industrializaÇÃo brasileira e suas perspectivas … · industrializaÇÃo brasileira e suas...
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Por: Carlos Alberto Gonçalves Alfredo
Orientador
Professor Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS
PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA
ECONÔMICO GLOBAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS
PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA
ECONÔMICO GLOBAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção
do grau de especialista em Gestão de Projetos
Por: . Carlos Alberto Gonçalves Alfredo
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DEDICATÓRIA
Dedico esta monografia e este curso à minha família, na presença eterna da minha dadivosa esposa Kylma, agradecendo a DEUS por ter nos presenteado com os nossos dadivosos filhos DANIEL e DAVI, e com uma gratidão à minha netinha MARIA CLARA, um anjo de DEUS que nasceu para completar a nossa felicidade. A Nathália e Mere nossas duas filhas-noras, nossos agradecimentos a DEUS por te-las em nossa família. DEUS A TODOS ABENÇOE
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RESUMO
Esta monografia tem como objetivo, discorrer sobre o processo de
Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no panorama
econômico global, de acordo com os seus princípios de origem, os quais
conceituam a globalização como um processo social que atua no sentido de
mudanças na estrutura política e econômica das sociedades, ocorrendo em
ondas, com avanços e retrocessos separados por intervalos que podem durar
séculos, caracterizando aspectos geopolíticos diferenciados que modificam
padrões econômicos e sociais, integrando os mercados em nível mundial no
sentido de que um produto, independentemente de sua origem ou procedência
possa estar oferecido para consumo em qualquer parte do globo terrestre.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada nesta monografia consiste na junção de dados e
fontes de informações pesquisadas pelo autor deste trabalho, existentes
separadamente, contribuindo para a compilação de um conjunto de elementos
descritivos relativos ao título deste estudo, reunindo-os em um todo
compreensível para elaboração e apresentação deste texto.
Graças a disponibilidade de fontes de pesquisas em diversas áreas do
conhecimento humano, é possível recorrer à GESTÃO DO CONHECIMENTO
quer na área bibliográfica, na área digital e outras fontes informativas,
facilitando o armazenamento de informações, contribuindo para a
disseminação do conhecimento, através da GESTÃO DO CONHECIMENTO,
estimulando os estudiosos na busca de novas metodologias de pesquisas,
capazes de oferecer novos mecanismos de acesso mais rápidos e eficazes em
torno dos objetivos alvos a serem pesquisados.
As fontes de pesquisas utilizadas nesta monografia estão suportadas na
TEORIA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO, abrangendo:
• Pesquisas bibliográficas;
• Pesquisas digitais;
• Pesquisas de mídia;
• Outras fontes e referências informativas.
As fontes pesquisas estão citadas no índice bibliográfico no final deste
trabalho, com as respectivas referências de acesso e localização.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Fundamentação Teórica 09
CAPÍTULO II
Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no
Panorama global econômico global 15
CAPÍTULO III
Gestão educacional para o Brasil no século XXI 25
CAPÍTULO IV
Tecnologia educacional para o Brasil no século XXI 36
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA 49
ÍNDICE 53
INTRODUÇÃO
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O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL
O processo de industrialização brasileiro inicia-se no período colonial,
entre o fim do século XVIII e no início do século XIX, conforme descrito por
Gilberto Freyre na obra, “Sobrados e mucambos”, (3º volume), e Decadência
do Patriarcado Rural e Desenvolvimento do Urbano,
pois, na época em que na Europa ocidental, quando nos Estados Unidos
iniciava-se o declínio do cavalo e do burro como animais de tração e sua
substituição pela tração a vapor, na antiga capital do Brasil – cidade da maior
importância comercial, e não apenas política , entre as do Império – a tração
humana não só fora ainda superada pela animal como continuava quase a
única. Não se enxergavam cavalos nem burros, nem carruagens nem carroças.
Só palaquins. Nenhuma pessoa ou coisa sobre rodas puxadas por animal ou
mesmo por homem.
No período colonial, até 1785 o governo português proibiu formalmente o
funcionamento de fábricas na colônia, para não atrapalhar a venda de tecidos e
roupas comercializadas por portugueses no Brasil. Os primeiros esforços
importantes para a industrialização brasileira ocorreram durante o período
imperial.
Na mesma obra, Gilberto Freyre destaca a presença dos ingleses que
conseguiram descobrir no Brasil tesouros que os brasileiros eram incapazes de
encontrar, ao introduzirem introduziram maquinários importados, que
diminuíram a importância tanto do escravo como do senhor, contribuindo para
uma transformação que abalou todo o sistema escravocrata e patriarcal
dominante na colônia e após o Império.
Em meados do século XIX começaram a chegar barcos a vapor, trilhos,
locomotivas, vagões, equipamentos sanitários, encanamentos para gás,
modificando toda a economia, a organização social e a cultura brasileira,
principalmente a paisagem dos sobrados e dos mucambos.
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Durante o Segundo Reinado, Irineu Evangelista de Souza (o visconde de
Mauá) e grupos estrangeiros investiram em estradas de ferro, empresas de
transporte urbano e gás, bancos e seguradoras.
A política econômica oficial, porém, continuava a privilegiar a agricultura
exportadora. No final do século XIX e início do XX, as indústrias brasileiras, em
sua maioria, não passavam de pequenas pelarias, serrarias, moinhos de trigo,
fiações e fábricas de bebida e de conserva. O país importava matérias-primas,
máquinas, equipamentos e grande parte dos bens de consumo.
As dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial ao comércio
internacional favoreceram a estratégia de substituição de importações,
favorecendo o desenvolvimento industrial do Brasil. Em 1946 começou a
operar o primeiro alto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em
Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1953 foi criada a Petrobrás.
Em 1956 Juscelino Kubistschek de Oliveira foi eleito para governar o
Brasil entre 1956 até 1961, tendo criado um ambicioso Plano de Metas
composto por 31 metas, tendo como principal objetivo o desenvolvimento
econômico do Brasil, ou seja, baseando-se em um conjunto de medidas que
atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a
dinamização do processo de industrialização do Brasil, concentrado na
produção de bens duráveis buscando atingir o mercado de massas, com a
finalidade de atrair investimentos nestes setores, dado o potencial de geração
de fornecedores, contribuindo para a criação de um mercado de trabalho e
renda para a população, com a implantação de um moderno parque industrial
no Brasil.
O fato de ainda sermos um país em construção, apresenta uma dupla
vantagem: evitar a repetição de modelos e construir um país preservando a
nossa cultura e nossos valores. Nossos problemas ainda são muitos e só
poderemos solucioná-los com criatividade, através da educação.
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CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Alguns autores como Samuel P. Huntington como descrito na obra “O
Choque de Civilizações” consideram a evolução política e o desenvolvimento
social e econômico latino-americano como um desdobramento da civilização
europeia.
De acordo com essa visão, podemos conceituar a Europa como berço
da industrialização brasileira, visto ter sido o Brasil ter sido descoberto e
colonizado pelos portugueses a partir de 1500, no século XVI no segundo
período global, considerado como o período das grandes navegações.
Nos três primeiros séculos, os descobridores mantiveram o Brasil sob
seu estrito domínio, restringindo qualquer iniciativa que viesse proporcionar o
seu desenvolvimento.
Assim, podemos dividir a industrialização brasileira em quatro períodos:
O PRIMEIRO PERÍODO – Vai de1500 até 1808. É com conhecido como
o período da proibição, quando Portugal proibiu o desenvolvimento de
qualquer atividade industrial no Brasil. Assim, em 5 de janeiro de 1785,
D. Maria I lavrou um alvará, extinguindo todas as manufaturas têxteis da
colônia, exceto a dos panos grossos para uso dos escravos e
trabalhadores.
O SEGUNDO PERÍODO – Vai de 1808 até 1930, sendo considerado o
PERÍODO DA IMPLANTAÇÃO, dividindo-se em duas fases:
• A primeira fase vai de 1808 até 1850, quando Dom João
VI anulou o alvará lavrado por Dona Maria,
implementando o comércio exterior, beneficiando o
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Brasil com um baixo crescimento e desenvolvimento
industrial;
• A segunda vai de 1850 a 1930, sendo marcada pela da
Lei Eusébio de Queirós que proibiu o tráfico
intercontinental de escravos atitude que resultou em
ótimos acontecimentos em relação á indústria
brasileira, marcando o desenvolvimento do setor têxtil,
favorecido pela cultura algodoeira, face a Guerra da
Secessão nos Estados unidos entre 1861 e 1865.
Em 1880 houve um crescimento industrial, quando o número de
estabelecimentos passou de 200, em 1881, para 600, em 1889, dando
início ao processo de substituição de importações.
