Índice de produção mais limpa para - feam.br · Índice de produção mais limpa para ......
TRANSCRIPT
Índice de Produção Mais Limpa para a Indústria de Transformação do
Estado de Minas Gerais
Caderno Técnico
POLÍCIAMILITARD E M I N A S G E R A I S
Nossa profissão, sua vida.
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Fundação Estadual do Meio Ambiente
Índice de Produção Mais Limpa para a Indústria de Transformação do
Estado de Minas Gerais
Caderno Técnico
Belo Horizonte
2008
© Fundação Estadual do Meio Ambiente Governo do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Governador Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD José Carlos Carvalho Secretário Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM José Cláudio Junqueira Ribeiro Presidente
Elaboração José Cláudio Junqueira Ribeiro Presidente da FEAM
Luiz Ignácio Fernandes de Andrade Pesquisador
Felipe Correia de Souza P. Gomes Gestor Ambiental
Christiano Lemos de Moraes Brandão Analista Ambiental
Francisco Bizzotto Gomes Pesquisador
Leandro do Carmo Santana Estagiário
Pedro Washington Torquetti de Souza Estagiário
Revisão de texto: Leila Maria Rodrigues
Capa: Ana Spolaor Colaboração Zuleika Stela Chiacchio Torquetti Diretora de Gestão e Qualidade Ambiental
Maria Eleonora Deschamps Pires Carneiro Gerente de Resíduos Sólidos
Rua Espírito Santo, 495 – Centro – Belo Horizonte/MG CEP: 30160-030 (31) 3219-5656/5744/5605
www.feam.br
Fundação Estadual do Meio Ambiente
F981i
Índice de produção mais limpa para a indústria de
transformação do Estado de Minas Gerais; Caderno Técnico /
Fundação Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte: Feam,
2009.
, 2 99 p. ; il.
1. Indústria de transformação (Minas Gerais). 2. Produção
mais limpa - índice. I. Título.
CDU: 67(815.1): 504.06
AGRADECIMENTOS
Agradecemos, de forma especial, a todas as empresas parceiras, bem como a seus
colaboradores que participaram no desenvolvimento deste Projeto com
informações, tecendo comentários e emitindo opiniões que contribuíram,
sobremaneira, para o aprimoramento da metodologia de cálculo do Índice P+L,
facilitando, assim, a sua compreensão e aplicação nos empreendimentos industriais.
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................13
2 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................14
3 OBJETIVOS..............................................................................................................................................16
4 METODOLOGIA.......................................................................................................................................17
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................18
6 DEFINIÇÃO DOS INDICADORES ...............................................................................................................26
6.1 PREMISSAS .............................................................................................................................................. 26
6.2 INDICADORES SELECIONADOS....................................................................................................................... 27
6.2.1 Esfera Materiais............................................................................................................................... 27
6.2.2 Esfera Água...................................................................................................................................... 28
6.2.3 Esfera Energia.................................................................................................................................. 32
6.2.4 Esfera Resíduos Sólidos.................................................................................................................... 34
6.2.5 Esfera Emissões Atmosféricas.......................................................................................................... 35
6.2.6 Resumo dos indicadores .................................................................................................................. 38
7 DEFINIÇÃO DO ÍNDICE P+L......................................................................................................................40
7.1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 40
7.2 METODOLOGIA......................................................................................................................................... 40
7.2.1 Etapas de desenvolvimento do projeto............................................................................................ 40
7.2.2 Metodologia proposta para cálculo do Índice P+L .......................................................................... 45
7.3 CRITÉRIOS DE PONDERAÇÃO ........................................................................................................................ 50
7.3.1 Introdução ....................................................................................................................................... 50
7.3.2 Descrição dos critérios de ponderação propostos ........................................................................... 50
7.3.3 Aplicação do método Delphi............................................................................................................ 51
7.3.4 Ponderação final proposta .............................................................................................................. 55
7.4 TESTE ..................................................................................................................................................... 57
7.4.1 Introdução ....................................................................................................................................... 57
7.4.2 Indústria Siderúrgica........................................................................................................................ 58
7.4.3 Indústria Têxtil ................................................................................................................................. 61
7.4.4 Indústria de Laticínios...................................................................................................................... 64
7.4.5 Indústria do Couro ........................................................................................................................... 67
7.4.6 Indútria Cimenteira.......................................................................................................................... 70
7.4.7 Indústria Metal-mecânica / autopeças............................................................................................ 73
8 CRITÉRIOS DE APLICABILIDADE...............................................................................................................76
8.1 APLICABILIDADE DA METODOLOGIA .............................................................................................................. 76
8.2 RESTRIÇÕES E PRECAUÇÕES NA APLICAÇÃO ..................................................................................................... 76
8.3 PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA ...................................................................................... 77
9 CONCLUSÕES..........................................................................................................................................79
10 REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................81
11 ANEXOS..................................................................................................................................................84
11.1 ANEXO I – FORMULÁRIO PADRÃO UTILIZADO PARA A COLETA DE DADOS DOS EMPREENDIMENTOS PARTICIPANTES DO
TESTE DA METODOLOGIA ......................................................................................................................................... 84
11.2 ANEXO II – FORMULÁRIO PADRÃO PROPOSTO PARA A COLETA DE DADOS DOS EMPREENDIMENTOS PARTICIPANTES ...... 91
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Percentual de indicadores considerados como prioritários em cada uma das
esferas ........................................................................................................................... 55
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Fatores de conversão adotados para a transformação dos combustíveis utilizados nos
empreendimentos em energia.............................................................................................................. 33
Tabela 2 Fatores de conversão adotados para o cálculo da emissão de gases causadores de
efeito estufa. ....................................................................................................................................... 36
Tabela 3 Conjunto dos indicadores selecionados para composição do Índice P+L......................... 38
Tabela 4 Benchmarks identificados para os indicadores de cada um dos setores piloto desta
metodologia. ......................................................................................................................................... 48
Tabela 5 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi e ponderação dos indicadores53
Tabela 6 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi na priorização das esferas ou
grupos. ........................................................................................................................................... 54
Tabela 7 Tabela de ponderação das esferas do Índice P+L adotada ............................................... 56
Tabela 8 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de siderurgia .. 58
Tabela 9 Benchmarks adotados para o setor de siderurgia............................................................. 59
Tabela 10 Cálculo do Índice P+L para o setor de siderurgia nos anos 2007 e 2008. ..................... 60
Tabela 11 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor têxtil .............. 61
Tabela 12 Benchmarks adotados para o setor têxtil..................................................................... 62
Tabela 13 Cálculo do Índice P+L para o setor de têxtil nos anos 2007 e 2008. ............................. 63
Tabela 14 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de laticínios.... 64
Tabela 15 Benchmarks adotados para o setor de laticínios .......................................................... 65
Tabela 16 Cálculo do Índice P+L para o setor de laticínios nos anos 2007 e 2008........................ 66
Tabela 17 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de couro......... 67
Tabela 18 Benchmarks adotados para o setor de couros.............................................................. 68
Tabela 19 Cálculo do Índice P+L para o setor de couros nos anos 2007 e 2008 ........................... 69
Tabela 20 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de cimento..... 70
Tabela 21 Benchmarks adotados para o setor de cimento ........................................................... 71
Tabela 22 Cálculo do Índice P+L para o setor de cimento nos anos 2007 e 2008......................... 72
Tabela 23 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor metal-mecânico .
....................................................................................................................................... 73
Tabela 24 Benchmarks adotados para o setor de metal-mecânico............................................... 74
Tabela 25 Cálculo do Índice P+L para o setor metal-mecânico nos anos 2007 e 2008 ................. 75
LISTA DE ABREVIATURAS
ABIQUIM: Associação Brasileira da Indústria Química
CNTL: Centro Nacional de Tecnologias Limpas
CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente
COPAM: Conselho de Política Ambiental (do Estado de Minas Gerais)
CPDS – Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21
Nacional
DEFRA: Department of Environment, Food and Rural Affairs
DN: Deliberação Normativa
DQO: Demanda Química de Oxigênio
EMAS: Eco-Management ans Audit Scheme
EUA: Estados Unidos da América
FEAM: Fundação Estadual do Meio Ambiente
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo
GRI: Global Reporting Initiative
IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia (atualmente denominado Instituto Aço Brasil)
IDO: Indicador de Desempenho Operacional
ISO: International Organisation for Standardization
MP: Material Particulado
NBR: Norma Brasileira
ONG: Organização não Governamental
P2: Prevenção da Poluição
P+L: Produção mais Limpa
PCI: Poder Calorífico Inferior
PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PP: Prevenção da Poluição
RADA: Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental
SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SIAM: Sistema de Informações Ambientais Integradas
SISEMA: Sistema Estadual de Meio Ambiente
UNEP: United Nations Environment Programme
UNIDO: United Nations Industrial Development Organization
USEPA: United States Environmental Protection Agency
WBCSD: World Business Council for Sustainable Development
feam 13
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
1 APRESENTAÇÃO
Este Caderno Técnico tem como objetivo apresentar o marco conceitual e
metodológico, bem como os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto Índice
de Produção mais Limpa (P+L) para a Indústria de Transformação no Estado de
Minas Gerais.
Apresenta, de forma ampla, as bases teóricas para o desenvolvimento do método,
referenciando experiências e pesquisas no âmbito nacional e internacional. Além
disso, é detalhada a metodologia desenvolvida, culminando com a apresentação do
método obtido, exemplificado pelos estudos de casos, utilizados para o teste do
método.
Na parte final deste Caderno Técnico é realizada uma breve discussão da
aplicabilidade atual do método proposto para o cálculo do Índice de Produção mais
Limpa (Índice P+L), bem como das propostas de desenvolvimento futuro com vistas
à consolidação e melhoria do método como um todo.
Nos anexos são apresentados os formulários e tabelas de dados relevantes para o
uso da metodologia desenvolvida.
feam 14
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
2 INTRODUÇÃO
Produção mais Limpa significa a “aplicação contínua de uma estratégia econômica,
ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a
eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração,
minimização ou reciclagem de resíduos sólidos gerados, com benefícios ambientais
e econômicos para os processos produtivos”(CNTL,1998).
Na busca pelo aprimoramento da Política Ambiental no Estado de Minas Gerais, em
consonância com os princípios do desenvolvimento sustentável, a FEAM está
iniciando o estudo de um novo instrumento de incentivo e valorização da adoção de
práticas de Produção mais Limpa (comumente designada por “P+L”) pelas
atividades industriais, capaz de avaliar a evolução e a efetividade das ações
implementadas pelos diversos segmentos produtivos para melhoria do desempenho
ambiental das atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio
ambiente.
Este projeto objetivou desenvolver um “Índice de Produção mais Limpa” a ser
adotado no Estado, estabelecendo os critérios de aplicação, os indicadores e a
metodologia de cálculo, a partir de uma ampla pesquisa bibliográfica nacional e
internacional sobre o tema para identificação de experiências existentes e da
avaliação do desempenho ambiental para segmentos da indústria de transformação
selecionados para o estudo.
A partir da avaliação do “Índice P+L” e de seus diversos indicadores poder-se-á
verificar em quais setores a indústria tem obtido os resultados mais satisfatórios na
melhoria da eficiência de seus processos, bem como quais são os setores mais
estagnados e passíveis de maiores intervenções, com propostas de melhoria e de
regulação.
A consolidação e divulgação regular do “Índice P+L” para diversos segmentos
industriais permitirá ao Estado, ao setor produtivo e à sociedade civil não só
acompanhar a transformação das práticas empresariais voltadas à melhoria de suas
operações, como também definir políticas e metas setoriais para subsidiar a criação
feam 15
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
de instrumentos que incentivem e valorizem tais iniciativas, contribuindo, dessa
forma, para a melhoria da qualidade ambiental
Este projeto faz parte da ação Otimização de Sistemas de Gestão Adequada de
Resíduos Sólidos por Empreendimentos Geradores do Projeto Estruturador
Resíduos Sólidos, a cargo da FEAM.
feam 16
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
3 OBJETIVOS
O objetivo geral do projeto é desenvolver uma metodologia de cálculo para o Índice
de Produção mais Limpa a ser adotado como instrumento de política ambiental na
promoção de práticas ambientais ecoeficientes nos empreendimentos industriais
instalados no Estado de Minas Gerais.
feam 17
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
4 METODOLOGIA
A metodologia adotada para atender ao objetivo proposto foi:
• desenvolvimento de pesquisa bibliográfica visando a identificar iniciativas
adotadas nacional e internacionalmente com foco na avaliação ou premiação
de melhores índices de produção mais limpa e/ou ecoeficiência apresentados
pelo setor industrial;
• seleção das atividades industriais utilizadas como piloto para o
desenvolvimento do projeto;
• definição das bases de dados e informações adequadas e disponíveis no
SISEMA a serem utilizadas no desenvolvimento do projeto;
• seleção de um conjunto de empreendimentos, relacionados aos setores
industriais, para aplicação prática e teste do índice desenvolvido;
• elaboração de um conjunto único de indicadores considerados relevantes
para as atividades industriais selecionadas;
• estabelecimento da metodologia de cálculo de cada um dos indicadores
selecionados para cada tipologia industrial trabalhada;
• estabelecimento de critérios de ponderação dos diversos indicadores para a
formação do Índice P+L;
• teste e calibração da metodologia de cálculo do Índice P+L com os dados
disponíveis no SISEMA;
• condução de uma análise crítica do conjunto de indicadores da metodologia
de cálculo adotada e das bases de dados existentes;
• apresentação da metodologia final para o cálculo do Índice P+L.
feam 18
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
“É consenso nacional que se deve retomar, com determinação, um processo de
desenvolvimento acelerado que, há vinte anos, tem sido insuficiente para garantir ao
país os patamares necessários de emprego e renda. Também é consenso que a
retomada desse desenvolvimento deve se pautar pelo paradigma do
desenvolvimento sustentável” (CPDS, 2001).
Assim, conforme a Agenda 21 Brasileira, citado acima, entende-se que o
planejamento do futuro da nação brasileira não pretende relegar a urgente
necessidade de aumento dos níveis de emprego, renda e qualidade de vida da
população. É mister um desenvolvimento efetivo de todos os setores potencialmente
geradores de riquezas, pautado, por sua vez, nas bases do desenvolvimento
sustentável.
Tal posição está em consonância com as convenções e tratados internacionais,
resumidos, em sua essência, no documento da Agenda 21 Global. Existe a
necessidade premente de incentivar o crescimento dos países em desenvolvimento.
No entanto, esse padrão de desenvolvimento não pode ser o mesmo adotado até o
momento, devendo-se adequar à capacidade do planeta em prover recursos
naturais e serviços ecológicos que sustentem o desenvolvimento humano ao longo
das gerações (IUCN; UNEP; WWF, 1993).
Ao mesmo tempo em que a indústria é vista como uma grande potencializadora de
riqueza e desenvolvimento econômico e social, também é reconhecida como
potencial e efetivamente poluidora dos recursos naturais. (UNIDO,1998).
Seus aspectos ambientais não estão limitados aos impactos decorrentes do
descarte de resíduos sólidos, efluentes líquidos ou emissões atmosféricas,
poluidores dos ecossistemas. Antes de poluir, a indústria pode afetar o meio
ambiente na medida em que consome os recursos naturais e, levado ao extremo,
contribui para o seu esgotamento.
De acordo como World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a
sustentabilidade empresarial (incluindo aqui a sustentabilidade das empresas
feam 19
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
industriais) está apoiada em duas ideias fundamentais: a Ecoeficiência e a
Responsabilidade Social (ALMEIDA, 2002).
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA ou UNEP – United
Nations Environmental Programme) em conjunto com a United Nations Industrial
Development Organization (UNIDO), por sua vez, apresentam a Produção mais
Limpa como uma estratégia ecoeficiente capaz de promover a sustentabilidade no
setor industrial (UNIDO, 1995).
De acordo com WBCSD – um dos principais promotores do conceito de
ecoeficiência em nível mundial – “A Ecoeficiência é alcançada por meio da
disponibilização de bens e serviços a preços competitivos, que satisfaçam as
necessidades humanas e promovam a qualidade de vida. Ao mesmo tempo, ela
reduz progressivamente os impactos ao meio ambiente e a intensidade no uso de
recursos ao longo de toda a vida útil do bem ou serviço, em níveis ao menos
equivalentes ao da capacidade suporte estimada para a Terra” (WBCSD;UNEP,
1998)1.
