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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
JARLON DE LIMA FERNANDE
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO DE CORTE: revisão de literatura
MACEIÓ - ALAGOAS
2018/1
JARLON DE LIMA FERNANDE
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO DE CORTE: revisão de literatura
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão de curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Dra. Valesca Barreto Luz.
MACEIÓ - ALAGOAS
2018/1
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO DE CORTE: revisão de literatura
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão de curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Dra. Valesca Barreto Luz.
MACEIÓ - ALAGOAS
2018/1
JARLON DE LIMA FERNANDE
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO DE CORTE: revisão de literatura
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão de curso de Medicina Veterinária, Centro Universitário Cesmac, sob a orientação da professora Dra. Valesca Barreto Luz.
Aprovado em 22/02/2018
Orientadora Professora Dra. Valesca Barreto Luz.
BANCA EXAMINADORA
Me. Marcelo de Araújo Silva Me. Lucas Carvalho Pereira
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de conclusão da graduação
aos meus pais, irmãos, familiares e amigos que de
muitas formas me incentivaram e ajudaram para
que fosse possível a concretização deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.
Ao centro Universitário Cesmac, seu corpo docente, direção e administração
que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior.
À minha orientadora Dra. Valesca Barreto Luz, pelo suporte no pouco tempo
que lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
Aos meus pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional.
Aos meus familiares e amigos que sempre torceram pela concretização
desse sonho.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o
meu muito obrigado.
"O insucesso é apenas uma oportunidade
para recomeçar de novo com mais inteligência."
(Henry Ford)
INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA EFICIÊNCIA REPRODUTIVA EM GADO DE
CORTE: revisão de literatura INFLUENCE OF NUTRITION IN REPRODUCTIVE EFFICIENCY IN CUTTING
CATTLE: literature review
Jarlon de Lima Fernande Acadêmico do curso de medicina veterinária do Centro Universitário CESMAC
[email protected] Valesca Barreto Luz
Doutora em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia [email protected]
RESUMO Este trabalho teve como objetivo descrever a influência da nutrição e demais fatores correlacionados na eficiência reprodutiva de gado de corte. Para tanto, foram consultados periódicos, revistas indexadas, e sites no intuito de reunir de forma resumida e coesa os fatores supracitados. Esta revisão mostrou ainda que para obter resultados eficientes através da reprodução, nenhuma etapa deve ser negligenciada, uma vez que tais fatores regulam processos fisiológicos e permitem que o animal expresse todo o seu potencial reprodutivo.
PALAVRAS CHAVE: Leptina. Reprodução e Bovinos.
ABSTRACT
This work aimed to describe the influence of nutrition and other correlated factors on the reproductive efficiency of beef cattle. In addition, it has shown that computerization can benefit in the managing of the herd for breeding. In order to do so, periodicals, indexed journals and websites were consulted in order to gather in a summarized and cohesive way the aforementioned factors. This review also showed that in order to obtain efficient results through reproduction, no step should be neglected, since such factors regulate physiological processes and allow the animal to express ss its full reproductive potential.
KEY WORDS: Leptin. Reproduction and Cattle.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Escores de condição corporal
Figura 2: Vaca magra
Figura 3: Vaca média ou ideal
Figura 4: Vaca gorda
Figura 5: Esquema ilustrativo de variáveis do meio sobre a reprodução dos animais.
Figura 6: Relação entre a leptina plasmática, o cortisol e a insulina durante a
restrição alimentar e a realimentação em ruminantes.
LISTA DE ABREVIATURAS
EC: Escore Corporal
ER: Eficiência reprodutiva
ECC: Escore de Condição Corporal
FSH: hormônio folículo estimulante
GnRH: Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
LH: Hormônio Luteinizante
FSH: Hormônio Folículo Estimulante
PRL: Prolactina
PG: prostaglandinas
BEN: Balanço Energético Negativo
LISTA DE TABELA
Tabela 1: Escores de condição corporal em bovinos de corte (escala de 1 a 5).
