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Jornal de OLEIROS www.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº 18, Setembro/Outubro de 2011 Preço: 0,01€ (inclui IVA) Edição Bimestral INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA Director e Fundador Paulino B. Fernandes LOURANTUNES, Lda Telefone /Fax: 272 682 464 Telemóveis: 966092649 e 964785156 2.º Aniversário PÁGINA 2 PÁGINA 10 PÁGINA 2 PÁGINA 9 E 13 Editorial Paulino B. Fernandes PÁGINA 10 O Norte da Europa não... Dr. António Justo Agricultura a troco... Dr. António Moreira “De olho na Educação” Dra. Manuela Marques Foi aqui no belo resturante COELHO DA ROCHA em Campo de Ourique, de ou- tro grande Oleirense onde muitas vezes nos reunimos para discutir o futuro. O José António Martins, o João Ramos o Luis Mateus e eu próprio. Também no Centro Cultural de Belém incluindo aí a Maria da Conceição Ro- cha, e o Fernando Caldeira da Silva, mas sempre con- certados e em sintonia com “outras Figuras basilares do projecto” como a Inês Mar- tins, a Ana Neves, a Soraia Tomaz, o António Romão de Matos, o António Men- des, a Catia Afonso, a Joa- na Rodrigues, o Fernando Dias, o Miguel Marques, a Maria dos Reis Fernandes, o Fernando Carvalho a Ivo- ne Roque Luis Fernandes, a Maria Alda Barata Salguei- ro, o Lopes Marcelo, o Artur Brás, o Carlos Marques de Almeida, o António Justo, o António Moreira, o Serafim Marques, o Augusto de Ma- tos, o Carlos N. de Carva- lho e, evidentemente, com a Manuela Marques nossa Presidente do Conselho Editorial. Aqui terçámos armas: Vamos fazer mais páginas: Quem paga? Vamos colocar artigos mais pequenos mesmo que truncados: Jamais, nem pen- sar; Vamos colocar mais fotos: vamos sempre que possível; Vamos dar mais notícias do Concelho: Sem dúvida, o mais possível. Hoje sômos um jornal muito respeitado, indepen- dente e não dependente, salvo da vontade dos nossos Leitores e Amigos. Foi sempre o que fui lem- brando, este é um projecto Editorial dedicado à cultu- ra da região, à sua promo- ção, à canalização de meios para a região, ao aproveita- mento de Quadros válidos que hoje estão dispersos. Não sômos um projecto político e não o seremos sob a minha Direcção. E isso é claro entre todos, mau grado cada um possa e até deva ter projectos pesso- ais e políticos. Desejo que neste dia 15 de Outubro estejamos rodea- dos de Amigos, que seja um dia de FESTA e afirmação. Faltarão alguns que tanto recordamos e tanta falta nos fazem. Em homenagem, pros- seguiremos o nosso cami- nho. n Director UM PROJECTO CONSOLIDADO Pedro Santana Lopes é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Após recusar vários cargos no exterior, aceitou sem salário esta importante missão num momento de grande responsabilidade social. Um aplauso a Pedro Santana Lopes. Páginas Especiais

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Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº 18, Setembro/Outubro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

InfLuEntE na REgIãO dO PInhaL IntERIOR SuL, BEIRa IntERIOR SuL E COva da BEIRa

Director e FundadorPaulino B. Fernandes

LOURANTUNES, LdaTelefone /Fax: 272 682 464

Telemóveis: 966092649 e 964785156

2.º aniversárioPágina 2

Página 10

Página 2

Página 9 e 13

EditorialPaulino B. Fernandes

Página 10

O Norte da Europa não... Dr. António Justo

Agricultura a troco...Dr. António Moreira

“De olho na Educação”Dra. Manuela Marques

Foi aqui no belo resturante COELHO DA ROCHA em Campo de Ourique, de ou-tro grande Oleirense onde muitas vezes nos reunimos para discutir o futuro. O José António Martins, o João Ramos o Luis Mateus e eu próprio. Também no Centro Cultural de Belém incluindo aí a Maria da Conceição Ro-cha, e o Fernando Caldeira da Silva, mas sempre con-certados e em sintonia com “outras Figuras basilares do projecto” como a Inês Mar-tins, a Ana Neves, a Soraia Tomaz, o António Romão de Matos, o António Men-des, a Catia Afonso, a Joa-na Rodrigues, o Fernando Dias, o Miguel Marques, a Maria dos Reis Fernandes, o Fernando Carvalho a Ivo-ne Roque Luis Fernandes, a

Maria Alda Barata Salguei-ro, o Lopes Marcelo, o Artur Brás, o Carlos Marques de Almeida, o António Justo, o António Moreira, o Serafim Marques, o Augusto de Ma-tos, o Carlos N. de Carva-lho e, evidentemente, com a Manuela Marques nossa Presidente do Conselho Editorial.

Aqui terçámos armas: Vamos fazer mais páginas: Quem paga?

Vamos colocar artigos mais pequenos mesmo que truncados: Jamais, nem pen-sar;

Vamos colocar mais fotos: vamos sempre que possível;

Vamos dar mais notícias do Concelho: Sem dúvida, o mais possível.

Hoje sômos um jornal muito respeitado, indepen-

dente e não dependente, salvo da vontade dos nossos Leitores e Amigos.

Foi sempre o que fui lem-brando, este é um projecto Editorial dedicado à cultu-ra da região, à sua promo-ção, à canalização de meios para a região, ao aproveita-mento de Quadros válidos

que hoje estão dispersos.Não sômos um projecto

político e não o seremos sob a minha Direcção.

E isso é claro entre todos, mau grado cada um possa e até deva ter projectos pesso-ais e políticos.

Desejo que neste dia 15 de Outubro estejamos rodea-

dos de Amigos, que seja um dia de FESTA e afirmação.

Faltarão alguns que tanto recordamos e tanta falta nos fazem.

Em homenagem, pros-seguiremos o nosso cami-nho. n

Director

uM PROJECtO COnSOLIdadO

Pedro Santana Lopes é o novo Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Após recusar vários cargos no exterior, aceitou sem salário esta importante missão num momento de grande responsabilidade social. Um aplauso a Pedro Santana Lopes.

Páginas Especiais

2 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Festejamos o 2º Aniversário seguramente rodeados de mui-tos Amigos.

15 de Outubro de 2011 será um dia bom, marcante, mesmo notável.

Fazêmo-lo num momento de crise acentuada em Portugal mas não só, contraditória tam-bém, onde são visíveis sinais incontornáveis de desorienta-ção, medidas pouco mobiliza-doras causadoras de constran-gimentos vários.

Mas é o nosso 2º Aniversário o que nestes dias mais nos em-polga.

Vai nascendo o Grupo Eco-nómico, já com dois jornais com edições em papel e em on-line, vai nascer a Editora Povo de Portugal e o Director possui uma participação em directo numa das maiores rádios de portugueses no mundo que faz cadeia com vários países, nomeadamente o Canadá, a França, a Alemanha e os EUA evidentemente, além da África do Sul, onde às 5ª feiras pelas 16 horas de Portugal, estare-

mos em directo.Não é de somenos para quem

nasceu com a crise.

Aos Colaboradores iniciais vieram juntar-se outros muito qualificados e que ampliaram muito a penetração do Jornal.

O Jornal cresceu, tornou-se referência obrigatória - mérito da Equipa que aqui saúdo.

O ano que aí vêm é de luta pelos jornais, mas, também pelo país.

Vão desencadear-se as gran-des batalhas “pelas nossas Câ-maras, Freguesias e nelas esta-remos empenhados fortemente - politicamente - se necessário.

Libertos de peias partidárias que não possuimos e de que não dependemos, lutaremos pelo que fôr justo e exequível, com realismo.

Podem contar com a nossa independência. n

Director Email: [email protected].

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EDITORIALDE “OLhO” NA EDUCAçãO

Manuela Marques

–Cabeleireiro–ManiCure–PediCure––dePilação–unhas de Gel–

Praça da República - Oleiroswww..gloss-cabeleireico.com

Telefone 272 682 50

No dia seis de Setembro, o Agru-pamento de Escolas Padre António de Andrade recebeu o grupo de pro-fessores que estará à frente dos desti-nos académicos dos alunos do nosso concelho. Depois de uma reunião ge-ral na escola sede do Agrupamento, partiram todos em busca dos segre-dos desvendados e por desvendar da (antiga vila) aldeia de Álvaro. O Lagar da Casa Museu da Gaspalha foi um dos primeiros alvos da visita que o senhor presidente da junta de freguesia de Álvaro preparou para os docentes. Primeiramente, o mimo passou pela receção junto à interce-ção que leva à Gaspalha, para que ninguém perdesse o norte ao lugar bafejado de cheiros deliciosos de mato e flores silvestres e estendeu-se depois ao saborosíssimo porto, casei-ro, que naquela Casa Museu fez as delícias de todos. Ali se preservam largas memórias das gentes passadas e de seus afazeres singelos, telúricos, mas de suma importância para a so-brevivência de outros tempos.

Posteriormente, subiu-se o monte, em direção a Álvaro, esse recanto que o Zêzere teima em embelezar e cortar a respiração a todo aquele que, no alto da igreja, vê aquela paisagem indescritível de natureza, em zéfiros quentes de um verão que teimou não ser tão estival quanto se desejara.

A Igreja da Misericórdia também foi canto privilegiado de visita pela sua provisão de paramentos, painéis, mortalhas e outros objetos afins de um lugar sagrado, de culto, de todos quantos naquela porta batem e ba-teram para encontrar o conforto do espírito e da alma perturbada ou tão somente orar pelos seus semelhan-tes, numa busca infindável de paz e sabedoria celeste.

O tempo gastou-se por aquelas paragens, e parece não existir...nas pedras da calçada, nas ruas sóbrias e varonis calcorreadas, outrora, por homens de enxada na mão, por crianças de sacola a tiracolo, por la-vadeiras, pessoas simples e, agora, por tão poucos que teimam em não abandonar aquele perfeito planalto ou dizem que ali nasceram, ali mor-rerão...

Depois de apreciada a paisagem, de todo aquele possível paraíso ter-reno, «olhar o Zêzere» impunha-se junto ao rio a convidar a aromas e sabores deliciosos que uma nature-za tão verdadeira e plena de ar puro

propicia. Seguiu-se, então, o jantar, tão bem servido, oferecido pela Câ-mara Municipal de Oleiros que há muito considera esta iniciativa do Agrupamento uma forma de aproxi-mar os docentes da restante comuni-dade, para que conheçam a realidade do concelho e se unam aos esforços de fomentar o desenvolvimento do mesmo.

Mais uma vez se esqueceu o tempo em conversas amenas de uma tarde de quase fim de verão para que os novos professores conhecessem os de cá e estes conhecessem os dalém, um além mais perto ou mais longínquo em terras de todos nós. Iguarias, bem regadas, esperavam no restaurante Olhar o Zêzere, à beira rio, num con-vívio caloroso, do qual fizeram parte as entidades já referenciadas. E tudo decorreu com a normalidade de um jantar entre gente que se entende, que partilha muitas alegrias e muitos dissabores, que luta diariamente para impor um ensino de qualidade, que viaja todos os dias daquém e dalém para vislumbrar um olhar de curio-sidade num rosto pequeno de apren-diz, ávido de saber, de aprender e que vê no seu professor a forma cari-nhosa e altruísta, digna e responsável com que transmite cultura, tradições, letras, números, o saber ser e o saber estar para que um dia os pequenos, já crescidos, saibam fazer e inventar...