ALMEIDA (2002) explica que a Ecoeficiência pode ser entendida como produzir
mais (bens e serviços, e de melhor qualidade) com menos recursos naturais e
menos poluição.
Do entendimento do que seja ecoeficiência, surgem 3 aspectos que devem ser
considerados nas ações que buscam viabilizar tais objetivos: resultados econômicos
que garantam a permanência da organização num ambiente de mercado
competitivo; resultados ambientais como forma de integração dos objetivos
socioambientais na estratégia de negócio do empreendimento; e busca de um
sistema de melhoria contínua.
ALMEIDA (2002) indica 4 ferramentas que as organizações podem utilizar para a
implementação da ecoeficiência em seus processos e produtos:
1. Gestão Ambiental (sugerindo que tais programas utilizem modelos de
gestão ambiental disponíveis e aceitos internacionalmente – ISO 14.000, EMAS).
1 Tradução própria (não oficial).
feam 20
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
2. Certificação Ambiental (seja tal certificação dada aos processos produtivos
ou aos seus produtos, como selos verdes, rótulos ambientais, etc.), com o objetivo
de informar às diversas partes interessadas a adequação ambiental dos processos e
produtos certificados.
3. Análise do Ciclo de Vida, no intuito de viabilizar o ecodesign dos produtos
e, assim, assegurar um melhor desempenho ambiental ao longo de toda a sua vida
útil, possibilitando, inclusive, a reciclabilidade, reutilização ou redução dos riscos de
disposição final do produto ao término de sua utilização.
4. Produção mais Limpa, entendida como um esforço estruturado da
organização em reduzir o uso de materiais e energia, bem como minimizar a
emissão de poluentes sólidos, líquidos ou atmosféricos. A Produção mais Limpa é
baseada na premissa de que qualquer tipo de poluição gerada é expressão direta da
ineficiência dos processos e que, portanto, representa perda financeira direta para a
organização ou para os usuários dos seus produtos.
A Produção mais Limpa é definida como “uma estratégia preventiva integrada,
aplicada aos processos, produtos e serviços, visando ao aumento da ecoeficiência e
a redução dos riscos aos seres humanos e ao meio ambiente” (UNIDO, 1995; CP –
Key elements, 2002).
A Produção mais Limpa utiliza como instrumentos diretos para a obtenção de seus
objetivos a prevenção da poluição, a redução do uso de substâncias tóxicas e o
ecodesign (CP – Key elements, 2002), e está baseada em uma metodologia de
auditoria de geração de resíduos que progride por meio de ferramentas de avaliação
dos fluxos de materiais e energia dos processos até a geração e avaliação de
opções preventivas de redução da geração dos resíduos (PNUMA, 1999), com
redução do fluxo de entrada de matérias-primas e insumos e a sua consequente
conservação.
Nos países da América do Norte, com ênfase nos Estados Unidos, essa estratégia
preventiva é conhecida por Prevenção da Poluição (Pollution Prevention) também
denominada como P2 (PP). Ainda que contenha os mesmos objetivos básicos de
“reduzir ou eliminar os resíduos e poluentes nas suas fontes de geração” (NPPC,
1995) e utilizar princípios que se identificam àqueles propostos para a Produção
feam 21
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
mais Limpa pela UNIDO, o Programa P2 norte-americano apresenta uma diferença
essencial: ratificado pelo Congresso americano no Pollution Prevention Act em 1990,
tornou a prevenção à poluição uma obrigação legal. Assim, os promotores da P2 nos
EUA não são ONGs, associações ou agências de fomento ou desenvolvimento
científico e tecnológico, mas a própria Agência de Proteção Ambiental Americana
(USEPA).
O Programa de Produção mais Limpa da UNIDO iniciou, em 1994, um processo de
implantação de Centros de Produção mais Limpa especialmente em países em
desenvolvimento visando a promover as práticas de Produção mais Limpa nos mais
diversos países. Fazem parte dessas iniciativas diversas instituições detentoras de
conhecimento em gestão ambiental e estratégias ambientais preventivas (UNIDO -
CP, 2004). Nas iniciativas de implantação dos Centros Nacionais de Produção mais
Limpa, o Brasil foi parte do primeiro grupo de trabalho da UNIDO, com a implantação
do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) no SENAI – RS em 1995.
Além dos programas realizados nos países em desenvolvimento, são documentados
vários outros programas de implantação de estratégias de produção mais limpa em
países europeus como o ECO-PROFIT (Áustria), o PRIZMA (Noruega) entre outros
(ZWETSLOOT e GEYER, 1996; GOMBAULT e VERSTEEGE, 1999).
Como consequência da promoção da ecoeficiência e da produção mais limpa em
diversos países, iniciou-se um processo de busca por instrumentos adequados,
capazes de mensurar a melhoria do desempenho ambiental obtido nas organizações
em função da adoação de práticas mais ecoeficientes.
Segundo Bernd Wagner aput Frank & Grote-Senf (2006), “...enquanto as influências
e os desempenhos ambientais não forem ou se tornarem mensuráveis e
comparáveis, eles deixarão de ser observados ou considerados nas tomadas de
decisões empresariais e políticas”. Dessa forma, mesmo que haja interesse em
observá-los, não existiriam critérios para orientá-los.
Nesse mesmo contexto, iniciou-se uma busca global por conjuntos de indicadores e
metodologias que pudessem avaliar os níveis de ecoeficiência e/ou sustentabilidade
de empreendimentos diversos, considerando, nesses conjuntos, não apenas a
esfera ambiental, mas também a social e a econômica.
feam 22
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Um marco referencial, ao tratar do tema indicadores ambientais, é a Norma
internacional ISO 14.031, transformada em Norma brasileira em 2004, com a
publicação da NBR ISO 14.031/2004 – Gestão Ambiental – Avaliação de
desempenho ambiental – Diretrizes. No contexto da ISO 14.031, o foco dos
indicadores de produção mais limpa ou de ecoeficiência está orientado ao
estabelecimento de indicadores de desempenho operacional (IDO), uma vez que o
objetivo dos indicadores de P+L é a demonstração dos níveis desempenho
operacional das organizações no uso dos recursos naturais enquanto disponibilizam
produtos e serviços conforme o objetivo específico de cada negócio.
Entre os indicadores de desempenho operacional a NBR ISO 14.031 traz exemplos
nas áreas:
• materiais
• energia
• serviços de apoio às organizações
• instalações físicas e equipamentos
• fornecimento e distribuição
• produtos
• serviços fornecidos pela organização
• resíduos e emissões
Ainda que tal divisão não seja apresentada como marco conceitual, mas a título de
exemplo, verifica-se uma priorização de temas ambientais, relacionados aos
empreendimentos, que são propostos no contexto da avaliação de desempenho
ambiental e que podem ser utilizados como referência na sistematização e
organização de grupos de indicadores aplicáveis às organizações.
O Global Reporting Initiative (GRI, 2006) também apresenta um modelo,
acompanhado de um conjunto de 26 indicadores para a esfera ambiental, além dos
indicadores para as esferas econômica e social. Esse padrão GRI tornou-se
referência para a elaboração dos relatórios de sustentabilidade de grandes
feam 23
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
organizações mundiais. Cabe destacar que o SISEMA foi a primeira organização
governamental da America Latina a implementar tal sistema.
Esses 26 indicadores sugeridos estão divididos em 17 indicadores considerados
como essenciais e, portanto, aplicáveis a toda e qualquer organização, e 9
indicadores adicionais. Esse grupo de indicadores está, ainda, dividido e
categorizado em 9 grandes grupos:
• materiais
• energia
• água
• biodiversidade
• emissões, efluentes e resíduos
• produtos e serviços
• conformidade (legal)
• transportes
• geral
A grande diferença entre os indicadores sugeridos pela ISO 14.031 e os indicadores
GRI é o caráter qualitativo que, algumas vezes, estes últimos possuem. Além disso,
o grupo de indicadores sugerido pelo GRI apresenta indicadores de desempenho
operacional, de desempenho gerencial e do estado do meio ambiente local. Esses
indicadores contam, ainda, com uma metodologia descritiva que permite
contextualizar os indicadores qualitativos e garantir uma interpretação adequada à
luz das políticas, objetivos, metas e ações da organização relatora, de acordo com a
proposta dessa instituição.
Na tentativa de consolidar um grupo básico de indicadores de ecoeficiência que
pudessem ser utilizados por qualquer setor da indústria para a mensuração e
comunicação dos níveis de ecoeficência dos empreendimentos, a Conferência das
Nações Unidas para o Mercado e Desenvolvimento (UNCTAD, 2004) confeccionou
um Manual visando à elaboração e uso de indicadores de ecoeficiência. Nesse
feam 24
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Manual são propostos indicadores de caráter quantitativo que abrangem 5 esferas
consideradas por esse grupo como principais:
• uso de água
• uso de energia
• contribuições com o efeito estufa
• emissões de substâncias agressoras da camada de ozônio
• geração de resíduos
Essas esferas endereçam 5 grandes preocupações globais e buscam indicadores
específicos para a avaliação da contribuição dos empreendimentos com a mitigação
desses problemas.
Texto semelhante, elaborado pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e
Assuntos Rurais do Governo Inglês (DEFRA – Department of Environment, Food
and Rural Affairs, 2006) sugere um grupo de indicadores-chave para a publicação de
resultados de performance ambiental dos empreendimentos (DEFRA, 2006). Os
indicadores encontram-se divididos em:
• emissões para o ar (incluindo emissões de gases causadores de efeito estufa
e de substâncias degradadoras da camada de ozônio)
• emissões para a água
• emissões para o solo (incluindo a geração e destinação de resíduos sólidos)
• uso de recursos naturais (incluindo água, insumos energéticos e matérias-
-primas diversas)
• cadeia de suprimentos (impactos ambientais indiretos)
• produtos finais (impactos ambientais gerados nas demais fases do ciclo de
vida do produto disponibilizado)
Apesar de sugerir uma distribuição de focos mais extensa, esse texto não fornece
detalhamento dos indicadores como, por exemplo, itens a serem mensurados e as
ponderações mais adequadas para cada indicador.
feam 25
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Além dos conjuntos tradicionais de indicadores de ecoeficiência e/ou de
sustentabilidade, podem-se identificar iniciativas setoriais como, por exemplo, a da
Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e do Instituto Brasileiro de
Siderurgia (IBS), ambos seguindo os modelos prévios divulgados pelas respectivas
associações mundiais desses setores.
O modelo sugerido pela ABIQUIM é baseado na metodologia GRI e contém um
grupo de 13 indicadores ambientais, sendo 10 essenciais e 3 opcionais,
categorizados em:
• emissões atmosféricas
• água
• efluentes
• resíduos
• áreas contaminadas
• energia
feam 26
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
6 DEFINIÇÃO DOS INDICADORES
6.1 Premissas
A definição dos indicadores adotados para composição do Índice P+L foi realizada
considerando as bases de indicadores usualmente adotadas para avaliação da P+L
nas empresas, de acordo com levantamento realizado na revisão bibliográfica.
A definção do grupo de indicadores seguiu algumas premissas ou critérios básicos.
O primeiro deles foi o atendimento às esferas do Índice P+L, conforme orientação da
especificação técnica do projeto e de acordo com o adotado por outras instituições
em nível mundial. As esferas nas quais o índice foi dividido referem-se aos grandes
campos em que são identificados os aspectos ambientais mais significativos nos
empreendimentos da indústria de transformações, ou seja:
• materiais (matérias-primas e insumos relevantes)
• água (água e efluentes líquidos)
• energia
• resíduos sólidos
• emissões atmosféricas (inclusive emissões de gases causadores de
efeito estufa)
Além disso, a seleção desse grupo deveria atender às quatro principais qualidades
dos indicadores, segundo UNCTAD (2004): fácil entendimento, relevância,
confiabilidade e comparabilidade.
Para tal, o grupo de indicadores não poderia ser muito extenso e deveria atender
aos aspectos ambientais mais relevantes dentro de cada esfera considerada. O
mesmo deveria ser o mais universal possível, uma vez que a sua proposta consiste
na viabilidade de aplicação em boa parte da indústria de transformação instalada no
Estado de Minas Gerais. Por fim, o seu cálculo deveria ser viável. Esta última
característica foi inicialmente interpretada como capacidade de cálculo com base
nas informações já prestadas pelas empresas e disponíveis dentro do SISEMA.
feam 27
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
6.2 Indicadores selecionados
Em função das premissas adotadas, o desenvolvimento do projeto conduziu à
seleção de um conjunto inicial de 21 indicadores, divididos nas 5 categorias ou
esferas previamente estabelecidas.
Foram selecionados 6 indicadores na esfera Materiais, 6 na esfera Água, sendo 3
para consumo de água e 3 para geração de efluentes líquidos. Além disso, foram
considerados 3 indicadores na esfera Energia, 3 na esfera Resíduos Sólidos e 3 na
esfera Emissões Atmosféricas.
6.2.1 Esfera Materiais
Dos 6 indicadores selecionados para a categoria Materiais, 4 estão relacionados ao
consumo de matérias-primas e de insumos relevantes para o processo produtivo e
outros 2 à composição do produto final, adotando uma clara abordagem de ciclo de
vida do produto que é disponibilizado no mercado consumidor.
Entre os indicadores de Materiais relacionados a matérias-primas e insumos
relevantes, têm-se:
IM-1: Consumo de Matéria-Prima por Produto Produzido
IM-2: Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas
IM-3: Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas
IM-4: Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido
Verifica-se que os indicadores IM-1 e IM-4 apresentam o formato tradicional de
indicadores de ecoeficiência ao relacionarem um aspecto ou grandeza ambiental
com uma grandeza econômica, no caso o nível de produção do empreendimento.
Isso é necessário para permitir a comparação do indicador internamente (ao longo
do tempo) ou externamente, com outros empreendimentos similares.
Visando a garantir a confiabilidade e a possibilidade de comparação dos
indicadores, em um processo de benchmarking para cada setor produtivo, a
metodologia de cálculo desses indicadores deve ser padronizada, com clara
definição dos produtos finais a serem quantificados bem como de quais matérias-
-primas, insumos e produtos perigosos serão considerados como relevantes para
cada setor industrial.
feam 28
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Mais detalhes sobre o processo de padronização será apresentado no item dedicado
à aplicação da metodologia para o cálculo do Índice P+L.
Ainda na esfera de Materiais, foram definidos 2 indicadores relacionados à
composição dos produtos finais, conforme já mencionado, visando a inserir na
metodologia uma abordagem de ciclo de vida, conforme ocorre em algumas
metodologias adotadas internacionalmente (GRI, 2006).
Estes indicadores são:
IM-5: Composição Percentual de Materiais Recicláveis no Produto Final
IM-6: Composição Percentual de Materiais Perigosos no Produto Final
No entanto, esses 2 indicadores foram desconsiderados nos testes neste primeiro
momento em função da inexistência de informações necessárias ao seu cálculo. Na
prática, considera-se que não existe viabilidade técnica para o cálculo, sendo
recomendado um avanço conceitual, metodológico e analítico que permita a
utilização desses indicadores em uma segunda rodada de desenvolvimento do
Índice P+L para a indústria de transformação.
6.2.2 Esfera Água
Dos 6 indicadores selecionados para a categoria Água, têm-se 3 relacionados ao
consumo de água e outros 3 à geração de efluentes líquidos.
Os indicadores relacionados ao consumo de água nos empreendimentos são:
AG-1: Uso Total de Água por Produto Produzido
AG-2: Consumo de Água Captada por Produto Produzido
AG-3: Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento
Ainda que os indicadores AG-1 e AG-2 aparentem pouca diferença, eles podem ser
radicalmente diferentes. O indicador AG-1 refere-se à demanda total de água do
empreendimento. Nesse indicador será considerada toda a água utilizada, tanto para
fins domésticos, sanitários, industriais, resfriamento, irrigação, controle de poeiras,
lavagem de gases e qualquer outro uso possível da água, independentemente de
sua fonte. Assim, águas oriundas de captação direta, da concessionária de
feam 29
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
abastecimento, de captações pluviais ou da reutilização de águas servidas, desde
que venham a ser utilizadas no empreendimento, deverão ser consideradas nesse
indicador.
