informação 5ª edição

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Além de fazer a diferença no currículo, cursos profissionalizantes de todas as áreas, oferecem experiências que podem abrir portas na hora de procurar um novo emprego. Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno As questões legais do Divórcio Cursos profissionalizantes facilitam entrada no mercado de trabalho Imagens: Projeto gráfico Incubadora DIST O divórcio vai além da decisão de se separar e envolve diversar questões legais, como a divisão dos bens ou a guarda dos filhos do casal, que devem ser tratadas com muita atenção. Pág. 06 Pág. 04 INCUBADORA SOCIAL DO DIST DESENVOLVERÁ EMPRESAS LOCAIS. Uma parcceria entre o Projeto DIST e a Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina vai implementar no Vista Bela uma incubadora social projetada para desenvolver o potencial da região. LONDRINA, JUNHO de 2015 - Nº 05 Pág. 05

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O Jornal InformAção é o veículo de comunicação do Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável de Território (DIST) do Residencial Vista Bela e seu entorno. Além de abordar as ações do projeto, o jornal conta com pautas que foram escolhidas junto com o Comitê de Comunicação, que é formado por moradores dos territórios que estão envolvidos com as atividades do DIST.

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Page 1: InformAção 5ª Edição

Além de fazer a diferença no currículo, cursos profi ssionalizantes de todas as áreas, oferecem experiências que podem abrir portas na hora de procurar um novo emprego.

Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

As questões legais do Divórcio Cursos profi ssionalizantes facilitam entrada no mercado de trabalho

Imagens: Projeto gráfi co Incubadora D

IST

O divórcio vai além da decisão de se separar e envolve diversar questões legais, como a divisão dos bens ou a guarda dos fi lhos do casal, que devem ser tratadas com muita atenção. Pág. 06 Pág. 04

INCUBADORA SOCIAL DO DIST DESENVOLVERÁ EMPRESAS LOCAIS. Uma parcceria entre o Projeto DIST e a Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina vai implementar no Vista Bela uma incubadora social projetada para desenvolver o potencial da região.

LONDRINA, JUNHO de 2015 - Nº 05

Pág. 05

Page 2: InformAção 5ª Edição

2JUNHO de 2015

Alimentação correta traz qualidade de vidaProblemas de saúde podem ser tratados apenas com regras alimentares, diz nutricionistaLuiza Bellotto

Se alimentar de forma correta pode, além de prevenir, amenizar problemas de saúde e minimizar os riscos de doenças já existentes. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgados em 2013, mostram que apenas 22,7% da população mundial se alimen-ta de forma correta.

Além disso, de acordo com uma pesquisa do Instituto Brasilei-ro de Geografi a e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saú-de de 2009, o cardápio do brasi-leiro é pobre em nutrientes e rico em calorias. Por conta disso, mui-tas doenças podem ser causadas pela má alimentação.

Segundo a nutricionista Alexan-dra Jannani, muitas doenças po-deriam ser evitadas se as pessoas mudassem seus hábitos. “Uma pessoa que ainda não é doente mas tem a genética para determi-nada doença tem que ter um peso adequado, fazer atividade física e ter uma alimentação correta”, ex-plica.

Claudinéia Batista Filha, mo-radora do Vista Bela 10, conhe-ce essa realidade. Por conta da genética, já que sua mãe tinha Diabetes, Claudinéia apresen-

tou a doença há um ano e meio. “Descobri em um exame de san-gue. Daí me tratei e ela [diabe-tes] abaixou. Mas tenho que con-tinuar acompanhando”, conta. Para o tratamento, ela teve que mudar muitos hábitos, princi-palmente os alimentares. “Fiquei com medo das consequências da doença. Para melhorar, tive que fazer uma dieta: comer tudo mais saudável como bolacha integral, leite desnatado, arroz integral, menos gordura e menos doce”, afi rma.

A nutricionista Alexandra fala que o cardápio das pessoas hoje é pouco balanceado e alerta que a gordura e os açúcares são im-portantes, mas quando bem con-sumidos. “Os problemas mais comuns causados pela alimenta-ção não correta são a hipertensão arterial, causada pelo excesso de sódio; o Diabetes, causada pelo excesso de açúcar; e as dislipide-mias como o colesterol, causado pelo excesso de gordura. Mas quase todas as doenças são rela-cionadas a alimentação.”

