infopi 2013 - minicurso - a bioinformática na cura de doenças

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Prof. Ricardo Martins Ramos * A Bioinformática na cura de doenças * Prof. Dr. Genética e Toxicologia Aplicada ULBRA-RS Linha de Pesquisa Bioinformática Estrutural E-mail: [email protected]

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Page 1: InfoPI 2013 - Minicurso - A Bioinformática na Cura de Doenças

Prof. Ricardo Martins Ramos *

A Bioinformática na cura de doenças

* Prof. Dr. Genética e Toxicologia Aplicada ULBRA-RS

Linha de Pesquisa Bioinformática Estrutural

E-mail: [email protected]

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Visão Holística

I - Conceitos básicos

Conceitos básicos de biologia molecular e genética.

II - Bioinformática

Introdução à bioinformática e suas ferramentas.

III - Bioinformática Estrutural

Introdução à bioinformática estrutural e métodos.

IV - A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Conceitos básicos.

V - Parte prática

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1. Conceitos básicos

Corpo - 6

Célula - 5

Núcleo - 5

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1. Conceitos básicos

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1. Conceitos básicos

Genoma - 5

É toda a informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA (ou, em alguns vírus, no RNA), isto inclui tanto os genes como as sequências não-codificadoras.

É uma sequência de DNA completa de um conjunto de cromossomos.

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1. Conceitos básicos

Cromossomos - 4

É uma longa sequência de DNA, que contém vários genes, e outras sequências de nucleotídeos com funções específicas nas células dos seres vivos.

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1. Conceitos básicos

Gene - 3

Um segmento do DNA que codifica para uma proteína, que codifica por sua vez para um traço (tom da pele, cor dos olhos, e outros).

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1. Conceitos básicos

DNA - 2 e 1 Ácido desoxirribonucléico

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1. Conceitos básicos

A molécula de DNA é constituída por uma sequência de nucleotídeos que são formados por: - um açúcar; - um grupo fosfato; - e uma base nitrogenada.

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1. Conceitos básicos

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1. Conceitos básicos

Dogma Central

Replicação: duplicação do material genético - DNA - Divisão celular.

Transcrição: formação do RNA a partir da informação contida no

DNA - Parte da informação genética contida no DNA é transcrita em

uma molécula de RNA.

Tradução: Formação de proteínas a partir da informação contida no

RNA - ribossomos.

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1. Conceitos básicos

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1. Conceitos básicos

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2. Bioinformática

Definições

“A bioinformática é uma nova disciplina científica com raízes nas ciência da computação, na estatística e na biologia molecular.” “A bioinformática desenvolveu-se para enfrentar os resultados das iniciativas de seqüenciamento de genes, que produzem uma quantidade cada vez maior de dados sobre proteínas, DNA e RNA.”

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2. Bioinformática

Definições

“Os biólogos moleculares passaram a utilizar métodos estatísticos capazes de analisar grandes quantidades de dados biológicos, a predizer funções dos genes e a demonstrar relações entre genes e proteínas.”

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2. Bioinformática

Definições

Segundo Luscombe, Greenbaum e Gerstein, “bioinformática” é o ato de “conceitualizar” a biologia, na sua vertente molecular, e de lhe aplicar “técnicas informáticas” (derivadas de disciplinas como matemática aplicada, ciência da computação e estatística), de forma a entender e organizar a informação associada com tais moléculas, em larga escala.

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2. Bioinformática

Definições

A bioinformática (ou biocomputação) combina conhecimentos de química, física, biologia, engenharia genética e ciência da computação para processar dados biológicos.

A Biologia Computacional visa à investigação de hipóteses-dirigidas para problemas biológicos específicos, usando ferramentas computacionais, a partir de dados experimentais e simulados.

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2. Bioinformática

De acordo com um artigo publicado no MIT's Technology Review, atualmente essa área da ciência ainda está na primeira infância. A biocomputação está mais ou menos onde estavam os pioneiros da computação em 1920.

Hoje, a afirmação de Harold Morowitz que diz que "A Computação está para a Biologia da mesma forma que a Matemática está para a Física" é mais do que

comprovada.

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2. Bioinformática

Genômica - é um ramo da bioquímica que estuda o genoma completo de um organismo. Essa ciência pode se dedicar a determinar a seqüência completa do DNA de organismos ou apenas o mapeamento de uma escala genética menor. Projeto Genoma Humano

Proteômica - o proteoma, em analogia ao genoma, é o conjunto de proteínas de um organismo.

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2.1 Ferramentas para a Bioinformática

Pesquisa biológica na Web

- NCBI (Centro Nacional de Informações de Biotecnologia) http://www.ncbi.nlm.nih.gov/

- PubMed Central (artigos científicos gratuitos)

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2.1 Ferramentas para a Bioinformática

Banco de dados biológicos públicos

1979 - GSDB (Gene Sequence Database) – primeiro banco de dados de seqüência de DNA - Los Alamos USA.