O conceito do uso total de água no empreendimento mostrou-se como uma
informação nova nas empresas que participaram do teste preliminar da metodologia.
A maior parte dos empreendimentos contabiliza apenas as suas captações diretas,
em função de restrições legais e de disponibilidade do meio, não considerando a
demanda total de água do empreendimento como uma informação ambientalmente
relevante.
Entretanto, essa informação merece um maior destaque, tendo em vista que a
demanda total de água do empreendimento reflete as tecnologias e práticas de
produção existentes, implicando maior ou menor grau de captação de água do
ambiente.
A implementação desse indicador depende de práticas de medição de água
reutilizada, reciclada ou captada de fontes não convencionais, como, por exemplo,
as captações de águas pluviais.
O indicador AG-2 (Consumo de Água Captada por Produto Produzido), por sua vez,
é um indicador ambiental bastante conhecido pela maioria dos empreendimentos
com práticas consolidadas de gestão ambiental. O único cuidado a ser adotado na
utilização desse indicador é a soma das captações realizadas diretamente do meio
ambiente com o consumo de água disponibilizada pela concessionária local,
considerada para efeitos dessa metodologia como uma captação indireta do meio
ambiente.
Por fim, o indicador AG-3 (Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento) é o
resultado da relação entre os indicadores AG-1 (Uso Total de Água por Produto
Produzido) e AG-2 (Consumo de Água Captada por Produto Produzido). O
percentual de água reutilizada é justamente a diferença entre o uso total de água
(AG-1) e o consumo de água captada (AG-2), dividido pelo uso total de água (AG-1).
Assim, em termos matemáticos temos:
( ) ( ))1(
213
−−−−=−
AG
AGAGAG x 100(%)
feam 30
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Ainda na esfera Água, os indicadores relacionados à geração de efluentes líquidos
nos empreendimentos são:
AG-4: Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido
AG-5: Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido
AG-6: Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes
Líquidos
O indicador AG-4 (Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido)
consiste em um indicador ambiental e de produção mais limpa tradicional bastante
utilizado pelos empreendimentos com o intuito de avaliar o potencial impacto
ambiental sobre os recursos hídricos. É importante, apenas, notar que o indicador se
restringe ao volume de efluentes líquidos industriais gerados, não considerando o
volume dos efluentes líquidos sanitários, uma vez que estes últimos podem sofrer
apenas uma pequena redução – via estratégias mais limpas de produção – estando
mais relacionados ao número de empregados existente no empreendimento e, em
geral, apresentando uma baixa relevância quando comparado a outros aspectos
ambientais dos empreendimentos da indústria de transformação.
Além disso, existe um problema relacionado à mensuração, uma vez que na maioria
dos casos os efluentes sanitários não são medidos antes do seu descarte – para o
preenchimento dos formulários pelas empresas esses valores foram estimados.
Nos casos em que os efluentes sanitários são tratados e descartados em conjunto
com os efluentes industriais, desconsiderou-se a existência de efluentes líquidos
sanitários, sendo considerados na sua totalidade como efluentes líquidos industriais.
O indicador AG-5 (Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido)
consiste na carga poluidora em termos de DQO (demanda química de oxigênio) dos
efluentes líquidos industriais gerados no empreendimento. A carga poluidora
consiste na massa de poluente, no caso DQO, descartada em um determinado
período de tempo. É obtida pelo produto entre a concentração média do poluente
(DQO), por exemplo na unidade mg/L, e a vazão total do efluente gerado ao longo
do período avaliado, por exemplo em m3/ano. Após o ajuste das unidades, será
obtida a carga de DQO gerada em kg de DQO/ano.
feam 31
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Esse indicador é capaz de ilustrar os esforços do empreendimento na redução do
potencial poluidor do efluente, adotando-se medidas de redução na fonte, como a
substituição de matérias-primas e de insumos, controles de perdas, entre outras.
Tendo em vista que o AG-5 considera os dados referentes ao efluente bruto, esse
indicador não avalia a eficiência dos sistemas de tratamento.
A adoção do parâmetro DQO para representar a carga poluidora do efluente líquido
ocorreu em função da necessidade de utilizar um parâmetro capaz de ser aplicado
às várias tipologias industriais selecionadas. Esse parâmetro é atualmente
monitorado pela maioria dos setores industriais existentes no Estado de Minas
Gerais e tem a capacidade de reproduzir o conceito de carga poluidora adotado
nesse trabalho.
O indicador AG-5 pode vir a ser aprimorado de forma a incluir outros poluentes
considerados mais relevantes para cada tipologia industrial.
O indicador AG-6 (grau de sobreatendimento aos padrões de lançamento de
efluentes líquidos) consistiu em um novo indicador para a maioria dos participantes
do projeto e foi desenvolvido com o intuito de valorizar as iniciativas que viabilizem o
descarte de efluentes com características mais favoráveis ao meio ambiente em
relação àquelas estabelecidas pela legislação ambiental vigente.
Calculado inicialmente apenas com o parâmetro DQO, esse indicador poderá vir a
ser aprimorado de forma a incorporar poluentes específicos mais relevantes para
cada tipologia industrial.
Diferentemente dos indicadores AG-4 e AG-5, o AG-6 pode ser calculado para os
efluentes sanitários ainda que, no caso de existência de tratamento e descarte
segregados dos efluentes sanitários e industriais, deverá ser realizada ponderação
dos resultados em função dos respectivos volumes descartados.
Uma peculiaridade do AG-6 é que o grau de sobreatendimento aos padrões de
lançamento de efluentes líquidos sofre influência não só da organização mas
também da legislação ambiental em vigor. No caso de mudança nos parâmetros
legais de descarte haverá uma melhoria ou piora do indicador, sem que haja
qualquer mudança nas características do efluente descartado. Dessa mesma forma,
padrões regionais diferentes implicarão resultados diferentes para o indicador,
feam 32
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
mantendo-se as características dos efluentes descartados. Esta última hipótese é
relevante no caso de estabelecimento de padrões locais específicos de lançamento
de efluentes. Assim, se essas situações passarem a vigorar no Estado, este
indicador deverá ser revisto a fim de se adaptar ao novo momento.
6.2.3 Esfera Energia
Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Energia:
EN-1: Consumo Total de Energia por Produto Produzido
EN-2: Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido
EN-3: Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis
Todos os 3 são indicadores ambientais tradicionalmente adotados nos
empreendimentos em seus processos de gestão ambiental.
O indicador EN-1 (consumo de energia por produto produzido) refere-se a toda
energia, seja ela térmica ou elétrica, consumida pelo empreendimento no período
avaliado.
No cálculo da energia consumida não foi considerada a energia necessária para
logística de recepção de materiais ou de distribuição da produtos, tendo em vista
que essas atividades se encontram em outra fase do ciclo de vida do produto e o
objetivo principal desse indicador é a demanda energética do empreendimento. A
energia elétrica ou térmica utilizada para logística interna (transporte de materiais
e/ou pessoas dentro da área do empreendimento), por sua vez, deve ser
considerada no cálculo.
O indicador é apresentado na unidade quilowatt-hora (kWh) por tonelada de produto
produzido e, para isso, exige a conversão de unidades de combustíveis medidos em
massa (kg) ou em volume (m3 st, Nm3, etc.) para unidades de energia (kJ ou Kcal) e
depois para quilowatt.
Tal conversão foi realizada pela adoção do conteúdo energético padrão para os
diversos combustíveis, conforme identificados em bibliografia e checados via
referências cruzadas. Na conversão foi adotado o conteúdo energético representado
pelo PCI (poder calorífico inferior) dos combustíveis, conforme VARFAILLIE, H. e
BIDWELL, R. (2000). Essa decisão também viabilizou o cálculo da energia fornecida
feam 33
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
pelos resíduos no setor de cimento, uma vez que o cálculo energético dos processos
de coprocessamento é feito com base no PCI.
Um quadro com os fatores de conversão adotados e sugeridos dentro da
metodologia é apresentado na tabela 1 a seguir.
Tabela 1 Fatores de conversão adotados para a transformação dos combustíveis utilizados nos empreendimentos em energia.
Unidades Conteúdo energético
Combustível quantificação conversão unid. kWh/unid. kcal/unid. conversão
Carvão mineral importado kg - kg 7,41 6.1912 Moinho de carvão vegetal kg - kg 6,00 5.012 2
Coque de petróleo kg - kg 9,90 8.264 2
Óleo combustível kg - kg 11,40 9.523 2
Óleo diesel kg - kg 11,73 11.0643
Gás natural (GN) Nm3 - Nm3 11,26 9.400 3
GLP kg - kg 14,19 11.850 3
Lenha de eucalipto m3 st 800kg/m³ st kg 5,40 4.5104 Óleo BPF kg - kg 12,10 10.100 3
Óleo xisto kg - kg 12,18 10.170 3
Sebo kg 0,905 kg/L kg 10,37 8.6585
835 kcal/kWh
O monitoramento do indicador EN-2 (Consumo de Energia Elétrica por Produto
Produzido) é usual nos empreendimentos da indústria de transformação. Contabiliza
todo o consumo de energia elétrica do empreendimento, seja ela originária de
cogeração, de centrais hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, de outras fontes de
geração própria ou do fornecimento de energia elétrica via concessionária local. É
importante, apenas, manter a unidade padrão utilizada para o indicador kWh por
tonelada de produto produzido.
Por fim, o indicador EN-3 (percentual de energia consumida de fontes renováveis)
visa a avaliar o nível de utilização de energias renováveis na matriz energética do
empreendimento. Ressalta-se que esse indicador não faz nenhuma referência à
sustentabilidade das fontes energéticas, mas apenas a sua renovabilidade.
2 Dado fornecido pelo empreendedor. 3 CTGÁS (2009). 4 CNTL (2000). 5 ANTUNES e LUCKE (2006).
feam 34
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Além disso, esse indicador contabiliza apenas a energia gerada pelo
empreendimento ou pelo empreendedor, não sendo considerada a energia fornecida
pela concessionária pública (sistema integrado), uma vez que o empreendimento
não possui poder de gerenciamento sobre essa parcela.
Assim, para o cálculo desse indicador foram consideradas como fontes de energias
renováveis:
• energia hidráulica
• energia eólica
• energia solar (térmica ou fotovoltaica)
• energia gerada a partir de biomassa
• energia gerada a partir de resíduos
Como energias não renováveis foram consideradas:
• energia de combustíveis fósseis (óleo diesel, óleo pesado, GLP, gás natural,
carvão mineral, coque, etc.)
• energia gerada a partir de lenha de mata nativa
O indicador EN-3 é calculado como o quociente entre o consumo total de energia de
fontes renováveis em kWh e o consumo total de energia do empreendimento no
período avaliado. Esse indicador é apresentado em percentual (%).
6.2.4 Esfera Resíduos Sólidos
Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Resíduos
Sólidos:
RS-1: Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido
RS-2: Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido
RS-3: Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à
Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados.
Esses são considerados indicadores ambientais e de produção mais limpa
tradicionais, não implicando dificuldades para sua compreensão ou cálculo.
feam 35
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Os indicadores RS-1 e RS-2 são apresentados em toneladas de resíduos sólidos por
tonelada de produto produzido. A utilização da unidade de massa (tonelada) para o
indicador de resíduos é fundamental para o balanço de massa do processo
produtivo e, consequentemente, o cálculo do indicador.
O fato da quantificação dos resíduos sólidos ser realizada em toneladas pode
dificultar a quantificação de alguns resíduos. Entretanto, de acordo com o Relatório
Final do projeto Inventário de Resíduos Sólidos do Estado de Minas Gerais de
2003, o fornecimento de informações por parte dos empreendedores em unidades
de medida diversas foi uma das dificuldades enfrentadas pelo projeto naquela época
(FEAM, 2003).
Com relação ao RS-2 (Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto
Produzido), verificou-se que algumas empresas apresentaram dificuldades na
identificação dos resíduos sólidos perigosos gerados em seus processos produtivos,
o que provocou distorções nos resultados do indicador.
O RS-3 (Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à
Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados) consiste em 4
subindicadores que avaliam as formas de destinação dadas aos resíduos (perigosos
e não perigosos) gerados no processo produtivo, sendo elas:
• Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados
• Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Incineração
• Percentual de Resíduos Destinados à Valorização Energética
• Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Reutilização, Reciclagem ou
Reaproveitamento.
A soma dos percentuais para os quatro tipos de tratamento ou destinação final
deverá ser de 100%.
6.2.5 Esfera Emissões Atmosféricas
Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Emissões
atmosféricas, sendo um referente à emissão de gases causadores de efeito estufa e
outros 2 relacionados às emissões de fontes fixas controladas por lei. Os
indicadores são:
feam 36
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
EA-1: Emissão de Gases Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido
EA-2: Carga de Material Particulado (MP) Emitida por Produto Produzido
EA-3: Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas
O indicador EA-1, em um primeiro momento, considerou apenas as emissões de
gases causadores de efeito estufa relacionadas ao consumo energético. Para
aprimoramento da metodologia deverá ser desenvolvido o método para avaliar as
demais emissões desses gases.
Esse indicador não considera o abatimento nas emissões via compensação como,
por exemplo, o sequestro de carbono pela revegetação de áreas.
A metodologia adotada para o cálculo das emissões de gases causadores de efeito
estufa foi baseada nas taxas de emissões de CO2 equivalente para a quantidade de
energia consumida de cada uma das fontes geradoras.
Cabe destacar que não foi computado no cálculo a eficiência de queima dos
motores, sendo considerado que todo o conteúdo de carbono presente nos
combustíveis foi emitido para a atmosfera na forma de gases causadores de efeito
estufa.
O indicador EA-1 é apresentado na unidade kg CO2 por tonelada de produto
produzido.
A tabela 2 contém os fatores de conversão adotados para o cálculo das emissões de
gases causadores de efeito estufa relacionadas à energia consumida nos
empreendimentos.
Tabela 2 Fatores de conversão adotados para o cálculo da emissão de gases causadores de efeito estufa.
Tipo de Combustível Fator de Emissão (t CO
2/t)
Tipo de Combustível Fator de Emissão (t CO
2/t)
Petróleo (óleo cru) 3,11685 Querosene 3,11726 Gás natural 2,61934 Gás de coqueria 1,91806
Carvão vapor 1,16791 Coque de carvão mineral 2,72114 Carvão metalúrgico nacional 2,63087 Carvão vegetal 3,01621 Lenha 1,44741 Álcool 2,09057
feam 37
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Bagaço de cana 0,88795 Gás de Refinaria 2,01703 Lixívia 1,13624 Coque de petróleo 3,41018 Óleo diesel 3,11997 Xisto 2,91944 Óleo combustível 3,09436 Etano 2,91286 Gás liquefeito de petróleo (GLP) 2,91997 Gás do forno de coque 1,65789 Nafta 3,24824 Gás de alto forno 0,58855
FONTE: CETESB, 2007.
O indicador EA-2 (Carga de MP Emitida por Tonelada de Produto Produzido) tem
como objetivo a mensuração da carga poluidora das emissões atmosféricas de
fontes pontuais.
O parâmetro MP foi selecionado em função desse poluente ser comumente
solicitado nos programas de automonitoramento de emissões atmosféricas dos
empreendimentos licenciados. Assim, a decisão pela sua adoção teve como critério
principal a disponibilidade de informação.
Cabe destacar que esse indicador não considera 100% da carga poluidora emitida
pelos empreendimentos, tendo em vista que os programas de automonitoramento
contemplam apenas as principais fontes de emissão.
O indicador EA-2 é apresentado na unidade kg de MP por tonelada de produto
produzido.
Por fim, o indicador EA-3 (Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões
Atmosféricas) visa a avaliar o graude eficiência dos sistemas de controle ambiental
na redução do potencial poluidor das emissões atmosféricas.
Assim como o indicador EA-2, o AE-3 se restringe ao parâmetro MP visando à
viabilidade imediata de cálculo. Os indicadores AE-2 e AE-3 podem vir a ser
aprimorados de forma a incluir outros poluentes considerados mais relevantes a
cada tipologia industrial.
Ao indicador EA-3 aplicam-se as mesmas observações para o AG-6 em relação à
influência da legislação ambiental em vigor.
No caso de mudança da legislação pode haver melhoria ou piora do indicador, sem
que haja qualquer mudança nas características dos emissões atmosféricas.
