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Infância Roubada Diana Semblano Coimbra, Maio 2010

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Page 1: Infância Roubada · Infância Roubada Fontes de Informação Sociológica Título: Infância Roubada Autora: Diana Janete da Cunha Semblano N.º de Estudante: 2009110154 1.º Ano

 

 

   

Infância Roubada

Diana Semblano 

Coimbra, Maio 2010 

Page 2: Infância Roubada · Infância Roubada Fontes de Informação Sociológica Título: Infância Roubada Autora: Diana Janete da Cunha Semblano N.º de Estudante: 2009110154 1.º Ano

Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica    

 

Título: Infância Roubada 

Autora: Diana Janete da Cunha Semblano 

N.º de Estudante: 2009110154 

1.º Ano 

Licenciatura em Sociologia  

Trabalho  elaborado  no  âmbito  da  disciplina  de  Fontes  de  Informação 

Sociológica sob a orientação do docente Paulo Peixoto. 

 

Imagens da capa retiradas De: 

http://arrotos.files.wordpress.com/2009/05/trabalho‐infantil.jpg 

http://palavrassussurradas.net/wp‐content/uploads/trabalho‐infantil.jpg 

 

Coimbra, Maio de 2010 

Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra 

 

 

 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica    

 

 

 

 

 

“Num mundo onde é tão difícil existir uma

causa que una corações e pensamentos, façamos

da erradicação das piores formas de trabalho

infantil uma causa partilhada por todos”

 

(Juan Somavia 

Director‐geral da Organização Internacional do Trabalho)  

 

 

 

 

 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica    

Índice  

 

1. Introdução……………………………………………………………………………………………...1  2. Desenvolvimento…………………………………………………………………………………….3   

2.1 Estado das Artes………………………………………………………………………………...3       2.1.1 Definição de Trabalho Infantil……………………………………………………...3       2.1.2 Piores Formas de Exploração ao Trabalho Infantil……………………….7        2.1.3 Formas de Combate ao Trabalho Infantil………………………………………9  2.2 Descrição Pormenorizada do Processo de Pesquisa …………………………. 11  

3. Ficha de Leitura ……………………………………………………………………………………13   4. Avaliação de uma Página de Internet ……………………………………………………. 16  5. Conclusão……………………………………………………………………………………………...18  6. Referências Bibliográficas……………………………………………………………………...19   

 

 

 

Anexo A 

Texto de suporte da ficha de leitura 

 

Anexo B 

Página de Internet avaliada 

 

 

 

 

 

 

 

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Fontes de Informação Sociológica  Página 1  

1. Introdução  

O trabalho infantil é hoje reconhecido como um dos principais desafios a 

ser erradicado.  

Como  refere  José  António  Vieira  da  Silva  (apud  Carvalho  2008:9),  a 

exploração do trabalho infantil ocorre à escala mundial, não existindo apenas nos 

países em vias de desenvolvimento, mas também nos países em que os progressos 

económicos são mais evidentes. É de realçar que tanto as consequências visíveis do 

trabalho  infantil,  como  as  não  visíveis,  cobram  uma  taxa muito  pesada  no  bem‐

estar e no desenvolvimento, presente e futuro, das crianças, das suas famílias, das 

comunidades e países. 

O  trabalho  infantil  “rouba”  às  crianças  a  sua  infância  e  impede  o  seu 

desenvolvimento, pois muitas  crianças que  trabalham são privadas dos  cuidados 

de saúde, de protecção contra a violência e do acesso à escola.  

Combater o trabalho infantil deve ser uma responsabilidade de todos, pois 

todos  devemos  garantir,  que  as  crianças  não  são  domesticadas  e,  deste  modo, 

incumbe‐nos  lutar  contra  as  piores  formas  de  trabalho  infantil,  pois,  muitas 

tendem a ser exploradas por adultos, estando sujeitas a frequentes abusos e maus‐

tratos, colocando a sua dignidade humana em causa, estando sujeitas a um silêncio 

ensurdecedor. Assim, “espera‐se que a crescente tomada de consciência individual 

e  colectiva  sobre  este  problema  social  se  reflicta,  de  facto,  numa  mudança  de 

atitudes e de acções que contribuam, aos mais diversos níveis, para o seu efectivo 

combate.” (Silva apud Carvalho, 2008)  

Escolhi o tema “Combate ao Trabalho Infantil em Portugal”, intitulado por 

Infância Roubada, onde abordo o trabalho infantil em Portugal, pois apesar de ser 

uma  realidade  bem  actual  nas  nossas  vidas, muitas  vezes  não  está  presente  nos 

nossos pensamentos. Porém, esta problemática deve ser motivo de preocupação da 

sociedade actual.  

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Fontes de Informação Sociológica  Página 2  

Formulei  o meu  estado  das  artes  da  seguinte  forma:  “2.1.1  Definição  de 

trabalho infantil”; “2.1.2. Piores formas de exploração do trabalho infantil”; “2.1.3. 

Formas  de  combate  ao  trabalho  infantil”.  De  seguida,  faço  a  descrição 

pormenorizada  do  processo  de  pesquisa,  seguidamente,  a  ficha  de  leitura  e, 

posteriormente, a avaliação de uma página de Internet.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Fontes de Informação Sociológica  Página 3  

2. Desenvolvimento

2.1.Estado das Artes

2.1.1. Definição de Trabalho Infantil

 

A problemática do trabalho infantil é hoje uma realidade bem presente no 

nosso dia‐a‐dia, estando muitas vezes associada a práticas de exploração e violação 

dos direitos das crianças. 

O  trabalho  infantil  é  encarado de duas  perspectivas  diferentes.  Para  uns 

representa uma forma de explorar e escravizar as crianças, sendo encarado como 

uma ameaça para o  seu desenvolvimento. Para outros é visto,  como um meio de 

socialização e aprendizagem.  

Como refere  José António Fialho  (2003: 34) o conceito de criança “não é 

pacífico  nem  igual  em  todos  os  lugares  e  épocas,  pois  nas  chamadas  sociedades 

desenvolvidas certos tipos de actividades têm de ser realizadas para que um jovem 

passe à idade adulta”, ou seja, ter atingido a idade mínima, que dá direito ao voto. 

Segundo a Organização Internacional do Trabalho, a definição do trabalho 

infantil  integra várias vertentes, ou seja,  “é o  trabalho desenvolvido por menores 

que não tenham atingido uma determinada idade, que prejudica a sua saúde e/ou o 

desenvolvimento físico, mental,  intelectual, moral e social, bem como, a educação 

escolar”. (OIT apud Fialho, 2003) 

A OIT preocupa‐se  com as  condições de vida dos  jovens  trabalhadores  e 

com  os  aspectos  do  trabalho  infantil,  empenhando‐se  sucessivamente  no  estudo 

das  crianças  que  trabalham e no  apoio  à  enunciação  e  adopção de  instrumentos 

que  possibilitem  a  destruição  imediata  do  trabalho  nocivo  e  a  protecção  das 

crianças mais melindráveis.  

O trabalho infantil é qualquer tipo de “actividade produtiva desenvolvida 

por  crianças  fora  do  sistema  educativo,  independentemente  da  sua  natureza, 

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duração e condições em que se verifica”. Porém, sendo este conceito analisado do 

ponto  de  vista  jurídico,  remete‐nos  para  uma  “espécie  ilícita  da  actividade  dos 

menores”.  Do  ponto  de  vista  sociológico,  o  conceito  de  trabalho  infantil  é  mais 

abrangente,  ou  seja,  é  todo  o  “trabalho  desenvolvido  por  uma  criança  numa 

empresa, mas  também,  o  trabalho  domiciliário,  as  tarefas  domésticas  e  todos  os 

tipos  de  trabalho  que  envolvam  mão‐de‐obra  infantil,  quer  seja  por  conta  da 

família ou trabalho por conta de outrem”. (Fialho 2003: 36)  

Assim  sendo,  o  conceito  de  trabalho  infantil  coincide  com  a  “prática  de 

uma  actividade  económica,  desenvolvida  durante  pelo  menos  uma  hora,  por 

menores  com  idades  compreendidas  entre  os  6  e  os  15  anos”. Metodizando,  são 

“todas as actividades desenvolvidas por crianças com idades compreendidas entre 

os  6  e  os  15  anos  de  idade,  que  se  consideram  ter  efeitos  negativos  na  saúde, 

educação  e  normal  desenvolvimento  da  criança.  Os  efeitos  negativos  na  saúde 

dizem  respeito  ao  facto  da  actividade  desenvolvida  poder  originar  situação  de 

doença,  lesões,  acidentes,  problemas  crónicos  e  impedir  o  seu  normal 

desenvolvimento  fisco;  a  afectação na educação diz  respeito  ao  prejuízo  causado 

relativamente  à  assiduidade  escolar  e/ou  aproveitamento  escolar;  no  normal 

desenvolvimento  da  criança,  remete‐nos  para  a  inexistência  de  tempos  livres  e 

inviabilidade  em  o  menor  praticar  actividades  desportivas,  sociais  e  culturais.” 

(Fialho, 2003: 37) 

Todos os países possuem as suas próprias leis laborais e regulamentação 

que favorecem a educação das crianças e o seu desenvolvimento até à idade adulta. 

Deste modo, “o quadro normativo essencial do trabalho de menores está previsto 

no  regime  jurídico  português  do  contrato  individual  de  trabalho”  que  define  a 

“idade mínima de admissão para prestar  trabalho é de 16 anos; os menores com 

idade inferior a 16 anos que tenham concluído a escolaridade obrigatória podem 

prestar  trabalhos  leves;  os  menores  com  16  anos,  que  não  tenham  concluído  a 

escolaridade  obrigatória,  podem  prestar  trabalho  em  condições  que  não 

prejudiquem a conclusão daquela escolaridade” (Fialho, 2003: 42).  

É  considerado  trabalho  leve a  actividade  integrada por  tarefas  simples  e 

definidas que subentendam conhecimentos elementares e não imponham esforços 

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físicos ou mentais que coloquem em risco a saúde e o desenvolvimento global do 

menor.  Porém,  não  é  trabalho  leve,  aquele  que  seja  proibido  ou  condicionado  a 

menores, que exceda as  sete horas diárias ou  trinta e  cinco horas  semanais,  seja 

executado  entre  as  vinte  horas  e  as  sete  horas  do  dia  seguinte,  contenha  um 

descanso semanal  inferior a dois dias e  comporte um período de mais de quatro 

horas seguidas sem ser suspenso por um intervalo nunca inferior a uma hora. São 

disto  exemplo,  o  fabrico  de  explosivos,  trabalhos  em  subterrâneos,  trabalhos  de 

demolição, movimentação de cargas, entre outros.  

Assim, verificamos que só pode ser aceite a prestar  trabalho os menores 

que  tenham  completado  16  anos,  bem  como,  a  escolaridade  obrigatória  e 

disponham  de  capacidade  física  e  psíquica,  ajustados  ao  posto  de  trabalho, 

devendo ser certificado por exame de saúde. 

O artigo 69.º n.º3 da Constituição da República Portuguesa consagra como 

direito  fundamental  a  proibição  do  trabalho  de  menores  em  idades  escolar, 

constituindo um elemento de combate contra a discriminação e a opressão sobre 

as crianças e os jovens. 

Por trabalho infantil, considera‐se as actividades regulares efectuadas pela 

criança,  para  produzir  bens  ou  serviços,  pagos  ou  não  pagos,  mas  geradora  de 

riqueza.  (Lopes  e  Goulart,  2005:  157)  Torna‐se  inquietante  como  o  exercício 

regular das actividades se mostra prejudicial para a obtenção do sucesso escolar.  

É ao Estado que compete garantir o direito da criança à educação, na base 

de  igualdade  de  oportunidades.  Assim,  a  Lei  de  Bases  do  Sistema  Educativo, 

alargou a escolaridade até aos 15 anos no sistema educativo. Deste modo, até aos 

15 anos os menores, devem frequentar a escolaridade obrigatória, sendo interdito, 

até esta idade, o trabalho de menores.     

Segundo José António Vieira da Silva (apud Carvalho, 2008: 10), o combate 

à exploração do trabalho infantil é conjuntamente uma batalha pela escolarização e 

pela qualificação,  “  (…) as crianças que  trabalham em situação de exploração são 

(…) filhos de famílias pouco escolarizadas e que desvalorizam ou são indiferentes 

aos percursos  escolares dos  filhos,  perpetuando‐se um ciclo de  desqualificação e 

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risco de exclusão. (…) A aposta na valorização da escolaridade, tanto pelas crianças 

e jovens como pelas suas famílias, e uma mais forte representação social do valor 

da  educação  e  formação  constituem  factores  determinantes  de  combate  ao 

trabalho infantil.  

Em  suma,  o  trabalho  infantil  pode  ser  encarado  como  uma  das 

manifestações  da  pobreza  infantil,  devido  a  vários  factores,  tais  como:  o 

empobrecimento  familiar,  a  falta  de  escolarização  e  de  qualificação.  Assim,  o 

trabalho  infantil pode “constituir um dos reflexos da  transmissão  intergeracional 

da desigualdade ou mesmo da pobreza”. (Lopes e Goulart, 2005: 17) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Fontes de Informação Sociológica  Página 7  

2.1.2. Piores formas de exploração do trabalho infantil

Segundo o artigo 32º da Convenção sobre os Direitos da Criança (1990), a 

criança  tem  «o  direito  de  ser  protegido  contra  a  exploração  económica  ou  a 

sujeição  a  trabalhos  perigosos  ou  capazes  de  comprometer  a  sua  educação, 

prejudicar a sua saúde ou o seu desenvolvimento  físico, mental, espiritual, moral 

ou social». (Carvalho, 2008:146) 

A  Organização  Internacional  do  Trabalho  (OIT)  consagrou  a  Convenção 

relativa  à  interdição  das  Piores  Formas  de  Trabalho  das  Crianças  e  à  acção 

imediata com vista à  sua eliminação,  tendo sido adoptada no dia 17 de  Junho de 

1999.  

Segundo a Convenção, o termo “criança” aplica‐se a todas as pessoas com 

menos de 18 anos. 

“Escravatura, tráfico, venda, servidão por dívida, prostituição, pornografia, 

envolvimento em actividades  ilícitas e redes criminosas ou recrutamento forçado 

para conflitos armados são exemplos das piores formas de trabalho infantil”, sendo 

que as piores formas de trabalho são um problema social com visibilidade em todo 

o  mundo,  sendo  que  a  problemática  do  trabalho  infantil  está  associada  às 

condições sociais de cada país. (Carvalho, 2008:146) 

De  acordo  com  a  Convenção  n.º182,  relativa  à  Interdição  das  Piores 

Formas de Trabalho das Crianças e à acção  Imediata  com vista à  sua Eliminação 

(1999),  o  artigo  n.º3,  a  expressão  “as  piores  formas  de  trabalho  das  crianças” 

abrange: 

a) Todas  as  formas  de  escravatura  ou  práticas  análogas,  tais  como  a 

venda e o tráfico de crianças, a servidão por dívidas e a servidão, bem 

como  o  trabalho  forçado  ou  obrigatório,  incluindo  o  recrutamento 

forçado  ou  obrigatório  das  crianças  com  vista  à  sua  utilização  em 

conflitos armados; 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 8  

b) A utilização,  o  recrutamento  ou  a  oferta  de  uma  criança  para  fins  de 

prostituição, de produção de material, pornográfico ou de espectáculos 

pornográficos; 

c) A  utilização,  o  recrutamento  ou  a  oferta  de  uma  criança  para 

actividades  ilícitas,  nomeadamente  para  a  produção  e  o  tráfico  de 

estupefacientes  tal  como  são  definidos  pelas  convenções 

internacionais pertinentes; 

d) Os  trabalhos  que,  pela  sua  natureza  ou  pelas  condições  em  que  são 

exercidos,  são  susceptíveis  de  prejudicar  a  saúde,  a  segurança  ou 

moralidade da criança.  

Em  suma,  “a  infância  deverá  surgir  como  um  mundo  auto‐regulador  e 

autónomo  que  não  traduzirá  um  desenvolvimento  precoce  de  uma  «cultura  de 

adultos», como vem a acontecer no campo das piores formas de trabalho infantil. 

(Carvalho, 2008: 151) 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 9  

2.1.3. Formas de combate ao trabalho infantil

 

Existem  normas  internacionais  sob  a  forma  de  declarações  e 

recomendações  que  têm em vista  a  protecção das  crianças  contra  o  exercício de 

actividades penosas, de que são exemplo, a Declaração dos Direitos da Criança, das 

Nações  Unidas  de  1989,  a  Cimeira  Mundial  da  Criança  de  1990  e  a  Convenção 

Internacional  do Trabalho,  em 1999,  que  constituem uma  luta  contra  o  trabalho 

infantil.  No  final  de  2001  eram  115  os  Estados‐membros  da  Organização 

Internacional  do  Trabalho,  inclusive  Portugal,  que  rectificaram  a  Convenção 

n.º182, desenvolvendo uma acção contra o trabalho infantil. 

A  Organização  Internacional  do  Trabalho  tem  estimulando  o 

desenvolvimento  de  actividades  de  combate  ao  trabalho  infantil  com  os  países 

membros, através de apoio técnico voltado à ampliação da noção do problema por 

parte das sociedades nacionais e à conformação de capacidade  institucional, bem 

como  actuando  na  legitimação  e  expansão  de  experiências  que  determinem  o 

combate de  trabalho de crianças e adolescentes. Deste modo, as  suas actividades 

têm sido realizadas através do programa Internacional de Eliminação do Trabalho 

Infantil (IPEC), criado em 1992. 

O Dia Mundial contra o Trabalho Infantil teve início a 12 de Junho de 2002, 

constituindo  uma  das  ferramentas  para  a  erradicação  do  trabalho  infantil,  pois 

abre novos rumos, com a promoção de vários acordos. 

No  entanto,  existem  outros  organismos  vinculados  à  ONU,  tais  como  a 

Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS),  a  Organização  das  Nações  Unidas  para  a 

Educação (Unesco), o Fundo de Populações das Nações Unidas (FNUAP) e o Fundo 

das Nações Unidas para a  Infância  (UNICEF),  tem contribuído para a erradicação 

do trabalho infantil. (OIT, 2000: 6) 

É  também  importante  haver  um  esforço  constante  das  organizações  de 

trabalhadores,  pois  o  seu  empenho  e  envolvimento  são  importantes  para  o 

combate ao trabalho infantil.  

  

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 10  

O  PETI  (Programa  para  a  Prevenção  e  Eliminação  da  Exploração  do 

Trabalho  Infantil)  tem  desenvolvido  um  papel  indispensável  na  promoção  e 

protecção dos direitos das crianças e dos jovens em perigo.  

Segundo  Margarida  Chagas  Lopes  e  Pedro  Goulart  (2005:  163),  não  é 

possível  erradicar  o  trabalho  infantil  sem  intervir,  simultaneamente  sobre  a 

população adulta, através de políticas de sensibilização e formação, por um lado, e 

de  emprego  e  rendimentos  por  outro.  (…)  Também  a  formação  para  a 

responsabilidade social das empresas deverá constituir um domínio de particular 

atenção, designadamente onde as  tendências de recurso ao  trabalho precário e à 

uniformidade  se mostrarem mais  enraizadas.  (…)  Deste modo,  deve  existir  uma 

sensibilização contra o recurso ao trabalho infantil. 

Assim,  concluímos  que,  “um  movimento  articulado  mundial  envolvendo 

governos,  sociedade  civil  e  os  mais  diversos  organismos  multilaterais  tem 

reforçado o combate ao trabalho infantil.” (OIT, 2000: 7) 

Deste  modo,  Margarida  Lopes  e  Pedro  Goulart  (2005:164),  consideram 

que  a  erradicação  ao  trabalho  infantil  necessita  do  envolvimento  de  toda  a 

sociedade  e  da  adopção  de  abordagens  integradas,  ou  seja,  melhores  condições 

socioeconómicas, uma aposta na qualificação e integração na economia nacional e 

internacional  e  um  reforço  do  apoio  escolar  a  diversos  níveis  envolvendo  a 

comunidade escolar.  

 

 

 

 

 

 

 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 11  

2.2.Descrição pormenorizada do processo de pesquisa

 

Escolhi o tema “Combate ao Trabalho Infantil em Portugal” intitulado por 

Infância Roubada, pois é uma realidade que envolve seres humanos indefesos e, na 

azáfama do nosso dia‐a‐dia, não paramos para pensar nestes escravos de profissão, 

que crescem sem sonhos, sem ternura, onde os seus sorrisos são  roubados. Após 

uma análise de algumas fontes, defini um índice, para que não surgissem desvios 

do  que  efectivamente  eu  pretendia  no  trabalho,  focando  o  meu  estudo  em  três 

aspectos: definição de trabalho, piores formas de exploração do trabalho infantil e 

formas de combate ao trabalho infantil.   

As principais fontes de pesquisa que eu utilizei foram livros e o recurso à 

internet, para fazer a avaliação da página de Internet e como recurso informativo. 

Quando escolhi o tema de trabalho e defini o índice, dirigi‐me a Biblioteca 

Geral da Universidade de Coimbra, para dar início à minha pesquisa no catálogo da 

mesma  fazendo  uma  pesquisa  simples,  introduzindo  em  assuntos  o  conceito 

«trabalho infantil», no qual obtive vinte e dois resultados e seleccionei:  

Actas: conhecer  intervir do seminário de Exploração do Trabalho  infantil, 

Braga, 1999. 

Prevenção  e  Eliminação  da  Exploração  do  Trabalho  infantil:  medidas 

políticas e  legislativas: 2003 a 2006 do Ministério do Trabalho e da Solidariedade 

Social. 

Trabalho  infantil  em  Portugal  2001:  caracterização  social  dos  agregados 

familiares portugueses com menores em idade escolar de José António Sousa Fialho.  

O trabalho das crianças: de pequenino é que se torce o pepino (destino) de 

Graça Alves Pinto. 

Educação e Trabalho infantil em Portugal de Margarida Chagas Lopes. 

 

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Infância Roubada 

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Após  ter  consultado  o  catálogo  da  Biblioteca  Geral,  consultei  também  o 

catálogo  da  Biblioteca  da  Faculdade  de  Economia  da  Universidade  de  Coimbra, 

fazendo  uma  pesquisa  simples,  introduzindo  em  assuntos  o  conceito  <trabalho 

infantil>, no qual obtive seis resultados, mas não seleccionei nenhuma das obras, 

pois já as tinha requisitado na Biblioteca Geral. 

Como  apenas  tinha  cinco  obras  decidi  também  dirigir‐me  até  ao  CES  e 

consultei o catálogo da Biblioteca, fazendo uma pesquisa simples, introduzindo em 

assuntos  o  conceito  <trabalho  infantil>,  no  qual  obtive  trinta  e  oito  resultados  e 

seleccionei as seguintes obras: 

Combater as piores formas de trabalho das crianças da OIT. 

Há muitos mundos no mundo de Catarina Almeida Tomás. 

A  pluriscausalidade  do  fenómeno  do  trabalho  infantil  em  Portugal  e 

influência nos direitos das crianças de Ana Luísa Rego Melro  

Na  Internet  incidi  a minha  pesquisa  no motor  de  busca  Google,  recurso 

utilizado  apenas  como  um  complemento  informativo,  devido  ao  excesso  de 

informação,  pois,  por  vezes,  “contamina”  o  nosso  trabalho,  uma  vez  que  não 

sabemos até que ponte a informação é verdadeira. 

Inicialmente, comecei a minha pesquisa, em modo simples, por <trabalho 

infantil> obtendo 1.270.000 resultados. Depois, pesquisei por <trabalho infantil em 

Portugal>, recebendo 571.000 resultados. 

Em seguida, mudei um pouco o rumo da pesquisa e inseri como termos a 

pesquisar <direitos da criança>, registando 5.060.000 resultados.  

Por  último,  pesquisei  por  <direitos  da  criança  +  legislação  política  do 

trabalho>, tendo obtido 4.060.000 resultados.  

 

 

 

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Infância Roubada 

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3. Ficha de Leitura

Título da Publicação:  10 anos de  combate à  exploração do  trabalho  infantil  em 

Portugal 

Autor da Obra: PETI – Programa para a Prevenção e Eliminação da Exploração do 

Trabalho Infantil 

Local onde se encontra: No site do PETI  

Data de Publicação: 2008 

Local de edição: Lisboa 

Editora: Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social 

Título do capítulo: Nas malhas da globalização 

Número de Páginas: 13 

Assunto:  Reflexão  sobre  as  piores  formas de  trabalho  infantil  que  surgem  como 

preocupação social 

Palavras­Chave: Trabalho infantil, Direitos da Criança, Desigualdades Sociais 

Data de Leitura: Maio de 2010 

 

Notas sobre o autor 

O  PETI  (Programa  para  a  Prevenção  e  Eliminação  da  Exploração  do 

Trabalho Infantil) foi criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º37/2004 

de 20 de Março, que sucede ao Plano para Eliminação da Exploração do Trabalho 

Infantil  (PEETI),  funcionado  sob  a  égide  do  Ministério  do  Trabalho  e  da 

Solidariedade Social. Esta organização com 12 anos de existência tem desenvolvido 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 14  

um papel  fundamental  na  promoção  e  protecção  dos  direitos  das  crianças  e  dos 

jovens em perigo.  

O PETI tem como propósitos: 

o Identificar,  caracterizar  e  acompanhar  a  situação  de  menores  em 

situação de exploração de trabalho infantil ou em risco, decorrente de 

abandono escolar; 

o Assegurar  uma  resposta  às  situações  sinalizadas  através  do  Plano 

Integrado de Educação Formação (PIEF); 

o Combater as piores formas de exploração de trabalho infantil; 

o Promover  a  inserção  social  e  educacional  das  crianças  vítimas  de 

exploração pelo trabalho. 

O  PETI  é  um  projecto  com  uma  estrutura  nacional  com  sede  em  Lisboa, 

tendo  como  destinatários:  menores  em  situação  de  abandono  escolar  sem  terem 

concluído  a  escolaridade  obrigatória,  menores  que  se  encontrem  em  risco  de 

inserção  precoce  no  mercado  de  trabalho,  menores  encontrados  em  situação 

efectiva de exploração de trabalho infantil e menores vítimas das piores formas de 

exploração. 

 

Resumo 

Este capítulo aborda as piores formas de trabalho infantil. Maria Carvalho 

atesta as piores formas de trabalho infantil como um problema social, uma vez que 

esta problemática está associada às condições sociais de cada país.  

A autora considera como piores formas de trabalho infantil, a escravatura, 

o tráfico, a venda, servidão por dívida, prostituição pornografia, envolvimento em 

actividades  ilícitas  e  redes  criminosas  ou  recrutamento  forçado  para  conflitos 

armados.  

Estrutura 

Este  capítulo  retrata  as  piores  formas  de  trabalho  infantil  como  um 

problema social.  

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 15  

Ao longo do capítulo, Maria João Carvalho demonstra que o estatuto social 

da criança ao longo dos tempos foi apresentando oscilações e, sendo a criança uma 

pessoa  em  formação,  tem  direito  de  beneficiar  de  todas  as  condições  que  lhe 

permitam  desenvolver  as  suas  capacidades,  ou  seja,  são  titulares  de  direitos 

próprios e a sua negação pode levar à aplicação de sanções.  

É de realçar que as piores formas de trabalho são um problema social com 

visibilidade em todo o mundo. A autora considera que a problemática do trabalho 

infantil  está  associada  às  condições  sociais  de  cada  país.  Deste modo,  alerta‐nos 

para o  facto que na  sociedade portuguesa ainda persistem problemas básicos na 

satisfação  das  populações.  Deste modo,  “estas  desigualdades  constituem  terreno 

fértil para o envolvimento de crianças nas piores formas de trabalho.”   

Segundo  a  autora,  muitas  crianças,  são  exploradas  por  adultos,  que  as 

utilizam,  em  actividades  perigosas,  estando  permanentemente  colocadas  em 

situações de risco.  

Assim, a autora clama por uma consciência individual e colectiva, através 

de uma mudança de atitudes e de acções, que  contribuam para a erradicação do 

trabalho infantil.  

Ao longo do meu trabalho são citados vários autores, tais como José Fialho, 

Margarida Lopes e Pedro Goulart que estão em plena concordância com a autora, 

visto  que  alertam  para  uma  reflexão  individual  e  colectiva  sobre  as  atitudes  e 

acções para que possam eliminar o  trabalho  infantil que ainda persiste. Afirmam 

também, que o trabalho infantil está relacionado com às condições sociais que cada 

país  apresenta,  deste  modo  torna‐se  vital  o  envolvimento  de  toda  a  sociedade, 

nomeadamente  governos,  organismos  multilaterais,  bem  como  a  sociedade  civil 

para o efectivo combate do trabalho infantil. 

Considero  que  este  capítulo  retrata  muitíssimo  bem  a  problemática  do 

trabalho infantil, pois expõe quais as causas que estão por detrás das piores formas 

de  exploração  do  trabalho  infantil,  utilizando  uma  linguagem  bastante 

compreensível,  não  anunciando  nenhum  impedimento  à  sua  leitura  e 

interpretação.  

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Infância Roubada 

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4. Avaliação de uma página de Internet

 

Na elaboração deste trabalho seleccionei a página do PETI, Programa para 

Prevenção  e  Eliminação  da  Exploração  do  Trabalho  Infantil  do  Ministério  do 

Trabalho  e  da  Solidariedade  Social, 

<http://www.peti.gov.pt/peeti_menu.asp?menuID=3> uma instituição pública que 

tem desenvolvido um papel fundamental na promoção e protecção dos direitos das 

crianças e dos jovens em perigo.  

Escolhi  esta  página  de  internet  para  fazer  a  sua  avaliação,  dada  a 

importância da sua informação, tendo sido muito útil ao longo do meu trabalho. 

O site disponibiliza instrumentos de pesquisa e de navegação úteis para o 

estudo  da  problemática  do  trabalho  infantil,  com  ligações  activas  e  pertinentes, 

com uma estrutura compreensível. 

Relativamente ao seu conteúdo, possui uma vasta informação sobre o meu 

tema de estudo, com informação acessível, não sendo esta fatigante, contendo uma 

informação  objectiva,  conseguindo,  deste  modo,  uma  boa  comunicação  com  o 

público‐alvo.  Possui,  também,  informação  retirada  de  outras  fontes,  mas  estão 

devidamente citadas. A sua última actualização do sítio está disponível, tendo sido, 

no ano de 2003. 

No que confere ao grafismo do sítio, considero que este deveria ser mais 

atractivo, através da introdução de mais imagens apelativas ao público, no entanto, 

o texto é facilmente legível, possuindo um formato de leitura adequado. Em relação 

à impressão da página é acessível, possuindo uma impressão fácil e formatada, não 

tendo nenhum software específico, o que possibilita uma fácil navegação.  

Saliento  a  hiperligação  “pesquisa”  que  faculta  ao  seu  público  uma maior 

ampliação de conhecimentos sobre a problemática abordada. 

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Infância Roubada 

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Por fim, saliento a utilidade do sítio para a execução do meu trabalho, pois 

abrange  a  generalidade  das  questões  que  abordo  no  meu  trabalho,  tendo  sido 

fundamental ao longo do meu processo de pesquisa. 

Deste modo, concluo que a página de Internet avaliada é uma página bem 

elaborada,  que  contribuiu  positivamente  para  o  meu  trabalho,  pois  tem  uma 

navegação simples e compreensível, contudo, o site apenas está traduzido em duas 

línguas,  assim considero, que deveria  ser alargado a mais  línguas de opção, para 

que  possa  ser  alcançável  a  um maior  número  de  pessoas,  sendo  portanto,  a  sua 

avaliação positiva.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 18  

5. Conclusão  

Ao  longo deste  trabalho pretendi dar  a  conhecer uma  realidade que não 

está bem presente nos nossos dias, que é o trabalho infantil, mostrando as piores 

formas do mesmo e também formas de o combater.  

Ao  escolher  este  tema  pretendi  alertar  para  o  silêncio  ensurdecedor  de 

várias crianças, que estando sujeitas, às piores formas de trabalho infantil, tornam‐

se escravos de profissão, sendo a sua infância roubada, crescendo sem sonhos, sem 

direito  a  nada,  numa vida  sem  sentido,  sem  ternura. Deste modo,  considero que 

cada um de nós é responsável por erradicar o trabalho infantil, porque a criança é, 

por  si  própria,  sujeito  de  direitos,  devendo  esta  problemática  ser  motivo  de 

preocupação da sociedade actual.  

Penso  ter  alcançado  com  alguma  satisfação  os  objectivos  propostos  pela 

disciplina.  Não  nego  que  ao  longo  do  trabalho  foram  surgindo  dificuldades,  ou 

porque  era  complexa  a  informação  recolhida,  ou  porque  achava  que  possuía 

informação  a  menos  ou  a  mais,  mas  foi  tentando  ultrapassar  esses  mesmos 

obstáculos,  para  conseguir  atingir  todos  os  propósitos  a  que me  propôs  e  assim 

realizar um bom trabalho.  

Assim,  considero  que  a  elaboração  deste  trabalho  foi  uma  experiência 

gratificante  e  de  profunda  aprendizagem,  que  me  irá  ser  útil  ao  longo  desta 

licenciatura. 

 

 

 

 

 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 19  

6. Referências Bibliográficas  

Livros 

Carvalho, Maria João Leote (2008a), “10 anos de combate ao trabalho infantil”, 

in  Ministério  do  Trabalho  e  da  Solidariedade  Social,  10  anos  de  combate  à 

ecploração do trabalho infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 9‐10 

Carvalho, Maria João Leote (2008b), “10 anos de combate ao trabalho infantil”, 

in  Ministério  do  Trabalho  e  da  Solidariedade  Social,  10  anos  de  combate  à 

ecploração do trabalho infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 10‐11 

Carvalho, Maria João Leote (2008c), “Nas malhas da globalização”, in Ministério 

do Trabalho e da Solidariedade Social, 10 anos de combate à ecploração do trabalho 

infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 146 

Carvalho, Maria João Leote (2008d), “Nas malhas da globalização”, in Ministério 

do Trabalho e da Solidariedade Social, 10 anos de combate à ecploração do trabalho 

infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 146‐147 

Carvalho, Maria João Leote (2008e), “Nas malhas da globalização”, in Ministério 

do Trabalho e da Solidariedade Social, 10 anos de combate à ecploração do trabalho 

infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 151 

Fialho,  José  António  Sousa  (2003a),  “Problematização  conceptual  sobre  o 

fenómeno do trabalho infantil”, in idem (org.), Trabalho infantil em Portugal 2001: 

caracterização  social  dos  agregados  familiares  portugueses  com menor  em  idade 

escolar. Lisboa. SIETI, 34‐35 

Fialho,  José  António  Sousa  (2003b),  “Problematização  conceptual  sobre  o 

fenómeno do trabalho infantil”, in idem (org.), Trabalho infantil em Portugal 2001: 

caracterização  social  dos  agregados  familiares  portugueses  com menor  em  idade 

escolar. Lisboa. SIETI, 32‐33 

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 20  

Fialho,  José  António  Sousa  (2003c),  “Problematização  conceptual  sobre  o 

fenómeno do trabalho infantil”, in idem (org.), Trabalho infantil em Portugal 2001: 

caracterização  social  dos  agregados  familiares  portugueses  com menor  em  idade 

escolar. Lisboa. SIETI, 36‐37 

Fialho,  José  António  Sousa  (2003d),  “Problematização  conceptual  sobre  o 

fenómeno do trabalho infantil”, in idem (org.), Trabalho infantil em Portugal 2001: 

caracterização  social  dos  agregados  familiares  portugueses  com menor  em  idade 

escolar. Lisboa. SIETI, 37 

Fialho,  José  António  Sousa  (2003e),  “Trabalho  infantil  em  Portugal”,  in  idem 

(org.),  Trabalho  infantil  em  Portugal  2001:  caracterização  social  dos  agregados 

familiares portugueses com menor em idade escolar. Lisboa. SIETI, 42‐45 

Lopes, Margarida Chagas e Goulart, Pedro (2005a), “Conclusão”, in idem (orgs.) 

Educação e trabalho infantil em Portugal. Lisboa: Instituto de Emprego e Formação 

Profissional, 157‐158  

Lopes,  Margarida  Chagas  e  Goulart,  Pedro  (2005b),  “Introdução”,  in  idem 

(orgs.) Educação  e  trabalho  infantil  em Portugal.  Lisboa:  Instituto  de  Emprego  e 

Formação Profissional, 17‐ 19  

Lopes, Margarida Chagas e Goulart, Pedro (2005c), “Conclusão”, in idem (orgs.) 

Educação e trabalho infantil em Portugal. Lisboa: Instituto de Emprego e Formação 

Profissional, 163‐164 

Lopes, Margarida Chagas e Goulart, Pedro (2005d), “Conclusão”, in idem (orgs.) 

Educação e trabalho infantil em Portugal. Lisboa: Instituto de Emprego e Formação 

Profissional, 164‐165 

Ministério  do  Trabalho  e  da  Solidariedade  Social  (2008),  “Nas  malhas  da 

globalização” in Maria João Leote de Carvalho, 10 anos de combate à exploração do 

trabalho infantil em Portugal. Lisboa: PEETI, 141‐154  

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Infância Roubada 

Fontes de Informação Sociológica  Página 21  

Organização Internacional do Trabalho (2000a), “Trabalho infantil no Mundo: o 

que se quer abolir e porque”, in idem (org.) Combater as piores formas de trabalho 

das crianças. Lisboa: Bureau Internacional do Trabalho, 4‐6 

Organização Internacional do Trabalho (2000b), “Trabalho infantil no Mundo: 

o que se quer abolir e porque”, in idem (org.) Combater as piores formas de trabalho 

das crianças. Lisboa: Bureau Internacional do Trabalho, 7 

 

Webgrafia 

PETI  –  Programa  para  Prevenção  e  Eliminação  da  Exploração  do  Trabalho 

Infantil (2003), “O que é a exploração do trabalho infantil”. Página consultada em 

18 de Maio de 2010 

Disponível em: 

http://www.peti.gov.pt/peeti_menu.asp?menuID=1