Para uma vida mais saudável por Alexandra Jannani

Comer de 3 em 3 horas;

Beber bastante água, pois ela, além de hidratar o corpo, leva os nutrientes alimentares do sangue para as células;

Praticar atividades físicas;

Evitar comer carboidratos como pães e massas nos intervalos das refeições e substituí-los por frutas e verduras;

Iniciar o prato pela salada, pois contém fi bras (que são boas para a digestão) e dá uma sen-sação de saciedade, evitando excessos desnecessário ao cor-po;

Mastigar devagar e em grande quantidade.

Outro agravante dos problemas de saúde é o peso: quando o peso não é adequado ao corpo, sendo ele abaixo do normal ou acima do normal, é preciso redobrar a atenção.

Alexandra conta que ser gordo ou magro, nos dias de hoje, não é mais sinônimo de ser saudável. “Tem muitos gordinhos que não têm problema de saúde como também tem magrinho doente. Então não signifi ca ser magro, mas ter um peso adequado para seu tamanho”, explica.

Expediente Projeto de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Território (DIST) do Vista Bela e seu entorno

Coordenação projeto DIST: Ciliane Carla Sella de AlmeidaEquipe Projeto DIST: Gracielli Aparecida de Souza, Rosemari Friedmann Angeli, Mara Regina Rodrigues e Cristiana dos Anjos.Equipe de Comunicação do DIST: Tatiana Fiuza (MTB - JP03813DF), Bruna Ferrari, Luiza Bellotto (estagiária) e Marcos Gomes (estagiário)Diagramação: Bruna Ferrari

Comitê de Comunicação do território atendido pelo DIST: Ana Lucia Cardoso, Diego Rossi, Edileusa S., Felipe Oviedo, José Vannelço, José Silvestre Gonçalves Leandro Claudino, Luiza Ap. da Silva, Maria Eliza da Silva, Vanda Alves. Parceiro gestor: Instituto PólisCoordenadora geral Instituto Pólis: Margareth UemuraSede DIST: Avenida Giocondo Maturi 731, Jardim Maria Celina

Financiador:

(43) 3327-6421 - CEP: 86081-542Impressão: Editora e Gráfi ca Paraná Press S/A - GRAFIPRESSTiragem: 2.000 exemplaresExecução:

Page 3: InformAção 5ª Edição

3JUNHO de 2015

Grupo Triolé anima a garotada no Projeto DIST

Luiza Bellotto

A manhã começou animada. O Grupo Triolé chegou na sede lá pelas 8 horas e começou a arrumar o local. Junto deles, 4 oficineiros também vieram: um para ensinar a fazer brinquedos de sucata e ki-rigami, outro para ensinar a fazer brinquedos de materiais recicláveis e dois para ensinar brincadeiras populares. Durante toda a recrea-ção, o Projeto DIST recebeu mais de 60 crianças. A atividade acon-teceu no mês de maio, na sede do Projeto.

As oficinas começaram antes da apresentação teatral, o que fez a alegria da garotada. Até alguns pais resolveram entrar na onda. Voltar a ser criança para Tânia Paula Ro-drigues de Oliveira, moradora do Vista Bela 2, nunca é tarde. “Ser criança é muito bom e eu quero me divertir a manhã toda”, disse, cor-rendo para o tatame para brincar com as filhas de 19 e 11 anos. “Sou criançona mesmo e não vejo mal nenhum em me divertir”, comple-tou.

Às 11 horas era chegado o mo-

Atividade trouxe oficinas e brincadeiras para todas as idades

mento mais esperado da manhã: a apresentação dos palhaços Lam-breta (Gerson Bernardes) e Ritali-no (Thiago Marques). O brilho nos olhos dos pequenos era evidente e o sorriso estampado no rosto cha-mava atenção. O riso ecoava na sede do Projeto. A apresentação se chamava “Bagaça Registrada” e foi desenvolvida pelos atores do Gru-po Triolé.