Esse é o caso atual em que a legislação em vigor é a Resolução CONAMA Nº
382/2006, mais restritiva que a Deliberação Normativa (DN) COPAM N° 01/92. No
feam 38
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
caso de uma revisão da norma estadual que defina limites mais restritivos, haverá
um impacto nos resultados do indicador e, portanto, do Índice P+L sem que haja
qualquer alteração nas emissões.
Além disso, conforme comentado para o indicador AG-6, padrões regionais
diferentes implicarão resultados diferentes para o indicador, mesmo que se
mantenham as características das emissões. Esta última hipótese é relevante no
caso de estabelecimento de padrões locais.
O indicador EA-3 deverá ser ponderado pelas vazões médias pontuais no caso de
haver mais de uma fonte de emissões atmosféricas monitorada no empreendimento.
O EA-3 é apresentado como o percentual (%) entre as emissões do
empreendimento em relação ao limite legal vigente.
O seu cálculo é realizado pela seguinte equação:
[ ] [ ][ ])/(
)/()/(3
3
33
NmmgPadrão
NmmgMPNmmgPadrãoEA
−=− x 100(%), em que:
[Padrão (mg/Nm3)] é a concentração padrão estabelecida pelo regulamento legal,
para a fonte específica, e
[MP (mg/Nm3)] é a concentração média de MP medida ao longo do período de
avaliação.
6.2.6 Resumo dos indicadores
Na tabela 3 é apresentado o conjunto dos indicadores selecionados para a
composição do Indice P+L, com seus códigos e respectivas métricas, ou seja, as
unidades de medida nas quais devem ser apresentados.
Tabela 3 Conjunto dos indicadores selecionados para composição do Índice P+L
Código Indicador Métrica
IM-1 Consumo de Matéria-Prima por Produto Produzido t / t
IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas %
IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas %
IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido kg / t
feam 39
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
IM-5 Composição Percentual de Materiais Recicláveis no Produto Final %
IM-6 Composição Percentual de Materiais Perigosos no Produto Final %
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido m3 / t
AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido m3 / t
AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento %
AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido m3 / t
AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO)
kg DQO / t
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO)
%
EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido kWh / t
EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido kWh / t
EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis %
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido Kg / t
RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido Kg / t
RS-3 Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados
%
EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido
Kg CO2 / t
EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido Kg MP / t
EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP)
%
feam 40
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7 DEFINIÇÃO DO ÍNDICE P+L
7.1 Apresentação
Conforme mencionado nos capítulos anteriores, o desenvolvimento do Índice P+L
tem como objetivo tornar disponível uma ferramenta de gestão ambiental capaz de
contribuir com os atuais mecanismos já utilizados no Estado de Minas Gerais,
buscando fomentar projetos e viabilizar incentivos à adoção de práticas de P+L nos
empreendimentos localizados em Minas Gerais
O Índice P+L foi desenvolvido com base em um conjunto de indicadores e testado
em um grupo de 6 empreendimentos, representando 6 diferentes tipologias
industriais, conforme será discutido nas próximas páginas.
Os resultados do Índice P+L bem como dos indicadores calculados visam a
exemplificar a aplicação do método. Os resultados numéricos podem apresentar
imprecisões devido à utilização de dados de bibliografia que não mencionam
métodos ou critérios para a sua obtenção, podendo, em alguns casos, divergir
daqueles adotados nesse trabalho.
Em função disso, considera-se que a metodologia de cálculo do Índice P+L deverá
percorrer uma etapa de testes em um grupo mais extenso de empreendimentos,
visando a sua consolidação para, então, permitir a sua aplicação de forma mais
ampla.
Nos próximos itens deste capítulo serão abordadas as etapas do desenvolvimento
do projeto para a definição da metodologia ora apresentada.
7.2 Metodologia
7.2.1 Etapas de desenvolvimento do projeto
Busca-se, aqui, apresentar os resultados parciais que definiram alterações
metodológicas e nortearam a elaboração do mecanismo de cálculo do Índice P+L.
- Seleção das tipologias industriais que participariam do projeto piloto para o
desenvolvimento e teste do Índice P+L:
feam 41
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
A definição das tipologias industriais contempladas na fase piloto desse projeto
ocorreu em reunião realizada pela equipe de trabalho, avaliando o impacto
ambiental potencial e a representatividade econômica e/ou social do setor no Estado
de Minas Gerais.
Em função da aplicabilidade da metodologia de P+L, foi definido que, inicialmente,
não seriam considerados empreendimentos do setor extrativista, sendo
contempladas apenas indústrias de transformação e de bens de consumo.
Os setores trabalhados nessa ocasião foram:
• siderurgia
• têxtil
• couro
• laticínios
• metal-mecânico (foco na Indústria de auto-peças)
• fertilizantes
• cimento
O setor de fertilizantes foi descartado da avaliação no início dos trabalhos devido ao
reduzido número de unidades no Estado de Minas Gerais.
Além disso, verificou-se que esse tipo de indústria, quando relevante em termos de
porte, normalmente se encontr associada a processos de extração que não se
aplicam a esta metodologia.
- Definição das bases de dados e informações mais adequados e disponíveis no
SISEMA para utilização no desenvolvimento do projeto:
Durante a primeira reunião do grupo de trabalho, foi abordada a necessidade de
avaliação das bases de dados disponíveis no SISEMA de forma a subsidiar a
elaboração dos indicadores e do Índice P+L.
Cabe destacar que, nessa fase do projeto, a proposta era que o índice fosse
calculado utilizando-se apenas de dados já disponíveis no SISEMA.
feam 42
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Concluiu-se, naquele momento, que o único documento apresentado pelos
empreendedores contendo grande parte das informações necessárias ao cálculo
dos indicadores e, portanto, do Índice P+L, seriam os Relatórios de Avaliação de
Desempenho Ambiental (RADAs) exigidos para o processo de revalidação da
licença ambiental.
Devido aos Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental – na
maioria das vezes serem elaborados anteriormente à operação dos
empreendimentos e trabalharem com estimativas dos dados referentes ao processo
industrial, consumo de matérias-primas, insumos, energia, geração de resíduos e
emissões – optou-se pela utilização dos RADAs como principal base de dados.
Ao longo do trabalho verificou-se que apenas com as informações contidas nos
RADAs não seria possível, ainda, o cálculo do Índice uma vez que não contemplava
todos os dados necessários. Algumas vezes também foi identificado o uso de
conceitos equivocados e incoerências nas unidades utilizadas. Além disso, a própria
estrutura do RADA, que consiste em um relatório de avaliação e auditoria da
adequação legal do empreendimento e não em um instrumento de avaliação dos
níveis de ecoeficiência, não prioriza o levantamento de informações relacionadas
aos conceitos da ecoeficiência e produção mais limpa.
Assim, utilizaram-se como bases complementares de informações os dados
existentes nas campanhas de automonitoramento dos empreendimentos e os
inventários de resíduos sólidos apresentados pelos empreedimentos à FEAM.
- Seleção de um conjunto de empreendimentos para aplicação prática e teste dos
indicadores de P+L estabelecidos:
Tendo em vista que as informações seriam obtidas prioritariamente a partir dos
RADAs já apresentados ao SISEMA, determinou-se, como o primeiro critério de
seleção, a necessidade de existir, pelo menos, 1 processo de revalidação de licença
já formalizado no SISEMA com apresentação do respectivo RADA.
Em uma primeira consulta ao SIAM (Sistema de Informações Ambientais
Integradas), verificou-se a existência de aproximadamente 700 empreendimentos,
pertencentes as mais diversas tipologias, que atendiam a esta condição.
feam 43
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Para viabilizar a coleta de dados e compatibilizá-la ao cronograma do projeto, foi
determinada a seleção de um número limitado de empreendimentos para esta etapa
do trabalho. Assim, decidiu-se que seriam selecionados 5 empreendimentos de cada
um dos setores alvos, escolhidos segundo os critérios que objetivavam uma maior
qualidade da informação:
- prioridade a empreendimentos com a licença revalidada
- prioridade para empreendimentos de grande porte (classes 5 e 6 de acordo
com a classificação da DN COPAM No 74/04)
- prioridade para empreendimento com certificação NBR ISO 14.001 (esse
critério só foi adotado para os empreendimentos dos setores de siderurgia e metal-
mecânico em função do grande número de processos existentes, mesmo após a
aplicação dos filtros anteriores.)
Em alguns setores não foram identificados 5 empreendimentos com licença de
operação revalidada. Nesses casos, selecionou-se um número menor de
empreendimentos, tendo como critério a existência de um processo de revalidação
de licença apenas formalizado no SISEMA.
- Elaboração de um conjunto único de indicadores, considerados relevantes para as
atividades industriais selecionadas:
A lista de indicadores para composição do Índice P+L foi descrita em detalhes no
Item 6 deste Caderno Técnico.
- Estabelecimento da metodologia de cálculo de cada um dos indicadores
selecionados, para cada tipologia industrial escolhida:
A metodologia de cálculo dos indicadores foi padronizada com uma planilha
eletrônica desenvolvida no programa Excel da Microsoft, viabilizando o cálculo
automático após entrada das informações coletadas.
Em função da inexistência nos RADAs de alguns dados necessários ao cálculo dos
indicadores, a equipe de trabalho entendeu que apenas com uma coleta de dados
diretamente nos empreendimentos viabilizaria o cálculo do Índice P+L. Para tanto,
feam 44
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
foi elaborado um protocolo específico aplicado no formato de formulário aos
empreendimentos. Tal formulário foi gerado como resultado do projeto e encontra-se
apresentado no ANEXO I.
- Estabelecimento de critérios de ponderação dos diversos indicadores na
composição final do Índice P+L:
Os critérios de ponderação estão descritos no próximo item desse Caderno Técnico.
- Simulação da metodologia de cálculo do Índice P+L:
Este item será descrito em detalhes no Item 7.4.
Informações relacionadas a benchmarks de indicadores para alguns setores
específicos, necessários para a normalização dos indicadores componentes do
Índice P+L, não foram localizados na bibliografia consultada, exigindo, assim, a
adoção de um valor pela equipe do projeto no intuito de viabilizar o cálculo do Índice
para cada um dos setores trabalhados.
Para viabilizar o cálculo do Índice P+L no projeto pilto, estabeleceram-se duas
regras gerais para a definição dos benckmarks que não foram localizados na
literatura:
• adoção de valores extremos (zero ou 100%), quando se entendeu ser
possivel e desejável a obtenção desses resultados para o indicador;
• o benckmark foi definido de forma que a normalização do melhor resultado
calculado para o indicador seja 50%, sugerindo que o esforço pela melhoria
seja duplicado para se alcançar o nível ideal.
Os casos específicos em que a definição de benckmarks não ocorreu de acordo com
as regras citadas estão descritos no item 7.4.
Tendo em vista que valores desses benchmarks foram definidos pela equipe, eles
deverão ser validados por meio de pesquisa e desenvolvimento, de forma a permitir
a evolução e a consolidação da metodologia.
feam 45
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
- Condução de uma análise crítica do conjunto de indicadores, da metodologia de
cálculo adotada e das bases de dados existentes:
A análise crítica da base de indicadores e da metodologia foi desenvolvida ao longo
de todo o projeto, por meio de reuniões periódicas da equipe de trabalho.
Com o desenvolvimento do projeto, algumas etapas da metodologia, inicialmente
desenhadas, foram revistas como, por exemplo, a necessidade da elaboração e
aplicação de um questionário para coleta direta de informações dos
empreendimentos, uma vez que os dados disponíveis no SIAM não eram suficientes
para o cálculo dos indicadores e, portanto, do Índice P+L.
Esse é um processo cíclico, cujos resultados obtidos com a aplicação do Índice P+L
em outros empreendimento serão avaliados e, com base na experiência adquirida,
serão propostas adequações e modificações no método de cálculo, no sentido de
aperfeiçoá-lo continuamente.
Os resultados dessas avaliações são apresentados no Item 8 deste Caderno
Técnico, em que se definiram os critérios de aplicabilidade da metodologia, as
restrições para a sua utilização e as necessidades de desenvolvimento visando a
uma aplicação mais segura .
7.2.2 Metodologia proposta para cálculo do Índice P+L
A metodologia para o cálculo do Índice P+L foi organizada em planilha eletrônica
visando a facilitar a sua utilização.
A aplicação segue uma rotina simples, descrita nos 5 passos a seguir:
1 – Obtenção das informaçõess necessárias, com auxílio do formulário de coleta de
dados
Conforme descrito anteriormente, a coleta de dados é realizada com o
preenchimento do Formulário de Coleta de Dados, que se encontra no ANEXO II, ao
final deste Caderno Técnico. Ele foi gerado a partir de uma adaptação do
questionário utilizado na desenvolvimento do projeto para coleta de dados nos
empreendimentos piloto, inserindo um novo campo para organização das
informações sobre geração e disposição final de resíduos sólidos.
feam 46
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
O formulário deverá ser preenchido para, ao menos, 2 anos. No entanto, quanto
maior for a série histórica sistematizada, melhor será a percepção da evolução do
desempenho ambiental do empreendimento ao longo do tempo.
2 – Cálculo dos Indicadores de P+L de acordo com metodologia apresentada no
Item 6
De posse das informações coletadas com a aplicação do formulário, deve-se efetuar
o cálculo dos indicadores conforme descrito no item 6.2 deste Caderno Técnico.
3 – Normalização dos indicadores em função do benchmark considerado para o
setor específico
A normalização dos indicadores foi realizada por regressão linear simples. Para
normalizar o indicador, deve-se utilizar a formulação (1), no caso em que o
desempenho do indicador melhore à medida que se afasta do zero; e a formulação
(2), quando o melhor desempenho ocorrer com a aproximação do zero.
ii
i xIBenchmark
Y
= 1
.......... (1)
ii
i xIxBenchmark
Y
−=
2
15,1 .......... (2)
Na formulação matemática representada pela equação (1), caso o indicador seja
igual ou superior ao benchmark considerado, o resultado será 100%. A normalização
terá resultado igual a zero unicamente no caso de o indicador ser igual a zero; nos
demais casos, assumirá um valor intermediário.
Na formulação representada pela equação (2), foi adotada uma metodologia
matemática desenvolvida pela equipe em função da não identificação de outro
modelo de referência que pudesse ser utilizado adequadamente nesta etapa.
Nesse caso, o valor da normalização assume 100% caso o indicador seja igual ou
inferior ao benchmark. Para a definição da normalização equivalente a zero foi
definido que tal resultado seria obtido quando o indicador assumisse um valor igual
ou superior a 3 vezes o benchmark. Esse valor (3 vezes) poderá ser calibrado após
a aplicação da metodologia em um conjunto maior de empreendimentos similares.
feam 47
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tal avaliação deverá ser realizada após a elaboração de um banco de dados com
resultados da aplicação da metodologia em um grupo de empreendimentos de um
mesmo setor produtivo.
Os benchmarks localizados para os indicadores que compõem o Índice P+L para
cada um dos setores são apresentados na Tabela 4.
O cálculo do Índice no teste da metodologia exigiu a adoção dos benchmarks não
identificados, cujos valores serão expostostados, em tabelas específicas, mais
adiante neste caderno, na apresentação do teste de cálculo do Índice.
feam 48
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 4 Benchmarks identificados para os indicadores de cada um dos setores piloto desta metodologia. Cod. INDICADORES unidade Siderurgia Têxtil Laticínios Couro Cimento Metal-mecânico IM MATERIAIS Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t / t) 3,51 IBS (2007) - - - - - - - - - - IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % - - - - - - - - - - - - IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 8% IBS (2007) - - - - - - 10% WBCSD (2002) - -
IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - - - - - - -
AG ÁGUA AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 154 IBS (2007) - - - - - - - - - -
AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 10,31 IBS (2007) 8,30
EPA (1996) 0,30
MACHADO et al. (2002) 12,0
PACHECO (2005) - - - -
AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% IISI (2005) - - - - - - - - -
AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) - - - - 0,70
MACHADO et al. (2002) 40
PACHECO (2005) - - - -
AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) - - 92
EPA (1996) 1,0
MACHADO et al. (2002) 145
PACHECO (2005) - - - -
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % - - - - - - - - - - - -
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 5.278 IISI (2005) 19.460 IFC (2007) 139 UNEP (2000) - - 834 WBCSD (2002) - -
EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 468 IBS (2007) 1.500 IFC (2007) - - 2.600
PACHECO (2005) 90 IFC (2007) - -
EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % - - - - - - - - 25% WBCSD (2002) - -
RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 421 IBS (2007) - - 5,5
MACHADO et al. (2002) 415
PACHECO (2005) 0,25 IFC (2007) - -
RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - 225
PACHECO (2005) - - - -
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - - - - - - - - - - -
RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - - - - - - - - - - -
RS-3c
Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - - - - - - - - - - - -
RS-3d
Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % - - - - - - - - - - - -
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) 1100 IISI (2005) - - - - - - 900 WBCSD (2002) - -
EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - - - 0,05 IFC (2007) - -
EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - - - - - - - - - - -
feam 49
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
4 – Cálculo do Índice parcial para cada uma das 5 esferas que compõem o Índice P+L
O cálculo do Índice parcial para cada esfera é dado pela seguinte expressão:
∑= ESFERAEiESFERA PII /)( ,
Em que:
Ii,E é o índice referente a cada indicador que compõe a esfera considerada
PESFERA é a ponderação da esfera para o cálculo do Índice P+L, dada conforme
Tabela 6 deste Caderno Técnico.
