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Índice de Produção Mais Limpa para a Indústria de Transformação do

Estado de Minas Gerais

Caderno Técnico

POLÍCIAMILITARD E M I N A S G E R A I S

Nossa profissão, sua vida.

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Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Fundação Estadual do Meio Ambiente

Índice de Produção Mais Limpa para a Indústria de Transformação do

Estado de Minas Gerais

Caderno Técnico

Belo Horizonte

2008

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© Fundação Estadual do Meio Ambiente Governo do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Governador Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SISEMA Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SEMAD José Carlos Carvalho Secretário Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM José Cláudio Junqueira Ribeiro Presidente

Elaboração José Cláudio Junqueira Ribeiro Presidente da FEAM

Luiz Ignácio Fernandes de Andrade Pesquisador

Felipe Correia de Souza P. Gomes Gestor Ambiental

Christiano Lemos de Moraes Brandão Analista Ambiental

Francisco Bizzotto Gomes Pesquisador

Leandro do Carmo Santana Estagiário

Pedro Washington Torquetti de Souza Estagiário

Revisão de texto: Leila Maria Rodrigues

Capa: Ana Spolaor Colaboração Zuleika Stela Chiacchio Torquetti Diretora de Gestão e Qualidade Ambiental

Maria Eleonora Deschamps Pires Carneiro Gerente de Resíduos Sólidos

Rua Espírito Santo, 495 – Centro – Belo Horizonte/MG CEP: 30160-030 (31) 3219-5656/5744/5605

www.feam.br

Fundação Estadual do Meio Ambiente

F981i

Índice de produção mais limpa para a indústria de

transformação do Estado de Minas Gerais; Caderno Técnico /

Fundação Estadual do Meio Ambiente. --- Belo Horizonte: Feam,

2009.

, 2 99 p. ; il.

1. Indústria de transformação (Minas Gerais). 2. Produção

mais limpa - índice. I. Título.

CDU: 67(815.1): 504.06

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos, de forma especial, a todas as empresas parceiras, bem como a seus

colaboradores que participaram no desenvolvimento deste Projeto com

informações, tecendo comentários e emitindo opiniões que contribuíram,

sobremaneira, para o aprimoramento da metodologia de cálculo do Índice P+L,

facilitando, assim, a sua compreensão e aplicação nos empreendimentos industriais.

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................13

2 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................14

3 OBJETIVOS..............................................................................................................................................16

4 METODOLOGIA.......................................................................................................................................17

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................18

6 DEFINIÇÃO DOS INDICADORES ...............................................................................................................26

6.1 PREMISSAS .............................................................................................................................................. 26

6.2 INDICADORES SELECIONADOS....................................................................................................................... 27

6.2.1 Esfera Materiais............................................................................................................................... 27

6.2.2 Esfera Água...................................................................................................................................... 28

6.2.3 Esfera Energia.................................................................................................................................. 32

6.2.4 Esfera Resíduos Sólidos.................................................................................................................... 34

6.2.5 Esfera Emissões Atmosféricas.......................................................................................................... 35

6.2.6 Resumo dos indicadores .................................................................................................................. 38

7 DEFINIÇÃO DO ÍNDICE P+L......................................................................................................................40

7.1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 40

7.2 METODOLOGIA......................................................................................................................................... 40

7.2.1 Etapas de desenvolvimento do projeto............................................................................................ 40

7.2.2 Metodologia proposta para cálculo do Índice P+L .......................................................................... 45

7.3 CRITÉRIOS DE PONDERAÇÃO ........................................................................................................................ 50

7.3.1 Introdução ....................................................................................................................................... 50

7.3.2 Descrição dos critérios de ponderação propostos ........................................................................... 50

7.3.3 Aplicação do método Delphi............................................................................................................ 51

7.3.4 Ponderação final proposta .............................................................................................................. 55

7.4 TESTE ..................................................................................................................................................... 57

7.4.1 Introdução ....................................................................................................................................... 57

7.4.2 Indústria Siderúrgica........................................................................................................................ 58

7.4.3 Indústria Têxtil ................................................................................................................................. 61

7.4.4 Indústria de Laticínios...................................................................................................................... 64

7.4.5 Indústria do Couro ........................................................................................................................... 67

7.4.6 Indútria Cimenteira.......................................................................................................................... 70

7.4.7 Indústria Metal-mecânica / autopeças............................................................................................ 73

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8 CRITÉRIOS DE APLICABILIDADE...............................................................................................................76

8.1 APLICABILIDADE DA METODOLOGIA .............................................................................................................. 76

8.2 RESTRIÇÕES E PRECAUÇÕES NA APLICAÇÃO ..................................................................................................... 76

8.3 PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA ...................................................................................... 77

9 CONCLUSÕES..........................................................................................................................................79

10 REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................81

11 ANEXOS..................................................................................................................................................84

11.1 ANEXO I – FORMULÁRIO PADRÃO UTILIZADO PARA A COLETA DE DADOS DOS EMPREENDIMENTOS PARTICIPANTES DO

TESTE DA METODOLOGIA ......................................................................................................................................... 84

11.2 ANEXO II – FORMULÁRIO PADRÃO PROPOSTO PARA A COLETA DE DADOS DOS EMPREENDIMENTOS PARTICIPANTES ...... 91

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Percentual de indicadores considerados como prioritários em cada uma das

esferas ........................................................................................................................... 55

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Fatores de conversão adotados para a transformação dos combustíveis utilizados nos

empreendimentos em energia.............................................................................................................. 33

Tabela 2 Fatores de conversão adotados para o cálculo da emissão de gases causadores de

efeito estufa. ....................................................................................................................................... 36

Tabela 3 Conjunto dos indicadores selecionados para composição do Índice P+L......................... 38

Tabela 4 Benchmarks identificados para os indicadores de cada um dos setores piloto desta

metodologia. ......................................................................................................................................... 48

Tabela 5 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi e ponderação dos indicadores53

Tabela 6 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi na priorização das esferas ou

grupos. ........................................................................................................................................... 54

Tabela 7 Tabela de ponderação das esferas do Índice P+L adotada ............................................... 56

Tabela 8 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de siderurgia .. 58

Tabela 9 Benchmarks adotados para o setor de siderurgia............................................................. 59

Tabela 10 Cálculo do Índice P+L para o setor de siderurgia nos anos 2007 e 2008. ..................... 60

Tabela 11 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor têxtil .............. 61

Tabela 12 Benchmarks adotados para o setor têxtil..................................................................... 62

Tabela 13 Cálculo do Índice P+L para o setor de têxtil nos anos 2007 e 2008. ............................. 63

Tabela 14 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de laticínios.... 64

Tabela 15 Benchmarks adotados para o setor de laticínios .......................................................... 65

Tabela 16 Cálculo do Índice P+L para o setor de laticínios nos anos 2007 e 2008........................ 66

Tabela 17 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de couro......... 67

Tabela 18 Benchmarks adotados para o setor de couros.............................................................. 68

Tabela 19 Cálculo do Índice P+L para o setor de couros nos anos 2007 e 2008 ........................... 69

Tabela 20 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de cimento..... 70

Tabela 21 Benchmarks adotados para o setor de cimento ........................................................... 71

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Tabela 22 Cálculo do Índice P+L para o setor de cimento nos anos 2007 e 2008......................... 72

Tabela 23 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor metal-mecânico .

....................................................................................................................................... 73

Tabela 24 Benchmarks adotados para o setor de metal-mecânico............................................... 74

Tabela 25 Cálculo do Índice P+L para o setor metal-mecânico nos anos 2007 e 2008 ................. 75

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABIQUIM: Associação Brasileira da Indústria Química

CNTL: Centro Nacional de Tecnologias Limpas

CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPAM: Conselho de Política Ambiental (do Estado de Minas Gerais)

CPDS – Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21

Nacional

DEFRA: Department of Environment, Food and Rural Affairs

DN: Deliberação Normativa

DQO: Demanda Química de Oxigênio

EMAS: Eco-Management ans Audit Scheme

EUA: Estados Unidos da América

FEAM: Fundação Estadual do Meio Ambiente

GLP: Gás Liquefeito de Petróleo

GRI: Global Reporting Initiative

IBS: Instituto Brasileiro de Siderurgia (atualmente denominado Instituto Aço Brasil)

IDO: Indicador de Desempenho Operacional

ISO: International Organisation for Standardization

MP: Material Particulado

NBR: Norma Brasileira

ONG: Organização não Governamental

P2: Prevenção da Poluição

P+L: Produção mais Limpa

PCI: Poder Calorífico Inferior

PNUMA: Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

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PP: Prevenção da Poluição

RADA: Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental

SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SIAM: Sistema de Informações Ambientais Integradas

SISEMA: Sistema Estadual de Meio Ambiente

UNEP: United Nations Environment Programme

UNIDO: United Nations Industrial Development Organization

USEPA: United States Environmental Protection Agency

WBCSD: World Business Council for Sustainable Development

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

1 APRESENTAÇÃO

Este Caderno Técnico tem como objetivo apresentar o marco conceitual e

metodológico, bem como os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto Índice

de Produção mais Limpa (P+L) para a Indústria de Transformação no Estado de

Minas Gerais.

Apresenta, de forma ampla, as bases teóricas para o desenvolvimento do método,

referenciando experiências e pesquisas no âmbito nacional e internacional. Além

disso, é detalhada a metodologia desenvolvida, culminando com a apresentação do

método obtido, exemplificado pelos estudos de casos, utilizados para o teste do

método.

Na parte final deste Caderno Técnico é realizada uma breve discussão da

aplicabilidade atual do método proposto para o cálculo do Índice de Produção mais

Limpa (Índice P+L), bem como das propostas de desenvolvimento futuro com vistas

à consolidação e melhoria do método como um todo.

Nos anexos são apresentados os formulários e tabelas de dados relevantes para o

uso da metodologia desenvolvida.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

2 INTRODUÇÃO

Produção mais Limpa significa a “aplicação contínua de uma estratégia econômica,

ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a

eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração,

minimização ou reciclagem de resíduos sólidos gerados, com benefícios ambientais

e econômicos para os processos produtivos”(CNTL,1998).

Na busca pelo aprimoramento da Política Ambiental no Estado de Minas Gerais, em

consonância com os princípios do desenvolvimento sustentável, a FEAM está

iniciando o estudo de um novo instrumento de incentivo e valorização da adoção de

práticas de Produção mais Limpa (comumente designada por “P+L”) pelas

atividades industriais, capaz de avaliar a evolução e a efetividade das ações

implementadas pelos diversos segmentos produtivos para melhoria do desempenho

ambiental das atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio

ambiente.

Este projeto objetivou desenvolver um “Índice de Produção mais Limpa” a ser

adotado no Estado, estabelecendo os critérios de aplicação, os indicadores e a

metodologia de cálculo, a partir de uma ampla pesquisa bibliográfica nacional e

internacional sobre o tema para identificação de experiências existentes e da

avaliação do desempenho ambiental para segmentos da indústria de transformação

selecionados para o estudo.

A partir da avaliação do “Índice P+L” e de seus diversos indicadores poder-se-á

verificar em quais setores a indústria tem obtido os resultados mais satisfatórios na

melhoria da eficiência de seus processos, bem como quais são os setores mais

estagnados e passíveis de maiores intervenções, com propostas de melhoria e de

regulação.

A consolidação e divulgação regular do “Índice P+L” para diversos segmentos

industriais permitirá ao Estado, ao setor produtivo e à sociedade civil não só

acompanhar a transformação das práticas empresariais voltadas à melhoria de suas

operações, como também definir políticas e metas setoriais para subsidiar a criação

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

de instrumentos que incentivem e valorizem tais iniciativas, contribuindo, dessa

forma, para a melhoria da qualidade ambiental

Este projeto faz parte da ação Otimização de Sistemas de Gestão Adequada de

Resíduos Sólidos por Empreendimentos Geradores do Projeto Estruturador

Resíduos Sólidos, a cargo da FEAM.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

3 OBJETIVOS

O objetivo geral do projeto é desenvolver uma metodologia de cálculo para o Índice

de Produção mais Limpa a ser adotado como instrumento de política ambiental na

promoção de práticas ambientais ecoeficientes nos empreendimentos industriais

instalados no Estado de Minas Gerais.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

4 METODOLOGIA

A metodologia adotada para atender ao objetivo proposto foi:

• desenvolvimento de pesquisa bibliográfica visando a identificar iniciativas

adotadas nacional e internacionalmente com foco na avaliação ou premiação

de melhores índices de produção mais limpa e/ou ecoeficiência apresentados

pelo setor industrial;

• seleção das atividades industriais utilizadas como piloto para o

desenvolvimento do projeto;

• definição das bases de dados e informações adequadas e disponíveis no

SISEMA a serem utilizadas no desenvolvimento do projeto;

• seleção de um conjunto de empreendimentos, relacionados aos setores

industriais, para aplicação prática e teste do índice desenvolvido;

• elaboração de um conjunto único de indicadores considerados relevantes

para as atividades industriais selecionadas;

• estabelecimento da metodologia de cálculo de cada um dos indicadores

selecionados para cada tipologia industrial trabalhada;

• estabelecimento de critérios de ponderação dos diversos indicadores para a

formação do Índice P+L;

• teste e calibração da metodologia de cálculo do Índice P+L com os dados

disponíveis no SISEMA;

• condução de uma análise crítica do conjunto de indicadores da metodologia

de cálculo adotada e das bases de dados existentes;

• apresentação da metodologia final para o cálculo do Índice P+L.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

“É consenso nacional que se deve retomar, com determinação, um processo de

desenvolvimento acelerado que, há vinte anos, tem sido insuficiente para garantir ao

país os patamares necessários de emprego e renda. Também é consenso que a

retomada desse desenvolvimento deve se pautar pelo paradigma do

desenvolvimento sustentável” (CPDS, 2001).

Assim, conforme a Agenda 21 Brasileira, citado acima, entende-se que o

planejamento do futuro da nação brasileira não pretende relegar a urgente

necessidade de aumento dos níveis de emprego, renda e qualidade de vida da

população. É mister um desenvolvimento efetivo de todos os setores potencialmente

geradores de riquezas, pautado, por sua vez, nas bases do desenvolvimento

sustentável.

Tal posição está em consonância com as convenções e tratados internacionais,

resumidos, em sua essência, no documento da Agenda 21 Global. Existe a

necessidade premente de incentivar o crescimento dos países em desenvolvimento.

No entanto, esse padrão de desenvolvimento não pode ser o mesmo adotado até o

momento, devendo-se adequar à capacidade do planeta em prover recursos

naturais e serviços ecológicos que sustentem o desenvolvimento humano ao longo

das gerações (IUCN; UNEP; WWF, 1993).

Ao mesmo tempo em que a indústria é vista como uma grande potencializadora de

riqueza e desenvolvimento econômico e social, também é reconhecida como

potencial e efetivamente poluidora dos recursos naturais. (UNIDO,1998).

Seus aspectos ambientais não estão limitados aos impactos decorrentes do

descarte de resíduos sólidos, efluentes líquidos ou emissões atmosféricas,

poluidores dos ecossistemas. Antes de poluir, a indústria pode afetar o meio

ambiente na medida em que consome os recursos naturais e, levado ao extremo,

contribui para o seu esgotamento.

De acordo como World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), a

sustentabilidade empresarial (incluindo aqui a sustentabilidade das empresas

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

industriais) está apoiada em duas ideias fundamentais: a Ecoeficiência e a

Responsabilidade Social (ALMEIDA, 2002).

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA ou UNEP – United

Nations Environmental Programme) em conjunto com a United Nations Industrial

Development Organization (UNIDO), por sua vez, apresentam a Produção mais

Limpa como uma estratégia ecoeficiente capaz de promover a sustentabilidade no

setor industrial (UNIDO, 1995).

De acordo com WBCSD – um dos principais promotores do conceito de

ecoeficiência em nível mundial – “A Ecoeficiência é alcançada por meio da

disponibilização de bens e serviços a preços competitivos, que satisfaçam as

necessidades humanas e promovam a qualidade de vida. Ao mesmo tempo, ela

reduz progressivamente os impactos ao meio ambiente e a intensidade no uso de

recursos ao longo de toda a vida útil do bem ou serviço, em níveis ao menos

equivalentes ao da capacidade suporte estimada para a Terra” (WBCSD;UNEP,

1998)1.