De acordo com Rosemari Fried-

man, coordenadora pedagógica do Projeto DIST, mesmo que a maio-ria das atividades do projeto sejam voltadas para adultos, é importan-te que as crianças também sejam contempladas. “É uma oportuni-dade para as crianças conviverem mais no território, que tem pouca oferta em termos de lazer. Além de brincar, poderão aprender coisas e ver espetáculos.”

Além disso, Rosemari reitera a im-

Apresentação do Grupo Triolé na sede do Projeto DIST

Além de apresentação da peça “Bagaça Registrada” o dia foi marcado com oficinas recreativas de fabricação de brinquedos recicláveis e brincadeiras populares.

portância do envolvimento dos pais nessas atividades. “A brincadeira é um momento de aproximação. E é isso que a gente quer com as crian-ças. Aproximação e conhecimento, porque muitas vezes elas têm difi-culdades, são tímidas. Quando os pais se esforçam, a criança aprende a conviver melhor. Ajuda a criança a ser feliz”, afirma.

Para os atores, a importância desse tipo de atividade vai além da diver-são. Segundo Gerson Bernardes, o trabalho deles é importante para a sociedade. “A gente acredita que vai ao encontro com nossa função na sociedade como artistas. É um meio de chegar na família como um todo”, afirma.

Já para Thiago Marques, levar a diversão para todos é fundamen-tal em seu trabalho como palhaço. “Nossa função, além de alegrar e criticar, também é instaurar esse espaço de brincadeira. Nosso tra-balho é para mostrar que não é só a criança que pode brincar, mas o adulto também. Como se diz no interior: me mamando à caducan-do”, termina bem humorado.

Fotos: Luiza Bellotto

Page 4: InformAção 5ª Edição

4JUNHO de 2015

Cursos profissionalizantes fortalecem o currículoAlém do certificado profissional, capacitação traz experiências que podem facilitar a entrada

no mercado de trabalho e oferecer oportunidade de mudança.Bruna Ferrari e Luiza Bellotto

No último mês, moradores do Vista Bela e entorno perceberam a impor-tância da qualificação profissional participando de dois cursos que o DIST disponibilizou. O curso de Vigilante da PCT Treinamentos e o curso de Portaria do SENAC re-forçaram que, com a crescente exi-gência do mercado, independente da área de atuação, o importante é saber muito bem o que se faz no trabalho.

Vigilância é coisa sériaO curso de Vigilante da PCT, com duração de 20 dias, formou 12 alu-nos encaminhados pelo DIST. Eles receberam instrução em áreas como manuseamento de arma não-letal e convencional, técnicas de defesa pessoal, prevenção e combate a in-cêndio, primeiros socorros, e legis-lação. O objetivo do curso é formar profissionais para trabalhar como vigilante patrimonial, segurança de estabelecimentos e segurança pes-soal.

De acordo com o responsável pelas aulas de defesa pessoal, Josué Lima, o principal ensinamento do curso é a disciplina. Ele também ressalta a importância dos cuidados com a saúde depois do treinamento. “No curso, nós deixamos os alunos pron-tos para atuar nas áreas de vigilância e também ensinamos que é impor-tante continuar cuidando da saúde depois que sair daqui, para trabalhar e manter a qualidade de vida.”

Opinião de quem fezLenilton Salvador é um dos mora-dores do Vista Bela que fez o curso

de vigilante e afirma que o currículo agora está melhor para o mercado. “No momento, eu estava desempre-gado e apareceu esse curso. Eu achei a oportunidade boa, porque a gente nunca sabe que portas um curso as-sim pode abrir no futuro.”

Para Maycon da Silva, também mo-rador do Vista Bela, o curso foi mui-to bom. “Melhor do que eu esperava e trouxe várias experiências, além de uma boa formação”, disse. Já Marcos Oliveira, residente do mesmo bairro, se lembra da importância da qualifi-cação. “É uma experiência nova que aproveitamos ao máximo, nos capa-citamos porque as empresas exigem, por isso ficamos firmes até o final,”diz.