Em 1907 foi realizado o 1° censo industrial do Brasil, indicando a
existência de pouco mais de 3.000 empresas. O 2° censo, em 1920,
mostrava a existência de mais de 13.000 empresas, caracterizando um
novo grande crescimento industrial nesse período, principalmente
durante a 1ª Guerra Mundial quando surgiram quase 6.000 empresas,
predominado a presença da indústria de bens de consumo que já
abastecia boa parte do mercado interno.
O setor alimentício cresceu bastante, principalmente a exportação
de carne, ultrapassando o setor têxtil. A economia do país continuava,
no entanto, dependente do setor agroexportador, especialmente o café,
que respondia por aproximadamente 70% das exportações brasileiras.
O TERCEIRO PERÍODO – Ocorreu entre 1930 e 1956, sendo
considerado como a etapa da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, com início
no governo de Getúlio Vargas, implantando mudanças fundamentais na
política interna, eliminando as oligarquias dominantes, passando a
implantar uma política industrial, na criação de uma infraestrutura
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baseada na área industrial e energética, salientando-se os seguintes
investimentos:
• Conselho Nacional do Petróleo (1938)
• Companhia Siderúrgica Nacional (1941)
• Companhia Vale do Rio Doce (1943)
• Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)
• Petrobras, criada em 3 de outubro de 1953 pela Lei n º 2004
Constituindo fatores contribuintes para o desenvolvimento industrial
brasileiro a partir da década de 30, com elevada concentração inicial na região
Sudeste, no eixo Rio-São Paulo, posteriormente expandindo-se para a região
Sul..
Em 1945, no início da 2ª Guerra Mundial houve uma redução do
crescimento industrial, devido s dificuldades existentes para importar o
maquinário indispensável à expansão do parque industrial instalado no Brasil,
chamando-se a atenção para a ausência de fontes de Bens de Capital,
indispensáveis para alavancar e manter a sustentabilidade da industrialização
brasileira.
Apesar disso as exportações brasileiras, continuaram a se manter
acarretando um acúmulo de divisas e, as matérias-primas nacionais
substituíram as importadas.
Ao final da segunda-guerra já algumas existiam indústrias de Bens de
Capital e tecnologia nacionais, como a indústria de autopeças.
No segundo governo Vargas (1951-1954), os projetos de
desenvolvimento baseados no capitalismo de Estado, através de investimentos
públicos no extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC, em 1951), BNDES, dentre
outros, forneceram importantes subsídios para Juscelino Kubitschek lançar seu
Plano de Metas, (1956/1961), composto por 31 metas, atraindo para o Brasil,
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grande volume de investimentos privados, expandindo o parque industrial
brasileiro.
Durante esse período, o Brasil cresceu a uma taxa anual de 8,2, medida
pelo PIB, com uma inflação média de 22,6%. As expectativas de exportação
ficaram muito aquém, o café estagnou e os preços caíram constantemente, a
capacidade de importar ficou reduzida, e o resultado, foram déficits na balança
de pagamentos de US$ 176 milhões em média no período, apesar dos
ingressos de capitais de longo prazo.
No período de 1957-1961, o Brasil cresceu a uma taxa anual de 8,2%,
medida pelo PIB, e a inflação média atinge 22,6%, porém, as expectativas de
exportação ficaram muito aquém, o café estagnou e os preços caíram
constantemente, a capacidade de importar ficou reduzida, e o resultado, foram
déficits na balança de pagamentos de US$ 176 milhões em média no período,
apesar dos ingressos de capitais de longo prazo.
O Plano de Metas do Governo JK, considerado em longo prazo, gerou
benefícios para a sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito ao
desenvolvimento do interior do país, com a construção de Brasília, que
deslocou a capital do país para Goiás, na região do Centro-Oeste
constituindo-se em um dos resultados do Plano de grande êxito, pois visava,
realizar a integração norte-sul, ao mesmo tempo em dava-se inicio a ocupação
da faixa não litorânea do país.
Um dos desdobramentos da construção de Brasília foi a integração
Norte-Sul, com a construção da Rodovia Belém-Brasília.
Encerrado o período de governo de JK (1956/1961), e esgotada a fase
de vigência do programa de metas, o processo de desenvolvimento industrial
brasileiro viu-se às voltas com a inexistência de mecanismos capazes de
impulsionar a continuidade do ciclo de crescimento até então em curso.
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Uma das razões foi a limitação da capacidade produtiva do parque
industrial brasileiro, cujo atraso tecnológico, inadequação operacional e
organizacional inviabilizavam o desenvolvimento dos setores de ponta da
indústria de então (metal-mecânica, equipamento elétrico, máquinas,
ferramentas, material de construção).
Outro motivo foi a limitação da demanda, em consequência da excessiva
concentração da renda, inibindo a expansão e a diversificação do consumo
entre as camadas médias urbanas.
Inversamente, nos anos do governo de João Goulart, verificou-se um
processo, ainda que tímido, de ampliação da massa salarial, em decorrência
das exigências das reivindicações trabalhistas (toleradas e, em alguns casos,
incentivadas, pelo próprio governo), o que conduziu a uma queda da taxa
média de lucro das empresas e o declínio da rentabilidade das inversões.
Houve também uma redução extremamente da capacidade de
realização de investimentos governamentais, devido ao crescimento do déficit
público e ao desequilíbrio da relação entre gastos e carga fiscal, que originou a
aceleração do nível inflacionário.
Por último, houve uma queda uma redução nos investimentos
estrangeiros diante da política de controle das remessas de lucros ao exterior
estabelecida por Goulart em 1963, além dos fatores mencionados acima.
Atualmente, neste início de século XXI, a indústria brasileira está diante
de um cenário tecnológico em constante mutação, completamente diferente
das décadas de 60 e 70, onde a produção mundial de bens e serviços, a
difusão e os padrões de competitividade tecnológica da indústria, estão
mudando muito mais rapidamente do que nas décadas anteriores. Essas
mudanças, além de aprofundar a eficiência dos processos, têm causado
consequências da seguinte ordem:
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• redução de tempo entre as inovações tecnológicas;
• redução do ciclo de vida de novos produtos;
• ampliação da diversidade de diferenciações de produtos;
• mudanças centradas em produtos e em processos, voltadas para
a redução de custos e de impactos ambientais por unidades
fabris.
A alocação insuficiente de recursos ou a inexistência de tecnologias de
ponta nos países em desenvolvimento, causam dificuldades na transferência
de tecnologias necessárias ao desenvolvimento e sustentabilidade tecnológica
industrial do Brasil.
Contudo, esses obstáculos não são intransponíveis, e mesmo com as
dificuldades de acesso existentes, o Brasil poderá a médio prazo responder a
esses desafios, através da capacitação educacional como ferramenta
necessária e essencial para implementar o desenvolvimento empresarial
sustentável.
Sinopse do primeiro capítulo
Neste primeiro capítulo procurou-se conceituar teoricamente, segundo
os seus princípios de origem, o processo da industrialização brasileira, como
suporte para elaboração do segundo e terceiro capítulo desta monografia.
O segundo capítulo abordará as perspectivas de inserção da indústria
brasileira no panorama econômico global, que corresponde ao título desta
monografia.
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CAPÍTULO II
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUAS
PERSPECTIVAS DE INSERÇÃO NO PANORAMA ECONÔMICO
GLOBAL
Segundo a opinião do Diplomata Roberto de Oliveira Campos, em
crônica publicada na edição do jornal “O Globo”, edição de 11/05/1997
intitulada “a quarta globalização”, a globalização econômica não é um evento
inédito e assustador. É um processo que ocorre em ondas, com avanços e
retrocessos separados por intervalos que podem durar séculos.
O primeiro período global surgiu com a ascensão do império Romano,
que dominou o mundo do oriente, pelo predomínio do latim, pela forma de
tratar os povos dominados, respeitando seus valores e costumes, pela difusão
de seus sistemas legal e de sua moeda que findou com a feudalização política
e comercial.
O segundo período global teve início com o mercantilismo, no período
das grandes descobertas dos séculos XIV e XV, com os novos continentes e os
seus caminhos marítimos para as Índias e para a China provocando uma
enorme ampliação no comercio internacional entre a Europa, a África e as
Américas. A imensa expansão daqueles mercados favoreceu os artesãos e,
principalmente, os industriais emergentes.
O terceiro período global surgiu no século XIX, após as guerras
napoleônicas, a partir da Revolução Francesa, com o liberalismo se
sobrepondo ao mercantilismo, com a democracia política começando a
prosperar, ocasionando grandes mudanças sociais, entre elas: o inicio da
liberalização do comércio, com o tratado de livre comercio entre a França e a
Inglaterra em 1860; as novas rotas de comércio que surgiram com a
colonização da África e da Ásia, O terceiro período global foi interrompido pela
primeira grande guerra mundial, de 1914 a 1918, que gerou o comunismo, o
facismo e a inversão de mais de um século rumo à democracia, pois, esses
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dois regimes políticos pregavam o protecionismo econômico em detrimento ao
livre comércio.