ALMEIDA (2002) explica que a Ecoeficiência pode ser entendida como produzir

mais (bens e serviços, e de melhor qualidade) com menos recursos naturais e

menos poluição.

Do entendimento do que seja ecoeficiência, surgem 3 aspectos que devem ser

considerados nas ações que buscam viabilizar tais objetivos: resultados econômicos

que garantam a permanência da organização num ambiente de mercado

competitivo; resultados ambientais como forma de integração dos objetivos

socioambientais na estratégia de negócio do empreendimento; e busca de um

sistema de melhoria contínua.

ALMEIDA (2002) indica 4 ferramentas que as organizações podem utilizar para a

implementação da ecoeficiência em seus processos e produtos:

1. Gestão Ambiental (sugerindo que tais programas utilizem modelos de

gestão ambiental disponíveis e aceitos internacionalmente – ISO 14.000, EMAS).

1 Tradução própria (não oficial).

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

2. Certificação Ambiental (seja tal certificação dada aos processos produtivos

ou aos seus produtos, como selos verdes, rótulos ambientais, etc.), com o objetivo

de informar às diversas partes interessadas a adequação ambiental dos processos e

produtos certificados.

3. Análise do Ciclo de Vida, no intuito de viabilizar o ecodesign dos produtos

e, assim, assegurar um melhor desempenho ambiental ao longo de toda a sua vida

útil, possibilitando, inclusive, a reciclabilidade, reutilização ou redução dos riscos de

disposição final do produto ao término de sua utilização.

4. Produção mais Limpa, entendida como um esforço estruturado da

organização em reduzir o uso de materiais e energia, bem como minimizar a

emissão de poluentes sólidos, líquidos ou atmosféricos. A Produção mais Limpa é

baseada na premissa de que qualquer tipo de poluição gerada é expressão direta da

ineficiência dos processos e que, portanto, representa perda financeira direta para a

organização ou para os usuários dos seus produtos.

A Produção mais Limpa é definida como “uma estratégia preventiva integrada,

aplicada aos processos, produtos e serviços, visando ao aumento da ecoeficiência e

a redução dos riscos aos seres humanos e ao meio ambiente” (UNIDO, 1995; CP –

Key elements, 2002).

A Produção mais Limpa utiliza como instrumentos diretos para a obtenção de seus

objetivos a prevenção da poluição, a redução do uso de substâncias tóxicas e o

ecodesign (CP – Key elements, 2002), e está baseada em uma metodologia de

auditoria de geração de resíduos que progride por meio de ferramentas de avaliação

dos fluxos de materiais e energia dos processos até a geração e avaliação de

opções preventivas de redução da geração dos resíduos (PNUMA, 1999), com

redução do fluxo de entrada de matérias-primas e insumos e a sua consequente

conservação.

Nos países da América do Norte, com ênfase nos Estados Unidos, essa estratégia

preventiva é conhecida por Prevenção da Poluição (Pollution Prevention) também

denominada como P2 (PP). Ainda que contenha os mesmos objetivos básicos de

“reduzir ou eliminar os resíduos e poluentes nas suas fontes de geração” (NPPC,

1995) e utilizar princípios que se identificam àqueles propostos para a Produção

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

mais Limpa pela UNIDO, o Programa P2 norte-americano apresenta uma diferença

essencial: ratificado pelo Congresso americano no Pollution Prevention Act em 1990,

tornou a prevenção à poluição uma obrigação legal. Assim, os promotores da P2 nos

EUA não são ONGs, associações ou agências de fomento ou desenvolvimento

científico e tecnológico, mas a própria Agência de Proteção Ambiental Americana

(USEPA).

O Programa de Produção mais Limpa da UNIDO iniciou, em 1994, um processo de

implantação de Centros de Produção mais Limpa especialmente em países em

desenvolvimento visando a promover as práticas de Produção mais Limpa nos mais

diversos países. Fazem parte dessas iniciativas diversas instituições detentoras de

conhecimento em gestão ambiental e estratégias ambientais preventivas (UNIDO -

CP, 2004). Nas iniciativas de implantação dos Centros Nacionais de Produção mais

Limpa, o Brasil foi parte do primeiro grupo de trabalho da UNIDO, com a implantação

do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) no SENAI – RS em 1995.

Além dos programas realizados nos países em desenvolvimento, são documentados

vários outros programas de implantação de estratégias de produção mais limpa em

países europeus como o ECO-PROFIT (Áustria), o PRIZMA (Noruega) entre outros

(ZWETSLOOT e GEYER, 1996; GOMBAULT e VERSTEEGE, 1999).

Como consequência da promoção da ecoeficiência e da produção mais limpa em

diversos países, iniciou-se um processo de busca por instrumentos adequados,

capazes de mensurar a melhoria do desempenho ambiental obtido nas organizações

em função da adoação de práticas mais ecoeficientes.

Segundo Bernd Wagner aput Frank & Grote-Senf (2006), “...enquanto as influências

e os desempenhos ambientais não forem ou se tornarem mensuráveis e

comparáveis, eles deixarão de ser observados ou considerados nas tomadas de

decisões empresariais e políticas”. Dessa forma, mesmo que haja interesse em

observá-los, não existiriam critérios para orientá-los.

Nesse mesmo contexto, iniciou-se uma busca global por conjuntos de indicadores e

metodologias que pudessem avaliar os níveis de ecoeficiência e/ou sustentabilidade

de empreendimentos diversos, considerando, nesses conjuntos, não apenas a

esfera ambiental, mas também a social e a econômica.

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feam 22

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Um marco referencial, ao tratar do tema indicadores ambientais, é a Norma

internacional ISO 14.031, transformada em Norma brasileira em 2004, com a

publicação da NBR ISO 14.031/2004 – Gestão Ambiental – Avaliação de

desempenho ambiental – Diretrizes. No contexto da ISO 14.031, o foco dos

indicadores de produção mais limpa ou de ecoeficiência está orientado ao

estabelecimento de indicadores de desempenho operacional (IDO), uma vez que o

objetivo dos indicadores de P+L é a demonstração dos níveis desempenho

operacional das organizações no uso dos recursos naturais enquanto disponibilizam

produtos e serviços conforme o objetivo específico de cada negócio.

Entre os indicadores de desempenho operacional a NBR ISO 14.031 traz exemplos

nas áreas:

• materiais

• energia

• serviços de apoio às organizações

• instalações físicas e equipamentos

• fornecimento e distribuição

• produtos

• serviços fornecidos pela organização

• resíduos e emissões

Ainda que tal divisão não seja apresentada como marco conceitual, mas a título de

exemplo, verifica-se uma priorização de temas ambientais, relacionados aos

empreendimentos, que são propostos no contexto da avaliação de desempenho

ambiental e que podem ser utilizados como referência na sistematização e

organização de grupos de indicadores aplicáveis às organizações.

O Global Reporting Initiative (GRI, 2006) também apresenta um modelo,

acompanhado de um conjunto de 26 indicadores para a esfera ambiental, além dos

indicadores para as esferas econômica e social. Esse padrão GRI tornou-se

referência para a elaboração dos relatórios de sustentabilidade de grandes

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feam 23

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

organizações mundiais. Cabe destacar que o SISEMA foi a primeira organização

governamental da America Latina a implementar tal sistema.

Esses 26 indicadores sugeridos estão divididos em 17 indicadores considerados

como essenciais e, portanto, aplicáveis a toda e qualquer organização, e 9

indicadores adicionais. Esse grupo de indicadores está, ainda, dividido e

categorizado em 9 grandes grupos:

• materiais

• energia

• água

• biodiversidade

• emissões, efluentes e resíduos

• produtos e serviços

• conformidade (legal)

• transportes

• geral

A grande diferença entre os indicadores sugeridos pela ISO 14.031 e os indicadores

GRI é o caráter qualitativo que, algumas vezes, estes últimos possuem. Além disso,

o grupo de indicadores sugerido pelo GRI apresenta indicadores de desempenho

operacional, de desempenho gerencial e do estado do meio ambiente local. Esses

indicadores contam, ainda, com uma metodologia descritiva que permite

contextualizar os indicadores qualitativos e garantir uma interpretação adequada à

luz das políticas, objetivos, metas e ações da organização relatora, de acordo com a

proposta dessa instituição.

Na tentativa de consolidar um grupo básico de indicadores de ecoeficiência que

pudessem ser utilizados por qualquer setor da indústria para a mensuração e

comunicação dos níveis de ecoeficência dos empreendimentos, a Conferência das

Nações Unidas para o Mercado e Desenvolvimento (UNCTAD, 2004) confeccionou

um Manual visando à elaboração e uso de indicadores de ecoeficiência. Nesse

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Manual são propostos indicadores de caráter quantitativo que abrangem 5 esferas

consideradas por esse grupo como principais:

• uso de água

• uso de energia

• contribuições com o efeito estufa

• emissões de substâncias agressoras da camada de ozônio

• geração de resíduos

Essas esferas endereçam 5 grandes preocupações globais e buscam indicadores

específicos para a avaliação da contribuição dos empreendimentos com a mitigação

desses problemas.

Texto semelhante, elaborado pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e

Assuntos Rurais do Governo Inglês (DEFRA – Department of Environment, Food

and Rural Affairs, 2006) sugere um grupo de indicadores-chave para a publicação de

resultados de performance ambiental dos empreendimentos (DEFRA, 2006). Os

indicadores encontram-se divididos em:

• emissões para o ar (incluindo emissões de gases causadores de efeito estufa

e de substâncias degradadoras da camada de ozônio)

• emissões para a água

• emissões para o solo (incluindo a geração e destinação de resíduos sólidos)

• uso de recursos naturais (incluindo água, insumos energéticos e matérias-

-primas diversas)

• cadeia de suprimentos (impactos ambientais indiretos)

• produtos finais (impactos ambientais gerados nas demais fases do ciclo de

vida do produto disponibilizado)

Apesar de sugerir uma distribuição de focos mais extensa, esse texto não fornece

detalhamento dos indicadores como, por exemplo, itens a serem mensurados e as

ponderações mais adequadas para cada indicador.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Além dos conjuntos tradicionais de indicadores de ecoeficiência e/ou de

sustentabilidade, podem-se identificar iniciativas setoriais como, por exemplo, a da

Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) e do Instituto Brasileiro de

Siderurgia (IBS), ambos seguindo os modelos prévios divulgados pelas respectivas

associações mundiais desses setores.

O modelo sugerido pela ABIQUIM é baseado na metodologia GRI e contém um

grupo de 13 indicadores ambientais, sendo 10 essenciais e 3 opcionais,

categorizados em:

• emissões atmosféricas

• água

• efluentes

• resíduos

• áreas contaminadas

• energia

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feam 26

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

6 DEFINIÇÃO DOS INDICADORES

6.1 Premissas

A definição dos indicadores adotados para composição do Índice P+L foi realizada

considerando as bases de indicadores usualmente adotadas para avaliação da P+L

nas empresas, de acordo com levantamento realizado na revisão bibliográfica.

A definção do grupo de indicadores seguiu algumas premissas ou critérios básicos.

O primeiro deles foi o atendimento às esferas do Índice P+L, conforme orientação da

especificação técnica do projeto e de acordo com o adotado por outras instituições

em nível mundial. As esferas nas quais o índice foi dividido referem-se aos grandes

campos em que são identificados os aspectos ambientais mais significativos nos

empreendimentos da indústria de transformações, ou seja:

• materiais (matérias-primas e insumos relevantes)

• água (água e efluentes líquidos)

• energia

• resíduos sólidos

• emissões atmosféricas (inclusive emissões de gases causadores de

efeito estufa)

Além disso, a seleção desse grupo deveria atender às quatro principais qualidades

dos indicadores, segundo UNCTAD (2004): fácil entendimento, relevância,

confiabilidade e comparabilidade.

Para tal, o grupo de indicadores não poderia ser muito extenso e deveria atender

aos aspectos ambientais mais relevantes dentro de cada esfera considerada. O

mesmo deveria ser o mais universal possível, uma vez que a sua proposta consiste

na viabilidade de aplicação em boa parte da indústria de transformação instalada no

Estado de Minas Gerais. Por fim, o seu cálculo deveria ser viável. Esta última

característica foi inicialmente interpretada como capacidade de cálculo com base

nas informações já prestadas pelas empresas e disponíveis dentro do SISEMA.

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feam 27

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

6.2 Indicadores selecionados

Em função das premissas adotadas, o desenvolvimento do projeto conduziu à

seleção de um conjunto inicial de 21 indicadores, divididos nas 5 categorias ou

esferas previamente estabelecidas.

Foram selecionados 6 indicadores na esfera Materiais, 6 na esfera Água, sendo 3

para consumo de água e 3 para geração de efluentes líquidos. Além disso, foram

considerados 3 indicadores na esfera Energia, 3 na esfera Resíduos Sólidos e 3 na

esfera Emissões Atmosféricas.

6.2.1 Esfera Materiais

Dos 6 indicadores selecionados para a categoria Materiais, 4 estão relacionados ao

consumo de matérias-primas e de insumos relevantes para o processo produtivo e

outros 2 à composição do produto final, adotando uma clara abordagem de ciclo de

vida do produto que é disponibilizado no mercado consumidor.

Entre os indicadores de Materiais relacionados a matérias-primas e insumos

relevantes, têm-se:

IM-1: Consumo de Matéria-Prima por Produto Produzido

IM-2: Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas

IM-3: Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas

IM-4: Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido

Verifica-se que os indicadores IM-1 e IM-4 apresentam o formato tradicional de

indicadores de ecoeficiência ao relacionarem um aspecto ou grandeza ambiental

com uma grandeza econômica, no caso o nível de produção do empreendimento.

Isso é necessário para permitir a comparação do indicador internamente (ao longo

do tempo) ou externamente, com outros empreendimentos similares.

Visando a garantir a confiabilidade e a possibilidade de comparação dos

indicadores, em um processo de benchmarking para cada setor produtivo, a

metodologia de cálculo desses indicadores deve ser padronizada, com clara

definição dos produtos finais a serem quantificados bem como de quais matérias-

-primas, insumos e produtos perigosos serão considerados como relevantes para

cada setor industrial.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Mais detalhes sobre o processo de padronização será apresentado no item dedicado

à aplicação da metodologia para o cálculo do Índice P+L.

Ainda na esfera de Materiais, foram definidos 2 indicadores relacionados à

composição dos produtos finais, conforme já mencionado, visando a inserir na

metodologia uma abordagem de ciclo de vida, conforme ocorre em algumas

metodologias adotadas internacionalmente (GRI, 2006).

Estes indicadores são:

IM-5: Composição Percentual de Materiais Recicláveis no Produto Final

IM-6: Composição Percentual de Materiais Perigosos no Produto Final

No entanto, esses 2 indicadores foram desconsiderados nos testes neste primeiro

momento em função da inexistência de informações necessárias ao seu cálculo. Na

prática, considera-se que não existe viabilidade técnica para o cálculo, sendo

recomendado um avanço conceitual, metodológico e analítico que permita a

utilização desses indicadores em uma segunda rodada de desenvolvimento do

Índice P+L para a indústria de transformação.

6.2.2 Esfera Água

Dos 6 indicadores selecionados para a categoria Água, têm-se 3 relacionados ao

consumo de água e outros 3 à geração de efluentes líquidos.

Os indicadores relacionados ao consumo de água nos empreendimentos são:

AG-1: Uso Total de Água por Produto Produzido

AG-2: Consumo de Água Captada por Produto Produzido

AG-3: Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento

Ainda que os indicadores AG-1 e AG-2 aparentem pouca diferença, eles podem ser

radicalmente diferentes. O indicador AG-1 refere-se à demanda total de água do

empreendimento. Nesse indicador será considerada toda a água utilizada, tanto para

fins domésticos, sanitários, industriais, resfriamento, irrigação, controle de poeiras,

lavagem de gases e qualquer outro uso possível da água, independentemente de

sua fonte. Assim, águas oriundas de captação direta, da concessionária de

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

abastecimento, de captações pluviais ou da reutilização de águas servidas, desde

que venham a ser utilizadas no empreendimento, deverão ser consideradas nesse

indicador.

