infecções - material didático 2012
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Material didático 2012 / Projeto Imunologia nas Escolas. Atividade 3 - Sistema Imune e IntecçõesTRANSCRIPT
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Projeto Imunologia nas Escolas Instituto de Investigação em Imunologia / Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia
O Sistema Imune e
Infecções
Atividade nº 2
São Paulo, 2012
2
Sumário
Roteiro do Professor, 3
Introdução, 5
Para começar a discussão, 6
Fichas de discussão:
Candidíase, 13
Aula prática, 16
Atividade para Casa, 24
3
Roteiro do professor
Atividade 2 – Sistema Imune e Infecções Conceitos estruturantes da atividade Sistema Imune e infecções
(i) O microscópio e o mundo microscópico (retomada do encontro anterior)
(ii) Microrganismos não patogênicos (microbiota) e patogênicos. Tipos de microrganismos
Patogênicos
(iii) Infecção: o que é
(iv) Possíveis desfechos da infecção - cura - morte - infecção crônica - infecção latente
(v) Como o sistema imune responde – inflamação - base da resposta imune
1) Para começar a discussão (10 min.)
Todos juntos. Procurar despertar a discussão fazendo perguntas aos alunos, usando a
apresentação em data show: “Para começar a discussão”.
Slides foram estruturados com perguntas objetivando proporcionar aos alunos o
estabelecimento de relações dos seus conceitos prévios com os novos conceitos,
favorecendo assim a (re)construção dos seus conhecimentos associados ao tema.
Começar relembrando que a invenção do microscópio permitiu a descoberta do mundo
microscópico e de microrganismos. Porém, apenas aproximadamente 200 anos mais tarde
descobriu-se que microrganismos podem causar doenças.
2) Discussão das fichas – candidíase - em 4 grupos (40 min.)
Os monitores devem fazer a discussão das fichas sobre candidíase nos grupos pequenos em
que já estarão participando desde o início da atividade. O objetivo é os alunos refletirem
sobre uma doença que é causada por um microrganismo da microbiota, numa situação em
que o sistema imune encontra-se em desequilíbrio. Os alunos podem ler a ficha ou o monitor
pode se guiar por ela e elaborar a discussão a partir de perguntas baseadas no texto.
3) Aula Prática - (40 min.)
(i) Primeira parte – apresentação em Data Show
Pontos:
- Algumas perguntas para estimular discussão.
- Perguntar quem já teve uma infecção e qual.
- Mostrar que tipos de microrganismos causam quais doenças. Apresentar algumas doenças
para cada tipo de microrganismo.
(ii) Segunda parte – Apresentação da biópsia com candidíase.
- apresentar as lâminas selecionadas
1ª Lâmina – mostrar o tecido inflamado – perguntar: o que será que está causando a inflamação?
2ª Lâmina – mostrar os fungos e também células do sistema imune participando da inflamação.
3ª Lâmina – mostrar os fungos em coloração por prata.
Uma possibilidade é apresentar as lâminas 1 e 2 na projeção e deixar a lâmina 3 em um
microscópio para que os alunos visualizem diretamente.
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(iii) Terceira parte - Vamos cultivar microrganismos da nossa microbiota
Dividir a turma em 4 grupos.
(a) Cultivo de microrganismos da microbiota da pele e mucosa.
Contaminar as placas de cultivo de microrganismos, passando um cotonete na mucosa da
boca de um dos alunos e, depois, passando no ágar da placa. Fazer o mesmo para a pele e
outro para a bancada do laboratório, sendo esses com o cotonete molhado.
Mostrar as placas preparadas antes já com os microrganismos cultivados.
OBS: Destaque que não enxergamos o microrganismo isolado, mas sim em colônias. Só
podemos ver fungos e bactérias. Vírus – outro processo e meio de cultura.
Estimular perguntas. Sugestões: Esses microrganismos estão causando doenças agora?
Podem causar? Como?
(iv) Quarta parte - Efeito da infecção nas células do Sistema Imune
Olhar na apostila a ilustração sobre “Como o sistema imune responde”.
Analisar hemograma durante infecção bacteriana.
Leucocitose - neutrofilia (aumento do número de neutrófilos no sangue).
O sangue pode nos dar uma ideia sobre como está a atividade do sistema imune.
Neste momento, pode-se perguntar e conversar um pouco sobre o que fazem as células.