Seguiram-se os discursos da praxe. A Diretora pronunciou-se em agra-decimentos a todos quantos propor-cionaram aquele dia a nós docentes e desejou-nos um ano auspicioso. O mesmo desejou o Presidente da Câ-mara Municipal e acrescentou que o apoio daquela instituição não esmo-

recerá, reafirmando a sua luta pela educação e pelas crianças do conce-lho de Oleiros.

Por fim, a direção do Agrupamen-to ofereceu uma lembrança simbóli-ca aos presentes e ouviu-se por entre os docentes, que pela primeira vez chegam à nossa Escola, «Nunca fui recebido assim em nenhum outro lugar». E por isto, nem que seja só um a dizê-lo, vale a pena todo o es-forço que se faz anos e anos, sempre remando contra uma maré que se vai engrossando e que parece nos irá tragar num futuro próximo...Basta que um repare e mude o rumo dos acontecimentos, como um efeito borboleta, para que tudo esteja no seu devido lugar, como casa arru-mada, arejada, livre de pó bafiento e asfixiante! Contudo, nada parece mudar e ainda não veio aquele que vai olhar em frente e agarrar o leme firmemente contra a corrente que teimosamente nos quer engolir. E vamos continuar na mesma, com um rumo de incertezas, sem saber o que verdadeiramente se passa neste país e quão má e gravíssima é a si-tuação de todos os portugueses, com os governantes a “taparem o sol com a peneira”...E corte aqui, corte ali, este ano, para o ano, nos próximos largos anos...e tudo parece infrutífero e sentimo-nos como numa trincheira à espera que a bomba rebente!

Aqui, em Oleiros, foi assim o nos-so dia...e alegra-me saber que é nos lugares esquecidos pela Pólis que os docentes sabem o que é ser bem rece-bido, sabem o que é um gesto verda-deiro e justo.

Bom ano para todos nós professo-res e para os nossos alunos. n

Professores bem recebidos em Álvaro,

a «Olhar o Zêzere»

Jornal de OLeiROS 32011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Dr. Luís Mateus

Os Censos 2011 aí estão dis-poníveis para todas as análises, comparações, estatísticas para decisões, números muitas vezes chocantes, outros surpreendentes, mas aí estão eles e a serem já base para imensas abordagens políticas, jornalísticas, programadores, deci-sores. Quantos somos? Quem so-mos? Como vivemos? Quais foram os comportamentos, em termos de migração, dos portugueses?

Por falta de espaço neste número limito-me a ser mais um dos que chama a atenção de algumas coisas tendo por base exactamente os nú-meros dos Censos. O quadro dos resultados para a zona a que per-tencemos e por ela lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já esperáva-mos mas que alguns políticos fin-giam não ser assim.

No conjunto dos concelhos só Castelo Branco ganhou habitantes (+325) e Vila de Rei (+95). Idanha-a-Nova é o que perde mais em per-centagem (-17,69), mas em número de pessoas é o da Covilhã que mais perde (-2.735 com -5,02%). É claro que, estes números lidos sem a

conjugação entre o número de ha-bitantes que tinham e os que agora têm, podem indicar para leituras algo distorcidas. O quadro mais pormenorizado aqui fica, por or-dem alfabética:

Em dez anos foi isto. Perdemos. Perdemos nós por aqui e perdeu o país porque, nem os fundos que há anos chegaram a Portugal para o seu desenvolvimento não foi apli-cado estrategicamente e com visão de futuro. Gastámos muito em festas cerimónias, formação sem nexo, subsídios quase inexplicá-veis, criação do sentimento de que a “cunha” continua e continuará e quem não é da cor nos meios mais pequenos é estar do outro lado, as suas ideias não interessam. A pre-ferência pelo partidarismo, o ami-guismo, e outros ismos vão sendo a descrença – que os verdadeiros políticos não gostam quem fale-mos – da nossa democracia.

Já li várias intervenções para o problema da “desertificação” seja combatido. Se unam esforços. Se reúnam génios. Se estudem as so-luções para alterar este ritmo avas-

salador. Mas… na agenda política não entrará nos próximos tempos este enorme problema. Porque a “crise” não deixa. Porque na troika está o contrário: matar freguesias, talvez (improvável) concelhos e já caminhamos para as Câmaras mo-nocolores.

Neste momento considero que

os autarcas dos nossos concelhos têm de ter projetos âncora, têm de entre eles terem lideranças a pen-sar mais alargado e os outros não considerarem o seu concelho como uma quinta (ou quintal). E isto, não retira o reconhecimento que tenho por alguns desses autarcas. Mas outras “governam” com di-

nâmicas ultrapassadas, com roti-nas de muitos anos. Há exceções? Há! E felizmente boas. Mas, como dizia o Presidente da concelhia do PSD da Sertã no Comarca da Sertã “Sem tibiezas é urgente repensar o INTERIOR e agir sem demora. O despovoamento não tem de ser uma fatalidade”. n

Desertificação? Cada vez somos menos

DESERTIFICAÇÃO? CADA VEZ MAIS

SOMOS MENOS

Os Censos 2011 aí estão disponíveis para todas as análises, comparações, estatísticas para decisões, números muitas vezes chocantes, outros surpreendentes, mas aí estão eles e a serem já base para imensas abordagens políticas, jornalísticas, programadores, decisores. Quantos somos? Quem somos? Como vivemos? Quais foram os comportamentos, em termos de migração, dos portugueses?

Por falta de espaço neste número limito-me a ser mais um dos que chama a atenção de algumas coisas tendo por base exactamente os números dos Censos. O quadro dos resultados para a zona a que pertencemos e por ela lutamos – Zona do Pinhal Interior Sul – apresenta resultados que todos já esperávamos mas que alguns políticos fingiam não ser assim.

No conjunto dos concelhos só Castelo Branco ganhou habitantes (+325) e Vila de Rei (+95). Idanha-a-Nova é o que perde mais em percentagem (-17,69), mas em número de pessoas é o da Covilhã que mais perde (-2.735 com -5,02%). É claro que, estes números lidos sem a conjugação entre o número de habitantes que tinham e os que agora têm, podem indicar para leituras algo distorcidas. O quadro mais pormenorizado aqui fica, por ordem alfabética:

CONCELHOSEm 2001

VARIAÇÃOEm 2011

TOTAL TOTALBelmonte 7 592 -787 -10,37% 6 805Castelo Branco 55 708 +325 0,58% 56 033Covilhã 54 505 -2735 -5,02% 51 770Fundão 31 482 -2310 -7,34% 29 172Idanha-a-Nova 11 659 -2062 -17,69% 9 597Oleiros 6 677 -975 -14,60% 5 702Penamacor 6 658 -1006 -15,11% 5 652Proença-a-Nova 9 610 -1347 -14,02% 8 263Sertã 16 720 -793 -4,74% 15 927Vila de Rei 3 354 +95 2,83% 3 449Vila Velha de Ródão 4 098 -519 -12,66% 3 579TOTAL ------------- 208 063 195 949

Em dez anos foi isto. Perdemos. Perdemos nós por aqui e perdeu o país porque, nem os fundos que há anos chegaram a Portugal para o seu desenvolvimento não foi aplicado estrategicamente e com visão de futuro. Gastámos muito em festas cerimónias, formação sem nexo, subsídios quase inexplicáveis, criação do sentimento de que a “cunha” continua e continuará

A Inês Barata, jovem promissora, boa estudante, premiada diversas vezes, foi vítima de brutal assas-sínio e sepultada em Oleiros no pretérito dia 30 de Agôsto.A Seus Pais Cecília Barata e a Dinis apresentamos as mais sentidas condolências.

Jornal de Oleiros - Direcção

� �

Alda Barata Salgueiro

Recebi há dias um e-mail que considero interessante e também oportuno. Dizia assim:

A Presidenta foi Estudanta?!(Este artigo não segue o novo acordo ortográfico)

No português existem os parti-cípios activos derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de men-dicar é mendicante……Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se

adicionar à raiz verbal os sufixos -ante, -ente ou -inte.

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE e não “presidenta”, independentemente do sexo que tenha. Diz-se capela ardente e não capela ardenta; diz-se estudante e não “estudanta”; diz-se paciente e não “pacienta”.

Um bom exemplo de erro gros-seiro seria:

-A candidata a presidenta com-porta-se como uma adolescenta que imagina ter virado eleganta

para tentar ser nomeada represen-tanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras atitudes barbarizen-tas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta».

Apesar de humorística, esta re-flexão trata de um assunto sério, direi mesmo muito sério. As lín-guas evoluem como os seres vivos, mas também como os seres vivos não devem perder o ADN que

as caracteriza. Esta necessidade de afirmação femininista não tem qualquer mérito, ou antes, contri-bui sim, como uma menos valia para a causa feminina, porque é atrevidamente ignorante.

Os substantivos e os adjectivos designados uniformes, devem manter-se uniformes porque não transportam qualquer equívoco, mesmo para designar entidades que desempenham cargos por mais prestigiados que sejam, pois o artigo definido que os antecede

define, por natureza, o seu género: o intendente, a intendente; o resi-dente a residente.

Senhora arquitecta Helena Ro-seta, a senhora doutora Assun-ção Esteves não é a presidenta da Assembleia da República, ela é a Presidente da Assembleia da Re-pública.

Depois desta afronta, espero que o senhor Prof. Aníbal Cavaco Silva não deseje passar a ser designado por: o presidento de todos os por-tugueses! n

Maria Odete Santos, de 81, residente no Estreito, tendo exercido durante largos anos a profissão de professora, faleceu no passado dia 8 de Setembro.À sua filha, Dra. Maria do Céu Garcia (com Cartório de Notária frente ao El Corte Inglês), netos e restante família, apresentamos as mais sentidas condolências.

Jornal de Oleiros - Direcção

4 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Cursos de Especialização Tecnológica [nível 5]Condução de Obra

Construção e Administração de Websites

Apoios:AlimentaçãoAlojamentoTransportes

Aulas de Apoio

Contactos: email. [email protected] | Tlf. 236486341

Oferta 2011/12

[nível 4]

Cursos de Educação e Formação para Jovens [nível 2]

Cursos de Educação e Formação de Adultos [nível 4]

Cursos de Educação e Formação de Adultos [nível 2]

“Quali�car é Crescer”

O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional recebeu uma missão decisiva da Rede Europeia de Geoparques, sob os auspícios da UNESCO, que veio reavaliar o estatuto internacional alcançado em 2006, servindo de suporte de análise à votação da permanência do Geopark Naturtejo nas redes Europeia e Global de Geopar-ques para o quadriénio 2012-2015. Após mais de dois meses de audi-toria aos instrumentos de gestão do Geopark Naturtejo e conserva-ção do seu património geológico, Pablo Rivas Palomo, coordenador do Geoparque Cabo de Gata-Níjar (Espanha), Reserva da Biosfera da UNESCO, e Marie-Luise Frey, di-rectora de Messel Pit (Alemanha), Património Mundial da UNESCO, estiveram no terreno a avaliar o trabalho desenvolvido pela Na-turtejo - EIM, ao longo dos últi-mos 5 anos, em conjunto com os seus municípios fundadores e os seus parceiros privados. Os dois especialistas percorreram a re-gião para confirmar a evolução do plano de acção definido para o território Geopark Naturtejo, ana-lisando o grau de protecção e va-lorização patrimonial, o sucesso das parcerias públicas e privadas, a qualidade das actividades edu-cativas desenvolvidas pela Natur-tejo com as escolas, municípios e

parceiros privados e a implantação de uma estratégia turística de base sustentável.