Tabela 2: Exigências de minerais na dieta de bovinos de corte.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 11
2 METODOLOGIA ....................................................................................................... 12
3 GONADOTROFINA E ESTEROIDE SEXUAIS ....................................................... 12
4 INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA REPRODUÇÃO DO GADO DE CORTE..........13
4.1 IMPORTÂNCIA DO ESCORE CORPORAL NO GADO DE CORTE ................. 14
4.2 RELAÇÃO ENTRE NUTRIÇÃO, ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E
FISIOLOGIA REPRODUTIVA ...................................................................................... 19
5 AÇÃO DA LEPTINA FRENTE A REPRODUÇÃO .................................................. 21
6 ALIMENTAÇÃO E VERMIFUGAÇÃO ...................................................................... 23
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 26
11
1 INTRODUÇÃO
A bovinocultura de corte é uma atividade econômica de extrema relevância
no país. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo, cerca de 220 milhões
de cabeças em 2017 (FONTE: CNA Brasil) e, desde 2014, consolidou a posição de
exportador de carne bovina in natura no mundo (Anuário da Pecuária Brasileira -
ANUALPEC, 2015). A maioria dos sistemas de produção desses animais é
extensiva, onde a pastagem sofre grande variação quantitativa e qualitativa ao longo
do ano, sendo este um dos principais fatores que afetam a condição corporal, o peso
e o desempenho reprodutivo dos animais (FERNANDES, 2012).
O desempenho da reprodução compromete a produtividade e economicidade
dos sistemas de produção de carne bovina e é diretamente influenciado por fatores
como nutrição, sanidade dentre outros. Para se ter uma nutrição adequada é preciso
estimular diversos tipos biológicos a alcançar seu potencial genético e aliviar seus
efeitos negativos do ambiente físico severo (AMIM, 2014).
Um fator diretamente controlado pela nutrição é o Escore de Condição
Corporal onde as reservas corporais das vacas por exemplo se modificam ao longo
de um período médio de um ano em função dos requerimentos nutricionais
fisiológicos e oferta de forragem. Este irá influenciar diretamente no primeiro cio pós-
parto (SARTORI, 2007).
O bom controle nutricional sobre a reprodução de gado de corte não são
mediados por um único nutriente, metabólito ou hormônio, apesar disso a condição
corporal pode ajuizar um estado metabólico em equilíbrio para que o animal atinja
bom desempenho (HESS et al., 2005).
Apesar da alimentação ser a base para se chegar a um bom desempenho
reprodutivo do rebanho, o produtor também deve realizar um bom trabalho em
termos de sanidade e genética, pois a eficiência reprodutiva é refletida por
adequadas condições de manejo e sanidade, juntamente com a qualidade genética,
que permitirá um maior desfrute geral do rebanho (GODOY et al., 2004).
Diante do exposto, o objetivo principal deste trabalho foi descrever como a
nutrição e fatores correlacionados interferem na eficiência reprodutiva em gado de
corte.
12
2 METODOLOGIA
Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica na qual foram realizadas
consultas no portal de periódicos capes, revistas indexadas, monografias,
dissertações, teses bem como através de bases de dados online, a exemplo do
portal Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Foram utilizadas
literaturas clássicas e priorizados documentos da última década. Os descritores para
esta pesquisa foram buscados no site http://decs.bvs.br/, os quais: nutrição,
reprodução, bovinos.
3 GONADOTROFINAS E ESTEROIDES SEXUAIS
Os hormônios são produzidos em um tecido (fonte), e atua em outro tecido
(alvo), modificando a sua fisiologia e, ou morfologia. A ação no tecido alvo depende
de estruturas conhecidas como receptores, nas quais o hormônio deve se ligar para
exercer sua função. Existem vários tipos de hormônio que atuam nos processos
reprodutivos, e são diretamente influenciados pela nutrição, pois pode ter vários
tipos de natureza (proteína, lipídeos e outros) (CUNNINGHAM, 1999).
A primeira gonadotrofina é o hormônio folículo estimulante (FSH). Nas
fêmeas estimula o crescimento e maturação do folículo ovariano. O FSH por si só
não causa secreção de estrógenos no ovário, ao contrário, ele necessita da
presença do LH para estimular a produção estrógenica. No macho, o FSH atua nas
células germinativas, nos tubulos seminíferos dos testículos e é responsável pela
espermatogenense até o estágio de espermatócito secundário, num passo mais
adiante os andrógenos dos testículos atuam nas fases finais da espermatogênese
(HAFEZ e HAFEZ, 2004).