4) Vídeo – Como o sistema imune responde à infecção (até 15 min.)
O nosso objetivo é estimular os alunos a pensar sobre a dinâmica da resposta imune
durante uma infecção. O professor deve ir apontando e fazendo alguns comentários ao
longo da exposição do vídeo. É importante neste momento trabalhar com o conceito de
especialização celular, pois muitos alunos não compreendem bem que cada célula tem uma
função bastante específica e única. É possível fazer referências a “situações do cotidiano”
e requisitar aos alunos que façam estas comparações para entender como eles estão
compreendendo e reformulando este conceito. O vídeo tem o intuito de demonstrar a
dinâmica da resposta imune à infecção. Ressaltando que é um trabalho de cooperação entre
os diversos componentes do sistema imune.
5) Explicar a tarefa para casa nos grupos (5 min.)
6) Avaliação da atividade (5 min.)
Alunos devem responder questionário e dar sugestões.
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Introdução
A maioria dos microrganismos não causa doença e são nossos parceiros evolutivos. Em nosso
corpo temos 10 vezes mais bactérias do que células humanas. São aproximadamente 25 mil
genes humanos e 1 milhão de genes de bactérias. Os microrganismos que habitam nosso
corpo, normalmente, formam a nossa microbiota que tem função importante para a nossa
saúde.
Algumas moléculas especiais presentes nas células do sistema imune reconhecem estes
patógenos nas primeiras horas de infecção. Aqui, inicia-se uma resposta imune contra o
patógeno. As primeiras células e moléculas que “combatem” os patógenos invasores fazem
parte da resposta imune inata. São elas: macrófagos, células NK (matadoras naturais),
neutrófilos, citocinas e moléculas do complemento. Elas atacam e/ou fagocitam e digerem
os patógenos, levando à produção de várias moléculas, citocinas e quimiocinas. Citocinas e
quimiocinas são moléculas capazes de sinalizar para as células do sistema imune, ativando-
as ou inibindo-as. A ativação da resposta imune inata leva ao recrutamento, para o local, de
células que promovem uma resposta imune mais específica contra o patógeno, chamada de
resposta imune adaptativa (linfócitos T e B). As células apresentadoras deantígeno (APC -
macrófagos e células dendríticas) têm um papel fundamental na resposta imune adaptativa.
coloquialmente
As APCs encontram os patógenos nas primeiras
horas de infecção nos tecidos; conseguem
fagocitar e digerir estes patógenos. As APCs
migram para locais denominados de linfonodos.
Nos linfonodos elas encontram os linfócitos, que
reconhecem pequenos pedaços destes patógenos
(antígenos) presentes na membrana dasAPCs. Os
linfócitos ativados pelas APCs são muito
especializados em combater especificamente
cada tipo de patógeno invasor. Também são
capazes de entrar na circulação sanguínea e
migrar para as regiões de infecção. Assim que o
patógeno invasor é eliminado, o organismo
hospedeiro permanece com as células e
anticorpos produzidos após esta primeira
infecção. Este processo é conhecido como
memória imunológica, conferindo proteção
duradoura contra novas infecções por este
mesmo patógeno.
Infecção: entrada e
multiplicação de microrganismos
patogênicos no organismo,
gerando, em geral, uma
resposta imune inflamatória.
Resposta imune: mecanismo pelo qual o organismo
reconhece e responde à substância que considera estranha.
Linfonodo: é um pequeno órgão secundário do sistema
imune, com formato arredondado, ligado por vasos
linfáticos e amplamente distribuído pelo corpo,
incluindo a axila, o estômago/intestino e pescoço.
Os linfonodos são reservatórios de linfócitos B e T e
outras células do sistema imunológico.
Patógeno: ou agente infeccioso – chamado
popularmente de germe - é um microrganismo, tal
como vírus, bactérias, fungos ou parasitas, causa
doença em um hospedeiro (animal ou vegetal).
Mas há muitos microrganismos que causam doenças. Esses são
chamados de patógenos. Após o rompimento da barreira física
e química que protege nosso corpo(a pele, por exemplo), os
agentes infecciosos penetram no organismo e se multiplicam,
estimulando a resposta imune. No início de uma infecção a
quantidade de patógenos, geralmente, é baixa.