Com o objectivo de abordar os diferentes pontos de análise, a Naturtejo preparou um rigoroso programa de visita ao Geopark. Saliente-se que, no decorrer do programa, os avaliadores atraves-saram grande parte do território e visitaram os principais geomo-numentos, unidades de alojamen-to e de restauração, empresas de animação turística, espaços muse-ológicos, culturais e postos de tu-rismo, contactando as pessoas nas suas áreas de responsabilidade, na rua ou em festivais de cariz popu-lar.

Em Oleiros, a comitiva passou pelo Posto de Turismo e pela Casa S. Torcato-Moradal, tendo sido muito bem recebidos pelo Verea-dor da Câmara Municipal de Olei-ros, Vitor Antunes, pelo represen-tante dos parceiros privados da Naturtejo, João Paulo Ribeiro da Pirotecnia Oleirense e pela res-ponsável pela comunicação deste município, Inês Martins. Os ava-liadores puderam fazer uma vi-sita guiada ao excelente posto de turismo e centro de exposições, verdadeiro exemplo no território do Geopark, através das entusias-mantes explicações de Inês Mar-tins. Ficaram a conhecer a nova

estratégia Oleiros/Geopark de in-tegração dos produtos turísticos de Oleiros, numa única marca – A Rota das Montanhas -, à qual se alia uma nova abordagem de ma-rketing dos produtos tradicionais – Produtos da Montanha – que se encontram disponíveis para ven-da neste Posto de Turismo, tais como os Geodoces, os tropeços, a aguardente de medronho ou o ar-tesanato em linho, madeira ou xis-to. Este Posto de Turismo é ainda pioneiro na criação de um espaço internacional de divulgação do Geopark Naturtejo e dos restan-tes 42 geoparques existentes na Europa, para os seus visitantes. Os avaliadores foram muito bem acolhidos pela família Bártolo na Casa S. Torcato-Moradal, a pri-meira Casa Naturtejo. Em fase

de crescimento, com a construção de 5 novos quartos e apostando numa hospitalidade familiar ro-deada dos aromas da aldeia, o S. Torcato-Moradal reforçou a oferta do Geopark Naturtejo, tornando-se ponto de partida para a des-coberta do valioso património geológico e botânico da Serra do Moradal. Aqui, e em jantar de despedida, os avaliadores da Rede Europeia de Geoparques e restante comitiva puderam expe-rimentar algumas das maravilhas da gastronomia local em ambiente de genuína hospitalidade, assim como comprovar o conforto do silêncio numa noite muito bem passada em S. Torcato.

O sucesso que se espera desta missão para o futuro do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional

dependeu fundamentalmente do trabalho realizado e dos projec-tos implementados nos últimos 5 anos, da demonstração do sentido de união e pertença sempre pre-sentes no dia-a-dia deste territó-rio, do entusiasmo das suas gentes e de cada um de nós e da qualida-de da informação disponibilizada nos municípios e pelas entidades por onde a missão passou. No dia 15 Setembro serão conhecidos os resultados da avaliação do Geo-park Naturtejo pela Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques e UNESCO, que se irá reunir no Geopark Gea Norve-gica, em Larvik, Noruega. n

Carlos Neto de Carvalho e Joana Rodrigues

Avaliação internacional do geopark naturtejo passa por Oleiros

Jornal de OLeiROS 52011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Agência de OleirosPraça do Município, 30

Telefone 272680000 - Fax 272680007

Contabilidade . salários . irs/irC . Pocalrua Cabo da devesa, 6160-412 oleiros

email: [email protected] • Telefone 272 682 795

A data era in-tencional, havia Eleições em 12 e o Projecto não era meramente político.

Recordo aliás a conversa pré-via com o Se-nhor Comenda-dor José Santos Marques, nosso Presidente, que também a recor-dará.

Foi uma gran-de decisão, uma paixão que nas-ceu e se mantém, ajudada a construir por muitos Amigos a quem aqui agradeço pessoalmente. n

Em 15 de Outubro de 2009 nascia

o Jornal de Oleiros

RURALIDADES

Todos os territórios, em particular os espaços rurais, necessitam que haja em-preendedorismo para que ocorra a sua revitalização. Consultando no dicioná-rio o significado do verbo “empreender”, este consiste em “tomar a resolução de fazer uma coisa (de certo vulto) e começá-la: em-preender um trabalho”. Na verdade, estão aqui subjacentes as noções de trabalho e de iniciativa, seja esta última de natureza pública ou privada.

É este espírito de iniciativa, gerador de riqueza e emprego, que dinamiza os territórios e aumenta a sua capacidade de atracção. Só desta forma se conse-gue fixar pessoas em territórios de baixa densidade populacional, sendo este um factor preponderante para a revitaliza-ção das economias locais.

Acarinhar as empresas empreendedo-ras existentes numa região, as quais em muito têm contribuído para a fixação de recursos humanos, é fundamental para garantir a vitalidade do território. Na

maioria dos casos, estas têm feito um esforço heróico, e muitas vezes altruísta, para se manterem em certos locais do interior, criando algo diferente, dedican-do todo o tempo e trabalho necessários e assumindo todos os riscos correspon-dentes, em prol do acréscimo de riqueza e valor das regiões.

Por outro lado, a fixação de novas em-presas, com inovadores modelos de de-senvolvimento, poderá contribuir para a afirmação de uma renovada identidade do território. O aparecimento de novos produtos, muitos deles possuidores de valor acrescentado, será um importante vector de valorização dos territórios, os quais surgem desta forma regenerados e com uma nova imagem.

Do mesmo modo, a existência de no-vos empreendimentos pode potenciar a atracção de recursos humanos e conse-quentemente, de população, tão necessá-ria nestes territórios de baixa densidade.

Concluindo, o conceito de empreen-

dedorismo (que foi utilizado pela pri-meira vez em 1950, tendo sofrido um longo processo de evolução), é hoje em dia consensualmente considerado pela sociedade como principal promotor do desenvolvimento económico e social de um determinado território.

O papel do empreendedor consiste em identificar oportunidades, agarrá-las e encontrar os recursos necessários para as transformar num negócio lucrativo. Ten-do como referência os espaços rurais, o processo assume contornos específicos, quer no que diz respeito às oportunida-des existentes, como no que se refere aos riscos inerentes.

Face ao contexto que vivemos actual-mente, forçosamente marcado por no-vos desafios, o futuro terá de passar pela regeneração do interior e nesse sentido, é fundamental uma dose considerável de empreendedorismo, num processo que tem tanto de gratificante como de urgente. n

Empreendedorismo em espaço rural, precisa-se!

Inês Martins

6 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

O FAROL

António Graça

O Instituto Pedro Nunes (IPN), organismo da Universidade de Coimbra (UC), acaba de obter o “selo” de qualidade de BIC - Bu-siness Innovation Centre. Os BIC são centros de apoio à criação de empresas que seguem um mode-lo europeu e estão integrados na EBN - European Business & In-novation Centres Network. A sua missão é contribuir para a criação de novas gerações de Pequenas e Médias Empresas (PME’s) inova-doras e para o desenvolvimento e modernização das empresas exis-tentes.

Os critérios de avaliação estão

organizados em critérios que vão desde a coerência da missão do BIC e capacidade de concretizar objectivos relacionados com ino-vação e empreendedorismo, até à qualidade dos serviços prestados nessa área e os resultados histó-ricos obtidos. O IPN, devido aos seus resultados, obteve a classifi-cação máxima em todos os crité-rios.

A equipa multidisciplinar do IPN que engloba o Departamen-to de Inovação, a Incubadora de empresas e a nova “aceleradora” de empresas será a responsável por este novo BIC. Esta equipa,

alicerçada na rede europeia na EBN - European Business & In-novation Centres Network, «po-derá agora estender o seu leque de serviços de apoio a empresas de base tecnológica, facilitando a internacionalização e a instala-ção em novos mercado, através das relações privilegiadas com os restantes 150 BIC’s e mais de 2.000 profissionais de inovação, cerca de 4.000 empresas incuba-das e mais 11.000 empresas as-sociadas», afirma o responsável do Departamento de Valorização do Conhecimento e Inovação do IPN, Carlos Cerqueira.

Sobre o IPN:Criado em 1991 por iniciativa

da Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes (IPN) - As-sociação para a Inovação e Desen-volvimento em Ciência e Tecnolo-gia - tem como missão contribuir para a transformação do tecido empresarial e das organizações em geral, promovendo uma cul-tura de inovação, qualidade, ri-gor e empreendedorismo, assente num sólido relacionamento uni-versidade/empresa e actuando em três frentes que se reforçam e complementam: Investigação

e desenvolvimento tecnológico, consultadoria e serviços espe-cializados, Incubação de ideias e empresas e Formação especia-lizada e divulgação de ciência e tecnologia. n

Coimbra, 6 de Setembro de 2011

Cristina PintoAssessoria de Imprensa - Univer-sidade de Coimbra91 7575022 | 96 7654006

IPN recebe distinção BIC - Business Innovation Centre

O Verão é a estação do ano mais desejada, uma vez que com ela chega o habitual ( por enquanto) período de férias, no qual, quem trabalhou o ano inteiro, procura re-cuperar forças e recarregar as bate-rias para o período de 12 meses que se segue, e, quem nada fez durante o ano, continua mais uns dias sem nada fazer, mas, desta vez, com uma justificação consistente.

É também no Verão que “ o sol bate forte nas cabeças” , parecendo por vezes alterar o funcionamento dos neurónios a ele expostos. Essa alteração é mais notória no caso das chamadas figuras públicas, uma vez que os seus actos e afirmações são mais divulgados.

Desse fenómeno, daremos em se-guida alguns exemplos:

O ÁlvaroO Álvaro, que é como gosta de ser

tratado o actual ministro da Econo-mia, teve a original ideia de sugerir a criação de portagens no IC19 e no IC2, as principais vias de entrada na cidade de Lisboa, usando como argumento que isso já é feito em vá-rias cidades da Europa. Oh Álvaro, o senhor veio do Canadá e a mu-dança das temperaturas frias para as nossas fez-lhe mal.

Para começar, diremos que o há-bito de querer comparar-nos com o que se passa na Europa quando se trata de medidas a tomar, normal-mente negativas, é desonesto, uma vez que Portugal pertence à Europa por mero acidente geográfico, pou-co mais tendo em comum com os restantes países europeus. Depois, tanto quanto sabemos, apenas duas cidades europeias têm esse sistema,

Estocolmo e Londres. Finalmente, com a situação criada com as medi-das de austeridade, criar-se-ia, com essa atitude um detonador para forte agitação social, que o chefe do seu governo não deseja.

homem rico homem pobre

Portugal, pelo caminho que as medidas para combater o deficit nos levam, corre o risco de se trans-formar, dentro em breve, num local onde só existem ricos e pobres.