A segunda gonadotrofina é o hormônio luteinizante (LH) que é produzido da
mesma forma que o FSH e seu pico pré-ovulatório é responsável pela ruptura da
parede folicular e ovulação. O LH estimula as células intersticiais tanto no ovário
quanto nos testículos. No macho, as células intersticiais (células de Leydig)
produzem andrógenos depois do estimulo do LH (HAFEZ e HAFEZ, 2004).
Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno (ou estrogênio) e
a progesterona. O estrógeno é produzido pelos folículos do ovário, ou seja, pelos
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óvulos em formação. É responsável pelo desenvolvimento das características
sexuais secundárias femininas e pelo controle do ciclo reprodutivo (CUNNINGHAM,
1999).
A progesterona é outro esteroide ovariano que regula a liberação de LH.
Continuamente, tem um efeito inibidor sobre a secreção de gonadotrofinas, sua
secreção estimula o desenvolvimento das glândulas uterinas e a acumulo de
glicogênio. Pelas ações combinadas do estrógeno e progesterona, o endométrio
torna-se espesso e bem vascularizado, preparado para acolher um embrião, caso
ocorra fertilização (CUNNINGHAM, 1999; (HAFEZ e HAFEZ, 2004).
A testosterona é o hormônio esteroide androgênico mais importante
produzido pelas células de Leydig nos testículos. A síntese dos hormônios
androgênios dá-se a partir do colesterol. Este irá formar, após sucessivas oxidações,
a pregnenolona, que é a principal precursora dos hormônios esteroides (DANIELSKI
et al, 2002).
4 INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO NA REPRODUÇÃO DE GADO DE
CORTE
A nutrição desbalanceada não só irá agravar os efeitos nocivos do ambiente,
mas também reduzir o desempenho abaixo do potencial genético (AMIN, 2014).
Porém, planejar adequadamente o manejo nutricional do rebanho requer o
conhecimento das reservas de energia do corpo, que segundo MORRISON et al.
(1999), são determinantes no desempenho reprodutivo.
O ECC é característica influenciada por diversos fatores, tais como: raça,
sexo, nutrição, idade e estado fisiológico. Há relatos de que o ECC esteja assoc iado
ao peso vivo (TENNANT et al., 2002; DRENNAN e BERRY, 2006). TOSHNIWAL et
al. (2008) recomendaram a combinação do peso diário com o ECC mensurado em
estágios de lactação como medida mais correta do balanço energético, do que
somente a mensuração do peso em vacas.
Um monitoramento eficiente do ECC permite criar um plano nutricional
rentável, com intuito de acumular precocemente maiores reservas e iniciar o
acasalamento mais cedo. A nutrição há muito tempo tem sido encarada como um
dos principais fatores que interferem no desempenho reprodutivo. Afetando todos os
14
eventos do ciclo reprodutivo, da gametogênese à puberdade, tanto no macho quanto
na fêmea (RICHARDS, 1986).
Portanto deve-se assegurar que o ciclo reprodutivo esteja sincronizado com
a oferta nutricional, garantindo o sucesso da lactação e crescimento do recém-
nascido, fases especialmente exigentes em energia. A alimentação é a base para se
chegar a um bom desempenho reprodutivo do rebanho, por isso, encoraja o produtor
a também buscar realizar um bom trabalho em termos de sanidade e genética
(NOGUEIRA et al., 2015).
A intensificação da reprodução em rebanhos bovinos é totalmente
dependente do potencial genético para precocidade e habilidade materna, sendo
que nenhum manejo nutricional consegue, de forma economicamente viável,
diminuir a idade ao primeiro parto e aumentar as taxas de prenhes e de desmame,
sem reprodutoras férteis e precoces sexualmente (NOGUEIRA et al., 2015). Deve-se
dar uma atenção diferenciada a identificação do estro e repetição de cio
principalmente das vacas primíparas, visto que isto representa um ponto de parada
no sistema produtivo (IGUMA, 2007).
Para o sucesso da fase de cria, também os touros devem receber atenção e
acompanhamento nutricional, caso contrário, seu desenvolvimento, crescimento e
desempenho reprodutivo podem ser prejudicados (NOGUEIRA et al., 2015).
4.1 Importância do escore de condição corporal (ECC) na
reprodução de gado de corte
De acordo com Santos et al. (2009) o ECC é uma medida subjetiva, baseada
na classificação dos animais em função da massa muscular e da cobertura de
gordura, por meio de avaliação visual e/ou tátil.
