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INFLUÊNCIA DO SOMBREAMENTO DE CAFEEIROS MANEJADOS EM SISTEMA ORGÂNICO NA REGIÃO SERRANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Marta dos Santos Freire Ricci 1 ; Marinete Bezerra Menezes 2 ; Janaina Ribeiro Costa 1 . 1 Pesquisadoras da Embrapa Agrobiologia, Caixa Postal 74.505, 23.890-000, Seropédica, RJ, [email protected]; [email protected]. 2 Licenciatura em Ciências Agrícolas, bolsista da Embrapa Café. Caixa Postal 74.505, 23.890-000 Seropédica, RJ, [email protected]. RESUMO O presente estudo de caso teve como objetivo entender as alterações que ocorrem no sistema solo- planta quando cafeeiros são arborizados ou sombreados, a fim de identificar espécies arbóreas que possam ser utilizadas na composição de sistemas agroflorestais eficientes. O estudo foi realizado em outubro de 2008 na fazenda Livramento, localizada no município de Duas Barras, RJ. Cafeeiros (Coffea arabica L.), cultivar Catuaí vermelho, sombreados pela arbórea conhecida como ‘Paratudo’ (Hortia arborea Enje) foram estudados em relação a cafeeiros a pleno sol, avaliando-se: altura de plantas; diâmetro do caule; número de pares de ramos; altura da saia; área foliar; teor de nitrogênio foliar; classificação física do grão e características da bebida (prova de xícara, acidez e corpo). No solo avaliou-se as características químicas (pH, Al, P, K, Ca e Mg), nas profundidades de 0 a 5 cm e 5 a 20 cm, além da densidade aparente. O sombreamento do cafeeiro pela espécie arbórea ‘Paratudo’ proporcionou maior altura e área foliar aos cafeeiros sob sua influência, aumentou os valores de pH do solo nas profundidades de 0 a 5 e 5 a 20 cm, além de ter resultado, em relação à condição a pleno sol, em maior percentagem de grãos retidos nas peneiras números 17 e 18, consideradas como padrão desejável para a comercialização. A prova de xícara para o café colhido nas duas condições foi considerada como bebida mole, porém na condição sombreada a bebida apresentou mais corpo. Palavras-chave: Coffee arabica L.; Hortia arborea Enje; arborização; classificação da bebida; café orgânico. INTRODUÇÃO Estudos comprovam que a introdução de espécies arbóreas nas lavouras de café com espécies e em espaçamentos adequados podem trazer resultados satisfatórios quando comparado ao cultivo a pleno sol. Os principais efeitos sobre o cafeeiro são: aumento da área foliar (Ricci et al., 2006); produção de frutos maiores, mais moles e açucarados; melhoria do aspecto vegetativo do cafeeiro; aumento do número de ramos primários e secundários; aumento da capacidade produtiva do cafeeiro e obtenção de cafés com bebida mais suave (Fernandes, 1986). Matiello (1995) e Ricci et al. (2005) citam ainda a diminuição da desfolha, mantendo os cafeeiros mais verdes durante o ano; a obtenção de produtividades ligeiramente menores, porém sem os extremos de altas e baixas; a maturação mais lenta dos frutos com possibilidade de maior porcentagem de frutos a serem descascados e despolpados; reduz a ocorrência de picos de temperaturas, reduzindo as máximas e aumentando as mínimas e redução da infestação de ervas invasoras na lavoura. Uma sombra bem regulada reduz a incidência de certas pragas e doenças (seca de ponteiros, cercosporiose e bicho-mineiro) e contribui para aumentar a vida útil do cafeeiro. O presente estudo de caso teve como objetivo entender as alterações que ocorrem no sistema solo- planta quando cafeeiros são arborizados ou sombreados, a fim de identificar espécies arbóreas que possam ser utilizadas na composição de sistemas agroflorestais eficientes. MATERIAL E MÉTODOS Em outubro de 2008 foi realizado um estudo de caso na fazenda Livramento, localizada no município de Duas Barras, RJ, a cerca de 850 m de altitude, após ter sido observado que os cafeeiros sob a influência da copa de uma árvore, conhecida como ‘Paratudo’ (Hortia arborea Enje), encontravam-se mais viçosos que os demais cafeeiros no seu entorno, porém fora da influência da copa desta árvore. A ‘Paratudo’ é uma espécie de crescimento lento, que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo particularmente frequente na Zona da Mata de Minas Gerais e região serrana adjacente (Lorenzi, 1998).

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INFLUÊNCIA DO SOMBREAMENTO DE CAFEEIROS MANEJADOS EM SISTEMA ORGÂNICO NA REGIÃO SERRANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Marta dos Santos Freire Ricci1; Marinete Bezerra Menezes2; Janaina Ribeiro Costa1.