De facto, nas últimas semanas, verificámos como é difícil e pouco conveniente cobrar mais impos-tos aos ricos. Houve até um deles, que tem uma fortuna avaliada em 2,6 mil milhões de euros, que veio logo dizer, desavergonhadamente, que não é rico, mas sim um simples assalariado. Ora, como a trabalhar ninguém enriquece, donde vieram os tais 2,6 milhões de euros?

Por outro lado, criou-se a moda de, sempre que são decretados aumen-tos de serviços ou taxas, criar um regime especial para os chamados mais desprotegidos. Não estamos a querer duvidar da necessidade de proteger determinados extractos da população, mas também sabemos que há muita gente que, não decla-rando os rendimentos que aufere se enquadra nos tais desprotegidos, e vive à grande, recebendo, para além dos rendimentos não declarados da sua actividade, todos os subsídios que consegue caçar.

A não haver uma inversão da tendência actual de recessão da economia, passaremos todos , os portugueses da classe média, mais

dia menos dia, a pertencer ao gru-po dos mais desfavorecidos.

ENVC (Estaleiros Navais de Viana do

Castelo)Um dos casos ultimamente mais

falados nos órgãos de comunicação é o caso dos ENVC, que considera-mos um caso emblemático do des-perdício das potencialidades nacio-nais, senão vejamos:

Os ENVC têm uma história de 67 anos no ramo da construção naval. São um dos maiores estalei-ros de construção naval da Europa Ocidental, têm pessoal altamente qualificado, equipamentos tecni-camente actualizados e instalações adequadas e bem localizadas.

Ao longo dos seus 67 anos de vida, foram ali construídos mais de duzentos navios de diversos tipos e aplicações, desde navios mercantes a navios de pesca, e até navios de guerra.

Porquê então a situação a que se chegou?

Salvo melhor opinião, é um caso de má gestão.

Um estaleiro de construção na-val, é uma empresa como outra qualquer, tem de ter uma estraté-gia comercial activa, produtos ino-vadores, capacidade de resposta, procurar novos mercados, etc., não pode viver de negócios virtuais com qualquer estagiário para di-tador sul-americano, cuja palavra vale o que vale, nem pode ser ad-ministrado por uma administração passiva.

Os últimos administradores, que custavam cada um 110.000€ por

ano à empresa, não trouxeram, em um ano do seu mandato, nenhum negócio para os estaleiros, decerto ficaram quietinhos nos seus gabine-tes à espera que as encomendas ca-íssem do céu. Também não se per-cebe a razão porque se foi buscar um administrador a Espanha, ao qual se pagam as deslocações sema-nais a casa. Em Portugal há pessoas com profundos conhecimentos do sector e competência superior para ocupar o lugar.

Olhos nos olhos

O Jornal de Oleiros e O Farol, pautam a sua orientação pela Inde-pendência e pela Frontalidade.

Foi nessa linha que O Farol foi um activo crítico do governo de Sócra-tes, e os factos vieram, infelizmente, a dar-nos razão.

Será esse o mesmo tipo de actu-ação que seguiremos com o actual governo, ou com quaisquer outros poderes instituídos ou com aspira-ções a virem a sê-lo.

Nesse sentido, parece-nos opor-tuno deixar aqui algumas pergun-tas a que o Sr,. Primeiro-Ministro deveria responder aos portugueses “olhos nos olhos”.

Como dissemos anteriormente, parece-nos que a maioria dos por-tugueses entende que o estado a que o país foi conduzido implicaria a adopção de medidas difíceis, o que parece ser difícil de entender é o seguinte:

-Todos os dias surgem notícias de casos de gestão ruinosa dos bens públicos. Não são apuradas res-ponsabilidades pelo sucedido?

- Porque é que são sempre os mes-

mos a fazer os sacrifícios, os que vivem do seu salário ou reforma, e outros não contribuem com nada, falamos dos rendimentos de capital dos beneficiários de dividendos, de mais-valias, etc.?

- Porque é que nos são pedidos sacrifícios para ajudar os bancos, quando estes não ajudam ninguém e andaram anos e anos a ter lucros fabulosos, recorrendo a todos os ar-tifícios fiscais para pagarem o míni-mo possível de impostos?

Esta ajuda, feita com o sacrifício dos portugueses, deveria ter uma contrapartida, por parte dos bancos. Por exemplo, estes, ficarem impedi-dos de cobrar “spreads” superiores à taxa de referência dos créditos que contratam. Hoje há bancos a cobrar o dobro, é agiotagem

Será o Senhor Primeiro-Ministro capaz de dar, olhos nos olhos dos portugueses, respostas satisfatórias a estas questões.

-A propósito de bancos, pode explicar-nos as razões da oferta, em condiçõesruinosas para o país, dos despojos do BPN ao banco angola-no, ou melhor, ao grupo Amorim e a Isabel dos Santos, sendo voz corrente que o senhor Amorim tem uma dívida ao mesmo banco que é mais de 50 vezes superior ao valor pelo qual ele lhe foi vendido?

- Finalmente, entende o senhor Primeiro-Ministro, em perfeita consciência, que as medidas que têm vindo a ser tomadas, vão con-tribuir para a sustentabilidade da nossa economia, ou não estaremos nós a sujeitar-nos à aplicação de medidas que já provaram a sua ineficácia?.

Até breve! n

Pensamentos de VerãoNota: O presente texto não segue as regras do novo acordo ortográfico

Jornal de OLeiROS 72011 SeTeMBRO/OUTUBRO

BPn = Buraco Pago (por) nós

Serafim Marques Economista

CRÓNICAS DE LISBOA

Há decisões cujo resultado final não foi o desejado, pois este só se conhecerá depois de decidida uma das opções que pudessem existir. Foi o caso da opção da nacionali-zação, por parte do governo PS, do BPN – Banco Português de Ne-gócios, quando foram detectadas irregularidades, em vez da opção de o deixar falir. Foi o medo de contágio aos outros bancos portu-gueses, com efeitos imprevisíveis e podendo mesmo gerar uma “banca rota”, face ao exemplo que tinha acontecido com a falência banco Lehman Brothers dos USA, onde esta teve reflexos graves em todo o sistema financeiro mundial. Sa-bemos agora, que aquela decisão gerou um enorme buraco nas con-tas públicas e, consequentemente, nos nossos impostos, isto é, o bu-raco vai ser pago por nós. Grave, diria mesmo muito grave e por isso o caso está em processo de justiça, terão sido as irregularidades come-tidas pelos seus responsáveis e o falhanço das instituições regulado-ras e fiscalizadoras (BdP - Banco de Portugal, etc, cujo governador foi “premiado” com a Vice-Presidên-cia do BCE, lavando as mãos como

Pilatos) que deveriam ter auditado todo o processo de gestão do banco, ligações pessoais e institucionais e não o fizeram. Alegaram que cum-priram a lei existente, mas face à visibilidade de determinados sinto-mas, agiram e ou pediram reforço das leis?

O autor destas linhas, que nun-ca teve qualquer ligação ao banco, nem como cliente, teve contactos profissionais, por parte de dois quadros duma agência local do banco, a aliciarem-nos (à empresa) para a abertura de conta e o início de negócios entre as duas partes. Isto aconteceu no início de 2003 e, nessa abordagem e face às condi-ções oferecidas, a nossa percepção era de que algo de estranho se po-deria passar naquela instituição, tipo Dona Branca de má memória para muitos portugueses, princi-palmente para os mais ganancio-sos e os mais aflitos, pois é este o padrão de clientes que aderem a este tipo de negócios, no qual e obviamente não se incluem todos os clientes do BPN. Felizmente, não aderimos e à pergunta de como po-deria o banco oferecer aquelas altas taxas de juros passivas (sobre os

depósitos), responderam-nos que também o banco cobravam taxas altas dos empréstimos (taxas acti-vas) aos seus clientes. Insistimos, perguntando, que tipo de clientes eram e a resposta foi de que eram aqueles que (já) não conseguiam obter empréstimos nas outras instituições bancárias, pelo que aceitavam pagar essa taxas de juro altas. Para bom entendedor....., mas, pelos vistos, o BdP não des-confiou destas opções e das conse-quências destas práticas. Foi este o monstro ou polvo (por causa de outra ligações de negócios) que o Estado nacionalizou e que (nós) te-mos vindo a sustentar e que agora o governo (PSD) tinha que tomar uma das duas opções de que dis-punha, pois o anterior governo não o fez quando deveria, evitando o crescimento do buraco: vender o BPN ou extingui-lo, neste caso com riscos de contágio aos outros ban-cos.Tomou a primeira opção, mas levantou uma onda de confusões quanto ao valor negociado e tam-bém quanto ao parceiro compra-dor escolhido (o angolano BIC).

Esta não é uma matéria facil-mente tratável pela nossa imprensa

generalista, pela complexidade e valores integrantes no balanço do banco, mas o assunto tem sido re-latado de forma pouco clara, para não dizer mesmo envenenadora da opinião pública, pois não será facil-mente entendido pelo povo e leigos nestas matérias, mas é este que re-cebe as mensagens da imprensa e depois fica desconfortável com esta engenharia financeira vs sa-crifícios que lhe são exigidos. Por exemplo, dizer que o Estado vai vender por quarenta milhões de euros, mas terá que injectar qui-nhentos e cinquenta milhões no BPN é muito confuso, se não for dito que este último valor (bem maior do que o da venda) corres-ponde à tomada de créditos que serão transferidos para o Estado e que sem esta limpeza do balan-ço do banco, este não seria viável e não satisfaria as exigências do sistema bancário, definidas pelo BdP, pelo que a solução teria que ser a extinção, com custos maiores para todos nós. Disseram ainda e a oposição questionou que um outro concorrente ofereceu cem milhões de euros pelo banco, mas foi pre-terido! Contudo e acreditemos que

o governo está a defender os inte-resses do país, nem sempre neste tipo de negócios, quem dá mais pode ser o melhor parceiro, por-que pode haver outras variáveis em jogo. Talvez se entenda melhor este negócio, se pensarmos que muitas vezes se vendem empresas por um euro, significando isso que o comprador assume o património (neste caso de valor negativo) e as responsabilidades dessa empresa e mantendo-a em actividade, de modo a evitar outras consequên-cias se fosse à falência. É isto que se passa com o BPN onde a extin-ção do banco teria mais custos (di-rectos e indirectos) para todos nós. Infelizmente, não apenas para os portugueses, o sistema financeiro (nacional e internacional) conti-nua com fragilidades de supervi-são e regulação ao seu poder de criar moeda virtual e, por isso, as crises acabam por serem cíclicas, reflectindo-se na economia real e na vida de todos. Mas se nos USA, por exemplo, os culpados são con-denados, no nossos país nunca há responsáveis por estes factos e “a culpa morrerá sempre solteira”?. Triste sina a nossa! n

Dr. António Moreira

No suplemento de Economia do jornal “Expresso”, alusivo ao estu-do actual da nossa agricultura, na edição do dia 20.08.2011, vem um artigo da autoria do ex-ministro da agricultura, Dr. Arlindo Cunha, com o seguinte título:

“A agricultura portuguesa e a PAC: De casamento forçado a rela-ção respeitosa”, em que, em resu-mo, considera que não vendemos os campos por um prato de lenti-lhas (SIC).

Com todo o respeito que nos me-rece o Senhor Dr. Arlindo Cunha, de cuja boa-fé e sentido de serviço público não duvidamos, não pode-mos deixar de discordar desta sua opinião, pelo estado que conside-ramos, não só um autêntico desas-tre nacional, a que chegou a nossa agricultura, assim como as nossas pescas, mas também um verdadei-ro crime contra a nossa economia e a nossa soberania, e que é o se-guinte:

Mais de 2.000.000 (dois milhões) de hectares dos nossos campos to-talmente abandonados.

Mais de 220.000 agricultores a receberem subsídios, para não pro-duzirem, deixando os seus prédios rústicos ao abandono.

Das 17.997 embarcações de pes-ca em 1986, passou a 8.492 embar-cações em 2010 (Cfr. declarações da Senhor Secretário de Estado do Mar, em 31.07.2011), apesar de termos a maior ZEE (zona econó-mica exclusiva) de toda a União Europeia.

Todos os dias saem do país de-zenas de milhões de euros para comprar alimentos no estrangeiro que podiam, e deviam, ser produ-zidos dentro das nossas fronteiras, na sua esmagadora maioria.

Consequências:Termos de importar, em especial

dos nossos parceiros comunitários,

mais de 80% dos bens alimentares de que necessitamos para alimen-tar o nosso povo, desde alhos da China, batatas e frutas de Espanha, da França e do Chile, cebolas da Bolívia, cereais da América e da Rússia, carnes da Argentina e do Brasil, etc. etc. etc.

Termos de importar mais de 60% do pescado que consumimos, ape-sar da nossa imensa ZEE.

Os campos assim abandonados enchem-se de mato, sendo alvos fáceis dos incêndios florestais, que todos os anos devoram mais de 100.000 hectares de florestas e custam, ao erário público, mais de 100.000.000 (cem milhões) de eu-ros, anualmente no seu combate e prevenção.

As aldeias de todo o interior fica-ram abandonadas, sem população jovem, sem postos de trabalho, fe-chando todos os anos centenas de escolas por falta de alunos.

A desertificação e consequente

despovoamento do nosso interior, sendo já o nosso País, o segundo mais desertificado de toda a UE, logo a seguir a Itália, que nos le-vará a um desastre ambiental de consequências dramáticas.

A economia, no chamado sec-tor primário, agricultura e pescas, deixou praticamente de funcionar, não absorvendo mão de obra, que não soubemos qualificar oportuna-mente, não cria postos de trabalho, não gera receitas fiscais, nem con-segue aliviar a nossa gigantesca dí-vida soberana, nem a nossa Segu-rança Social, o que é gravíssimo.

E não menos grave é a perda considerável de uma parte da nos-sa soberania, já que a nossa vida colectiva depende, em larga es-cala, dos nossos fornecedores de alimentos e dos nossos credores internacionais.

O que é também preocupante é que se nos anos de 1970/80 a nossa agricultura e as nossas pescas so-

friam de um atraso de décadas, em relação aos restantes países da então CEE, hoje esse atraso é mais acen-tuado ainda, já que as gerações de agricultores e pescadores de então, foram abandonando as suas activi-dades e os seus postos de trabalho sem que, nos mesmos, fossem subs-tituídos pelas gerações seguintes.

A continuarmos nesta perigosa caminhada, fácil se torna concluir que a economia do nosso País não se aguentará por muito mais tem-po a pagar juros elevadíssimos (7% a 8% em média) da nossa gigantes-ca dívida soberana, quando o seu crescimento é nulo, quando não negativo

Pelo que é tempo de nos co-meçarmos a questionar das reais vantagens da nossa integração eu-ropeia e da real coesão económica social e da solidariedade entre os Estados Membros, por todos assu-midas, entre outros, pelo artigo 2º do Tratado de Roma. n

agricultura a troco de um prato de lentilhas...

8 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Realizou-se no passado sábado o tradicional convívio da Associação da Póvoa da Ribeira, que se revelou como um dos mais participados de sempre, tendo juntado mais de 150 pessoas.

São de destacar as presenças do vereador da Câmara Munici-pal de Oleiros, Sr. Vitor Antunes, vários presidentes de Juntas de Freguesia e Associações do con-celho.

Póvoa da Ribeira, caminhada

O encontro constou de um almo-ço cultural, constituído por ementa com pratos tradicionais da região, passeio pedestre e campeonato de

sueca durante a tarde, e jantar com animação, que viria a prolongar-se pela noite dentro.

Tratou-se de um excelente dia de confraternização, extremamente animado, que mobiliza cada ano

mais gente, nomeadamente jovens, facto que merece realce. n

* Agradecemos o apoio do no nosso Muito Amigo e Colaborador Fernando Carvalho.

ACONTECEU EM OLEIROS

Convívio anual na Póvoa da Ribeira, 27 de agosto de 2011

grandioso Xv fEStIL organizado pela

“aRCO”

Liga dos Amigos da Amieira

Celebrou mais um aniversário com sala cheia. grande noite

Centro Cultural de Oleiros

Fizémos uma muito merecida reportagem no nosso Online às Amigas do Centro Cultural de

Oleiros. Elas bem a merecem, APLAUSOS para o Vosso traba-lho. n

Roqueiro promoveu a sua festa anual

Festa estupenda a que assistimos com gôsto. O Ran-cho de Oleiros actuou como sempre com enorme su-cesso e deixamos uma imagem de parte da Comissão de Festas. n

Todas as 5ªs feiras pelas 16 horas de Portugal, Paulino Fernandes é o Convidado de Nelson Leite, Presidente da-quela conceituada e muito ou-

vida Estação que trabalha em cadeia com o Canadá, Brasil e Europa.

. Fará os destaques da sema-na na Sua óptica e de tudo o

que tem interesse para as nos-sas Comunidades, principal-mente os exemplos de afirma-ção positiva em Portugal ou no exterior - a não perder. n

director do nosso Jornal na www.radiocomunidadeusa.com

em todo o mundo

Jornal de OLeiROS 92011 SeTeMBRO/OUTUBRO

vILaR dO BaRROCO

SaRnadaS S. SIMãO

SOBRaL

ORvaLhO

MOStEIRO

MadEIRã

OLEIROS

ISna

EStREItO

CaMBaS

aMIEIRa

Importantes Instituições Concelhias - As Freguesias

ÁLvaRO

10 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Fernando Carvalho

António Justo

O pacote de resgate é uma medi-da provisória para salvar, do risco da bancarrota, economias fracas da zona euro. Países, como a Fin-lândia, que não querem ver o seu empréstimo reduzido a fundo per-dido, exigem garantias para o seu próximo empréstimos de emer-gência à Grécia. Torpedeia assim as intenções dos parceiros europeus. Estes não têm tido coragem para enfrentar os problemas inerentes à criação do Euro. Têm-se limitado a circundar o problema como o gato à volta do leite quente.

Também a ampliação do fundo de resgate (EFSF/ESM), agora em negociação, não é mais que a ten-tativa de adiar soluções, além de se revelar ineficiente para os próxi-mos candidatos (Espanha e Itália).

Títulos do tesouro da EU serão a melhor maneira de se criar um ins-trumento equilibrador de diferen-tes economias e, ao mesmo tempo, fomentador de regiões com estru-turas deficitárias. Isto terá como consequência maior inflação e o enfraquecimento do Euro, o que não agrada às economias fortes interessadas num Euro forte e es-tável. Com a criação de títulos EU (Euro) toda a Comunidade seria chamada a contas. Os países mais

ricos passariam a ser os credores (assumindo o risco) e ao mesmo tempo co-financiadores dos juros dos países com défices estruturais. Isto impediria os especuladores globais de levarem os países endi-vidados à ruina com juros astronó-micos e obrigaria os países fortes a deslocar empresas para a periferia. Os países fortes receiam que os pa-íses devedores, com a introdução de Títulos a nível de EU, deixariam de ter pressão para evitar fazer dí-vidas.

O preço da EU e do Euro traz consigo a solidariedade dos mais ricos para com os mais pobres exi-gindo aqueles, em contrapartida, mais disciplina destes. As tácticas dilatórias de países nórdicos, como a Alemanha, só serão compreendi-das em sociedades disciplinadas e habituadas à estabilidade econó-mica e social; tal não se dá nas so-ciedades latinas, o que explica ani-mosidades entre as nações latinas e as nórdicas. Aqui não se poderá esperar justiça equitativa. Quem trabalha e tem mais produtividade terá que pagar mais!

Para se salvar a EU e o Euro, os países fortes não têm outra alter-nativa senão aceitar Títulos-Euro ou fazer transferência de dinheiro

e bens para os países da periferia. Quem suporta a maior carga são e serão os alemães. Se quiserem es-tabilidade na EU terão que a pagar ou optar por adequarem os seus costumes aos latinos, o que corres-ponderia a um empobrecimento da Europa.

A distribuição da carga na união monetária traz consigo mais cen-tralismo e mais dirigismo dado que quem paga quer receber algo em troca. O Sul terá mais dinheiro na algibeira mas mais presença de nórdicos na direcção dos destinos da EU. A situação é tão complica-da e as economias do norte e do sul são tão diferentes que, neste processo, numa primeira fase, só poderá haver descontentes dum lado e do outro. O maior problema estará na perda de independência nacional e na destruição dos dife-rentes biótopos culturais europeus. Tudo cada vez mais igual, tudo em serviço de Mamon.

O descontentamento já chegou aos andares superiores dos Estados Ontem, o presidente da RFA,

Christian Wulff, homem reserva-

do, criticou o Banco Central Euro-peu (EZB) por ter comprado títulos (bonds) de alguns Estados. O Arti-go 123 do tratado sobre o modo de trabalhar da EU proíbe, para asse-gurar a independência do Banco Central, o EZB de comprar títulos de dívidas. Wulff critica também a política dos governos: “O pe-cado contra a geração jovem tem que acabar”. O desenvolvimento faz lembrar um jogo de dominó: “Primeiro os bancos salvaram outros bancos e depois os Estados salvaram os bancos, depois uma comunidade de Estados salva al-guns Estados. Quem salva no fim os salvadores?” A política não se deve deixar “conduzir (como pu-xados) na argola do seu nariz, por gerentes de bancos, por agências Rating ou por Media voláteis”. A política tem actuado como um acossado. De facto não tem defen-dido as aquisições da economia so-cial de mercado, como protectora da necessária solidariedade, nem impede a ganância anti-social dos jogadores globais.