O conceito do uso total de água no empreendimento mostrou-se como uma

informação nova nas empresas que participaram do teste preliminar da metodologia.

A maior parte dos empreendimentos contabiliza apenas as suas captações diretas,

em função de restrições legais e de disponibilidade do meio, não considerando a

demanda total de água do empreendimento como uma informação ambientalmente

relevante.

Entretanto, essa informação merece um maior destaque, tendo em vista que a

demanda total de água do empreendimento reflete as tecnologias e práticas de

produção existentes, implicando maior ou menor grau de captação de água do

ambiente.

A implementação desse indicador depende de práticas de medição de água

reutilizada, reciclada ou captada de fontes não convencionais, como, por exemplo,

as captações de águas pluviais.

O indicador AG-2 (Consumo de Água Captada por Produto Produzido), por sua vez,

é um indicador ambiental bastante conhecido pela maioria dos empreendimentos

com práticas consolidadas de gestão ambiental. O único cuidado a ser adotado na

utilização desse indicador é a soma das captações realizadas diretamente do meio

ambiente com o consumo de água disponibilizada pela concessionária local,

considerada para efeitos dessa metodologia como uma captação indireta do meio

ambiente.

Por fim, o indicador AG-3 (Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento) é o

resultado da relação entre os indicadores AG-1 (Uso Total de Água por Produto

Produzido) e AG-2 (Consumo de Água Captada por Produto Produzido). O

percentual de água reutilizada é justamente a diferença entre o uso total de água

(AG-1) e o consumo de água captada (AG-2), dividido pelo uso total de água (AG-1).

Assim, em termos matemáticos temos:

( ) ( ))1(

213

−−−−=−

AG

AGAGAG x 100(%)

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feam 30

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Ainda na esfera Água, os indicadores relacionados à geração de efluentes líquidos

nos empreendimentos são:

AG-4: Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido

AG-5: Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido

AG-6: Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes

Líquidos

O indicador AG-4 (Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido)

consiste em um indicador ambiental e de produção mais limpa tradicional bastante

utilizado pelos empreendimentos com o intuito de avaliar o potencial impacto

ambiental sobre os recursos hídricos. É importante, apenas, notar que o indicador se

restringe ao volume de efluentes líquidos industriais gerados, não considerando o

volume dos efluentes líquidos sanitários, uma vez que estes últimos podem sofrer

apenas uma pequena redução – via estratégias mais limpas de produção – estando

mais relacionados ao número de empregados existente no empreendimento e, em

geral, apresentando uma baixa relevância quando comparado a outros aspectos

ambientais dos empreendimentos da indústria de transformação.

Além disso, existe um problema relacionado à mensuração, uma vez que na maioria

dos casos os efluentes sanitários não são medidos antes do seu descarte – para o

preenchimento dos formulários pelas empresas esses valores foram estimados.

Nos casos em que os efluentes sanitários são tratados e descartados em conjunto

com os efluentes industriais, desconsiderou-se a existência de efluentes líquidos

sanitários, sendo considerados na sua totalidade como efluentes líquidos industriais.

O indicador AG-5 (Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido)

consiste na carga poluidora em termos de DQO (demanda química de oxigênio) dos

efluentes líquidos industriais gerados no empreendimento. A carga poluidora

consiste na massa de poluente, no caso DQO, descartada em um determinado

período de tempo. É obtida pelo produto entre a concentração média do poluente

(DQO), por exemplo na unidade mg/L, e a vazão total do efluente gerado ao longo

do período avaliado, por exemplo em m3/ano. Após o ajuste das unidades, será

obtida a carga de DQO gerada em kg de DQO/ano.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Esse indicador é capaz de ilustrar os esforços do empreendimento na redução do

potencial poluidor do efluente, adotando-se medidas de redução na fonte, como a

substituição de matérias-primas e de insumos, controles de perdas, entre outras.

Tendo em vista que o AG-5 considera os dados referentes ao efluente bruto, esse

indicador não avalia a eficiência dos sistemas de tratamento.

A adoção do parâmetro DQO para representar a carga poluidora do efluente líquido

ocorreu em função da necessidade de utilizar um parâmetro capaz de ser aplicado

às várias tipologias industriais selecionadas. Esse parâmetro é atualmente

monitorado pela maioria dos setores industriais existentes no Estado de Minas

Gerais e tem a capacidade de reproduzir o conceito de carga poluidora adotado

nesse trabalho.

O indicador AG-5 pode vir a ser aprimorado de forma a incluir outros poluentes

considerados mais relevantes para cada tipologia industrial.

O indicador AG-6 (grau de sobreatendimento aos padrões de lançamento de

efluentes líquidos) consistiu em um novo indicador para a maioria dos participantes

do projeto e foi desenvolvido com o intuito de valorizar as iniciativas que viabilizem o

descarte de efluentes com características mais favoráveis ao meio ambiente em

relação àquelas estabelecidas pela legislação ambiental vigente.

Calculado inicialmente apenas com o parâmetro DQO, esse indicador poderá vir a

ser aprimorado de forma a incorporar poluentes específicos mais relevantes para

cada tipologia industrial.

Diferentemente dos indicadores AG-4 e AG-5, o AG-6 pode ser calculado para os

efluentes sanitários ainda que, no caso de existência de tratamento e descarte

segregados dos efluentes sanitários e industriais, deverá ser realizada ponderação

dos resultados em função dos respectivos volumes descartados.

Uma peculiaridade do AG-6 é que o grau de sobreatendimento aos padrões de

lançamento de efluentes líquidos sofre influência não só da organização mas

também da legislação ambiental em vigor. No caso de mudança nos parâmetros

legais de descarte haverá uma melhoria ou piora do indicador, sem que haja

qualquer mudança nas características do efluente descartado. Dessa mesma forma,

padrões regionais diferentes implicarão resultados diferentes para o indicador,

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

mantendo-se as características dos efluentes descartados. Esta última hipótese é

relevante no caso de estabelecimento de padrões locais específicos de lançamento

de efluentes. Assim, se essas situações passarem a vigorar no Estado, este

indicador deverá ser revisto a fim de se adaptar ao novo momento.

6.2.3 Esfera Energia

Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Energia:

EN-1: Consumo Total de Energia por Produto Produzido

EN-2: Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido

EN-3: Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis

Todos os 3 são indicadores ambientais tradicionalmente adotados nos

empreendimentos em seus processos de gestão ambiental.

O indicador EN-1 (consumo de energia por produto produzido) refere-se a toda

energia, seja ela térmica ou elétrica, consumida pelo empreendimento no período

avaliado.

No cálculo da energia consumida não foi considerada a energia necessária para

logística de recepção de materiais ou de distribuição da produtos, tendo em vista

que essas atividades se encontram em outra fase do ciclo de vida do produto e o

objetivo principal desse indicador é a demanda energética do empreendimento. A

energia elétrica ou térmica utilizada para logística interna (transporte de materiais

e/ou pessoas dentro da área do empreendimento), por sua vez, deve ser

considerada no cálculo.

O indicador é apresentado na unidade quilowatt-hora (kWh) por tonelada de produto

produzido e, para isso, exige a conversão de unidades de combustíveis medidos em

massa (kg) ou em volume (m3 st, Nm3, etc.) para unidades de energia (kJ ou Kcal) e

depois para quilowatt.

Tal conversão foi realizada pela adoção do conteúdo energético padrão para os

diversos combustíveis, conforme identificados em bibliografia e checados via

referências cruzadas. Na conversão foi adotado o conteúdo energético representado

pelo PCI (poder calorífico inferior) dos combustíveis, conforme VARFAILLIE, H. e

BIDWELL, R. (2000). Essa decisão também viabilizou o cálculo da energia fornecida

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

pelos resíduos no setor de cimento, uma vez que o cálculo energético dos processos

de coprocessamento é feito com base no PCI.

Um quadro com os fatores de conversão adotados e sugeridos dentro da

metodologia é apresentado na tabela 1 a seguir.

Tabela 1 Fatores de conversão adotados para a transformação dos combustíveis utilizados nos empreendimentos em energia.

Unidades Conteúdo energético

Combustível quantificação conversão unid. kWh/unid. kcal/unid. conversão

Carvão mineral importado kg - kg 7,41 6.1912 Moinho de carvão vegetal kg - kg 6,00 5.012 2

Coque de petróleo kg - kg 9,90 8.264 2

Óleo combustível kg - kg 11,40 9.523 2

Óleo diesel kg - kg 11,73 11.0643

Gás natural (GN) Nm3 - Nm3 11,26 9.400 3

GLP kg - kg 14,19 11.850 3

Lenha de eucalipto m3 st 800kg/m³ st kg 5,40 4.5104 Óleo BPF kg - kg 12,10 10.100 3

Óleo xisto kg - kg 12,18 10.170 3

Sebo kg 0,905 kg/L kg 10,37 8.6585

835 kcal/kWh

O monitoramento do indicador EN-2 (Consumo de Energia Elétrica por Produto

Produzido) é usual nos empreendimentos da indústria de transformação. Contabiliza

todo o consumo de energia elétrica do empreendimento, seja ela originária de

cogeração, de centrais hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, de outras fontes de

geração própria ou do fornecimento de energia elétrica via concessionária local. É

importante, apenas, manter a unidade padrão utilizada para o indicador kWh por

tonelada de produto produzido.

Por fim, o indicador EN-3 (percentual de energia consumida de fontes renováveis)

visa a avaliar o nível de utilização de energias renováveis na matriz energética do

empreendimento. Ressalta-se que esse indicador não faz nenhuma referência à

sustentabilidade das fontes energéticas, mas apenas a sua renovabilidade.

2 Dado fornecido pelo empreendedor. 3 CTGÁS (2009). 4 CNTL (2000). 5 ANTUNES e LUCKE (2006).

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Além disso, esse indicador contabiliza apenas a energia gerada pelo

empreendimento ou pelo empreendedor, não sendo considerada a energia fornecida

pela concessionária pública (sistema integrado), uma vez que o empreendimento

não possui poder de gerenciamento sobre essa parcela.

Assim, para o cálculo desse indicador foram consideradas como fontes de energias

renováveis:

• energia hidráulica

• energia eólica

• energia solar (térmica ou fotovoltaica)

• energia gerada a partir de biomassa

• energia gerada a partir de resíduos

Como energias não renováveis foram consideradas:

• energia de combustíveis fósseis (óleo diesel, óleo pesado, GLP, gás natural,

carvão mineral, coque, etc.)

• energia gerada a partir de lenha de mata nativa

O indicador EN-3 é calculado como o quociente entre o consumo total de energia de

fontes renováveis em kWh e o consumo total de energia do empreendimento no

período avaliado. Esse indicador é apresentado em percentual (%).

6.2.4 Esfera Resíduos Sólidos

Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Resíduos

Sólidos:

RS-1: Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido

RS-2: Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido

RS-3: Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à

Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados.

Esses são considerados indicadores ambientais e de produção mais limpa

tradicionais, não implicando dificuldades para sua compreensão ou cálculo.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Os indicadores RS-1 e RS-2 são apresentados em toneladas de resíduos sólidos por

tonelada de produto produzido. A utilização da unidade de massa (tonelada) para o

indicador de resíduos é fundamental para o balanço de massa do processo

produtivo e, consequentemente, o cálculo do indicador.

O fato da quantificação dos resíduos sólidos ser realizada em toneladas pode

dificultar a quantificação de alguns resíduos. Entretanto, de acordo com o Relatório

Final do projeto Inventário de Resíduos Sólidos do Estado de Minas Gerais de

2003, o fornecimento de informações por parte dos empreendedores em unidades

de medida diversas foi uma das dificuldades enfrentadas pelo projeto naquela época

(FEAM, 2003).

Com relação ao RS-2 (Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto

Produzido), verificou-se que algumas empresas apresentaram dificuldades na

identificação dos resíduos sólidos perigosos gerados em seus processos produtivos,

o que provocou distorções nos resultados do indicador.

O RS-3 (Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à

Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados) consiste em 4

subindicadores que avaliam as formas de destinação dadas aos resíduos (perigosos

e não perigosos) gerados no processo produtivo, sendo elas:

• Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados

• Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Incineração

• Percentual de Resíduos Destinados à Valorização Energética

• Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Reutilização, Reciclagem ou

Reaproveitamento.

A soma dos percentuais para os quatro tipos de tratamento ou destinação final

deverá ser de 100%.

6.2.5 Esfera Emissões Atmosféricas

Foram selecionados 3 indicadores de produção mais limpa para a esfera Emissões

atmosféricas, sendo um referente à emissão de gases causadores de efeito estufa e

outros 2 relacionados às emissões de fontes fixas controladas por lei. Os

indicadores são:

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

EA-1: Emissão de Gases Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido

EA-2: Carga de Material Particulado (MP) Emitida por Produto Produzido

EA-3: Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas

O indicador EA-1, em um primeiro momento, considerou apenas as emissões de

gases causadores de efeito estufa relacionadas ao consumo energético. Para

aprimoramento da metodologia deverá ser desenvolvido o método para avaliar as

demais emissões desses gases.

Esse indicador não considera o abatimento nas emissões via compensação como,

por exemplo, o sequestro de carbono pela revegetação de áreas.

A metodologia adotada para o cálculo das emissões de gases causadores de efeito

estufa foi baseada nas taxas de emissões de CO2 equivalente para a quantidade de

energia consumida de cada uma das fontes geradoras.

Cabe destacar que não foi computado no cálculo a eficiência de queima dos

motores, sendo considerado que todo o conteúdo de carbono presente nos

combustíveis foi emitido para a atmosfera na forma de gases causadores de efeito

estufa.

O indicador EA-1 é apresentado na unidade kg CO2 por tonelada de produto

produzido.

A tabela 2 contém os fatores de conversão adotados para o cálculo das emissões de

gases causadores de efeito estufa relacionadas à energia consumida nos

empreendimentos.

Tabela 2 Fatores de conversão adotados para o cálculo da emissão de gases causadores de efeito estufa.

Tipo de Combustível Fator de Emissão (t CO

2/t)

Tipo de Combustível Fator de Emissão (t CO

2/t)

Petróleo (óleo cru) 3,11685 Querosene 3,11726 Gás natural 2,61934 Gás de coqueria 1,91806

Carvão vapor 1,16791 Coque de carvão mineral 2,72114 Carvão metalúrgico nacional 2,63087 Carvão vegetal 3,01621 Lenha 1,44741 Álcool 2,09057

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Bagaço de cana 0,88795 Gás de Refinaria 2,01703 Lixívia 1,13624 Coque de petróleo 3,41018 Óleo diesel 3,11997 Xisto 2,91944 Óleo combustível 3,09436 Etano 2,91286 Gás liquefeito de petróleo (GLP) 2,91997 Gás do forno de coque 1,65789 Nafta 3,24824 Gás de alto forno 0,58855

FONTE: CETESB, 2007.

O indicador EA-2 (Carga de MP Emitida por Tonelada de Produto Produzido) tem

como objetivo a mensuração da carga poluidora das emissões atmosféricas de

fontes pontuais.

O parâmetro MP foi selecionado em função desse poluente ser comumente

solicitado nos programas de automonitoramento de emissões atmosféricas dos

empreendimentos licenciados. Assim, a decisão pela sua adoção teve como critério

principal a disponibilidade de informação.

Cabe destacar que esse indicador não considera 100% da carga poluidora emitida

pelos empreendimentos, tendo em vista que os programas de automonitoramento

contemplam apenas as principais fontes de emissão.

O indicador EA-2 é apresentado na unidade kg de MP por tonelada de produto

produzido.

Por fim, o indicador EA-3 (Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões

Atmosféricas) visa a avaliar o graude eficiência dos sistemas de controle ambiental

na redução do potencial poluidor das emissões atmosféricas.

Assim como o indicador EA-2, o AE-3 se restringe ao parâmetro MP visando à

viabilidade imediata de cálculo. Os indicadores AE-2 e AE-3 podem vir a ser

aprimorados de forma a incluir outros poluentes considerados mais relevantes a

cada tipologia industrial.

Ao indicador EA-3 aplicam-se as mesmas observações para o AG-6 em relação à

influência da legislação ambiental em vigor.

No caso de mudança da legislação pode haver melhoria ou piora do indicador, sem

que haja qualquer mudança nas características dos emissões atmosféricas.