1Pesquisadoras da Embrapa Agrobiologia, Caixa Postal 74.505, 23.890-000, Seropédica, RJ, [email protected]; [email protected]. 2Licenciatura em Ciências Agrícolas, bolsista

da Embrapa Café. Caixa Postal 74.505, 23.890-000 Seropédica, RJ, [email protected].

RESUMO O presente estudo de caso teve como objetivo entender as alterações que ocorrem no sistema solo-planta quando cafeeiros são arborizados ou sombreados, a fim de identificar espécies arbóreas que possam ser utilizadas na composição de sistemas agroflorestais eficientes. O estudo foi realizado em outubro de 2008 na fazenda Livramento, localizada no município de Duas Barras, RJ. Cafeeiros (Coffea arabica L.), cultivar Catuaí vermelho, sombreados pela arbórea conhecida como ‘Paratudo’ (Hortia arborea Enje) foram estudados em relação a cafeeiros a pleno sol, avaliando-se: altura de plantas; diâmetro do caule; número de pares de ramos; altura da saia; área foliar; teor de nitrogênio foliar; classificação física do grão e características da bebida (prova de xícara, acidez e corpo). No solo avaliou-se as características químicas (pH, Al, P, K, Ca e Mg), nas profundidades de 0 a 5 cm e 5 a 20 cm, além da densidade aparente. O sombreamento do cafeeiro pela espécie arbórea ‘Paratudo’ proporcionou maior altura e área foliar aos cafeeiros sob sua influência, aumentou os valores de pH do solo nas profundidades de 0 a 5 e 5 a 20 cm, além de ter resultado, em relação à condição a pleno sol, em maior percentagem de grãos retidos nas peneiras números 17 e 18, consideradas como padrão desejável para a comercialização. A prova de xícara para o café colhido nas duas condições foi considerada como bebida mole, porém na condição sombreada a bebida apresentou mais corpo. Palavras-chave: Coffee arabica L.; Hortia arborea Enje; arborização; classificação da bebida; café orgânico. INTRODUÇÃO Estudos comprovam que a introdução de espécies arbóreas nas lavouras de café com espécies e em espaçamentos adequados podem trazer resultados satisfatórios quando comparado ao cultivo a pleno sol. Os principais efeitos sobre o cafeeiro são: aumento da área foliar (Ricci et al., 2006); produção de frutos maiores, mais moles e açucarados; melhoria do aspecto vegetativo do cafeeiro; aumento do número de ramos primários e secundários; aumento da capacidade produtiva do cafeeiro e obtenção de cafés com bebida mais suave (Fernandes, 1986). Matiello (1995) e Ricci et al. (2005) citam ainda a diminuição da desfolha, mantendo os cafeeiros mais verdes durante o ano; a obtenção de produtividades ligeiramente menores, porém sem os extremos de altas e baixas; a maturação mais lenta dos frutos com possibilidade de maior porcentagem de frutos a serem descascados e despolpados; reduz a ocorrência de picos de temperaturas, reduzindo as máximas e aumentando as mínimas e redução da infestação de ervas invasoras na lavoura. Uma sombra bem regulada reduz a incidência de certas pragas e doenças (seca de ponteiros, cercosporiose e bicho-mineiro) e contribui para aumentar a vida útil do cafeeiro. O presente estudo de caso teve como objetivo entender as alterações que ocorrem no sistema solo-planta quando cafeeiros são arborizados ou sombreados, a fim de identificar espécies arbóreas que possam ser utilizadas na composição de sistemas agroflorestais eficientes. MATERIAL E MÉTODOS Em outubro de 2008 foi realizado um estudo de caso na fazenda Livramento, localizada no município de Duas Barras, RJ, a cerca de 850 m de altitude, após ter sido observado que os cafeeiros sob a influência da copa de uma árvore, conhecida como ‘Paratudo’ (Hortia arborea Enje), encontravam-se mais viçosos que os demais cafeeiros no seu entorno, porém fora da influência da copa desta árvore. A ‘Paratudo’ é uma espécie de crescimento lento, que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo particularmente frequente na Zona da Mata de Minas Gerais e região serrana adjacente (Lorenzi, 1998).