Todas as iniciativas, como o pla-no de resgate do euro para tornar a zona euro resistente às especu-lações tem deixado todos descon-tentes. A Europa e os europeus

encontram-se a saque. A repartição da dívida por todos

os Estados da zona euro através de obrigações-euro constitui um sapo difícil de engolir especialmente para a Alemanha. A queda do euro ou a exclusão de países da zona euro teriam consequências sociais irreparáveis para a estabilidade europeia. Será óbvia a cooperação na política económica e fiscal. Para defender o espaço económico eu-ropeu não chega defender o Euro, é urgente uma política de transfe-rência de riqueza para os países pobres ou através de Euro-Bonds (títulos) assumir a responsabili-dade das dívidas dos países mais carentes. Doutro modo estes serão impossibilitados de equilibrar os seus orçamentos estatais, por te-rem de pagar juros usurários a es-peculadores sem escrúpulos.

Todos terão de participar na solidariedade: países, bancos, cre-dores, contribuintes e não contri-buintes. A situação é demasiado problemática para nos fecharmos em nacionalismos ou em receitas simplistas. n

[email protected] www.antonio-justo.eu

O Norte da Europa não se quer responsabilizar pela Carência do Sul entre o fundo de Resgate

Euro e a Criação de Títulos-Euro

Recordamos o imenso trabalho dos Bombeiros, das populações e espe-cialmente das vítimas nunca deter-minadas - SEC Estado José Cesário faz bem ao estar presente

No dia 11 de setembro de 1985, teve lugar um dos mais trágicos acidentes ferroviarios portugueses entre o comboio Sud Express com mais de 400 Emigrantes sendo a sua grande maioria naturais do Norte do País, abrangendo os distritos de Viseu, Coimbra, Aveiro, até Viana, Braga e Vila Real. O grande desastre das Beiras...

Iam a caminho de Paris, no regres-so das férias em Portugal.

O Sud Express embateu fron-talmente com um outro comboio regional proveniente de Vilar For-moso e com destino a Coimbra, que também transportava cerca de 200 pessoas.

Foi um erro humano que provo-cou cerca de uma centena de mortos (números ainda por confirmar!) e cerca de 300 feridos.

Este ano vai ter lugar mais uma cerimónia para lembrar que “o pri-meiro 11 de setembro no mundo, in-felizmente portugues” diz Augusto Sá, familiar de vìtimas do acidente e que desde sempre se tem batido pela memória de quem padeceu carboni-zado e das respectivas famílias.

A homenagem vai acontecer no mesmo local onde ocorreu o acidente,

em Alcafache, Moimenta de Maceira Dão, na estrada nacional 234, entre Nelas e o concelho de Mangualde.

Em 2002, Augusto Sá fundou a Associacao dos Emigrantes de Sta. Maria de Vaìlega-Ovar e comecou por realizar todos os anos uma ho-menagem ás vitimas “e extensiva-mente a todo o corpo de socorrismo envolvido no acidente”.”Um monu-mento que aí tinha sido erguido em 1986, estava encoberto pelo silvado.

“A partir dessa data nunca mais foi o mesmo. Agora já tem uma nova cara” diz Augusto Sá

Foi posteriormente colocado um painel com 432 azulejos com uma resenha histórica recordando como foi o acidente.

Entretanto, as relacões entre os di-rigentes da associacão degradaram-se, mas Augusto Sá não abandonou a ideia e as cerimónias do proximo dia 11 de setembro vão ser organi-zadas pela “COMAFA”, a Comissão

Organizadora do Movimento do Acidente Ferroviaìrio de Alcafache, “composta por antigos diretores, sócios e amigos” da Associacão dos Emigrantes de Sta Maria de Vaìlega, no Concelho de Ovar.

Augusto Sá costuma levar dois autocarros com “pessoas ligadas com a Comunidade emigrante, onde inclui familiares de quase todos os falecidos”. Mas convidou também o Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Cesário, o ex-Presidente da República, General Ramalho Eanes, o Presidente da

Camara de Mangualde, Deputa-dos, e o Presidente do Conselho de Administracão da Refer, e várias ou-tras personalidades.

Do programa constam a depo-sicão de coroas de flores junto ao monumento, a projecão de uma re-trospetiva de 15 minutos sobre o aci-dente e uma missa campal.

Os organizadores querem impli-

car “quem viveu esses dias tristes na remocão dos escombros e na desco-berta de restos mortais” explica Au-gusto Sá, indicando que convidou todas as corporacões de bombeiros da região.

“Existem muitos vivos que apre-sentam muitas lesões corporais e até mentais que vão estar presentes nas cerimónias.

Nos seus mais diretos familiares, o seu sangue que era vermelho, tornou-se mais preto, que por mui-to possa fazer nas suas preces ainda hoje teima em não voltar à sua cor normal”.

* Recordamos o acidente, estava no Carregal do Sal...é a homenagem possível aos Bombeiros que tanto vi sofrer naquela noite, às populações e, especialmente às vítimas. Já pou-co recordamos daquela noite, da fal-ta de meios de socorro da imprevi-sibilidade de um acidente daqueles ali, mas existiu. n

11 de Setembro (português) tão terrível...

Jornal de OLeiROS 112011 SeTeMBRO/OUTUBRO

ECONOMIA

VILA DE REI

O Município de Vila de Rei, em parceria com os Institutos Poli-técnicos de Portalegre e de Lei-ria, vai receber, no ano lectivo de 2011/2012, novos Cursos de Espe-cialização Tecnológica.

Desta forma, os interessados nos CET’s de Contabilidade e de Condução de Obra, do Instituto Politécnico de Portalegre, devem realizar a sua inscrição na Câmara Municipal de Vila de Rei até ao dia

10 de Setembro.Por outro lado, os interessados

no CET de Serviço Social e De-senvolvimento Comunitário, do Instituto Politécnico de Leiria, de-vem realizar a Manifestação de In-teresse no site do IPL, através do link http://www.ipleiria.pt/portal/ipleiria?p_id=141313. As inscri-ções deverão também ser efectua-das directamente no site daquele instituto. n

vila de Rei recebe novos CEt’s

Subida é transversal a todos os países periféricos. "Yields" nos pra-zos mais curtos avançam mais de 100 pontos base em Portugal.

Os juros das obrigações gregas estão a disparar no mercado secun-dário e já tocaram num novo máxi-mo desde, pelo menos, a entrada no euro ao alcançarem os 46%, com o anúncio de que a recessão na Gré-cia vai ser mais profunda do que inicialmente prevista em 2011.

As "yields" dos títulos a dois anos estão a ganhar 357 pontos base (3,57 pontos percentuais) e seguem nos 46,5%. No fecho de ontem, estavam nos 42,9%.

O avanço significativo é transver-sal a todos os prazos, subindo mais de 100 pontos base também nas maturidades a três e quatro anos. A cinco anos, o juro está em 22,16%, ao passo que a dez anos se situa nos 18,18%.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, indicou que a recessão helénica será próxima de 5% no presente ano, o que é pior do que as previsões iniciais, isto numa altura em que terminou ontem a re-visão trimestral das contas públicas da troika naquele país.

É esta a razão que está a dina-mizar os juros pedidos pelos in-vestidores no mercado de dívida secundário, o mercado em que os privados trocam títulos obrigacio-nistas entre si.

Esta informação está não só a di-namizar os juros gregos mas tam-bém os dos países periféricos. As "yields" exigidas pelos investidores para as obrigações portuguesas ga-nham igualmente terreno e avan-çam 46 pontos base para 12,33% no prazo a dois anos. Nos prazos mais curtos, o avanço nos juros é supe-rior a 10 pontos base.

Na Irlanda, o aumento dos juros das obrigações com maturidades mais reduzidas é acima de 30 pon-

tos base, embora todos permane-çam abaixo de 10%.

Itália e Espanha não escapam à forte subida dos retornos exigidos pelos investidores para deterem dí-vida dos países periféricos. O movi-mento sinaliza uma maior pressão sobre os títulos, com o adensar da desconfiança face à consolidação orçamental dos países intervencio-nados pela troika.

Pelo contrário, os juros das obri-gações alemãs estão a perder ter-reno. O recuo das "bunds" sinaliza uma maior procura por estes títu-los, o que mostra que os investido-res se estão a refugiar nas obriga-ções germânicas em detrimento das periféricas. n

Um país inviável?

O PSD, antes das eleições, já tinha criticado o monstro burocrático do Ministério da Educação, defenden-do o fim das direcções regionais, mas estas vinham previstas no pro-grama de Governo, o que gerou al-gumas críticas.

O ministro Nuno Crato decidiu iniciar a “reestruturação” admi-nistrativa do Ministério da Educa-ção que passará, desde já, pela ex-tinção das Direcções Regionais de Educação (DRE). O Governo cum-pre assim com aquilo que o PSD já defendia antes das eleições.

“O Ministério da Educação e Ci-ência está a dar início ao processo de reestruturação e simplificação admi-nistrativa. Neste processo, uma me-dida central é a extinção das Direc-ções Regionais de Educação (DRE) e sua substituição por estruturas simplificadas”, lê-se no comunicado do Ministério da Educação e Ciência (MEC) enviado às redacções.

“Esta medida tem como principais objectivos facilitar a comunicação directa entre as escolas e o Ministé-rio da Educação e Ciência, aumen-tar progressivamente a autonomia das escolas e reduzir os custos da Administração Pública, diminuindo

o número de direcções superiores”, continua.

Os dirigentes interinos tomam posse já a partir de hoje e “irão ga-rantir o normal funcionamento des-tas estruturas até que o processo esteja finalizado”, o que terá que acontecer “até ao fim de 2012, altura em que a transição estará completa”, esclarece o ministério.

O orçamento para o funcionamen-to das cinco direcções regionais é, este ano, de 5,5 milhões de euros. Os sindicatos também já defenderam o fim das mesmas. n

Educação

POLíTICA

O novo aumento de impostos, no-meadamente em sede de IRS e de IRC, aprovado e anunciado esta se-mana pelo Governo, está a suscitar algum incómodo junto do parceiro de coligação do PSD.

As medidas do Executivo. pací-ficas no Conselho de Ministros, fo-ram discutidas ontem na reunião do grupo parlamentar do CDS e, ao que apurámos levaram alguns deputa-dos a manifestar o seu desacordo e protesto.

A principal razão prende-se com o facto de este agravamento das cargas fiscais ser «completamente contradi-tório» com tudo aquilo que o partido - e até o parceiro de coligação - andou a defender durante a campanha para as eleições de 5 de Junho.

«Estas medidas não vão ao encon-tro do que defendemos na campa-nha. Bem pelo contrário», lamentou ao SOL um deputado centrista, que não esconde a sua preocupação, bem como a de outros colegas de bancada, com as contradições do Governo.

Ainda assim, os deputados do CDS mantêm a expectativa de que estas medidas mais duras marquem apenas uma primeira fase e que den-tro de pouco tempo a carga fiscal possa ser aliviada. n

desacordos na Coligação

PETIÇÃO.SALÁRIOS, BÓNUS E PRÉMIOS DOS GESTORES PÚBLICOS

No passado dia 30.08.2011, no âmbito da apreciação desta Petição, foi recebida, na Comissão de Orçamen-to, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, uma Delegação dos peticionários, para cumprimento do n.º 1 do art.º 21º da Lei do Direito de Petição.

Fomos recebidos pelos Senhores Deputados Afonso Oliveira, Carlos Silva, e João Almeida que, com toda a cordialidade e elegância, ouviram detalhadamente as nossas motivações.

Entregámos a esta Comissão o anexo requerimento para que, se assim o entendessem, tomassem uma iniciativa legislativa, na sequência do já requerido, a todos os Grupos Parlamentares da Assembleia da Repú-blica no dia 22 de Julho de 2010.

O Primeiro SignatárioAntónio Martins Moreira

Advogado

dr. antónio Moreira, nosso Colaborador fez entrega

de petição na A.R.

12 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

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Jornal de OLeiROS 132011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Jornal deOLEIROSwww.jornaldeoleiros.com · Ano 2, Nº18, Outubro de 2011 • Preço: 0,01€ (inclui IVA) • Edição Bimestral

INFLUENTE NA REGIÃO DO PINHAL INTERIOR SUL, BEIRA INTERIOR SUL E COVA DA BEIRA

DirectorPaulino B. Fernandes

2º ANIVERSÁRIO DO JORNAL DE OLEIROSHOMENAGEM

Luís Mateus Presidente Cons. de Fundadores

António Moreira

Fernando Caldeira da Silva

Silvino Potêncio

Miguel Silva Costa Marques

Ana Neves

Maria Alda B. Salgueiro

Maria C. Rocha

Joana Rodrigues

Inês Martins

António Graça

António Romão Matos

António da Cunha Justo

Fernando Carvalho

Manuela Marques Presidente do Conselho Editorial

Augusto Matos

António Mendes

1º edição do Jornal de Oleiros

Ivone Roque Fernandes Fernando Dias Carlos Marques de Almeida

Lurdes Breda

Sera�m Marques Carlos N Carvalho

Paulino B. Fernandes Director e Fundador

No final de Agôsto de 2009, numa entrevista efectu-ada ao Presidente José Santos Marques para o Jornal Povo de Portugal, nasceu a ideia de fazer o JORNAL DE OLEIROS. A ideia avançou com a ajuda e incen-tivo de muitos Amigos e em 15 de Outubro de 2009 nasceu o nosso Jornal, cuja 1ª capa aqui exibimos ao lado do título.

Nascemos no início da crise que a todos veio atin-

gindo, mas, fômos avançando e hoje celebramos o 2º aniversário.

O país não abandonou a crise, pelo contrário, mas, sempre com os Amigos e defendendo árduamente a nossa região e a nossa cultura, continuamos a avan-çar e, esta edição de aniversário, sairá inclusivé com mais páginas.

A todos quero agradecer, desta forma simples, mas

para memória futura.Mesmo os que já partiram, mas nos acompanham

seguramente, a esses em especial, um enorme abraço de saudade.

Paulino B. FernandesDirector e Fundador

email: [email protected]

EDITORIAL

Magistrado João Ramos 1º Presidente do Conselho Editorial

14 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Ana Neves [email protected]

A Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere vai financiar a aquisição dos livros escolares dos alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico do con-celho, recomendados pelo Agrupa-mento de Escolas local.

Apesar das restrições orçamen-tais impostas à administração local, a autarquia de Ferreira do Zêzere deliberou por unanimidade voltar, este ano, mais uma vez a compar-ticipar os manuais escolares dos alunos do 1º ciclo, aliviando assim as famílias de uma carga financei-ra que, todos os anos, se torna um peso difícil de suportar para uma grande parte dos agregados fami-liares.

Segundo o presidente da Câmara, Dr. Jacinto Lopes, esta é uma forma

de “garantir que todas as crianças recebem os manuais sem que as fa-mílias tenham de fazer grandes sa-crifícios nesta altura de crise, sendo a melhor forma da Câmara investir na educação e desenvolvimento daqueles que serão os adultos e profissionais de amanhã.”

O apoio na totalidade dos manu-ais escolares deste nível de ensino será feito mediante apresentação de cópia das facturas em nome do educando e do preenchimento da respectiva ficha de comparticipa-ção, até 15 de Outubro de 2011.

No ano lectivo de 2010/2011, a autarquia também pagou os manu-ais escolares aos alunos do 1º ciclo, numa medida que muito auxiliou a população do concelho. n

RONDA PELO DISTRITO

Câmara vai atribuir 50 nomes de ruas em diferentes locais do Concelho a Personalidades locais,a aproveitando para renovar a to-ponímia da cidade destacando vultos que se distinguiram. n

ferreira do Zêzere

Proença-a-Nova

O Secretário de Estado da Agri-cultura, Eng.º José Diogo de Albu-querque, visitou esta terça-feira, 6 de Setembro, a Associação de Agricultores de Trás-os-Montes (AATM), Balcão Verde de Miran-dela, para acompanhar o desen-volvimento do plano de revisão de parcelas declaradas no Pedido Único 2011.

A AATM está ligada à CONFA-GRI encontrando-se a desenvolver a tarefa com 23 técnicos acredita-dos para o efeito. O Secretártio de Estado constatou localmente o empenho dos técnicos, bem como a qualidade e rigor do trabalho em curso.

O Presidente da AATM, Sr. Di-nis Alves Cordeiro, considerou esta tarefa exigente e de grande responsabilidade, mas essencial para a manutenção das ajudas aos

agricultores da região de Trás-os-Montes.

Esteve ainda presente a Sr.ª Pre-sidente do IFAP, Dr.ª Ana Paulino, que mais uma vez reconheceu o trabalho que está ser desenvolvido pelas organizações de agricultores, e em particular as organizações a

colaborar com a CONFAGRI.A Secretária Geral Adjunta da

CONFAGRI, Eng.ª Maria Antónia Figueiredo, referiu que esta tarefa é, acima de tudo, a única esperança para evitar a redução das ajudas aos agricultores nacionais, sendo enca-rada com espírito de Missão. n

Secretário de Estado da agricultura visita aatM

em Mirandela

FLORESTAS

As principais actividades eco-nómicas do nosso concelho são a indústria e os serviços, mas a agri-cultura, a silvicultura e o comércio também são importantes.

Em Oleiros, há zonas industriais onde estão localizadas as várias fá-bricas do concelho. As serrações de Oleiros, Milrico, Orvalho e Roqueiro são as fábricas que empregam maior número de trabalhadores. A existên-cia de muita matéria prima explica o facto de haver muitas indústrias li-gadas à madeira. A par desta activi-dade, a exploração florestal também é muito importante porque fornece os materiais para transformação nas fábricas. Há muitas pessoas que trabalham no corte de pinheiros, na limpeza de matos (desmoita) e na plantação de árvores (eucaliptos e pinheiros).

Outra indústria importante é a Pirotecnia Oleirense que emprega cerca de 40 trabalhadores. Nesta fábrica, são produzidos artefactos pirotécnicos, como, por exemplo, balonas, vulcões, foguetes e cande-las. A “Steiff”, mais conhecida por Fábrica dos Bonecos, emprega cerca de 90 operários, na sua maioria mu-lheres. Esta unidade fabril produz bonecos de peluche que são expor-tados para a Alemanha.

Para além destas, há ainda uma fábrica de lenha (“NovaLenha”), uma fábrica de mármores, destila-rias, uma padaria, várias oficinas de serralharia e os Parques Eólicos.

A agricultura, embora não sendo a actividade principal, ocupa quase todas as pessoas desta região. De-pois de saírem do emprego, as pes-

soas cultivam as hortas para terem legumes e hortaliças frescas. Outras produções agrícolas são também as batatas, o azeite e as frutas, das quais se destacam a castanha e o medro-nho. A criação de animais aparece quase sempre ligada à agricultura. Há pequenas explorações familia-res, onde se criam habitualmente animais de capoeira, cabras, ovelhas e porcos. Há ainda algumas pessoas que “criam bácoro” e fazem a res-pectiva matança no Inverno.

No concelho, existem muitos ser-viços que empregam um grande número de pessoas. Um dos servi-ços que tem mais funcionários é a Câmara Municipal. Os serviços mais utilizados são o Centro de Saúde, os Bombeiros, a G.N.R e as Escolas.

O comércio na nossa região é fra-co porque a população é pouca. A venda de produtos faz-se no “Mini-preço”, nas mercearias e nas várias

lojas tradicionais espalhadas pelo concelho. O mercado das terças-fei-ras traz muita gente à vila para fazer as suas compras.

O turismo começa a ter alguma importância nesta região. Os tu-ristas vêm visitar as nossas lindas paisagens, pescar nos nossos rios e ribeiras, comer o afamado Cabrito Estonado e os Maranhos e vêm tam-bém refrescar-se nas nossas piscinas fluviais.

No estudo que fizemos sobre as actividades produtivas da nossa re-gião, percebemos que há pouca po-pulação activa. Nas aldeias, há mui-tas pessoas idosas, já reformadas. Outras pessoas vão trabalhar para o estrangeiro ou para diferentes loca-lidades portuguesas. n

Trabalho elaborado pela Turma do 4º ano da E.B.1 de Oleiros

um estudo sobre as actividades

económicas de Oleiros

Durante a Feira do Pinhal, no âm-bito da actuação do artista Emanuel, vieram à nossa vila jornalistas do Expresso, a fim de concluírem uma reportagem que decorria há algum tempo. Como leitora regular daquele semanário, comprei a edição do dia 27 de Agosto. Ao ler o artigo em cau-sa, fiquei perplexa.

Deslocaram-se da capital profissio-nais deste jornal de referência, acom-panhando o artista por todo o país, para falarem apenas no seu aspecto retocado, nas bailarinas pouco vesti-das, na música considerada “pimba” e no público que, segundo eles, de cerveja numa mão e cigarro na outra, gritava vulgaridades.

É inacreditável que não haja preo-cupação em fazer serviço público nes-tas reportagens e deslocações. Não houve sensibilidade para mostrar o que somos, exibido naquele certame através das nossas danças e cantares, do nosso folclore, da filarmónica, da gastronomia e dos stands das nossas freguesias que mostravam as belezas e o melhor de cada uma, num país cada vez mais descaracterizado.

Não houve também referência aos bons espectáculos destes dias de fes-ta, muitos deles com a qualidade do melhor que se faz no país, onde um público interessado interagiu em convívio. Nem tão pouco referiram o magnífico espectáculo pirotécnico, ao mais alto nível internacional, fei-to por Oleirenses e apresentado nas maiores capitais do Mundo, onde conquista prémios.

Nada disso interessou aos jorna-listas, porque vem de terras do in-terior que esperaram décadas por novas estradas e onde, segundo eles, apenas existem analfabetos e gente inculta, boa para ser caricaturada. Pensam alguns que a cultura e o sa-ber são exclusivos dos habitantes da capital…

Indiferente a tudo isto, Santa Mar-garida, bem ornamentada, percorreu as ruas da vila, numa procissão onde há uma dignidade e um silêncio que dá gosto sentir. Mais uma vez, num bonito apontamento etnográfico, o Rancho Folclórico contribuiu para a sua dignificação, transportando as singelas fogaças que vêm de outros tempos.

A Filarmónica, por seu lado, tocou as músicas de sempre que gostamos de ouvir. Muitos dos seus talentosos executantes interpretam actualmente os mesmos temas, e nalguns casos com os mesmos instrumentos, dos seus pais e avós.

Nas varandas e nas ruas, houve olhares húmidos que contemplavam a imagem da Virgem Mártir que con-tinua jovem e bonita, fazendo recor-dar outras festas, sem ausências que fazem sofrer…

Estamos no segundo aniversário do Jornal de Oleiros. Este serve, es-sencialmente, para divulgar o que é nosso e que outros ignoram. É essen-cial a colaboração de todos para que cresça sempre em qualidade. Para-béns ao seu Director e a todos os que com ele têm colaborado. n

nós e os Outros

Jornal de OLeiROS 152011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Onde pode encontrar o Seu Jornal de Oleiros

• LISBOA - Papelaria Tabacaria SampaioRua Reinaldo dos Santos, 12-C1500-505 Lisboa

• Jardins da Parede - Papelaria Tabacaria Resumos DiáriosAv. das Tílias, nº 136, Lj B

• OLEIROS- Papelaria JARDIM

• ESTREITO- Café “O LAPACHEIRO”Estreito - 6100 Oleiros

.• PROENÇA-A-NOVA- Da Idalina de JesusAvenida do Colégio, nº 16150-410 Proença-a-Nova

- Tabacaria do CentroLargo do Rossio6150-410 Proença-a-Nova

• CASTELO BRANCO- Quiosque da CláudiaZona Industrial, lote P-6 CLoja nº 4, Edifício Intermarché6000 Castelo Branco

• CERNACHE DO BONJARDIM- Papelaria Boa Nova Mercado Municipal

• AMEIXOEIRA- BIG barEstação de Serviço, Estª Nacional 238, Ameixoeira 6 100 Oleiros

• COVILHÃ- Pedro LuzRua General Humberto DelgadoQuiosque - 6200-014 Covilhã

• PEDROGÃO GRANDE- Papelaria 100 RiscosLg. do Encontro, 47-A

• VILA VELHA DE RÓDÃO- Galp na A23 nos dois sentidos

• SERTÃ- Papelaria Paulino & IrmãoAv. Gonçalo Rodrigues Caldeira, 46-A

CONTACTOS ÚTEIS

• Jornal de Oleiros - 922 013 273• Agrupamento de Escolas

do concelho de Oleiros – 272 680 110

• Bombeiros Voluntários de Oleiros – 272 680 170

• Centro de Saúde – 272 680 160

• Correios – 272 680 180• G.N.R – 272 682 311

Farmácias• Estreito – 272 654 265• Farmácia – Oleiros – 272 681 015• Farmácia – Orvalho – 272 746 136

Postos de Abastecimento• Galp (Oleiros) – 272 682 832• Galp (Ameixoeira) – 272 654 037• Galp (Oleiros) – 272 682 274• António Pires Ramos

(Orvalho) – 272 746 157

Infra-Estruturas• Câmara

Municipal – 272 680 130• Piscinas Municipais/

/Ginásio – 272 681 062• Posto de Turismo/Espaço net

– 272 681 008• Casa da Cultura/

/Biblioteca – 272 680 230• Campo

de Futebol – 272 681 026• Pavilhão Gimnodesportivo

(Oleiros) – 272 682 890

www.jornaldeoleiros.com

Ficha técnica

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Desejo receber em minha casa, mensalmente, o Jornal de OleirosAno 2011q Nacional 10,00€ q Apoio (valor livre)q Europa 20,00€

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DESPORTO

Director: Paulino B. Fernandes • Fundador: Paulino B. Fernandes • Registo legal: ERC nº 125 751 • Proprietário: Paulino B. Fernandes • Periodicidade: Mensal • Sede: Rua 9 de Abril, 531, 1º Dtº., 2765-543 S. Pedro do Estoril • www.jornaldeoleiros.com • email da redacção: [email protected] • Telefone: 922 013 273 • Site: www.jornaldeoleiros.com • Tiragem: 5 000 exemplares • Redacção: Oleiros • Distribuição: Massiva através dos CTT nas residências e postos de venda • Colaboradores: João H. Santos Ramos, Fernanda Ramos, Inês Martins, António Mendes, Manuela Marques, António Romão de Matos, Rui Pedro Brás, Ana Maria Neves, Ivone Roque, Hugo Francisco, António Moreira, Miguel Marques, Soraia Tomaz, Augusto Matos, António Lopes Graça, Cristina Ferreira de Matos, Cátia Afonso, Ana Faria, Carlos N de Carvalho, Nelson Leite- New Jersey - EUA • Correspondentes: Silvino Potêncio (Natal, Brasil) • Fernando Caldeira da Silva (África Austral) • Correspondente em Castelo Branco: Rui Manuel Almeida Nunes (www.ruianunes.no.sapo.pt) • Catarina Fernan-des (Lisboa) • Fotografia: Rute Antunes, email: [email protected] • Vale do Souto (Mosteiro): Sílvia Martins, email: [email protected] • Paginação e Impressão: Coraze, Oliveira de Azeméis

O “ARCO”, sob a direcção de RAMIRO ROQUE tem vindo a criar as estruturas e hábitos que condu-zirão aos grandes êxitos que esperamos e não só no Futebol, na PESCA DESPORTIVA também.

Aqui deixamos as fotos da Equipa, do Capitão, do Treinador e do Adjunto, em conjunto com o público que se espera e as instalações disponíveis de grande qualidade, teremos muitos muitos momentos de cele-bração que acompanharemos de perto. n

“aRCO” um ano que será marcante

Miguel Barbosa garantiu hoje o segundo lugar absoluto na Baja TT Proença-a-Nova e, com este resul-tado, obteve mais uma pontuação máxima para o Campeonato de Portugal Vodafone de Todo-o-Ter-reno, dilatando de forma expressiva o seu avanço para os mais directos rivais na competição. O piloto da BP Ultimate/Vodafone Team tinha como meta repetir o triunfo à geral, mas a verdade é que esta não era uma prova talhada para as carac-terísticas do seu Mitsubishi Racing Lancer .

A manhã não correu de feição ao piloto da BP Ultimate/Vodafone Team que chegou ao final dos pri-meiros 143 quilómetros, com um atraso de pouco mais de um minuto para Rui Sousa.

Miguel Barbosa imprimiu um rit-mo forte, mas com uma margem de segurança considerável “tudo por-que a pista é muito estreita e, since-ramente, preferi acautelar-me do que correr o risco de deitar tudo a perder. A verdade é que este traçado é, tal como eu previa, muito traiçoeiro e um deslize, por pequeno que seja, paga-se caro.”

Mesmo ciente de que o seu prin-cipal rival na prova não lhe tiraria

a hipótese de somar a pontuação máxima em termos de campeonato - Rui Sousa não se encontra inscrito na competição - Barbosa queria mostrar mais e assim o fez.

Na segunda passagem pelo Sec-tor Selectivo entrou forte e logo nos primeiros 43 quilómetros (1º Con-trolo de Passagem) recuperou nada mais nada menos que 36 segundos. Porém, as dificuldades sentidas du-rante a manhã não desapareceram e, percebendo que correria demasiados riscos, Miguel Barbosa optou por ga-rantir o segundo lugar final e os 25 pontos para o campeonato, que lhe garantem uma confortável liderança na competição e fortes possibilidades de vir a festejar o seu quarto título de Todo-o-Terreno (depois das conquis-tas de 2003, 2005 e 2007) já dentro de

15 dias em Idanha-a-Nova, ou seja uma jornada antes do final do cam-peonato.

“Entrámos bem na segunda metade da corrida e estávamos a recuperar, mas, já depois do CP1, não consegui evitar uma saída de pista que, mesmo não me tendo custado muito tempo, acabou por funcionar como uma espécie de aviso... para não arriscar! Acabei por abrandar um pouco ritmo e, assim, assegurar a pontuação má-xima, que me permite ganhar um fôlego ainda maior em termos de campeonato. Pessoalmente gosta-va mais de ter ganho a corrida, mas chegar ao título é mais importante e esse objectivo está agora muito próximo...” esclareceu Miguel Bar-bosa no final da prova. n

BAJA PROENÇA- OLEIROS

Miguel Barbosa foi segundo em Proença-a-Nova

16 Jornal de OLeiROS 2011 SeTeMBRO/OUTUBRO

Rua do Ramalhal, Lj 2, r/c esq, 6160-418 OleirosTelefones 272688023/925228223Fax 272688024E-mail: [email protected]

Especialidades: Exame de Densitometria Óssea, Exames Auditivos, Electrocardiograma, Fisioterapia, Massagem facial e Corporal, Medicina Dentária, Podologia, Hidrotox, Acupunctura, Terapia da Fala, Psicologia ClínicaConsultas Médicas de Clínica Geral ( Dra. Graça Veiga e Dr. Carlos David), Fisiatria (Dr. João Saraiva), Pediatria (Dra. Almerinda Silva ), Ginecologia/Obstetrícia (Dr. Luis Abreu - Maternidade Bissaya Barreto/Coimbra ), Oftalmologia (Dr. Pedro Nunes) e Analises ClínicasAcordos com, ADSE, PT, Médis, Multicare, Mondial Assistance, CGD, Clinicard, Fidelidade, Mundial, Império Bonança

Na noite de encerramento da 17.ª Edição da Competi-ção Internacional Les Grands Feux Loto - Québec, o Gru-po Luso Pirotecnia foi eleito como o Grande Vencedor.

O espectáculo JUKEBOX impressionou tanto o júri, como o público, que escolheu a firma portuguesa para rece-ber as honras da competição. Foi à frente dos espectáculos da Espanha, Rússia, México e Itália que o espectáculo fi-cou, recolhendo os seguintes comentários do presidente do júri : ‘’Seduziu com uma utilização única o recinto, su-blinhando as características do Parc de la Chute Montmo-rency, como nunca tinha sido feito e uma banda sonora dinâmica, colorida e favorita que nos levou num univer-so festivo deixando todos os membros do júri a bater o pé e a exclamar ‘’wow’’!

Podemos então dizer que a missão foi positivamente cumprida pela equipa artísti-ca de JUKEBOX constituída pelo Sr. Pedro Gonçalves, no design pirotécnico, e Sr. Vitor Machado e Sra. Mélanie Cag-non na concepção da banda sonora. Pedro Gonçalves leva assim para Portugal o 1º Tro-féu de Ouro da sua jovem carreira. Um futuro promis-sor vislumbra jovem designer da Luso.

A Luso Pirotecnia também já apresentou este espectá-culo “JUKEBOX” no Japão e espera a decisão do júri no final do corrente mês de Agosto. Neste momento, a equipa prepara a Seul em Outubro de 2011. Vejamos se a Ásia também será sedu-zida.

Para mais informaçõe con-sulte o nosso website em www.lusopirotecnia.com n

Pirotecnia oleirense - uma empresa que nos orgulha

LISE PAQUET

TEAM LUSO - em ordem esquerda, direita - Hugo Nunes, Mélanie Cagnon, Joaquim Melo, Francisco Gonçalves e Pedro Gonçalves

WINNER CERIMONY - em ordem esquerda, direita - Sr. Jacques Dupuis - Director Geral Grands Feux Loto-Québec, Mélanie Cagnon - Directora dos Mercados Internacioanais Luso Pirotecnia, Sr. André Fortier - presidente do Juri.