indução eletromagnética

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INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA www.fisicaatual.com .br

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Page 1: Indução eletromagnética

 INDUÇÃO

ELETROMAGNÉTICA

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Page 2: Indução eletromagnética

Faraday esperava que o campo magnético gerado pela corrente no fio da esquerda pudesse induzir o aparecimento de um campo magnético no fio da direita. Mas isso não aconteceu. O Amperímetro não indicou nenhuma corrente enquanto a chave permanecesse fechada.

DESCOBERTA DE FARADAY

Nenhuma corrente flui enquanto a chave estiver fechada.

chave

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Page 3: Indução eletromagnética

Mas quando ele abriu o interruptor para cortar a corrente no circuito de esquerda, o medidor de repente, mudou-se, mostrando uma corrente momentânea no fio do lado direito

Mas, quando ele abriu a chave para cortar a corrente no circuito da esquerda, o medidor mudou, mostrando uma corrente momentânea no fio do lado direito.

... aparece uma corrente momentânea.

Abrindo a chave no circuito da esquerda...

A corrente no circuito da direita rapidamente desapareceu.

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Page 4: Indução eletromagnética

Intrigado, ele fechou a chave novamente

anel de ferro

Chave

amperímetro

Fechando a chave no circuito da esquerda...

... aparece momentaneamente uma corrente no circuito da direita.

Ao fechar a chave, ele notou que o medidor movia-se momentaneamente, mas em sentido contrário de quando a chave era aberta.

Faraday descobriu que poderia induzir uma corrente no circuito da direita, mas isso só seria possível se o campo magnético através da bobina estivesse mudando.

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Page 5: Indução eletromagnética

Uma corrente induzida pode ser obtida de três maneiras:

1. Alterando a intensidade do campo magnético através de um circuito fechado. Isso é o que Faraday fez, abrindo e fechando o interruptor.

Anel de ferro

chave

Circuito fechado com amperímetro.

Devido a mudança na intensidade de corrente, o campo magnético está mudando.

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Page 6: Indução eletromagnética

2. Alterando a orientação de um circuito num campo magnético uniforme:

Girando a espira, o

ângulo entre

a normal ao circuito ( n ) e

o campo magnético que

atravessa o circuito ( B ),

é alterado.

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Page 7: Indução eletromagnética

3- Alterando a área do circuito atravessado pelo campo magnético uniforme:

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Trilho condutor fixo. Extremidade negativa do fio.

Campo B uniforme entrando no plano

i

i

Circuito mudando de área devido ao movimento do fio.

Sentido da corrente convencional

Page 8: Indução eletromagnética

-

FM

B entrando no plano.

Os elétrons livres do fio que se movimenta no interior de um campo magnético externo, sofrem uma força para baixo:

A força magnética irá causar uma separação de cargas no fio em movimento:

FM

-

- - - -

+ + + +

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Page 9: Indução eletromagnética

Devido ao processo de separação de carga, é criado um campo elétrico ( E ). O campo elétrico exercerá nas carga negativas uma força elétrica de sentido contrário ao da força magnética:

Elétrons irão se movimentar para baixo até que a força elétrica se iguale à força magnética. Enquanto o fio se mantiver em movimento, haverá uma separação de cargas. A força magnética mantém a separação de cargas.

Reações químicas separam as cargas e causam uma diferença de potencial entre os polos de uma pilha. Existe força eletromotriz entre os polos da pilha. Quando um fio se movimenta no interior de um campo magnético, ele gera uma diferença de potencial entre as suas extremidades. Existe uma força eletromotriz induzida (ɛ).

FM

-

- - - -

+ + + +

E

FE

Campo elétrico no interior da pilha.

BateriaV

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Page 10: Indução eletromagnética

0qvBqEF

vBE

vBE vB

qvBqE

FORÇA ELEMOTRIZ INDUZIDA ( ɛ)

• ℓ = comprimento do condutor dentro do campo magnético (metros);• B = intensidade do campo magnético uniforme (tesla);• V = velocidade de deslocamento (m/s);• V perpendicular a B ;• ɛ = força eletromotriz induzida (volts). www.fisicaatual.com.br

Page 11: Indução eletromagnética

Podemos fazer uma comparação:

B

V

FM

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Uma barra metálica sendo deslocada em um campo magnético é equivalente a uma pilha ou bateria

Page 12: Indução eletromagnética

CORRENTE INDUZIDA

• Se o condutor se movimenta ao longo de fios condutores paralelos, que formem um circuito fechado, haverá um movimento contínuo de elétrons por esse circuito.

• A esse movimento contínuo de elétrons damos o nome de corrente elétrica induzida.

Vista de CimaB

V

FM

i - sentido convencion

al

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Page 13: Indução eletromagnética

• A grandeza escalar que mede o número de linhas de indução que atravessam a área A de uma espira imersa num campo magnético uniforme é chamada fluxo magnético (), sendo definida por:

. cosA B A = área em m2;

B = campo magnético em tesla (T );

= fluxo magnético em weber (Wb )

FLUXO MAGNÉTICO

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Page 14: Indução eletromagnética

Valores particulares do fluxo magnético:

0

0cos

90

o

AB

o

1cos

0

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Page 15: Indução eletromagnética

Imã se aproxima ou se afasta do circuito. Haverá variação de fluxo. Haverá corrente induzida.

Espira gira em torno de um eixo. Haverá variação de fluxo e haverá corrente induzida.

Aumentamos ou diminuímos a área do circuito. Haverá variação de fluxo e haver corrente induzida.

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Variação do fluxo magnético:

Page 16: Indução eletromagnética

A força eletromotriz induzida (fem) em um circuito fechado é determinada pela taxa de variação do fluxo magnético que atravessa o circuito:

LEI DE FARADAY

t

força eletromotriz induzida (volt)

variação de fluxo magnético (Wb)

intervalo de tempo (s)

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Page 17: Indução eletromagnética

amperímetro

Corrente induzida

induzido

1. O fluxo através da espira aumenta para baixo com a aproximação do ímã.

2. A espira precisa gerar um campo magnético para cima para haver uma oposição à mudança do fluxo.

3. De acordo com a regra da mão direita, deve ser gerada uma corrente induzida no sentido anti-horário para criar um campo para cima.

LEI DE LENZA corrente induzida em um circuito aparece sempre com um sentido tal que o campo magnético que ela cria tende a contrariar a variação de fluxo através do circuito.

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Page 18: Indução eletromagnética

Quando o polo norte do ímã é afastado da espira o fluxo magnético para cima diminui. Um campo magnético secundário tem que ser criado para estabelecer um fluxo magnético para cima que se oponha a diminuição do fluxo magnético criado pelo ímã. Uma corrente deverá percorrer a espira no sentido anti-horário para criar um fluxo magnético para cima.

Se houver aumento do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com sentido oposto ao sentido do fluxo.

Se houver diminuição do fluxo magnético, a corrente induzida irá criar um campo magnético com o mesmo sentido do fluxo.

Quando o polo norte do ímã é aproximado da espira o fluxo magnético para cima aumenta. Um campo magnético secundário tem que ser criado para estabelecer um fluxo magnético para baixo que se oponha ao aumento do fluxo magnético criado pelo ímã. Uma corrente deverá percorrer a espira no sentido horário para criar um fluxo magnético para baixo.

Page 19: Indução eletromagnética

GERADOR ELÉTRICO

ENERGIA MECÃNICA

ENERGIA ELÉTRICA

ESPIRA

ÍMÃ

É mais prático induzir uma diferença de potencial e uma corrente movimentando uma bobina ao invés de um ímã. Isso pode ser conseguido girando uma bobina num campo magnético:

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Page 20: Indução eletromagnética

Quando a espira é girada no campo magnético ocorre uma variação do número de linhas de campo magnético (fluxo) que atravessa a espira. Quando o plano da espira for perpendicular as linhas, um número máximo dessas linhas estará atravessando o interior da espira. Quando o plano for paralelo às linhas, nenhuma linha estará atravessando a espira. A rotação contínua ora aumenta ora diminui o fluxo magnético através da espira. A variação máxima de fluxo ocorre quando o número de linhas que atravessa a espira é instantaneamente nulo. Portanto, a força eletromotriz induzida é máxima quando a espira está paralela ao campo:

f.e.m

tempo

O fluxo magnético ora aumenta, ora diminui. Isso faz com que a corrente mude de sentido periodicamente. O gerador gera corrente alternada.

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Page 21: Indução eletromagnética

O gráfico mostra como a corrente alternada varia com o tempo à medida que a espira gira dentro do campo :

Vamos analisar esta variação, supondo uma lâmpada ligada à espira de um gerador de corrente alternada:

O instante t = 0, no qual a espira se encontra na posição mostrada na figura a, a lâmpada está apagada, mostrando que, neste instante, não há corrente no circuito. Enquanto a espira gira, até alcançar a posição mostrada na figura b, a corrente cresce, atingindo, nesta posição, seu valor máximo (instante t1 no gráfico). A lâmpada adquire seu maior brilho neste momento. Continuando a girar, a espira alcança a posição mostrada na figura c, onde, novamente, a corrente é nula e a lâmpada se apaga (instante t2 no gráfico). A partir de t2, a corrente muda de sentido. No instante t3, o módulo da corrente alcança seu valor máximo e a lâmpada brilha com a mesma intensidade que ela apresentava na figura b. No instante t4 a espira retorna à sua lâmpada. Isto acontece porque a corrente alternada tem frequencia relativamente alta. Na maioria das cidades brasileiras, esta frequencia é 60 Hz. As flutuações no brilho das lâmpadas são muito rápidas e nossos olhos não conseguem percebê-las.

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Page 22: Indução eletromagnética

Da mesma maneira que a corrente, a voltagem que recebemos em nossas residências, proveniente do transformador de rua, é uma voltagem alternada, isto é, seu sentido é invertido periodicamente, como mostra o gráfico abaixo:

O valor máximo atingido pela voltagem alternada é denominado valor de pico e o gráfico mostra que esse valor é 154 V. Entretanto, quando fornecemos o valor de uma voltagem alternada, estamos normalmente nos referindo não à voltagem de pico, mas a uma quantidade denominada valor eficaz da voltagem. Este valor seria o valor de uma voltagem constante (contínua) que dissipasse, durante o tempo de um período, em uma resistência R, a mesma energia térmica que é dissipada R pela voltagem alternada, durante o mesmo intervalo de tempo.

2

V EficazV Pico

Numa tomada de 220 V, teremos: VPICO = 220 x 1,41 = 310 V. Já numa tomada de 127 V, teremos: VPICO = 127 x 1,41 = 179 V.

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Page 23: Indução eletromagnética

GERADOR HIDROELÉTRICO

Corrente elétrica produzida

ímãs

Um gerador hidroelétrico permite converter a energia cinética do fluxo de um liquido (normalmente água) em energia elétrica. A água ao circular numa turbina provoca um movimento rotativo do eixo ao qual estas estão ligadas. Este movimento provoca uma rotação dos ímãs colocados no extremo oposto do veio, dentro de uma bobina, e este movimento gera, por indução, uma corrente elétrica.

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Page 24: Indução eletromagnética

TRANSFORMADORES

Com eles, podemos transportar a mesma potência com uma corrente mais baixa, diminuindo as perdas de energia na forma de calor durante a transmissão. Podemos ainda abaixar a tensão para valores mais seguros para que possa ser utilizada. Os transformadores só funcionam com corrente alternada.

EnrolamentoPrimárioEnrolamentoPrimário

EnrolamentoSecundário

EnrolamentoSecundárioNúcleoNúcleo

IsolamentoIsolamento

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Page 25: Indução eletromagnética

• Alimentando a bobina primária com c.a., produz um campo magnético alternado.

• As linhas de força são conduzidas pelo Núcleo que submete a bobina secundária a ação deste campo

• O campo magnético variável induz uma corrente elétrica na bobina secundária

iP

iS

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Page 26: Indução eletromagnética

iP

iS

P

S

S

P

S

P

i

i

V

V

N

N

Pelo princípio da conservação da energia, a potência PS que sai do secundário deve ser igual à potência PP que chega ao primário: PP = P S Logo: V P . iP = V S . iS . Se a voltagem diminui, a corrente aumenta proporcionalmente e vice-versa.

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Page 27: Indução eletromagnética

Qualquer que seja o tipo de usina escolhida para produção de energia elétrica em qualquer parte do mundo, ela será construída para gerar corrente alternada. O principal motivo para essa escolha está relacionado com as perdas de energia por efeito Joule que ocorrem nos fios usados para transportar a corrente elétrica a longas distâncias. A potência dissipada na forma de calor por um fio depende da corrente que percorre o fio e da resistência do fio (P = i2. R). Portanto, para diminuirmos perda na forma de calor, deveríamos diminuir os valores e “i” e de “R”. O valor de “R” só pode ser diminuído se aumentarmos a área da secção reta dos fios, isto é, usarmos fios mais grossos. Mas existe limite para isso. Cabos muito grossos são pesados e têm alto custo. Assim, a solução mais adequada seria diminuir a corrente a ser transmitida. Sendo ΔV a voltagem nos polos do gerador e “i” a corrente nos fios, a potência fornecida pelo gerador é P = i. ΔV. Como a potência fornecida pelo gerador não pode ser alterada, se o valor de “i” for reduzido teremos que aumentar o valor de V. Concluímos assim que, para reduzir as perda por aquecimento nos fios, a energia elétrica deve ser transmitida com baixa corrente a alta voltagem.

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Page 28: Indução eletromagnética

bobina transmissora

bobina receptora

Os detectores de metais do tipo pórtico, são equipamentos formados por duas bobinas e um gabinete central de processamento. As duas bobinas, que são as laterais do pórtico compartilham um campo eletromagnético de baixa freqüência sendo uma lateral transmissora e outra a receptora. Este campo eletromagnético formado no interior do pórtico funciona como uma malha invisível que ao ser rompida por objetos metálicos, avisa o processador do equipamento, que por sua vez emite sinais sonoros e ou luminosos.

DETETOR DE METAIS

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