A área de estudo avaliada foi uma lavoura de café arábica (Coffea arabica L.), cultivar Catuaí vermelho, com vinte anos de idade, conduzida a 16 anos no sistema orgânico, estabelecida no espaçamento 3,0 x 1,3 m. Foram selecionados em três linhas de plantio de cafeeiros situadas sob a copa da árvore, sendo que cada linha foi considerada uma repetição. Em cada linha (repetição) foram selecionados cinco cafeeiros sob a influência da sombra da copa da espécie arbórea (condição sombreada), totalizando 15 cafeeiros. Nas mesmas linhas, porém a 21 m foram selecionados outros 15 cafeeiros (condição a pleno sol), distância previamente observada como estando fora da influência da copa da arbórea, a fim de garantir que não haveria influência da copa em termos de sombreamento ou queda de folhas. Nos cafeeiros foram avaliados: altura de plantas (m); diâmetro do caule (cm); número de pares de ramos, contados a partir da metade da altura até a extremidade da planta; altura da saia, tomando-se a distância do solo até o primeiro par de ramo (m); área foliar (cm2), determinada por um medidor LI-COR 3100 (Ricci et al., 2006) e classificação física do grão e características da bebida (prova de xícara, acidez e corpo). A produção não foi estimada porque a colheita iniciou três meses antes do início do estudo, não sendo possível, portanto, uma estimativa correta, visto que grande parte do total produzido pelas plantas já havia sido colhido. Entretanto, amostras de grãos de café foram coletadas em 15 cafeeiros a pleno sol e 15 cafeeiros sombreados e enviados para análise em laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Amostras compostas de 30 folhas foram coletadas por repetição, retiradas do terceiro ou quarto pares de folhas, a partir da extremidade de ramos do terço superior da planta. A análise de nitrogênio no tecido foliar seguiu a metodologia descrita por Alves et al. (1999). Amostras de solos nas profundidades de 0 a 5 cm e 5 a 20 cm foram retiradas para avaliação das características químicas (pH, Al, P, K, Ca e Mg), de acordo com metodologia descrita pela Embrapa (1997). Amostras indeformadas foram retiradas na profundidade de 0 a 5 cm com o auxílio de anéis volumétricos de 98,5 cm3 para a avaliação da densidade aparente do solo (Embrapa, 1997). A análise de variância dos dados com aplicação do teste F e a comparação de médias, por meio do teste de Scott & Knott a 5% de probabilidade, foram feitas pelo programa SISVAR. RESULTADOS E DISCUSSÃO A presença da espécie arbórea influenciou na altura e área foliar dos cafeeiros, porém não alterou o diâmetro do caule, o número de ramos por planta, a altura da saia do cafeeiro e o teor de nitrogênio foliar (Tabela 1). Aumentos dos valores de altura e área foliar dos cafeeiros devido ao sombreamento já haviam sido relatados por Ricci et al. (2006), como resultado de um maior estímulo ao crescimento, processo conhecido como estiolamento. Morais et al. (2003; 2006) também observaram que o sombreamento do cafeeiro proporcionado pelo cultivo do guandu nas entrelinhas da lavoura, induziu o maior crescimento dos cafeeiros em altura. Da mesma forma, Fahl et al. (1994) observaram que cafezais sombreados resultam em plantas mais altas, com folhas maiores e mais finas, a fim de permitir uma melhor captação da energia solar disponível. O aumento da área foliar observado no presente trabalho pode ter sido oa principal responsável pelo aspecto mais viçoso da cultura no campo, observado pelos autores, que culminou no estudo de caso. Em relação às características químicas do solo (pH, P, K, Ca e Mg) e densidade aparente, foi observado um aumento significativo somente dos valores de pH do solo, em ambas as profundidades avaliadas (Tabela 2), tendo sido observado maior valor na área sob a influência da arbórea. Tabela 1. Valores médios de altura de plantas, diâmetro do caule, número de ramos, altura da saia da copa, área foliar e teor de nitrogênio foliar de cafeeiros em função dos tratamentos. Duas Barras, RJ, agosto de 2008.

Tratamentos Altura da planta (m)

Diâmetro do caule (cm)

No de ramos Altura da saia (cm)

Área Foliar (cm2)

Nitrogênio foliar (%)

Café a pleno sol 2,15 B 2,60 A 33,3 A 53,7 A 30,0 B 2,00 A

Café arborizado 2,38 A 2,76 A 33,6 A 51,7 A 41,3 A 2,12 A

Média 2,26 2,68 33,4 52,7 35,7 2,06

CV (%) 3,8 8,4 10,6 13,5 8,0 2,9

Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P < 0,05).

Tabela 2. Valores médios de pH, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e densidade aparente do solo em função dos tratamentos e profundidades avaliadas. Duas Barras, RJ, agosto de 2008.

P K Ca Mg Dens.

aparente Tratamentos

pH mg dm-3 cmol dm-3 g cm-3

0 – 5 cm

Café a pleno sol 5,87 B 56,2 A 65,5 A 5,61 A 2,38 A 1,123 A

Café arborizado 6,50 A 53,8 A 80,2 A 6,74 A 2,53 A 1,057 A

Média 6,18 55,0 72,8 6,18 2,46 1,090

CV (%) 3,3 46,5 32,2 20,5 9,0 3,5

5 – 20 cm

Café a pleno sol 5,73 B 25,1 A 38,2 A 4,48 A 1,92 A ---

Café arborizado 6,37 A 29,3 A 42,2 A 6,27 A 2,10 A ---

Média 6,05 27,2 40,2 5,38 2,00 ---

CV (%) 4,3 19,1 37,7 15,5 13,5 ---

Médias seguidas de letras distintas na coluna diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (P < 0,05).