O cálculo de Ii,E é realizado conforme expressão a seguir:
EEi
iEiEi P
P
PYI ×
×=∑ ,
,,
Em que:
Yi,E refere-se a cada um dos indicadores normalizados que compõem a esfera
considerada
Pi é o peso ou ponderação do respectivo indicador, conforme Tabela 4 deste
Caderno Técnico
�Pi,E é a somatório dos pesos ou ponderações relativos aos indicadores da
esfera considerada
PE = PESFERA é a ponderação da esfera para o cálculo do Índice P+L, dada
conforme Tabela 7 deste Caderno Técnico
5 – Cálculo do Índice P+L para o empreendimento
O Índice P+L é o somatório de todos os indicadores normalizados aplicáveis ao
empreendimento multiplicados por sua respectiva ponderação, o que é representado
pela seguinte expressão:
∑=+ )( ,EiLP II
Em que:
Ii,E é o índice normalizado referente a cada esfera, já calculado anteriormente.
feam 50
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Assim, o Índice P+L terá como resultado um número entre 0 e 1, sendo que 0 indica o
pior nível de P+L considerado na metodologia e 1 o melhor nível que pode ser obtido,
caso todos os indicadores atinjam os seus respectivos benchmarks.
Os resultados obtidos em cada um dos índices intemediários e indicadores permitem
uma análise desagregada dos resultados, possibilitando um apoio na tomada de
decisão quanto ao direcionamento dos esforços e investimentos na gestão ambiental
do empreendimento visando a uma melhoria dos indicadores e um avanço em áreas
deficitárias, promovendo, assim, uma melhoria no grau de ecoeficiência da indústria.
Exemplos dos resultados da aplicação da metodologia serão apresentados no Item 7.4
7.3 Critérios de ponderação
7.3.1 Introdução
A definição dos critérios de ponderação do Índice P+L talvez consista no maior desafio
para a consolidação da metodologia como um todo. Esses pesos são necessários para
expressar a importância relativa de cada uma das esferas e indicadores na composição
final do Índice.
Uma das premissas da metodologia é a adoção de uma critério único de ponderação
para todos os setores alvo. Assim, estabeleceu-se o desafio de criar um critério único
de ponderação que viabilizasse a manutenção de uma metodologia simples e universal
e que, ao mesmo tempo, permitisse a consideração das grandes diferenças de cada
setor em relação aos seus impactos potenciais sobre cada uma das esferas do Índice.
7.3.2 Descrição dos critérios de ponderação propostos
De forma a reduzir a subjetividade na definição dos pesos relativos de cada um dos
indicadores e esferas que compõem o Índice P+L, optou-se pela aplicação do método
Delphi de consulta a especialistas.
Tendo em vista que o Índice P+L será aplicado aos diversos setores da indústria de
transformação, e que os resultados obtidos com a aplicação do método Delphi
resultariam em uma única forma de ponderação desse Índice, optou-se por utilizar um
segundo critério, associado aos resultados do método Delphi, que viabilizasse a
inserção das diferenças setoriais na metodologia de cálculo.
Esse segundo critério de ponderação foi a utilização da DN COPAM Nº 74/2004, que
permitiu relativizar os pesos de cada uma das esferas do Índice P+L em função dos
diferentes graus de impactos ambientais dos diversos setores industriais. Cabe
feam 51
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
salientar que tal DN foi elaborada a partir de uma ampla consulta a especialistas dos
mais diversos setores produtivos, da academia, das agências de regulação e de
organizações não governamentais.
Dessa forma, acredita-se que essa DN pode ser utilizada como um critério adequado
para a ponderação das diferentes esferas do Índice P+L de acordo com os impactos
potenciais sobre os diferentes meios.
Para integração desses dois critérios foi considerado que 50% da ponderação de cada
esfera seria obtida pelos resultados do método Delphi e os outros 50% seriam
relacionados aos impactos potenciais da atividade, conforme classificação do
empreendimento no Anexo Único da Norma citada.
A DN COPAM Nº 74/2004 classifica, para o Estado de Minas Gerais, os
empreendimentos potencialmente poluidores, de acordo com o seu porte e com o seu
potencial poluidor sobre a Água, o Solo e o Ar, como Pequeno, Médio ou Grande.
Assim, de acordo com essa classificação, foi possível designar um peso relativo para
as esferas ÁGUA, RESÍDUOS SÓLIDOS e EMISSÕES ATMOSFÉRICAS como 1, 2 ou
3, conforme a magnitude do seu impacto potencial para cada uma das tipologias
industriais definidas nesta norma. No entanto, a referida DN não contempla qualquer
classificação que possa ser associada às esferas MATERIAIS e ENERGIA do Índice
P+L.
De acordo com o próprio conceito de Produção mais Limpa, esse tipo de estratégia
busca a redução na intensidade do uso de materias e da energia e a redução do uso e
descarte de substâncias tóxicas (UNIDO, 1995). Assim, as esferas MATERIAIS e
ENERGIA encontram-se no próprio centro do conceito de Produção mais Limpa,
permitindo arbitrar que essas esferas devem ser consideradas prioritárias para
qualquer setor na sua busca por melhores padrões de produção mais limpa.
Portanto, nesse segundo critério de ponderação, pode-se considerar o peso 3 para as
esferas MATERIAIS e ENERGIA, complementando os dados necessários para esse
critério de ponderação do Índice.
7.3.3 Aplicação do método Delphi
O método Delphi, desenvolvido nos Estados Unidos, tem sua origem em um estudo da
Força Aérea americana em 1950, o qual recebeu a denominação Relatório Delphi.
Esse estudo versava sobre os possíveis pontos de vista de estrategistas soviéticos a
respeito dos principais objetivos da indústria bélica americana. A metodologia utilizada
feam 52
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
foi a de buscar um consenso, o mais confiável possível, a partir das opiniões de um
grupo de especialistas, por meio de questionários, entremeados por informações
sistematizadas das várias opiniões, que retroalimentavam os especialistas (LINSTONE,
1977).
Após a publicação de alguns relatórios do Helmer e Gordon, o método Delphi passou
então a ser considerado ferramenta de grande utilidade para prognósticos tecnológicos
em áreas de gerenciamento científico e desenvolvimento de pesquisas. Dos Estados
Unidos o Delphi, nos anos setenta, alcançou a Europa e o Japão, sendo adotado
primeiramente nos meios governamentais, depois na área empresarial e, finalmente, na
academia, a partir de um crescente reconhecimento da necessidade de incorporar
informações subjetivas em alguns processos científicos como análise de risco, saúde,
meio ambiente e transporte (LINSTONE, 1977).
O método Delphi pode ser definido como uma metodologia para estruturar um processo
de comunicação entre um grupo de indivíduos, permitindo sua integração como um
todo, para discutir questões complexas (LINSTONE, 1977).
Para se obter a estruturação de comunicação desejada, devem ser providenciados os
elementos para a base de discussão, a sistematização das avaliações realizadas pelo
grupo de julgamento, além de garantir, durante o processo, um certo anonimato e a
oportunidade de revisão dos pontos de vista individuais.
Hoje, o método Delphi vem sendo empregado nas mais diversas áreas de
conhecimento, principalmente pela facilidade de obter contribuições individuais
diversificadas, com custos reduzidos (JUNQUEIRA, 2006).
O método Delphi foi aplicado para a definição da importância relativa de cada indicador
e esfera dentro do Índice P+L.
Foram identificados especialistas, conhecedores do assunto e tomadores de decisão
dentro do Estado de Minas Gerais e no Brasil, para a aplicação desse método que
busca a obtenção de consenso em torno de um determinado tema.
Assim, elaborou-se um formulário de consulta, o qual foi encaminhado, via e-mail, a um
grupo de, aproximadamente, 350 pessoas, das quais 103 dos pesquisados
responderam à primeira rodada do método.
feam 53
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Nesse formulário, solicitou-se a cada um dos pesquisados que atribuísse uma nota
entre 1 e 4 para cada indicador e esfera, considerando a seguinte escala:
4 – Muito importante
3 - Importante
2 – Pouco importante
1 – Não importante
Além das notas, solicitou-se, ainda, que fossem selecionados 5 indicadores prioritários.
Como o método visa à busca de um consenso entre os participantes, é parte da
metodologia a avaliação e tabulação dos resultados obtidos na primeira etapa da
pesquisa e reenvio aos participantes para que, com base nos resultados gerais obtidos
nessa primeira fase, permitisse aos participantes alterar ou confirmar sua avaliação
inicial em função das respostas consolidadas do grupo.
Na segunda etapa do método, também realizada via e-mail, encaminhou-se um
formulário padrão contendo as opiniões dos participantes registradas na primeira etapa,
bem como o resultado médio obtido. Foi, ainda, inserido um campo no qual o
participante poderia optar por manter a sua opinião ou alterá-la, com base nas
informações fornecidas. Dos formulários enviados, foram recebidos apenas 18, que
retificaram as opiniões emitidas anteriormente. Conforme citado no e-mail
encaminhado na segunda fase da pesquisa, considerou-se a não manifestação por
parte do pesquisado como uma confirmação das notas dadas na primeira fase.
A tabulação das respostas obtidas tanto para a primeira etapa quanto para a segunda
são apresentadas nas tabelas 5 e 6.
Tabela 5 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi e ponderação dos indicadores
Rodada 1 Rodada 2 Indicadores
Nota média Ponderação % Nota média Ponderação % IM-1 3,38 0,0475 4,75% 3,38 0,0476 4,76% IM-2 3,37 0,0474 4,74% 3,39 0,0477 4,77% IM-3 3,33 0,0468 4,68% 3,33 0,0469 4,69% IM-4 3,31 0,0466 4,66% 3,29 0,0464 4,64% IM-5 3,23 0,0455 4,55% 3,23 0,0455 4,55% IM-6 3,24 0,0456 4,56% 3,23 0,0455 4,55% AG-1 3,28 0,0461 4,61% 3,26 0,0459 4,59% AG-2 3,61 0,0508 5,08% 3,61 0,0509 5,09% AG-3 3,61 0,0508 5,08% 3,60 0,0507 5,07% AG-4 3,32 0,0467 4,67% 3,30 0,0465 4,65%
feam 54
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Rodada 1 Rodada 2 Indicadores
Nota média Ponderação % Nota média Ponderação % AG-5 3,51 0,0494 4,94% 3,51 0,0495 4,95% AG-6 3,28 0,0461 4,61% 3,26 0,0459 4,59% EN-1 3,35 0,0471 4,71% 3,34 0,0470 4,70% EN-2 3,03 0,0426 4,26% 3,02 0,0425 4,25% EN-3 3,53 0,0496 4,96% 3,51 0,0494 4,94% RS-1 3,40 0,0478 4,78% 3,43 0,0483 4,83% RS-2 3,56 0,0501 5,01% 3,56 0,0502 5,02% RS-3 3,44 0,0483 4,83% 3,44 0,0484 4,84% EA-1 3,55 0,0499 4,99% 3,55 0,0500 5,00% EA-2 3,42 0,0481 4,81% 3,41 0,0480 4,80% EA-3 3,35 0,0471 4,71% 3,34 0,0470 4,70%
Tabela 6 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi na priorização das esferas ou grupos.
Rodada 1 Rodada 2 Esferas Nº de votos Ponderação % Nº de votos Ponderação %
IM 101 0,2126 21,26% 96 0,1996 19,96% AG 115 0,2421 24,21% 115 0,2391 23,91% EN 79 0,1663 16,63% 82 0,1705 17,05% RS 97 0,2042 20,42% 104 0,2162 21,62% EA 83 0,1747 17,47% 84 0,1746 17,46%
A figura 1, a seguir, apresenta a distribuição dos votos obtidos por cada uma das
esferas do Índice P+L, resultado este obtido por meio do somatório do número de votos
dos indicadores de cada esfera, eleitos como prioritários pelos diversos especialistas e
tomadores de decisão consultados.
feam 55
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
20%
24%
17%
22%
17%
PRIORIZAÇÃO DAS ESFERAS
MATERIAIS
ÁGUA
ENERGIA
RES. SÓLIDOS
EM. ATMOSFÉRICAS
Figura 1 Percentual de indicadores considerados como prioritários em cada uma das esferas
7.3.4 Ponderação final proposta
A ponderação final proposta para os indicadores entre si segue os resultados obtidos
na segunda rodada da aplicação do método Delphi, conforme apresentado nas células
destacadas em cinza na tabela 5.
A ponderação de cada uma das esferas será realizada, conforme comentado
anteriormente, por meio de uma composição entre os resultados do método Delphi e o
potencial poluidor estabelecido na DN COPAM nº 74/04, na proporção de 50% do peso
para cada um desses critérios.
Assim, a tabela de ponderação para os setores teste é apresentada na Tabela 7, a
seguir.
feam 56
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 7 Tabela de ponderação das esferas do Índice P+L adotada CIMENTO SIDERURGIA LATICÍNIOS TÊXTIL COURO METAL-MECÂNICA Código DN
74/04 Delphi
B-01-05-8 B-02-01-1 D-01-06-6 C-08-08-7 C-03-02-6 B-09-05-9
ESFERA Ponder. 1 Peso DN6
Ponder. 2
Ponder. final
Peso DN
Ponder. 2
Ponder. final
Peso DN
Ponder. 2
Ponder. final
Peso DN
Ponder. 2
Ponder. final
Peso DN
Ponder. 2
Ponder. final
Peso DN
Ponder. 2
Ponder. final
IM 0,100 3 0,125 0,225 3 0,107 0,207 3 0,125 0,225 3 0,100 0,200 3 0,100 0,200 3 0,107 0,207
AG 0,120 1 0,042 0,162 3 0,107 0,227 2 0,083 0,203 3 0,100 0,220 3 0,100 0,220 3 0,107 0,227
EN 0,085 3 0,125 0,210 3 0,107 0,192 3 0,125 0,210 3 0,100 0,185 3 0,100 0,185 3 0,107 0,192
RS 0,108 2 0,083 0,191 2 0,071 0,179 2 0,083 0,191 3 0,100 0,208 3 0,100 0,208 2 0,071 0,179
EA 0,087 3 0,125 0,212 3 0,107 0,194 2 0,083 0,170 3 0,100 0,187 3 0,100 0,187 3 0,107 0,194
TOTAL 0,500 12 0,500 1,000 14 0,500 1,000 12 0,500 1,000 15 0,500 1,000 15 0,500 1,000 14 0,500 1,000
6 DN – Deliberação Normativa COPAM No 74/04.
feam 57
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4 Teste
7.4.1 Introdução
O teste da metodologia, conforme mencionado, foi realizado com 6 empreendimentos,
representando os 6 setores da indústria de transformação, alvos desta primeira etapa de
trabalho.
O procedimento viabilizou, além do teste em si, a discussão da metodologia de cálculo dos
indicadores com técnicos dos empreendimentos participantes, permitindo a adequação de
unidades e métodos de coleta de dados que se adequassem melhor às peculiaridades de cada
um dos setores-alvo.