Esse é o caso atual em que a legislação em vigor é a Resolução CONAMA Nº

382/2006, mais restritiva que a Deliberação Normativa (DN) COPAM N° 01/92. No

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feam 38

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

caso de uma revisão da norma estadual que defina limites mais restritivos, haverá

um impacto nos resultados do indicador e, portanto, do Índice P+L sem que haja

qualquer alteração nas emissões.

Além disso, conforme comentado para o indicador AG-6, padrões regionais

diferentes implicarão resultados diferentes para o indicador, mesmo que se

mantenham as características das emissões. Esta última hipótese é relevante no

caso de estabelecimento de padrões locais.

O indicador EA-3 deverá ser ponderado pelas vazões médias pontuais no caso de

haver mais de uma fonte de emissões atmosféricas monitorada no empreendimento.

O EA-3 é apresentado como o percentual (%) entre as emissões do

empreendimento em relação ao limite legal vigente.

O seu cálculo é realizado pela seguinte equação:

[ ] [ ][ ])/(

)/()/(3

3

33

NmmgPadrão

NmmgMPNmmgPadrãoEA

−=− x 100(%), em que:

[Padrão (mg/Nm3)] é a concentração padrão estabelecida pelo regulamento legal,

para a fonte específica, e

[MP (mg/Nm3)] é a concentração média de MP medida ao longo do período de

avaliação.

6.2.6 Resumo dos indicadores

Na tabela 3 é apresentado o conjunto dos indicadores selecionados para a

composição do Indice P+L, com seus códigos e respectivas métricas, ou seja, as

unidades de medida nas quais devem ser apresentados.

Tabela 3 Conjunto dos indicadores selecionados para composição do Índice P+L

Código Indicador Métrica

IM-1 Consumo de Matéria-Prima por Produto Produzido t / t

IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas %

IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas %

IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido kg / t

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

IM-5 Composição Percentual de Materiais Recicláveis no Produto Final %

IM-6 Composição Percentual de Materiais Perigosos no Produto Final %

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido m3 / t

AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido m3 / t

AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento %

AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido m3 / t

AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO)

kg DQO / t

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO)

%

EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido kWh / t

EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido kWh / t

EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis %

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido Kg / t

RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido Kg / t

RS-3 Percentuais de Resíduos Sólidos Aterrados, Incinerados, Destinados à Valorização Energética, Reciclados, Reutilizados ou Reaproveitados

%

EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido

Kg CO2 / t

EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido Kg MP / t

EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP)

%

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feam 40

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7 DEFINIÇÃO DO ÍNDICE P+L

7.1 Apresentação

Conforme mencionado nos capítulos anteriores, o desenvolvimento do Índice P+L

tem como objetivo tornar disponível uma ferramenta de gestão ambiental capaz de

contribuir com os atuais mecanismos já utilizados no Estado de Minas Gerais,

buscando fomentar projetos e viabilizar incentivos à adoção de práticas de P+L nos

empreendimentos localizados em Minas Gerais

O Índice P+L foi desenvolvido com base em um conjunto de indicadores e testado

em um grupo de 6 empreendimentos, representando 6 diferentes tipologias

industriais, conforme será discutido nas próximas páginas.

Os resultados do Índice P+L bem como dos indicadores calculados visam a

exemplificar a aplicação do método. Os resultados numéricos podem apresentar

imprecisões devido à utilização de dados de bibliografia que não mencionam

métodos ou critérios para a sua obtenção, podendo, em alguns casos, divergir

daqueles adotados nesse trabalho.

Em função disso, considera-se que a metodologia de cálculo do Índice P+L deverá

percorrer uma etapa de testes em um grupo mais extenso de empreendimentos,

visando a sua consolidação para, então, permitir a sua aplicação de forma mais

ampla.

Nos próximos itens deste capítulo serão abordadas as etapas do desenvolvimento

do projeto para a definição da metodologia ora apresentada.

7.2 Metodologia

7.2.1 Etapas de desenvolvimento do projeto

Busca-se, aqui, apresentar os resultados parciais que definiram alterações

metodológicas e nortearam a elaboração do mecanismo de cálculo do Índice P+L.

- Seleção das tipologias industriais que participariam do projeto piloto para o

desenvolvimento e teste do Índice P+L:

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feam 41

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

A definição das tipologias industriais contempladas na fase piloto desse projeto

ocorreu em reunião realizada pela equipe de trabalho, avaliando o impacto

ambiental potencial e a representatividade econômica e/ou social do setor no Estado

de Minas Gerais.

Em função da aplicabilidade da metodologia de P+L, foi definido que, inicialmente,

não seriam considerados empreendimentos do setor extrativista, sendo

contempladas apenas indústrias de transformação e de bens de consumo.

Os setores trabalhados nessa ocasião foram:

• siderurgia

• têxtil

• couro

• laticínios

• metal-mecânico (foco na Indústria de auto-peças)

• fertilizantes

• cimento

O setor de fertilizantes foi descartado da avaliação no início dos trabalhos devido ao

reduzido número de unidades no Estado de Minas Gerais.

Além disso, verificou-se que esse tipo de indústria, quando relevante em termos de

porte, normalmente se encontr associada a processos de extração que não se

aplicam a esta metodologia.

- Definição das bases de dados e informações mais adequados e disponíveis no

SISEMA para utilização no desenvolvimento do projeto:

Durante a primeira reunião do grupo de trabalho, foi abordada a necessidade de

avaliação das bases de dados disponíveis no SISEMA de forma a subsidiar a

elaboração dos indicadores e do Índice P+L.

Cabe destacar que, nessa fase do projeto, a proposta era que o índice fosse

calculado utilizando-se apenas de dados já disponíveis no SISEMA.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Concluiu-se, naquele momento, que o único documento apresentado pelos

empreendedores contendo grande parte das informações necessárias ao cálculo

dos indicadores e, portanto, do Índice P+L, seriam os Relatórios de Avaliação de

Desempenho Ambiental (RADAs) exigidos para o processo de revalidação da

licença ambiental.

Devido aos Estudos de Impacto Ambiental e Relatórios de Impacto Ambiental – na

maioria das vezes serem elaborados anteriormente à operação dos

empreendimentos e trabalharem com estimativas dos dados referentes ao processo

industrial, consumo de matérias-primas, insumos, energia, geração de resíduos e

emissões – optou-se pela utilização dos RADAs como principal base de dados.

Ao longo do trabalho verificou-se que apenas com as informações contidas nos

RADAs não seria possível, ainda, o cálculo do Índice uma vez que não contemplava

todos os dados necessários. Algumas vezes também foi identificado o uso de

conceitos equivocados e incoerências nas unidades utilizadas. Além disso, a própria

estrutura do RADA, que consiste em um relatório de avaliação e auditoria da

adequação legal do empreendimento e não em um instrumento de avaliação dos

níveis de ecoeficiência, não prioriza o levantamento de informações relacionadas

aos conceitos da ecoeficiência e produção mais limpa.

Assim, utilizaram-se como bases complementares de informações os dados

existentes nas campanhas de automonitoramento dos empreendimentos e os

inventários de resíduos sólidos apresentados pelos empreedimentos à FEAM.

- Seleção de um conjunto de empreendimentos para aplicação prática e teste dos

indicadores de P+L estabelecidos:

Tendo em vista que as informações seriam obtidas prioritariamente a partir dos

RADAs já apresentados ao SISEMA, determinou-se, como o primeiro critério de

seleção, a necessidade de existir, pelo menos, 1 processo de revalidação de licença

já formalizado no SISEMA com apresentação do respectivo RADA.

Em uma primeira consulta ao SIAM (Sistema de Informações Ambientais

Integradas), verificou-se a existência de aproximadamente 700 empreendimentos,

pertencentes as mais diversas tipologias, que atendiam a esta condição.

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feam 43

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Para viabilizar a coleta de dados e compatibilizá-la ao cronograma do projeto, foi

determinada a seleção de um número limitado de empreendimentos para esta etapa

do trabalho. Assim, decidiu-se que seriam selecionados 5 empreendimentos de cada

um dos setores alvos, escolhidos segundo os critérios que objetivavam uma maior

qualidade da informação:

- prioridade a empreendimentos com a licença revalidada

- prioridade para empreendimentos de grande porte (classes 5 e 6 de acordo

com a classificação da DN COPAM No 74/04)

- prioridade para empreendimento com certificação NBR ISO 14.001 (esse

critério só foi adotado para os empreendimentos dos setores de siderurgia e metal-

mecânico em função do grande número de processos existentes, mesmo após a

aplicação dos filtros anteriores.)

Em alguns setores não foram identificados 5 empreendimentos com licença de

operação revalidada. Nesses casos, selecionou-se um número menor de

empreendimentos, tendo como critério a existência de um processo de revalidação

de licença apenas formalizado no SISEMA.

- Elaboração de um conjunto único de indicadores, considerados relevantes para as

atividades industriais selecionadas:

A lista de indicadores para composição do Índice P+L foi descrita em detalhes no

Item 6 deste Caderno Técnico.

- Estabelecimento da metodologia de cálculo de cada um dos indicadores

selecionados, para cada tipologia industrial escolhida:

A metodologia de cálculo dos indicadores foi padronizada com uma planilha

eletrônica desenvolvida no programa Excel da Microsoft, viabilizando o cálculo

automático após entrada das informações coletadas.

Em função da inexistência nos RADAs de alguns dados necessários ao cálculo dos

indicadores, a equipe de trabalho entendeu que apenas com uma coleta de dados

diretamente nos empreendimentos viabilizaria o cálculo do Índice P+L. Para tanto,

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feam 44

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

foi elaborado um protocolo específico aplicado no formato de formulário aos

empreendimentos. Tal formulário foi gerado como resultado do projeto e encontra-se

apresentado no ANEXO I.

- Estabelecimento de critérios de ponderação dos diversos indicadores na

composição final do Índice P+L:

Os critérios de ponderação estão descritos no próximo item desse Caderno Técnico.

- Simulação da metodologia de cálculo do Índice P+L:

Este item será descrito em detalhes no Item 7.4.

Informações relacionadas a benchmarks de indicadores para alguns setores

específicos, necessários para a normalização dos indicadores componentes do

Índice P+L, não foram localizados na bibliografia consultada, exigindo, assim, a

adoção de um valor pela equipe do projeto no intuito de viabilizar o cálculo do Índice

para cada um dos setores trabalhados.

Para viabilizar o cálculo do Índice P+L no projeto pilto, estabeleceram-se duas

regras gerais para a definição dos benckmarks que não foram localizados na

literatura:

• adoção de valores extremos (zero ou 100%), quando se entendeu ser

possivel e desejável a obtenção desses resultados para o indicador;

• o benckmark foi definido de forma que a normalização do melhor resultado

calculado para o indicador seja 50%, sugerindo que o esforço pela melhoria

seja duplicado para se alcançar o nível ideal.

Os casos específicos em que a definição de benckmarks não ocorreu de acordo com

as regras citadas estão descritos no item 7.4.

Tendo em vista que valores desses benchmarks foram definidos pela equipe, eles

deverão ser validados por meio de pesquisa e desenvolvimento, de forma a permitir

a evolução e a consolidação da metodologia.

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feam 45

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

- Condução de uma análise crítica do conjunto de indicadores, da metodologia de

cálculo adotada e das bases de dados existentes:

A análise crítica da base de indicadores e da metodologia foi desenvolvida ao longo

de todo o projeto, por meio de reuniões periódicas da equipe de trabalho.

Com o desenvolvimento do projeto, algumas etapas da metodologia, inicialmente

desenhadas, foram revistas como, por exemplo, a necessidade da elaboração e

aplicação de um questionário para coleta direta de informações dos

empreendimentos, uma vez que os dados disponíveis no SIAM não eram suficientes

para o cálculo dos indicadores e, portanto, do Índice P+L.

Esse é um processo cíclico, cujos resultados obtidos com a aplicação do Índice P+L

em outros empreendimento serão avaliados e, com base na experiência adquirida,

serão propostas adequações e modificações no método de cálculo, no sentido de

aperfeiçoá-lo continuamente.

Os resultados dessas avaliações são apresentados no Item 8 deste Caderno

Técnico, em que se definiram os critérios de aplicabilidade da metodologia, as

restrições para a sua utilização e as necessidades de desenvolvimento visando a

uma aplicação mais segura .

7.2.2 Metodologia proposta para cálculo do Índice P+L

A metodologia para o cálculo do Índice P+L foi organizada em planilha eletrônica

visando a facilitar a sua utilização.

A aplicação segue uma rotina simples, descrita nos 5 passos a seguir:

1 – Obtenção das informaçõess necessárias, com auxílio do formulário de coleta de

dados

Conforme descrito anteriormente, a coleta de dados é realizada com o

preenchimento do Formulário de Coleta de Dados, que se encontra no ANEXO II, ao

final deste Caderno Técnico. Ele foi gerado a partir de uma adaptação do

questionário utilizado na desenvolvimento do projeto para coleta de dados nos

empreendimentos piloto, inserindo um novo campo para organização das

informações sobre geração e disposição final de resíduos sólidos.

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feam 46

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

O formulário deverá ser preenchido para, ao menos, 2 anos. No entanto, quanto

maior for a série histórica sistematizada, melhor será a percepção da evolução do

desempenho ambiental do empreendimento ao longo do tempo.

2 – Cálculo dos Indicadores de P+L de acordo com metodologia apresentada no

Item 6

De posse das informações coletadas com a aplicação do formulário, deve-se efetuar

o cálculo dos indicadores conforme descrito no item 6.2 deste Caderno Técnico.

3 – Normalização dos indicadores em função do benchmark considerado para o

setor específico

A normalização dos indicadores foi realizada por regressão linear simples. Para

normalizar o indicador, deve-se utilizar a formulação (1), no caso em que o

desempenho do indicador melhore à medida que se afasta do zero; e a formulação

(2), quando o melhor desempenho ocorrer com a aproximação do zero.

ii

i xIBenchmark

Y

= 1

.......... (1)

ii

i xIxBenchmark

Y

−=

2

15,1 .......... (2)

Na formulação matemática representada pela equação (1), caso o indicador seja

igual ou superior ao benchmark considerado, o resultado será 100%. A normalização

terá resultado igual a zero unicamente no caso de o indicador ser igual a zero; nos

demais casos, assumirá um valor intermediário.

Na formulação representada pela equação (2), foi adotada uma metodologia

matemática desenvolvida pela equipe em função da não identificação de outro

modelo de referência que pudesse ser utilizado adequadamente nesta etapa.

Nesse caso, o valor da normalização assume 100% caso o indicador seja igual ou

inferior ao benchmark. Para a definição da normalização equivalente a zero foi

definido que tal resultado seria obtido quando o indicador assumisse um valor igual

ou superior a 3 vezes o benchmark. Esse valor (3 vezes) poderá ser calibrado após

a aplicação da metodologia em um conjunto maior de empreendimentos similares.

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feam 47

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tal avaliação deverá ser realizada após a elaboração de um banco de dados com

resultados da aplicação da metodologia em um grupo de empreendimentos de um

mesmo setor produtivo.

Os benchmarks localizados para os indicadores que compõem o Índice P+L para

cada um dos setores são apresentados na Tabela 4.

O cálculo do Índice no teste da metodologia exigiu a adoção dos benchmarks não

identificados, cujos valores serão expostostados, em tabelas específicas, mais

adiante neste caderno, na apresentação do teste de cálculo do Índice.

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feam 48

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 4 Benchmarks identificados para os indicadores de cada um dos setores piloto desta metodologia. Cod. INDICADORES unidade Siderurgia Têxtil Laticínios Couro Cimento Metal-mecânico IM MATERIAIS Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t / t) 3,51 IBS (2007) - - - - - - - - - - IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % - - - - - - - - - - - - IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 8% IBS (2007) - - - - - - 10% WBCSD (2002) - -

IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - - - - - - -

AG ÁGUA AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 154 IBS (2007) - - - - - - - - - -

AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 10,31 IBS (2007) 8,30

EPA (1996) 0,30

MACHADO et al. (2002) 12,0

PACHECO (2005) - - - -

AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% IISI (2005) - - - - - - - - -

AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) - - - - 0,70

MACHADO et al. (2002) 40

PACHECO (2005) - - - -

AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) - - 92

EPA (1996) 1,0

MACHADO et al. (2002) 145

PACHECO (2005) - - - -

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % - - - - - - - - - - - -

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 5.278 IISI (2005) 19.460 IFC (2007) 139 UNEP (2000) - - 834 WBCSD (2002) - -

EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 468 IBS (2007) 1.500 IFC (2007) - - 2.600

PACHECO (2005) 90 IFC (2007) - -

EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % - - - - - - - - 25% WBCSD (2002) - -

RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 421 IBS (2007) - - 5,5

MACHADO et al. (2002) 415

PACHECO (2005) 0,25 IFC (2007) - -

RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - 225

PACHECO (2005) - - - -

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - - - - - - - - - - -

RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - - - - - - - - - - -

RS-3c

Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - - - - - - - - - - - -

RS-3d

Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % - - - - - - - - - - - -

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) 1100 IISI (2005) - - - - - - 900 WBCSD (2002) - -

EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - - - - - - - 0,05 IFC (2007) - -

EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - - - - - - - - - - -

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feam 49

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

4 – Cálculo do Índice parcial para cada uma das 5 esferas que compõem o Índice P+L

O cálculo do Índice parcial para cada esfera é dado pela seguinte expressão:

∑= ESFERAEiESFERA PII /)( ,

Em que:

Ii,E é o índice referente a cada indicador que compõe a esfera considerada

PESFERA é a ponderação da esfera para o cálculo do Índice P+L, dada conforme

Tabela 6 deste Caderno Técnico.

O cálculo de Ii,E é realizado conforme expressão a seguir:

EEi

iEiEi P

P

PYI ×

×=∑ ,

,,

Em que:

Yi,E refere-se a cada um dos indicadores normalizados que compõem a esfera

considerada

Pi é o peso ou ponderação do respectivo indicador, conforme Tabela 4 deste

Caderno Técnico

�Pi,E é a somatório dos pesos ou ponderações relativos aos indicadores da

esfera considerada

PE = PESFERA é a ponderação da esfera para o cálculo do Índice P+L, dada

conforme Tabela 7 deste Caderno Técnico

5 – Cálculo do Índice P+L para o empreendimento

O Índice P+L é o somatório de todos os indicadores normalizados aplicáveis ao

empreendimento multiplicados por sua respectiva ponderação, o que é representado

pela seguinte expressão:

∑=+ )( ,EiLP II

Em que:

Ii,E é o índice normalizado referente a cada esfera, já calculado anteriormente.

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feam 50

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Assim, o Índice P+L terá como resultado um número entre 0 e 1, sendo que 0 indica o

pior nível de P+L considerado na metodologia e 1 o melhor nível que pode ser obtido,

caso todos os indicadores atinjam os seus respectivos benchmarks.

Os resultados obtidos em cada um dos índices intemediários e indicadores permitem

uma análise desagregada dos resultados, possibilitando um apoio na tomada de

decisão quanto ao direcionamento dos esforços e investimentos na gestão ambiental

do empreendimento visando a uma melhoria dos indicadores e um avanço em áreas

deficitárias, promovendo, assim, uma melhoria no grau de ecoeficiência da indústria.

Exemplos dos resultados da aplicação da metodologia serão apresentados no Item 7.4

7.3 Critérios de ponderação

7.3.1 Introdução

A definição dos critérios de ponderação do Índice P+L talvez consista no maior desafio

para a consolidação da metodologia como um todo. Esses pesos são necessários para

expressar a importância relativa de cada uma das esferas e indicadores na composição

final do Índice.

Uma das premissas da metodologia é a adoção de uma critério único de ponderação

para todos os setores alvo. Assim, estabeleceu-se o desafio de criar um critério único

de ponderação que viabilizasse a manutenção de uma metodologia simples e universal

e que, ao mesmo tempo, permitisse a consideração das grandes diferenças de cada

setor em relação aos seus impactos potenciais sobre cada uma das esferas do Índice.

7.3.2 Descrição dos critérios de ponderação propostos

De forma a reduzir a subjetividade na definição dos pesos relativos de cada um dos

indicadores e esferas que compõem o Índice P+L, optou-se pela aplicação do método

Delphi de consulta a especialistas.

Tendo em vista que o Índice P+L será aplicado aos diversos setores da indústria de

transformação, e que os resultados obtidos com a aplicação do método Delphi

resultariam em uma única forma de ponderação desse Índice, optou-se por utilizar um

segundo critério, associado aos resultados do método Delphi, que viabilizasse a

inserção das diferenças setoriais na metodologia de cálculo.

Esse segundo critério de ponderação foi a utilização da DN COPAM Nº 74/2004, que

permitiu relativizar os pesos de cada uma das esferas do Índice P+L em função dos

diferentes graus de impactos ambientais dos diversos setores industriais. Cabe

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feam 51

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

salientar que tal DN foi elaborada a partir de uma ampla consulta a especialistas dos

mais diversos setores produtivos, da academia, das agências de regulação e de

organizações não governamentais.

Dessa forma, acredita-se que essa DN pode ser utilizada como um critério adequado

para a ponderação das diferentes esferas do Índice P+L de acordo com os impactos

potenciais sobre os diferentes meios.

Para integração desses dois critérios foi considerado que 50% da ponderação de cada

esfera seria obtida pelos resultados do método Delphi e os outros 50% seriam

relacionados aos impactos potenciais da atividade, conforme classificação do

empreendimento no Anexo Único da Norma citada.

A DN COPAM Nº 74/2004 classifica, para o Estado de Minas Gerais, os

empreendimentos potencialmente poluidores, de acordo com o seu porte e com o seu

potencial poluidor sobre a Água, o Solo e o Ar, como Pequeno, Médio ou Grande.

Assim, de acordo com essa classificação, foi possível designar um peso relativo para

as esferas ÁGUA, RESÍDUOS SÓLIDOS e EMISSÕES ATMOSFÉRICAS como 1, 2 ou

3, conforme a magnitude do seu impacto potencial para cada uma das tipologias

industriais definidas nesta norma. No entanto, a referida DN não contempla qualquer

classificação que possa ser associada às esferas MATERIAIS e ENERGIA do Índice

P+L.

De acordo com o próprio conceito de Produção mais Limpa, esse tipo de estratégia

busca a redução na intensidade do uso de materias e da energia e a redução do uso e

descarte de substâncias tóxicas (UNIDO, 1995). Assim, as esferas MATERIAIS e

ENERGIA encontram-se no próprio centro do conceito de Produção mais Limpa,

permitindo arbitrar que essas esferas devem ser consideradas prioritárias para

qualquer setor na sua busca por melhores padrões de produção mais limpa.

Portanto, nesse segundo critério de ponderação, pode-se considerar o peso 3 para as

esferas MATERIAIS e ENERGIA, complementando os dados necessários para esse

critério de ponderação do Índice.

7.3.3 Aplicação do método Delphi

O método Delphi, desenvolvido nos Estados Unidos, tem sua origem em um estudo da

Força Aérea americana em 1950, o qual recebeu a denominação Relatório Delphi.

Esse estudo versava sobre os possíveis pontos de vista de estrategistas soviéticos a

respeito dos principais objetivos da indústria bélica americana. A metodologia utilizada

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feam 52

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

foi a de buscar um consenso, o mais confiável possível, a partir das opiniões de um

grupo de especialistas, por meio de questionários, entremeados por informações

sistematizadas das várias opiniões, que retroalimentavam os especialistas (LINSTONE,

1977).

Após a publicação de alguns relatórios do Helmer e Gordon, o método Delphi passou

então a ser considerado ferramenta de grande utilidade para prognósticos tecnológicos

em áreas de gerenciamento científico e desenvolvimento de pesquisas. Dos Estados

Unidos o Delphi, nos anos setenta, alcançou a Europa e o Japão, sendo adotado

primeiramente nos meios governamentais, depois na área empresarial e, finalmente, na

academia, a partir de um crescente reconhecimento da necessidade de incorporar

informações subjetivas em alguns processos científicos como análise de risco, saúde,

meio ambiente e transporte (LINSTONE, 1977).

O método Delphi pode ser definido como uma metodologia para estruturar um processo

de comunicação entre um grupo de indivíduos, permitindo sua integração como um

todo, para discutir questões complexas (LINSTONE, 1977).

Para se obter a estruturação de comunicação desejada, devem ser providenciados os

elementos para a base de discussão, a sistematização das avaliações realizadas pelo

grupo de julgamento, além de garantir, durante o processo, um certo anonimato e a

oportunidade de revisão dos pontos de vista individuais.

Hoje, o método Delphi vem sendo empregado nas mais diversas áreas de

conhecimento, principalmente pela facilidade de obter contribuições individuais

diversificadas, com custos reduzidos (JUNQUEIRA, 2006).

O método Delphi foi aplicado para a definição da importância relativa de cada indicador

e esfera dentro do Índice P+L.

Foram identificados especialistas, conhecedores do assunto e tomadores de decisão

dentro do Estado de Minas Gerais e no Brasil, para a aplicação desse método que

busca a obtenção de consenso em torno de um determinado tema.

Assim, elaborou-se um formulário de consulta, o qual foi encaminhado, via e-mail, a um

grupo de, aproximadamente, 350 pessoas, das quais 103 dos pesquisados

responderam à primeira rodada do método.

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feam 53

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Nesse formulário, solicitou-se a cada um dos pesquisados que atribuísse uma nota

entre 1 e 4 para cada indicador e esfera, considerando a seguinte escala:

4 – Muito importante

3 - Importante

2 – Pouco importante

1 – Não importante

Além das notas, solicitou-se, ainda, que fossem selecionados 5 indicadores prioritários.

Como o método visa à busca de um consenso entre os participantes, é parte da

metodologia a avaliação e tabulação dos resultados obtidos na primeira etapa da

pesquisa e reenvio aos participantes para que, com base nos resultados gerais obtidos

nessa primeira fase, permitisse aos participantes alterar ou confirmar sua avaliação

inicial em função das respostas consolidadas do grupo.

Na segunda etapa do método, também realizada via e-mail, encaminhou-se um

formulário padrão contendo as opiniões dos participantes registradas na primeira etapa,

bem como o resultado médio obtido. Foi, ainda, inserido um campo no qual o

participante poderia optar por manter a sua opinião ou alterá-la, com base nas

informações fornecidas. Dos formulários enviados, foram recebidos apenas 18, que

retificaram as opiniões emitidas anteriormente. Conforme citado no e-mail

encaminhado na segunda fase da pesquisa, considerou-se a não manifestação por

parte do pesquisado como uma confirmação das notas dadas na primeira fase.

A tabulação das respostas obtidas tanto para a primeira etapa quanto para a segunda

são apresentadas nas tabelas 5 e 6.

Tabela 5 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi e ponderação dos indicadores

Rodada 1 Rodada 2 Indicadores

Nota média Ponderação % Nota média Ponderação % IM-1 3,38 0,0475 4,75% 3,38 0,0476 4,76% IM-2 3,37 0,0474 4,74% 3,39 0,0477 4,77% IM-3 3,33 0,0468 4,68% 3,33 0,0469 4,69% IM-4 3,31 0,0466 4,66% 3,29 0,0464 4,64% IM-5 3,23 0,0455 4,55% 3,23 0,0455 4,55% IM-6 3,24 0,0456 4,56% 3,23 0,0455 4,55% AG-1 3,28 0,0461 4,61% 3,26 0,0459 4,59% AG-2 3,61 0,0508 5,08% 3,61 0,0509 5,09% AG-3 3,61 0,0508 5,08% 3,60 0,0507 5,07% AG-4 3,32 0,0467 4,67% 3,30 0,0465 4,65%

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Rodada 1 Rodada 2 Indicadores

Nota média Ponderação % Nota média Ponderação % AG-5 3,51 0,0494 4,94% 3,51 0,0495 4,95% AG-6 3,28 0,0461 4,61% 3,26 0,0459 4,59% EN-1 3,35 0,0471 4,71% 3,34 0,0470 4,70% EN-2 3,03 0,0426 4,26% 3,02 0,0425 4,25% EN-3 3,53 0,0496 4,96% 3,51 0,0494 4,94% RS-1 3,40 0,0478 4,78% 3,43 0,0483 4,83% RS-2 3,56 0,0501 5,01% 3,56 0,0502 5,02% RS-3 3,44 0,0483 4,83% 3,44 0,0484 4,84% EA-1 3,55 0,0499 4,99% 3,55 0,0500 5,00% EA-2 3,42 0,0481 4,81% 3,41 0,0480 4,80% EA-3 3,35 0,0471 4,71% 3,34 0,0470 4,70%

Tabela 6 Resultados obtidos com a aplicação do método Delphi na priorização das esferas ou grupos.

Rodada 1 Rodada 2 Esferas Nº de votos Ponderação % Nº de votos Ponderação %

IM 101 0,2126 21,26% 96 0,1996 19,96% AG 115 0,2421 24,21% 115 0,2391 23,91% EN 79 0,1663 16,63% 82 0,1705 17,05% RS 97 0,2042 20,42% 104 0,2162 21,62% EA 83 0,1747 17,47% 84 0,1746 17,46%

A figura 1, a seguir, apresenta a distribuição dos votos obtidos por cada uma das

esferas do Índice P+L, resultado este obtido por meio do somatório do número de votos

dos indicadores de cada esfera, eleitos como prioritários pelos diversos especialistas e

tomadores de decisão consultados.

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feam 55

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

20%

24%

17%

22%

17%

PRIORIZAÇÃO DAS ESFERAS

MATERIAIS

ÁGUA

ENERGIA

RES. SÓLIDOS

EM. ATMOSFÉRICAS

Figura 1 Percentual de indicadores considerados como prioritários em cada uma das esferas

7.3.4 Ponderação final proposta

A ponderação final proposta para os indicadores entre si segue os resultados obtidos

na segunda rodada da aplicação do método Delphi, conforme apresentado nas células

destacadas em cinza na tabela 5.

A ponderação de cada uma das esferas será realizada, conforme comentado

anteriormente, por meio de uma composição entre os resultados do método Delphi e o

potencial poluidor estabelecido na DN COPAM nº 74/04, na proporção de 50% do peso

para cada um desses critérios.

Assim, a tabela de ponderação para os setores teste é apresentada na Tabela 7, a

seguir.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 7 Tabela de ponderação das esferas do Índice P+L adotada CIMENTO SIDERURGIA LATICÍNIOS TÊXTIL COURO METAL-MECÂNICA Código DN

74/04 Delphi

B-01-05-8 B-02-01-1 D-01-06-6 C-08-08-7 C-03-02-6 B-09-05-9

ESFERA Ponder. 1 Peso DN6

Ponder. 2

Ponder. final

Peso DN

Ponder. 2

Ponder. final

Peso DN

Ponder. 2

Ponder. final

Peso DN

Ponder. 2

Ponder. final

Peso DN

Ponder. 2

Ponder. final

Peso DN

Ponder. 2

Ponder. final

IM 0,100 3 0,125 0,225 3 0,107 0,207 3 0,125 0,225 3 0,100 0,200 3 0,100 0,200 3 0,107 0,207

AG 0,120 1 0,042 0,162 3 0,107 0,227 2 0,083 0,203 3 0,100 0,220 3 0,100 0,220 3 0,107 0,227

EN 0,085 3 0,125 0,210 3 0,107 0,192 3 0,125 0,210 3 0,100 0,185 3 0,100 0,185 3 0,107 0,192

RS 0,108 2 0,083 0,191 2 0,071 0,179 2 0,083 0,191 3 0,100 0,208 3 0,100 0,208 2 0,071 0,179

EA 0,087 3 0,125 0,212 3 0,107 0,194 2 0,083 0,170 3 0,100 0,187 3 0,100 0,187 3 0,107 0,194

TOTAL 0,500 12 0,500 1,000 14 0,500 1,000 12 0,500 1,000 15 0,500 1,000 15 0,500 1,000 14 0,500 1,000

6 DN – Deliberação Normativa COPAM No 74/04.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4 Teste

7.4.1 Introdução

O teste da metodologia, conforme mencionado, foi realizado com 6 empreendimentos,

representando os 6 setores da indústria de transformação, alvos desta primeira etapa de

trabalho.

O procedimento viabilizou, além do teste em si, a discussão da metodologia de cálculo dos

indicadores com técnicos dos empreendimentos participantes, permitindo a adequação de

unidades e métodos de coleta de dados que se adequassem melhor às peculiaridades de cada

um dos setores-alvo.

A seleção dos empreendimentos para essa etapa foi realizada a partir do grupo selecionado

para o teste de cálculo dos indicadores com os dados disponíveis nos RADAs e teve como

critérios principais o porte do empreendimento, o histórico de gerenciamento ambiental e, por

fim, a logística (localização do empreendimento) para viabilizar a realização das visitas técnicas

no menor prazo possível. Esse último critério foi relevante, uma vez que essa etapa da

metodologia não estava inicialmente prevista no programa de trabalho e teve de ser inserida no

cronograma de atividades sem gerar impacto significativo no prazo e nos custos do projeto.

Esse teste envolveu as seguintes etapas:

• envio do questionário de coleta de dados a representantes dos empreendimentos para

avaliação inicial

• visita aos empreendimentos para apresentação e discussão do questionário com o

esclarecimento de eventuais dúvidas de preenchimento

• preenchimento dos questionários por parte dos representantes dos empreendimentos

(de 2 a 3 meses)

• recebimento dos questionários, avaliação das informações prestadas e cálculo dos

indicadores com bases nessas informações

• nova reunião com os representantes dos empreendimentos para discussão dos dados

encaminhados e avaliação quanto ao nível de dificuldade para compreensão e

obtenção das informações solicitadas, bem como uma análise da metodologia adotada

para coleta dos dados por parte dos representantes dos empreendimentos

• adequação do cálculo dos indicadores e finalização do cálculo dos Índices P+L para os

empreendimentos para os anos de 2007 e 2008.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Nos itens seguintes são apresentados os resultados do teste em cada um dos setores

produtivos, sua documentação e uma breve análise crítica com as sugestões de melhoria que

estão compiladas nas conclusões deste capítulo.

7.4.2 Indústria Siderúrgica

A aplicação do teste no setor siderúrgico teve como participante uma unidade integrada de

produtos siderúrgicos que recebe como principais matérias-primas o minério de ferro, sucata

de ferro e aço e carvão mineral para a fabricação de produtos de aço utilizados para indústria

em geral.

Com a aplicação do questionário, foram obtidas as informações necessárias para o cálculo dos

indicadores para os anos de 2007 e 2008, conforme apresentado na Tabela 8.

Tabela 8 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de siderurgia Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual (t/ano) 406.275 328.775

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 3.836.318 3.836.318

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 3.836.318 3.836.318

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0

Consumo de produto perigosos (t/ano) 370 283

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 223.622.400 222.389.040

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 4.622.400 3.389.040

Consumo de água recirculada (m3/ano) 219.000.000 219.000.000

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) 0 0

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 95.040 71.280

Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 0 0

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 9.045.941 8.925.633

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 523.609 403.301

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 212.664 227.026

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 310.945 176.276

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 81 3.080

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 758.007 536.592

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 14.280 19.064

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 2 0

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 49 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 743.755 520.608

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) 857 694

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 801 50,2

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L, bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 10. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,410

para 0,406 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Essa redução no valor do Índice ocorreu em função de uma queda nos resultados para

as esferas Materiais, Energia e Resíduos Sólidos, apesar da clara melhora obtida para

a esfera Emissões Atmosféricas.

Pode-se perceber que as esferas Emissões atmosféricas (EA) e Água (AG) são

aquelas que apresentam o melhor desempenho; todavia nas esferas Materiais (IM) e

Energia (EN) os resultados não foram tão satisfatórios.

Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor siderúrgico são

apresentados na Tabela 9. O benckmark para o indicador IM-2 foi estipulado como 5%,

alertando para a necessidade da inclusão de matérias-primas renováveis no processo

produtivo.

Tabela 9 Benchmarks adotados para o setor de siderurgia Cod. INDICADORES unidade Siderurgia IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 3,51 IBS (2007) IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 5% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 8% IBS (2007) IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,43 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 154 IBS (2007) AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 10,31 IBS (2007) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% IISI (2005) AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 5.278 IISI (2005) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 468 IBS (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 7,0% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 421 IBS (2007) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0001 ESTIPULADO

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 1.100 IISI (2005) EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,076 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como valor extremo ( zero ou 100%)

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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feam 60

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 10 Cálculo do Índice P+L para o setor de siderurgia nos anos 2007 e 2008.

Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 15% 12% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 9,44 11,67 3,51 16% 0% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 5% 0% 0% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 8% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,91 0,86 0,43 44% 50%

AG ÁGUA 81% 82% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 550 676 154 0% 0% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 11,38 10,31 10,31 95% 100% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 98% 98% 98% 100% 100% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 0,0 0,0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 0,0 0,0 100% 100%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 89% 90% 100% 89% 90%

EN ENERGIA 22% 16% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 22.266 27.148 5.278 0% 0% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 1.289 1.227 468 12% 19% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 3,5% 2,0% 7,0% 50% 29%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 49% 32% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 1866 1641 421 0% 0% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0002 0,0094 0,0047 100% 50%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 1,9% 3,5% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 98,1% 96,5% 100% 98% 96%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 33% 54% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) 2110 2110 1.100 54% 54% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 1,97 0,15 0,076 0% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 44,8% 59,2% 100% - -

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,410 0,406

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feam 61

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4.3 Indústria Têxtil

A aplicação do teste no setor têxtil teve como participante uma unidade de fiação,

tecelagem e acabamento de tecidos planos de algodão ou tecidos para aplicações

especiais com propriedade antichama, impermeabilidade, entre outras.. As pricipais

martérias-primas utilizadassão o algodão em fardo para a produção de fios e os tecidos

com acabamentos diversos.

Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e o cálculo dos

indicadores e do Índice P+L são apresentados nas Tabelas 11 e 13.

Tabela 11 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor têxtil Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual (t/ano) 18.687 13.621

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 5.710 4.748

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 5.710 4.748

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0

Consumo de produto perigosos (t/ano) 4.600 4.452

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 1.209.600 953.484

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 864.000 681.060

Consumo de água recirculada (m3/ano) 345.600 272.424

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) 842.100 663.800

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 17.100 13.480

Geração de Carga Poluidora (DQO) (t/ano) 2.711 2.266

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 280.972 155.810

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 45.600 34.200

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 45.600 34.200

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 118.516 99.825

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 3 47

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 3357 2938

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 0,0 124

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0,0 29

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0,0 0,0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 3.360

2.832

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 185 82

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 13. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,541

para 0,518 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Essa redução no valor do Índice ocorreu em função de uma queda nos resultados do

Índice das esferas Materiais, Água e Resíduos Sólidos, apesar da melhora obtida para

as esferas Energia e Emissões Atmosféricas.

Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor têxtil são apresentados

na Tabela 12. O benckmark para o indicador IM-3 foi estipulado como 5%, alertando

para a necessidade da inclusão de matérias-primas recicladas no processo produtivo.

Tabela 12 Benchmarks adotados para o setor têxtil Cod. INDICADORES unidade Têxtil IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 5% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 123 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 32 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 8,30 EPA (1996) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 57% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 23 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 92,4 EPA (1996)

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 19.460 IFC (2007) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 1.500 IFC (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 90 ESTIPULADO RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0017 ESTIPULADO

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) - - EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 3,00 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 13 Cálculo do Índice P+L para o setor de têxtil nos anos 2007 e 2008.

Cod. INDICADORES Unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 63% 55% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 0,31 0,35 1,00 100% 100% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 5% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 246 327 123 50% 17%

AG ÁGUA 49% 45% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 65 70 32 50% 42% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 46,24 50,00 8,30 0% 0% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 29% 29% 57% 50% 50% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 45,1 48,7 23 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 145 166 92,4 71% 60%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 23,0% 23,3% 100% 23% 23%

EN ENERGIA 73% 83% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 15.036 11.439 19.460 100% 100% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 2.440 2.511 1.500 69% 66% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 50% 82% 100% 50% 82%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 84% 58% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 180 219 90 50% 28% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,0001 0,0034 0,0017 100% 50%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,0% 4,1% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 1,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100,0% 94,9% 100% 100% 95%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 18% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - - 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 9,89 6,00 3,00 0% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 0,0% 6,0% 100% 0% 6%

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,541 0,518

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4.4 Indústria de Laticínios

A aplicação do teste no setor de laticínios teve como participante uma unidade de fabricação

que produz vários tipos diferentes de produtos como leite UHT, iogurte, requeijão, bebida

láctea, queijo Petit, creme de leite e coalhada.

Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores são

apresentados nas Tabelas 14 e 16.

Tabela 14 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de laticínios Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual (t/ano) 105.759 121.889

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 126.496 162.967

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 126.496 162.967

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0

Consumo de produto perigosos (t/ano) 1.075 1.501

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 521.681 593.596

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 521.681 593.596

Consumo de água recirculada (m3/ano) 0 0

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) 408.001 519.288

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 0 0

Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 1.710 2.841

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 43.940 45.275

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 17.969 17.171

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 17.969 17.171

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 7.004 0

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 0,0 0,0

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 1882 1634

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 1179 864

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 703 771

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - 4882

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 2,74 4,45

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 16. A partir da sua análise, verificou-se uma melhoria de 0,435

para 0,438 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.

Ainda que pequena, essa melhoria ocorreu em função dos resultados para as esferas

Energia e Resíduos Sólidos. Além disso, nota-se a manutenção dos resultados para a

Esfera Água, e redução da nota para a esfera Materiais e Emissões Atmosféricas.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Os benchmarks utilizados para o teste da metodologia no setor de laticínios são

apresentados na Tabela 15.

Tabela 15 Benchmarks adotados para o setor de laticínios Cod. INDICADORES unidade Laticínios IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 5,1 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 2,43 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 0,30 MACHADO et al. (2002) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,70 MACHADO et al. (2002) AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 1,0 MACHADO et al. (2002)

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 139 UNEP (2000) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 70 ESTIPULADO EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 5,5 MACHADO et al. (2002) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,000 ESTIPULADO

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 15,0 ESTIPULADO

EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,013 ESTIPULADO

EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 16 Cálculo do Índice P+L para o setor de laticínios nos anos 2007 e 2008

Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 85% 78% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 1,20 1,34 1,00 90% 83% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 10,2 12,3 5,1 50% 29%

AG ÁGUA 29% 29% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 4,93 4,87 2,43 49% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 4,93 4,87 0,30 0% 0% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 0% 100% 100% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 3,86 4,26 0,70 0% 0% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 13,5 17,4 1,0 0% 0%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 24,5% 21,4% 100% 24% 21%

EN ENERGIA 19% 21% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 415 371 139 1% 16% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 170 141 70 29% 50% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 27% 0% 100% 27% 0%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 46% 59% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 18 13 5,5 0% 28% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,000 0,000 0,000 100% 100%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 62,6% 52,8% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 37,4% 47,2% 100% 37% 47%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 33% 27% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - 30,0 15,0 0% 50% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,026 0,037 0,013 50% 9% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 50,2% 21,8% 100% 50% 22%

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,435 0,438

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4.5 Indústria do Couro

A aplicação do teste no setor de couro teve como participante uma unidade de

pequeno porte que executa o processo completo de curtimento ao cromo, desde as

etapas de caleiro até o acabamento final do couro.

Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores

são apresentados nas Tabelas 17 e 19.

Tabela 17 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de couro Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual (couro) (m2/ano) 120.194 73.533

Produção anual (Sub-produto: Raspa) (m2/ano) 37.180 47.097

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 1.736 1.256

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 1.736 1.256

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 0 0

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0

Consumo de produto perigosos (t/ano) 129 97

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 45.360 32.400

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 45.360 32.400

Consumo de água recirculada (m3/ano) 0 0

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) 33.300 25.670

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 464 364

Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 215 143

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 32.865 26.420

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 782 754

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 782 754

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 32.083 25.666

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 504 361

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 70 72

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 156 146

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 419 287

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) - -

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 19. A partir da sua análise, verificou-se uma redução de 0,622

para 0,593 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.

Essa reduçãodeveu-se em função de uma queda nos resultados para as esferas

Materiais, Energia e Resíduos Sólidos. Nota-se que a esfera Emissões Atmosféricas

apresentou nota zero para ambos os anos, em função da inexistência de

monitoramento que subsidie o cálculo dos indicadores pertencentes a essa esfera.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Entendendo-se que é possivel um elevado grau de reciclagem de água nesse setor, foi

estipulado como benckmark para o indicador AG-3 o valor de 50%. Tendo em vista a

relação direta entre os indicadores AG-1, AG-2 e AG-3, o benckmark para o indicado

AG-1 assume o valor de 24 m3/t.

Exceção a essas regras são os benchmarks dos indicadores AG-1 e AG-3,

relacionados entre si, em que a determinação de um nível de reciclagem de 50% de

água implicou na definição do valor do benchmark para o indicador AG-1.

Tabela 18 Benchmarks adotados para o setor de couros Cod. INDICADORES unidade Couro IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (kg/m2) 7,22 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/m2) 0,53 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 24,0 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 12,0 PACHECO (2005) AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 50% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 40 PACHECO (2005) AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 145 PACHECO (2005)

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 9.463 ESTIPULADO EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 2.600 PACHECO (2005) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 415 PACHECO (2005) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 225 PACHECO (2005)

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 0,0 ESTIPULADO EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0% ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 19 Cálculo do Índice P+L para o setor de couros nos anos 2007 e 2008

Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 75% 65% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (kg/m2) 14,45 17,08 7,22 50% 32% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 100% 100% 100% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0 0 0% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/m2) 1,07 1,32 0,53 50% 27%

AG ÁGUA 59% 60% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t)7 26,1 25,8 24,0 96% 96% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t)7 26,1 25,8 12,0 41% 43% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 50% 0% 0% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t)7 19,2 20,4 40 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t)7 124 114 145 100% 100%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 18,7% 25,3% 100% 19% 25%

EN ENERGIA 83% 79% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t)7 18.927 21.037 9.463 50% 39% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t)7 450 600 2.600 100% 100% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% 100% 100% 100% 100%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 91% 89% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t)7 331 345 415 100% 100% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t)7 40,3 57,4 225 100% 100%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 27,1% 33,7% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 72,9% 66,3% 100% 73% 66%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 0% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - 0,0 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - 0% 0% 0% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - 100% 0% 0%

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,622 0,593

7 Para o cálculo do indicador no setor couro foi utilizado o dado referente ao consumo de matérias-primas (couro salgado) ao invés de produto produzido

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feam 70

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4.6 Indútria Cimenteira

A aplicação do teste no setor de cimento teve como participante uma unidade de

produção que promove a substituição de matérias-primas e energia por meio do

coprocessamento de diversos tipos de resíduos industriais no forno de clínquer.

Essa unidade ainda tem uma peculiaridade: parte do clínquer produzido é transferida

para outras unidades da empresa para transformação em cimento. Tal situação deve

ser analisada com cuidado, pois pode gerar grandes distorções nos indicadores, já que

parte significativa da produção de clínquer não chega a ser contabilizada como produto

final.

Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores

são apresentados nas Tabelas 20 e 22.

Tabela 20 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor de cimento Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual de cimento (t/ano) 1.684.878 1.869.014

Produção anual de clínquer (t/ano) 1.313.294 1.418.803

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 2.528.363 2.916.390

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 2.528.363 2.916.390

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 412.022 451.624

Consumo de produto perigosos (t/ano) 243 350

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 3.161.164 2.996.858

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 1.103.422 945.364

Consumo de água recirculada (m3/ano) 2.057.742 2.051.494

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) 0 0

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 18.606 14.822

Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) 0 0

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 1.939.410 1.992.403

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 210.710 223.208

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 210.710 223.208

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 659.799 812.874

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 27.168 37.897

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 102 27

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 190 46

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 57 63 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 26.921 37.788

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) 205,3 195,5

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 22. A partir da sua análise verificou-se uma redução no índice

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feam 71

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

de 0,659 para 0,634 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos

2007 e 2008.

Essa redução deveu-se em função de uma queda nos resultados para as esferas

Materiais, Energia e Resíduos Sólidos, apesar das melhoras obtidas para as esferas

Água e Emissões Atmosféricas.

