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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Frederico de Lima Turl INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE POLIMERIZAÇÃO NA ADESÃO DE CIMENTOS RESINOSOS Rio de Janeiro 2007

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Frederico de Lima Turl

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE POLIMERIZAÇÃO NA ADESÃO DE CIMENTOS RESINOSOS

Rio de Janeiro 2007

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Frederico de Lima Turl

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE POLIMERIZAÇÃO NA

ADESÃO DE CIMENTOS RESINOSOS

Dissertação apresentada ao curso de pós-graduação em Odontologia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de concentração: Dentística.

Orientador: Professor João Galan Jr Co-Orientadora: Professora Fátima Namen

Rio de Janeiro 2007

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FICHA CATALOGRÁFICA

Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central/UVA Biblioteca Maria Anunciação Almeida de Carvalho

T941i Turl, Frederico de Lima Influência dos sistemas de polimerização na

adesão de cimentos resinosos / Frederico de Lima Turl, 2007.

87 folhas. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga

de Almeida, Mestrado em Odontologia, Reabilitação Oral, Rio de Janeiro, 2007.

Orientação: Professor João Galan Júnior Co-orientação: Professora Fátima Namen

1. Materiais dentários. 2. Cimentos dentários. I.

Galan Júnior, João (orientador). II. Namen, Fátima (co-orientadora). III. Universidade Veiga de Almeida, Mestrado em Odontologia, Dentística. IV. Título.

CDD – 617.695

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FREDERICO DE LIMA TURL

INFLUÊNCIA DOS SISTEMAS DE POLIMERIZAÇÃO NA ADESÃO DE CIMENTOS RESINOSOS

Dissertação apresentada ao curso de pós-graduação em Odontologia da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de concentração: Dentística.

Aprovada em: 28 de fevereiro de 2007.

BANCA EXAMINADORA

Marcos de Oliveira Barceleiro Doutor pela UERJ

Denise Fonseca Côrtes Doutora pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

Élio Vaz da Silva Doutor pela Faculdade de Odontologia de Bauru - USP

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Dedico este trabalho a minha mãe e ao meu querido irmão, pela confiança, dedicação e auxílio nos momentos difíceis.

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Agradeço ao meu irmão e aos meus amigos do curso que colaboraram diretamente com esta pesquisa e ao meu orientador, pela sabedoria e competência demonstrada na elaboração do presente trabalho.

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“A mais bela experiência que podemos ter é a do mistério. É a emoção fundamental existente na origem da verdadeira arte e ciência. Aquele que não a conhece e não pode se maravilhar com ela está praticamente morto e seus olhos estão ofuscados”.

Albert Einstein

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RESUMO

Os cimentos resinosos têm sido cada vez mais utilizados em restaurações indiretas bem como em pontes fixas metálicas onde existem ainda, alguns fatores que, de alguma forma, podem alterar a adesão ao substrato. Objetiva-se, por meio deste estudo, avaliar a influência dos sistemas de polimerização na adesão de cimentos resinosos. Os substratos testados foram: liga de Níquel-Cromo, composto de cerômero e composto cerâmico associados a dois tipos de cimentos resinosos: dual (Rely X ARC-3M) e auto-polimerizável (C&B Cement-Bisco). Os padrões foram obtidos por processamento convencional para cada natureza de material utilizado, possuindo formato cilíndrico com 5 mm de altura e 5 mm de diâmetro. Os cimentos foram manipulados de acordo com instruções dos seus fabricantes. Os corpos-de-prova foram obtidos através da cimentação dos padrões em combinações do tipo: metal-metal, metal-porcelana, metal-cerômero. A capacidade adesiva do cimento foi aferida através de testes por cisalhamento em máquina universal (Kratos). A análise estatística dos resultados foi baseada na análise de variância (ANOVA) e no Teste de Student-Newman-Keuls a 0.05 de significância. Os resultados demonstraram que não existem diferenças estatisticamente significantes entre os substratos testados ou dos cimentos.

Palavras-chave: cimento resinoso, polimerização, adesão.

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ABSTRACT

Resin cements have been widely used in indirect restorations as well as in metallic-fixed bridges, where some factors can modify substrates adhesion. This study had the purpose to compare the cure systems in luting cements adhesion. Using as substrate an alloy, nickel-chromium, a ceromer and a ceramic associated to two types of luting cements: dual-cure resin cement (Rely X ARC – 3M) and chemical-cure resin cement (C&B Cement – Bisco). The cylindrical standards of metal, ceromer and ceramic (5mm height and 5mm diameter) were obtained by the conventional process for each type. The cements were manipulated as according to instructions of the manufacturer. The specimens were attained through the cementation of the standards within three combinations: metal x ceramic, metal x metal and metal x ceromer. The adhesive capacity of the cement was gauged with the universal machine shear bond test (Kratos). Statistical analysis employed were ANOVA and Student-Newman-Keuls Test with 0.05 of significance. Results demonstrated no statically significance difference among tested substrates or between the cements.

Keywords: resin cement, polymerization and adhesion

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Esquema da composição do corpo de prova, p. 66.

Figura 2: Máquina de teste Kratos no momento da carga compressiva por

cisalhamento, p. 67.

Figura 3: Característica típica de fratura na união da interface metal com metal,

p. 71.

Figura 4: Característica típica de fratura na união da interface metal com

cerâmica, p. 71.

Figura 5: Característica típica de fratura na interface da união metal com

cerômero, p. 72.

Figura 6: Aspecto característico do módulo de fratura da união metal x

cerâmica, p. 72.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Sistemas de polimerização e fabricantes dos cimentos resinosos testados, p. 63.

Tabela 2: Substratos utilizados no processo de cimentação, p. 63.

Tabela 3: Combinações de materiais dos grupos, p. 64.

Tabela 4: Médias (Kg/F), Desvios padrão (DP), área proporcional e erros

padrão (EP) dos testes de cisalhamento entre os grupos, p. 69.

Tabela 5: Análise de Variância aplicada à tabela 4, p. 70.

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SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRACÕES

LISTA DE TABELAS

RESUMO

ABSTRACT

1 INTRODUÇÀO ......................................................................................p.12 2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................p.17

3 OBJETIVOS ...........................................................................................p.58

3.1 OBJETIVO GERAL..........................................................................p.59

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................p.59

4 HIPÓTESES............................................................................................p.60 4 METODOLOGIA.....................................................................................p.62 5 RESULTADOS.......................................................................................p.68

6 DISCUSSÃO...........................................................................................p.73

7 CONCLUSÕES.......................................................................................p.79

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................p. 81

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INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Os cimentos dentários têm sido utilizados para uma grande variedade de

propósitos, sendo uma delas a cimentação de coroas e próteses parciais fixas. Os

agentes cimentantes têm como finalidade, promover a união entre a restauração e

as paredes dentárias além de preencher o espaço existente entre esses substratos.

O cimento é definido como uma substância que une duas superfícies. Na

odontologia, o cimento presta-se não somente como um agente de cimentação,

mas também como isolante térmico, elétrico e químico para o dente em que se

encontra com vitalidade pulpar. A realização de restaurações indiretas como

facetas, inlays e onlays em cerâmica ou em cerômero, por não haver retenção

mecânica, tem como fase obrigatória a cimentação com cimento resinoso associado

ao adesivo, sendo este o único capaz de promover a adesão ao remanescente

dentário e a estética favorável, portanto, levando ao sucesso do trabalho final.

Atualmente, o cimento resinoso vem sendo cada vez mais utilizado para a

cimentação de restaurações unitárias indiretas e de próteses fixas, sendo um dos

principais motivos, as propriedades mecânicas associadas à adesividade, levando a

fixação da peça não somente por embricamento micro-mecânico, mas também pelo

fenômeno da adesão.Os cimentos resinosos apresentam menor solubilidade

(ANUSAVICE, 1998), menor microinfiltração, superioridade em estética (WHITE et

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al, 1992) e maiores valores em resistência flexural, tensão diametral, resiliência e

resistência à compressão em relação aos outros cimentos convencionais utilizados

na odontologia como o cimento fosfato de zinco, cimento ionômero de vidro e

cimento ionomérico modificado por resina (LI; WITHE, 1998). De acordo com as

desvantagens do cimento adesivo podemos destacar a viscosidade excessiva

influenciando no aumento da linha de cimentação, a sensibilidade da técnica de

cimentação em relação ao isolamento do elemento

dentário, controle da umidade e o tratamento de superfície dos substratos a serem

cimentados.

Os cimentos resinosos podem ser divididos em três grupos de acordo com o

método de ativação: autopolimerizáveis, fotopolimerizáveis e cimentos resinosos de

dupla polimerização ou duais, que envolvem a ativação química e física

(CAUGHMAN; CHAN; REUGGEBERG, 2001; BRAGA; CESAR; GONZAGA, 2002).

Os cimentos autopolimerizáveis têm como desvantagem o tempo de trabalho

limitado pela presa inicial e ao mesmo tempo prolongado pela presa final; entretanto

são os mais indicados para cimentação de pinos, coroas e próteses opacas. Os

cimentos fotopolimerizáveis são de fácil manuseio e usados para cimentação de

facetas e inlays em cerâmica ou em cerômero, porém, o aumento da espessura das

restaurações diminui o grau de conversão monomérica na porção mais interna do

preparo devido à dificuldade de penetração da luz (EL-BADRAWY; EL-MOWAFY,

1995). Os cimentos resinosos que, atualmente, mais preenchem a maioria das

indicações clínicas são os cimentos resinosos duais, pois a ação dos dois sistemas

de ativação aumenta o grau de conversão dos monômeros em polímeros e melhora

as propriedades físicas do cimento. Além disso, estão particularmente indicados

para situações em que o acesso de luz para a foto-ativação esteja dificultado

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(PEUTZFELDT, 1995; BRAGA; CESAR; GONZAGA, 2002). Tais situações são

bastante comuns em procedimentos de cimentação de restaurações cerâmicas e de

cerômeros, cuja espessura e coloração são suficientes para dificultar a transmissão

de luz necessária para a fotopolimerização do cimento resinoso, principalmente na

base da cavidade (HARASHIMA; NOMATA; HIRASAWA, 1991).

Mas o uso indevido de cimentos resinosos vem se tornando uma constante:

correções de adaptações imperfeitas, espessuras de restauração maiores que o

recomendável, formas expulsivas de preparos dentários têm sido reparadas de forma

questionável. Portanto, a indicação de qualquer cimento deveria ser realizada de

acordo com cada caso específico deparado pelo clínico. A específica seleção do

cimento resinoso é baseada primariamente no modo em que se é exigido no ato da

cimentação, pois nem todos os cimentos polimerizam adequadamente em qualquer

situação clínica (CAUGHMAN; CHAN; RUEGGEBERG, 2001). Então, o trabalho

pretende auxiliar o clínico na escolha do tipo de polimerização utilizado em situações

clínicas diferentes.

Segundo Braga, Cesar e Gonzaga (2002), a conversão monomérica está

diretamente relacionada com as propriedades mecânicas do material resinoso. A

literatura avalia a conversão monomérica dos compósitos analisando propriedades

mecânicas mensuráveis ou através de aparelhos, como o espectroscópio

infravermelho. Quando um material resinoso sofre uma alteração do seu estado físico

através de uma polimerização, há uma grande formação de cadeias poliméricas em

sua estrutura onde a conversão monomérica, por maior que seja, nunca é totalmente

completa. Este fato resulta não somente em monômeros, mas também em ligações

duplas de carbono remanescentes (FERRACANE; MITCHEM; CONDON; TODD,

1997 apud ASMUSSEN; PEUTZFELDT, 2001). A quantidade de monômero residual

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depende da composição da mistura monomérica, do tipo de sistema iniciador e do

tempo de fotopolimerização (ASMUSSEN; PEUTZFELDT, 2001). Transportando

estes conceitos químicos da polimerização para a realidade clínica, percebe-se que a

indicação de um cimento, que possua em seu sistema de presa o fenômeno da

polimerização, tem a necessidade de maior atenção para que não haja alterações em

suas propriedades mecânicas.

Sabendo que a presença de excesso de monômeros residuais na estrutura

polimérica, provocada pela polimerização deficiente, pode alterar a adesão dos

cimentos resinosos aos substratos existentes, o presente estudo pretende avaliar a

influência dos sistemas de polimerização (química e dual) na adesão de cimentos

resinosos.

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REVISÃO DA LITERATURA

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REVISÃO DA LITERATURA

Oilo e Espevik, em 1978, elaboram comparações entre cimentos de naturezas

diferentes através do comportamento mecânico, avaliando o módulo de elasticidade,

a tensão plástica junto à fratura e a resistência à compressão. Amostras cilíndricas

foram produzidas de acordo com o método descrito na ISSO/DIS 1566. Foram

produzidas cinco amostras para cada tipo de cimento: fosfato de zinco,

policarboxilato, óxido de zinco eugenol e resina composta. Os cimentos foram

levados aos testes de fratura e os valores foram calculados para cada propriedade

mecânica em questão. De acordo com os resultados, o cimento resinoso apresentou

os maiores valores de força. O cimento fosfato de zinco, para o módulo de

elasticidade, apresentou os melhores resultados. Em relação à deformação plástica, o

fosfato de zinco foi o cimento que menos se deformou, já o óxido de zinco eugenol

apresentou deformação 10 a 150 vezes maior, ficando com o pior resultado,

juntamente com o cimento de policarboxilato. Dentre os cimentos testados, para

cimentação definitiva, o policarboxilato, devido sua grande deformação, diminui o

tempo de vida das restaurações pela perda de retenção avaliada pela deformação

plástica.