Esse método leva em conta a visualização da silhueta e a palpação,
correlacionando gordura subcutânea, abdominal e musculatura superficial, para
classificar o indivíduo em um grupo de categorias que variam do caquético ao obeso
(GERMAN et al., 2006). Com essa verificação temos uma pré análise sobre a massa
muscular e gordura subcutânea. As regiões que são observadas são as costelas,
dorso, garupa e a inserção da cauda (EDMONDSON et al., 1989).
15
A ordem da avaliação é a seguinte: primeiro analisa-se as costelas, quanto
mais magro, mais evidente fica a sua visualização. Porém nos animais gordos a
verificação é dificultada devido à enorme quantidade de músculos e tecidos
adiposos presente no animal de maneira uniforme (EDMONDSON et al., 1989).
Na região dorsal do mesmo, deve-se analisar a cobertura dos processos
transversos nas vertebras lombares. Em gado com bom estado corporal, esses
processos não são individualizados. Com a perda dessa condição corporal, uma
grande diminuição na cobertura muscular e nos processos transversos das vértebras
lombares começam a ser particularizados, sendo facilmente visualizados, em
animais magros. Entretanto, na garupa se faz uma análise muito detalhada nas
extremidades ósseas dos ílios e dos ísquios (EDMONDSON et al, 1989)
Sabe-se que em gado magro, esses ossos são acentuados e não
apresentam lipídio subcutâneo. Já em vacas gordas há uma melhor condição
corporal e um acumulo maior de gordura subcutânea tornando as extremidades
ósseas menos salientes e mais arredondadas e, na palpação, sente-se a gordura e
não os ossos diretamente (RICHARDS et al. 1986).
A importância da avaliação do escore de condição corporal é que ele é um
método de mensurar as reservas corporais do animal e reflete principalmente no
quanto o animal está magro ou gordo, variando em uma escala de intervalo de 1 a 5.
Vejamos a tabela abaixo (NICHOLSON e BUTTERWORTH, 1986).
Tabela 1: Escores de condição corporal em bovinos de corte (escala de 1 a 5).
ESCORE AVALIAÇÃO
1
1
Caquético ou
emaciado
Os processos transversos e os processos espinhosos estão
proeminentes e visíveis. Há total visibilidade das costelas, a cauda está
totalmente inclusa dentro do coxal e os íleos e os ísquios mostram-se
expostos. Há atrofia muscular pronunciada e é como se houvesse a visão
direta do esqueleto do animal (aparência de “pele e osso”).
2
2
Magro
Os ossos estão bastante salientes, com certa proeminência dos
processos dorsais e dos íleos e dos ísquios. As costelas têm pouca
cobertura, os processos transversos permanecem visíveis e a cauda está
menos inclusa nos coxais (aparência mais alta). A pele está firmemente
aderida no corpo (pele esticada).
16
3
3
Médio ou ideal
Há suave cobertura muscular com grupos de músculos à vista. Os
processos dorsais estão pouco visíveis; as costelas, quase cobertas; e os
processos transversos, pouco aparentes. Ainda não há camadas de
gordura; a superfície do corpo está macia e a pele está flexível (pode ser
levantada com facilidade).
4
4
Gordo
Há boa cobertura muscular, com alguma deposição de gordura na
inserção da cauda. As costelas e os processos transversos estão
completamente cobertos. As regiões individuais do corpo ainda são bem
definidas, embora as partes angulares do esqueleto pareçam menos
identificáveis.
5
5
Obeso
Todos os ângulos do corpo estão cobertos, incluindo as partes salientes
do esqueleto, onde aparecem camadas de gordura (base da cauda e
maçã do peito). As partes individuais do corpo ficam mais difíceis de ser
distinguidas e o animal tem aparência arredondada. Este estado só é
aceitável para animais terminados, prontos para o abate.
Fonte: Nicholson e Butterworth (1986).
Figura 1: Escores de condição corporal.
Fonte: Adaptado de Edmondson et al., 1989. A body condition scoring chart for Holstein dairy cows. J. Dairy Sci. 72:68-78.