Tabela 21 Benchmarks adotados para o setor de cimento Cod. INDICADORES unidade Cimento IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 10% WBCSD (2002) IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,07 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 1,06 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 0,33 ESTIPULADO AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 100% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 834 WBCSD (2002) EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 90 IFC (2007) EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 25% WBCSD (2002) RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 0,25 IFC (2007) RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,008 ESTIPULADO

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 900 WBCSD (2002) EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0,052 ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 28,6% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 22 Cálculo do Índice P+L para o setor de cimento nos anos 2007 e 2008

Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 76% 67% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t clínquer) 1,93 2,06 1,00 54% 47% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 16% 15% 10% 100% 100% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,14 0,19 0,07 50% 20%

AG ÁGUA 57% 66% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t clínquer) 2,41 2,11 1,06 36% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t clínquer) 0,84 0,67 0,33 24% 50% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 65% 68% 100% 65% 68% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t clínquer) 0,0 0,0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t clínquer) 0,0 0,0 0,0 100% 100%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 16,7% 27,6% 100% 17% 28%

EN ENERGIA 81% 77% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t clínquer) 1.477 1.404 834 61% 66% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t cimento) 125 157 90 81% 63% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 38% 46% 25% 100% 100%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 50% 41% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t cimento) 16 20 0,25 0% 0% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,016 0,020 0,008 50% 24%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,7% 0,1% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,2% 0,2% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 98,7% 99,6% 100% 99% 100%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 62% 64%

EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido

(kg CO2/t cimento) 586 586 900 100% 100%

EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t cimento) 0,122 0,105 0,052 33% 50% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 14,3% 11,4% 28,6% 50% 40%

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,659 0,634

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

7.4.7 Indústria Metal-mecânica / autopeças

A aplicação do teste no setor de autopeças teve como participante uma unidade de

médio porte que fabrica discos de freio.

Os resultados obtidos com o preenchimento do questionário e cálculo dos indicadores

são apresentados nas Tabelas 23 e 25.

Tabela 23 Informações obtidas com o preenchimento do questionário no setor metal-mecânico

Parâmetro unidade 2007 2008

Produção anual (t/ano) 19.898 35.155

MATERIAIS

Consumo de matérias-primas (t/ano) 29.731 51.661

Percentual de matérias-primas renováveis (t/ano) 0 0

Percentual de matérias-primas não renováveis (t/ano) 29.731 51.661

Consumo de matéria prima reciclada (t/ano) 0 0

Consumo de produto perigosos (t/ano) 40,5 40,8

ÁGUA

Uso total de água (m3/ano) 620 510

Consumo de água captada (direta ou indiretamente) (m3/ano) 620 510

Consumo de água recirculada (m3/ano) 0% 0%

EFLUENTES LÍQUIDOS

Geração de efluentes industriais (m3/ano) - -

Geração de efluentes sanitários (m3/ano) 15 21

Geração de Carga Poluidora (DQO) (kg/ano) - -

ENERGIA

Consumo total de energia (MWh/ano) 3.445 8.888

Consumo de energia elétrica (MWh/ano) 2.777 8.205

Consumo de energia elétrica - concessionária (MWh/ano) 2.777 8.205

Consumo de energia de fontes renováveis (MWh/ano) 0 0

RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração de resíduos sólidos perigosos (t/ano) 0 0

Geração de resíduos sólidos não perigosos (t/ano) 10.639 11.352

Quantidade de resíduos sólidos aterrados (t/ano) 0 0

Quantidade de resíduos sólidos incinerados (t/ano) 0 0

Quantidade de resíduos destinados à valorização energética (t/ano) 0 0 Quantidade de resíduos destinados à reutilização, reciclagem ou reaproveitamento (t/ano) 10.639 11.352

EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Emissão de gases causadores de efeito estufa (t CO2/ano) - -

Carga poluidora de MP emitida (t/ano) - -

A aplicação da metodologia de cálculo do Índice P+L bem como os seus resultados é

apresentada na Tabela 25. A partir da sua análise verificou-se um avanço de 0,343

para 0,366 no valor do Índice P+L para o empreendimento, entre os anos 2007 e 2008.

O aumento deveu-se em função de uma melhoria nos resultados para as esferas

Materiais, Água e Resíduos Sólidos. Nota-se que a esfera Energia sofreu grande

redução ocasionada pelo aumento no consumo de energia elétrica no

empreendimento. A esfera Emissões Atmosféricas, por sua vez, permaneceu com

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feam 74

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

valores nulos em função da inexistência de dados de monitoramento que permitissem o

cálculo dos indicadores relacionados.

Pela análise da Tabela 24, nota-se que todos os benchmarks do setor foram

estipulados. Isso ocorreu pelo fato do setor de autopeças possuir uma característica

singular na qual existe uma grande especificidade do processo produtivo de cada

empreendimento, dificultando o estabelecimento de benckmarks aplicáveis ao setor

como um todo.

De qualquer forma, essa metodologia é adequada para o acompanhamento da

evolução dos indicadores nas indústrias do setor de autopeças que desejam verificar a

melhoria contínua do seu desempenho ambiental.

Tabela 24 Benchmarks adotados para o setor de metal-mecânico Cod. INDICADORES unidade Metal-mecânico IM MATERIAIS Valor Referência

IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t ) 1,00 ESTIPULADO IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% ESTIPULADO IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 100% ESTIPULADO IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t ) 0,6 ESTIPULADO AG ÁGUA

AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t ) 7,25 ESTIPULADO AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t ) 7,25 ESTIPULADO AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 50% ESTIPULADO AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t ) 0,0 ESTIPULADO AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0,0 ESTIPULADO

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 100% ESTIPULADO

EN ENERGIA EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 87 ESTIPULADO EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t.) 70 ESTIPULADO EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 100% ESTIPULADO RS RESÍDUOS SÓLIDOS

RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 161 ESTIPULADO RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,00 ESTIPULADO

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100% ESTIPULADO

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (t CO2/t) 0% ESTIPULADO EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) 0% ESTIPULADO EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % 100% ESTIPULADO

benchmark Benchmark estipulado como um valor extremo mínimo ou máximo

benchmark Benchmark estipulado como 50% do resultado do indicador normalizado

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feam 75

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Tabela 25 Cálculo do Índice P+L para o setor metal-mecânico nos anos 2007 e 2008

Cod. INDICADORES unidade 2007 2008 Benchmark Yi,2007 Yi,2008

IM MATERIAIS 44% 57% IM-1 Consumo de Matérias-Primas por Produto Produzido (t/t) 1,49 1,47 1,00 75% 77% IM-2 Percentual de Matérias-Primas Renováveis Utilizadas % 0% 0% 0% 100% 100% IM-3 Percentual de Matérias-Primas Recicladas Utilizadas % 0% 0% 100% 0% 0% IM-4 Consumo de Produtos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 2,0 1,2 0,6 0% 50%

AG ÁGUA 31% 42% AG-1 Uso Total de Água por Produto Produzido (m3/t) 31 15 7,25 0% 50% AG-2 Consumo de Água Captada por Produto Produzido (m3/t) 31 15 7,25 0% 50% AG-3 Percentual de Água Reutilizada no Empreendimento % 0% 0% 50% 0% 0% AG-4 Geração de Efluentes Líquidos Industriais por Produto Produzido (m3/t) 0 0 0,0 100% 100% AG-5 Carga Poluidora do Efluente Líquido Bruto por Produto Produzido (DQO) (kg/t) 0 0 0,0 0% 0%

AG-6 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Lançamento de Efluentes Líquidos (DQO) % 91,6% 59,1% 100% 92% 59%

EN ENERGIA 32% 1% EN-1 Consumo de Total de Energia por Produto Produzido (kWh/t) 173 253 87 50% 4% EN-2 Consumo de Energia Elétrica por Produto Produzido (kWh/t) 140 233 70 50% 0% EN-3 Percentual de Energia Consumida Oriunda de Fontes Renováveis % 0% 0% 100% 0% 0%

RS RESÍDUOS SÓLIDOS 67% 84% RS-1 Geração de Resíduos Sólidos por Produto Produzido (kg/t) 535 323 161 0% 50% RS-2 Geração de Resíduos Sólidos Perigosos por Produto Produzido (kg/t) 0,00 0,00 0,00 100% 100%

RS-3a Percentual de Resíduos Sólidos Aterrados % 0,0% 0,0% - - - RS-3b Percentual de Resíduos Sólidos Incinerados % 0,0% 0,0% - - - RS-3c Percentual de Resíduos Sólidos Destinados à Valorização Energética % 0,0% 0,0% - - -

RS-3d Percentual de Resíduos Sólidos Reutilizados, Reciclados ou Reaproveitados % 100,0% 100,0% 100% 100% 100%

EA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS 0% 0% EA-1 Emissões de Gases de Causadores de Efeito Estufa por Produto Produzido (kg CO2/t) - - 0% 0% 0% EA-2 Carga de MP Emitida por Produto Produzido (kg/t) - - 0% 0% 0% EA-3 Grau de Sobreatendimento aos Padrões de Emissões Atmosféricas (MP) % - - 100% 0% 0%

IP+L ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA 0,343 0,366

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feam 76

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

8 CRITÉRIOS DE APLICABILIDADE

8.1 Aplicabilidade da metodologia

Conforme apresentado anteriormente, a metodologia de cálculo do Índice P+L é

aplicável a todos os empreendimentos de pequeno, médio ou grande porte dos setores

da indústria de transformação dentro do Estado de Minas Gerais, podendo ser

estendida para outras regiões, desde que seja feita a classificação do empreendimento

de acordo com a DN COPAM No 74 /04 bem como a definição de benckmarks

específicos para cada um dos indicadores.

8.2 Restrições e precauções na aplicação

Toda metodologia que se propõe ser aplicável a vários indivíduos diferentes executa

simplificações com o objetivo de ampliar a sua extensão de aplicação. O caso do Índice

P+L não é diferente.

Assim, algumas precauções devem ser adotadas quando da aplicação, apresentação e

interpretação da metodologia para o cálculo do Índice P+L e de seus resultados.

Na sua aplicação, o Índice deve apresentar confiabilidade (UNCTAD, 2004), ou seja,

ele deve reproduzir o estado real do empreendimento em cada uma das suas esferas.

Assim, as metodologias de obtenção das grandezas (quantificação dos aspectos

ambientais do empreendimentos) devem ser as mais seguras possíveis e sempre

explicitadas quando da apresentação do Índice. Devem ser priorizadas metodologias

analíticas sempre que possível. Outras possibilidades são registros de produção ou

mesmo estimativas matemáticas, quando largamente aceitas e utilizadas.

No sentido de garantir a confiabilidade da metodologia, sugere-se que a aquisição dos

dados seja acompanhada de um processo de verificação e validação, atestando a

conformidade dos critérios de obtenção de informações e, portanto, os resultados do

Índice calculado.

A apresentação do Índice P+L deve ser acompanhada das grandezas básicas

utilizadas para o seu cálculo, conforme apresentado no teste da metodologia, em que

a primeira tabela apresentada sempre retratava os dados utilizados para o cálculo dos

indicadores e do Índice. Ainda garantindo essa característica relacionada à facilidade

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feam 77

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

de compreensão, a apresentação do Índice deve ser acompanhada dos resultados dos

indicadores individualmente bem com dos Índices relacionados a cada esfera do Índice

final, facilitando a compreensão de sua visualização.

Conforme VARFAILLIE & BIDWELL (2000), o uso de indicadores e, de forma mais

relevante, de um Índice que agrega várias informações deve ser realizado com muito

cuidado, garantindo que os utilizadores interpretem a informação corretamente.

Segundo eles, isso é tarefa não só dos resposnsáveis pela elaboração e apresentação

do caso específico, mas na mesma proporção daqueles que irão utilizar e interpretar os

Índices.

Indicadores ambientais e o Índice P+L disponibilizado, concretamente, servirão como

base para definição de futuros processos de benchmarking para cada um dos setores.

A comparação de dados de empreendimentos diversos deve ser realizada com

extrema cautela, considerando que empreendimentos diferentes produzem produtos

diferentes e agregam valor aos seus produtos e serviços de forma única. Isso significa

que um benchmarking não pode ser estritamente numérico, ainda que essa prática

efetivamente contribua para a gestão dos empreendimentos envolvidos.

Um último cuidado a ser adotado é a utilização desse Índice para uma comparação

intersetorial. Esclarecemos que o Índice não foi elaborado com esse propósito, nem

testado nesse sentido, não podendo, portanto, ser utilizado para tal finalidade em

hipótese nenhuma.

8.3 Proposta de desenvolvimento da metodologia

Ao longo deste Caderno Técnico foram realizadas considerações de várias ações de

desenvolvimento futuras, algumas necessárias à correta aplicação do Índice e outras

que são recomendáveis para uma maior compreensão da sua dinâmica.

Assim, como propostas de desenvolvimento do Índice consideradas como necessárias

encontram-se:

- desenvolvimento de uma base consistente de benchmarks para os indicadores

componentes da metodologia de cálculo do Índice, para cada um dos setores

industriais alvo;

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

- seleção de um novo grupo de empreendimentos dentro da Indústria de

transformação para os quais seria interessante estender a base de benchmarks

viabilizando a aplicação futura da metodologia do Índice. Tal ação pode ser

desenvolvida, por exemplo, dentro de grupos de trabalho interinstitucionais

interessados no tema.

Outras propostas de desenvolvimento:

• a aplicação da metodologia em um grupo-piloto de empreendimento dentro dos

setores-alvo, visando a um teste mais completo da metodologia e a geração de

um primeiro benchmark para o Índice P+L para cada um dos 6 setores

trabalhados;

• desenvolvimento conceitual, metodológico e analítico que permita a utilização

dos indicadores IM-5 e IM-6 em uma segunda etapa de aplicação da

metodologia.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

9 CONCLUSÕES

Este Caderno Técnico apresenta os resultados obtidos com o desenvolvimento do

projeto Índice de Produção mais Limpa, tornando a metodologia disponível para

utilização nos empreendimentos considerados potencialmente poluidores ou

degradadores do meio ambiente, pertencentes à Indústria de transformação.

O Índice P+L demonstrou ser uma importante ferramenta na mensuração dos ganhos

em ecoeficiência devido à implementação de ações bem como um importante

mecanismo de apoio à tomada de decisão no direcionamento de esforços e recursos

na busca por processos produtivos mais sustentáveis.

Avaliando os resultados do método Delphi aplicado, pode-se verificar que os

indicadores propostos para a composição do Índice P+L são relevantes, tendo em vista

que a grande maioria dos entrevistados considerou todos os indicadores como

importantes ou muito importantes.

O método desenvolvido para a ponderação dos indicadores e esferas que compõem o

Índice permitiu não só a redução no grau de subjetividade como também a relativização

dos pesos em função dos diferentes graus de impactos potenciais sobre o meio

ambiente para cada uma das tipologias industriais. A partir da junção dos resultados

da aplicação do método Delphi e as definições do grau de impacto constantes do

Anexo I da DN COPAM n° 74/04, criou-se um mecanismo automático para a calibração

da composição do Índice de acordo as especificidades de cada tipologia industrial.

A viabilização do cálculo dos indicadores que incorporam conceitos da análise de ciclo

de vida permitirá uma avaliação mais completa do produto disponibilizado ao mercado,

incentivando as empresas a traçar estratégias para o aumento no potencial de

reciclabilidade e redução na quantidade de compostos perigosos no produto final.

A definição dos benckmarks e dos valores orientadores para os diversos indicadores é

um dos pontos chaves para que a formulação desenvolvida reflita de forma adequada o

grau de ecoeficiência dos empreendimentos. Esse trabalho deve ser realizado a partir

da aplicação do Índice em um amplo universo de empresas, buscando-se criar um

banco de dados sobre os indicadores propostos. O teste da metodologia em 6

unidades produtivas demonstrou a potencialidade da ferramenta desenvolvida como

um instrumento capaz de orientar a gestão ambiental dos empreendimentos e auxiliar o

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Estado na criação de políticas públicas para a melhoria dos padrões de ecoeficiência

nos diversos setores industriais. A evolução desse instrumento permitirá elaborar um

processo padronizado para a avaliação da performance ambiental dos

empreendimentos.