A seleção dos empreendimentos para essa etapa foi realizada a partir do grupo selecionado
para o teste de cálculo dos indicadores com os dados disponíveis nos RADAs e teve como
critérios principais o porte do empreendimento, o histórico de gerenciamento ambiental e, por
fim, a logística (localização do empreendimento) para viabilizar a realização das visitas técnicas
no menor prazo possível. Esse último critério foi relevante, uma vez que essa etapa da
metodologia não estava inicialmente prevista no programa de trabalho e teve de ser inserida no
cronograma de atividades sem gerar impacto significativo no prazo e nos custos do projeto.
Esse teste envolveu as seguintes etapas:
• envio do questionário de coleta de dados a representantes dos empreendimentos para
avaliação inicial
• visita aos empreendimentos para apresentação e discussão do questionário com o
esclarecimento de eventuais dúvidas de preenchimento
• preenchimento dos questionários por parte dos representantes dos empreendimentos
(de 2 a 3 meses)
• recebimento dos questionários, avaliação das informações prestadas e cálculo dos
indicadores com bases nessas informações
• nova reunião com os representantes dos empreendimentos para discussão dos dados
encaminhados e avaliação quanto ao nível de dificuldade para compreensão e
obtenção das informações solicitadas, bem como uma análise da metodologia adotada
para coleta dos dados por parte dos representantes dos empreendimentos
• adequação do cálculo dos indicadores e finalização do cálculo dos Índices P+L para os
empreendimentos para os anos de 2007 e 2008.
feam 58
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Nos itens seguintes são apresentados os resultados do teste em cada um dos setores
produtivos, sua documentação e uma breve análise crítica com as sugestões de melhoria que
estão compiladas nas conclusões deste capítulo.
7.4.2 Indústria Siderúrgica
A aplicação do teste no setor siderúrgico teve como participante uma unidade integrada de
produtos siderúrgicos que recebe como principais matérias-primas o minério de ferro, sucata
de ferro e aço e carvão mineral para a fabricação de produtos de aço utilizados para indústria
em geral.
Com a aplicação do questionário, foram obtidas as informações necessárias para o cálculo dos
indicadores para os anos de 2007 e 2008, conforme apresentado na Tabela 8.
Tabela 8 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de siderurgia Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual (t/ano) 406.275 328.775
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 3.836.318 3.836.318
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 3.836.318 3.836.318
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0
Consumo de produto perigosos (t/ano) 370 283
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 223.622.400 222.389.040
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 4.622.400 3.389.040
Consumo de água recirculada (m3/ano) 219.000.000 219.000.000
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) 0 0
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 95.040 71.280
Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 0 0
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 9.045.941 8.925.633
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 523.609 403.301
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 212.664 227.026
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 310.945 176.276
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 81 3.080
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 758.007 536.592
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 14.280 19.064
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 2 0
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 49 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 743.755 520.608
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) 857 694
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 801 50,2
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L, bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 10. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,410
para 0,406 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.
feam 59
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Essa redução no valor do Índice ocorreu em função de uma queda nos resultados para
as esferas Materiais, Energia e Resíduos Sólidos, apesar da clara melhora obtida para
a esfera Emissões Atmosféricas.
Pode-se perceber que as esferas Emissões atmosféricas (EA) e Água (AG) são
aquelas que apresentam o melhor desempenho; todavia nas esferas Materiais (IM) e
Energia (EN) os resultados não foram tão satisfatórios.
Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor siderúrgico são
apresentados na Tabela 9. O benckmark para o indicador IM-2 foi estipulado como 5%,
alertando para a necessidade da inclusão de matérias-primas renováveis no processo
produtivo.
Tabela 9 Benchmarks adotados para o setor de siderurgia Cod. INDICADORES unidade Siderurgia IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 3,51 IBS (2007) IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 5% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 8% IBS (2007) IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,43 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 154 IBS (2007) AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 10,31 IBS (2007) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% IISI (2005) AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 5.278 IISI (2005) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 468 IBS (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 7,0% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 421 IBS (2007) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0001 ESTIPULADO
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 1.100 IISI (2005) EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,076 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como valor extremo ( zero ou 100%)
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 60
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 10 Cálculo do Índice P+L para o setor de siderurgia nos anos 2007 e 2008.
Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 15% 12% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 9,44 11,67 3,51 16% 0% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 5% 0% 0% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 8% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,91 0,86 0,43 44% 50%
AG ÁGUA 81% 82% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 550 676 154 0% 0% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 11,38 10,31 10,31 95% 100% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% 98% 98% 100% 100% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 0,0 0,0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 0,0 0,0 100% 100%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 89% 90% 100% 89% 90%
EN ENERGIA 22% 16% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 22.266 27.148 5.278 0% 0% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 1.289 1.227 468 12% 19% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 3,5% 2,0% 7,0% 50% 29%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 49% 32% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 1866 1641 421 0% 0% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0002 0,0094 0,0047 100% 50%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 1,9% 3,5% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 98,1% 96,5% 100% 98% 96%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 33% 54% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) 2110 2110 1.100 54% 54% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 1,97 0,15 0,076 0% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 44,8% 59,2% 100% - -
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,410 0,406
feam 61
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4.3 Indústria Têxtil
A aplicação do teste no setor têxtil teve como participante uma unidade de fiação,
tecelagem e acabamento de tecidos planos de algodão ou tecidos para aplicações
especiais com propriedade antichama, impermeabilidade, entre outras.. As pricipais
martérias-primas utilizadassão o algodão em fardo para a produção de fios e os tecidos
com acabamentos diversos.
Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e o cálculo dos
indicadores e do Índice P+L são apresentados nas Tabelas 11 e 13.
Tabela 11 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor têxtil Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual (t/ano) 18.687 13.621
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 5.710 4.748
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 5.710 4.748
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0
Consumo de produto perigosos (t/ano) 4.600 4.452
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 1.209.600 953.484
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 864.000 681.060
Consumo de água recirculada (m3/ano) 345.600 272.424
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) 842.100 663.800
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 17.100 13.480
Geração de Carga Poluidora (DQO) (t/ano) 2.711 2.266
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 280.972 155.810
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 45.600 34.200
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 45.600 34.200
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 118.516 99.825
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 3 47
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 3357 2938
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 0,0 124
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0,0 29
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0,0 0,0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 3.360
2.832
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 185 82
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 13. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,541
para 0,518 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.
feam 62
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Essa redução no valor do Índice ocorreu em função de uma queda nos resultados do
Índice das esferas Materiais, Água e Resíduos Sólidos, apesar da melhora obtida para
as esferas Energia e Emissões Atmosféricas.
Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor têxtil são apresentados
na Tabela 12. O benckmark para o indicador IM-3 foi estipulado como 5%, alertando
para a necessidade da inclusão de matérias-primas recicladas no processo produtivo.
Tabela 12 Benchmarks adotados para o setor têxtil Cod. INDICADORES unidade Têxtil IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 5% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 123 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 32 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 8,30 EPA (1996) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 57% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 23 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 92,4 EPA (1996)
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 19.460 IFC (2007) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 1.500 IFC (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 90 ESTIPULADO RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0017 ESTIPULADO
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) - - EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 3,00 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 63
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 13 Cálculo do Índice P+L para o setor de têxtil nos anos 2007 e 2008.
Cod. INDICADORES Unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 63% 55% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 0,31 0,35 1,00 100% 100% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 5% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 246 327 123 50% 17%
AG ÁGUA 49% 45% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 65 70 32 50% 42% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 46,24 50,00 8,30 0% 0% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 29% 29% 57% 50% 50% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 45,1 48,7 23 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 145 166 92,4 71% 60%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 23,0% 23,3% 100% 23% 23%
EN ENERGIA 73% 83% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 15.036 11.439 19.460 100% 100% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 2.440 2.511 1.500 69% 66% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 50% 82% 100% 50% 82%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 84% 58% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 180 219 90 50% 28% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0001 0,0034 0,0017 100% 50%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,0% 4,1% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 1,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100,0% 94,9% 100% 100% 95%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 18% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - - 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 9,89 6,00 3,00 0% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 0,0% 6,0% 100% 0% 6%
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,541 0,518
feam 64
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4.4 Indústria de Laticínios
A aplicação do teste no setor de laticínios teve como participante uma unidade de fabricação
que produz vários tipos diferentes de produtos como leite UHT, iogurte, requeijão, bebida
láctea, queijo Petit, creme de leite e coalhada.
Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores são
apresentados nas Tabelas 14 e 16.
Tabela 14 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de laticínios Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual (t/ano) 105.759 121.889
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 126.496 162.967
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 126.496 162.967
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0
Consumo de produto perigosos (t/ano) 1.075 1.501
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 521.681 593.596
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 521.681 593.596
Consumo de água recirculada (m3/ano) 0 0
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) 408.001 519.288
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 0 0
Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 1.710 2.841
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 43.940 45.275
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 17.969 17.171
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 17.969 17.171
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 7.004 0
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 0,0 0,0
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 1882 1634
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 1179 864
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 703 771
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - 4882
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 2,74 4,45
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 16. A partir da sua análise, verificou-se uma melhoria de 0,435
para 0,438 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.
Ainda que pequena, essa melhoria ocorreu em função dos resultados para as esferas
Energia e Resíduos Sólidos. Além disso, nota-se a manutenção dos resultados para a
Esfera Água, e redução da nota para a esfera Materiais e Emissões Atmosféricas.
feam 65
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor de laticínios são
apresentados na Tabela 15.
Tabela 15 Benchmarks adotados para o setor de laticínios Cod. INDICADORES unidade Laticínios IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 5,1 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 2,43 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 0,30 MACHADO et al. (2002) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,70 MACHADO et al. (2002) AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 1,0 MACHADO et al. (2002)
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 139 UNEP (2000) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 70 ESTIPULADO EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 5,5 MACHADO et al. (2002) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,000 ESTIPULADO
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 15,0 ESTIPULADO
EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,013 ESTIPULADO
EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 66
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 16 Cálculo do Índice P+L para o setor de laticínios nos anos 2007 e 2008
Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 85% 78% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 1,20 1,34 1,00 90% 83% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 10,2 12,3 5,1 50% 29%
AG ÁGUA 29% 29% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 4,93 4,87 2,43 49% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 4,93 4,87 0,30 0% 0% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 0% 100% 100% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 3,86 4,26 0,70 0% 0% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 13,5 17,4 1,0 0% 0%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 24,5% 21,4% 100% 24% 21%
EN ENERGIA 19% 21% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 415 371 139 1% 16% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 170 141 70 29% 50% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 27% 0% 100% 27% 0%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 46% 59% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 18 13 5,5 0% 28% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,000 0,000 0,000 100% 100%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 62,6% 52,8% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 37,4% 47,2% 100% 37% 47%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 33% 27% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - 30,0 15,0 0% 50% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,026 0,037 0,013 50% 9% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 50,2% 21,8% 100% 50% 22%
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,435 0,438
feam 67
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4.5 Indústria do Couro
A aplicação do teste no setor de couro teve como participante uma unidade de
pequeno porte que executa o processo completo de curtimento ao cromo, desde as
etapas de caleiro até o acabamento final do couro.
Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores
são apresentados nas Tabelas 17 e 19.
Tabela 17 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de couro Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual (couro) (m2/ano) 120.194 73.533
Produção anual (Sub-produto: Raspa) (m2/ano) 37.180 47.097
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 1.736 1.256
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 1.736 1.256
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0
Consumo de produto perigosos (t/ano) 129 97
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 45.360 32.400
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 45.360 32.400
Consumo de água recirculada (m3/ano) 0 0
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) 33.300 25.670
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 464 364
Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 215 143
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 32.865 26.420
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 782 754
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 782 754
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 32.083 25.666
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 504 361
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 70 72
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 156 146
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 419 287
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) - -
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 19. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,622
para 0,593 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.
Essa reduçãodeveu-se em função de uma queda nos resultados para as esferas
Materiais, Energia e Resíduos Sólidos. Nota-se que a esfera Emissões Atmosféricas
apresentou nota zero para ambos os anos, em função da inexistência de
monitoramento que subsidie o cálculo dos indicadores pertencentes a essa esfera.
feam 68
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Entendendo-se que é possivel um elevado grau de reciclagem de água nesse setor, foi
estipulado como benckmark para o indicador AG-3 o valor de 50%. Tendo em vista a
relação direta entre os indicadores AG-1, AG-2 e AG-3, o benckmark para o indicado
AG-1 assume o valor de 24 m3/t.
Exceção a essas regras são os benchmarks dos indicadores AG-1 e AG-3,
relacionados entre si, em que a determinação de um nível de reciclagem de 50% de
água implicou na definição do valor do benchmark para o indicador AG-1.
Tabela 18 Benchmarks adotados para o setor de couros Cod. INDICADORES unidade Couro IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (kg/m2) 7,22 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/m2) 0,53 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 24,0 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 12,0 PACHECO (2005) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 50% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 40 PACHECO (2005) AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 145 PACHECO (2005)
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 9.463 ESTIPULADO EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 2.600 PACHECO (2005) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 415 PACHECO (2005) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 225 PACHECO (2005)
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 0,0 ESTIPULADO EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0% ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 69
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 19 Cálculo do Índice P+L para o setor de couros nos anos 2007 e 2008
Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 75% 65% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (kg/m2) 14,45 17,08 7,22 50% 32% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0 0 0% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/m2) 1,07 1,32 0,53 50% 27%
AG ÁGUA 59% 60% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t)7 26,1 25,8 24,0 96% 96% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t)7 26,1 25,8 12,0 41% 43% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 50% 0% 0% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t)7 19,2 20,4 40 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t)7 124 114 145 100% 100%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 18,7% 25,3% 100% 19% 25%
EN ENERGIA 83% 79% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t)7 18.927 21.037 9.463 50% 39% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t)7 450 600 2.600 100% 100% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% 100% 100% 100% 100%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 91% 89% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t)7 331 345 415 100% 100% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t)7 40,3 57,4 225 100% 100%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 27,1% 33,7% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 72,9% 66,3% 100% 73% 66%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 0% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - 0,0 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - 0% 0% 0% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - 100% 0% 0%
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,622 0,593
7 Para o cálculo do indicador no setor couro foi utilizado o dado referente ao consumo de matérias-primas (couro salgado) ao invés de produto produzido
feam 70
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4.6 Indútria Cimenteira
A aplicação do teste no setor de cimento teve como participante uma unidade de
produção que promove a substituição de matérias-primas e energia por meio do
coprocessamento de diversos tipos de resíduos industriais no forno de clínquer.
Essa unidade ainda tem uma peculiaridade: parte do clínquer produzido é transferida
para outras unidades da empresa para transformação em cimento. Tal situação deve
ser analisada com cuidado, pois pode gerar grandes distorções nos indicadores, já que
parte significativa da produção de clínquer não chega a ser contabilizada como produto
final.
Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores
são apresentados nas Tabelas 20 e 22.
Tabela 20 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de cimento Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual de cimento (t/ano) 1.684.878 1.869.014
Produção anual de clínquer (t/ano) 1.313.294 1.418.803
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 2.528.363 2.916.390
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 2.528.363 2.916.390
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 412.022 451.624
Consumo de produto perigosos (t/ano) 243 350
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 3.161.164 2.996.858
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 1.103.422 945.364
Consumo de água recirculada (m3/ano) 2.057.742 2.051.494
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) 0 0
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 18.606 14.822
Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 0 0
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 1.939.410 1.992.403
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 210.710 223.208
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 210.710 223.208
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 659.799 812.874
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 27.168 37.897
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 102 27
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 190 46
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 57 63 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 26.921 37.788
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 205,3 195,5
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 22. A partir da sua análise verificou-se uma redução no índice
feam 71
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
de 0,659 para 0,634 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos
2007 e 2008.
Essa redução deveu-se em função de uma queda nos resultados para as esferas
Materiais, Energia e Resíduos Sólidos, apesar das melhoras obtidas para as esferas
Água e Emissões Atmosféricas.
Tabela 21 Benchmarks adotados para o setor de cimento Cod. INDICADORES unidade Cimento IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 10% WBCSD (2002) IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,07 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 1,06 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 0,33 ESTIPULADO AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 100% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 834 WBCSD (2002) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 90 IFC (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 25% WBCSD (2002) RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 0,25 IFC (2007) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,008 ESTIPULADO
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 900 WBCSD (2002) EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,052 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 28,6% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 72
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 22 Cálculo do Índice P+L para o setor de cimento nos anos 2007 e 2008
Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 76% 67% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t clínquer) 1,93 2,06 1,00 54% 47% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 16% 15% 10% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,14 0,19 0,07 50% 20%
AG ÁGUA 57% 66% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t clínquer) 2,41 2,11 1,06 36% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t clínquer) 0,84 0,67 0,33 24% 50% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 65% 68% 100% 65% 68% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t clínquer) 0,0 0,0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t clínquer) 0,0 0,0 0,0 100% 100%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 16,7% 27,6% 100% 17% 28%
EN ENERGIA 81% 77% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t clínquer) 1.477 1.404 834 61% 66% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t cimento) 125 157 90 81% 63% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 38% 46% 25% 100% 100%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 50% 41% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t cimento) 16 20 0,25 0% 0% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,016 0,020 0,008 50% 24%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,7% 0,1% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,2% 0,2% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 98,7% 99,6% 100% 99% 100%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 62% 64%
EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido
(kg CO2/t cimento) 586 586 900 100% 100%
EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,122 0,105 0,052 33% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 14,3% 11,4% 28,6% 50% 40%
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,659 0,634
feam 73
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
7.4.7 Indústria Metal-mecânica / autopeças
A aplicação do teste no setor de autopeças teve como participante uma unidade de
médio porte que fabrica discos de freio.
Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores
são apresentados nas Tabelas 23 e 25.
Tabela 23 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor metal-mecânico
Parâmetro unidade 2007 2008
Produção anual (t/ano) 19.898 35.155
MATERIAIS
Consumo de matérias-primas (t/ano) 29.731 51.661
Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0
Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 29.731 51.661
Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0
Consumo de produto perigosos (t/ano) 40,5 40,8
ÁGUA
Uso total de água (m3/ano) 620 510
Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 620 510
Consumo de água recirculada (m3/ano) 0% 0%
EFLUENTES LÍQUIDOS
Geração de efluentes industriais (m3/ano) - -
Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 15 21
Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) - -
ENERGIA
Consumo total de energia (MWh/ano) 3.445 8.888
Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 2.777 8.205
Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 2.777 8.205
Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 0 0
RESÍDUOS SÓLIDOS
Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 0 0
Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 10.639 11.352
Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 0 0
Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0
Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 10.639 11.352
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -
Carga poluidora de MP emitida (t/ano) - -
A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é
apresentada na Tabela 25. A partir da sua análise verificou-se um avanço de 0,343
para 0,366 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.
O aumento deveu-se em função de uma melhoria nos resultados para as esferas
Materiais, Água e Resíduos Sólidos. Nota-se que a esfera Energia sofreu grande
redução ocasionada pelo aumento no consumo de energia elétrica no
empreendimento. A esfera Emissões Atmosféricas, por sua vez, permaneceu com
feam 74
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
valores nulos em função da inexistência de dados de monitoramento que permitissem o
cálculo dos indicadores relacionados.
Pela análise da Tabela 24, nota-se que todos os benchmarks do setor foram
estipulados. Isso ocorreu pelo fato do setor de autopeças possuir uma característica
singular na qual existe uma grande especificidade do processo produtivo de cada
empreendimento, dificultando o estabelecimento de benckmarks aplicáveis ao setor
como um todo.
De qualquer forma, essa metodologia é adequada para o acompanhamento da
evolução dos indicadores nas indústrias do setor de autopeças que desejam verificar a
melhoria contínua do seu desempenho ambiental.
Tabela 24 Benchmarks adotados para o setor de metal-mecânico Cod. INDICADORES unidade Metal-mecânico IM MATERIAIS Valor Referência
IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,6 ESTIPULADO AG ÁGUA
AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 7,25 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 7,25 ESTIPULADO AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 50% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO
EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 87 ESTIPULADO EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 70 ESTIPULADO EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS
RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 161 ESTIPULADO RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,00 ESTIPULADO
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 0% ESTIPULADO EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0% ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO
benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo
benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado
feam 75
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Tabela 25 Cálculo do Índice P+L para o setor metal-mecânico nos anos 2007 e 2008
Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008
IM MATERIAIS 44% 57% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 1,49 1,47 1,00 75% 77% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 100% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 2,0 1,2 0,6 0% 50%
AG ÁGUA 31% 42% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 31 15 7,25 0% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 31 15 7,25 0% 50% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 50% 0% 0% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 0 0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0 0 0,0 0% 0%
AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 91,6% 59,1% 100% 92% 59%
EN ENERGIA 32% 1% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 173 253 87 50% 4% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 140 233 70 50% 0% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 0% 0% 100% 0% 0%
RS RESÍDUOS SÓLIDOS 67% 84% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 535 323 161 0% 50% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,00 0,00 0,00 100% 100%
RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,0% 0,0% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -
RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100,0% 100,0% 100% 100% 100%
EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 0% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - 0% 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - 0% 0% 0% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - 100% 0% 0%
IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,343 0,366
feam 76
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
8 CRITÉRIOS DE APLICABILIDADE
8.1 Aplicabilidade da metodologia
Conforme apresentado anteriormente, a metodologia de cálculo do Índice P+L é
aplicável a todos os empreendimentos de pequeno, médio ou grande porte dos setores
da indústria de transformação dentro do Estado de Minas Gerais, podendo ser
estendida para outras regiões, desde que seja feita a classificação do empreendimento
de acordo com a DN COPAM No 74 /04 bem como a definição de benckmarks
específicos para cada um dos indicadores.
8.2 Restrições e precauções na aplicação
Toda metodologia que se propõe ser aplicável a vários indivíduos diferentes executa
simplificações com o objetivo de ampliar a sua extensão de aplicação. O caso do Índice
P+L não é diferente.
Assim, algumas precauções devem ser adotadas quando da aplicação, apresentação e
interpretação da metodologia para o cálculo do Índice P+L e de seus resultados.
Na sua aplicação, o Índice deve apresentar confiabilidade (UNCTAD, 2004), ou seja,
ele deve reproduzir o estado real do empreendimento em cada uma das suas esferas.
Assim, as metodologias de obtenção das grandezas (quantificação dos aspectos
ambientais do empreendimentos) devem ser as mais seguras possíveis e sempre
explicitadas quando da apresentação do Índice. Devem ser priorizadas metodologias
analíticas sempre que possível. Outras possibilidades são registros de produção ou
mesmo estimativas matemáticas, quando largamente aceitas e utilizadas.
No sentido de garantir a confiabilidade da metodologia, sugere-se que a aquisição dos
dados seja acompanhada de um processo de verificação e validação, atestando a
conformidade dos critérios de obtenção de informações e, portanto, os resultados do
Índice calculado.
A apresentação do Índice P+L deve ser acompanhada das grandezas básicas
utilizadas para o seu cálculo, conforme apresentado no teste da metodologia, em que
a primeira tabela apresentada sempre retratava os dados utilizados para o cálculo dos
indicadores e do Índice. Ainda garantindo essa característica relacionada à facilidade
feam 77
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
de compreensão, a apresentação do Índice deve ser acompanhada dos resultados dos
indicadores individualmente bem com dos Índices relacionados a cada esfera do Índice
final, facilitando a compreensão de sua visualização.
Conforme VARFAILLIE & BIDWELL (2000), o uso de indicadores e, de forma mais
relevante, de um Índice que agrega várias informações deve ser realizado com muito
cuidado, garantindo que os utilizadores interpretem a informação corretamente.
Segundo eles, isso é tarefa não só dos resposnsáveis pela elaboração e apresentação
do caso específico, mas na mesma proporção daqueles que irão utilizar e interpretar os
Índices.
Indicadores ambientais e o Índice P+L disponibilizado, concretamente, servirão como
base para definição de futuros processos de benchmarking para cada um dos setores.
A comparação de dados de empreendimentos diversos deve ser realizada com
extrema cautela, considerando que empreendimentos diferentes produzem produtos
diferentes e agregam valor aos seus produtos e serviços de forma única. Isso significa
que um benchmarking não pode ser estritamente numérico, ainda que essa prática
efetivamente contribua para a gestão dos empreendimentos envolvidos.
Um último cuidado a ser adotado é a utilização desse Índice para uma comparação
intersetorial. Esclarecemos que o Índice não foi elaborado com esse propósito, nem
testado nesse sentido, não podendo, portanto, ser utilizado para tal finalidade em
hipótese nenhuma.
8.3 Proposta de desenvolvimento da metodologia
Ao longo deste Caderno Técnico foram realizadas considerações de várias ações de
desenvolvimento futuras, algumas necessárias à correta aplicação do Índice e outras
que são recomendáveis para uma maior compreensão da sua dinâmica.
Assim, como propostas de desenvolvimento do Índice consideradas como necessárias
encontram-se:
- desenvolvimento de uma base consistente de benchmarks para os indicadores
componentes da metodologia de cálculo do Índice, para cada um dos setores
industriais alvo;
feam 78
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
- seleção de um novo grupo de empreendimentos dentro da Indústria de
transformação para os quais seria interessante estender a base de benchmarks
viabilizando a aplicação futura da metodologia do Índice. Tal ação pode ser
desenvolvida, por exemplo, dentro de grupos de trabalho interinstitucionais
interessados no tema.
Outras propostas de desenvolvimento:
• a aplicação da metodologia em um grupo-piloto de empreendimento dentro dos
setores-alvo, visando a um teste mais completo da metodologia e a geração de
um primeiro benchmark para o Índice P+L para cada um dos 6 setores
trabalhados;
• desenvolvimento conceitual, metodológico e analítico que permita a utilização
dos indicadores IM-5 e IM-6 em uma segunda etapa de aplicação da
metodologia.
feam 79
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
9 CONCLUSÕES
Este Caderno Técnico apresenta os resultados obtidos com o desenvolvimento do
projeto Índice de Produção mais Limpa, tornando a metodologia disponível para
utilização nos empreendimentos considerados potencialmente poluidores ou
degradadores do meio ambiente, pertencentes à Indústria de transformação.
O Índice P+L demonstrou ser uma importante ferramenta na mensuração dos ganhos
em ecoeficiência devido à implementação de ações bem como um importante
mecanismo de apoio à tomada de decisão no direcionamento de esforços e recursos
na busca por processos produtivos mais sustentáveis.
Avaliando os resultados do método Delphi aplicado, pode-se verificar que os
indicadores propostos para a composição do Índice P+L são relevantes, tendo em vista
que a grande maioria dos entrevistados considerou todos os indicadores como
importantes ou muito importantes.
O método desenvolvido para a ponderação dos indicadores e esferas que compõem o
Índice permitiu não só a redução no grau de subjetividade como também a relativização
dos pesos em função dos diferentes graus de impactos potenciais sobre o meio
ambiente para cada uma das tipologias industriais. A partir da junção dos resultados
da aplicação do método Delphi e as definições do grau de impacto constantes do
Anexo I da DN COPAM n° 74/04, criou-se um mecanismo automático para a calibração
da composição do Índice de acordo as especificidades de cada tipologia industrial.
A viabilização do cálculo dos indicadores que incorporam conceitos da análise de ciclo
de vida permitirá uma avaliação mais completa do produto disponibilizado ao mercado,
incentivando as empresas a traçar estratégias para o aumento no potencial de
reciclabilidade e redução na quantidade de compostos perigosos no produto final.
A definição dos benckmarks e dos valores orientadores para os diversos indicadores é
um dos pontos chaves para que a formulação desenvolvida reflita de forma adequada o
grau de ecoeficiência dos empreendimentos. Esse trabalho deve ser realizado a partir
da aplicação do Índice em um amplo universo de empresas, buscando-se criar um
banco de dados sobre os indicadores propostos. O teste da metodologia em 6
unidades produtivas demonstrou a potencialidade da ferramenta desenvolvida como
um instrumento capaz de orientar a gestão ambiental dos empreendimentos e auxiliar o
feam 80
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Estado na criação de políticas públicas para a melhoria dos padrões de ecoeficiência
nos diversos setores industriais. A evolução desse instrumento permitirá elaborar um
processo padronizado para a avaliação da performance ambiental dos
empreendimentos.
A proposição dessa metodologia de cálculo deve ser encarada como uma iniciativa no
processo de desenvolvimento de um novo mecanismo de avaliação do desempenho
ambiental que permitirá uma análise mais criteriosa da evolução das boas práticas
adotadas.
O projeto desenvolvido é inovador, pois buscou agrupar diversos indicadores em um
único Índice capaz de monitorar o desempenho dos empreendimentos ao longo do
tempo e, com a seu aprimoramento, poderá se tornar uma ferramenta de grande
utilidade na promoção de práticas ecoeficientes e de produção mais limpa nos
empreendimentos localizados no Estado de Minas Gerais.
feam 81
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
10 REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-ISO 14.031 – Gestão Ambiental – Avaliação de Desempenho Ambiental – Diretrizes. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. 38p.
ALMEIDA F. O Bom Negócio da Sustentabilidade. 1.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002. 192p.
Cleaner Production: Key Elements – UNEP DTIE Cleaner Production, http://www.unepie.org/pc/cp/understanding_cp/home.htm (20/12/2002).
CPDS – Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. Agenda 21 Brasileira: Ações prioritárias. 1.ed. Brasília: CPDS, 2002. 160p.
CNTL. Qual a vantagem de se adotar Produção mais Limpa. Manual. Porto Alegre: CNTL, 1998.
DEFRA – Department for Environment, Food and Rural Affairs. Environmental Key Performance Indicators: Reporting guidelines for UK business. London: Nobel House, 2006. 74p.
EPA. Best Management Practices for Pollution Prevention in the Textile Industry. EPA-625/R-96/004. Washington, D.C.:US Government Printing Office, 1996.299p.
GOMBAULT, M., VERSTEEGE, S. Cleaner production in SMEs through a partnership with (local) authorities: successes from the Netherlands. J. Cleaner Prod., Vol. 7, pp. 249-261, 1999.
GRI – Global Reporting Iniciative. Diretrizes para Relatório de Sustentabilidade. Versão 3.0 (Português). São Paulo, 2006. 47 p.
IFC. General EHS Guidelines. World Bank, 2007. Disponível em http://www.ifc.org/ifcext/sustainability.nsf/Content/EnvironmentalGuidelines.
IUCN; UNEP; WWF. Carrying for the Earth: a strategy for survival. 1.ed. London: Mitchell Baeztey, 1993. 159p.
LINSTONE HUROLD A. e TUROFF, MURRAY. The Delphi Method, USA, 1977.
feam 82
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
MACHADO, R. M. G. et al. Controle Ambiental em Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios. Projeto Minas Ambiente. 1 ed. Belo Horizonte: SEGRAC, 2002. 224 p.
NPPC – National Pollution Prevention Center for Higher Education. Pollution Prevention – Concepts and Principles. Introductory Pollution Prevention Materials. Ann Arbor: University of Michigan, 1995. 18p. Disponível em http://www.umich.edu/~nppcpub/, acessado em 15/08/2004.
PACHECO, J.W.F. Curtumes. São Paulo: CETESB, 2005. 76p. (Série P+L).
PNUMA/IMA. Producción más Limpia: un paquete de recursos de capacitación. 1ª ed.(español). Ciudad de Mexico: PNUMA/IMA, 1999. 5 partes.
RIBEIRO, J. C. J. Indicadores Ambientais: avaliando a política de meio ambiente no Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: SEMAD, 2006. 304p.
RODHE, H. Preventive environmental strategies in eastern european industry – An analysis of donor support for cleaner production. PhD Thesis. IIIEE – Lund University, Sweden. 202p. 2000.
UNCTAD. A Manual for the Prepares and Users of Eco-efficiency Indicators. Version 1.1. Geneva and New York: UNCTAD, 2004.113p.
UNEP – United Nations Environmental Programme. Cleaner Production Assessment in Dairy Processing. Paris: UNEP, 2000. 367p.
UNIDO – CP, UNIDO – The NCPC Programme, http://www.unido.org/doc/5133 (25/10/2004).
UNIDO. In: NGO FORUM ON CLEANER INDUSTRIAL PRODUCTION, 1995,. Vienna. Unido Programme on Cleaner Industrial Production. UNIDO, 1995. 13p.
UNIDO. Sustainable Industrial Development: UNIDO Position. Vienna: United Nations Industrial Developmnet Organization, 1998. 20p. (Posicionamento institucional).