Em 1979, Smith e Wilson compararam o desempenho clínico de um compósito

fotopolimerizável (Fotofil) e um compósito de ativação química (Adaptic). Dentre

características clínicas dos materiais utilizados, os autores avaliaram a facilidade de

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inserção na cavidade, a necessidade e o tempo de polimento, adaptação marginal,

pigmentação marginal, forma anatômica entre outras. No trabalho, dentes anteriores

contra-laterais aos pares foram restaurados de 51 pacientes selecionados, sendo que

um dente de cada par de lesões cariosas foi restaurado com Fotofil e o outro com

Adaptic. De acordo com os resultados obtidos, não houve qualquer diferença

estatística significante entre as propriedades clínicas dos dois tipos de materiais

testados.

Asmussen, em 1981, avaliou o tempo de presa da resina composta

restauradora em função de conteúdo de amina, peróxido e inibidor. O tempo de presa

foi avaliado utilizando um número experimental de pastas com conteúdo variável de

amina, peróxido e inibidor. Através da reação bimolecular entre os componentes

avaliados sobre o princípio da reação cinética, uma equação foi obtida expressando o

tempo de presa em função dos componentes em questão. O estudo experimental foi

criado justamente para qualificar a equação obtida em um alto nível de significância

estatística.

Hansen, em 1983, estudou a relação entre dureza de superfície e fonte de luz

após fotopolimerização de quatro resinas (Durafill, Heliosit, Silux e Visio-Dispers). A

proposta do trabalho foi investigar o aumento da dureza de superfície de materiais

resinosos fotopolimerizáveis dentro de uma hora após a irradiação.Três lâmpadas,

com princípio de condução diferente, foram usadas na polimerização das resinas:

Pleuraflex HL - lâmpada com um plástico coberto por um cabo de fibra de vidro;

Translux red tip - com um plástico coberto por um cabo de metal contendo a luz por

condução líquida; e 3M/LC – com uma barra de fibra de vidro sem revestimento.O

período efetivo de 20 segundos foi usado completamente no estudo para se ter o

efeito de comparação entre as três lâmpadas.A dureza de superfície foi mensurada

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pela força de Wallace e com diferentes tempos de 1 minuto e 35 segundos até 60

minutos depois do início da irradiação.Conforme os resultados obtidos no trabalho, foi

observado que a maior parte dos aumentos de dureza de superfície ocorreu nos

primeiros minutos após irradiação, independente da fonte de luz. A resina Visio-

Dispers, quando irradiada com a luz Pluraflex, apresentou a superfície mais resistente

do trabalho.

Leung, Fan e Johnston, em 1983, estudaram a polimerização posterior à

irradiação luminosa em resinas compostas fotopolimerizáveis. Amostras cilíndricas de

resina composta foram fotoativadas por 10, 20, 30, 40, 50, 60, segundos.A leitura da

dureza Barcol do topo e do fundo da amostra foi feita imediatamente após a

fotoexposição, 20, 30, 40, 50, 60 minutos, tão como 1 e 7 dias após a fotoexposição

da amostra. O estudo demonstrou através do valor da dureza da resina polimerizada,

a influência do tempo de exposição da luz e o tempo posterior à exposição sobre a

polimerização da resina sendo a superfície mais profunda, a mais dependente destes

dois fatores. Os maiores valores encontrados para o tempo de exposição foram os de

40 e 60 segundos, não havendo diferença significante entre os valores. A

polimerização essencial alcançou seu término após um dia e mesmo estendendo o

tempo de exposição luminosa, não trouxe um aumento significante para o grau de

conversão da resina.

Em 1986, Matsumoto et al. pesquisaram a profundidade de polimerização de

resinas fotoativadas através de uma simulação clínica com dentes extraídos. Foram

preparadas cavidades cilíndricas nas superfícies oclusais de segundos molares

extraídos. Sete compósitos de diferentes cores foram avaliados, incluindo um

compósito quimicamente ativado para ser utilizado como grupo controle. As resinas

foram inseridas nos preparos e fotoativadas conforme as recomendações dos

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fabricantes. O teste de dureza Knoop foi realizado após armazenagem das amostras

sendo calculado a variação dos valores de dureza para que desta forma se obter a

profundidade de cura. As endentações foram feitas em 0,5 e 1 mm de distância da

interface dente/ restauração em profundidades de 1, 2 ,3 e 4mm. A análise estatística

não demonstrou diferenças significantes de dureza entre as distâncias de 0,5 e 1 mm

da interface.De acordo com os resultados, todos os compósitos fotoativados

demonstraram menor dureza com o aumento da profundidade. Os autores relataram

que, geralmente, os tempos de exposição recomendados pelos fabricantes são

inadequados para garantir polimerização eficiente e a aplicação da resina em

incrementos seria a melhor maneira de preenchimento de cavidades de profundidade

superiores a 3 e 4 mm.

Ban e Anusavice (1990), através de três diferentes testes, propuseram-se a

avaliar a falha por estresse de quatro materiais considerados frágeis: fosfato de zinco,

porcelana de corpo, porcelana opaca e resina composta fotoativada. Os testes

utilizados foram de resistência à tração diametral, resistência flexural bi-axial e

resistência flexural de quatro pontos. Neste estudo os autores ressaltam a

importância da resistência mecânica para o sucesso clínico das restaurações,

destacando ainda a relação que determinados materiais odontológicos possuem com

os testes para sua avaliação. Para os materiais frágeis, por exemplo, o teste de

resistência a tração tem um significado maior do que o de resistência à compressão,

principalmente para avaliar o potencial de falha de restaurações. Mencionam que a

principal vantagem dos testes de resistência flexural é o estado de tensão pura que

pode ser estabelecido sobre um lado do espécime, apesar de relatarem que é

extremamente difícil se induzir uma tensão pura de um tipo apenas em um corpo. Os

resultados mostraram que a resistência à tração diametral de todos os materiais foi

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significativamente menor do que os valores de resistência flexural bi-axial.

Concluíram que o teste bi-axial é mais simples de se proceder e provê uma melhor

simulação clinicamente relevante, uma vez que o tamanho das amostras e os

procedimentos de preparo são mais similares às condições clínicas.

Blackman, Barghi e Duke (1990) verificaram a influência da espessura da

cerâmica sobre a polimerização de cimentos resinosos fotoativados. Para a

realização dos testes utilizaram dois tipos de porcelana, uma feldspática e uma

cerâmica vítrea. Dois tipos de cimentos resinosos também foram utilizados, sendo um

deles de ativação física e outro de dupla ativação. Com amostras de 11 mm², foram

usadas cinco diferentes espessuras de porcelana (0.5, 1, 2, 3 e 4 mm). Já as

amostras de cimentos resinosos possuíam 0,5 mm de espessura por 6 mm de

diâmetro e foram fotoativadas através da porcelana por tempos variando de 30 à 120

segundos, com intervalos de 30 segundos. O grau de polimerização dos cimentos

resinosos foi obtido através do teste de dureza Knoop. Os resultados demonstraram

que ambos cimentos atingiram sua cura máxima dentro dos recomendados 60

segundos de exposição de luz sob porcelanas de espessuras de 0,5 e 1 mm. Com

espessuras de 3 e 4 mm, os cimentos tiveram melhor polimerização quando a

fotoativação foi feita através da cerâmica vítrea, ao passo que a porcelana feldspática

não permitiu adequada polimerização dos cimentos resinosos mesmo quando o

tempo de exposição recomendado foi duplicado.

Breeding, Dixon e Caughman, em 1991, estudaram a influência de espessuras

diferentes e colorações de resinas indiretas (Isosit e Visio-Gem), juntamente ao

tempo de fotoativação, variando nos tempos de 40, 60, e 90 segundos, na dureza

Knoop de cimentos fotopolimerizáveis ( Visio-Fill e Heliosit) e de cimento de

polimerização dual (Dual Cement). Foram confeccionados corpos de prova como

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controle nas mesmas condições, porém não houve materiais interpostos entre os

mesmos. De acordo com os resultados, nas duas marcas comerciais de resina

composta, espessuras superiores a 2 mm, mesmo com tempo de polimerização de 90

segundos, não obteve polimerização suficiente nos cimentos fotoativados. As cores

das resinas demonstraram polimerização limitada em restaurações mais escuras. Os

autores ainda enfatizam que a presença do ativador químico no cimento dual, mesmo

apresentando maiores valores de dureza em relação aos cimentos fotoativados, ainda

é dependente de luz e, portanto também possui suas limitações.

Harashima, Nomata e Hirasawa, em 1991, analisaram o grau de conversão de

cimentos adesivos duais, mensurando-o através do espectroscópio infravermelho.

Foram testados cinco cimentos resinosos duais e um cimento resinoso químico como

controle. O estudo avaliou os efeitos da espessura da restauração em resina (inlay),

através de um disco de espessura variando 1,16mm a 5,42mm e os efeitos da re-

irradiação luminosa com nova medida de grau de conversão pelo espectroscópio

infravermelho. O trabalho demonstrou grau de conversão variando entre 59,3% a

75% utilizando apenas o sistema químico e variação de 66,6% a 81,4% utilizando a

exposição luminosa. O grau de conversão dos cimentos fotopolimerizados diminuiu

com o aumento da espessura do disco resinoso entre cimento e fonte de luz. Com a

re-irradiação luminosa aumentou o grau de conversão de polimerização na presença

do disco de resina, conseqüentemente, a diferença entre o grau de conversão na

presença e na ausência do disco de resina se torna menor de acordo com o aumento

do tempo de irradiação luminosa. Um baixo grau de conversão obtido depois da

fotopolimerização não aumentou satisfatoriamente após a polimerização química

subseqüente dos cimentos duais. Os autores constataram que a luz, quando

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suficiente, seria necessária para polimerizar os compósitos de maneira tão completa

e uniforme quanto possível.

Em 1991, Hasengawa, Boyer e Chan estudaram a extensão da presa de três

cimentos resinosos duais sob inlays em resina. A efetividade da cunha plástica para

promover a cura de cimentos nas margens proximais reflexiva também foi avaliada. O

tempo de exposição necessário para dureza ótima nos cimentos, foi determinado pela

exposição direta de luz nos cimentos resinosos. Restaurações de inlays em resina

foram cimentadas, em molares extraídos, com Dual Cement, Dicor Cement foto

ativado e Duo Cement. Cunhas reflexivas da marca Cure-Thru foram colocadas na

ameia gengival na metade das amostras. De acordo com os resultados do estudo

realizado, nenhum dos cimentos endureceu completamente durante as vinte e quatro

horas quando se usou um tempo de exposição que preencheu ou excedeu o

recomendado pelo fabricante. O componente químico do sistema de polimerização

não tornou a cura completa nos cimentos quando a luz foi mascarada pelo dente em

restauração. A transmissão de luz pelas cunhas teve um pequeno efeito sobre a

presa dos cimentos.

Em 1991, Linden et al analisaram o efeito da translucidez da porcelana

Ceramco II (Ceramco) e das formas de polimerização na dureza Knoop dos cimentos

resinosos Porcilite (Kerr) e Heliolink (Vivadent), nas formas duais e fotopolimerizadas.

Foram empregados espaçadores de 0,7mm de espessura com graus de translucidez

e tempo de fotoativação diferentes (30, 60, 90 e 120 segundos) sendo feitas as

leituras em 30 minutos e 24 horas após.Juntamente a essas amostras, foram

confeccionadas amostras analisadas da mesma maneira, porém excluindo o uso do

espaçador. Os resultados demonstraram que, em comprimento de onda de 470nm,

os espaçadores feitos com 50%, 75%,e 100% de opaco, permitiram passagem de luz

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de 54,5%, 49,5% e 48,2%, respectivamente, demonstrando que os diferentes graus

de translucidez da porcelana não alteraram significativamente a transmissão de luz e

conseqüentemente a dureza dos cimentos analisados. Além disto, também foi

observado que ambos os cimentos, porém mais acentuadamente o Porcelite,

apresentaram valores de dureza significativamente maiores nas suas formas duais e

que o tempo de exposição de 60 segundos, normalmente recomendado pelo

fabricante, não foi suficiente para que os cimentos atingissem sua dureza máxima.

Para ambos os cimentos, não houve diferença significante nos valores de dureza

entre os períodos de análise de 30 minutos e 24 horas.

Em 1992, Turbino et al estudaram a dureza superficial de resinas compostas

por dois tempos de fotopolimerização: 20 e 40 segundos. Os valores de dureza foram

lidos imediatamente e 24 horas após fotopolimerização. Os resultados obtidos foram

os maiores valores para o aumento de duração do tempo de exposição luminosa, ou

seja, 40 segundos de fotopolimerização. Houve também aumento da dureza

superficial 24 horas após a polimerização, mas em menores proporções em relação

ao tempo de exposição à luz.