A classificação por peneira demonstrou que 71,1% dos frutos do cafeeiro cultivado sob a influência da sombra foram retidos nas peneiras números 17 e 18 (‘chato grosso’), consideradas o padrão desejável para a comercialização (Tabela 3), contra 63,5% na condição a pleno sol. Os resultados indicam que uma melhor granação (formação e enchimento dos frutos) pode ter quando o cafeeiro foi cultivado na sombra. Resultados semelhantes foram relatados por Morais et al. (2006), que obtiveram 60,8% dos grãos retidos nas peneiras 18 e 17 quando o cafeeiro foi cultivado com guandu, contra 48,6% no cultivo a pleno sol, o que foi considerado pelos autores como efeito do sombreamento do cafeeiro pelo guandu, em virtude de uma maturação mais lenta do fruto. A prova de xícara (análise sensorial) constatou que em ambas as situações a bebida obtida foi ‘apenas mole’, uma classificação considerada fina. Observou-se também que na condição a pleno sol a bebida apresentou-se pouco encorpada e com baixa acidez, enquanto na sombra a bebida apresentou mais corpo, porém com uma acidez regular. Tabela 3. Classificação por peneira em função dos tratamentos. Duas Barras, RJ, agosto de 2008.

Chatos (%) Tratamentos

18/acima 17 16 15 14

Café a pleno sol 18,7 44,8 16,9 --- ---

Café arborizado 44,5 26,6 8,1 3,0 ---

Mocas (%)

Graúdo Médio Miúdo Fundo ---

Café a pleno sol 11,3 --- --- 6,5 ---

Café arborizado 16,2 --- --- 3,4 ---

CONCLUSÕES O sombreamento do cafeeiro pela espécie arbórea ‘Paratudo’ proporcionou maior altura e área foliar aos cafeeiros sob sua influência, aumentou os valores de pH do solo nas profundidades de 0 a 5 e 5 a 20 cm, além de ter resultado, em relação à condição a pleno sol, em maior percentagem de grãos retidos nas peneiras números 17 e 18, consideradas como padrão desejável para a comercialização. A prova de xícara para o café colhido nas duas condições foi considerada como bebida mole, porém na condição sombreada a bebida apresentou mais corpo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES, B.J.R.; BAÊTA, A.M.; ALVES, J.V. Protocolo da Embrapa Agrobiologia para Análise de Nitrogênio em Adubos Orgânicos, Solo e Tecidos. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, dez. 1999. 17p. (Embrapa-CNPAB. Documentos, 100).

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Manual de métodos de analise de solo. 2.ed. rev. atual. Rio de Janeiro, 1997. 212p. (EMBRAPA-CNPS. Documentos, 1). FAHL, J. I.; CARELLI, M. L. C.; VEGA, J.; MAGALHÃES, A. C. Nitrogen and irradiance levels affecting net photosynthesis and growth of young coffee plants (Coffea arabica L.). Journal of Horticultural Science, Ashford, v. 69, p. 161-169, 1994. FERNANDES, D.R. Manejo do cafezal. In: RENA, A. B.; MALAVOLTA, E.; ROCHA, M.; YAMADA, T. (eds). Cultura do café; fatores que afetam a produtividade. Piracicaba, SP: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. p. 275-301. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2a ed. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1998. 352p. v.2. MATIELLO, J.B. Sistemas de Produção na Cafeicultura Moderna, Tecnologias de plantio adensado, renque mecanizado, arborização e recuperação de cafezais. 1 ed. Rio de Janeiro: MM Produções Gráficas, 1995.102p. MORAIS, H.; MARUR,C.J.; CARAMORI, P.H.; RIBEIRO, A.M. de A.; GOMES, J.C. Características fisiológicas e de crescimento de cafeeiro sombreado com guandu e cultivado a pleno sol. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 38 (10): 1131-1137, 2003. MORAIS, H.; CARAMORI, P.H.; RIBEIRO, A.M.A.; GOMES, J.C.; KOGUISHI, M.S. Microclimatic characterization and productivity of coffee plants grown under shade of pigeon pea in Southern Brazil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.41, n.5, p.763-770, 2006. RICCI, M. dos S.F.; ALVES, B.J.R.; MIRANDA, S.C. de; OLIVEIRA, F.F. de. Growth rate and nutritional status of an organic coffee cropping system. Scientia Agricola, Piracicaba, SP, v. 62, p. 138-144, 2005. RICCI, M.S.F.; COSTA, J.R.; PINTO, A.N.; SANTOS, V.L.S. Cultivo orgânico de cultivares e café a pleno sol e sombreado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.41, n.4, p.569-575, 2006.