Palavras e expressões que você deve lembrar
quando pensa em imunologia:
Componentes da Resposta Imune Inata: macrófagos,
células NK (matadoras naturais), neutrófilos, citocinas
e moléculas do complemento
Componentes da Resposta Imune Adaptativa: linfócitos T e B
Célula apresentadora de antígeno (APC)
Memória imunológica
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Para começar a discussão....
O que é mesmo um microrganismo?
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Microrganismos: do bem ou do mal?
1 célula 10 microganismos
Microbiota
Microrganismos: do bem ou do mal?
Os microrganismos são nossos parceiros evolutivos
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Microrganismos: do bem ou do mal?Apenas 10% dos microrganismos são causadores de doença
Patogênicos
Leishmaniose
Neisseria gonorrhoeae Leishmania
Catapora
Varicella zoster
BactériaProtozoário
Vírus
Microbiota Humana
Lactobacilos que produzem ácido lático que auxilia na digestão
Gastrointestinal
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Sapinho e corrimento: você sabe o que eles têm em comum?
O microrganismo Candida Albicans, um fungo, faz parte da microbiota
da maioria das pessoas. Cerca de 8 em cada 10 pessoas apresentam
esse fungo em uma convivência equilibrada.
Porém, em certos casos esse microrganismo provoca doenças. Em
crianças gera infecções na boca que são popularmente chamadas de
“sapinhos”. Ele pode causar também infecções vaginais provocando
“corrimentos”.
Em condições como o câncer, após tratamentos de quimioterapia esse
microrganismo pode se proliferar e gerar infecções muito graves
contribuindo para a morte do paciente.
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O que é infecção?
Quando o organismo é colonizado por um microrganismo que causa doença
O microrganismo utiliza o hospedeiro para se multiplicar prejuízos no funcionamento normal do hospedeiro
Inflamação
Como o sistema imune responde?
Primeira reação
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Como o sistema imune responde?
fagócitos
complementoNK
barreiras
Horas Dias
Reconhecimento de ANTÍGENOS
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Por que um microrganismo
convive com a maioria das
pessoas, em certos casos, pode
gerar tais problemas?
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Se é um microrganismo da microbiota, por que às vezes a Candida causa doença?
Em um organismo saudável, a vaginacontém anticorpos, células dedefesa substâncias químicas quefazem parte do sistema imune eatuam na defesa e equilíbrio do meiovaginal, prevenindo o crescimento debactérias e fungos causadores deinfecções.
O desequilíbrio do sistema imunepode resultar na proliferação(multiplicação) de alguns microrganismos damicrobiota, como a Candida. É esteprocesso que resulta na“transformação” da Candida em ummicrorganismo patogênico e dáorigem à candidíase.
Outras condições do ambiente comoaumento de temperatura e alteraçãodo pH vaginal também favorecem aproliferação deste fungo e, portanto,a manifestação da doença.
Um fato interessante é que pessoascom predisposição a ter alergias sãomais vulneráveis a infecção vaginalpor fungos, como a candidíase. Issoacontece porque o tipo de respostaimune que mais comumente acontecenas alergias torna a pessoa maisvulnerável à esta infecção,ressaltando a importância dosistema imune no controle dacandidíase.
Pensando nas condições quefavorecem o desenvolvimento dacandidíase:
• Você pode citar algunscomportamentos que poderiamcontribuir para causar estadoença?
• Afinal, a Candida é ummicrorganismo do bem ou do mal?
C.Albicansna forma de levedura. Como se apresenta naturalmente na microbiota
C.Albicansna forma filamentosa. Como se apresenta durante o processo infeccioso da candidíase.
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Como o conhecimento sobre a candidíasefoi construído?
As infecções vulvovaginais causadas por fungos foram descritas pela primeiravez em 1949, por J. S. Wilkinson. Este pesquisador, observando pelomicroscópio a secreção vaginal, estabeleceu a primeira relação entre aexistência de fungos na vagina e o surgimento de inflamações na vagina. Apartir desse relato, os conhecimentos foram evoluindo progressivamente.
Em 1963, eram conhecidas apenas cinco espécies de Candida (gênero com quase200 espécies conhecidas) como causadoras de doenças em humanos, incluindo C.albicans, a mais comum até hoje. Até 2003, já eram conhecidas 17 espécies, enos últimos anos, este número vem aumentando. Entretanto, a Candidaalbicans ainda é a espécie mais frequente, causando mais de dois terços dasinfecções.