White et al (1992) estudaram a microinfiltração in vitro de diversos agentes

cimentantes, incluindo fosfato de zinco, cimento de ionômero de vidro e cimento

resinoso. O cimento de fosfato de zinco exibiu a maior microinfiltração dentre os

cimentos avaliados e os cimentos resinosos tiveram a maior resistência à infiltração.

Os autores afirmam que provavelmente o melhor desempenho obtido com os

cimentos resinosos se deve primariamente à capacidade de penetração do compósito

nos túbulos dentinários expostos formando os tags resinosos. Os resultados da

pesquisa sugerem que a adesão dos cimentos resinosos à dentina foi forte o

suficiente para resistir à contração de polimerização e, desta forma, minimizar a

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microinfiltração. Salientam ainda que a escolha do agente cimentante deva ser

baseada em critérios apropriados para uma situação clínica específica.

Cardash et al. (1993) verificaram o efeito da cor da porcelana sobre a dureza

de um cimento resinoso de ativação física e de um cimento resinoso dual. Oito

cores da porcelana Vita foram utilizadas em amostras tendo 10 mm de diâmetro e 2

mm de espessura. Os autores observaram que a cor da porcelana, na espessura

utilizada, afetou acentuadamente a microdureza do compósito de ativação física. Os

maioresvalores de dureza foram obtidos com o cimento resinoso dual, sendo que o

cimento de ativação física, mesmo com exposição de luz prolongada, não alcançou

dureza similar à do dual. Concluíram que a cor da porcelana e maior tempo de

exposição não afetam de forma significativa a dureza do cimento resinoso dual, mas

afetam a dureza do cimento de ativação física. Desta forma, com relação à dureza,

os cimentos resinosos de dupla ativação devem ser os compósitos de escolha para

restaurações cerâmicas de 2 mm ou mais de espessura.

Kawai, Isenberg e Leinfelder, em 1993, estudaram o efeito da dimensão da

linha de cimentação sobre o desgaste dos cimentos resinosos. Os autores

correlacionaram o tipo de cimento, tamanho da fenda marginal e suas formas de

desgaste quando as inlays foram submetidas a estresse oclusal. Três tipos de

cimentos resinosos foram utilizados. Os tipos de cimentos foram: híbrido (dois

cimentos com partículas de 1 a 3µm); e microparticulado (um cimento com partícula

de carga de 0,04µm). Foram feitas cavidades de 4 mm em todas as dimensões nas

faces oclusais de molares humanos extraídos. Foram fabricadas restaurações em

inlay de cerâmica para que as cimentações fossem feitas com os cimentos

resinosos de acordo com a orientação dos fabricantes e fotopolimerizados por 60

segundos. As amostras, então, foram levadas à máquina de testes para os

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desgastes oclusais. Os resultados do estudo demonstraram os valores de desgaste

do cimento microparticulado como sendo de três a quatro vezes maior que os

cimentos híbridos. Os autores, então, consideraram a dimensão da linha de

cimentação como um dos fatores principais na alteração do desgaste no cimento

resinoso. A redução da linha de cimentação é uma consideração clínica de extrema

importância para diminuir o desgaste dos cimentos na fenda oclusal das

restaurações.

Através de uma revista da literatura, Oilo (1993) pesquisou materiais

utilizados em cimentação de restaurações metálicas, comparando as propriedades

físicas, mecânicas e biológicas dos cimentos de fosfato de zinco, policarboxilato de

zinco e ionômero de vidro. De acordo com o autor, a resistência do cimento é de

extrema importância uma vez que a retenção da peça protética está diretamente

relacionada com esta propriedade. O estudo demonstrou maior resistência à

compressão e capacidade retentiva ao cimento ionomérico diante dos demais

cimentos relacionados. Entretanto, o cimento de ionômero de vidro apresentou

grande sensibilidade à umidade em estágio de presa inicial, alterando

consideravelmente sua resistência. Em relação à biocompatibilidade, o cimento

fosfato de zinco, devido ao seu baixo pH inicial, foi considerado irritante à polpa.

Rueggeberg e Caughman, em 1993, estudaram a influência da exposição

luminosa sobre a polimerização de cimentos resinosos duais. A utilização de um

espectroscópio infravermelho foi realizada para aferir o grau de conversão

monomérica de quatro cimentos resinosos duais de fabricantes distintos. Os

cimentos utilizados foram submetidos a quatro tipos de tratamento de

fotopolimerização após mistura das pastas base e catalisadora: sem exposição de

luz; 60 segundos de luz sobre uma matriz transparente; 20 segundos e 60 segundos

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de luz através de uma lâmina resinosa de 1,5 mm de espessura, simulando o

processo clínico. Os resultados obtidos no estudo, demonstraram uma grande

diferença no comportamento de cada cimento, principalmente na conversão

química. Na maioria das resinas, a conversão monomérica avaliada aos dez

minutos é equivalente à conversão depois de 24 horas. De acordo com os autores

não há evidencias em relação à ocorrência de uma conversão monomérica

substancial na reação pela indução química após 24 horas.

White (1993), em uma revisão da literatura, destacou as principais

propriedades que um agente cimentante deve apresentar para cumprir seu papel no

desempenho adequado de restaurações protéticas. Dentre estas propriedades, o

autor ressalta que a resistência do cimento é um quesito muito importante, uma vez

que o mesmo deve ser capaz de absorver forças de compressão e tração e resistir

às forças mastigatórias sem haver falhas. Com relação ao módulo de elasticidade,

comenta que os cimentos devem apresentar um valor semelhante ao da estrutura

dental, para que a deformação seja também similar. Outras características como a

baixa solubilidade, pequena espessura de película, tempo de trabalho adequado,

excelente integridade marginal, mínima microinfiltração, forte adesão e retenção

também foram relatadas pelo autor como sendo indispensáveis para o sucesso

clínico das próteses e restaurações cimentadas. Dentre os cimentos atualmente

disponíveis, os resinosos são os que mais cumprem estes requisitos clínicos,

embora muitas indicações de cimentação recaiam sobre os cimentos de ionômero

de vidro, principalmente quando o acesso à luz é inexistente ou reduzido. O autor

conclui seu artigo ressaltando a melhora do desempenho clínico obtido com os

modernos agentes cimentantes adesivos e ionoméricos, mas que, entretanto, são

tecnicamente mais sensíveis que os cimentos de fosfato de zinco.

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White e Kipnis, em 1993, analisaram a adaptação de coroas totais metálicas

cimentadas em pré-molares extraídos. Os dentes foram preparados, moldados e

suas respectivas coroas confeccionadas para análise das discrepâncias marginais,

em quatro pontos pré-determinados nas margens, em microscópio óptico com

aumento de 500 vezes. Após as leituras, as restaurações foram cimentadas com os

cimentos de fosfato de zinco Flecks Zinc Phosphate (Mizzy), de policarboxilato de

zinco Durelon (ESPE), de ionômero de vidro Ketac Cem (ESPE), resinoso Thin Film

Cement (Den Mat) associado ao sistema adesivo Tenure (Den Mat) e resinoso

adesivo Panavia Ex. Os corpos de prova foram armazenados em ambiente com

100% de umidade relativa, a 37º C por 24 horas e posteriormente foram realizadas

novas leituras. A análise dos dados mostrou que, antes da cimentação, a

discrepância marginal foi semelhante para todos os grupos, porem, após este

procedimento, os grupos constituídos pelos cimentos resinosos apresentaram

valores de discrepância significativamente maiores do que os demais cimentos, os

quais apresentaram comportamento semelhante entre si.

Em 1993, White e Yu se propuseram a avaliar algumas características físicas

para cimento resinoso, como conteúdo de carga em massa e espessura de película.

Análises mecânicas, como dureza Knoop, resistência à compressão, resistência à

tração diametral também foram feitas para alguns cimentos resinosos com indicação

para cimentar próteses parciais fixas. Para cada tipo de ensaio, foram feitas

amostras específicas com os cimentos All-Bond Crown and Bridge Cement (Bisco),

Biomer (L.D.Caulk), C&B Metabond (Sun Medical), Thin Film Cement (Den-Mat),

Infinity (Den-Mat), Panavia Ex (Kuraray) e Ultrabond (Den-Mat). Os autores

puderam observar que o conteúdo de carga variou entre 7% no C&B Metabond e

75% no Panavia Ex, estando os demais contidos neste intervalo. As propriedades

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mecânicas analisadas no estudo mostraram valores mais elevados de resistência à

compressão, resistência à tração diametral e dureza para os cimentos All-Bond

Crown and Bridge Cement e Panavia Ex. Porém, estes materiais mostraram-se

incompatíveis com a cimentação de restaurações metálicas devido à espessura de

película se encontrar aumentada. De acordo com os autores, o conteúdo de carga é

um dos fatores determinantes no melhoramento de propriedades mecânicas, mas

não tem relação direta com a espessura de película.

Hansson, em 1994, testou, clinicamente, próteses parciais fixas na região

anterior feitas em liga de ouro cimentadas com Super-Bond C&B. De um total de 13

próteses, 10 foram de três elementos, uma foi de quatro elementos com dois

pônticos, todas na região anterior da maxila. As próteses restantes foram feitas na

região anterior da mandíbula com cinco elementos, sendo dois pônticos. Somente

um profissional realizou as restaurações e não houve caso em cantlever. A

superfície interna dos retentores foi jateada com óxido de alumínio e tratadas com

calor em forno a 400ºC, formando uma camada oxidada para auxiliar na união dos

substratos. De acordo com os resultados do trabalho, a técnica adesiva foi

insatisfatória quando comparada aos outros trabalhos utilizando próteses adesivas

com técnicas de retenção mecânica e cimentos não adesivos. As fraturas ocorridas

foram todas na interface resina-metal. A média de sobrevida das próteses foi

somente de nove meses. Mesmo o cimento Super-Bond estando no mercado há 10

anos, poucos estudos clínicos são encontrados na literatura sobre o mesmo. De

acordo com o autor, a adesão de próteses adesivas ainda precisa ser baseada em

retenção micromecânica entre cimento e metal, pois um modo de alcançar boa

durabilidade de união adesiva com o cimento Super-Bond, em ambiente com água,

ainda deve ser encontrado.

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Rueggeberg, Caughman e Curtis (1994) em seu trabalho, relatam que um

dos principais problemas dos compósitos fotoativados é que o grau de

polimerização destes materiais é proporcional à quantidade de luz a qual eles são

expostos. A partir deste princípio os autores se propuseram a avaliar o efeito da

intensidade de luz e do tempo de exposição sobre a cura de resinas compostas.

Utilizando-se de duas marcas comerciais de resinas compostas e duas de suas

respectivas cores, os pesquisadores avaliaram o grau de polimerização através de

espectroscopia infra-vermelha. Foram utilizadas diferentes espessuras dos

compósitos, tempos de ativação e intensidades de luz. Os autores concluíram que

60 segundos de exposição são recomendados para prover polimerização uniforme e

compensar o decréscimo da intensidade de luz. Além disso, ressaltam que os

incrementos de resina composta não devem ser maiores que 2 mm para que se

tenha uma cura máxima. Para a fotoativação de resinas compostas, uma

intensidade mínima de 400mw/cm2 é recomendada.

Uctasli, Hasanreisoglu e Wilson (1994) avaliaram, por meio teste de dureza,

a influência da espessura e translucidez de porcelana no grau de polimerização de

diferentes cimentos resinosos. Para tal finalidade, foram feitas amostras com 1mm

de espessura a partir dos cimentos de dupla polimerização Dual Cement (Vivadent)

e Porcelite Dual Cure (Kerr) e do fotoativado Porcelite Light Activated (Kerr). Estes

materiais eram fotoativados diretamente (grupo controle) ou pela interposição de

lâminas de porcelana com espessuras de 0,5mm, 1mm e 2mm e três diferentes

graus de translucidez. As análises de dureza Vickers foram realizadas nos períodos

de 5 minutos, 60 minutos e 24 horas. Os resultados mostraram que, dos cimentos

do grupo controle, o Porcelite Dual Cure apresentou maiores valores em todos os

tempos analisados, seguido do Porcelite Light Activated e Dual Cement e que às 24

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horas, todos os cimentos do grupo controle apresentaram maior dureza em relação

aos demais tempos de análise. Nos grupos com interposição de discos de

porcelana, não houve diferença de dureza entre 5 minutos e 24 horas para os

cimentos Porcelite Light Activated e Dual Cement enquanto no grupo constituído

pelo Porcelite Dual Cure, os valores de dureza foram maiores após 24 horas em

relação aos 5 minutos. O aumento de espessura e a redução da translucidez da

porcelana promoveram redução significativa na dureza de todos os cimentos, tendo

este efeito sido menos pronunciado no Dual Cement.

Darr e Jacobsen, em 1995, estudaram a eficiência e a razão de cura de

agentes resinosos duais quando os mesmos foram polimerizados sob instruções do

fabricante, fonte de luz apropriada e em condições em que a luz foi excluída e a

polimerização foi baseada somente na reação química.Foi utilizado o método de

medição da conversão monomérica através da resistência ao riscamento. A

microdureza foi avaliada em diferentes espaços de tempo utilizando o teste de

Wallaces.Os cimentos avaliados foram o Porcelite, Duo, Dual, Universal Cement e

Kulzer. As amostras foram divididas em dois grupos onde o primeiro foi polimerizado

segundo instruções do fabricante e o segundo grupo não houve fotopolimerização,

somente a mistura pasta a pasta. Nos resultados do trabalho a polimerização dual

levou aos maiores valores de força em todos os materiais, exceto o cimento

Porcelite. O cimento Dual apresentou a maior diferença de força nos sistemas de

polimerização sendo o químico 50% menor que o fotopolimerizável. A

polimerização química mostrou melhor eficiência somente no cimento Universal

Zement. As amostras fotopolimerizáveis tiveram uma grande resistência flexural e

maior dureza, mas o processo de polimerização criou somente este avanço inicial

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de conversão. Segundo os autores, a polimerização química prevalece onde não há

luz presente, aumentando o nível de conversão monomérica no cimento.

Em 1995, El–Badrawy e El-Mowafy propuseram-se a comparar a cura

química e a cura dual de cimentos resinosos para restaurações de inlays em

cerâmica e em resina. O estudo investigou o grau de dureza que o cimento

alcançou através da cura química versus a cura dual e o efeito da espessura da

restauração de inlay sobre a dureza do cimento. Foram utilizados sete cimentos de

marcas diferentes. Os cimentos, além de polimerizados sobre uma matriz, foram

também curados através de uma placa de resina e de cerâmica variando de um a

seis milímetros de espessura. Todos os testes foram somente de cura química e

cura dual para os cimentos. Foram feitos os testes de dureza Knoop para avaliar

cada comportamento dos cimentos. Para todos os cimentos examinados, o teste de

dureza Knoop demonstrou menores valores para o sistema de cura química. Com

algumas exceções os cimentos demonstraram uma tendência a uma diminuição

gradual nos valores de dureza de acordo com o aumento da espessura do

espaçador cerâmico ou resinoso, o qual simula a restauração de inlay. A análise

estatística revelou diferença significante na dureza para o sistema de cura química

em relação ao sistema dual para todos cimentos examinados.Os autores

encontraram diferenças significantes na dureza de amostras com polimerização dual

através do espaçamento cerâmico ou resinoso de dois milímetros a três milímetros

de espessura em relação às amostras polimerizadas com o sistema dual sem

espaçamento.Como uma das conclusões, a cura química não foi suficiente para

alcançar uma dureza eficiente nos cimentos examinados, principalmente em inlays

com 2 mm a 3 mm de espessura.

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Peutzfeldt, em 1995, estudou o desgaste in vitro, quantidade de

remanescente de ligação e conteúdo volumétrico de carga de oito cimentos

resinosos duais. O autor avaliou o efeito da fotoativação sobre o desgaste na

quantidade de remanescente resinoso. Os cimentos resinosos foram manipulados

de acordo com instruções de seus fabricantes, colocados num molde e metade das

amostras foram fotopolimerizadas por 90 segundos e a outra metade ficou

dependente da polimerização química. As amostras foram confeccionadas em

número de dez para cada cimento. Após o armazenamento em água por uma

semana, as amostras foram montadas na máquina de teste de desgaste juntamente

com uma outra amostra antagonista. Para obter os valores do atrito, as

deformações das peças foram mensuradas em micrômetros (µm). O grau de

conversão foi analisado através do espectrômetro infravermelho antes e depois da

polimerização para se obter a quantidade de ligação dupla remanescente. O

conteúdo do volume de carga foi determinado depois da queima do cimento

resinoso a 600ºC por 30 minutos, pelo método picnométrico. Os resultados do

trabalho mostram a fotoativação influenciando na diminuição do desgaste e na

quantidade de ligações duplas remanescentes. Os cimentos testados variaram seu

conteúdo de carga entre 31% e 66% do seu volume. O desgaste in vitro dos

cimentos oscilou entre 30µm e 65µm e a quantidade de ligações remanescentes

ficou entre 19% e 38% quando os cimentos foram submetidos à polimerização dual.

Quando os cimentos não foram fotoativados, o desgaste variou entre 36µm e 74µm

e a quantidade de ligações remanescentes variou entre 25% e 56%. A fotoativação

melhorou a resistência ao desgaste de três cimentos do trabalho e reduziu a

quantidade de ligação remanescente em seis cimentos testados. O estudo mostrou

diferença substancial no desgaste in vitro, conteúdo de carga, quantidade de ligação

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dupla remanescente e o efeito da exposição luminosa sobre os oito cimentos

utilizados.

Mc Comb, em 1996 realizou uma revisão de literatura sobre cimentos

adesivos. Os cimentos resinosos, quando associados a procedimentos de adesão

comprovados, promovem uma unidade extremamente forte, retentiva e praticamente

insolúvel aos flúidos orais, resultando em um selamento efetivo. A redução do

tamanho das partículas e a adição de monômeros diluentes acabaram superando os

problemas relacionados à espessura de película destes cimentos que, até então,

impediam o assentamento inicial das restaurações, resultando num aumento

considerável da linha de cimentação. Segundo a autora nem todos os cimentos

duais apresentam polimerização satisfatória quando ativados, tornando um

agravante, pois a polimerização completa do cimento é de extrema importância para

sua resistência, retenção e longevidade das restaurações podendo acarretar

sensibilidade pós - operatória quando a conversão não é suficiente.

Weisman publicou, em 1996, um estudo no qual aplicou um questionário para

clínicos gerais e protesistas investigando quais os materiais mais usados pelos

mesmos para determinados tipos de procedimentos como em moldagens,

confecção de provisórios e cimentação de restaurações indiretas metálicas e

estéticas. Os dados revelaram que a utilização dos cimentos resinosos por ambas

as categorias de profissionais sobrepujou os demais cimentos listados, como

ionômeros de vidro convencional e modificado, fosfato de zinco e oxido de zinco e

eugenol reforçado e que os especialistas (54%) empregam mais cimento resinoso

que os clínicos (39%). Também foi observado, do ano de 1995, para o de 1996,

aumento percentual do cimento resinoso, de 43% para 47%, e uma redução de 20%

para 16% do cimento fosfato de zinco. A única aplicação para a qual os cimentos

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resinosos perderam sua liderança foi na cimentação de próteses parciais fixas

extensas, tendo nestes casos os cimentos ionoméricos convencionais sido

preferenciais para clínicos (49% contra 35%) e especialistas (47% contra 44%).

Anusavice (1998) conceitua resistência como sendo a tensão necessária para

causar fratura ou uma quantidade específica de deformação plástica. Exemplifica

alguns tipos de tensões que ocorrem em boca, como as tensões por flexão, que

clinicamente pode ser produzida em uma prótese fixa de três elementos, quando

cargas são aplicadas sobre o elemento pôntico. Relata ainda que o teste de

resistência flexural é uma mensuração coletiva de tensões de tração, compressão e

cisalhamento simultaneamente. No entanto, afirma que para corpos-de-prova finos,

as tensões de tração são dominantes e se desenvolvem ao longo da superfície

inferior.

Em 1998, França, Muench e Cardoso, avaliaram a retentividade entre os

cimentos resinosos e a liga de níquel-cromo por ensaio de tração.Os cimentos

resinosos analisados foram o Comspan, Panavia Ex e All-Bond C & B. A liga de

Níquel-Cromo recebeu quatro tipos de tratamento: liso, microjateado, ataque

eletrolítico e silicoater. O corpo de prova constituía-se de um conjunto de dois

discos, providos de alças fundidas para a fixação na máquina de ensaio, cimentados

entre si. A armazenagem foi feita em duas condições: 3 e 30 dias, em solução de

NaCl, 0.9% a 37°C. Na segunda condição( 30 dias) foi feita intercaladamente ,

termociclagem (a 5°C e 55ºC), um minuto por banho perfazendo 600 ciclos. Os

resultados obtidos através do ensaio foram os seguintes: em superfície lisa, os três

cimentos apresentaram baixíssima retentividade; em superfície microjateada, o

cimento Panavia Ex apresentou o melhor resultado por ter, em suas propriedades,

um melhor escoamento para penetrar entre as irregularidades da superfície metálica

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tratada; a superfície tratada por ataque eletrolítico, além de necessitar de

equipamentos mais complexos, obteve resultados de baixa retentividade; a

superfície tratada com silicoater obteve resultados extremamente altos com os três

cimentos, principalmente o All Bond; a imersão prolongada com termociclagem não

influiu na retentividade das superfícies microjateadas.

Em 1998, Rosentiel, Land e Crispin através de uma revista de literatura,

analisaram os sistemas de cimentação com o objetivo de colher informações para

que o clínico encontre o material mais adequado em cada caso. O estudo científico

avaliou as relações das seguintes categorias: biocompatibilidade, inibição da placa

cariogênica, microinfiltração, propriedades mecânicas, solubilidade, absorção de

água, adesão, contração de presa, resistência ao desgaste, estabilidade de cor,

radiopacidade, viscosidade, tempo de presa e de trabalho. De acordo com o estudo

literário, o advento de técnicas adesivas tem permitido ao dentista expandir

serviços, pois muitos procedimentos não podem ser executados com cimentos

tradicionais. Na prática, alguns materiais são necessários para atender aos

cuidados do paciente. Por outro lado, alguns materiais são contra indicados para

certas técnicas, então os autores ainda persistem no dilema que a melhor escolha

não é sempre evidente, para cada caso haverá indicações e contra-indicações,

tornando a escolha do clínico a mais racional possível.

Yoshida, Tanagawa e Atsuta (1998) propuseram-se a avaliar a solubilidade

de alguns tipos de cimentos em duas soluções diferentes. Os cimentos estudados

foram: Elite Cement 100, fosfato de zinco, HY-Bond Carbo-Plus, de policarboxilato

de zinco, Fuji I, de ionômero de vidro e All-Bond C&B, Panavia 21 e Super-Bond

C&B, resinosos. Foram confeccionados discos de 15mm de diâmetro e 0,6mm de

espessura. Os corpos de prova foram armazenados, por 24 horas em ambiente a

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37ºC com 100% de umidade relativa, e posteriormente imersos, por 30 dias, em

50ml de uma das seguintes soluções: água destilada (pH 5,7) e 0,001mol/l de ácido

lático (pH 4,0). A porcentagem de solubilidade dos cimentos foi obtida calculando-se

a diferença entre as massas antes e depois da imersão dos corpos de prova e

multiplicando-a por cem. Os autores observaram que em ambas as soluções, os

três cimentos resinosos foram menos solúveis que os demais, os quais

apresentaram a seguinte ordem decrescente de solubilidade: policarboxilato de

zinco, fosfato de zinco e ionômero de vidro.

Em 1999, Braga, Ballester e Carrilho realizaram um estudo piloto para

avaliar a resistência ao cisalhamento da união entre porcelana e dentina usando-se

cimentos resinosos duais. De acordo com os autores, o procedimento de

cimentação é o passo mais crítico da técnica das restaurações cerâmicas.

Compararam-se cimentos resinosos duais e quimicamente ativados quanto à

resistência de união ao cisalhamento e observou-se que os cimentos resinosos

duplamente ativados obtiveram valor três vezes maior que o compósito

quimicamente ativado durante os primeiros 90 minutos. Para os três cimentos

avaliados, os testes executados uma semana após a confecção das amostras

demonstraram valores superiores aos 90 minutos iniciais. Deste modo, os autores

recomendam que as restaurações cerâmicas cimentadas não devem ser

submetidas a tensões.

Diaz-Arnold et al. (1999) revisaram a literatura para expor as vantagens,

desvantagens e indicações de cinco agentes cimentantes. Os autores enfatizam que

atualmente nenhum cimento preenche todos os requisitos como agente cimentante

ideal e universal. Além disso, ressaltam que o clínico deve conhecer as virtudes e

problemas de cada tipo de cimento e selecioná-los apropriadamente. Quanto aos

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cimentos resinosos, a capacidade que estes possuem de aderir-se a diferentes

substratos, alta resistência, insolubilidade no meio oral e disponibilidade de cores,

fazem deles os cimentos de escolha para restaurações estéticas. Os cimentos

resinosos quimicamente ativados, por sua vez, são especialmente úteis para

cimentação de próteses com base metálica e pinos intracanais, onde o acesso à luz

é impedido. Mencionam ainda que os cimentos resinosos são úteis quando os

preparos carecem de formas de resistência e retenção.

El-Mowafy, Hubo e El-Badrawy , em 1999, propuseram-se a investigar o grau

de polimerização de oito cimentos resinosos duais quando apenas quimicamente

ativados e duplamente ativados. Avaliaram ainda o efeito da espessura da

porcelana sobre a polimerização dos cimentos resinosos. O grau de polimerização

foi verificado com o teste de dureza Knoop em intervalos de 60 minutos, 24 horas e

uma semana. As espessuras de porcelana variaram de um a seis mm. Os

resultados demonstraram que em três dos cimentos examinados, a ativação apenas

química apresentou menos de 50% da dureza obtida quando tais cimentos foram

duplamente ativados. Idealmente, o componente quimicamente ativado dos

cimentos resinosos duais deveria ser capaz de propiciar um grau de dureza

semelhante, ou não muito menor do que o obtido pela ativação dual. Com relação

ao efeito da espessura da porcelana, os autores concluíram que para muitos dos

cimentos avaliados, houve valores significativamente inferiores de dureza para

espessuras maiores do que dois a três mm.