VAN BERKEL, R.; WILLENS, E.; LAFLEUR, M. The relationship between cleaner production and industrial ecology. J. Industrial Ecology., Cambidge, MA., Vol. I, No. 1, pp. 51-66, 1997.
feam 83
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
VARFAILLIE, H.; BIDWELL, R. Medir a Ecoeficiência: Um guia para comunicar o desempenho da empresa. Lisboa: WBCSD, 2000. 36p.
WBCSD. Towards a Sustainable Cement Industry: key performance indicators. Geneva-Switzerland: World Business Council for Sustainable Development, 2002. 14p
WBCSD, UNEP. Cleaner production and Ecoefficiency: complementary approaches to sustainable developmnet. Geneva-Switzerland: World Business Council for Sustainable Development, 1998. 12p. (Informativo).
ZWETSLOOT, G., GEYER, A. The essential elements for successful cleaner production programmes. J. Cleaner Prod., Vol. 4, No. 1, pp. 29-39, 1996
feam 84
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
11 ANEXOS
11.1 Anexo I – Formulário padrão utilizado para a c oleta de dados dos
empreendimentos participantes do teste da metodolog ia
QUESTIONÁRIO
PROJETO “ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO”
1. DADOS DO EMPREENDEDOR:
2. DADOS DO EMPREENDIMENTO
Denominação:
Endereço (Rua, Av.; nº):
Município: CEP:
Responsável ambiental no empreendimento
Nome:
E-mail:
Telefone:
3. INFORMAÇÕES GERAIS
1. A empresa possui algum tipo de certificação ambiental ou de qualidade? Em caso afirmativo,
favor qual(is) o(s) organismo(s) emissor(es) e a(s) respectiva(s) data(s) de emissão.
2. A empresa participa de alguma associação nacional ou internacional do setor? Qual (is)?
Razão social:
Nome comercial (fantasia):
CNPJ: Inscrição Estadual:
Endereço (Rua, Av.; nº):
Município: CEP:
Responsável corporativo de meio ambiente
Nome:
E-mail:
Telefone:
feam 85
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
3. A empresa elabora ou já elaborou algum tipo de relatório de sustentabilidade? Qual o modelo
adotado? O relatório foi publicado?
4. PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS
Neste item, favor preencher os, até 3 (três), principais produtos comercializados pelo empreendimento.
Não considerar nome comercial, mas classe de produto final. A adoção da unidade de produção em
massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.
Quantidade produzida No Produto Unidade Ano 1 Ano 2
Observações
1 t
2 t
3 t
As perguntas a seguir têm como objetivo iniciar uma abordagem relacionada ao ciclo de vida ambiental
dos produtos finais disponibilizados ao mercado consumidor. Caso já tenham realizado algum
levantamento ou estudo a respeito, favor preencher os quadros.
1. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de materiais recicláveis
existentes na composição dos seus produtos? Em caso afirmativo, quais os resultados?
2. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de compostos perigosos
existentes na composição dos produtos finais? Em caso afirmativo, quais os resultados obtidos?
5. MATÉRIAS -PRIMAS UTILIZADAS
Neste item, favor preencher até 3 (três) matérias-primas principais utilizadas no empreendimento.
Insumos de processo ou auxiliares de produção não devem ser listados neste quadro. A adoção da
unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.
Quantidade produzida No Matérias-primas principais Unidade Ano 1 Ano 2
Renovável? Reciclada?
1 t
2 t
3 t
6. PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS UTILIZADOS
feam 86
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Neste item, favor preencher até 6 (seis) produtos químicos considerados como perigosos, dentre aqueles
que são utilizados em todo o empreendimento. Favor considerar nesse quadro aqueles consumidos em
maiores quantidades. Podem ser considerados neste item, óleos lubrificantes, solventes, líquidos
refrigerantes (caso perigosos). Os materiais combustíveis não devem ser inseridos neste quadro. A
adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do
indicador.
Quantidade consumida No Produto perigoso Unidade Ano 1 Ano 2
No ONU
1 t
2 t
3 t
4 t
5 t
7. CONSUMO DE ÁGUA E GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Consumo de água
Este quadro se refere tanto ao uso total de água no empreendimento (considerando como uso toda a
quantidade de água nova e/ou recirculada para o desenvolvimento das atividades dentro do
empreendimento, incluindo consumo humano, uso sanitário, consumo industrial, água de resfriamento,
umidificação de vias, irrigação de jardins, etc.), como a quantidade total de água que entra no balanço
hídrico, ou seja, aquela que é captada (diretamente ou por meio da concessionária pública) como
reposição de água para as perdas e descartes.
Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
1 Uso total de água no empreendimento m3
2 Quantidade de água captada diretamento pelo empreendimento (poços, rios, lagos e nascentes)
m3
3 Quantidade de água utilizada da concessionária local m3
4 Quantidade de água recirculada m3
1. Existem captações de águas pluviais no empreendimento?
2. Existem sistemas de reciclagem de água no empreendimento? Em caso afirmativo, a água é
reutilizada em qual(is) uso(s), processo(s) e/ou setore(s)?
feam 87
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Geração de efluentes líquidos
Este quadro se refere à quantificação da geração de efluentes líquidos no empreendimento, sejam eles
industriais ou sanitários. Na linha referente a efluentes líquidos industriais, favor somar a quantidade
gerada de todos os efluentes líquidos industriais existentes no empreendimento.
Quantidade gerada No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
Existe reciclagem?
1 Geração de efluentes líquidos industriais m3
2 Geração de efluentes líquidos sanitários m3
Características dos efluentes líquidos industriais e sanitários
Neste quadro, favor apresentar as características médias obtidas para os efluentes líquidos industriais e
sanitários monitorados pelo empreendimento. Os parâmetros físico-químicos adotados deverão ser
aqueles que constam no programa de automonitoramento de efluentes líquidos do empreendimento.
Média Ano 1 Média Ano 2 No Parâmetro físico-químico 8 Unidade Bruto Tratado Bruto Tratado
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
8. CONSUMO DE ENERGIA 8 Parâmetros físico-químicos exigidos no programa de automonitoramento de efluentes industriais do empreendimento.
feam 88
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Consumo de energia elétrica
O quadro a seguir se refere ao consumo de energia elétrica no empreendimento. Favor permanecer
atento às unidades de medida. Na columa “FONTE” informar a concessionária fornecedora de energia;
no caso da linha 1, e no caso da linha 2, informar qual a forma de geração de energia. No caso de
energia térmica, os combustíveis serão listados no quadro referente a “Consumo de energia térmica”.
Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
FONTE
1 Consumo de energia elétrica da concessionária pública
MWh
2 Consumo de energia elétrica de geração própria
MWh
Consumo de energia térmica
Neste item, favor preencher os, até 8 (oito), principais combustíveis utilizados pelo empreendimento. A
adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do
indicador. Favor não considerar nesse item os combustíveis automotivos utilizados na distribuição dos
produtos finais. Na coluna “USO” apresentar a operação, fase do processo ou equipamento em que o
combustível é utilizado.
Quantidade consumida No Combustíveis (especificar tipo): Unidade Ano 1 Ano 2
USO
1 t
2 t
3 t
4 t
5 t
9. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Favor listar as emissões atmosféricas geradas no empreendimento e suas respectivas fontes. Na coluna
Vazão média, inserir o resultado referente a média de todas as medições do ano.
Vazão média (Nm 3/h)
No Emissão Fonte Ano 1 Ano 2
Período de funcionamento
(h/dia) 1
2
3
4
5
feam 89
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Neste quadro, apresentar o nível médio (concentração) de poluentes monitorados nas emissões
atmosféricas, inclusive daquelas relacionadas ao programa de automonitoramento de efluentes
atmosféricos do empreendimento.
Quantidade
No Poluente Emissão Unidade de medida Ano 1 Ano 2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Gases de efeito estufa
1. Existe algum tipo de inventário de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo empreendimento? Se
houver, qual metodologia foi adotada? Quais os resultados obtidos? Qual a principal atividade
geradora de GEE no empreendimento?
Gases de efeito estufa
Demais emissões atmosféricas
Existem sistemas de controle utilizados para poluição atmosférica? Se houver, favor especificar o tipo do
sistema e a eficiência no tratamento.
feam 90
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Observações e sugestões
RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO
Nome:
E-mail:
Telefone:
Vínculo com a empresa:
Data:
Assinatura:
feam 91
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
11.2 Anexo II – Formulário padrão proposto para a c oleta de dados dos
empreendimentos participantes
FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS ÍNDICE P+L
1 DADOS DO EMPREENDEDOR:
2 DADOS DO EMPREENDIMENTO
Denominação:
Endereço (Rua, Av.; nº):
Município: CEP:
Responsável ambiental no empreendimento
Nome:
E-mail:
Telefone:
3 INFORMAÇÕES GERAIS
4. A empresa possui algum tipo de certificação ambiental ou de qualidade? Em caso afirmativo,
favor qual(is) o(s) organismo(s) emissor(es) e a(s) respectiva(s) data(s) de emissão.
5. A empresa participa de alguma associação nacional ou internacional do setor? Qual (is)?
Razão social:
Nome comercial (fantasia):
CNPJ: Inscrição Estadual:
Endereço (Rua, Av.; nº):
Município: CEP:
Responsável corporativo de meio ambiente
Nome:
E-mail:
Telefone:
feam 92
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
6. A empresa elabora ou já elaborou algum tipo de relatório de sustentabilidade? Qual o modelo
adotado? O relatório foi publicado?
4 PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS
Neste item, favor preencher os, até 3 (três), principais produtos comercializados pelo empreendimento.
Não considerar nome comercial, mas classe de produto final. A adoção da unidade de produção em
massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.
Quantidade produzida No Produto Unidade Ano 1 Ano 2
Observações
1 t
2 t
3 t
As perguntas a seguir têm como objetivo iniciar uma abordagem relacionada ao ciclo de vida ambiental
dos produtos finais disponibilizados ao mercado consumidor. Caso já tenham realizado algum
levantamento ou estudo a respeito, favor preencher os quadros.
3. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de materiais recicláveis
existentes na composição dos seus produtos? Em caso afirmativo, quais os resultados?
4. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de compostos perigosos
existentes na composição dos produtos finais? Em caso afirmativo, quais os resultados obtidos?
5 MATÉRIAS -PRIMAS UTILIZADAS
Neste item, favor preencher até 3 (três) matérias-primas principais utilizadas no empreendimento.
Insumos de processo ou auxiliares de produção não devem ser listados neste quadro. A adoção da
unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.
Quantidade produzida No Matérias-primas principais Unidade Ano 1 Ano 2
Renovável? Reciclada?
1 t
2 t
3 t
feam 93
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
6 PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS UTILIZADOS
Neste item, favor preencher até 6 (seis) produtos químicos considerados como perigosos, dentre aqueles
que são utilizados em todo o empreendimento. Favor considerar nesse quadro aqueles consumidos em
maiores quantidades. Podem ser considerados neste item, óleos lubrificantes, solventes, líquidos
refrigerantes (caso perigosos). Os materiais combustíveis não devem ser inseridos neste quadro. A
adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do
indicador.
Quantidade consumida No Produto perigoso Unidade Ano 1 Ano 2
No ONU
1 t
2 t
3 t
4 t
5 t
6 t
7 CONSUMO DE ÁGUA E GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS
Consumo de água
Este quadro se refere tanto ao uso total de água no empreendimento (considerando como uso toda a
quantidade de água nova e/ou recirculada para o desenvolvimento das atividades dentro do
empreendimento, incluindo consumo humano, uso sanitário, consumo industrial, água de resfriamento,
umidificação de vias, irrigação de jardins, etc.), como a quantidade total de água que entra no balanço
hídrico, ou seja, aquela que é captada (diretamente ou por meio da concessionária pública) como
reposição de água para as perdas e descartes.
Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
1 Uso total de água no empreendimento m3
2 Quantidade de água captada diretamento pelo empreendimento (poços, rios, lagos e nascentes)
m3
3 Quantidade de água utilizada da concessionária local m3
4 Quantidade de água recirculada m3
3. Existem captações de águas pluviais no empreendimento?
feam 94
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
4. Existem sistemas de reciclagem de água no empreendimento? Em caso afirmativo, a água é
reutilizada em qual(is) uso(s), processo(s) e/ou setore(s)?
Geração de efluentes líquidos
Este quadro se refere à quantificação da geração de efluentes líquidos no empreendimento, sejam eles
industriais ou sanitários. Na linha referente a efluentes líquidos industriais, favor somar a quantidade
gerada de todos os efluentes líquidos industriais existentes no empreendimento.
Quantidade gerada No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
Existe reciclagem?
1 Geração de efluentes líquidos industriais m3
2 Geração de efluentes líquidos sanitários m3
Características dos efluentes líquidos industriais e sanitários
Neste quadro, favor apresentar as características médias obtidas para os efluentes líquidos industriais e
sanitários monitorados pelo empreendimento. Os parâmetros físico-químicos adotados deverão ser
aqueles que constam no programa de automonitoramento de efluentes líquidos do empreendimento.
Média Ano 1 Média Ano 2 No Parâmetro físico-químico 9 Unidade Bruto Tratado Bruto Tratado
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
9 Parâmetros físico-químicos exigidos no programa de automonitoramento de efluentes industriais do empreendimento.
feam 95
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
8 CONSUMO DE ENERGIA
Consumo de energia elétrica
O quadro a seguir se refere ao consumo de energia elétrica no empreendimento. Favor permanecer
atento às unidades de medida. Na columa “FONTE” informar a concessionária fornecedora de energia;
no caso da linha 1, e no caso da linha 2, informar qual a forma de geração de energia. No caso de
energia térmica, os combustíveis serão listados no quadro referente a “Consumo de energia térmica”.
Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2
FONTE
1 Consumo de energia elétrica da concessionária pública
MWh
2 Consumo de energia elétrica de geração própria
MWh
Consumo de energia térmica
Neste item, favor preencher os, até 8 (oito), principais combustíveis utilizados pelo empreendimento. A
adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do
indicador. Favor não considerar nesse item os combustíveis automotivos utilizados na distribuição dos
produtos finais. Na coluna “USO” apresentar a operação, fase do processo ou equipamento em que o
combustível é utilizado.
Quantidade consumida No Combustíveis (especificar tipo): Unidade Ano 1 Ano 2
USO
1 t
2 t
3 t
4 t
5 t
6 t
7 t
8 t
feam 96
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
9 RESÍDUOS SÓLIDOS
Favor listar os resíduos sólidos gerados no empreendimento, acompanhados de sua classe de
acordo com a NBR10.004 e as respectivas taxas de geração para cada ano. Em “Local de
geração” apresentar a área ou processo onde o resíduo é gerado.
Taxa de geração (t/ano)
No Resíduo sólido Local de geração Ano 1 Ano 2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
feam 97
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Neste quadro, apresentar o destino dado a cada um dos resíduos sólidos gerados no empreendimento,
marcando um X onde for aplicável. Caso um resíduo tenha duas ou mais destinações diferentes, marcar
as destinações aplicáveis indicando o percentual de resíduos que foi encaminhado para cada tipo de
destinação.
No Resíduo sólido
Ate
rro
%
Inci
nera
ção
%
Cop
roce
ssam
ento
%
Reu
tiliz
ação
/
reci
clag
em
%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
feam 98
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
10 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Favor listar as emissões atmosféricas geradas no empreendimento e suas respectivas fontes. Na coluna
Vazão média, inserir o resultado referente a média de todas as medições do ano.
Vazão média (Nm 3/h)
No Emissão Fonte Ano 1 Ano 2
Período de funcionamento
(h/dia) 1
2
3
4
5
6
7
Neste quadro, apresentar o nível médio (concentração) de poluentes monitorados nas emissões
atmosféricas, inclusive daquelas relacionadas ao programa de automonitoramento de efluentes
atmosféricos do empreendimento.
Quantidade
No Poluente Emissão Unidade de medida Ano 1 Ano 2
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Gases de efeito estufa
2. Existe algum tipo de inventário de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo empreendimento? Se
houver, qual metodologia foi adotada? Quais os resultados obtidos? Qual a principal atividade
geradora de GEE no empreendimento?
feam 99
ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Gases de efeito estufa
Demais emissões atmosféricas
Existem sistemas de controle utilizados para poluição atmosférica? Se houver, favor especificar o tipo do
sistema e a eficiência no tratamento.
Observações e sugestões
RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO
Nome:
E-mail:
Telefone:
Vínculo com a empresa:
Data:
Assinatura: