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Mercados Indonésia Condições Legais de Acesso ao Mercado Agosto 2010 informação regulamentar

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Mercados

Indonésia Condições Legais de Acesso ao Mercado Agosto 2010

informação regulamentar

aicep Portugal Global

Indonésia – Condições Legais de Acesso ao Mercado (Agosto 2010)

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Índice

1. Regime Geral de Importação 3

2. Regime de Investimento Estrangeiro 6

3. Quadro Legal 8

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Indonésia – Condições Legais de Acesso ao Mercado (Agosto 2010)

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1. Regime Geral de Importação

Até meados dos anos 80, a Indonésia estabeleceu a obrigatoriedade de obtenção de licenças para

restringir as importações e, assim, proteger a indústria local da concorrência externa. Este sistema

proporcionava lucros elevados aos sectores cuja compra ao exterior de bens concorrentes era

“licenciada”, mas, simultaneamente, comportava custos crescentes às empresas locais importadoras de

matérias-primas e bens intermédios.

Desde 1986 o Governo tem vindo a proceder a uma liberalização gradual do regime comercial,

substituindo as referidas barreiras não pautais por tarifas aduaneiras, medidas que se enquadram quer

nos compromissos assumidos perante o FMI, quer enquanto país membro da Associação das Nações do

Sudeste Asiático (ASEAN) e da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

Apesar da política liberalizadora e das reformas implementadas, existem, ainda, sinais de

proteccionismo: produtos sujeitos a licença de importação (ex.: bens electrónicos; brinquedos; vestuário;

calçado; medicamentos, com base na regulamentação n.º 44/2008); taxas aduaneiras elevadas (ex.:

alguns veículos - 50%); controlos alfandegários (ex.: inspecções de verificação da conformidade dos

produtos); entre outras medidas (registo de produtos, como sucede com os farmacêuticos).

De facto, com a adopção por parte do Ministério do Comércio –

http://www.depdag.go.id/index.php?lang=EN – da regulamentação já mencionada (que entrou em vigor a

15 de Dezembro de 2008) os produtos abrangidos passaram a estar sujeitos a regras específicas

complexas que afectam as exportações para este mercado: apenas os importadores registados (IT-PT)

podem solicitar ao organismo governamental referido a necessária licença (válida pelo período de 1

ano); as operações terão de se processar, ou via marítima, através de 5 portos (Medan, Jakarta,

Semarang, Surabaya e Madkassar), ou via aérea, todos os aeroportos internacionais; os produtos estão

obrigatoriamente submetidos a inspecção de pré-embarque no mercado de exportação.

De referir, também, que a Indonésia tem em curso um embargo à entrada de animais e seus

subprodutos, por razões sanitárias (nomeadamente por risco de BSE, gripe das aves e peste suína),

pelo que o processo de exportação poderá mostrar-se difícil, se não mesmo impossível de superar, com

necessidade de licenciamentos por parte das autoridades do país exportador.

Para efeitos desse (possível) licenciamento, as empresas portuguesas deverão manifestar (junto da

Direcção-Geral de Veterinária - DGV) o interesse em exportar para a Indonésia, a que se seguirá o

contacto daquela com as autoridades locais, no sentido de identificar as formalidades/trâmites que

envolvem as operações de exportação deste tipo de produto. Nalguns casos a própria DGV envia logo

um certificado sanitário tipo para que possa ser aprovado pelas referidas autoridades, no caso de não

haver impedimentos. Noutras situações, solicita o envio de formulário a preencher.

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Só depois de definidos os procedimentos entre ambas as partes (que podem ser mais ou menos

complexos) é que a empresa será contactada pela DGV a informar que pode exportar (ou não) e quais

os requisitos que terá que respeitar.

Em matéria de despacho aduaneiro, o funcionamento pouco transparente da alfândega indonésia (ex.:

excesso de inspecções o que implica uma demora no desalfandegamento das mercadorias; introdução

de novas regras sem consulta prévia dos operadores; comportamentos pouco lícitos por parte de alguns

funcionários; utilização de preços de referência em substituição dos valores mencionados nas facturas

comerciais com o consequente aumento das taxas alfandegárias aplicáveis; infra-estruturas portuárias

insuficientes e desajustadas) tem sido frequentemente considerado uma importante barreira não

aduaneira às importações e tem merecido especial atenção por parte das entidades governamentais,

preocupadas, nomeadamente, com a redução do tempo referente ao processo de importação, superior

ao de países vizinhos e que, como tal, se torna numa desvantagem competitiva.

A introdução do sistema National Single Window com vista a ultrapassar algumas das dificuldades

referidas não tem revelado, na prática, grande eficácia.

No que respeita à documentação necessária, na maioria das importações é exigido: factura comercial;

certificado de origem (normalmente apenas para drogas e narcóticos); certificado de seguro; certificado

de embarque; e outros certificados especiais, quando aplicável.

De acordo com a legislação, todos os trâmites devem ser levados a cabo pelo importador, o qual deve

estar devidamente registado e dispor de um número de registo (API). De destacar que apenas empresas

de direito local e devidamente registadas junto das autoridades locais, são elegíveis oficialmente para se

licenciarem como importadores. Neste sentido, as empresas exportadoras deverão sempre indicar um

distribuidor/agente local para poderem proceder à venda dos seus bens.

Relativamente a normas e requisitos técnicos, importa salientar que os produtos industriais estão sujeitos

ao cumprimento de normas internacionais, embora nalgumas situações possam ser aplicadas normas

nacionais. Os bens alimentares, assim como os produtos de origem vegetal, nomeadamente plantas e

sementes, produtos de origem animal, principalmente aves domésticas e derivados, deverão cumprir

normas sanitárias e fitossanitárias. A entidade responsável por esta área é a National Standardization

Agency of Indonesian – http://www.bsn.or.id/.

Aspecto importante a considerar é a necessidade de a rotulagem dos produtos exportados para a

Indonésia ter de ser efectuada em Bahasa, o idioma local.

Uma nota final para a denominada Certificação Halal, a qual estabelece que nenhum produto alimentar

pode contrariar os ditames e princípios da lei islâmica, de modo a ser aceite pelos cidadãos indonésios.

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É emitida pelo Conselho Nacional das Ulemas – http://www.mui.or.id/ – e para ser obtida é necessária

documentação e certificados que atestem acerca da composição e processo de fabrico que, em nenhum

caso, deverá incorporar derivados de porco.

Actualmente, encontra-se em preparação legislação que obrigará que outros produtos como cosméticos

e farmacêuticos só possam ser introduzidos no mercado com a referida certificação.

A Pauta Aduaneira Indonésia segue o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de

Mercadorias da ASEAN (AHTN), baseada no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de

Mercadorias (SH) da OMC, sendo a maioria dos direitos alfandegários calculada numa base ad valorem

sobre o valor CIF das mercadorias. Segundo a OMC, a Indonésia mantém tarifas aduaneiras

moderadamente elevadas. Cerca de 70% das importações observam tarifas entre 0% e 5%, enquanto

outras permanecem livres. A maioria dos outros bens não alimentares está sujeita a uma tarifa máxima

de 10%. Para os produtos colocados numa lista de bens sensíveis as taxas podem ser significativamente

superiores (ex.: alguns veículos automóveis - 50%).

A Indonésia aplica, ainda, as seguintes incidências fiscais:

• Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) – recai sobre a venda de bens e serviços e importações,

no valor de 10%. Estão isentos de IVA produtos alimentares (incluindo água), servidos em hotéis e

restaurantes, serviços de saúde, correios, educação, transportes públicos, etc;

• Taxa sobre Artigos de Luxo – variável (dependendo do produto) entre os 10% e os 75%. Incluem-se,

entre outros produtos: rádios e cassetes; tapeçarias; peles importadas; televisores; determinados

veículos automóveis; iates e caravanas;

• Impostos Especiais sobre o Consumo – incidem (a taxas variáveis) sobre cigarros, cerveja, vinho e

bebidas espirituosas.

As tarifas e outras taxas aplicadas na entrada de produtos neste mercado podem ser consultadas na

página «Market Access Database», da responsabilidade da União Europeia – http://mkaccdb.eu.int

(clicar em «Tariffs Applied Database»).

Em termos de fornecimentos a entidades públicas, embora sendo possível a venda directa, é

aconselhável que o processo se desenrole através de um agente/distribuidor local, uma vez que em

muitos casos as aquisições de bens estão baseadas em relações contratuais com algum tempo, o que

dificulta o acesso por parte de fornecedores “desconhecidos”.

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Por outro lado, a lei indonésia estabelece que em cerca de 500 categorias de bens, a aquisição pública

terá de ser efectuada junto de produtores nacionais, como é o caso de equipamentos para a agricultura,

defesa, químicos, eléctricos, electrónicos e de comunicação.

2. Regime de Investimento Estrangeiro

Em Dezembro de 2007 foi aprovado o novo regime jurídico (Lei n.º 25/2007) para o investimento na

Indonésia, que visa melhorar o clima de negócios no país e criar um quadro mais transparente em

termos de segurança jurídica e igualdade de tratamento entre o investimento doméstico e externo. Com

esta reforma, que revoga a legislação de 1968 (e alterações subsequentes) foram consignados, entre

outros, os seguintes objectivos:

• Redução dos prazos necessários para a obtenção de todas as autorizações necessárias ao início de

uma actividade de 151 dias para 30;

• Liberdade de repatriação do capital investido e dos lucros gerados pelo investimento, bem como de

compensações eventualmente recebidas do Governo em resultado da nacionalização da empresa

constituída pelo investidor estrangeiro;

• Alteração da negative list que estabelece os sectores completamente fechados ou apenas

parcialmente proibidos ao investidor, com vista a permitir um maior acesso dos promotores à

actividade económica. A Lei n.º 25/2007 estabelece como único sector vedado o do armamento. Por

sua vez, o Decreto Presidencial n.º 77/2007 define outros sectores fechados (ex.: sistemas de

controlo de satélites; transmissão de rádio e televisão pública; gestão e manutenção de pontes;

inspecção de veículos a motor; telecomunicações e instrumentos auxiliares de navegação; indústrias

de produtos químicos perigosos) e indica, igualmente, os sectores que se encontram apenas

parcialmente vedados (definindo quotas de capital permitidas ao investidor);

• Reestruturação dos incentivos disponibilizados para promover o investimento no país. De entre os

apoios existentes destacam-se: redução do Imposto de Rendimento; isenção ou redução de IVA e

direitos aduaneiros na importação de bens de equipamento e matérias-primas não produzidos

localmente; redução da tributação sobre imóveis. Para beneficiar dos incentivos as empresas

deverão apresentar projectos que cumpram, pelo menos, um dos seguintes requisitos: serem

considerados projectos prioritários; implicarem um desenvolvimento em infra-estruturas; envolverem

a utilização de bens de capital ou equipamentos nacionais; assumirem a forma de micro, pequenas e

médias empresas, ou cooperativas; envolverem transferência de tecnologia, investigação e

desenvolvimento;

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• Inexistência de capital mínimo de investimento, sendo este estabelecido pelo BKPM (Badan

Koordinasi Penanaman Modal / Indonesia Investment Coordinating Board), tendo em conta o caso

concreto da sociedade investidora e da actividade a exercer.

O BKPM – http://www.bkpm.go.id/contents/home/ – é a agência governamental responsável pela

promoção do investimento na Indonésia, assim como pela coordenação das políticas nesta área. Cabe-

lhe, também, zelar pelo cumprimento (por parte dos promotores) da legislação em vigor e supervisionar

as actividades executadas pelas entidades estatais locais.

A apresentação do investimento e do projecto tendente à aprovação do mesmo correm junto do BKPM, à

qual se seguem os demais passos burocráticos, que incluem escritura de constituição da sociedade,

registo fiscal, registo comercial, publicação no jornal oficial, legalização de eventuais trabalhadores

estrangeiros e demais licenciamentos a que haja lugar em face do investimento em causa (licenças

ambientais, locais, registos prediais, alvarás, entre outros).

Não obstante o Código Comercial indonésio prever várias formas sociais que as sociedades comerciais

poderão adoptar, no caso daquelas resultantes de investimento estrangeiro terão de constituir-se sob a

forma de Limited Liability Company (Perseroan Terbatas-PT), com o estatuto de Foreign Investment

(Penanaman Modal Asing-PMA).

O estabelecimento do investidor estrangeiro, isto é da “PT-PMA”, pode dar-se através da aquisição de

acções de sociedade local já existente (até ao limite de 95%) ou da constituição de uma sociedade de

raiz, sem prejuízo de outra via que seja legalmente admissível. A lei exige um mínimo de dois sócios

(independentemente de serem pessoas físicas ou colectivas ou de qual seja a sua nacionalidade).

A “PT-PMA” pode ser detida a 100% pelo investidor estrangeiro ou ser objecto de parceria com

investidores locais. No primeiro caso, existe, porém, a obrigação legal de venda de parte do capital social

a indonésios passados 15 anos após o início do investimento, sendo que, apesar de a lei não

estabelecer uma percentagem, o BKPM tem exigido um mínimo de 5%. Em certos casos, no entanto,

apenas tem sido exigido 1% e noutros esta obrigação não tem sido sequer posta em prática.

As “PT-PMA” que manufacturem bens apenas poderão proceder ao comércio dos mesmos em grande

escala e para o exterior, não para consumo interno, salvo se tiverem um representante/distribuidor no

mercado.

As licenças de estabelecimento estrangeiro são concedidas pelo prazo de 30 anos, renováveis caso se

mantenha a utilidade do projecto.

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As “PT-PMA” estão sujeitas ao pagamento de imposto sobre os rendimentos (taxa até 25%), após a

efectivação das deduções e demais regras contabilísticas, incluindo retenções na fonte e pagamentos

por conta.

É possível a uma empresa estrangeira estabelecer um mero escritório de representação, sendo que,

porém, esta “entidade” terá capacidades limitadas em termos do que pode ser a sua actividade,

limitando-se a poder assinar contratos comerciais, receber pagamentos ou proceder a outras actividades

de transacção comercial. A lei exige, no entanto, que também este escritório esteja registado, no caso

junto do Directorate of Business Development and Company Registration, Directorate General of

Domestic Trade e Ministry of Trade.

Apesar da reforma empreendida no sentido de liberalizar o regime de investimento comercial das

actividades económicas (facilitando e reduzindo os procedimentos burocráticos) a Delegação da

Comissão Europeia em Jacarta considera que foi introduzido um pendor restritivo a nível da decisão

ministerial, que ultrapassa, muitas vezes, o previsto na negative list que é objecto de revisão, numa base

anual. Alerta, também, para a falta de transparência e de consulta pública na elaboração da legislação,

quer na área do investimento, quer do comércio.

Em face das mudanças recentes nesta área, aconselha-se a consulta do BKPM antes da realização de

qualquer operação de investimento.

A Indonésia dispõe de várias EPZ’s – Export Processing Zone – (a mais importante é a Batam Industrial

Zone), que permitem o acesso, por parte das empresas aí instaladas, a um conjunto significativo de

benefícios fiscais (ex.: isenções de IVA e direitos aduaneiros). A mais conhecida destas zonas é a

Batam, administrada pela Batam Industrial Development Authority – http://www.batam-center.web.id/.

Por forma a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre Portugal e a Indonésia, foi

celebrada entre ambos os países a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão

Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e Respectivo Protocolo, em vigor desde 1 de Maio

de 2007.

3. Quadro Legal

Regime de Importação

• Lei nº 44/2008 – Relativa à importação de certos produtos submetidos a licenciamento.

• Lei nº 17/2006 – Define o quadro jurídico alfandegário.

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• Decretos Presidenciais n.ºs 80/2003, 61/2004 e 8/2006 – Relativos ao regime legal da contratação

pública.

Regime de Investimento Estrangeiro

• Lei n.º 25/2007 – Aprova o novo regime de investimento.

• Decreto Presidencial n.º 77/2007 – Define sectores totalmente ou parcialmente vedados ao

investimento.

• Lei n.º 40/2007 – Estabelece o novo quadro legal das sociedades limitadas.

• Lei n.º 13/2003 – Define o novo regime legal das relações laborais.

• Decreto do Director do BKPM n.º 22/sk/2001 – Relativo ao estabelecimento dos escritórios de

representação das empresas estrangeiras.

• Lei n.º 18/2000 (com alterações posteriores) – Define o regime jurídico do Imposto sobre o Valor

Acrescentado e da Taxa sobre os Artigos de Luxo.

• Lei n.º 17/2000 – Aprova o Imposto sobre o Rendimento.

Os interessados podem aceder a informação legislativa indonésia diversificada (sistematizada por temas) nas seguintes páginas:

www.usig.org/countryinfo/indonesia.asp (Country Information – Indonesia) e http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxweine.htm

(LEXADIN – Legislation Indonesia).

Acordo Relevante

• Resolução da Assembleia da República n.º 64/97, de 6 de Dezembro – Aprova a Convenção para

Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre o Rendimento entre Portugal e a Indonésia.

Para mais informação legislativa sobre mercados externos os interessados podem consultar o Site da aicep Portugal Global, em:

http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/Paginas/MercadosExternos.aspx?marketId=69