Li e White, em 1999, estudaram propriedades mecânicas de cimentos

dentais.O trabalho analisou cimentos de naturezas diferentes como: fosfato de

zinco, policarboxilato, ionômero de vidro, ionômero de vidro encapsulado, ionômero

modificado por resina, resina composta e cimento adesivo. O módulo de

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elasticidade foi medido utilizando uma técnica não destrutiva, armazenando as

amostras durante: uma hora, um dia, uma semana, um mês e um ano. As

propriedades compressivas (limite proporcional, resiliência e dureza), a resistência

ao cisalhamento (compressão, tensão diametral e flexural) e a resistência flexural

foram determinadas e avaliadas pelo ANOVA com dois cortes de teste (5 e 0,5

mm/min). De acordo com os resultados do estudo, os cimentos testados se diferem

consideravelmente em relação às propriedades mecânicas. O tempo de

armazenamento influenciou o módulo de elasticidade e afetou a maioria dos

cimentos. Por exemplo, o cimento de policarboxilato e o ionômero de vidro

continuaram a maturação após o tempo estimado pelos autores, enquanto outros

cimentos mostraram maturação depois do primeiro dia. A resina composta e o

cimento ionomérico modificado por resina demonstraram menor módulo de

elasticidade que os outros cimentos. Os cimentos dominados por componentes

resinosos exibiram comportamento mais resistente na flexão que os outros

cimentos. Os materiais resinosos registraram resistência flexural, em ordem de

magnitude, maior que os outros tipos de cimento, mostrando menor fragilidade ao

teste de flexão.

Platt (1999) fez uma revisão da literatura para traçar as tendências, bem

como discutir as propriedades dos cimentos resinosos. Destaca que a baixa

solubilidade, a resistência ao desgaste e a menor microinfiltração, por serem

propriedades importantíssimas de um agente cimentante, fazem dos cimentos

resinosos um material com amplas indicações nos procedimentos protético-

restauradores. Segundo o autor, a capacidade de criar uma resistente união à

estrutura dental parece melhorar a performance física dos cimentos resinosos e

pode aumentar a resistência à fratura dos dentes em alguns procedimentos

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restauradores. Destaca ainda que os cimentos resinosos duais e fotoativados

podem não polimerizar inteiramente quando restaurações cerâmicas de dois a três

mm de espessura são utilizadas. Salienta ainda que nenhum cimento resinoso tem

demonstrado ser universal, devendo o clínico dessa forma selecionar o tipo de

cimento resinoso mais apropriado para cada situação.

No ano de 2000, El-Mowafy e Rubo verificaram a influência da espessura de

restaurações do tipo onlay-inlay sobre a polimerização de cimentos resinosos duais.

Os autores comentam a importância de que os cimentos resinosos duais sejam

formulados de modo que sejam capazes de atingir grau suficiente de cura com e

sem fotoativação, para que possam garantir polimerização adequada em regiões

onde o acesso à luz é dificultado ou impossível. Foram avaliados oito cimentos

resinosos duais, cujos graus de polimerização foram obtidos pelo teste de dureza

Knoop. As espessuras das amostras de resina composta variaram de 1 a 6mm com

intervalos de 1mm. Para alguns dos cimentos avaliados, quando a espessura das

amostras foi maior do que 4mm, a dureza foi reduzida a 50%, mesmo quando a

aferição da dureza foi efetuada uma semana após a ativação do cimento. Dentre os

materiais testados, o cimento resinoso dual Enforce exibiu os valores mais altos de

dureza, sendo que não sofreu considerável redução nesses valores até mesmo com

as amostras de 6mm de espessura. Devido aos valores inferiores de dureza para

alguns dos cimentos, o autor sugere que os fabricantes modificassem a formulação

de seus cimentos resinosos duais a fim de melhorar a eficiência do componente

quimicamente ativado destes compósitos. No entanto, ressaltam quanto à

quantidade excessiva destes componentes, uma vez que poderia prejudicar o

procedimento de cimentação por diminuir o tempo de trabalho do cimento.

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Fonseca et al (2000) avaliaram a progressão de polimerização em função do

tempo de armazenamento de quatro cimentos resinosos relacionando com o

conteúdo de carga dos mesmos. Os cimentos avaliados foram: Scotchbond,

Variolink, Enforce e Dual Cement. Os corpos de prova foram confeccionados num

total de cinco por grupo a partir de uma matriz metálica circular de 4.0 mm de

diâmetro e 2.0 mm de profundidade.Após o preenchimento da matriz e a

regularização da superfície do corpo de prova com uma lâmina de vidro, era

realizada a fotopolimerização durante 60 segundos. Para a avaliação do teste de

dureza foi utilizado o aparelho de Wolpert. Os corpos de prova eram divididos em 4

quadrantes e se fez uma leitura de forma que em cada quadrante eram realizadas

três leituras sendo logo após a polimerização. Para que a dureza fosse avaliada

sem a influência de umidade, os corpos de prova foram removidos da matriz,

acondicionados em um frasco âmbar e armazenados em um dessecador por sete

dias. Decorrido esse período cada corpo de prova foi reposicionado na matriz e

levado à mesa do aparelho Wolpert para novas leituras. De acordo com Antoniadi et

al. (1991), a análise da dureza superficial de resinas compostas fotoativadas e

quimioativadas, realizada a partir de 10 minutos até 12 meses após a polimerização,

mostrou aumento progressivo da dureza até quatro semanas de análise, tendo

havido estabilizado após esse período. Para a determinação do conteúdo de carga,

foi separada a parte mineral da parte orgânica através de aquecimento e

resfriamento do corpo de prova tomando medida do peso de antes e depois do

aquecimento a 500ºC. Os resultados obtidos foram: houve diferença

estatisticamente significante de dureza entre os tempos analisados, indicando

progressão de polimerização do período inicial para os sete dias; houve diferença

significativa de dureza para todos os cimentos avaliados, resultando na seguinte

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ordem: Scocthbond Resin Cements> Enforce>Variolink>Dual Cement; em relação

ao conteúdo de carga, foi encontrada a seguinte ordem:

Scotchbond>Enforce=Variolink>Dual Cement. De acordo com os resultados deste

estudo, o conteúdo de carga presente na composição desses cimentos, bem como

sua progressão de polimerização analisada neste estudo pelo teste de dureza, é

fator de fundamental importância e deve ser levado em consideração quando da

cimentação de restaurações estéticas indiretas.

Stansbury (2000) através de uma revisão da literatura explanou sobre a cura

de resinas compostas dando ênfase aos fenômenos envolvidos na

fotopolimerização. Neste sentido, abordou a interação da luz com os componentes

dos compósitos, como a absorção e dispersão que as partículas de carga exercem

quando da fotoativação, fazendo com que a luz incidente seja atenuada. Relata

ainda que a absorção de luz pelos fotoiniciadores na região superior do compósito

age como um filtro, reduzindo a transmissão de luz para o interior do compósito. O

autor discute sobre os mecanismos básicos pelos quais os fotoiniciadores

convertem os monômeros em polímeros e compara os diferentes fotoiniciadores

utilizados atualmente como o PPD, QTX e a convencionalmente utilizada

canforquinona. Pesquisadores e fabricantes estão numa constante busca para

melhorar a eficiência da polimerização dos compósitos e, neste sentido, o

aprimoramento dos agentes fotoiniciadores para que melhore o grau de conversão é

um dos objetivos. Segundo autor, com a melhora na eficiência da polimerização, a

performance e durabilidade das restaurações serão aumentadas, bem como a

biocompatibilidade e a estabilidade de cor serão melhoradas.

Em 2001, Asmussen e Peutzfeldt estudaram a influência de componentes

selecionados sobre a densidade da cadeia cruzada em estruturas poliméricas. O

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estudo investigou a influência da variação de composição na densidade da cadeia

cruzada de modelos de polímeros de metacrilatos. Foi hipotetizado que a adição de

um monômero monofuncional (benzil-metacrilato ou BMA) reduziria a densidade da

cadeia cruzada. E este componente, por causar muitos centros de crescimentos

poliméricos, iria resultar num relativo aumento da densidade de cadeia da estrutura

polimérica. Os materiais usados foram resina a base de monômeros bifuncionais

(BisGMA e TEGDMA) e monofuncionais (BMA). O polimetilmetacrilato foi dissolvido

completamente em etanol para estimar a densidade da cadeia cruzada. Na primeira

série de experimentos, os monômeros foram misturados em razões molares.O

iniciador e co-iniciador foram a CQ (canforoquinona) e a CEMA (N, N-cianoetil metil

anilina respectivamente e foram adicionados aos monômeros numa quantidade de

0.2% por peso. Na segunda série de experimentos, o conteúdo de CQ e CEMA foi

variado, adicionando além de 0.2%, 0.5% e 1.0% por peso. As misturas

monoméricas foram fotopolimerizadas por 40 segundos. Para cada polímero, a

quantidade de adesivo residual (RDB) foi medida. A força de Wallace foi

determinada antes (armazenamento no ar por um dia) e depois dos

armazenamentos (em etanol a 37ºC) dos corpos de prova por um dia. Os resultados

encontrados foram: em relação aos monômeros binários BisGMA e TEGDMA

misturados, a quantidade de RDB foi maior quando a mistura conteve menos

TEGDMA; na mistura de BisGMA, TEGDMA e BMA, a quantidade de RDB diminuiu

com o aumento de BMA; a Força de Wallace ,depois da armazenagem em ar, foi

desprezivelmente influenciada pela composição monomérica. Entretanto, a Força de

Wallace, após o armazenamento em etanol, aumentou significantemente em relação

ao armazenamento em ar, tendo o etanol um efeito amolecedor; em relação à

mistura BisGMA e TEGDMA, a Força de Wallace, depois do armazenamento em

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etanol, foi mais forte na mistura contendo menos TEGDMA; em respeito à influência

do BMA na Força de Wallace, depois do armazenamento em etanol, mostrou um

mínimo em torno de 40% sem BMA e um aumento em torno de 0 a 80% contendo

BMA; a quantidade de RDB decresceu com o aumento dos iniciadores (CQ e

CEMA); a Força de Wallace, depois do armazenamento em ar, foi discretamente

afetada pela variação do sistema de iniciação. Porém, a Força de Wallace, depois

do armazenamento em etanol, diminuiu com o aumento das somas dos iniciadores

(CQ e CEMA), com CQ tendo o melhor efeito.

Caughman, Chan e Rueggrberg (2001), examinaram o potencial de cura de

seis cimentos duais sob situações clínicas diferentes. A proposta do estudo foi

analisar a possibilidade dos cimentos testados serem classificados como universais,

ou seja, capazes de atuar em qualquer situação clínica. Os cimentos duais foram

submetidos a cinco tipos de tratamentos de polimerização diferentes:

fotopolimerização somente da pasta base sobre matriz de poliéster por 40 segundos

(luz-matriz); fotopolimerização da pasta base através de um disco cerâmico de 3mm

de espessura por 40 segundos (luz-3mm); fotopolimerização do sistema dual sobre

a matriz de poliéster por 40 segundos (grupo controle); fotopolimerização do sistema

dual através do disco cerâmico por 40 segundos (dual-3mm); polimerização do

sistema dual na ausência de luz onde as amostras foram colocadas em ambiente

escuro durante sete dias (dual -sem luz). As amostras foram colocadas em um cabo

de transmissão de uma unidade com feixes de condensação para obtenção do

espectro infravermelho com oito leituras de resolução no espectrômetro. O trabalho

apresentou valores de conversão, nos cimentos testados, maiores para o sistema

de polimerização dual, independente das alterações luminosas causadas pelo disco

cerâmico. A conversão resinosa nos cimentos duais submetidos à polimerização

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química foi menor que a conversão do grupo controle.Na maioria dos produtos

polimerizados no modo dual sem luz, a conversão foi pelo menos igual aos valores

das amostras tipo luz-matriz. Os valores do grupo luz-3mm foram significativamente

menores que o grupo luz-matriz. O autor revela que a escolha por um cimento dual

deveria ser mais direcionada, pois nem todos os produtos testados polimerizaram

adequadamente em todas situações clínicas do trabalho.Embora nenhum cimento

tenha se enquadrado no tipo “qualquer finalidade”, estes testados produziram uma

variedade de resultados específicos para cada produto, demonstrando indicações

diferentes entre eles.