1995 - Crescimento do GenBank = Projeto Genoma Humano + Avanço na tecnologia de sequenciamento

GenBank = EMBL + DDBJ + NIH (cooperação) http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/genbankstats.html

EMBL - Laboratório de Biologia Molecular Europeu

DDBJ - Banco de Dados de DNA do Japão

NIH - Instituto Nacional de Saúde USA

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2.1 Ferramentas para a Bioinformática

Alinhamento de sequências

O problema de encontrar alinhamentos entre

sequências ocupa uma posição de destaque em

Bioinformática. Alinhamentos são usados para:

- comparações de sequências, para construção de

árvores evolutivas (“árvores filogenéticas”);

- e para predicão de estrutura secundária de

moléculas de RNA e de proteínas

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2.1 Ferramentas para a Bioinformática

Alinhamento de sequências (par-a-par)

O volume de dados contidos nos repositórios públicos é

enorme e continua crescendo. É imprescindível, portanto,

que haja alguma ferramenta que facilite o processo de

comparação de uma nova seqüência com as seqüências já

conhecidas. Dentre as ferramentas existentes destaca-se o

BLAST (Basic Local Alignment Tool), que é a ferramenta mais

popular de comparação de seqüências de DNA com os bancos de dados

genômicos.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/blast/Blast.cgi

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2.2 Aplicações da Bioinformática

As recentes aplicações da bioinformática atingem hoje todas as áreas do conhecimento relacionadas com a vida e vão desde a: - medicina (diagnóstico e tratamento); - farmácia (desenvolvimento de novos fármacos); - biotecnologia (controle de qualidade e desenvolvimento e aplicação de novos produtos); - agricultura (aumento da produtividade e melhoria dos alimentos).

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3. Bioinformática Estrutural

Definições

“A bioinformática estrutural é formada pela intersecção de

três grandes áreas: bioinformática, modelagem molecular e

biologia molecular estrutural.”

Embora métodos tradicionais de anotação funcional

trabalhem somente com as seqüências protéicas, sabe-se que

é a estrutura tridimensional de uma proteína, não

simplesmente a sua seqüência, que determina a sua atividade.

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3. Bioinformática Estrutural

A estrutura 3D de uma proteína pode ser obtida por

métodos experimentais (e.g. cristalografia de raios-X

e ressonância magnética nuclear - RMN).

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3. Bioinformática Estrutural

Banco de dados biológicos públicos

O Protein Data Bank (PDB), San Diego USA, armazena as estruturas moleculares de proteínas. http://www.pdb.org/pdb/home/home.do

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3. Bioinformática Estrutural

Para se obter a estrutura 3D de uma proteína por métodos

experimentais é necessário que, além do emprego de um método

adequado de determinação estrutural, a macromolécula tenha sido

previamente isolada, identificada e seqüenciada.

Como conseqüência, os requisitos necessários para que a estrutura de

uma proteína seja determinada experimentalmente implicam um

elevado custo econômico e de tempo.

Ainda, em alguns casos, a obtenção da estrutura 3D de uma proteína é

inacessível a partir das metodologias conhecidas.

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3. Bioinformática Estrutural

Modelagem por homologia

Métodos de modelagem por homologia permitem

construir modelos 3D de proteínas cujas estruturas

não foram resolvidas experimentalmente.

http://www.salilab.org/modeller/

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Para desenvolver um fármaco contra uma

determinada doença, é necessário selecionar uma

proteína associada à doença, de forma que ele seja

terapeuticamente interessante para afetar sua função

ou expressão.

Page 32: InfoPI 2013 - Minicurso - A Bioinformática na Cura de Doenças

4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

A farmacologia sempre teve um forte componente

estrutural, isso devido à estrutura tridimensional de

fármacos ser crítica para o entendimento de

mecanismos de ação e para o projeto de

desenvolvimento de fármacos. http://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

O conhecimento de genomas virais e procarióticos

auxilia na identificação de alvos para fármacos contra

doenças infecciosas.

Genômica e proteômica diferenciais, as comparações

entre humanos ou animais sadios e doentes, podem

indicar que proteína em particular está faltando, não

está funcional, está mal regulada ou expressa somente

nas células afetadas.

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Um problema central no desenvolvimento de

fármacos é a identificação de um composto que se

ligará forte e especificamente à proteína alvo.

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Docagem molecular (docking)

É a predição da ligação do ligante a uma proteína. Os

objetivos da docagem molecular são:

- identificar o sítio de ligação na proteína e

determinar a posição e orientação do ligante;

- estimar a afinidade de ligação.

http://autodock.scripps.edu/

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Triagem virtual (virtual screening)

Objetiva utilizar ferramentas computacionais para

estimar a priori, de um banco de dados inteiro de

compostos (ligantes) já existentes, aqueles que são

mais suscetíveis de ter alguma afinidade com uma

proteína (o alvo).

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4. A Bioinformática na descoberta e no desenvolvimento de fármacos

Simulações de Dinâmica Molecular

Existem ferramentas que permitem simular a

dinâmica de proteínas, livres ou complexadas a um

ligante (fármaco).

http://www.gromacs.org

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Prática

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Prática

1 - Fazer uma busca sobre protease do HIV no NCBI.

2 - Pegar o resultado 07.

3 - Copiar a seqüência de nucleotídeos.

4 - Ir para o BLAST e colar a seqüência.

5 - Copia a sequência de aminoáciodos da proteína

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Prática (cont)

6 - Ir para o PDB e buscar as seqüências de estruturas de proteínas.

7 - Baixar o arquivo .pdb para o notebook.

8 - Visualizar a estrutura com o Swiss PDBViewer.

9 - Ir para o PDB e buscar a estrutura 1W5X.

10 - Fazer um fit entre as estruturas no PDB.

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Livros

Desenvolvendo Bioinformática Cynthia Gybas & Per Jambeck, Ed. Campus Introdução à Bioinformática Arthur M. Lesk

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Obrigado!