Diferentes espécies de Candida
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Sistema genital feminino
Ovário
Útero
Pequenos
lábios
Grandes
lábios
Uretra
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17
18
19
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Descrição das lâminas:
Processo inflamatório na infecção pelo fungo Candida albicans
São três lâminas iguais com colorações diferentes. O ideal é iniciar com a lâmina de
HE (marcada como F). É um coração infectado por candidíase com inflamação
associada. Há uma área marcada com pontos vermelhos. Nessa área dá para ver o
tecido miocárdico normal – bem rosa – e no meio um grupamento de células
inflamatórias – vários polimorfonucleares (neutrófilos). A ideia nesta lâmina é
mostrar a inflamação mas, o que está causando a inflamação? Não é tão fácil de ver
a cândida nessa coloração. Por isso há as demais lâminas.
Na lâmina identificada com PAS, a mesma área vermelha está identificada. Ao
observá-la no microscópio é possível ver que os fungos ficam bem rosa escuro –
este corante se gruda na parede do fungo, tornando mais fácil sua visualização. As
células inflamatórias também são visíveis, não em rosa vibrante, mas numa
tonalidade mais fosca. É possível identificar duas formas, uma mais arredondada –
esporos, e umas mais alongadas, as hifas, diferentes formas de vida deste fungo.
A lâmina identificada como Groccot é uma coloração pela prata que também cora a
parede dos fungos. Nesta área marcada pode-se ver também as formas de esporo
e hifa. Os esporos são corados com tons escuros avermelhados. As hifas ficam
coradas em preto e são alongadas enquanto o núcleo das células inflamatórias
também se cora em preto, porém são mais arredondados ou lobulados – no caso dos
neutrófilos.
1) Cultura de bactérias e fungos:
1. Cada grupo deve ficar com uma placa estéril feita com meio sólido (ágar) para
cultura de bactérias e fungos;
2. Um integrante do grupo deve fazer a contaminação;
3. Esfregar um pouco de algodão úmido na pele (mãos, pés, rosto, embaixo das unhas), abrir
a placa e passar o algodão em toda superfície do ágar cuidadosamente para não rasgá-lo;
4. Esperar secar e fechar a placa. As placas vão para estufas a 37°C por 24h (laboratório).
5. Algumas placas foram contaminadas da mesma maneira e colocadas na estufa a
37°C por 24h. Observar o crescimento de colônias de fungos e bactérias nestas
placas. Observe que apesar de não ser possível enxergar uma bactéria ou um
fungo, a olho nu, podemos enxergar suas colônias.
2) Impacto da infecção bacteriana no organismo/ células do sistema imune:
1. Hemograma – Analise o resultado destes hemogramas (exame de com contagem
das células do sangue) de um indivíduo com infecção viral e de outro com infecção
bacteriana. Observe quais são as células que estão em quantidades aumentadas no
sangue nos dois diferentes tipos de infecção. Por que há aumento de células?
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Efeito da infecção nas células do sistema imune
Modelo de Hemograma – Infecção Viral
Sexo: Feminino
Idade: 35
SÉRIE VERMELHA Valores de
Referência
Eritrócitos 5.000.000 4.200.000-
5.400.000/mm3
Hemoglobina 14 12-16gg/dL
Hematócrito 40 35-47%
V.C.M. 85 80-100fl
Hb.C.M. 29 26-34pg
C.Hb.C.M. 34 32-36%
RDW 12.7 11.6-14.6%
Material: Sangue total
Método: Automatizado
Coletado às 8h30min – 14/06/2011
SÉRIE BRANCA
% Valor Absoluto (mm³) Valores de Referência
Leucócitos 18.000 4.000-11.000/mm³
Neutrófilos Totais 41 7380
45-
75% 4500-7500 mm³
- Mielócito 0 0
0-
0% 0 mm³
- Metamielócito 0 0
0-
0% 0-500 mm³
- Bastonetes 1 180
0-
5% 0-500/ mm³
- Segmentados 40 7200
40-
80% 2.000-8.000/ mm³
22
Eosinófilos 1 180 1-6%
2-500/
mm³
Basófilos 0 0 0-2%
0-100/
mm³
Linfócitos 56 10080 20-40%
2000-
4000/mm³
Monócitos 2 380 2-10%
200-1000
mm³
CONTAGEM DE
PLAQUETAS
350.000
Valores de Referência
140.000-450.000/ mm³
Material: Sangue total
Método: Automatizado
Coletado às 8h30min – 14/06/2011
Modelo de Hemograma – Infecção
Bacteriana
Sexo: Feminino
Idade: 32 anos
SÉRIE VERMELHA Valores de Referência
Eritrócitos 4.800.000 4.200.000-5.400.000/ mm³
Hemoglobina 13 12-16g/dL
Hematócrito 43 35-47%
V.C.M. 90 80-100fl
Hb.C.M. 33 26-34pg
C.Hb.C.M. 32 32-36%
RDW 13.7 11.6-14.6%
Material: Sangue total
Método: Automatizado
Coletado às 8h30min – 14/06/2011
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SÉRIE BRANCA
%
Valor Absoluto
(mm³) Valores de Referência
Leucócitos 20.000 4.000-11.000/ mm³
Neutrófilos Totais 86 16340 45-75% 4500-7500 mm³
- Mielócito 0 0-0% 0 mm³
- Metamielócito 0 0-0% 0-500 mm³
- Bastonetes 1 190 0-5% 0-500/ mm³
- Segmentados 85 16150 40-80% 2.000-7.000/ mm³
Eosinófilos 1 190 1-6% 2-500/ mm³
Basófilos 0 0 0-2% 0-100/ mm³
Linfócitos 20 3800 20-40% 2000-4000/ mm³
Monócitos 2 380 2-10% 200-1000 mm³
Valores de Referência
CONTAGEM DE PLAQUETAS
250.000
140.000-450.000/ mm³
Material: Sangue total
Método: Automatizado
Coletado às 8h30min – 14/06/2011
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Projeto Imunologia nas escolas - Escola Estadual Romeu de Moraes
Atividade para Casa
Nome:________________________ Série:_____ Data:___
Atividades nº1 (Mundo Microscópico) e nº2 (Infecções)
Escolha uma das duas atividades para desenvolver em casa. A tarefa deverá ser
entregue ao coordenador pedagógico da Escola, Prof. Chico Cardoso, dentro de 15
dias. Ela será corrigida pela equipe do Projeto Imunologia nas Escolas e, depois
você terá um retorno.
Caso queira, você poderá fazer as duas atividades e em duplas.
1) Leia os textos abaixo que tratam da infecção pela bactéria KPC. Escreva um
texto comentando estas matérias jornalísticas, ou prepare uma apresentação em
PowerPoint com texto e ilustrações.
Procure explicitar em seu texto ou apresentação:
- as razões que tornam as infecções por essa bactéria um grave problema de saúde
pública
- em que locais a bactéria pode ser encontrada e de que maneira as pessoas podem
ser infectadas
- os fatores que levaram ao surgimento dessas bactérias
- fatores que podem tornar pessoas mais suscetíveis à bactéria,
- quais cuidados devem ser tomados para evitar a propagação dessas bactérias
- qual o estado atual de infecção pela KPC no país
Texto 01
Bactéria KPC, a superbactéria.
Por Drauzio Varella
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/infeccao-hospitalar
Texto 02
Casos de infecção por bactéria KPC estão controlados, afirma Secretaria de Saúde em SC
Uol notícias – 12 de fevereiro de 2012
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/02/29/casos-de-
infeccao-por-bacteria-kpc-estao-controlados-afirma-secretaria-de-saude-em-sc.htm
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Texto 03
Casos de infecção por superbactéria KPC crescem no país.
Uol notícias – 29 de março de 2012
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1068840-casos-de-infeccao-por-
superbacteria-kpc-crescem-no-pais.shtml
2) Pesquise entre familiares e amigos que infecções eles tiveram na infância e na
vida adulta. Entreviste pelo menos três pessoas. Nesta conversa, anote os
seguintes dados: (i) seu parentesco com a pessoa, (ii) idade, (iii) sexo, (iii) nome da
infecção, (iv) se ocorreu na infância ou na vida adulta, (v) o que a pessoa sentiu
(sintomas), (vi) que mudanças ocorreram no corpo (sinais), (vii) quanto tempo durou
a infecção. Anote as informações obtidas.
Monte uma tabela, colocando esses dados e coloque mais uma coluna para a
informação sobre: microrganismo que causa a infecção, especificando se é uma
bactéria, um vírus, protozoário ou fungo. Esta informação, você pode encontrar na
internet e em livros na biblioteca (veja sugestões de sites confiáveis).
Sugestão de modelo de tabela:
Caso Parentesco Idade Sexo Nome da
infecção
Quando Sintomas ou sinais
Duração Tipo de
microrganismo
1
2
3
Escolha uma das infecções para desenvolver seu trabalho. Pesquise. Leia sobre o
assunto e escreva um texto (mínimo uma página) ou monte uma apresentação em
powerpoint com o texto e ilustrações, abordando principalmente o que acontece
com o sistema imune nesta infecção. Sugerimos os seguintes pontos para inspirar a
elaboração do seu trabalho (responda uma ou mais questões):
- o que é uma infecção?
- como discutimos na atividade nº 1 do Projeto (em abril), apesar dos humanos
viverem infecções desde a sua existência, foi apenas no fim dos 1800 que
descobrimos que os microrganismos podem causar doenças. Por que você acha que
demorou tanto tempo para esta descoberta científica?
- o microrganismo envolvido nesta infecção pode não causar doença se presente em
outra parte do corpo? Fale um pouco sobre isso.
- o que você acha que pode ter acontecido no sistema imune desta pessoa quando
ela estava doente?
- o que você acha que pode ter acontecido quando ela ficou boa? Você acha que o
microrganismo pode ter continuado no corpo dela?
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Texto 1
Bacteria KPC, a superbactéria Do Portal Drauzio Varella
A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) , a“superbactéria”, foi
identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma
mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos
carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias.
Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou
incorreto de antibióticos.
A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais,
cereais e frutas. A transmissão ocorre em ambiente hospitalar, através do contato com
secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de
desinfecção e higiene.
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas
cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada,
muitas vezes, mortal.
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou
submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm
risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da
espécieKlebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se
fora do ambiente hospitalar.
Sintomas
Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo,
especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de
pneumonia.
Diagnóstico
A confirmação do diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a
presença da bactéria em material retirado do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos
os hospitais estão suficientemente aparelhados para realizar esse exame.
Prevenção
A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes
portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
Lavar as mãos com bastante água e sabão e desinfetá-las com álcool em gel são
medidas de extrema eficácia para evitar a propagação das bactérias. Esses recursos devem
ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes, como pelas visitas.
Outras formas de prevenir a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de
aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato
direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos hospitalares e a
esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.
Tratamento
Existem poucas classes de antibióticos que se mostram efetivas para o tratamento das
infecções hospitalares pela bactéria KPC. Daí, a importância dos cuidados com a prevenção.
Recomendações
* Lave as mãos com frequência, especialmente antes e depois de entrar em contato com
pessoas doentes;
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* Só tome antibióticos se forem prescritos sob orientação médica;
* Saiba que a maioria das infecções respiratórias não é causada por bactérias, mas, sim,
por vírus sobre os quais os antibióticos não exercem nenhum efeito;
* Mantenha as visitas afastadas dos pacientes infectados;
* Higienize as mãos com álcool gel, sempre que possível;
* Esteja atento à nova regulamentação da Anvisa sobre o uso dos antibióticos; *Procure reduzir ao mínimo necessário as visitas e consultas nos hospitais.
Texto 2
Casos de infecção por bactéria KPC estão controlados,
afirma Secretaria de Saúde em SC
Do Portal UOL, em São Paulo
Os casos de infecção pela bactéria KPC no Hospital Governador Celso Ramos, em
Florianópolis (SC), já estão controlados. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde.
“Não identificamos novos casos e os pacientes já estão tendo alta", afirma Ida Zoz,
coordenadora de controle de infecção da Secretaria Estadual de Saúde.
Os pacientes infectados pela bactéria foram isolados dos demais nesta terça-feira
(29) e, segundo reportagem publicada no Diário Catarinense, o isolamento não tinha sido
realizado antes por falta de profissionais capacitados para lidar com a situação.
Zoz afirma que o hospital não contava anteriormente com um setor específico para
casos de isolamento, mas que este foi criado e os profissionais passaram por treinamentos
para poder atuar no local. Todos os casos de infecção ou colonização foram isolados na
unidade semi-intensiva do hospital.
O comunicado oficial da Secretaria de Saúde registra sete casos de infecção pela
bactéria e 12 de colonização, sendo todos pacientes de doenças pré-existentes graves.
Três pacientes morreram.
Conhecida como "superbactéria", a infecção pela KPC não tem se mantido no
ambiente hospitalar. "A KPC é resistente a um grupo de antibióticos, mas ainda há vários
outros disponíveis e usados para tratar essa infecção", explica Zoz.
Além disso, a bactéria costuma atingir pacientes com quebra de barreira
imunológica, isto é, insuficiência renal, câncer, doenças reumáticas crônicas, doenças
hepáticas, neurológicas, auto-imunes e casos de internações longas repetidas.
28
Texto 3
Casos de infecção por superbactéria KPC crescem no país
Do Portal Folha de S.Paulo
LUIZA BANDEIRA, DE SÃO PAULO
A superbactéria KPC, resistente à maior parte dos antibióticos, avançou nos
hospitais desde o surto de 2010.
No Distrito Federal, principal foco das infecções naquele ano, as notificações de
casos aumentaram 68% de 2010 (426) para 2011 (715). Segundo a Secretaria de Saúde do
DF, 56 pessoas morreram.
No Espírito Santo, eram sete os casos confirmados em 2010. Em 2011, o número
subiu para 37, nos três primeiros meses deste ano, 15. Nove pessoas morreram.
Santa Catarina tinha registrado três casos até outubro de 2010, quando, por causa
do surto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pediu aos Estados que
enviassem dados sobre KPC. Depois disso, houve 43 casos e três mortes.
Como a KPC normalmente atinge pessoas com doenças graves, não é possível dizer
que todas as mortes foram causadas pela superbactéria.
Outros Estados que em 2010 não tinham relatado casos à Anvisa também já têm
registros. No Ceará, foram 103 casos suspeitos no ano passado. Neste ano, já há 45. Duas
pessoas morreram.
Segundo a Anvisa, o primeiro caso de infecção hospitalar causada por KPC no Brasil
foi registrado em 2005.
A superbactéria existe em hospitais porque nesses ambientes há uso frequente de
antibióticos, o que favorece o aumento da resistência. Entre as recomendações para evitá-
la estão o isolamento de pacientes infectados e o controle da higiene hospitalar.
Minas Gerais, São Paulo e Goiás também registraram casos em 2010. Em Minas,
houve uma ligeira queda no números da infecção (12 em 2010, 11 em 2011).
São Paulo, que registrou 70 pessoas infectadas em 2010, não forneceu dados do ano
passado. Goiás também não informou dados de 2011.
PREVENÇÃO
A Secretaria de Saúde do DF afirmou que dá cursos para profissionais de hospitais.
Segundo a pasta, apesar do aumento no número de casos, houve queda em alguns locais, o
que mostraria que não há uma endemia.
A coordenadora de controle de infecção de Santa Catarina, Ida Zoz, disse que o
treinamento de funcionários para evitar a contaminação foi reforçado e que o aumento de
registros pode ter ocorrido porque a notificação dos casos foi reforçada em 2010.
Espírito Santo e Ceará também dizem que pode ter havido subnotificação antes de
2010. Segundo a Anvisa, nenhum Estado registrou surtos neste ano ou em 2011.
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Projeto Imunologia nas Escolas
Plataforma de Ensino e Interação com a Sociedade - iii-INCT
Coordenação
Verônica Coelho
Paulo Roberto Cunha
Sandra Moraes
Silvia de O. Sampaio
Carolina Lavini Ramos
Equipe
Abraão Lucas P. Hercheui
Alessandra Schanoski
Carla Crude
Carlo Martins
Jéssica C. Pavanelli
Luciana P. Medina
Luciana Mirotti
Luiz Fernando F. da Silva*
Narciso Junior Vieira
Thayna Meirelles
Tiago Clemente
Vinícius Santana
Wesley Brandão
Patrícia Santos – Ass. Comunicação * INCT - Análise Integrada do Risco Ambiental/Educadores
Visitas guiadas ao Laboratório
Andrea Kuramoto
Carlo Martins
Maria Lucia Aparecida C. Marin
Karen Kohlsel
Simone Regina Santos
Parceiros
E.E.Romeu de Moraes
Dorian P. de Godoy – Diretor
Francisco Cardoso – Orientador
pedagógico
Orlando Gearletti – Prof. Biologia
Maria Claudia – Prof. Química
Felipe Silva - Prof. Filosofia
Faculdade de Educação USP
Nélio Bizzo
Paulo Sérgio Garcia
Paulo Monteiro
iii-INCT
www.iii.org.br
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