Motta, Pegoraro e Conti (2001), através de estudo laboratorial, avaliaram a

relação entre desajuste e microinfiltração marginal em coroas métalo-cerâmicas

cimentadas com três tipos de cimentos (Fosfato de Zinco, Ionômero de Vidro e

Cimento resinoso). Trinta pré-molares superiores humanos foram preparados para

coroas métalo-cerâmicas, moldados com silicona de adição (3M) e vazados em

gesso tipo IV(Durone). Foram confeccionadas e adaptadas as coroas sobre os

dentes. O valor numérico da película de cimentação foi obtido a partir da medida

inicial do desajuste com microscópio comparador (Mitutoyo-Japão) antes da

cimentação para ser subtraída da medida realizada após a cimentação das

coroas.Os corpos de prova foram divididos em três grupos: A -Fosfato de Zinco

(SSWite); B -Ionômero de Vidro (Vitremer); C – Cimento resinoso (Enforce).A

cimentação seguiu as instruções do fabricante e imediatamente após o

assentamento inicial da coroa sob pressão manual, a região correspondente da

interface dente/cimento/coroa foi envolvida com um fio de algodão embebido em

saliva artificial, e então foi aplicada uma carga de 5Kg numa prensa especial, de

acordo com o tempo de presa inicial de cada cimento.Após a cimentação todos os

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corpos de prova foram armazenados em um recipiente com saliva artificial em

estufa a 37ºC, por 24 horas.Após as 24 horas decorridas, os corpos de prova foram

submetidos à ciclagem térmica (de 5ºC a 55ºC por 300 ciclos). Em seguida, os

corpos de prova foram colocados em solução de fucsina básica a 5%, por 48 horas,

sendo lavados em água corrente para a remoção dos excessos de corante e

incluídos em resina para seccionar no sentido vestíbulo-lingual. A avaliação da

infiltração marginal consistiu em determinar o grau de penetração do corante, por

intermédio de escores de acordo com a escala de Tjan (1992). O grau de infiltração

foi medido em quatro pontos por um único operador. Os resultados foram: a análise

de variância, a um critério, não detectou diferenças significantes entre os valores

obtidos entre os três cimentos; a análise estatística, pelo método de Kruskal-Wallis,

não detectou diferenças estatisticamente significantes para os três cimentos;

segundo o coeficiente de correlação, entre dois fatores, independe da espessura da

película de cimento; o resultado de desajuste marginal dos três cimentos mostrou

que o cimento resinoso apresentou menor desajuste médio (97,58 µm), seguidos

pelos cimentos de fosfato de zinco (102,98 µm) e de ionômero de vidro (156,25 µm),

sem diferenças estatisticamente significantes; o grau de infiltração marginal

provocado pela penetração do corante na interface dente/ cimento/coroa, sendo o

cimento de ionômero de vidro o que apresentou o maior valor (2,00) seguido pelo

cimento resinoso (2,40) e fosfato de zinco (2,46). A análise estatística, usando o

método de Kruskal Wallis, não detectou diferenças estatisticamente significantes

para os três cimentos.

Em 2001, Fonseca et al, avaliaram a adaptação marginal na região cervical

de “inlays” de porcelana em função de diferentes cimentos resinosos. Os cimentos

analisados foram: Variolink, Enforce, Scotchbond Resin Cement. Foram feitos

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preparos MOD do tipo “inlay” em 30 molares inferiores e, objetivando uma

padronização dos preparos, foi empregado um microscópio Jena modificado por Sá

(GABRIELLI, 1979), pela acoplagem de um relógio comparador Tesa. As cavidades

possuíam as seguintes dimensões: caixa oclusal-2mm de profundidade e 3mm de

largura vestíbulo-lingual; caixa proximal-1,2mm de profundidade, 4mm de largura

vestíbulo-lingual e 2mm de largura mésio-distal sendo as margens cervicais com

término em esmalte.A porcelana usada foi a Colorlogic(Ceramco).Os dentes foram

moldados com silicona de adição de consistência leve (Express-3M) e

confeccionadas as peças do tipo “inlay”. Os corpos de prova foram numerados e no

local de leitura (região cervical) foram feitos duas perfurações com broca carbide de

um quarto.O microscópio de medição foi o de Carl Zeiss-Jena com um aumento de

15 vezes. Na cimentação, a padronização do escoamento do cimento foi realizada

por meio de um peso de 1Kg aplicado na superfície oclusal através de um

amortecedor confeccionado em Optosil para evitar fraturas da porcelana.A

fotopolimerização foi feita por 80 segundos em cada caixa proximal e por 160

segundos em dois locais da caixa oclusal no sentido perpendicular às superfícies

dentárias.A leitura da interface dente-porcelana foi feita antes e depois da

cimentação. Os resultados obtidos foram: de acordo com a análise comparativa do

teste t de Student, houve uma diferença estatisticamente significante entre os

valores médios obtidos antes (85,06 um) e depois (87,12 um) da cimentação, ou

seja, houve uma alteração marginal cervical causada pela cimentação a qual

aumentou o desajuste das restaurações nessa região; em relação aos diferentes

cimentos, o teste de Análise de Variância demonstrou que todos os cimentos

promoveram o mesmo aumento do desajuste cervical após a cimentação.

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Em 2001, Hofmann et al compararam a foto ativação com a cura química ou

dual de cimentos adesivos resinosos, considerando resistência flexural, módulo de

elasticidade e dureza superficial. Os autores avaliaram a possibilidade do

mecanismo de cura química dos cimentos resinosos, disponíveis no trabalho, ser

efetivo para a polimerização destes materiais. Os cimentos utilizados eram em

número de cinco, sendo um de cura química e quatro de cura dual. As amostras de

cura dual foram preparadas entre lâminas de microscópio, sendo submetidos a

cinco modos de cura diferentes: cura química; cura dual; cura dual fotoativadas

através de uma lâmina cerâmica de 2.5mm de espessura, foto-ativação da pasta

base; foto-ativação da pasta base através da mesma lâmina cerâmica. A resistência

flexural e o módulo de elasticidade foram avaliados de acordo com as normas feitas

pela ISO 4049, mas a dureza superficial foi mensurada pela dureza Vickers. De

acordo com os resultados do estudo, para todos os cimentos duais testados, a cura

dual produziu maior resistência flexural, módulo de elasticidade e dureza Vickers em

relação à foto-ativação da pasta base, independente da quantidade de luz.A lâmina

de porcelana não influenciou no comportamento do sistema dual, pois as amostras

não foram reduzidas em sua resistência flexural. A ativação química produziu

menores valores de resistência, módulo de elasticidade e dureza que a foto-ativação

e a ativação dual. De acordo com o estudo, os autores concluíram que a cura dual

produziu melhores resultados nas propriedades mecânicas que somente a foto-

ativação, mas a eficiência da cura química também foi verificada.

Jung et al (2001) examinaram a eficiência de cura de três diferentes métodos

de polimerização através de restaurações cerâmicas pela determinação da

profundidade de cura e a dureza universal de um cimento resinoso. Foram utilizados

36 espécimes cerâmicos (Empress 2 - Ivoclar), preparados com 4 mm de diâmetro e

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2 mm de altura e inseridas em moldes de aço (4 mm diâmetro e 6 mm de altura)

preenchido por um cimento resinoso dual (Variolink II – Vivadent) com e sem

catalisador. A polimerização através de 6 espécimes de cada grupo foi feita

convencionalmente (40s), pela técnica do início lento (40s), ou por arco de plasma

(10s). A profundidade de cura abaixo dos espécimes de cerâmica foi determinada

de acordo com a ISO 4049. Adicionalmente, a dureza universal foi determinada em

0.5 e 1 mm da cerâmica usando uma máquina de teste (Zwick 14040). A

polimerização sem o catalisador, usando ativação convencional e de início lento,

resultou em maior dureza em ambas camadas, comparada a do arco de plasma. O

uso do catalisador sempre produziu uma maior dureza e profundidade de cura em

todos os métodos de polimerização. A profundidade de cura foi sempre maior com a

polimerização convencional e de início lento, comparado ao arco de plasma. A

eficiência de cura do arco de plasma através da porcelana foi menor, comparada à

técnica convencional e de início lento.

Prakki e Carvalho, em 2001 analisaram os cimentos resinosos duais de

acordo com suas propriedades mecânicas e físicas através de uma revista de

literatura. O autor demonstrou em seu estudo as vantagens e desvantagens do

cimento adesivo dual. A força de união, a resistência ao desgaste e a resistência à

compressão são as vantagens relacionadas no estudo. As desvantagens se

concentram na sensibilidade da técnica da cimentação onde o controle da umidade

deve ser rigoroso, pois o cimento resinoso altera seu grau de polimerização na

presença da umidade, exigência de adequada fotoativação do material e cuidados

com esforços mastigatórios nas primeiras 24 horas após cimentação protética. De

acordo com o autor, os resultados dos trabalhos que envolvem cimentos resinosos

da categoria dual vêm demonstrando desempenho extremamente promissor.

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Entretanto, trabalhos futuros sobre cimentos resinosos, principalmente estudos

clínicos de longa duração, ainda se fazem necessários para que possamos

consagrá-los.

Asmussen e Peutzfeldt (2002) analisaram a influência de duas unidades de

LED sobre algumas propriedades de resinas compostas. Dentre as propriedades, a

resistência flexural foi determinada, além da profundidade de cura, contração de

polimerização e grau de conversão. No que diz respeito à resistência flexural e à

profundidade de cura, todos os compósitos atingiram os requisitos mínimos

estabelecidos pela ISO. As unidades de LEDs proveram aos compósitos utilizados

propriedades semelhantes ou moderadamente inferiores à luz halógena. Os autores

salientam a necessidade desses novos tipos de unidades fotoativadoras passarem

por extensivos testes laboratoriais antes de serem recomendados para uso clínico.

De acordo com os autores do estudo, polimerização insuficiente resultará em

restaurações de qualidade inferior.

Braga, César e Gonzaga, em 2002, estudaram algumas propriedades

mecânicas de cimentos resinosos com diferentes modos de ativação. As

propriedades avaliadas foram a resistência flexural, módulo flexural e dureza de

quatro cimentos resinosos: Enforce e VariolinkII ( dual, auto e fotopolimerizável) ,

RelyX ARC ( dual e autopolimerizável) e C&B (autopolimerizável). A hipótese a ser

testada seria a existência de uma correlação positiva de dureza (como forma

indireta de medir o grau de conversão monomérica) e resistência flexural. As

amostras foram fraturadas utilizando três pontos de flexão para o teste. Após o

cálculo do módulo flexural, a dureza de Knoop foi aferida sobre os fragmentos

obtidos pós-teste flexural. De acordo com os resultados, o cimento que apresentou

maior resistência flexural foi o RelyX. A foto ativação foi fundamental para que os

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cimentos Rely X e Variolink II alcançassem maiores de dureza. O cimento Enforce

apresentou dureza similar para os sistemas dual e autopolimerizável. O autor não

encontrou relação entre resistência à flexão e dureza, indicando que outros fatores,

além do grau de polimerização (como conteúdo de carga e tipo de monômero),

afetam a resistência flexural dos compósitos.

Shimada, Yamaguchi e Tagami investigaram, em 2002, os efeitos do

jateamento e condicionamento de superfície e da aplicação de silano sobre a

capacidade de um cimento resinoso se ligar em cerâmicas de vidro para casos de

restaurações indiretas. Modelos de porcelana, que tiveram uma de suas faces

jateadas, polidas ou condicionadas com ácido fosfórico (cinco e trinta segundos) ou

fluorídrico (cinco e trinta segundos), foram coladas com cimento resinoso utilizando

um sistema adesivo dentinário, ambos com e sem aplicação de silano. Um teste de

compressão por cisalhamento foi realizado para mensurar a adesão entre os

substratos em questão. Cada superfície cerâmica, com seu respectivo tratamento,

foi colada ao cimento resinoso com o auxílio de uma matriz em forma de tubo e

levada ao micro-teste de cisalhamento. De acordo com os resultados, o uso do

componente silano aumentou os valores da força de ligação do cimento resinoso. A

efetividade do uso do tratamento com ácido fosfórico não foi clara o bastante. A

utilização do ácido fluorídrico por trinta segundos pareceu um condicionamento

excessivo da superfície vítrea, resultando em efeitos adversos sobre a ligação dos

substratos. Os autores ainda afirmam um aumento na adesão dos substratos do

estudo na presença do agente silano juntamente com um primer ácido.

Em 2003, Attar, Tam e McComb avaliaram algumas propriedades mecânicas

e físicas de agentes cimentantes contemporâneos. Os autores propuseram

comparar a resistência flexural, o módulo de elasticidade, a radiopacidade e o pH de

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cinco categorias de cimento. Dentre os cimentos do trabalho: cimento de fosfato de

zinco, cimento de ionômero convencional, cimento ionomérico modificado por

resina, cimento resinoso dual (fotopolimerizado e somente a mistura sem

fotopolimerização) e cimento autopolimerizável. A resistência flexural e o módulo de

elasticidade foram determinados em corpos de prova em forma de barra após 24

horas e três meses. A radiopacidade foi mensurada pela exposição de 1mm da

espessura do corpo de prova juntamente com uma cunha de alumínio exposta sobre

o filme. O pH foi mensurado usando um eletrodo de pH imediatamente após a

mistura, um, cinco, quinze e trinta minutos; uma, duas, quatro, seis e vinte e quatro

horas. Os resultados encontrados pelos autores demonstram maior resistência

flexural para os cimentos resinosos sendo que a presença da ativação luminosa

aumentou ainda mais os valores finais. O fosfato de zinco foi o mais radiopaco e

forneceu maior rigidez. O cimento autopolimerizável foi o menos radiopaco. O

ionômero convencional e o fosfato de zinco foram os mais ácidos imediatamente

após a mistura, mas depois das 24 horas se tornaram os menores.O estudo

demonstra uma grande variação nas propriedades dos materiais utilizados, mas o

cimento resinoso dual se enquadrou na melhor combinação entre propriedade

mecânica e física associada ao maior ajuste do pH. A fotopolimerização dos

materiais resinosos foi necessária para maximizar a resistência e a rigidez.