2.1 – A QUARTA GLOBALIZAÇÃO
Após o desmanche da União Soviética, o mundo entrou no quarto
período global.
Em artigo escrito por este orientando em 2008, intitulado “PANORAMA
E PERSPECTIVAS DOS MOVIMENTOS DE GLABALIZAÇÃO
ECONÔMICA”, disponível para consultas no endereço:
“http://pt.scribd.com/doc/9459816/Panorama-e-Perspectivas-Dos-
Movimentos-de-Globalizacao-Econômica”, são feitas referências às profundas
transformações que este quarto período global está trazendo, destacando-se:
• O acelerado desenvolvimento tecnológico, gerando altas
velocidades de mudança (modernização) dentro das instituições
públicas e privadas, ao evoluir através de um oceano de imensos
riscos e incertezas, mas, essas mudanças não deveriam
desequilibrar o “todo já existente”, porém, deu-se exatamente o
oposto, pois o fenômeno da globalização gerou o que os
especialistas estão chamando de “a praga do fim e do início do
novo século”: o desemprego em massa. No primeiro mundo trata-
se de desemprego aberto; nos países em desenvolvimento,
agrava-se a crise crônica do desemprego;
• A implantação de novas tecnologias educacionais, necessárias
aos países em desenvolvimento, para que os mesmos possam
alcançar o acelerado desenvolvimento tecnológico, que exige
investimentos em educação para a formação de contingentes de
mão-de-obra especializada, principalmente em informática,
tentando minimizar a dependência tecnológica em relação aos
países industrializados;
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• Aumentar a produção de BENS DE CAPITAL, e exportar mais,
dependendo menos da economia do petróleo, pois, se a produção
de petróleo significasse realmente “poder”, a Alemanha seria mais
fraca do que o conjunto dos países do Oriente Médio e o Japão
seria pobre;
• Realizar e incentivar investimentos em pesquisas, através da
formação de clusters universitários, a exemplo do já existente na
Universidade de São Carlos no interior de São Paulo.
2.2 – INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA NO PANORAMA
GLOBAL (PERSPECTIVAS)
O advento deste quarto período global revelou ao mundo um novo
cenário econômico e político, onde os continentes geopoliticamente tornaram-
se um todo unificado,
Na visualização desse processo, os países perceberam que as
negociações comerciais se tornariam mais eficientes formando uma sinergia
das suas economias, com a constituição de BLOCOS ECONÔMICOS
REGIONAIS com a finalidade de eliminar entraves burocráticos, barreiras
tarifárias e alfandegárias, buscando soluções comuns para o desenvolvimento
das suas economias, existindo atualmente quatorze blocos econômicos
conforme visto na figura 1:
18
Disponível em: http://vejabemvr.blogspot.com/2011/05/o-mundo-esta-se-
dividindo-em-blocos.html - Acesso em 27/08/2012
Para competir com esse conjunto de blocos econômicos, o Brasil, a
Rússia, a Índia e a China formaram um novo bloco comercial denominado
BRIC, com a finalidade de inserir o Brasil e sua economia na economia
globalizada, fundado em 2002 mediante um tratado assinado entre os quatro
países membros componentes do bloco.
Os membros fundadores e a África do Sul estão todos em um estágio
similar de mercado emergente, devido ao seu desenvolvimento econômico.
A composição dos BRICS é vista na figura 2:
19
Disponível em: http://colunistas.ig.com.br/poder-economico/tag/brics - Acesso
em 09/09/2012
Os BRICS tem tido uma inserção e um desempenho considerável no
panorama econômico global, representando entre 2003 e 2007 65% da
expansão do PIB mundial, superando em paridade de poder de compra o dos
EUA e de alguns países membros da União Europeia.
Em 2003, os países membros do bloco dos BRICS respondiam por 9%
do PIB mundial; em 2009 esse percentual chegou a 9%. Em 2010, o PIB
conjunto dos cinco países membros do bloco (incluindo a África do Sul),
totalizando US$ 11 trilhões, ou em termos percentuais 18% da economia
mundial.
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2.3 – PERFIS ECONÔMICOS E GEOPOLÍTICOS DOS BRICS
BRASIL
O perfil econômico e geopolítico brasileiro revela que o país tem
excelentes possibilidades de se destacar dentro do Bloco, devido aos seguintes
fatores:
TEMOS:
• Um estoque genético riquíssimo que estimula a adaptação e a
tolerância;
• Um importante mercado interno;
• Uma boa matriz energética
• Uma promissora disponibilidade futura de petróleo;
• Terra, água e tecnologia para expandir sua agricultura;
• Uma única língua.
NÃO TEMOS:
• Problemas fronteiriços;
• Problemas étnicos e religiosos sensíveis;
• Somos uma democracia constitucional consolidada com um Supremo
Tribunal Federal independente que “garante” nossas liberdades
individuais.
• Temos uma taxa anual projetada de crescimento da economia
projetada de 5% ao ano.
• Nossa ambição de crescimento é modesta (5% ao ano), o que nos situa
bem na economia mundial.
Conforme descrito o Brasil apresenta características sociais que o colocam
em condições competitivas frente aos outros quatro países membros
21
componentes do Bloco dos BRICS, que tem características culturais
diversificadas em relação ao Brasil, com as quais o país tem que lidar em suas
trocas comerciais.
RÚSSIA
• É o maior país do mundo em extensão territorial e ocupa um território de
17.075.400 Km². Tem uma extensão territorial duas vezes maior que o
Brasil;
• Tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais,
particularmente petróleo e gás natural. Tem a 12ª maior economia do
mundo por PIB nominal e a 6ª maior por paridade do poder de compra;
• Composição da População: russos 80%, tártaros 4%, ucranianos 2%,
chuvaches 1%, outros 10% (2002).
• Idioma: Russo (Oficial), chuvache, calmuco, chechene.
• Religião: Cristianismo 76,2% (ortodoxos 75,0%, católicos 0,3%,
protestantes 0,9%), islamismo 5%, judaísmo 0,2%, outras 8,0% (maioria
ateista) (1995).
ÍNDIA
A economia indiana é atualmente uma das maiores do mundo (4°
economia em poder de paridade de compra) com um mercado promissor para
vasta gama de produtos. Com um PIB de US$ 1.099 trilhões, e um crescimento
de 9.2% do mesmo (est. 2007) a Índia vem se consolidando como uma das
principais economias em crescimento no mundo, com um setor externo com
um desempenho compatível com o quadro econômico global.
Apesar do grande desenvolvimento, crescimento e investimentos a
economia Indiana ainda enfrenta desafios, convivendo com as desigualdades
ainda muito presentes na Índia, pois ainda hoje, 27% da população vive abaixo
da linha de pobreza e é através do desenvolvimento econômico que o governo
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pretende mudar esses números e continuar o desenvolvimento do país mais
igualitariamente.
CHINA
É o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais
de 1,3 bilhão de habitantes, com 56 etnias, com predominância da etnia HAN
que é predominante no país (91% da população), com uma moderada
tolerância com os grupos religiosos existentes no país: catolicismo, budismo,
taoismo, islamismo e outras crenças, porém, quem é filiado ao PC chinês não
pode ter religião.
Como membro do bloco dos BRICS, o Brasil deve desenvolver
estratégias de relacionamento diplomático capazes de conviver
hamoniosamente com essa ampla diversidade cultural existente nos demais
tres componentes dos BRICS.
As projeções indicam que aé 2030 a China poderá ser a primeira
potência econômica mundial, ultrapassando os Estados Unidos.
ÁFRICA DO SUL
A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma
república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares,
os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um
presidente dependente do parlamento. É um dos membros fundadores da
União Africana e é a maior economia do continente..
O Brasil é atualmente a sexta economia do mundo, porém, para inserir a
sua economia no panorama econômico global, não pode depender apenas do
bloco dos BRICS, concorrendo com outras nações membros do bloco que
estão atraindo mecanismos de investimentos, a exemplo da Rússia que em 22
de agosto de 2012, tornou-se o 156º membro da OMC, após quase duas
23
décadas de negociações, pois, desde 1995, o país vem pedindo sua adesão à
Organização Mundial de Comércio.
A Rússia tem as maiores reservas de gás natural do mundo, a segunda
de carvão e a oitava de petróleo, matérias-primas que ao lado da siderurgia,
indústria madeireira e armamentos constituem 80% de suas exportações.
Como resultado de sua entrada na OMC, a Rússia deverá diminuir até
2015 sua taxa alfandegária da média atual de 9,5% até 6%.