João Henrique Santana, morador do Vista Bela, conta que resolveu fazer o curso para não ser prejudicado no emprego novamente. “Eu já traba-lhava com vigilância, mas como não tinha o curso, fui mandado embora. Aí surgiu a oportunidade e fiz. Va-leu a pena.” Juliana Regina de Sou-za Lima fez o curso e provou que as mulheres também têm espaço na área. “Eu já pretendia fazer esse

curso, mas por questões financeiras não tinha conseguido ainda, foi en-tão que surgiu a oportunidade. Para mim foi inexplicável”, afirma a mo-radora do Vista Bela.

PortariaO curso de Aperfeiçoamento para Porteiro, ministrado pelo SENAC, teve duração de uma semana e foi realizado em sala de aula adaptada no Vista Bela. O principal ponto abordado pelo curso é o atendimen-to. Além disso, instruiu os alunos sobre direcionamento correto em casos de vazamento de gás, que stões de energia elétrica ou parte hidráu-lica, entre outros aspectos que fazem parte do cotidiano dos prédios e condomínios. No total, 29 pessoas receberam certificado do curso.

Para Camila Kauan, professora do SENAC e responsável pelo curso, o trabalho com o grupo foi surpre-endente. “Foi muito bom trabalhar com eles, me surpreendeu. Porque os alunos foram muito participa-tivos e receptivos, traziam sempre perguntas e exemplos para a aula.”

Sobre o mercado de trabalho para

porteiros, a professora afirma que é bom por ser democrático, já que não tem nem sexo ou idade estabelecida. Além disso, de acordo com Camila, a falta de experiência também não é um grande problema, visto que mui-tos lugares contratam para poder treinar a pessoa dentro das particu-laridades que procuram.

Novas oportunidadesTrabalhando há 20 anos com cos-tura, Ana Paula Souza Oliveira, moradora do Jardim Maria Celina, resolveu mudar de área e encontrou no curso uma nova oportunidade. “Pensei que trabalhar com portaria era ficar quieto em um quadradinho, mas tem que saber falar, lidar com as pessoas. Queria mudar e essa é uma área que gostei e na qual vou me dar bem.” Já Reginaldo Costa Teixeira, morador do Vista Bela, conta que re-solveu fazer o curso para incremen-tar o currículo. “Eu já fiz um curso de vigilância e queria me aperfeiçoar mais. Nesse, aprendemos muita coi-sa referente a lidar com as pessoas, coisas que não vi no outro curso. Vai agregar no meu currículo, já que eu quero entrar na área da segurança.”

Treinamento físico do curso de vigilante do PCT (esq.) e entrega dos certificados do curso de Aperfeiçoamento para Porteiro (dir.)

Foto: Bruna Ferrari

Foto cedida por Cam

ila Kauan

Page 5: InformAção 5ª Edição

5JUNHO de 2015

Incubadora Social do DIST vai desenvolver novas empresas locais

Iniciativa deve ser implantada até o final deste ano e foi desenvolvida para atender o potencial específico da região do Vista Bela

Bruna Ferrari

Criar uma empresa e ter suces-so no mercado exige mais do que uma boa ideia e vontade de fazer dar certo. Planejamento é essencial na hora de administrar um negócio e o apoio de quem já entende do assunto pode ser o diferencial entre crescer ou parar no meio do caminho. É pensan-do nisso que o Projeto DIST vai implementar no Vista Bela uma Incubadora Social.

Mas afinal, o que é uma incuba-dora social? Assim como um bebê que nasce e precisa da ajuda da incubadora para se fortalecer e crescer, uma nova empresa tam-bém precisa de apoio para entrar no mercado e é exatamente aí que entra a incubadora, oferecendo ao empresário suporte em áreas que ele não tem muito conhecimen-to. O caráter social da incubadora vem dela ter sido criada pensan-do no perfil do território onde irá atuar, ou seja, no Vista Bela. Assim, o objetivo principal é de-senvolver o potencial dessa região, gerando novas oportunidades dentro do território.

De acordo com a coordenadora do DIST, Celiane Carla Sella de Almeida, a incubadora vai tra-balhar em conjunto com outras ações do projeto. “A incubadora social foi pensada para que tanto os participantes da Escola DIST como das qualificações profissio-

nais, encontrassem um ambiente apropriado (instalação, estrutura, apoio administrativo, capacitações e treinamentos) para o desenvol-vimento de seus projetos profis-sionais, como a abertura de uma empresa, ou de um arranjo produ-tivo local”, afirma.