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Analisando a figura (1) do gado magro (ECC 2), onde podemos ver as
costelas (1) processos transversos das vértebras lombares (2) extremidades do ílio
(3) ísquio (4) inserção da cauda (5). Em todos os pontos, observa-se ausência de
gordura subcutânea e, musculatura recobrindo as extremidades ósseas (MACHADO
et al., 2008).
Figura 2: Vaca magra. Ossos salientes e proeminência das espinhas dorsais, íleos e ísquios; costelas e processos transversos visíveis e pele fica firmemente aderida ao corpo (pele esticada).
Fonte: http://criarvet.blogspot.com.br
Figura 3. Vaca média ou ideal (ECC 3,5). Suave cobertura muscular com grupos de músculos a
vista, espinhas dorsais pouco visíveis, costelas quase completamente cobertas, processos transversos não tão evidentes, inexistência de camadas de gordura, superfície do corpo macia e pele pode ser levantada com facilidade.
Fonte: http://criarvet.blogspot.com.br
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Figura 4. Vaca gorda (ECC 4,5). Boa cobertura muscular, início da deposição de gordura na inserção da cauda, costelas e processos transversos completamente cobertos, regiões individuais do corpo ainda bem definidas, e partes angulares do esqueleto menos visíveis. Fonte: http://criarvet.blogspot.com.br
O Escore Corporal (EC) influência na reprodução do gado de corte,
mostrando a condição corporal e o primeiro cio pós-parto, ou seja, as reservas
corporais por exemplo se modificam ao longo de um período médio de um ano em
função dos requerimentos nutricionais fisiológicos e oferta de forragem. Nos
sistemas extensivos praticados na região, os momentos críticos para a EC são:
parto, acasalamento e fim do outono (BOGES, 2006).
O desempenho da reprodução compromete a produtividade e a economia do
custo e do tempo dos sistemas de produção de carne bovina. Uma das principais
causas da baixa eficiência em bovinos de corte é o maior intervalo do parto à
primeira ovulação, ou seja, o intervalo pós-parto. Que está diretamente relacionada
com o status energético da vaca, ou seja, quanto maior o balanço energético
negativo (BEN), maior o tempo para a primeira ovulação pós-parto, assim
aumentando o período de serviço (SARTORI, 2007).
Segundo (BOGES, 2006) este intervalo é consideravelmente maior em gado
de corte do que no gado de leite, e é influenciado por vários fatores que incluem a
idade da vaca, a estação do ano, a presença do macho, a nutrição no pré e no pós-
19
parto, e a frequência de amamentação, sendo os dois últimos os principais fatores
que interferem a atividade ovariana cíclica.
A intensificação da reprodução em rebanhos bovinos é totalmente
dependente do potencial genético para precocidade e habilidade materna, sendo
que nenhum manejo nutricional consegue, de forma economicamente viável,
diminuir a idade ao primeiro parto e aumentar as taxas de prenhes e de desmame,
sem reprodutoras férteis e precoces sexualmente (NOGUEIRA et al, 2015).
Para o sucesso da fase de cria, também os touros devem receber atenção e
acompanhamento nutricional, caso contrário, seu desenvolvimento, crescimento e
desempenho reprodutivo podem ser prejudicados (NOGUEIRA et al, 2015).
4.2 Relação entre nutrição, escore de condição corporal e
fisiologia reprodutiva.
A nutrição é um dos principais fatores que influenciam no desenvolvimento e
reprodução de bovino de corte. A ciclicidade estral e o começo da gestação são
consideradas funções de baixa prioridade uma vez que só serão acionadas quando
a demanda para a manutenção, crescimento e reserva de nutrientes forem supridas
(DRIANCOURT, 2001).
O manejo reprodutivo é fundamental para elevar os índices produtivos do
rebanho. Os eventos envolvidos durante a vida reprodutiva da fêmea são: desmama,
puberdade, parto, período de serviço, idade à primeira cria, intervalo de partos e
manejo pré-parto. Do manejo adequado desses eventos, depende a eficiência
reprodutiva (ER) do animal e do rebanho como um todo (BIGSAL, 2015).
Sua vida útil produtiva envolve fases importantes que dependem de um
conjunto de decisões fundamentais a serem tomadas, visando maior produtividade e
lucratividade. É bom salientar que a alimentação em excesso dada aos animais
pode prejudica-los, pois, o sobrepeso traz o acúmulo de lipídios em região testicular,
fator que atrapalha sua termorregulação prejudicando a qualidade espermática
(BIGSAL, 2015).