A entrada da Rússia na OMC vai facilitar o desenvolvimento industrial do
país, dispondo de um grande parque industrial pesado, graças à
disponibilidade de minério de ferro nas montanhas cristalinas da região, e
carvão, nas bacias sedimentares em torno da cidade de Kizel. Um dos setores
mais desenvolvidos do país está na indústria petrolífera e nas reservas de gás
natural, que são asa duas maiores riquezas do pais.
2.4 – A PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NOS BRICS
No grupo dos países membros dos BRICS, o Brasil se destaca na
produção e exportação de matérias-primas agropecuárias entre os países
emergentes ao mercado externo, se comparado com a Rússia, Índia, China e
África do Sul, porém, ocupa a última posição no ranking dos países
componentes do bloco.
A China é líder no ranking dos BRICS com seu comércio voltado para a
exportação de manufaturados, como produtos têxteis, vestuário e brinquedos.
A Índia se destaca pela exportação de mão-de-obra e serviços,
enquanto a Rússia baseia seus negócios nas vendas externas de itens que vão
de gás e petróleo a matérias-primas minerais como ferro e níquel.
Quanto as possibilidades de inserção do parque industrial brasileiro no
panorama econômico global, é necessário citar o papel desempenhado por
cada país membro dos BRICS. Dentro do bloco, apenas a Rússia, a China e a
Índia exercem um peso maior no cenário econômico global. Até a entrada da
24
Rússia na OMC, a China gozava de uma posição privilegializada no comércio
mundial, porém, a partir de agora terá que tornar-se mais competitiva em
relação à Rússia. A China destaca-se na geração de produtos de
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO, enquanto o Brasil concentra-se nas
exportações agrícolas.
Os países membros dos BRICS não comercializam muito entre si. Em
2011, o movimento comercial entre a Rússia e a China, apesar de serem
países vizinhos, chegou somente até 2%.
A recente crise econômica demonstra que o que o bloco dos BRICS,
assim como de outros blocos econômicos emergentes não podem desvincular-
se dos Estados Unidos, Europa e Japão, visto que seus mercados internos não
prosperam sem as suas exportações para esses países.
A transformação brasileira em uma economia plenamente
industrializada, vai facilitar a inserção do parque industrial brasileiro no
panorama econômico global, além de colocar o país em condições de negociar
acordos comerciais multilaterais independentes com diversos países, porém,
isso, só será possível a médio e longo prazo, conforme exposto no Capítulo III
deste trabalho “GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI”
SINOPSE DO CAPÍTULO II
Abordamos neste segundo capítulo a origem e a formação dos BRICS.
O terceiro capítulo desta monografia, terá o tíulo “GESTÃO
EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI”
25
CAPÍTULO III
GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI
Understanding Media – Herbert Marshall McLuhan
Em 1964 o sociólogo canadense Herbert Marshall McLuhan,
Professor da Universidade de Toronto, em 1964, publicou um livro chamado
“Understanding Media”, que, em português recebeu o título de “Os meios de
comunicação como extensões do homem”. (Os meios de comunicação
como extensões do homem), (understanding media), Editora Pensamento-
Cultrix Ltda. – São Paulo, SP).
Ao publicá-lo, talvez não imaginasse que estava lançando um dos
clássicos da comunicação – mais discutido do que lido, mais desprezado do
que estudado.
McLuhan foi o criador do termo “Aldeia Global” projetando a educação
em um novo universo baseado em suas teorias sobre comunicação ao afirmar
que uma rede mundial de rede mundial de computadores tornaria acessível,
em alguns segundos, todo o tipo de informação às pessoas do mundo inteiro.
Em tempos de Internet essa frase é óbvia, porém, quando foi dita, há 48 anos
parecia extraída de um livro de ficção.
e da literatura.
Em seu livro “Os meios de comunicação como extensões do homem
(Understanding Media), “O meio é a mensagem”, página 21, McLuhan afirma
que "a nova interdependência eletrônica recriou o mundo à imagem de uma
aldeia global".
Quando ele fez essa citação, o que existia de mais parecido com a
Internet, eram as redes de computadores militares norte-americanas; o
computador pessoal era apenas um sonho muito distante.
26
Com o passar do tempo, a evolução tecnológica deixou de ser mera
coadjuvante na sociedade, onde a informação, disseminada pela comunicação
social é parte inseparável da vida.
Muitas das páginas que estão na Internet, por exemplo, já se tornaram
em livros eletrônicos e muitos estão até disponíveis para download
gratuitamente, tornando-se interessantes justamente por que estão inseridas
em um novo meio de comunicação.
McLuhan afirma que "os meios de comunicação são extensões do
homem", pois, assim como se usa uma pinça para aumentar a precisão das
mãos e uma chave de fenda para girar um parafuso, os meios de comunicação
são, na verdade, extensões dos sentidos do homem.
Encerrando este tópico, podemos afirmar que Marshall McLuhan foi o
criador e precursor da SOCIEDADE DO CONHECIMENTO, na qual estamos
vivendo, estimulou através da sua obra, a imaginação de outro escritor de
ficção científica, Arthur C. Clarke, a escrever e desenvolver em conjunto com
Stanley Kubrick, o roteiro de 2001 – Uma Odisseia no Espaço (disponível em:
http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/faps/2012/piassi-faps2012.html, acesso em
10/09/2012), um clássico da ficção científica onde demonstra virtualmente o
pouso do homem na lua, mostrando uma estação espacial em órbita
estacionária a 36.000 quilômetros de altura, na qual satélites artificiais ficariam
em órbita permanente, sincronizados com a Terra. Os cálculos foram
confirmados 18 anos mais tarde, hoje conhecida como “Estação Espacial
Internacional”.
Fazer previsões como essas fazem parte da ficção científica, mas,
acabaram tornando-se fatos concretos, descrevendo detalhadamente o pouso
do homem na lua, antecipando em termos de realidade virtual, os ônibus
espaciais e até a Internet bem antes dessas tecnologias se tornarem parte do
cotidiano da humanidade.
27
3.1– A Educação no Século XXI
Neste tópico abordaremos os efeitos e os desdobramentos do processo
pedagógico ao longo do tempo, tomando com base o processo evolutivo e a
evolução cognitiva dos seres humanos, estreitamente relacionados à
inquietude, ao inconformismo e sua capacidade cognitiva, conceituando a
origem grega do termo “pedagogo” que vem do grego paidagogos e do latim
paedagogu, significando, “aquele que aplica a pedagogia, que ensina;
professor; mestre; preceptor”; prático da Educação e do Ensino.
Assim, o anseio pela busca do desconhecido, pela descoberta de novas
fronteiras e produção de novos conhecimentos impulsionaram e continuam a
projetar a sociedade em direção ao desenvolvimento.
Estamos no início do século XXI onde os progressos científicos,
tecnológicos e econômicos relacionados a diferentes aspectos globais,
provocaram mudanças de toda ordem, revelada em fenômenos de exclusão
social, em diversas partes do mundo.
Diante dessas mudanças, os países que quiserem aumentar e melhorar
os níveis de vida dos seus habitantes devem se comprometer em
investimentos maciços com a educação, buscando entender as transformações
ocorridas, porque elas é que vão ditar as novas competências exigidas não só
em conhecimentos e habilidades individuais.
Em relatório apresentado à UNESCO, a Comissão Internacional de
Estudos sobre a Educação, cita que a Gestão do Conhecimento no campo
educacional deve estar focada em quatro pilares:
1- Aprender a conhecer, através da difusão do conhecimento e do
domínio aprofundado de diversas áreas do conhecimento humano,
principalmente nas áreas de Tecnologia de Ponta, através da utilização
não só da Educação presencial, bem como contando com a utilização da
EAD e a Educação continuada;
28
2- Aprender a fazer, desenvolvendo adquirindo conhecimentos,
habilidades e atitudes (CHA), contribuindo para a inserção das pessoas
no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo;
3- Aprender a conviver, procurando desenvolver e aumentar nas pessoas
o sentimento social gregário social, que foi afetado pela enorme dos
meios de comunicação eletrônica, que isolou os indivíduos uns dos
outros, provocando o isolamento social humano;
4- Aprender a ser, unindo as outras três, favorecendo a integração e o
desenvolvimento social das pessoas.
A educação do XXI face aos avanços tecnológicos passará por grandes
transformações, transformando os professores em “técnicos-especialistas”
implementando técnicas de ensino adquiridas no conhecimento científico,
exigindo dos mesmos novas técnicas e competências cognitivas e relacionais,
destacando-se as seguintes:
• Prospecção: ter capacidade de percepção ambiental
individual e coletiva, recolhendo dados situacionais,
analisando as ocorrências e propondo soluções para
correção das mesmas;
• Analíticas: os docentes deverão possuir as
competências necessárias para interpretar os dados
descritivos, para se necessário teorizar a respeito;
• Avaliativas: possuir condições para avaliar os
resultados obtidos nos métodos e técnicas
educacionais utilizadas, propondo correções quando
necessário;
• Estratégias: saber planificar ações, antecipando a
sua implementação de acordo com as análises
realizadas e os resultados obtidos;
29
• Práticas: devem estar aptos a estabelecer relações
entre a análise e a prática, assim como entre os fins e
meios para alcançar um bom efeito;
• Comunicação: Devem saber comunicar e partilhar
suas experiências idéias com outros colegas.
3.2 – OS AVANÇOS NA ÁREA EDUCACIONAL
No decorrer do século XX a educação passou por transformações
relevantes, notadamente pela implantação do sistema de EDUCAÇÃO À
DISTÂNCIA (EAD), que alterou radicalmente o conceito da GESTÃO DO
CONHECIMENTO na difusão do processo pedagógico.
Assim, a PEDAGOGIA deixará de ser apenas uma área na qual os
profissionais aplicam os conhecimentos, utilizando os métodos atuais de
ensino, tornando-se profissionais altamente especializados no exercício das
suas funções que exigirão a absorção de novas tecnologias instrucionais, que
obrigatoriamente serão utilizadas a curto e médio prazo.
Um dos benefícios da utilização da EAD é o surgimento da EDUCAÇÃO
CONTINUADA, feito por grandes Universidades nacionais e internacionais,
além de fóruns de debates, que disponibilizam conteúdos nas mais diversas
áreas do conhecimento, ao alcance de milhares de pessoas, gratuitamente,
através de vídeo aulas, que podem ser inclusive acompanhadas de textos em
HTML, em diversos idiomas.
Contudo, a consolidação do SISTEMA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
(EAD), exigirá dos Pedagogos a reciclagem profissional para fazer frente à
crescente demanda da oferta e procura dos cursos disponíveis por essa
modalidade de ensino, destacando-se:
• Desenvolvimento de habilidades de comunicação à distância,
preparando-se para o advento da implantação de centros de
TELECONFERÊNCIAS, que gradativamente substituirão os
30
modelos presenciais, nos quais possivelmente as salas de
aula tenderão ao minimalismo;
• Assimilação da Neurociência pedagógica, por parte dos
Professores, para fazer face a absorção cognitiva dos
educandos, principalmente no que diz respeito ao aspecto
andragógico, como instrumento de comunicação à distância
com os educandos;
• Investimentos por parte dos Estabelecimentos e Ensino e
Universidades na expansão, modernização e aquisição de
Softwares Educacionais, de modo a atender as crescentes
demandas de cursos à distância, que estão ocorrendo de
forma exponencial, enquanto os recursos físicos disponíveis
existem em progressão aritmética;
• A PEDAGOGIA deverá utilizar a GESTÃO DO
CONHECIMENTO, substituindo o termo “MÃO-DE-OBRA”,
pelo conceito de “CAPITAL SOCIAL = REDE SOCIAL”,
reunindo conjuntos de recursos reais e potenciais em redes
sustentáveis de relacionamentos, criadas com o propósito
de induzir o desenvolvimento humano e social integrado e
sustentável, neste propósito construídas para fins
educacionais, conforme mostrado na figura 3 abaixo:
31
Disponível em: http://www.nuvemseo.net/o-que-e-escola-de-redes - Acesso em
10/09/2012
Porém, para lecionar nesse modelo educacional, será (ao) necessário
(as) aos PEDAGOGOS, o desenvolvimento do seguinte conjunto de
competências, de modo a acompanhar os atuais recursos tecnológicos
utilizados na área educacional, assim como absorver as novas tecnologias
educacionais que estão a caminho:
• COMPETÊNCIAS COGNITIVAS E NEUROPEDAGÓGICAS;
• COMPETÊNCIAS RELACIONAIS;
• COMPETÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS;
• COMPETÊNCIAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS;
• COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS GERAIS E ESPECÍFICAS;
• CONHECIMENTO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E
OPERACIONAIS DAS UNIVERSIDADES.
Porém, esse conjunto de competências só podem ser desenvolvidas na
prática; não basta apenas o saber teórico, mas sim o saber fazer.
32
A PEDAGOGIA terá que ir além do ensino de conceitos abstratos, sendo
necessária a leitura do conhecimento, para saber onde e como aplicá-lo. .
Devido a crescente presença do MINIMALISMO, em todas as áreas do
conhecimento humano e também devido aos altos custos tecnológicos, as
Universidades terão aplicar o conceito de EDUCAÇÃO DIGITIAL, utilizando a
TECNOLOGIA DE REDES, conforme mostrado na figura 5 abaixo:
3.3 – A Educação Digital
Em um futuro próximo, a educação poderá será ministrada em outros
formatos ainda desconhecidos, alargando as fronteiras da Educação
continuada, porém, para introduzir a GESTÃO CONHECIMENTO no processo
de Educação Continuada, será necessário formar e treinar professores nessa
práxis educacional.
O Brasil precisa de um novo e moderno sistema educacional formatado
para absorver as modernas tecnologias de informação, porém, tudo terá que
ser minuciosamente pensado e planejado de modo a diminuir e equilibrar os
contrastes sociais existentes no país.
Deve-se também lembrar que os custos de acesso à Internet
(pagamento de linha e/ou provedores de acesso), dificultam a inclusão digital
de empresas, universidades e pessoas, contribuindo para impedir a inclusão e
a integração digital da sociedade brasileira.
A partir da segunda metade da década de 90, o Brasil assistiu a uma
enorme expansão do uso da Internet.
De acordo com o Instituto Ibope NetRatings, o Brasil é o quinto país
mais conectado à Internet, com 79,9 milhões de usuários. De acordo com a
Fecomércio-RJ/Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet
aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011.
33
O principal local de acesso é a Lan House (31%), seguido do acesso
domiciliar (27%) e dos domicílios de parentes e amigos, com 25% (abril/2010).
Quarenta e seis milhões de usuários acessam a Internet com regularidade:
• 6,3 milhões de usuários acessam regularmente a Internet;
• 38% das pessoas acessam à web diariamente;
• 10% de quatro a seis vezes por semana;
• 21% de duas a três vezes por semana;
• 18% uma vez por semana. Somando, 87% dos internautas brasileiros
entram na internet semanalmente; esses percentuais revelam que os
acessos à Internet são cada vez mais intensos.
O acesso da classe C à Internet tende a manter esse mesmo compasso
de aumento no número de usuários residenciais.
A Tabela 1 abaixo mostra o acesso à Internet por faixas etárias:
Disponível em:
http://www.comscore.com/por/Press_Events/Press_Releases/2010/6/comScore_Expands_Capabilities_in_Brazil - Acesso em 26/09/2012
34
De acordo com a pesquisa de estudos da internet, recém-divulgada,
quase 38% dos usuários da rede no Brasil são jovens, com faixa etária entre os
seis e 24 anos de idade. Há alguns anos, o grupo de usuários de internet
brasileiros era distribuído de forma mais homogênea, mostrando que com o
passar dos anos, a fatia de usuários está mais bem distribuída, quando
relacionada a faixas etárias:
- 50% dos internautas do país tem idade entre 25 e 44 anos.
- 12% dos usuários de internet no Brasil são crianças e adolescentes, com
faixa etária de seis a 14 anos, que acessam a internet para bater-papo,
navegar nas redes sociais e sites de entretenimento.
O Brasil pode e deve tirar proveito desse cenário, educadores hoje
reconhecem nas tecnologias de informação e comunicação poderosas
ferramentas no processo ensino aprendizagem, mediante a necessidade de
discutir os usos da tecnologia no campo de construção de saberes e
conhecimento, tanto em sua aplicação como recurso em sala de aula quanto
na criação de novas metodologias como a Educação à Distância.
Porém, de acordo com a entrevista do Gerontologista Alexandre
Galache concedida ao Programa Canal Livre, Edição de 11/06/2012 – 4º bloco,
a leitura dos números da Tabela 1 acima, permite as seguintes conclusões:
“O Brasil está entre os três países que mais envelhecem no mundo, com
um contingente de 11 milhões de pessoas acima de 60 anos, representando
11% da população; em 17 anos esse contingente chegará a 22 milhões de
pessoas (22% da população). As projeções feitas pelo Dr. Galache indicam que
em 2042, o Brasil estará mais envelhecido que o Japão; atualmente, segundo o
Dr. Galache a taxa de fecundidade da mulher brasileira é de 1,7%, inferior a da
mulher americana.
Esses dados mostram que o Brasil está formando gerações de
profissionais para o século XX, em sua grande maioria todos jovens, que terão
uma vida útil de aproximadamente cerca de 40 ou mais anos, indo além de
2050, trabalhando com contingentes de envelhecimento populacional
35
atualmente em crescimento, adaptando-se com essa realidade, para a qual o
país não está preparado e nem pode ignorar.
Os gráficos da figura 4 abaixo mostram as curvas de envelhecimento da
população brasileira, para o período 2000/2050:
Disponível em: http://esa.un.org/unpp, Acesso em 26/09/2012
SINOPSE DO CAPÍTULO III
Neste terceiro Capítulo, abordamos resumidamente aspectos referentes
à GESTÃO EDUCACIONAL PARA O SÉCULO XXI, sob o aspecto
tecnológico, descrevendo os recursos disponíveis para aplicação na área
educacional e também as competências técnicas mediante a leitura da
GESTÃO DO CONHECIMENTO no mesmo campo.
O quarto Capítulo abordará o possível cenário educacional brasileiro no
Século XXI, considerando-se as perspectivas de inserção da industrialização
brasileira no panorama econômico global, e terá o título “TECNOLOGIA
EDUCACIONAL PARA A REALIDADE BRASILEIRA NO SÉCULO XXI”.
36
CAPÍTULO IV
TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A REALIDADE
BRASILEIRA NO SÉCULO XXI
O Brasil assim como os demais países está vivendo na sociedade do
conhecimento, onde os avanços tecnológicos surgem continuamente, impondo
novos desafios a toda humanidade. Pode-se caracterizar o século XXI, como o
século da sociedade do conhecimento e da informação, no qual a tecnologia
não é simplesmente ciência aplicada, mas uma ciência reedificada e
impulsionada por instrumentos técnicos conceituais propositadamente
instituídos, constituindo-se em desafios e inovações que não podemos ignorar,
correndo o risco de sermos dominados por ela.
Partindo da integração à essa sociedade tecnológica, podemos destacar
um dos maiores instrumentos capazes de expandir e incluir as pessoas nas
mudanças culturais que a tecnologia vem dispondo, denominado “inclusão
educacional”, que visa a integração da sociedade ao seu meio social.
Assim, sob a égide da revolução tecnológica a cada dia e momento que
passa, a escola precisa integrar novas ferramentas: computadores, Internet,
vídeo, projetor, transparências, data-show, câmera digital, laboratório de
informática etc., as quais fornecem diversas possibilidades de enriquecimento
das práticas pedagógicas.
Para tanto, a tecnologia educacional, passa por uma revolução no seu
modo de difusão da Gestão do Conhecimento, sobretudo devido às rápidas e
sucessivas transformações que o mundo globalizado apresenta à educadores e
educandos na época atual.
Naturalmente, com essas ferramentas, os Docentes não são só
convidados, mas conduzidos a reciclar as suas práticas pedagógicas, ao
mesmo tempo que criar novos métodos de ensino, facilitando o processo
cognitivo correndo o risco de situar-se dentro da exclusão digital.
37
Nesta acepção, a escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas
gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber metódico, científico,
precisando gerar novos processos pedagógicos em relação aos seus
processos de origem adequados a essa finalidade.
Nunca a tecnologia foi tão utilizada no âmbito educacional como recurso
didático e de aprendizagem, sem contar que hoje a sociedade, onde as
pessoas, não importa a idade, onde vivem todos estão inseridas no mundo da
informática, com à Internet, como meio de comunicação e extensões do
homem, para se informar, trocar idéias, discutir temas específicos, pesquisar, e
se comunicar, passando a ser um difusor de informações e conhecimentos, de
modo a contribuir para que o corpo discente seja capaz de melhor assimilar os
aspectos cognitivos, selecionando informações e distinguindo entre o que é
inútil e o que é realmente significativo.
Neste aspecto, o Brasil tem dois grandes desafios a enfrentar em termos
educacionais:
4.1 – Levar a Educação até a Amazônia Legal
A área da região norte do país conhecida como “Amazônia Legal” tem
uma extensão territorial correspondente a 5.217.423km quadrados, ocupando
cerca de 61% do território brasileiro, que engloba os seguintes Estados
brasileiros: Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, em
sua totalidade e parte dos Estados do Maranhão (Nordeste) e Mato Grosso
(Centro-Oeste), no entanto, abrigando apenas 11,93% da população do país
(1996).
Os Estados mais expressivos da Amazônia Legal são representados
pelo o Amazonas e o Pará que, juntos respondem por mais de 55% do território
total da região.
Trata-se de uma região muito grande e remota, em que o acesso a
educação e à cultura, ainda que sejam direitos sociais básicos previstos na
Constituição Federal brasileira e em tratados internacionais de direitos
38
humanos ratificados pelo Brasil, é bastante limitado, com uma enorme
densidade florestal e inúmeros municípios afastados das capitais e com
populações ribeirinhas.
Devido as dificuldades logísticas existentes, a Assistência Social a essas
populações são realizadas com o auxílio das Forças armadas, que mantém
contingentes estacionados nos municípios mais distantes, a exemplo dos
batalhões de selva do Exército brasileiro que são polos de agregamento
populacional dos contingentes populacionais que vivem no meio na área da
Amazônia legal.
Contudo, o governo brasileiro tem desenvolvido esforços no sentido de
expandir e levar a Gestão do conhecimento educacional aos pontos mais
remotos do país, citando como exemplo a expansão da Universidade Federal
do Semi-Árido que está levando conhecimentos e esperanças e uma das
regiões mais pobres do país, onde a pobreza e seca caminham de mãos dadas
com a absoluta falta de oportunidades de estudo e de trabalho.
Conseguir um diploma de graduação para abrir horizontes e tentar um
emprego melhor, ainda é um sonho distante para a maioria dos jovens que
vivem nas regiões mais pobres do Brasil, onde apenas dois em cada cem tem
acesso ao ensino superior na região, enquanto no ABC paulista essa relação é
de 45 para cem e nas capitais do Nordeste é de 35 por 100.
Disputar uma vaga nas universidades fora do sertão também não é uma
opção muito animadora, pois, os poucos jovens que conseguem ingressar nas
universidades têm que arcar com os custos de manutenção extra-domicílio,
enfrentando uma competição desigual com os jovens das capitais, onde o
ensino é de melhor qualidade.
Em meio a cenário desolador, quem está tentando fazer diferença é a
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, a UNIFERSA, na qual o reitor
Josivan Barbosa, o mesmo que apesar de citar as desvantagens enfrentadas
pelos jovens do interior, descreve com entusiasmo a expansão da antiga
39
Escola Superior de Agricultura de Mossoró transformada em Universidade
Federal em 2005, onde nos últimos quatro anos o número de professores
saltou de 54 para 250 e o número de cursos, de dois para 23.
As microrregiões mais precárias em ensino superior em todo o semiárido
estão ganhando mais três campi – cada um com seis cursos e 1,2 mil alunos,
com um deles já em funcionamento.
O déficit de vagas no ensino superior na região do sertão é assustador,
sendo enorme a expectativa da população, pois, as empresas instaladas na
região já buscam na UNIFERSA estagiários em engenharia e tecnologia da
informação.
A esperança é que, aos poucos, seja possível substituir a mão de obra
‘importada” recrutada na região Nordeste e Sudeste.
Os profissionais formados em ciências agrárias serão encaminhados
para o desenvolvimento da fruticultura irrigada, que é um sustentáculo da
economia local.
Assim os jovens passam a ter oportunidades de emprego que nunca
tiveram, enquanto as empresas poderão reduzir os seus custos de contratação
de mão de obra, e toda mão de obra e a economia local sairá ganhando,
inclusive com o desenvolvimento de pesquisas voltadas para o
desenvolvimento da região do semiárido.
Na região amazônica, cursos de nível técnico e superior começam a
mudar a realidade de quem vive em plena floresta.
Os chamados povos da floresta – tribos indígenas, pequenos produtores
rurais – que vivem em pontos remotos da região amazônica, a educação está
começando a mudar a realidade regional e incentivar o seu desenvolvimento
sustentável.
40
As margens do Rio Negro, no campus do Instituto Federal do Amazonas,
em São Gabriel da Cachoeira, que dista a quatro dias de barco de Manaus,
muitas vezes os Professores têm que se deslocar até cinco horas de voadeira
para dar aulas nas próprias tribos.
De acordo com o Professor Paulo Nascimento reitor do Instituto Federal
do Amazonas em São Gabriel da Cachoeira, o conhecimento é um direito de
todos, sendo a única forma da população amazônica ser respeitada em sua
diversidade, contribuindo para a preservação do ambiente, atuando como
agente do seu próprio desenvolvimento.
Para a juventude de São Gabriel da Cachoeira, os cursos técnicos na
área de agropecuária, secretariado, administração, contabilidade, informática,
meio ambiente e recursos pesqueiros, constituem uma rara oportunidade de
profissionalização.
As pesquisas científicas nas áreas de manejo florestal, sistemas agro
florestais, piscicultura e etnobotânica, representam um salto de
desenvolvimento para toda a comunidade.
A parceria entre o campus e os movimentos indígenas tem permitido um
trabalho pioneiro junto às etnias BANIWA, KURIPACO e TUKANO.
Os cursos de desenvolvimento sustentável indígena e de
etnodesenvolvimento são dados diretamente nas aldeias, onde os professores
ensinam presencialmente as técnicas de plantio e de produção de pescado,
ajudando também a montar oficinas de marcenaria e salas de informática nas
escolas comunitárias.
Em 2010 foram abertos os cursos superiores em licenciatura intercultural
indígena, passando a impactar a educação escolar indígena, porém, ainda não
existem professores indígenas para atender à demanda do ensino médio,
ocasionando o êxodo de jovens indígenas, que acabam se inserindo de forma
marginal nas cidades.
41
A expansão universitária em São Gabriel da Cachoeira despertou o
interesse de outros municípios da região Amazônica, tendendo a se expandir
para outros estados componentes da Amazônia legal.
A educação como instrumento de transformação social e
conscientização ambiental e cultural dos povos da floresta, chamou a atenção
do reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Mello em um artigo
publicado na revista do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, ao
dizer:
“Será tão somente pelo conhecimento, com doses de sabedoria política,
que a Amazônia poderá ser preservada, defendida, interligada e resgatada a
um projeto de nação”, ressalvando que a Universidade Amazônica interessa
investigar não de que maneira a ciência pode se servir da Amazônia e sim
como pode o conhecimento científico ser produzido e utilizado pela região.
Visando melhorar o acesso à Educação na região da Amazônia Legal,
mais de 50 secretários de Educação de cidades da região Norte, do Maranhão
e do Mato Grosso aderiram ao Educamazônia, programa do Fundo das
Nações Unidas para a Infância (Unicef) que prevê a articulação com
governos municipais, estaduais e federal e entidades educacionais para
enfrentar as dificuldades do ensino público na Amazônia Legal (região Norte,
MA e MT).
O UNICEF realizou um levantamento para identificar o transporte
escolar, a fragmentação dos projetos pedagógicos escolares, a precária
formação inicial e continuada de professores e a ausência de colaboração
entre prefeituras e governos estaduais como os principais desafios para a
educação nessa região.
Os estados e as cidades situadas na área da Amazônia Legal se
defrontam com enormes dificuldades para definir as responsabilidades do
transporte escolar, que tem um custo mais elevado do que a média nacional
por exigir uso de embarcações.
42
Além disso, as condições geográficas da região dificultam os processos
de qualificação de professores, pois, cerca que 42 mil (30% do total)
professores das redes municipais e estadual do Pará não têm ensino superior,
tornando necessário criar uma agenda envolvendo as ações governamentais
na área educacional na região amazônica. Acre e Tocantins são exemplos.
Lá Estado e municípios trabalham juntos na divisão de gastos, no
planejamento das políticas públicas de formação de docentes.
4.2 – O Brasil tem um milhão de alunos fora da escola
De acordo com a matéria publicada pela edição Online do jornal
“O Globo”, edição de 27 de setembro de 2012, o Brasil ainda tem um milhão de
alunos sem escolas.
Os números do Censo do IBGE mostram que, apesar da gravidade do
problema ser mais grave nas regiões Norte e Nordeste, nenhum estado
conseguiu até hoje incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na escola.
Esse contingente populacional de não estudantes representa 3% do total
da faixa etária; pode parecer um percentual pequeno, mas é grave quando se
considera que representa quase um milhão de crianças que ainda não têm
garantido um de seus direitos mais básicos, previsto pela Constituição de 1988:
estudar.
Se a esse grupo forem incorporados as crianças de 4 e 5 anos e os
jovens de 15 a 17 (que passam a fazer parte da faixa etária de escolaridade
obrigatória a partir de 2016), o número aumenta para 3,8 milhões, ou 8% do
total.
Apesar da gravidade do problema estar nas regiões Norte e Nordeste,
nenhum estado conseguiu até hoje incluir todas as crianças de 6 a 14 anos na
escola.
Esta população de não estudantes representa 3% do total da faixa
etária. Pode parecer um percentual pequeno, mas é grave quando se
43
considera que representa quase um milhão de crianças que ainda não têm
garantido um de seus direitos mais básicos, previsto pela Constituição de 1988:
estudar.
Os microdados do Censo mostram que o problema é maior entre os
mais pobres e crianças com algum tipo de deficiência. Os números também
revelam que a maioria (62%) das crianças que não estudam dos 6 aos 14
chegou um dia a frequentar a escola, mas abandonou os estudos. O problema
é ainda mais grave se consideradas as faixas etárias de 4 e 5 anos e de 15 a
17, que desde 2009 passaram a ser também obrigatórias, mas com prazo para
adequação dos sistemas até 2016. As razões mais citadas por especialistas
para isso são falta de interesse, repetência, gravidez precoce e necessidade de
trabalhar.
O Ex-representante da Unesco no Brasil e doutor em Educação pela
Universidade de Stanford, o assessor internacional para a área de educação,
Jorge Werthein, diz que o primeiro passo, nada fácil, é identificar essas
crianças e adolescentes.
— O Brasil é um país de contrastes. Há estados importantes com uma grande
periferia urbana e muitas desigualdades econômicas. Há estados com uma
área rural significativa que sofrem com a falta de escolas. Num país
continental, é uma tarefa árdua chegar a essas crianças e adolescentes por
estado, por capital, por região metropolitana. Mas é preciso achá-los e depois
convencê-los a ingressar ou a voltar para a escola — diz.
— Depois, nós temos que repensar a escola para que ela seja um espaço não
apenas prazeroso, mas em que os alunos sintam que estão aprendendo. Uma
escola ruim em qualquer lugar do mundo expulsa os alunos, com repetências e
abandono. Deixa para eles a mensagem de que não são capazes, o que marca
de forma brutal meninos e meninas — completa Werthein.
— Houve uma evolução inegável nos últimos dez anos. Mas ainda há muita
criança fora da escola, situação agravada pelas desigualdades. Entre 4 e 5
anos, há 83% estudando no Sudeste, o que ainda é ruim, mas pior é haver só
44
69% dentro de sala de aula no Norte — afirma Andrea Bergamaschi, do
movimento “Todos pela Educação.”
Para reverter este quadro, precisamos de políticas públicas cirúrgicas,
específicas para cada situação.
Apesar desse quadro, de acordo com a matéria publicada pela revista
Veja, Edição 2287- Ano 45 – Nº38, de 19/09/2012, página 100, o Brasil
avançou como poucos nos investimentos com educação, porém esse esforço
está distante de se traduzir em níveis de excelência educacional.
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico,
(OCDE), organização internacional formada por 34 países, produz desde 1992
o Education at a Glance (Indicadores de Escolaridade), considerado uma
Bíblia estatística da educação, que reúne e compara dezenas de indicadores
em 42 países, revela que poucos países desenvolveram tantos esforços quanto
o Brasil em investimentos em educação.
O percentual de investimentos do PIB na área educacional aumentou
57% na última década, menos apenas em relação à Rússia, onde as verbas
aumentaram 90%. Em termos de investimentos públicos, o Brasil surge,
surpreendentemente, no mesmo patamar das nações mais ricas.
Porém, os investimentos realizados não acompanharam os aspectos
qualitativos, de acordo com o ranking da OCDE, pois, será só será possível dar
o passo decisivo em prol da excelência educacional, se o Brasil passar a atrair
pessoal qualificado para a carreira de professor.
4.3 – Uma possível contribuição para o desenvolvimento
educacional brasileiro
O exposto nos Capítulos 3 e 4 desta monografia, nos leva a leitura do
modelo educacional chinês, como uma possível contribuição para o
desenvolvimento educacional brasileiro.
45
Em 1976 o primeiro ministro Deng Xiaoping assumiu o poder logo após a
morte de Mao Tse Tung, lançando o processo de modernização na China, com
um amplo programa de reformas, priorizando a área educacional.
Visionário, ele acreditava que investir na Educação seria o atalho mais
curto para o desenvolvimento, tendo como exemplo o sucesso de nações como
Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão - economias que se destacam pela
capacidade de inovação, preparo intelectual e das suas universidades.
De 1978 para 1998, o orçamento anual para Educação passou de 6,8%
do orçamento total do país para 14,6%, segundo a Academia de Ciências
Sociais da China.
Entre os principais atores no processo de reforma do Ensino Superior na
China, o Banco Mundial exerceu um papel extremamente relevante,
praticamente dando a receita de sucesso do novo sistema, de acordo com
pesquisa da professora-doutora em Educação Ângela de Siqueira, do
NEIC/UFF (Núcleo de Educação Internacional Comparada da Universidade
Federal Fluminense).
A partir de 1981, a entidade financiou vários projetos e estudos no país:
• projetos de desenvolvimento universitário;
• pesquisas de educação agrícola;
• universidades politécnicas e por televisão;
• universidades provinciais;
• desenvolvimento de pontos básicos.
e, finalmente, em 1999, o plano de reforma no Ensino Superior chinês,
proporcionado ao país formalizar acordos com renomadas universidades
estrangeiras, como Harvard e a Universidade da Pensilvânia, que abriga
Wharton e Cambridge, seguindo a lógica do Banco Mundial, para quem a
compra de pacotes educacionais produzidos em alguns países desenvolvidos é
um dos meios para reduzir custos e, supostamente, melhorar a qualidade.
46
Assim, diversos cursos de graduação e pós-graduação são criados na
China sob orientação de profissionais de universidades estrangeiras.
Toda essa revolução fez mais do que dobrar o número de matrículas no
Ensino Superior entre 1986 e 1994: segundo relatório analítico do Banco
Mundial cresceu de 2,3 milhões para 5,1 milhões. Hoje já são 16 milhões de
estudantes de graduação no país.
Nas universidades, a taxa de jovens hoje já atinge 21% (no Brasil este
número é de 19%). Lá, 1 milhão de universitários se formam por ano em
carreiras tecnológicas (aqui são 94 mil). Os artigos publicados em periódicos
científicos internacionais representam 5,9% da produção mundial (no Brasil, é
1,8%). Há 88 Ph.Ds. por 100 mil habitantes (aqui são 63).
No novo sistema de ensino chinês, tudo foi pensado, inclusive as
diferenças regionais e culturais do país. Foram considerados todos os
contextos e diversificados os meios de transmissão do ensino de acordo com
eles (investimento na Educação a Distância e Educação Continuada), com o
uso intensivo da EDUCAÇÃO DIGITAL, cujos conteúdos são concentrados em
centros de pesquisas educacionais (CLUSTERS) educacionais e
disponibilizados para difusão da Gestão do Conhecimento através da EAD e da
Educação Continuada, onde os professores foram reciclados no uso de
recursos de TI de última geração.
Esse modelo é utilizado pelos países desenvolvidos que se valem
desses recursos, como por exemplo, os Estados Unidos que concentram no
Vale do Silício na California, um gigantesco Cluster de pesquisas em
Informática.
No Brasil, a cidade de São Carlos é considerada como a “Capital
Nacional da Tecnologia”, onde estão instalados os campi avançados da USP e
da UFSCar.
A China tem um território com 9.571.300 km2º com uma população que
ultrapassa a casa de um bilhão de habitantes, contra o Brasil que tem uma
extensão territorial de 8.500.000 km2º e uma população de aproximadamente
47
110 milhões de acordo com o último censo do IBGE realizado em 2010, porém,
o país passa por um acelerado processo de envelhecimento populacional, não
só porque a expectativa de vida cresce, mas também porque as taxas de
fecundidade diminuíram, pois, atualmente as brasileiras já têm, em média,
menos filhos que as americanas.
SINOPSE DO CAPÍTULO 4
Neste quarto e último capítulo deste trabalho monográfico,
procuramos destacar o papel e a contribuição que a Tecnologia
como vetor de desenvolvimento para a Gestão Educacional
Brasileira, através da aplicação da Gestão do Conhecimento.
48
CONCLUSÃO
Neste singelo trabalho monográfico, procuramos dentro dos nossos
limites de conhecimento, dar a nossa contribuição para a o desenvolvimento da
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA E SUA INSERÇÃO NO PANORAMA
ECONÔMICO GLOBAL, destacando a EDUCAÇÃO e a GESTÃO DO
CONHECIMENTO como fatores essenciais e contribuintes para a inserção do
Brasil como potência Industrial na Economia Global neste início do século XXI,
onde o vetor tecnológico avança a velocidades espantosas, rumo a Sociedade
Pós-Industrial ou do Conhecimento, onde o Brasil tem um lugar de destaque a
ocupar.
49
BIBLIOGRAFIA
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ENTREVISTAS
RICARDO SEMLER: OS CAMINHOS DA NOVA EDUCAÇÃO NO BRASIL –
PROGRAMA CONTA-CORRENTE, GLOBO NEWS, Edição de 20/05/2011 –
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Z0ajs-7ZZm0
WALDEZ LUDWIG, PROGRAMA SEM CENSURA, O MERCADO DE
TRABALHO; Rede Brasil, edição de 25/04/2011 – Disponível em
http://youtube.com/watch?v=QS8wn2wL4hw
PROGRAMA CANAL LIVRE (Rede Bandeirantes de Televisão) –
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A situação da indústria brasileira – edição de 02/04/2012 – Disponível em
http://youtube.com/watch?v=jxTO7GV4R_o
A conquista da longevidade – edição de 11/06/2012 – Disponível em:
http:www.youtube.com/watch?v=ckhuaVJs
VÍDEO
MUNDO MUÇULMANO – Disponível em http://youtube.com/watch?=6D90UV8
FIGURAS
FIGURA 1 – CONSTITUIÇÃO DOS BLOCOS ECON\ÕMICOS REGIONAIS
Pág. 18 – Disponível em http//vejabemvr.blogspot.com.br/2011/05/0-mundo-
esta-se-dividindo-em-blocos-blocos.html
FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS – Pág. 19 – Disponível em
http://www.colunistas.ig.com.br/poder-economico/tag/brics
FIGURA 3 – OS TRÊS TIPOS DE REDES – Pág. 31 – Disponível em
http://www.nuvem.nuvemseo.net-o-e-escola-de-redes
FIGURA 4 – CURVAS DE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO DA
POPULAÇÃO BRASILEIRA – Pág. 35 – Disponível em http://esa.mn.org.mnpp
53
TABELAS
USUARIOS DE INTERNET NO BRASIL – Pág. 33 – Disponível em
www.comscore.com/por/Press_Events/Press_Releases/2010/Score_Expands_
Capabiliies_in_Brazil
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
DEDICATÓRIA 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Fundamentação teórica 09
CAPÍTULO II
Industrialização brasileira e suas perspectivas de inserção no panorama global
econômico global 15
2.1 – A quarta globalização 15
2.2 – Industrialização brasileira no panorama global (perspectivas) 17
2.3 – Perfis econômicos e geopolíticos dos BRICS 20
2.4 – A participação brasileira nos BRICS 23
CAPÍTULO III
Gestão educacional para o século XXI 25
3.1 – A educação no século XXI 27
3.2 – Os avanços na área educacional
3.3 – A educação digital 36
CAPÍTULO IV
Tecnologia educacional para o século XXI 36
4.1 – Levar a educação até a Amazônia Legal 37
4.2 – O Brasil tem 1 milhão de alunos fora da escola 42
54
4.3 – Uma possível contribuição para o desenvolvimento educacional brasileiro
brasileiro 44
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA 49
ÍNDICE 53
ÍNDICE DE FIGURAS 55
OS AUTORES 56
55
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1 – CONSTITUIÇÃO DOS BLOCOS ECON\ÕMICOS
REGIONAIS 18
FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS 19
OS TRÊS TIPOS DE REDES 31
FIGURA 4 – CURVAS DE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 35
56
OS AUTORES
Afonso C. Fleury – Professor da Escola Politécnica de São
Paulo
Carlos Alberto Gonçalves Alfredo – Monografando e aluno do
Curso de Gestão de Projetos em nível de Pós-Graduação do
Instituto A Vez do Mestre
Cyro Eyer do Valle – Engenheiro brasileiro formado pela Universidade do Brasil em 1990, Consultor da ONU e autor do livro “IMPLANTAÇÃO DE INDÚSTRIAS (1975)
Edward Gibbon – Historiador inglês
Fabricio Luiz Bronzatti – Engenheiro de Desenvolvimento de
Produto
Gilberto Freyre – Sociólogo, Antropólogo, Historiador,
Escritor e Pintor brasileiro
Ignacy Sachs – Economista Polonês
Luciano Coutinho – Economista brasileiro – Presidente do
BNDES
Marcelo Coutinho Vargas – Sociólogo brasileiro
Moises Francisco Farah Junior – Economista brasileiro
Muniz Gonçalves Ferreira – Historiador - UFF
Norberto Lechner – Sociólogo alemão
Octavio Ianni – Sociólogo brasileiro
Ricardo Semler – Administrador e Advogado, CEO da SEMCO
Roberto de Oliveira Campos - Economista, diplomata, escritor
e professor brasileiro
57