A Incubadora social do DIST é uma parceria do projeto com a Agência de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina (Aintec/UEL) que comporta a Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da UEL (Intuel). Ela é também um dos objetivos da meta 03 do DIST, que prioriza a profissionalização dos moradores e conta com o apoio da ACIL, SENAI E SEBRAE.

Edson Antonio Miura, diretor da Aintec, explica que não basta só

oferecer um serviço ou ideia para se ter uma empresa, é preciso pen-sar em todo processo. “A pessoa pode saber muito do negócio em si, mas por vezes não tem conheci-mento da área financeira, de como formalizar a empresa, de como atender bem o cliente, como fazer um pós-vendas. É nesse sentido que a incubadora atua, auxiliando o empreendedor, a como fazer um bom planejamento, oferecendo consultoria e treinamento, além da infraestrutura inicial para se começar um negócio.”

Os empreendimentos que farão parte da incubadora poderão ser de base tecnológica, como uma empresa de software, ou de outros segmentos, como prestação de serviço. Por exemplo, uma pessoa que trabalha com reparos elétri-cos, pode abrir uma empresa para

prestar esses serviços e, entrando na incubadora, ela receberá toda assistência física e administrativa para fortalecer o negócio.

A Incubadora do DIST está em processo de estruturação, ou seja, está sendo organizada desde o processo seletivo das empresas, que deve ser em setembro, até as regras que vão gerir a incubadora, além do perfil com o qual ela vai trabalhar. O prazo de incubação de cada empresa será de dois anos anos, logo, esse é o tempo que o empresário terá de consultoria, em que será avaliado o cresci-mento do negócio e os pontos que devem ser melhorados. Depois disso, estando o empreendimento estável, ele se gradua e segue no mercado. É como o bebê que sai da incubadora porque já consegue sobreviver sozinho.

Projeto de layout da incubadora social do DIST desenvolvido pelo Escritório de Design da Aintec (UEL)

Page 6: InformAção 5ª Edição

6JUNHO de 2015

Bruna Ferrari

Não bastasse as questões emocionais envolvidas no fim de um relacionamento, os casais que estão juntos legalmente ainda têm que lidar com o processo do divórcio. Assuntos que envolvem a separação de bens ou a guarda dos filhos nem sempre são resolvidas da maneira mais fácil, mas entender como funciona o processo pode torná-lo menos penoso. A defensora pública, Renata Tsukada, em entrevista ao InformAção, explicou vários aspectos desse processo. Confira:

Divórcio envolve questões legais que devem ser cuidadas com muita atenção

Além da decisão de se separar, é preciso conhecer o que a lei prevê e como funciona o processo do divórcio

Universidade Estadual de Londrina – UEL Rua Brasil, 742

Telefones: (043) 3324-6352 ou 3324-4202 De segunda à quinta-feira: das 07h30 às 12h e das 13h30 às 18h / Sexta-feira: triagem de casos novos (consultar datas de

triagem) - das 08h às 12h / das 13h às 17h

Consenso

Nem sempre os dois lados aceitam o fim da relação e isso pode com-plicar o processo. Renata explica que o tipo de divórcio muda quando é consensual, ou seja, quando ambos concordam com a separação, ou li-tigioso, quando a ação parte de um dos envolvidos. “O divórcio con-sensual pode ser realizado pela via judicial ou extrajudicial (mediante escritura pública, desde que haja assistência de advogado, cuja qua-lificação e assinatura constarão do ato notarial). Já o divórcio litigioso, apenas poderá ser realizado por in-termédio do Poder Judiciário.”

Separação e divórcio

É importante ressaltar que separação e divórcio são coisas di-ferentes. Separação é quando o casal não vive mais junto, mas, para que isso seja reconhecido perante a lei, o divórcio deve ser formalizado. “Antes da Emenda Constitucional nº 66/2010, o divórcio apenas seria possível após dois anos de separação de fato ou um ano após a separação judicial prévia. Após a Emen-da, o divórcio pode ser realizado independente de prévia sepa-ração”, afirma a defensora Renata Tsukada.