Dong et al, em 2003, investigou sobre o modo de polimerização de agentes

de ligação o qual influenciaria na resistência da junção de cimentos resinosos com a

dentina. Foram testados dois cimentos resinosos duais que também pudessem ser

autopolimerizados de acordo com o fabricante. Três adesivos dentinários foram

testados, pois seriam avaliados nas formulações foto e auto polimerizadas. No

estudo, foi desgastada a face língual de dentes bovinos de forma que a dentina

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ficasse exposta. Após tratamento (ácido fosfórico a 35% por 15 segundos, lavagem

com água abundante e secagem) e condicionamento da superfície dentinária com

os respectivos adesivos, os cimentos foram colocados em contato com a dentina e

circundados por uma cápsula gelatinosa. Os espécimes foram armazenados

durante 24 horas a 37ºC em água destilada antes dos testes de fratura.O método de

avaliação de adesão das estruturas estudadas foi o teste de cisalhamento em

máquina universal Instron numa velocidade de fratura de 1mm/min. Para determinar

se o pH poderia afetar a força de ligação entre o agente e a resina, o pH dos

adesivos foi mensurado. De acordo com os resultados do trabalho, houve interações

significantes entre as 16 combinações de adesivos e cimentos resinosos.

Entretanto, os autores não encontraram relação consistente entre força de ligação e

modo de ativação do agente adesivo quando o sistema de cura auto dos cimentos

resinosos foram utilizados. Os autores observaram que a acidez dos adesivos e a

eficiência da autopolimerização pode ser associada com os pequenos valores de

força adesiva quando os cimentos auto polimerizados foram usados.

Mondelli et al (2003), estudaram a alteração de rugosidade superficial e

observações em microscopia eletrônica de varredura de cimentos resinosos. Os

cimentos avaliados foram: Enforce, Rely X e Variolink II. Dez corpos de prova foram

confeccionados da seguinte maneira: Foi inserido o cimento em uma matriz de

silicone com dimensões internas de 5mm por 3mm e coberto com uma matriz de

poliéster e pressionado por uma lâmina de vidro com uma força de 500g por 30

segundos para remover os excessos. A polimerização foi feita nos dois extremos

por 60 segundos. Depois de retirados da matriz, os corpos de prova sofreram um

polimento com discos de lixa Soft-lex e limpadas ultrassonicamente por 10 minutos

e individualmente, estocadas em água deionizada a 37º C. A análise de rugosidade

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da superfície das amostras foi conduzida usando um motor Hommel Tester Basic

T1000. Cada amostra foi levemente seca com papel absorvente e o traçado

executado cinco vezes em cinco locais diferentes para cada superfície. Então as

amostras foram sujeitas à escovação automática onde se aplicou uma carga de

300g, comprimento horizontal de 20mm e 4.5 movimentos por segundos.A pasta

fluida foi preparada por mistura de 2:1 de água deionizada e pasta Colgate MFP por

peso. Para cada grupo, foram realizados cem mil ciclos de escovação. As amostras

foram enxaguadas em água corrente por um minuto.Os resultados obtidos são os

seguintes: todos os materiais apresentaram, em Ra, um aumento de rugosidade

superficial após os ciclos de escovação e a Análise de Variância não encontrou

diferença estatística na mudança de rugosidade superficial entre os materiais

testados.

Em 2005, Akgungor, Akkayan e Gaucher avaliaram a influência da

espessura cerâmica e modo de polimerização sobre a força de ligação de um

sistema cerâmico a base de disilicato de lítio. Os autores utilizaram discos

cerâmicos( Empress 2) de três espessuras diferentes (1.0mm, 1.5mm e 2.0mm)

para se unirem a molares extraídos com a dentina oclusal exposta e plana onde

ocorreu a ligação através da fotopolimerização do agente resinoso (Ilusion) pelo

sistema dual (com catalisador) e pelo sistema foto (sem catalisador). Foram

realizados testes de cisalhamento para aferir a força de ligação do agente resinoso

à dentina.Os corpos de prova foram fraturados 10 minutos e 24 horas (com

termociclagem0 após a fotopolimerização do agente resinoso. De acordo com os

resultados estatísticos do estudo, a resistência ao cisalhamento das amostras não

foi influenciada pela espessura da cerâmica, pelo modo de ativação do agente

resinoso e tempo de estocagem. As fraturas, para todas as amostras, foram de

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natureza adesiva, não havendo falhas na estrutura do agente de ligação, somente

na união dente – resina. O estudo demonstrou que, para as amostras em cerâmica

de Empress 2, espessura menor ou igual a 2 mm não afeta a resistência de ligação

do cimento resinoso testado para os dois sistemas de polimerização utilizados.Os

autores ainda relatam não haver diferença de força entre os sistemas de ativação

após a armazenagem de 24 horas. A durabilidade da ligação foi similar entre os

mesmos sistemas, não sendo afetado pela termociclagem.

Fonseca, Santos e Adabo, em 2005, avaliaram a influência dos métodos de

ativação na resistência à tração diametral de cimentos resinosos duais. O número

de cimentos testados foi cinco, sendo também utilizado fosfato de zinco e um

cimento de ativação química (Cement It) como grupo controle.Os cimentos

analisados (Rely X, Variolink II, Enforce, Scotchbond Resin Cement e Panavia F)

foram utilizados na sua forma dual ou somente no modo químico (com ausência da

foto-ativação).De acordo com os resultados obtidos no estudo realizado, os

cimentos Rely X, Variolink II e Scotchbond Resin Cement tiveram os maiores

valores de resistência, em mega Pascal (MPa), no sistema dual que no sistema

químico. Entre o Enforce e o Panavia F não houve diferença significante nos

sistemas de ativação.Os grupos ativados quimicamente apresentaram resultados

semelhantes ao cimento Cement It e maior resistência que o fosfato de zinco.Os

autores afirmam que a fotoativação foi decisiva para os cimentos Rely X, Variolink II

e Scotchbond Resin Cement para o aumento dos valores de resistência à tração

diametral.

Lu et al, em 2005, investigaram o efeito dos três diferentes modos de

polimerização (dual, autopolimerização e fotopolimerização) sobre 10 marcas

comercias diferentes de cimentos resinosos através de testes mecânicos com

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finalidade de analisar suas propriedades físicas como a resistência e módulo

flexural.Os autores questionaram as possíveis alterações causadas por cada tipo

especifico de polimerização sobre as propriedades flexurais de agentes resinosos

de ligação.Os três sistemas de ativação foram testados em somente cinco marcas

de cimento resinoso, os outros cinco cimentos possuíam somente dois tipos de

ativação(dual e autopolimerização).Os corpos de prova foram confeccionados em

forma de barra em dimensões de 2mm X 2mm X 25mm. Todos os espécimes foram

armazenados em água a 37ºC por 24 horas antes do teste de fratura. O método

utilizado para aferir as propriedades flexurais foi o método de três pontos de flexão

com uma extensão de 20mm e a uma velocidade de 0.5mm/min em maquina

universal de teste(Instron 4465, Instron Corp, Canton, Mass). De acordo com os

resultados do trabalho, os agentes de ligação tiveram e influencia significante sobre

a resistência e modulo flexural para os três sistemas de polimerização. A variação

dos valores do módulo flexural foi de 4.3 até 10.0 GPa. O maior valor dos cimentos

em teste para a resistência flexural foi do sistema dual (155 Mpa), já o sistema foto

e auto se encontravam nos cimentos com os menores valores: 56 MPa (auto) e 63

MPa (foto). De acordo com os autores, o efeito da influência do modo de

polimerização sobre as propriedades flexurais dos cimentos resinosos foi específico

para cada material.O sistema dual teve significantemente maior resistência flexural

que o sistema auto-polimerizável, dos mesmos cimentos de 5 dos 10 testados,

portanto, os autores sugerem que o sistema dual poderia ser usado em situações

clinicas sempre que possível.

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OBJETIVOS

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OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

O estudo se propõe comparar a adesão de cimentos resinosos relacionados

com os sistemas de ativação no sentido de auxiliar o clínico na escolha final de um

sistema iniciador em caso de cimentação resinosa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1 - Comparar a adesão dos diferentes cimentos (dual e auto-polimerizável) e

substratos (metálico, cerâmico e ceroméricos) quanto à resistência ao cisalhamento.

2 - Analisar a adesão dos dois tipos de cimentos resinosos (dual e

autopolimerizável) de acordo com a combinação dos substratos (metal x cerâmica,

metal x metal e metal x cerômero).

3 - Determinar o modo de fratura nas junções estabelecidas pelas

combinações dos substratos (metal x cerâmica, metal x metal e metal x cerômero).

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HIPÓTESES

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HIPÓTESES

H0 – Não existem diferenças significantes na adesão entre os cimentos e

entre os diferentes substratos do trabalho quanto à resistência ao cisalhamento.

H1 - Existem diferenças significantes na adesividade dos cimentos de

ativação dual e química quanto à resistência ao cisalhamento.

H2 - Existem diferenças significantes na adesão dos diferentes substratos

(metal, cerâmica e cerômero) relacionados com os cimentos quanto à resistência ao

cisalhamento.

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METODOLOGIA

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METODOLOGIA

Os cimentos resinosos empregados na cimentação, classificados de acordo

com o sistema de polimerização (químico e dual), estão dispostos na Tabela 1. Os

substratos testados estão listados na Tabela 2.

Tabela 1: Sistemas de polimerização e fabricantes dos cimentos resinosos testados

Cimento Polimerização Fabricante Lote Validade

C & B Cement Química Bisco EUFY 2004-08

RelyX A1 ARC Dual 3M /ESPE 0600001750 2003-08

Tabela 2: Substratos utilizados no processo de cimentação

Material Natureza Fabricante Nome Comercial Lote

Metal Liga de

NiCr Talladium Liga Cerâmica Tilite 060206

Cerâmica Feldspática Noritake Super Porcelain

EX-3 002584

Cerômero Resinosa 3M ESPE Sinfony 197489

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Foram confeccionados 30 corpos-de-prova, sendo dez para cada grupo. Os

grupos se constituíam de combinações feitas entre os substratos, num total de três

grupos. Os corpos-de-prova foram cimentados com cimento químico ou dual, sendo

cinco para cada tipo de cimento. As combinações foram elaboradas de maneira que

os materiais em questão tivessem alguma significância clínica, chegando aos

seguintes grupos dispostos na Tabela 3:

Tabela 3: Combinações de materiais nos grupos.

GRUPOS MATERIAIS

1 METAL X CERÂMICA 2 METAL X METAL 3 METAL X CERÔMERO

Confecção dos padrões

Quarenta cilindros com cinco milímetros (mm) de diâmetro e cinco milímetros

de altura, foram obtidos pelo método convencional da fundição de Níquel-Cromo

constituindo-se nos padrões metálicos. Os padrões de cerômero e cerâmica foram

confeccionados na mesma medida dos cilindros metálicos e obtidos por

processamento convencional para esses materiais de acordo com as

recomendações dos respectivos fabricantes em número de dez para cada material.

Tratamento da superfície

Todos os três tipos de padrões tiveram, em uma de suas superfícies planas,

acabamento manual com lixa № 180 com cerca de vinte repetições para cada

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padrão. Após o acabamento em lixa, foram lavados em água corrente por 10

segundos e secos com papel absorvente. Foi feito, então, o jateamento com Óxido

de Alumínio a 50 µm por 15 segundos.Os padrões foram novamente lavados e

secos. Os cilindros de cerâmica (em número de 10) receberam uma camada de

silano (Vinil Silano; fabricante: Vigodent; Lote: 001-96) com tempo de espera de 2

minutos seguido da aplicação do adesivo.A aplicação de uma camada de adesivo

resinoso (Single Bond 2; fabricante: 3M ESPE; Lote: 6FT 2008-12) com fotoativação

por 20 segundos (fotopolimerizador: Curing Light 2500; fabricante 3M Dental

Products - 450mW/cm²) foi realizada para todos os sessenta padrões.

Cimentação

Os cimentos foram proporcionados segundo recomendações dos respectivos

fabricantes, manipulados e colocados na face tratada de trinta padrões metálicos.

