo de um programa de intervenção. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 143-149, jan./mar. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a15v10n1.pdf>

Este estudo apresenta características gerais de famílias, nas quais houve a ocorrência de violência doméstica contra crianças, e avalia os resultados de seu acompanhamento pelo Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância (CRAMI – Rio Preto). Foram entrevistadas 55 famílias que respon-deram um questionário estruturado. A forma de violência mais prevalente foi a física, presente em 58% dos casos. Sessenta por cento das vítimas são do sexo feminino, e a mãe é agressora em 49% das situações analisadas. Os prin-cipais fatores desencadeantes da violência, identificados pelas famílias, são conflitos do casal (58%), características próprias da criança (51%) e histórico de vida dos pais (49%). A maioria das famílias (80%) acredita que a interven-ção proporcionou interrupção ou diminuição na intensidade da violência e a forma de acompanhamento que mais houve adesão dos pais foi por meio das visitas domiciliares. Observa-se que a intervenção junto a essas famílias pode

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ter resultados satisfatórios, desde que a violência possa ser compreendida em seus vários aspectos, ou seja, um sintoma presente no grupo familiar modela-do por dificuldades de diferentes naturezas: cultural, social, econômica e das relações interpessoais.

060SOUZA, Edinilsa Ramos de. Masculinidade e violência no Brasil: contribui-ções para a reflexão no campo da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Ja-neiro, v. 10, n. 1, p. 59-70, jan./mar. 2005.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a06v10n1.pdf>

Efetua-se uma reflexão sobre a condição masculina diante da violência, situ-ando o tema no campo interdisciplinar da Saúde Pública. Usam-se dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade e do Sistema de Autorização para Internação Hospitalar, referentes às causas externas para o Brasil e suas capi-tais, de 1991 a 2000. As populações usadas nas taxas foram estimadas pelo IBGE e disponibilizadas na home page do Datasus/MS. Destaca-se que os ho-mens são as maiores vítimas da violência. A taxa média de mortalidade mas-culina por essas causas na década foi de 119,6/100.000 habitantes, sendo cinco vezes maior que a taxa média observada para as mulheres (24/100.000 habitantes). Dos 15 aos 19 anos, os homens morrem 6,3 vezes mais que as mulheres; dos 20 aos 24 anos, suas taxas são 10,1 vezes maior que a das mu-lheres. Nos homicídios, esse risco é de quase 12 óbitos masculinos em rela-ção a cada morte feminina. Macapá é a capital com maior sobremortalidade masculina: 10,3 mortes masculinas para cada óbito feminino. Enfatiza-se que o gênero masculino ainda é fortemente configurado por práticas machistas e de risco e que essas práticas são as mesmas que constituem os homens como maiores vítimas da violência. No Brasil, essas questões são potencializadas pe-las intensas desigualdades e outras condições adversas à cidadania.

RESUMO/BIBLIOGRAFIA

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