Na Comarca de Londrina da Defensoria Pública, não existem defensores públicos responsáveis pela Vara da Família, ou seja, que trabalhem com processo de divórcio, no entanto, a defensoria está disponível para tirar dúvidas da população em qualquer questão jurídica. A Defensoria Pública de Londrina fica na Rua Brasil, 1032 e atende de segunda à quinta-feira, das 08h30 às 13h30. O telefone para contato é (43) 3337-7680. Além da Defensoria Pública, várias universidades de Londrina possuem Núcleos de Atendimento Judicial, que também trabalham com atendimento e orientação jurídica gratuita:

Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC/PR

R. Ana Nery, 300 - 4º andar Tel.: (43) 3341-2800 Atendimento: 08h30 às 11h30 - 13h30 às 17h30 / Novos casos serão agendados a partir

de 15 de agosto.

Centro Universitário Filadélfia – Unifil

Rua Itararé, 10 / Horário de atendimento: Segunda a Sexta, das

08h às12h - 13h às 20h30 Telefone: 3375 – 7514 / Novos casos serão agendados a partir de Agosto.

Os bens

A maneira como será feita a divisão dos bens do casal varia de acordo com o tipo de divórcio. “Não existe regra nas hipóteses de divórcio consensual, prevalecendo a vontade das partes. Em geral, nos casos litigiosos os bens são divididos de acordo com o regime de bens adotado”, afirma Renata.

Protegidos pela lei

Segundo Renata Tsukada, tanto casamento, quanto união estável são espécies de famílias reconheci-das e protegidas pela Constituição da República. A defensora relata que o casamento religioso produz efeito legal a partir do registro, de acordo com as exigências da lei. Já a união estável é caracterizada pela convivência com objetivo de consti-tuir família. “A convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituição de família, independente do sexo das partes, configura união estável, re-sultando na aplicação do regime da comunhão parcial de bens”, ressalta.

Page 7: InformAção 5ª Edição

7JUNHO de 2015

Dizer a verdade é a melhor opção quando o assunto é divórcio e filhos

Psicólogo afirma que conversar abertamente com as crianças é o meio mais eficaz de passar por essa situação

Luiza Bellotto

Estou pensando em me separar, mas tenho filhos, e agora? Como decidir sobre isso e ainda comu-nicar a eles? Essa é uma dúvida frequente de muitos pais que es-tão pensando no divórcio. As si-tuações podem até se tornar um entrave na vida a dois caso não consigam conversar com as crian-ças.

Segundo o psicólogo Claudinei Silvano, o diálogo é a chave, ain-da mais quando os filhos são pe-quenos e os pais têm medo de que eles não entendam ou não acei-tem, já que o assunto divórcio é muito delicado. Claudinei explica que mesmo que possa ser uma si-tuação traumática para os filhos, é uma situação que não pode passar despercebida, independente da idade. “Por conta da idade, cada criança tem um nível de com-preensão diferente, por isso é im-portante que se procure explicar de uma maneira que a criança en-tenda. É preciso esclarecer o por-quê da separação, sendo o mais objetivo possível”, afirma.

Além disso, o psicólogo explica que, em consequência a esse processo, a criança pode mudar de comportamento, ficando mais carente, agressiva e até mesmo mais fechada. “Quando há a separação, de alguma forma, a criança passa pela frustração da perda, pelo sentimento de perda. A criança vai passar por um processo de adaptação. Por

isso, é necessário ter paciência com esse momento, deixando claro que o que vai terminar é a relação marido e mulher, não de pai e mãe. Existe ex-marido e ex-mulher, não existe ex-pai e ex-mãe”, salienta.

Um casamento instável pode ge-rar muitos conflitos dentro de casa. Por conta disso, o psicólogo também ressalta que um ambien-te onde há muitas brigas pode ser mais prejudicial para a crian-ça. “Em casos extremos, existem até agressões entre o casal. Um ambiente tumultuado pode cau-sar traumas ainda mais sérios. É importante avaliar até que ponto é compensatório viver junto. A separação, em alguns casos, é até menos traumática para a criança”, completa.