Além disso, animais considerados com sobrepeso podem ter uma grande
dificuldade para fazer a monta, prejudicando dessa forma os índices reprodutivos.
Recomenda-se o acompanhamento à condição corporal dos machos (ECC) durante
20
sua evolução de vida até chegar a fase adulta, antes e depois da estação de monta.
E mesmo os animais em repouso, isto é, fora do período de estação de monta,
devem receber alimentação balanceada, evitando que percam ou ganhem muito
peso (NOGUEIRA et al., 2015).
No entanto, observa-se um maior prejuízo quando o (ECC) se apresenta
baixo, levando a uma baixa eficiência nutricional nas propriedades de manejo
extensivo (NOGUEIRA et al., 2015).
Sabe-se que a nutrição é a principal ferramenta de funcionamento de rotas
metabólicas que permitirão ao animal pôr em prática todo o seu potencial produtivo
e/ou reprodutivo. Esta rota relacionada à reprodução é complexa e não tem o
mecanismo totalmente elucidado. Independente da via metabólica envolvida, a
regulação que a nutrição exerce sobre a reprodução de machos e fêmeas ocorre
principalmente por efeitos no cérebro, mais especificamente no hipotálamo, onde
será alterada a secreção de GnRH. A figura (5) mostra essa rota passo-a-passo
(http://www.beefpoint.com.br/nutricao-e-reproducao-em-bovinos-7172/).
A nutrição é um importante fator que afeta o desempenho reprodutivo das
fêmeas bovinas, por meio de seu efeito na qualidade dos oócitos e embriões, no
número de folículos e corpos lúteos e na concentração circulante de hormônios
(SARTORI et al., 2010). A seguir serão descritos os principais hormônios envolvidos
na reprodução.
21
Figura 5: Esquema ilustrativo de variáveis do meio sobre a reprodução dos animais. Fonte:http://www.beefpoint.com.br/21utrição-e-reproducao-em-bovinos-7172/
5 A ação da leptina frente à reprodução
A descoberta da leptina se deu por meio de estudos de parabiose 1
realizados em camundongos obesos desenvolvidos na década de 70. O achado
mais importante desses estudos foi à identificação de uma substância presente no
sangue proveniente de uma cepa de camundongos selvagens, a qual era
responsável por reduzir a massa de tecido adiposo de camundongos obesos
(NEGRÃO e LICÍNIO, 2000).
1União de dois seres vivos e que pode ser natural ou artificial, por intervenção cirúrgica.
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A leptina é uma adipocitocina (substância secretada pelas células do tecido
adiposo), considerada como um sinal adipostático ao cérebro e aos tecidos
periféricos sobre o balanço energético e as reservas corporais em mamíferos
(GUIMARÃES et al., 2007).
A ação da leptina tem sido implicada na regulação de vários mecanismos
biológicos, entre eles, os reprodutivos (MANTZOROS et al., 1997), a resposta imune
inflamatória (LORD et al., 1998), a hematopoiese e angiogênese (FANTUZZI e
FAGGIONI, 2000). A leptina tem sido relacionada com a interação entre nutrição e
reprodução, esse hormônio é encontrado em muitas áreas do cérebro e outros
tecidos, incluindo os ovários (BOLAND et al., 2001).
Os efeitos da leptina sobre a reprodução são consequência da
disponibilidade de reservas energéticas, uma vez que a leptina atua enviando sinais
periféricos às regiões do cérebro sensíveis à glicose, que influenciam a secreção do
hormônio liberador de gonadotrofinas (BRANN et al., 2002).
De acordo com Barash et al. (1996), a ação da leptina sobre a reprodução
pode se dar de duas formas: direta, quando ela age sobre as gônadas promovendo
o aumento na produção de esteroides sexuais, o que foi evidenciado pelo aumento
no tamanho uterino, em razão da maior proliferação glandular no epitélio e
endométrio uterino; e indireta, por meio da sua ação sobre o eixo hipotalâmico-
hipofisário, cuja função é informativa sobre o estado nutricional do indivíduo,
permitindo que o processo reprodutivo siga em frente quando houver reservas
energéticas suficientes para reprodução, caso contrário, este fenômeno é
temporariamente bloqueado.
Fazendo uma breve análise sobre a figura (6) na restrição alimentar e na
realimentação, a leptina além de evitar a deposição excessiva de gordura corporal,
parece ter um papel importante durante a adaptação dos animais à restrição
alimentar. A grande diminuição nos níveis plasmáticos da leptina em gado de corte
tem restrição alimentar pode ser um sinal para estimular a ingestão na situação de
realimentação e aumentar a secreção de glicocorticóides, diminuir a atividade da
tireóide, o gasto energético e a síntese protéica, além de bloquear a reprodução
(CHILLIARD et al. 2001).
23
Figura 6: Relação entre a leptina plasmática, o cortisol e a insulina durante a restrição alimentar e a realimentação em ruminantes.
Fonte: Chilliard et al., 2001.
6 ALIMENTAÇÂO E VERMIFUGAÇÃO
A alimentação tem um papel muito importante sobre o desenvolvimento sexual
dos animais. Quando a ingestão de energia é restrita, o desenvolvimento testicular
diminui e a produção espermática pode ser reduzida (DERESZ et al., 2006).
Deficiências prolongadas de nutrientes essenciais podem provocar
infertilidade. Por outro lado, uma alimentação excessiva e supérflua pode tornar os
reprodutores obesos e indolentes, e também nesse caso, com reflexo negativo nas
taxas reprodutivas do animal. No período em que o animal estiver gestante, devem
estar bem alimentada com pastagens de boa qualidade ou recebendo
24
suplementação volumosa e/ou concentrada. Para que as novilhas tenham um ganho
de peso adequado e as vacas recuperem (ECC) (DERESZ et al., 2006).
Os minerais são exigidos em níveis adequados para animais nos diferentes
estágios reprodutivos, são 15 tipos de minerais requeridos à manutenção da sua
saúde e desempenho produtivo e reprodutivo. A tabela a seguir mostra os níveis de
exigências nutricionais para gado de corte dos diferentes elementos referidos
abaixo.
TABELA 2: Exigências de minerais na dieta de bovinos de corte.
MINERAIS NÍVEIS SUGERIDOS INTERVALO
Macroelementos Cálcio 0,18% 0,18 - 0,53%
Fósforo 0,18% 0,18 - 0,37%
Magnésio 0,18% 0,05 - 0,25%
Potássio 0,65% 0,50 - 0,70%
Sódio 0,08% 0,06 - 0,10%
Enxofre 0,10% 0,08 - 0,15%
Microelementos Zinco 30 ppm 20 - 40 ppm
Cobre 8ppm 4 - 10 ppm
Ferro 20 ppm 10 - 50 ppm
Manganês 20 ppm 10 - 40 ppm
Iodo 0,50 ppm 0,20 - 2,0 ppm
Cobalto 0,10 ppm 0,07 - 0,11 ppm
Selênio 0,20 ppm 0,05 - 0,30 ppm
Molibdênio 0,01 ppm 0,05 - 0,30 ppm
Fonte: National Research Council 1976, 1984.
Para CAMERA et al. (2012), a saúde do animal é prejudicada por vários
fatores patogênicos que podem atacar os rebanhos como os ectoparasitas e os
endoparasitas. Os ectoparasitas são responsáveis por causar prejuízos. Logo, a
importância da vermifugação é combater os parasitos que absorvem os nutrientes
presentes na alimentação.
Um problema frequente na pecuária são os parasitas gastrointestinais. Eles
contribuem para a baixa produtividade do rebanho, por isso devem ser mantidos sob
controle. A verminose compete com o animal pelos nutrientes. Entre os sintomas
mais frequentes estão: emagrecimento, anemia, falta de apetite, barriga estufada,
diarreia, pêlos arrepiados e sem brilho. Dependendo do animal, os sintomas mais
intensos podem levar até à morte (AGRONLINE, 2018).
25
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica evidente que a associação dos fatores descritos anteriormente
influencia direto no desempenho reprodutivo, uma falha em qualquer uma das
etapas desregula processos reprodutivos fisiológicos, a exemplo da gametogênese.
Esta revisão mostrou algumas principais ferramentas para ajudar a ter uma
reprodução eficaz, considerando que o manejo reprodutivo é de fato um dos
segmentos mais importantes no processo de produção do animal, e reflete
espontaneamente nos números da produtividade dos rebanhos.
26
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