Foram confeccionados cinco corpos-de-prova em cada procedimento, totalizando

seis procedimentos de cimentação. Os corpos-de-prova foram obtidos pela junção

de dois padrões onde suas superfícies tratadas se encontravam no mesmo plano

sendo unidas somente pelo cimento resinoso. O procedimento foi realizado com o

auxílio de uma matriz plástica cilíndrica ajustada ao padrão metálico servindo

basicamente como guia no processo de padronização da cimentação. Após a união

dos padrões de acordo com as combinações referidas na Tabela 3, cada o conjunto

de corpos-de-prova recebeu uma carga de cimentação de 5 Kg por 7 minutos

(Figura 1).

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Figura 1: Esquema da composição do corpo de prova: padrões (a e b); cimento (c); matriz cilíndrica (d).

Após a cimentação dos padrões, os corpos-de-prova foram armazenados por

60 dias em compartimentos lacrados e escuros para que não houvesse evaporação

e absorção de água ou interferência da luz. Não houve o processo de fotoativação

no cimento dual, pois um dos objetivos era avaliar se o sistema químico do cimento

dual teria capacidade de atingir grau de conversão suficiente para que suas

propriedades mecânicas não fossem alteradas.

Ensaio de Cisalhamento

Os ensaios foram realizados no Laboratório de Prótese da Faculdade de

Bauru (USP) por carga compressiva de cisalhamento em máquina universal de

ensaios Kratos (Figura 2) a uma velocidade constante de 0,5 mm/min. Após

rompimento dos corpos-de-prova as superfícies foram avaliadas em microscopia

eletrônica de varredura para detecção do tipo e módulo de fratura. As cargas de

rompimento foram relacionadas à área de superfície e convertidos para cálculos de

retentividade como F(KgF)/área(¶r²). Os dados foram analisados estatisticamente

pela análise de variância (ANOVA) e teste de Student – Newman - Keuls com

p=0.05.

c

a

b

dc

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Figura 2: Máquina de teste Kratos no momento da carga compressiva por cisalhamento. A: Haste de ação compressiva na interface dos padrões. B: Matriz metálica de suporte dos corpos-de-prova. C: Base da máquina universal de testes. D: Padrão do corpo-de-prova.

A

C

A

B

B

D

D

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RESULTADOS

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RESULTADOS

Os valores médios obtidos nos testes de cisalhamento por compressão, estão

dispostos na Tabela 4 de acordo com o tipo de substrato e cimento.O maior valor

médio ficou para o cimento RelyX- ARC na combinação de metal com metal. O

menor valor médio encontrado no trabalho foi para o cimento C&B Cement na

mesma combinação metal-metal. Na Tabela 4, ainda se encontram o desvio padrão

e o erro padrão obtidos nos testes de cisalhamento por compressão dos cimentos

resinosos RelyX-ARC (dual) e C&B Cement (químico) para todas as amostras

consideradas nesta pesquisa.

Tabela 4 - Médias (Kg/F), desvios padrão (DP), área proporcional e erros padrão

(EP) dos testes de cisalhamento entre os grupos.

GRUPO CIMENTO MÉDIA (KgF) DP ÁREA

Kg/mm² EP

1 DUAL 11,210 7,490 0,142 3,351

2 DUAL 15,080 13,530 0.192 6,052

3 DUAL 13,790 6,144 0,175 2,748

1 QUÍMICO 13,160 7,325 0,167 3,276

2 QUÍMICO 6,725 3,398 0,085 1,699

3 QUÍMICO 12,760 8,221 0,162 3,677

DP: Desvio Padrão EP: Erro Padrão

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Para a avaliação do efeito do método de polimerização sobre a adesão do

cimento resinoso realizada por cisalhamento, utilizou-se o teste de variância ANOVA

e comparação pelo teste de Student-Newman-Keuls (Tabela 5).

Tabela 5 - Análise de Variância aplicada à tabela 4.

Fonte de variação Soma dos quadrados Graus de liberdade Média dos

quadrados

Entre grupos 1849 5 36,97

Dentro dos grupos 1628 23 70,77

Total 1812 28

Múltiplas comparações Student – Newman – Keuls, p= 0,757; p > 0,05 (Não Significante)

Após a fratura dos corpos-de-prova, foram analisados aleatoriamente três

corpos-de-prova de cada conjunto em microscopia eletrônica de varredura (figuras

3, 4, 5 e 6) com aumentos de 500 e 35 vezes de forma visual. A análise superficial

em todos os grupos foi a superfície metálica, pois o cimento permaneceu nos

substratos cerâmicos e de cerômero após a fratura. Na combinação metal x metal, a

superfície analisada foi a que não ocorreu a permanência do cimento, mantendo a

mesma disposição.

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Figura 3: Superfície metáilca com característica típica de fratura na união da interface metal com metal (aumento de 500 x no microscópio eletrônico de varredura-MEV). Note a ausência de resíduo de cimento.

Figura 4: Superfície metálica com característica típica de fratura na união da interface metal com cerâmica (MEV 500x) C: Resíduo de cimento.

C

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Figura 5: Superfície metálica com característica típica de fratura na interface da união metal com cerômero (MEV 500 x). C: Resíduo de cimento.

Figura 6: Superfície metálica com aspecto característico do módulo de fratura da união metal x cerâmica (MEV 35x). C: Resíduo de cimento.

C

C

C

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DISCUSSÃO

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DISCUSSÃO

Atualmente, dentre os materiais utilizados para cimentação no mercado

odontológico, os cimentos resinosos são os mais pesquisados devido às inúmeras

vantagens oferecidas em relação aos demais agentes de cimentação. As

propriedades físicas e a possibilidade de escolha do sistema de presa do cimento

resinoso são suas principais vantagens. O sistema de polimerização dual alcança

grau de conversão polimérica maior que o sistema químico (CAUGHMAN, CHAN e

RUEGGRBERG, 2001), sendo a fotoativação necessária para maximizar a

resistência e a rigidez (ATTAR, TAM e McCOMB, 2003), melhorando as

propriedades mecânicas (EL-MOWAFY, HUBO, EL-BRADRAWY, 1999 e

HOFMANN et al, 2001), a biocompatibilidade, a estabilidade de cor (STANBURY,

2000). Já em casos onde a ativação luminosa não tem como ser realizada, devido

principalmente à opacidade dos materiais restauradores, o sistema químico tem sua

principal indicação (DIAZ – ARNOLD, 1999; PRAKKI e CARVALHO, 2001). De

acordo com os resultados obtidos no presente trabalho, podemos observar ausência

de diferença estatisticamente significante entre o comportamento final do sistema de

ativação química.

Os resultados desta pesquisa mostram que em termos absolutos a resistência

ao cisalhamento ocorreu em média com valores superiores para o cimento dual

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quando interposto entre metais (15,080 KgF). O segundo maior valor de resistência

ao cisalhamento ocorreu também com o cimento dual na união metal x cerômero,

estes valores concordam com os achados de Caughman, Chan e Rueggrberg

(2001).

Quando os valores foram submetidos à análise de variância e contrastes,

observou-se não haver diferenças significantes entre os grupos e dentro dos grupos

estudados. Aplicada múltiplas comparações pelo método de Student-Newman-Keuls

a 95% de confiabilidade, observou-se não haver diferenças significantes entre as

uniões testadas nesta pesquisa. Esses resultados não significantes entre os

sistemas de ativação química ou dual estão concordes com os valores encontrados

na pesquisa de Fonseca, Santos e Adabo (2005).

Nos estudos de Darr e Jacobsen (1995) que estudaram a eficiência da cura

química de cimentos resinosos duais polimerizados e em condições onde a luz foi

excluída observando-se somente a reação química, o cimento dual apresentou

maior resistência quando a luz foi adicionada ao processo de ativação. O mesmo

estudo mostrou que, em alguns cimentos, a polimerização química demonstrou

maior eficiência, prevalecendo onde não há luz presente. Nos testes do presente

trabalho, os processos de cimentação propostos envolvia somente a hipótese da

polimerização química, mesmo no sistema dual, pois não houve a presença da luz

haja vista que em condições clínicas aonde não é possível a ação da incidência

luminosa, avaliaríamos qual dos dois sistemas seria mais efetivo. Desta forma

podemos observar através da Tabela 4 e Tabela 5 que há uma tendência para os

valores médios se aproximarem, indicando que para estes tipos de combinação de

materiais não importa qual sistema possa ser empregado. Chama-nos a atenção da

Tabela 4 os valores médios baixos da união metal x metal com cimento

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quimicamente ativado, correspondendo a aproximadamente 50% dos valores das

demais combinações, valores concordantes com o trabalho de Darr e Jacobsen

(1995).

A resistência de união entre liga de Níquel-Cromo e cimentos resinosos em

função de diferentes tipos de tratamento de superfície utilizando armazenamentos

em imersão de cloreto de sódio a 0.9% e ciclagem térmica foi estudada por França,

Muench e Cardoso (1998). Os autores observaram que, dentre os tratamentos de

superfície da pesquisa (superfície lisa, tratamento eletrolítico, micro-jateamento e

silicoater), o micro-jateamento não sofreu influência do tempo de imersão.

Resultados concordes com os de Barkmeyer e Cooley (1992) apud França, Muench

e Cardoso (1998) sobre a influência do tempo de imersão. Portanto, no presente

estudo, a opção por não utilizar armazenamento em imersão nos corpos-de-prova

foi realizada no intuito de anular uma variável, dinamizando o andamento da

pesquisa.

Uma outra observação que deve ser feita é sobre a dificuldade de

padronização de todos os procedimentos metodológicos realizados nesta pesquisa,

desde a fundição até a cimentação. A própria opção por não realizar o tratamento

de superfície com ácido fluorídrico nos substratos cerâmicos foi justamente com o

objetivo de padronizar o jateamento para todos os três tipos de substratos,

diminuindo variáveis. Portanto, muitos aspectos escapam do controle do operador,

favorecendo a ocorrência do alto valor dos desvios padrão, principalmente na união

metal x metal cimentado com agente de polimerização dual. Essa variabilidade

ocorre por razões da própria textura dos metais (Figura 3).

Segundo Peutzfeldt, 1995 a foto ativação influencia nas ligações duplas

remanescentes do cimento. Quando os cimentos não são fotoativados, observou-se

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uma diminuição da resistência ao desgaste quando comparada a do cimento

fotoativado. Este autor conclui ainda, que a dureza e a resistência ao desgaste dos

cimentos estão relacionadas diretamente ao conteúdo de carga, à quantidade de

ligações duplas remanescentes e ao efeito da exposição luminosa sobre o cimento.

Os testes deste estudo foram realizados por força de cisalhamento por

compressão que, segundo Anusavice (1998), é o teste que estuda a resistência à

tensão necessária para causar fraturas ou separações com uma quantidade

específica de deformação plástica nos testes por nós realizados. Esta deformação

plástica não ocorreu quando os cimentos foram testados para a condição metal x

metal. Observou-se então que houve falha adesiva entre os dois metais e

principalmente quando os padrões eram cimentados com agente químico (Figura 3).

Da mesma forma, porém, algum resíduo aparente de cimento tanto químico

quanto dual ocorreu nas fraturas das combinações metal x cerâmica e metal x

cerômero, ou seja, fraturas adesivas em sua maior magnitude (Figuras 4, 5 e 6 ).

Não foi observada nenhuma fratura coesiva dos cimentos, demonstrando, com isso,

que os cimentos, tanto dual quanto químico, possuem resistência maior que a união

adesiva entre as superfícies.

A polimerização dos cimentos resinosos duais sob substratos de natureza

metálica seria clinicamente questionável, pois sendo o metal opaco, os foto-

iniciadores não serão ativados no seu interior. Portanto o cimento dual possuiria, em

sua composição, elementos com sua função reduzida ou anulada, podendo interferir

no comportamento final do material. Mas, levando os resultados do experimento

para aplicação clínica, nas condições testadas não há a interferência da incidência

luminosa, podendo-se deduzir que tanto os cimentos resinosos duais sem a ação da

luz quanto os cimentos químicos apresentam resultados bastante próximos entre si.

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É evidente que os autores têm demonstrado que quando é possível a ação da

ativação luminosa nos cimentos duais, esta ação resulta, quase sempre, em

maiores valores de resistência ao cisalhamento, pois são ativados os dois sistemas

de polimerização proporcionando maior conversão e conseqüentemente maior

resistência e dureza do próprio cimento.

Os cimentos resinosos vêm demonstrando, através da literatura corrente,

superioridades em alguns quesitos importantes sobre os outros cimentos

odontológicos. Entretanto, a necessidade de novas pesquisas, principalmente

estudos clínicos longitudinais, seria de grande importância para que possamos

realmente consagrar a cimentação adesiva. Portanto, a consciência profissional

ainda vigora para as indicações e limitações desses materiais.

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CONCLUSÃO

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CONCLUSÃO

Dentro das condições experimentais propostas, pode-se concluir o seguinte:

1 - Não existem diferenças estatisticamente significantes na resistência ao

cisalhamento entre os cimentos de presa dual e química testados no presente

trabalho.

2 - Não existem diferenças estatisticamente significantes na resistência ao

cisalhamento entre as uniões das diferentes combinações feitas entre os materiais

testados.

3 – Os módulos de fratura observados pela força de cisalhamento na

superfície metálica foram adesivos e não coesivos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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