Questões legais

Outras dúvidas muitos frequentes sobre um divórcio são em relação aos deveres e obrigações legais dos pais com os filhos. Segundo a defensora pública Renata Tsuka-da, o divórcio não extingue o po-der familiar de nenhum dos pais e todas as obrigações decorrentes são mantidas.

Mesmo que haja a separação, tan-to o pai quanto a mãe continuam sendo responsáveis legais por seus filhos. “Quando um casal se sepa-ra, nos casos em que existem fi-lhos menores de 18 anos, a guarda deve ser regulamentada. A regra no Código Civil é que a guarda

seja compartilhada, mas nada im-pede que as partes estabeleçam essa decisão de forma diferente ou que o Magistrado determine outra coisa”, afirma.

Pensão

No Brasil, a falta de pagamento de pensão alimentícia para os fi-lhos de casais separados pode le-var à cadeia. O valor pago é esti-

pulado levando em consideração as necessidades de quem recebe a pensão, como questões de saúde e idade, além das condições eco-nômicas de quem paga. “O pai ou mãe que não efetua o pagamento correto dos alimentos pode ser demandado judicialmente, inclu-sive acarretando a sua prisão civil, nos termos do artigo 733 do Có-digo de Processo Civil”, acrescen-

Um exemplo de atitude

Muitas famílias brasileiras passam por todos esses pro-blemas do divórcio, porém eles podem ser resolvidos. É o caso de Maria da Silva*, de 43 anos, que se separou quan-do seus filhos tinham 5 e 3 anos de idade. Segundo Ma-ria, a conversa foi essencial para que as crianças pequenas pudessem compreender o que estava acontecendo. “Durante 6 meses conversei com eles sobre a separação, mesmo os dois sendo muito pequenos. Dizia-lhes que eu não moraria mais com o pai deles, mas que o pai ainda continuaria aman-do os dois e vendo os dois, que eles não perderiam o vínculo paterno e com sua família”, conta.

Maria também dá a dica de como os pais podem ajudar os filhos a passarem por todo esse processo, e lembra que o diálogo sincero é sempre o

melhor caminho. “Não é pre-ciso envolvê-los em detalhes da relação dos pais, mas dei-xar sempre claro que os pais continuarão sendo pais e que não ser mais casado não é im-pedimento para que ambos os relacionamentos sejam bons”, termina.

Para que um casal passe por esse momento de forma me-nos penosa possível, Maria trouxe também um recado: “É importante ter paciência para que a separação seja ami-gável. A separação litigiosa é sempre penosa para todos. Às vezes vale mais a pena ganhar menos numa separação, para ganhar mais em paz e harmo-nia, que é super importante para os filhos. Assim, brigas e discussões ferrenhas na fren-te das crianças, que só trazem mais tristeza a todos, podem ser evitadas”.

*Nome f ictício para não exposição da fonte.

Page 8: InformAção 5ª Edição

8JUNHO de 2015

Associação: juntos por um bairro melhorBruna Ferrari

Muitos moradores reconhecem em seus bairros vários problemas estru-turais, como a falta de manutenção em uma praça, a ausência de uma escola ou de um posto de saúde e até mesmo, a falta de algum serviço pú-blico, como coleta de lixo. Mas além de reconhecer, é importante enten-der quais são os melhores meios para buscar soluções para esses pro-blemas e é aí que as associações de bairro podem ser uma boa opção. Uma associação é formada pela união de moradores com intuito de melhorar as condições de vida em um determinado local. Ao contrá-rio do que algumas pessoas podem pensar, ela não é apenas um grupo, mas sim uma entidade política, que pode representar as necessidades do bairro, seja em questões sociais, am-bientais, econômicas ou políticas.

Para ser legítima, a associação deve ter um estatuto, em que é definido seu nome, objetivos, os requisitos de admissão ou exclusão dos associa-dos, quais são os direitos e deveres de cada participante, de onde vem o dinheiro usado para manter a as-sociação e como será organizada a gestão. Além disso, ela deve ser re-gistrada em cartório e cadastrada na Secretaria da Receita Federal, onde obtém o Cadastro Nacional de Pes-soa Jurídica (CNPJ).

A participação dos moradores na associação não é restrita aos asso-ciados, como explica a advogada e coordenadora do Projeto DIST, Celiane Carla Sella de Almeida. “Os moradores, mesmo que não

façam parte da associação como membros da diretoria ou do conse-lho fiscal, podem participar de todas as decisões sobre seu bairro nas as-sembleias gerais, que são reuniões que devem ocorrer frequentemente. Eles podem pedir melhorias coleti-vas para o bairro, por exemplo.” Um dos papéis da associação é levar as demandas dos moradores para os responsáveis nos órgãos públicos e pedir, em nome da comunidade, que prestem contas sobre o assun-to. Outro papel importante que a associação pode exercer é procurar empresas privadas para formar par-cerias que tragam melhorias para os bairros, como uma campanha de plantio de árvores, um mutirão de limpeza ou mesmo, uma política de emprego para os moradores da re-gião. Todas são possibilidades que podem ser propostas pelos morado-res por meio da associação. Integrante da Associação dos Mo-radores do Jardim Tarobá e Ca-sagrande, de Cambé, Laudisio Hrescak, conta que a associação foi o meio pelo qual os moradores conseguiram vários avanços nos bairros. “Temos vários projetos na associação, como o censo do bairro, a reciclagem e a caçamba comuni-tária. Com o nosso trabalho, conse-guimos também aumentar o salão da casa comunitária e melhorar as instalações. Nesse salão temos tam-bém projetos como a ginástica para adultos e idosos.” A associação é um meio pelo qual o bairro pode começar a ser inserido em outras discussões da sociedade,

de acordo com a advogada Celiane Carla. “Quando o bairro tem uma associação, é a ela que todos os in-teressados se dirigem, tanto a popu-lação, quanto os órgãos públicos e privados. Ela é chamada a participar de fóruns de cidadania, de conferên-cias, de encontros importantes para sua inclusão na cidade,” explica. Ce-liane ainda defende que apesar de o bairro poder ter mais de uma asso-ciação, o ideal é que os moradores se organizem juntos, pois uma divisão pode tirar a credibilidade na hora de representar o bairro. José Silvestre Gonçalo, que é presi-dente da Associação de Moradores e Amigos do Vista Bela, conta que decidiu formar a associação, pois es-tava preocupado com o bairro. “O objetivo da associação é correr atrás de coisas como escola, creche. Sem-pre participo de reuniões em órgãos públicos em que cobro ações para a melhoria do bairro.” Ele ressalta que quem tiver interesse e participar da Associação do Vista Bela, deve pro-curá-lo. “Se alguém tiver problemas ou sugestões, a Associação está de portas abertas. Ela foi feita para a comunidade.” As associações são o meio pelo qual os moradores podem trabalhar jun-tos para conseguir aumentar a qua-lidade de vida no bairro, seja cobran-do o poder público nas suas funções ou organizando ações com a própria comunidade, como eventos e muti-rões. Cuidar do bairro onde se mora é tão importante quanto cuidar da própria casa e trabalhar em conjun-to pode ser a solução para melhor a vida de toda comunidade.

Marcos Gomes

A Unimed de Londrina organi-zou uma campanha de doação de roupas destinada ao Projeto DIST, que fará a distribuição aos moradores do Vista Bela e bairros do entorno. Ao todo foram mais de 900 peças arrecadadas, entre roupas, sapatos e cobertas.

A assistente de Responsabilidade Social da Unimed, Aliny Maren-daz, conta que a campanha de ar-recadação de agasalho é uma indi-cação da Unimed do Brasil e que a parceria em outras ações com o DIST foi essencial para que o projeto fosse escolhido como des-tino das arrecadações. “Quando pensamos em um projeto para fa-zer a entrega, lembramos da im-portância do DIST com o bairros que atua. Muitas vezes, as pessoas precisam de apoio e pela serieda-de do Projeto decidimos oferecer essas doações, que posteriormente serão destinadas aos moradores”, explica.

As doações serão repassadas para a comunidade por meio de um bazar gratuito, que será realizado no dia 21 de junho. Mais infor-mações serão divulgadas próximo a data do evento.

Campanha da Unimed arrecada

doações

Divulgação Campanha do agasalho Unimed

Foto: Marcos G

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