A proposição dessa metodologia de cálculo deve ser encarada como uma iniciativa no

processo de desenvolvimento de um novo mecanismo de avaliação do desempenho

ambiental que permitirá uma análise mais criteriosa da evolução das boas práticas

adotadas.

O projeto desenvolvido é inovador, pois buscou agrupar diversos indicadores em um

único Índice capaz de monitorar o desempenho dos empreendimentos ao longo do

tempo e, com a seu aprimoramento, poderá se tornar uma ferramenta de grande

utilidade na promoção de práticas ecoeficientes e de produção mais limpa nos

empreendimentos localizados no Estado de Minas Gerais.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

10 REFERÊNCIAS

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

11 ANEXOS

11.1 Anexo I – Formulário padrão utilizado para a c oleta de dados dos

empreendimentos participantes do teste da metodolog ia

QUESTIONÁRIO

PROJETO “ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO”

1. DADOS DO EMPREENDEDOR:

2. DADOS DO EMPREENDIMENTO

Denominação:

Endereço (Rua, Av.; nº):

Município: CEP:

Responsável ambiental no empreendimento

Nome:

E-mail:

Telefone:

3. INFORMAÇÕES GERAIS

1. A empresa possui algum tipo de certificação ambiental ou de qualidade? Em caso afirmativo,

favor qual(is) o(s) organismo(s) emissor(es) e a(s) respectiva(s) data(s) de emissão.

2. A empresa participa de alguma associação nacional ou internacional do setor? Qual (is)?

Razão social:

Nome comercial (fantasia):

CNPJ: Inscrição Estadual:

Endereço (Rua, Av.; nº):

Município: CEP:

Responsável corporativo de meio ambiente

Nome:

E-mail:

Telefone:

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

3. A empresa elabora ou já elaborou algum tipo de relatório de sustentabilidade? Qual o modelo

adotado? O relatório foi publicado?

4. PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS

Neste item, favor preencher os, até 3 (três), principais produtos comercializados pelo empreendimento.

Não considerar nome comercial, mas classe de produto final. A adoção da unidade de produção em

massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.

Quantidade produzida No Produto Unidade Ano 1 Ano 2

Observações

1 t

2 t

3 t

As perguntas a seguir têm como objetivo iniciar uma abordagem relacionada ao ciclo de vida ambiental

dos produtos finais disponibilizados ao mercado consumidor. Caso já tenham realizado algum

levantamento ou estudo a respeito, favor preencher os quadros.

1. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de materiais recicláveis

existentes na composição dos seus produtos? Em caso afirmativo, quais os resultados?

2. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de compostos perigosos

existentes na composição dos produtos finais? Em caso afirmativo, quais os resultados obtidos?

5. MATÉRIAS -PRIMAS UTILIZADAS

Neste item, favor preencher até 3 (três) matérias-primas principais utilizadas no empreendimento.

Insumos de processo ou auxiliares de produção não devem ser listados neste quadro. A adoção da

unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.

Quantidade produzida No Matérias-primas principais Unidade Ano 1 Ano 2

Renovável? Reciclada?

1 t

2 t

3 t

6. PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS UTILIZADOS

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Neste item, favor preencher até 6 (seis) produtos químicos considerados como perigosos, dentre aqueles

que são utilizados em todo o empreendimento. Favor considerar nesse quadro aqueles consumidos em

maiores quantidades. Podem ser considerados neste item, óleos lubrificantes, solventes, líquidos

refrigerantes (caso perigosos). Os materiais combustíveis não devem ser inseridos neste quadro. A

adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do

indicador.

Quantidade consumida No Produto perigoso Unidade Ano 1 Ano 2

No ONU

1 t

2 t

3 t

4 t

5 t

7. CONSUMO DE ÁGUA E GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Consumo de água

Este quadro se refere tanto ao uso total de água no empreendimento (considerando como uso toda a

quantidade de água nova e/ou recirculada para o desenvolvimento das atividades dentro do

empreendimento, incluindo consumo humano, uso sanitário, consumo industrial, água de resfriamento,

umidificação de vias, irrigação de jardins, etc.), como a quantidade total de água que entra no balanço

hídrico, ou seja, aquela que é captada (diretamente ou por meio da concessionária pública) como

reposição de água para as perdas e descartes.

Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

1 Uso total de água no empreendimento m3

2 Quantidade de água captada diretamento pelo empreendimento (poços, rios, lagos e nascentes)

m3

3 Quantidade de água utilizada da concessionária local m3

4 Quantidade de água recirculada m3

1. Existem captações de águas pluviais no empreendimento?

2. Existem sistemas de reciclagem de água no empreendimento? Em caso afirmativo, a água é

reutilizada em qual(is) uso(s), processo(s) e/ou setore(s)?

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Geração de efluentes líquidos

Este quadro se refere à quantificação da geração de efluentes líquidos no empreendimento, sejam eles

industriais ou sanitários. Na linha referente a efluentes líquidos industriais, favor somar a quantidade

gerada de todos os efluentes líquidos industriais existentes no empreendimento.

Quantidade gerada No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

Existe reciclagem?

1 Geração de efluentes líquidos industriais m3

2 Geração de efluentes líquidos sanitários m3

Características dos efluentes líquidos industriais e sanitários

Neste quadro, favor apresentar as características médias obtidas para os efluentes líquidos industriais e

sanitários monitorados pelo empreendimento. Os parâmetros físico-químicos adotados deverão ser

aqueles que constam no programa de automonitoramento de efluentes líquidos do empreendimento.

Média Ano 1 Média Ano 2 No Parâmetro físico-químico 8 Unidade Bruto Tratado Bruto Tratado

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

8. CONSUMO DE ENERGIA 8 Parâmetros físico-químicos exigidos no programa de automonitoramento de efluentes industriais do empreendimento.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Consumo de energia elétrica

O quadro a seguir se refere ao consumo de energia elétrica no empreendimento. Favor permanecer

atento às unidades de medida. Na columa “FONTE” informar a concessionária fornecedora de energia;

no caso da linha 1, e no caso da linha 2, informar qual a forma de geração de energia. No caso de

energia térmica, os combustíveis serão listados no quadro referente a “Consumo de energia térmica”.

Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

FONTE

1 Consumo de energia elétrica da concessionária pública

MWh

2 Consumo de energia elétrica de geração própria

MWh

Consumo de energia térmica

Neste item, favor preencher os, até 8 (oito), principais combustíveis utilizados pelo empreendimento. A

adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do

indicador. Favor não considerar nesse item os combustíveis automotivos utilizados na distribuição dos

produtos finais. Na coluna “USO” apresentar a operação, fase do processo ou equipamento em que o

combustível é utilizado.

Quantidade consumida No Combustíveis (especificar tipo): Unidade Ano 1 Ano 2

USO

1 t

2 t

3 t

4 t

5 t

9. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Favor listar as emissões atmosféricas geradas no empreendimento e suas respectivas fontes. Na coluna

Vazão média, inserir o resultado referente a média de todas as medições do ano.

Vazão média (Nm 3/h)

No Emissão Fonte Ano 1 Ano 2

Período de funcionamento

(h/dia) 1

2

3

4

5

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Neste quadro, apresentar o nível médio (concentração) de poluentes monitorados nas emissões

atmosféricas, inclusive daquelas relacionadas ao programa de automonitoramento de efluentes

atmosféricos do empreendimento.

Quantidade

No Poluente Emissão Unidade de medida Ano 1 Ano 2

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Gases de efeito estufa

1. Existe algum tipo de inventário de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo empreendimento? Se

houver, qual metodologia foi adotada? Quais os resultados obtidos? Qual a principal atividade

geradora de GEE no empreendimento?

Gases de efeito estufa

Demais emissões atmosféricas

Existem sistemas de controle utilizados para poluição atmosférica? Se houver, favor especificar o tipo do

sistema e a eficiência no tratamento.

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Observações e sugestões

RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO

Nome:

E-mail:

Telefone:

Vínculo com a empresa:

Data:

Assinatura:

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

11.2 Anexo II – Formulário padrão proposto para a c oleta de dados dos

empreendimentos participantes

FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS ÍNDICE P+L

1 DADOS DO EMPREENDEDOR:

2 DADOS DO EMPREENDIMENTO

Denominação:

Endereço (Rua, Av.; nº):

Município: CEP:

Responsável ambiental no empreendimento

Nome:

E-mail:

Telefone:

3 INFORMAÇÕES GERAIS

4. A empresa possui algum tipo de certificação ambiental ou de qualidade? Em caso afirmativo,

favor qual(is) o(s) organismo(s) emissor(es) e a(s) respectiva(s) data(s) de emissão.

5. A empresa participa de alguma associação nacional ou internacional do setor? Qual (is)?

Razão social:

Nome comercial (fantasia):

CNPJ: Inscrição Estadual:

Endereço (Rua, Av.; nº):

Município: CEP:

Responsável corporativo de meio ambiente

Nome:

E-mail:

Telefone:

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

6. A empresa elabora ou já elaborou algum tipo de relatório de sustentabilidade? Qual o modelo

adotado? O relatório foi publicado?

4 PRINCIPAIS PRODUTOS PRODUZIDOS

Neste item, favor preencher os, até 3 (três), principais produtos comercializados pelo empreendimento.

Não considerar nome comercial, mas classe de produto final. A adoção da unidade de produção em

massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.

Quantidade produzida No Produto Unidade Ano 1 Ano 2

Observações

1 t

2 t

3 t

As perguntas a seguir têm como objetivo iniciar uma abordagem relacionada ao ciclo de vida ambiental

dos produtos finais disponibilizados ao mercado consumidor. Caso já tenham realizado algum

levantamento ou estudo a respeito, favor preencher os quadros.

3. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de materiais recicláveis

existentes na composição dos seus produtos? Em caso afirmativo, quais os resultados?

4. Já foram realizados estudos com o objetivo de determinar o percentual de compostos perigosos

existentes na composição dos produtos finais? Em caso afirmativo, quais os resultados obtidos?

5 MATÉRIAS -PRIMAS UTILIZADAS

Neste item, favor preencher até 3 (três) matérias-primas principais utilizadas no empreendimento.

Insumos de processo ou auxiliares de produção não devem ser listados neste quadro. A adoção da

unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do indicador.

Quantidade produzida No Matérias-primas principais Unidade Ano 1 Ano 2

Renovável? Reciclada?

1 t

2 t

3 t

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

6 PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS UTILIZADOS

Neste item, favor preencher até 6 (seis) produtos químicos considerados como perigosos, dentre aqueles

que são utilizados em todo o empreendimento. Favor considerar nesse quadro aqueles consumidos em

maiores quantidades. Podem ser considerados neste item, óleos lubrificantes, solventes, líquidos

refrigerantes (caso perigosos). Os materiais combustíveis não devem ser inseridos neste quadro. A

adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do

indicador.

Quantidade consumida No Produto perigoso Unidade Ano 1 Ano 2

No ONU

1 t

2 t

3 t

4 t

5 t

6 t

7 CONSUMO DE ÁGUA E GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Consumo de água

Este quadro se refere tanto ao uso total de água no empreendimento (considerando como uso toda a

quantidade de água nova e/ou recirculada para o desenvolvimento das atividades dentro do

empreendimento, incluindo consumo humano, uso sanitário, consumo industrial, água de resfriamento,

umidificação de vias, irrigação de jardins, etc.), como a quantidade total de água que entra no balanço

hídrico, ou seja, aquela que é captada (diretamente ou por meio da concessionária pública) como

reposição de água para as perdas e descartes.

Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

1 Uso total de água no empreendimento m3

2 Quantidade de água captada diretamento pelo empreendimento (poços, rios, lagos e nascentes)

m3

3 Quantidade de água utilizada da concessionária local m3

4 Quantidade de água recirculada m3

3. Existem captações de águas pluviais no empreendimento?

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

4. Existem sistemas de reciclagem de água no empreendimento? Em caso afirmativo, a água é

reutilizada em qual(is) uso(s), processo(s) e/ou setore(s)?

Geração de efluentes líquidos

Este quadro se refere à quantificação da geração de efluentes líquidos no empreendimento, sejam eles

industriais ou sanitários. Na linha referente a efluentes líquidos industriais, favor somar a quantidade

gerada de todos os efluentes líquidos industriais existentes no empreendimento.

Quantidade gerada No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

Existe reciclagem?

1 Geração de efluentes líquidos industriais m3

2 Geração de efluentes líquidos sanitários m3

Características dos efluentes líquidos industriais e sanitários

Neste quadro, favor apresentar as características médias obtidas para os efluentes líquidos industriais e

sanitários monitorados pelo empreendimento. Os parâmetros físico-químicos adotados deverão ser

aqueles que constam no programa de automonitoramento de efluentes líquidos do empreendimento.

Média Ano 1 Média Ano 2 No Parâmetro físico-químico 9 Unidade Bruto Tratado Bruto Tratado

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

9 Parâmetros físico-químicos exigidos no programa de automonitoramento de efluentes industriais do empreendimento.

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feam 95

ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

8 CONSUMO DE ENERGIA

Consumo de energia elétrica

O quadro a seguir se refere ao consumo de energia elétrica no empreendimento. Favor permanecer

atento às unidades de medida. Na columa “FONTE” informar a concessionária fornecedora de energia;

no caso da linha 1, e no caso da linha 2, informar qual a forma de geração de energia. No caso de

energia térmica, os combustíveis serão listados no quadro referente a “Consumo de energia térmica”.

Quantidade consumida No Denominação Unidade Ano 1 Ano 2

FONTE

1 Consumo de energia elétrica da concessionária pública

MWh

2 Consumo de energia elétrica de geração própria

MWh

Consumo de energia térmica

Neste item, favor preencher os, até 8 (oito), principais combustíveis utilizados pelo empreendimento. A

adoção da unidade de produção em massa (toneladas) é essencial para o sucesso do cálculo do

indicador. Favor não considerar nesse item os combustíveis automotivos utilizados na distribuição dos

produtos finais. Na coluna “USO” apresentar a operação, fase do processo ou equipamento em que o

combustível é utilizado.

Quantidade consumida No Combustíveis (especificar tipo): Unidade Ano 1 Ano 2

USO

1 t

2 t

3 t

4 t

5 t

6 t

7 t

8 t

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

9 RESÍDUOS SÓLIDOS

Favor listar os resíduos sólidos gerados no empreendimento, acompanhados de sua classe de

acordo com a NBR10.004 e as respectivas taxas de geração para cada ano. Em “Local de

geração” apresentar a área ou processo onde o resíduo é gerado.

Taxa de geração (t/ano)

No Resíduo sólido Local de geração Ano 1 Ano 2

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Neste quadro, apresentar o destino dado a cada um dos resíduos sólidos gerados no empreendimento,

marcando um X onde for aplicável. Caso um resíduo tenha duas ou mais destinações diferentes, marcar

as destinações aplicáveis indicando o percentual de resíduos que foi encaminhado para cada tipo de

destinação.

No Resíduo sólido

Ate

rro

%

Inci

nera

ção

%

Cop

roce

ssam

ento

%

Reu

tiliz

ação

/

reci

clag

em

%

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

10 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Favor listar as emissões atmosféricas geradas no empreendimento e suas respectivas fontes. Na coluna

Vazão média, inserir o resultado referente a média de todas as medições do ano.

Vazão média (Nm 3/h)

No Emissão Fonte Ano 1 Ano 2

Período de funcionamento

(h/dia) 1

2

3

4

5

6

7

Neste quadro, apresentar o nível médio (concentração) de poluentes monitorados nas emissões

atmosféricas, inclusive daquelas relacionadas ao programa de automonitoramento de efluentes

atmosféricos do empreendimento.

Quantidade

No Poluente Emissão Unidade de medida Ano 1 Ano 2

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Gases de efeito estufa

2. Existe algum tipo de inventário de gases de efeito estufa (GEE) gerados pelo empreendimento? Se

houver, qual metodologia foi adotada? Quais os resultados obtidos? Qual a principal atividade

geradora de GEE no empreendimento?

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ÍNDICE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA PARA A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Gases de efeito estufa

Demais emissões atmosféricas

Existem sistemas de controle utilizados para poluição atmosférica? Se houver, favor especificar o tipo do

sistema e a eficiência no tratamento.

Observações e sugestões

RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO

Nome:

E-mail:

Telefone:

Vínculo com a empresa:

Data:

Assinatura: