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HERDADE VALE DAS SOBREIRAS HOTEL C A D E R N O D E E N C A R G O S ARQUITECTURA PAISAGISTA
FEVEREIRO 2014
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INDICE
1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS .................................................................................................. 5
1.1 GENERALIDADES ............................................................................................................................ 5 1.2 ESTALEIRO ...................................................................................................................................... 6 1.3 IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................................. 6 1.4 MEDIDAS CAUTELARES .................................................................................................................. 6
1.5 LIMPEZA FINAL DA OBRA ................................................................................................................ 7 1.6 RECEPÇÃO PROVISÓRIA E TELAS FINAIS ...................................................................................... 7 1.7 HIGIENE, SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO .......................................................................................... 7 1.8 MOVIMENTOS DE TERRA ................................................................................................................ 8
1.8.1 TERRAPLANAGENS ..................................................................................................................... 8
1.8.2 ATERROS .................................................................................................................................... 9 1.8.3 ESCAVAÇÕES .............................................................................................................................. 9
1.9 FUNDAÇÕES .................................................................................................................................. 10
1.10 PAVIMENTOS ................................................................................................................................. 10 1.10.1 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 10
1.11 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 10 1.11.1 INDICAÇÕES PRELIMINARES .................................................................................................... 11
1.11.1.1 SUBSTITUIÇÕES ..................................................................................................................... 11 1.11.1.2 ESTRUTURAS EXISTENTES ....................................................................................................... 11
1.11.2 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................................................... 11
1.11.2.1 OPERACIONALIDADE DA REDE .................................................................................................. 11 1.11.2.2 DRENAGEM DO SISTEMA DE REGA ............................................................................................. 11 1.11.2.3 ELEMENTOS A FORNECER ........................................................................................................ 11
1.11.3 EXECUÇÃO DA REDE DE COMANDO ......................................................................................... 11
1.12 REVESTIMENTO VEGETAL ............................................................................................................ 12
1.12.1 ZONAS VERDES ......................................................................................................................... 12 1.12.2 MODELAÇÃO FINAL DO TERRENO ............................................................................................ 12 1.12.3 ESPALHAMENTO DA TERRA VEGETAL ...................................................................................... 12
1.12.4 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ..................................................................................................... 12 1.12.5 PLANTAÇÕES ............................................................................................................................ 13 1.12.6 TUTORAGEM E ANCORAGEM .................................................................................................... 13
2. NATUREZA, CARACTERISTICAS E QUALIDADE DE MATERIAIS .............................................. 13
2.1 MATERIAIS NAO ESPECIFICADOS ................................................................................................. 13
2.2 MATERIAIS PARA ATERROS .......................................................................................................... 14 2.3 ÁGUA ............................................................................................................................................. 15 2.4 CIMENTO ....................................................................................................................................... 15 2.5 FERRO E AÇO ............................................................................................................................... 16
2.6 AREIA ............................................................................................................................................ 16 2.6.1 AREIA PARA ASSENTAMENTO DE PAVIMENTOS ...................................................................... 16 2.6.2 AREIA PARA ARGAMASSAS E BETÕES ..................................................................................... 17
2.7 BRITA ............................................................................................................................................ 17 2.7.1 BRITA PARA BETÕES ................................................................................................................ 18
2.8 BETÃO ........................................................................................................................................... 19 2.9 PEDRA PARA DRENOS .................................................................................................................. 20 2.10 MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - TOUT-VENANT ................................... 20
2.10.1 MATERIAL DE PREENCHIMENTO ............................................................................................... 21
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2.11 MATERIAIS PARA SUB-BASE ......................................................................................................... 21 2.12 MATERIAIS PARA SUB-BASE GRANULAR BRITADA ...................................................................... 21
2.12.1 AGREGADO ............................................................................................................................... 21 2.13 MADEIRAS ..................................................................................................................................... 22
2.13.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ...................................................................................................... 22 2.13.2 FORMA....................................................................................................................................... 22 2.13.3 HUMIDADE ................................................................................................................................. 22 2.13.4 FIBRAS ...................................................................................................................................... 23 2.13.5 PESO ......................................................................................................................................... 23 2.13.6 NÓS ........................................................................................................................................... 23 2.13.7 CURVATURA .............................................................................................................................. 23
2.13.8 MADEIRA DE PINHO .................................................................................................................. 23
2.14 TINTAS E VERNIZES ...................................................................................................................... 24 2.15 BLOCOS DE BETÃO PARA MUROS ................................................................................................ 24 2.16 REBOCO E TINTA PARA PINTURA DE MUROS E MURETES .......................................................... 24 2.17 VEDAÇÃO ...................................................................................................................................... 24 2.18 GRAVILHA ..................................................................................................................................... 24 2.19 LANCIL EM MADEIRA ..................................................................................................................... 25 2.20 FELTRO DE PROPILENO................................................................................................................ 25 2.21 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 26
2.21.1 TUBAGEM DA REDE DE REGA ................................................................................................... 26
2.21.2 PEÇAS DE REGA ....................................................................................................................... 26 2.21.3 VÁLVULAS ................................................................................................................................. 26 2.21.4 PROGRAMADOR E CABOS ELÉCTRICOS .................................................................................. 26
2.22 MATERIAL VEGETAL ...................................................................................................................... 27 2.22.1 ÁRVORES E ARBUSTOS ............................................................................................................ 27
2.23 TERRA VIVA................................................................................................................................... 27 2.24 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ......................................................................................................... 28
2.25 TURFA ........................................................................................................................................... 28 2.26 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ......................................................................................................... 28 2.27 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS ................................................................................................. 28
2.28 TUTORAGEM E ANCORAGEM ........................................................................................................ 29 2.28.1 MATERIAIS A APLICAR ..................................................................................................................... 29 2.28.2 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS ............................................................................................. 29
3. DESCRIÇÃO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ......................................................................... 30
3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE ................................................................................... 30 3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE ............................................................................................. 30 3.3 IMPLANTAÇÃO E PIQUETAGEM ..................................................................................................... 30
3.4 MOVIMENTOS DE TERRAS ............................................................................................................ 31 3.4.1 DESMATAGEM ........................................................................................................................... 31 3.4.2 DECAPAGEM ............................................................................................................................. 31
3.4.3 ESCAVAÇÕES ............................................................................................................................ 31 3.4.4 ATERROS .................................................................................................................................. 32 3.4.5 ACABAMENTO DOS TERRAPLENOS .......................................................................................... 32 3.4.6 TRANSPORTE DE TERRAS ........................................................................................................ 33
3.5 ARGAMASSAS ............................................................................................................................... 33 3.6 BETÕES ......................................................................................................................................... 33
3.6.1 FUNDAÇÕES .............................................................................................................................. 34
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3.7 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES ....................................................................................................... 34 3.7.1 CAIXA DE BASE DE PAVIMENTOS ............................................................................................. 34 3.7.2 SANEAMENTO DO LEITO ........................................................................................................... 34 3.7.3 BASE DE PAVIMENTOS .............................................................................................................. 34
3.7.3.1 ESPESSURA DA BASE.................................................................................................................. 34 3.7.3.2 BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA ............................................................................................. 34 3.7.3.3 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 35
3.7.4 MURO EM ALVENARIA DE BETÃO ............................................................................................. 35 3.8 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES ....................................................................................................... 35
3.8.1 TRANSIÇÃO EM MADEIRA ......................................................................................................... 35 3.9 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 36
3.9.1 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 36
3.9.2 VALAS ........................................................................................................................................ 36 3.9.3 TUBAGENS ................................................................................................................................ 36 3.9.4 IMPLANTAÇÃO ........................................................................................................................... 37 3.9.5 PROGRAMADOR, CABOS ELÉCTRICOS E LIGAÇÃO À REDE GERAL ......................................... 37 3.9.6 PROVAS DE ENSAIO .................................................................................................................. 37
3.10 MOBILIZAÇÕES ............................................................................................................................. 38 3.11 ZONAS VERDES – PREPARAÇÃO DO TERRENO ........................................................................... 38
3.11.1 MODELAÇÃO ............................................................................................................................. 38 3.11.2 MOBILIZAÇÃO ............................................................................................................................ 38
3.11.3 DESPEDREGA OU RETIRADA DE RESTOS DE OBRA ................................................................ 38 3.11.4 ESPALHAMENTO DE TERRA VIVA ............................................................................................. 38 3.11.5 REGULARIZAÇÃO PREVIA ......................................................................................................... 39
3.11.6 ABERTURA DE COVAS............................................................................................................... 39 3.11.7 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ..................................................................................................... 39
3.11.7.1 ARMAZENAMENTO .................................................................................................................. 39 3.11.7.2 APLICAÇÃO ........................................................................................................................... 39
3.11.7.3 DRENAGEM ........................................................................................................................... 39 3.11.8 FERTILIZAÇÃO ........................................................................................................................... 40
3.11.8.1 GERAL ................................................................................................................................. 40
3.11.9 DRENAGEM ............................................................................................................................... 40 3.12 ZONAS VERDES – PLANTAÇÕES ................................................................................................... 40
3.12.1 ÁRVORES ..................................................................................................................................... 41 3.12.2 ARBUSTOS ................................................................................................................................... 42 3.12.3 HERBÁCEAS ................................................................................................................................. 42
3.13 ÉPOCA DE REALIZAÇÃO ............................................................................................................... 42 3.14 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES............................................................................................. 43
3.14.1 LIMPEZA .................................................................................................................................... 43
3.14.2 REGA DAS ZONAS AJARDINADAS ............................................................................................. 43
3.14.2.1 ARBUSTOS E HERBÁCEAS ........................................................................................................ 43 3.14.2.2 ÁRVORES ............................................................................................................................. 43
3.14.3 MONDA ...................................................................................................................................... 43 3.14.3.1 LIMPEZA DE ZONAS ARBORIZADAS ............................................................................................. 44
3.14.4 PODA ......................................................................................................................................... 44 3.14.5 TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS ........................................................................................... 44 3.14.6 RETANCHAS E SUBSTITUIÇÕES ............................................................................................... 44 3.14.7 TUTORAGEM ............................................................................................................................. 45
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3.14.8 DESBASTE ................................................................................................................................. 45 3.15 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS ............................................................................................... 45 3.16 GARANTIA ..................................................................................................................................... 45
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1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS
1.1 GENERALIDADES
Fazem parte integrante do presente CADERNO DE ENCARGOS/ CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS todos os
fornecimentos, trabalhos e seu modo de execução, descritos nas medições, estimativa e peças desenhadas, que o
empreiteiro se obriga a cumprir na íntegra.
O empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto da Fiscalização, do volume e natureza dos trabalhos a executar,
porquanto não serão atendidas quaisquer reclamações baseadas no desconhecimento da falta de previsão dos mesmos.
Dever-se-á ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos que, embora não explicitamente descritos neste
caderno de encargos, sejam necessários ao bom acabamento da obra.
Transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos, devem ser realizados de modo a evitar a mistura de
materiais diferentes, bem como a sua conservação e todos os encargos inerentes serão por conta do empreiteiro.
Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a solidez e perfeição, de acordo
com as melhores regras da arte de construir. Entre os diversos processos de construção, deverá ser sempre escolhido o
que conduza a uma maior garantia de duração e acabamento.
Os materiais a empregar serão sempre de boa qualidade, deverão satisfazer as condições exigidas para os fins a que se
destinam, e não poderão ser aplicados sem a prévia aprovação da Fiscalização.
Os materiais para os quais existem especificações oficiais deverão satisfazer taxativamente o que nelas é fixado.
O empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização e pelo Dono da Obra, poderá empregar materiais diferentes dos
inicialmente previstos, se a solidez, estabilidade, duração, conservação e aspecto da obra não forem prejudicados, e se
isso não acarretar um aumento no preço da empreitada.
O empreiteiro obriga-se a apresentar previamente à aprovação da Fiscalização, amostras dos materiais a empregar,
acompanhados dos certificados de origem, ou de análises e/ou ensaios executados em laboratórios oficiais, sempre que a
Fiscalização o julgue necessário, os quais, depois de aprovados, servirão de padrão.
A Fiscalização reserva-se o direito de, durante e após a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, levar a efeito
ensaios de controlo para verificar se a construção está de acordo com o estipulado neste caderno de encargos, bem como
de tomar novas amostras e mandar proceder às análises, ensaios e provas em laboratórios oficiais à sua escolha. Os
encargos daí resultantes são por conta do empreiteiro. O disposto nesta condição não diminui a responsabilidade que cabe
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ao empreiteiro na execução da obra.
Os materiais rejeitados pela Fiscalização serão prontamente removidos do estaleiro pelo empreiteiro, sem direito a
qualquer indemnização ou prorrogação de prazos.
Constituem encargos do empreiteiro, a instalação das canalizações para a condução de água para a obra e a sua ligação à
conduta da rede de abastecimento público, bem como o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da
empreitada a eles ligados.
Antes do início de qualquer trabalho, o empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à fiscalização de qualquer erro de
dimensionamento que verifique no projecto, cabendo-lhe toda a responsabilidade pelas correcções de diferenças que
posteriormente se venha a verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado. O empreiteiro deverá ter na
obra o material topográfico necessário à implantação e verificação dos trabalhos.
1.2 ESTALEIRO
O estaleiro a implantar, em conformidade com o tipo de obra a executar, deverá obedecer às normas estabelecidas em
vigor. A degradação inerente à ocupação do estaleiro deve ser recuperada pelo empreiteiro, e à sua custa, assim que este
for retirado.
1.3 IMPLANTAÇÃO
Antes de se iniciar qualquer trabalho o empreiteiro procederá, à sua custa, à implantação e demarcação definitiva das
obras a executar.
O empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se for caso disso, de observações
assinalando as deficiências que eventualmente encontre, deficiências que serão objecto de uma verificação com o dono de
obra.
As implantações e demarcações serão verificadas pela fiscalização, que as aprovará no caso de estarem conforme o
projecto.
Para que o empreiteiro execute a implantação dos trabalhos, a fiscalização indicará o local ou locais em que ele deverá
colocar a as marcas de nivelamento necessárias, bem definidas, verificadas pela fiscalização e nas quais se apoiarão as
implantações ou piquetagem. Todos os danos resultantes da não observação destas normas serão integralmente
suportados pelo empreiteiro.
1.4 MEDIDAS CAUTELARES
Incluem-se nas medidas cautelares a decapagem e armazenamento da terra viva proveniente dos locais onde se irão
implantar edifícios, muros de suporte e áreas pavimentadas e dos locais sujeitos a movimentação de terras.
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A vegetação arbórea existente que será preservada e transplantada, deve ser protegida dos trabalhos de construção e das
áreas de circulação. A identificação e o isolamento destas áreas deve ser claro e o material utilizado será durável e
resistente. A remoção de qualquer exemplar arbóreo ou arbustivo deverá ser assinalada e comunicada à fiscalização pelo
empreiteiro. A remoção de tais exemplares de vegetação só poderá ser efectuada após a aprovação da fiscalização.
As espécies a manter deverão ser removidas com torrão e transplantadas nos locais indicados pela fiscalização,
conciliando as operações com o plano de plantação proposto.
1.5 LIMPEZA FINAL DA OBRA
O empreiteiro assegurará a limpeza e acabamento final de toda a obra, devido à sujidade e outras imperfeições criadas,
bem como a remoção de todos os materiais excedentes e detritos acumulados durante a execução da obra.
1.6 RECEPÇÃO PROVISÓRIA E TELAS FINAIS
Após a conclusão de cada uma das fases de trabalho ou da sua totalidade (de acordo com a programação aprovada pela
Fiscalização), o Dono de Obra procederá à recepção provisória se, em vistoria efectuada na presença do Delegado do
empreiteiro, for verificado o total cumprimento do projecto e eventuais alterações entretanto ocorridas e que tenham sido
comunicadas por escrito ao empreiteiro.
Não estando os trabalhos de acordo com o projecto, deverá o empreiteiro promover às diligências necessárias para corrigir
as deficiências encontradas, em prazo estabelecido pelo Dono de Obra. Verificando-se total cumprimento do projecto, em
nova vistoria, será então lavrado o auto de recepção provisória.
1.7 HIGIENE, SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO
O empreiteiro é obrigado a cumprir o estipulado em todos os documentos de prevenção de riscos profissionais
(nomeadamente, no Plano de Segurança e de Saúde, Procedimentos gerais de segurança, etc.) e na legislação aplicável
em matéria de segurança e saúde.
É responsabilidade do Empreiteiro e dos sub-empreiteiros a manutenção de um técnico responsável pela Higiene,
Segurança e Saúde no trabalho aceite pelo Dono da Obra, podendo este determinar a qualquer momento a sua
substituição nos casos de reconhecida falta de competência, de assiduidade ou empenho e dedicação na função.
É também da sua responsabilidade a garantia dos seguros de acidentes de trabalho e outros que devam ser exigidos face
a riscos especiais, verificando-se no início dos trabalhos a sua validade e forma de cobertura. Esta deve abranger todo o
pessoal empregue no estaleiro, incluindo os sub-empreiteiros e trabalhadores independentes. Cópias das apólices destes
seguros deverão constar ao processo do Plano de Segurança e de Saúde.
Deve ser fornecido semanalmente os dados relativos ao pessoal em obra, nomeadamente n.º. de trabalhadores, nº de
horas de trabalho, listagens de incidentes e das inspecções médicas aos trabalhadores, bem como verificada através da
apresentação de documentos de legalização de permanência e autorização de trabalho em Portugal para os novos
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trabalhadores não nacionais.
O Empreiteiro deve instalar protecções colectivas para a obra, em função dos riscos potenciais, incluindo iluminação,
sinalização, e instalação de material de combate a incêndios consoante os riscos inerentes aos trabalhos em curso. Deve
também prover à instalação de diversos placardes para informações internas (1 m2) e externas (0,8 m2) no âmbito da
Higiene, Segurança e Saúde no trabalho.
Deve existir no estaleiro equipamento de primeiros socorros, no mínimo uma caixa com: luvas de latex; betadine;
compressas; ligaduras; pensos; tesoura; pinça; garrotes; analgésicos e talas. É também necessária a existência de uma
maca e a permanência de um socorrista devidamente credenciado. É necessária a garantia de um sistema de
comunicações de emergência no estaleiro.
É necessária a garantia de condições de higiene na obra, nomeadamente a instalação de sanitários junto das frentes de
trabalho, e a imposição das refeições em refeitório não sendo permitidos fogos nus no estaleiro.
O empreiteiro deverá colocar sinalização nas vias de acesso, na área envolvente da obra e em todos os pontos em que tal
se mostre necessário, assim como a vedação do estaleiro e delimitação das frentes de trabalho, de forma a evitar a criação
de perigos potenciais.
Serão da responsabilidade do empreiteiro quaisquer prejuízos que a falta de sinalização, implementação das medidas
anteriormente referidas, ou a sua deficiente implantação possam ocasionar, quer à obra quer a terceiros.
1.8 MOVIMENTOS DE TERRA
1.8.1 TERRAPLANAGENS
Os trabalhos de terraplanagem poderão ser executados por processos manuais ou mecânicos. O trabalho de movimento
de terras compreende a execução de escavações e aterros e ainda os trabalhos de compactação, regularização e
acabamento, tudo de acordo com as dimensões, perfis e cotas do projecto e especificações do presente Caderno de
Encargos. O material escavado, depois de seleccionado, poderá ser utilizado na construção de aterros ou em fundações
de pavimentos, se tal for previsto no projecto ou nas condições técnicas e autorizado pela fiscalização, mas sempre de
acordo com as indicações desta.
A fiscalização tem o direito de propor ao projectista a alteração de rasantes e cotas do projecto, se daí resultar uma maior
economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do trabalho, sem que tal traga modificações ao
preço unitário proposto.
Após uma decapagem geral das zonas a escavar tal como está previsto nas Medidas Cautelares, as escavações serão
executadas para que o terreno fique a cotas superiores às definitivas, para que após a compactação se obtenham então as
cotas do projecto.
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Se o empreiteiro, por negligência ou outro motivo escavar o terreno abaixo das cotas indicadas, deverá corrigir essas
zonas escavadas em excesso, com materiais e processos indicados pela fiscalização, sem direito a qualquer
indemnização.
1.8.2 ATERROS
Todo o entulho ou outras substâncias impróprias existentes na área de intervenção deverão ser removidas e transportadas
ao local a designar pela fiscalização.
Inclui-se nestas operações a extracção dos inertes para fora das zonas da intervenção, transporte e depósito a vazadouro.
O trabalho de movimento de terras compreende a execução de aterros e ainda os trabalhos de compactação,
regularização e acabamento, de acordo com as dimensões, perfis e cotas de projecto e especificações do presente
caderno de encargos.
Se durante a execução dos trabalhos for necessário interceptar o sistema de drenagem superficial ou subterrâneo,
sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes enterradas, será da responsabilidade do empreiteiro a adopção
de todas as medidas necessárias para manter em funcionamento os referidos sistemas ou estruturas, devendo o
empreiteiro informar a fiscalização que dará as devidas instruções e, se necessário, tomará as providências que se
imponham.
1.8.3 ESCAVAÇÕES
O empreiteiro deverá notificar a fiscalização com a antecedência necessária do início de escavação para que seja possível
a determinação das secções transversais que servirão de base à medição. O terreno natural adjacente à obra só poderá
ser modificado mediante autorização da fiscalização dada por escrito.
A escavação necessária para a implantação da obra deve ser levada às cotas definidas pelo projecto. Os caboucos para
fundações de estruturas deverão ser escavadas à mão ou com máquinas apropriadas, de forma a conseguirem-se os
perfis fixados no projecto sem irregularidades, considerando-os embora como aproximados e sujeitos a correcções ou
alterações por parte da fiscalização.
Quando o solo em escavação for argiloso, só se completará a escavação dos últimos 0,15 m respectivos no próprio dia em
que se executar a betonagem, para evitar que a superfície que receba a sapata sofra os efeitos dos agentes atmosféricos.
Remover-se-ão todos os materiais instáveis ou soltos ou quaisquer elementos prejudiciais à boa execução das obras. Os
materiais que venham a utilizar-se posteriormente no preenchimento das escavações executadas serão colocados nos
bordos das mesmas e a distância conveniente a fim de não originarem pressões prejudiciais sobre as paredes do cabouco.
Os materiais não utilizáveis serão transportados para os locais previstos ou na sua falta para os que a fiscalização indicar,
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mas sempre por conta do adjudicatário. Não será atendida qualquer reclamação ou pedido de indemnização baseado no
facto da natureza do terreno ser diferente da suposta pelo adjudicatário ao elaborar a sua proposta ou na necessidade de
esgotamento de água, seja qual for a proveniência desta. Se forem necessários quaisquer escoramentos ou outros
trabalhos acessórios para evitar desmoronamentos de terras, tudo será por conta do adjudicatário.
1.9 FUNDAÇÕES
As fundações deverão atingir as cotas indicadas no projecto.
Devem ser tomadas todas as precauções no sentido de evitar o remeximento ou decomposição do terreno em que se
apoiam as estruturas. Para tal, e sempre que as características do solo o aconselhem, procurar-se-á reduzir ao mínimo o
intervalo de tempo entre a escavação e a betonagem de preenchimento de volumes escavados.
Os trabalhos de escavação devem ser conduzidos de modo a impedir-se o fluxo de água às paredes das escavações. As
escavações devem ser mantidas sem água.
1.10 PAVIMENTOS
1.10.1 PIQUETAGEM
A implantação dos pavimentos será efectuada com o auxílio de estacas cotadas, que definam correctamente os contornos
e as cotas do projecto.
Qualquer anomalia detectada pelo empreiteiro devida a incorrecção do projecto deverá ser participada por escrito à
fiscalização, antes do início dos trabalhos.
1.11 REDE DE REGA
Compreende a execução do sistema traçado de forma diagramática no plano de rega. A localização exacta de todos os
aspersores, válvulas, tubos, etc., deve ser estabelecida, pelo empreiteiro na altura de construção. O sistema deve ser
implantado utilizando aspersores, válvulas, tubos e acessórios nas dimensões e tipos indicados no plano de rega. Será
implantado tendo em conta as indicações da fiscalização e conforme as áreas e localizações no plano de rega.
Salvo indicação em contrário, incluída na memória descritiva ou desenhos, a construção do sistema de rega deve incluir o
fornecimento, instalação e os trabalhos necessários aos testes de todas as linhas de tubo, acessórios, pulverizadores,
válvulas electromagnéticas e respectivas caixas, válvulas de baioneta (de acoplamento rápido), válvulas de sectorização,
programadores, cabos eléctricos e os restantes equipamentos, a escavação e tapamento de valas e todos os trabalhos
necessários à correcta execução do trabalho indicado nos planos e nas especificações técnicas.
O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas e trabalho necessário para garantir que o trabalho de instalação
da rede de rega se faça de maneira aceitável e dentro dos prazos definidos ou a definir em reunião de obra.
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1.11.1 INDICAÇÕES PRELIMINARES
1.11.1.1 SUBSTITUIÇÕES
Nenhuma substituição de tubo de pequeno diâmetro será permitida. Qualquer alteração nos tubos de maior diâmetro
deverá ser proposta e justificada para aprovação da fiscalização. Todos os tubos com defeito de fabrico ou entretanto
danificados devem ser removidos do local da obra, e na altura em que a fiscalização detecte essas deficiências.
1.11.1.2 ESTRUTURAS EXISTENTES
A exacta localização de estruturas ou instalações subterrâneas, não indicadas nos planos, deve ser determinada pelo
empreiteiro do sistema de rega e o mesmo deve orientar o seu trabalho por forma a evitar interrupções no funcionamento
de possíveis instalações ou de qualquer estrago nas mesmas. Se se verificarem prejuízos nessas instalações, o
empreiteiro ficará responsável pelos mesmos.
Se forem necessários pequenos ajustamentos para evitar obstruções fixas (resultantes de quaisquer instalações
subterrâneas), esses ajustamentos devem ser propostos ao projectista para aprovação.
1.11.2 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA
1.11.2.1 OPERACIONALIDADE DA REDE
O empreiteiro deverá garantir a operacionalidade dos sistemas de rega. Será da responsabilidade do empreiteiro a
verificação de que o sistema distribui satisfatoriamente água na área a regar. Se se verificarem desvios ou falhas nesse
plano e o empreiteiro não as assinalar antes da instalação, obrigar-se-á a efectuar as necessárias correcções à sua custa.
1.11.2.2 DRENAGEM DO SISTEMA DE REGA
O empreiteiro deverá assegurar que o sistema de rega possa ser completamente drenado. Nos pontos mais baixos dos
circuitos deverão ser instaladas válvulas de drenagem do sistema, de acordo com o tipo de aspersores usados e
respectivas características, caso as válvulas anti-dreno não sejam parte integrante dos aspersores escolhidos.
1.11.2.3 ELEMENTOS A FORNECER
O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas, e trabalho necessário para garantir que o trabalho de
instalação da rede se faça de maneira aceitável e dentro dos prazos definidos ou a definir em reunião de obra.
1.11.3 EXECUÇÃO DA REDE DE COMANDO
Inclui os trabalhos descriminados e representados esquematicamente nas peças desenhadas, nomeadamente ligação do
programador ou sensor de humidade à rede eléctrica, daquele às electroválvulas, e entre estas. O programador de rega
será integrado em caixa a executar, que disporá de porta metálica independente, com fechadura.
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1.12 REVESTIMENTO VEGETAL
1.12.1 ZONAS VERDES
A preparação do terreno para revestimento vegetal consistirá na execução de várias operações pela ordem que se segue:
Pequena modelação do terreno;
Gradagem ou recava até 0,15m de profundidade; (relvados)
Mobilização, mecânica ou manual até 0,50m de profundidade, seguida de escarificação, gradagem ou recava de
0,15m de profundidade; (arbustos)
Abertura de caldeiras para árvores com covas de 1 m de profundidade e 1 m de lado;
Despedrega, ou escolha e retirada de pedras e materiais estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a
0.06 m, nos 0.15 m superficiais do terreno;
Espalhamento da terra vegetal, mecânica ou manualmente, de modo a formar uma camada superficial com 0.5m
de espessura nas áreas com herbáceas de revestimento;
Espalhamento da terra vegetal, mecânica ou manualmente, ou composto específico de modo a formar uma
camada superficial com 0.1m de espessura na área de relvado;
Regularização prévia, efectuada mecânica ou manualmente;
Incorporação de fertilizantes e correctivos, especificados no capítulo de características e natureza dos materiais
deste caderno de encargos;
Regularização final do terreno, atendendo-se à necessidade de garantirem a drenagem de todos os espaços
verdes.
1.12.2 MODELAÇÃO FINAL DO TERRENO
Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa execução de:
Limpeza
Trabalhos de preparação final do solo.
Considera-se como trabalho de modelação final, um terreno apto a plantar e semear, em que o solo se encontre com as
condições óptimas de composição pretendida, e com uma superfície regular de acordo com cotas de projecto.
1.12.3 ESPALHAMENTO DA TERRA VEGETAL
Refere-se este capítulo ao fornecimento e incorporação de terra vegetal em todas as áreas a plantar e nas covas para
plantação de árvores e arbustos.
1.12.4 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO
Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à obtenção de um composto de plantação para enchimento
de covas ou espalhamento em camada superficial do solo. De entre os diversos trabalhos e fornecimentos destacam-se os
seguintes:
Transporte, deposição e armazenamento de volumes de composto de plantação;
Melhoramentos de granulometria, composição química ou matéria orgânica;
Análise à quantidade do solo existente e do composto de plantação, por lotes e a pedido da fiscalização.
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1.12.5 PLANTAÇÕES
Todo o material vegetal será designado pelo seu nome botânico de acordo com as regras da nomenclatura botânica, com
referência obrigatória ao género e espécie, e a variedade ou cultivar, se for caso disso.
Todos os exemplares provenientes de viveiro, transplante local ou transplante exterior, deverão ser identificados através de
etiqueta indelével, constando o seu nome botânico. Serão excluídos do local de obra, todos os exemplares não
identificados individualmente, ou por lote inequívoco.
Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respectivos planos, não sendo permitidas
quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização da fiscalização. Esta operação compreende:
Piquetagem do projecto;
Cava geral;
Todos os fornecimentos de material vegetal;
Abertura de covas (só para árvores e arbustos);
Plantação, tutoragem, amarração e rega.
Manutenção até recepção provisória
As posições relativas de árvores, arbustos, herbáceas e sementeiras, devem ser respeitadas, tal como a relação com os
pontos da Rede de Rega activos, i.e. pulverizadores, aspersores e válvulas de baioneta.
1.12.6 TUTORAGEM E ANCORAGEM
Compreende todos os fornecimentos e trabalhos necessários à boa execução e aplicação de sistemas de ancoragem e
tutoragem com complemento a plantações, nomeadamente:
Fornecimento de materiais;
Execução e montagem;
Manutenção até ao final de um período de garantia.
Considera-se como sistema de tutoragem a montagem de estacas verticais fixadas ao solo, em torno de um exemplar
plantado, cuja função é assegurar através de ligações apropriadas a estabilidade biomecânica e a orientação do
crescimento da mesma.
2. NATUREZA, CARACTERISTICAS E QUALIDADE DE MATERIAIS
2.1 MATERIAIS NAO ESPECIFICADOS
Todos os materiais necessários à execução da obra serão, salvo disposição em contrário, directamente adquiridos pelo
Empreiteiro, sob sua responsabilidade e encargo, ficando sujeitos à aprovação da Fiscalização.
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O Empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos regulamentos e normas
oficiais portuguesas em vigor à data da execução, ainda que não expressamente referidos, e justificar que a composição, o
fabrico e os processos de aplicação são compatíveis com a respectiva finalidade.
Todos os transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos, realizados de modo a evitar a mistura de
materiais de tipos diferentes, bem como a conservação e todos os encargos inerentes, serão por conta do Empreiteiro.
O Dono da Obra exercerá Fiscalização nos armazéns, silos, parques de depósito, oficinas e locais de aplicação, para
verificar a qualidade e a arrumação dos materiais, bem como o seu acondicionamento.
Cumpre ao Empreiteiro fornecer, em qualquer ponto do estaleiro e sem direito a retribuição, todas as amostras de
materiais para ensaios laboratoriais que o Dono da Obra pretenda efectuar.
A aceitação e o controlo exercidos pela Fiscalização não reduzem a responsabilidade do Empreiteiro sobre os materiais
utilizados.
2.2 MATERIAIS PARA ATERROS
Os materiais utilizados nos aterros serão solos ou outros materiais que se obterão das escavações realizadas na obra, dos
empréstimos que se definam no projecto de construção, ou dos empréstimos escolhidos pelo empreiteiro com prévio
conhecimento da fiscalização, e que obedecem aos seguintes pressupostos:
os solos ou materiais a utilizar estão isentos de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixos ou quaisquer detritos
orgânicos;
a dimensão máxima dos seus elementos é em regra, inferior a 2/3 da espessura da camada uma vez
compactada;
o equivalente de areia dos solos de empréstimo será superior a 12 ou 20, conforme se aplique nas camadas
inferiores ou nos últimos 30 cm de terraplanagem;
o teor de humidade dos solos aplicados nos aterros será tal que permita atingir o grau de compactação desejado,
não podendo no entanto exceder em mais de 15% o teor óptimo em humidade referido ao ensaio de
compactação pesada.
Quando forem utilizados produtos de escavação de rocha ou detritos de pedreiras, estes materiais serão
arrumados na base do aterro ficando os seus vazios preenchidos por elementos mais finos.
Para a aplicação de materiais que não satisfaçam estas condições, será necessária a aprovação prévia por escrito, da
fiscalização.
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2.3 ÁGUA
A água a empregar em alvenarias e regas de pavimentos será doce, limpa, isenta de ácidos, substâncias orgânicas ou
deliquescentes, resíduos ou quaisquer outras impurezas, em especial cloretos, sulfatos e óleos.
A água que for utilizada no fabrico de argamassas e betões deverá satisfazer o prescrito no Regulamento de Betões e
Ligantes Hidráulicos aprovado pelo decreto N. 404/71 de 23/9/71, nomeadamente não deverá incluir substâncias em
percentagem tal que possam, pelas suas características, prejudicar a presa normal e o endurecimento do cimento, ou
alterar as qualidades das mesmas argamassas ou betões. Os sulfatos, sulfuretos, cloretos e álcalis deverão existir na água
em percentagens tais que no conjunto dos restantes componentes das argamassas e betões (aditivos e inertes) não
ultrapassem os valores estabelecidos a propósito do seu fabrico.
Sempre que a água não provenha de canalizações de água potável, serão colhidas amostras nos termos da NP 409 e
feitos os ensaios julgados necessários pela determinação das suas características.
Os ensaios para determinação das água (NP 413, NP421 e NP 423 ) serão realizados antes do início da fabricação das
argamassas e betões, durante a sua fabricação e com a frequência que a fiscalização entender.
Constituirá encargo do empreiteiro a instalação das canalizações para a conduta de água para a obra e a sua ligação à
conduta da rede de abastecimento existente e, neste caso, o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da
empreitada, ou a captações cuja execução também é por conta do empreiteiro.
Os recipientes de armazenamento e transporte de água deverão ser motivo de particular cuidado, com o fim de evitar que
possam conter, como depósito ou sujidade, alguns dos produtos atrás referidos. A água a utilizar em molhagem, durante o
período de cura dos betões, deverá satisfazer os requisitos atrás referidos.
2.4 CIMENTO
O cimento, se for "Portland" de presa lenta, deverá obedecer às disposições do caderno de encargos para o fornecimento
e recepção do cimento "Portland Normal"; aprovado pelos Decretos nº 40 870 e 41 127, respectivamente de 22 de
Novembro de 1956 e de 24 de Maio de 1957.
O cimento, sendo especial, de alta resistência ao alumínio, deverá satisfazer as condições e normas de ensaio indicadas
na alínea b) do Artº 5 do REBAP.
O cimento será fornecido em sacos de papel impermeabilizado, com a marca do fabricante, e as embalagens de cimento
que tenham de ser transportadas por via marítima serão cuidadas e bem protegidas depois de acondicionadas. Cada saco
deverá conter o peso líquido de 50 kg, com uma tolerância de 2%.
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O cimento após recepção no local da obra será armazenado em local seco com ventilação adequada e de forma a permitir
uma fácil inspecção e diferenciação de cada lote armazenado. O cimento que esteja armazenado há mais de 60 dias (não
devendo por via de regra ter mais de 90 dias), será aplicado obrigatoriamente antes da utilização de qualquer cimento mais
recente.
As amostras de cimento "Portland", colhidas no local de armazenamento da obra, obedecerão ao estabelecido no Decreto
nº 40 870 atrás referido. Os ensaios deverão realizados no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), sendo os de
rotura por flexão e compressão feitos aos 7 e 28 dias e só em caso de urgência reconhecida pela Fiscalização, se
autorizará que o cimento seja utilizado antes da obtenção dos ensaios dos resultados ao 28º dia, desde que ele satisfaça o
estipulado quanto às condições físicas e químicas de composição e aos ensaios de resistência aos 3 e 7 dias.
No acto de aplicação, todo o cimento deverá apresentar-se seco, sem vestígios de humidade e isento de grânulos. Todo o
cimento que se verifique não obedecer às condições expostas, será imediatamente retirado do local dos trabalhos.
Quaisquer produtos de adição, quer os destinados a acelerar a presa do cimento, a conferir maior plasticidade ou a
qualquer outro fim, só poderão ser aplicados com a aprovação da Fiscalização.
2.5 FERRO E AÇO
Os aços em varão ou rede e os perfilados satisfarão, respectivamente, às especificações do REBAP, REAE e do RPM, e
serão do tipo definido nos elementos de projecto.
As peças de metal e as ferragens, a utilizar em obra, serão dos tipos referidos nos elementos de projecto, ou pela
fiscalização.
Deve ser macio, de textura homogénea, de grão fino e não quebradiço, deve apresentar-se isento de zincagem, pintura,
alcatroagem, argila, óleo ou de ferrugem solta.
2.6 AREIA
2.6.1 AREIA PARA ASSENTAMENTO DE PAVIMENTOS
A areia a empregar como almofada de pavimentos será limpa, isenta de argilas e obedecerá às seguintes condições
granulométricas:
Percentagem que passa no peneiro N. 4 (4.76 mm) 100 %
Percentagem que passa no peneiro N. 10 (2.00 mm) 85 %
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Considera-se areia de grão grosso a que passando por um crivo com orifícios de 5 mm é retida em crivos de 2 mm; areia de
grão médio, a que passando por um crivo com orifícios de 2 mm é retida no crivo com orifícios de 0,5 mm e, areia de grão
fino, a que passando num crivo com orifícios de 0,5 mm é retida em crivos de 0,07 mm.
A areia será armazenada em lotes distintos, consoante a sua granulometria, de forma a que não haja mistura possível entre
os vários lotes. A areia será de origem reconhecida e aprovada pela fiscalização.
Poderão ser exigidos ensaios segundo as normas específicas, sobretudo quando ao teor de sais e matérias estranhas. Será
rejeitada toda a areia que não obedeça às especificações.
2.6.2 AREIA PARA ARGAMASSAS E BETÕES
Deverá em tudo ser observada a especificação LNEC E 373, segundo secção NA 4.2 – Inertes, do Anexo Nacional da NP
ENV 206 – ‘Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade’.
A areia a empregar deverá ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa, de grão anguloso, áspero ao tacto, limpa ou
lavada e ter a composição granulométrica mais apropriada à natureza do trabalho a efectuar. Deverá ser composta por
grãos grossos de 5 a 2 mm, médios de 2 a 0.5 mm e finos abaixo de 0.5 mm quando se destinar ao betão armado, de
modo a apresentar compacidades e densidades aparentes máximas.
A areia a empregar deverá ser isenta de substâncias susceptíveis de prejudicar a presa e o endurecimento das
argamassas e dos betões ou de provocar a corrosão e a eflorescência das armaduras, nomeadamente argila, siltes, mica,
conchas, partículas pouco resistentes, matérias solúveis e substâncias orgânicas, sendo expressamente proibido o
emprego de areia do mar ou com salgadiço.
A areia será armazenada em lotes distintos, consoante a sua granulometria, de forma a que não haja mistura possível
entre os vários lotes. A areia será de origem reconhecida e aprovada pela fiscalização. Poderão ser exigidos ensaios
segundo as normas específicas, sobretudo quando ao teor de sais e matérias estranhas. Será rejeitada toda a areia que
não obedeça às especificações.
2.7 BRITA
A brita deverá ser constituída por fragmentos rijos de arestas vivas, isentos de argila, matéria orgânica ou quaisquer outra
substâncias nocivas. As pedras não deverão apresentar forma lamelar nem indícios de alteração ou desagregação pela
acção dos agentes atmosféricos.
Serão rejeitados todos os lotes que apresentem mais de 15% de elementos alongados (relação entre a maior e a menor
dimensão igual ou superior a 2).
A brita deverá ainda obedecer às seguintes prescrições:
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PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA
3” 100 % 2 1/2” 90 - 100 % 1 1/2” 25 - 60 % 3/4” 0 - 10 %
Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles às 500 rotações - 50%.
As britas devem ser depositadas em lotes distintos e bem definidos de acordo com as suas características de
granulometria. A britagem da pedra, quando tenha de ser feita na obra, deverá ser executada fora do local do seu
emprego.
2.7.1 BRITA PARA BETÕES
A pedra de natureza siliciosa, de preferência britada ou seixo anguloso, deverá ser rija, sã, durável, não margosa nem
geladiça, limpa ou lavada e isenta de substâncias que possam prejudicar a aderência do cimento à pedra, ou ainda que
possam atacar o aço das armaduras. Não devem conter elementos alongados ou achatados, sendo assim considerados os
elementos cuja dimensão maior exceder em 5x a dimensão mínima.
As percentagens em peso das substâncias prejudiciais existentes na pedra para o betão não devem exceder os seguintes
valores:
Elementos alterados 2%
Aglomerados argilosos 0,25%
Removíveis por decantação 1%
A pedra deverá ter dimensões variáveis, entre 2 e 4 cm, devendo obedecer ao disposto no Regulamento de Betão de
Ligantes Hidráulicos.
Quando a brita se destina ao fabrico de betão simples, as dimensões máximas admissíveis serão as seguintes:
Em obras com menos de 0,12 m de espessura 2 cm
Em obras com espessuras entre 0,12 e 0,18 m 3 cm
Em obras com espessuras entre 0,18 e 0,25 m 4 cm
Em obras com espessuras superiores a 0,25 m 5 cm
Em fundações - dimensões compreendidas entre 2 - 5 cm A brita deverá apresentar uma granulometria tal que, conjuntamente com a areia, confira ao betão a compacidade
pretendida.
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2.8 BETÃO
Os materiais a utilizar no fabrico de betão deverão respeitar o prescrito nas seguintes especificações:
Água para betões
Cimento ‘Portland Normal’
Areia e brita para argamassas e betões
São permitidos tanto para os betões fabricados no estaleiro da obra, como noutro local preparado para o efeito,
desde que a Fiscalização o tenha autorizado e a ele tenha acesso, obrigando-se se o empreiteiro a verificar as
seguintes prescrições:
Sempre que a Fiscalização considere necessário, o empreiteiro procederá ao estudo da dosagem, processo de
fabrico e colocação dos betões a utilizar, sendo a dosagem definitiva determinada por tentativas, pela execução
de ensaios preliminares em laboratórios até se obter uma massa com trabalhabilidade e resistência
convenientes.
Observar-se-ão as disposições do RBLH (Regulamento do Betão de Ligantes Hidráulicos e o REBAP
(Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré Esforçado).
Estes estudos deverão ser apresentados à aprovação da Fiscalização antes de iniciada a betonagem do primeiro
elemento.
A betonagem nunca poderá começar antes da Fiscalização se ter pronunciado sobre os resultados dos ensaios
laboratoriais.
A Fiscalização reserva-se o direito de não aprovar os estudos efectuados pelo empreiteiro, caso não concorde
com os métodos preestabelecidos pelo mesmo. Neste caso, o empreiteiro obriga-se a proceder a novos estudos,
tendo em atenção as observações feitas pela Fiscalização.
O empreiteiro deverá propor os inertes que deseja utilizar, fornecendo amostras que serão colhidas na presença
e segundo indicações da Fiscalização.
Os inertes deverão satisfazer a especificação ‘Mat. 009 - areia e brita para argamassas e betões’.
A dimensão máxima do inerte grosso não deverá exceder 1/5 da menor dimensão da peça a betonar, e nas
zonas com armaduras não deverá exceder 3/4 da distância entre varões ou bainhas do pré-esforço.
Caso estes materiais inertes, propostos pelo empreiteiro, não demonstrem possuir condições que satisfaçam o
preceituado nesta especificação, não serão aprovados, devendo o empreiteiro propor novos inertes, que serão
sujeitos a provas idênticas por parte da Fiscalização.
Na inexistência de acordo, sobre a qualidade dos inertes, ou se a Fiscalização o exigir, serão efectuados os
ensaios necessários para comprovar se as características dos inertes respeitam o especificado no ‘Regulamento
de Betões de Ligantes Hidráulicos’.
As qualidades do cimento, quando não forem indicadas expressamente no projecto, serão as indicadas no
REBAP e no RBLH.
O cimento a usar será sempre da mesma qualidade, não se admitindo quaisquer misturas durante o decorrer da
obra.
A amassadura, sempre mecânica, será feita por forma a que o aglomerado, depois de bem amassado, tenha a
consistência desejada, seja homogéneo e apresente cor uniforme.
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As amassaduras, serão feitas por quantidades certas de cimento (saco, quando for este o caso), que serão
devidamente pesadas, não se admitindo quebras superiores a 2%.
A medição dos inertes em volume só poderá ser utilizada mediante a autorização da Fiscalização.
As betoneiras deverão ter contadores de água, devidamente aferidos, para que a quantidade de água nelas
introduzida em cada amassadura, seja a recomendada no estudo de dosagem.
Não será permitida a fabricação de misturas secas, com vista a ulterior adição de água.
Não existindo outro parâmetro de referência, em consequência de características especiais das betoneiras, o
tempo de cada amassadura não deverá, em princípio, ser superior ao triplo do necessário para que a
amassadura feita a seco apresente aspecto uniforme.
A consistência normal das massas, a verificar por meio da máquina de Abrams, ou do estrato móvel, deve ser
tanto quanto possível a da terra húmida, de modo a que se consiga a trabalhabilidade compatível com a
resistência estipulada e, com os processos de vibração adoptados na colocação do betão.
O betão deverá ser aplicado logo após o seu fabrico, para o que se fará apenas a quantidade necessária para cada
betonagem, não podendo utilizar-se o betão que tenha sido fabricado em tempo superior a 30 minutos.
2.9 PEDRA PARA DRENOS
A pedra a utilizar nos drenos será de natureza calcária e britada nas dimensões indicadas dos desenhos de pormenor
respectivos. Na falta de tais indicações, a dimensão será a que for indicada pela fiscalização.
2.10 MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - TOUT-VENANT
O agregado deve ser constituído pelo produto de britagem de material explorado em formações homogéneas e ser isento
de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas.
Deverá ainda obedecer às seguintes prescrições:
PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO
MATERIAL QUE PASSA 50.000 mm (2”) 100 % 37.500 mm (1 1/2”) 85 - 95 % 19.500 mm (3/4”) 50 - 85 %
4.750 mm (N. 4) 30 - 45 % 0.425 mm (N. 40) 8 - 22 % 0.075 mm (N. 200) 2 - 9 %
A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.
Características especiais:
Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles 35
Índice de plasticidade N.P
Equivalente de areia mínimo 30
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2.10.1 MATERIAL DE PREENCHIMENTO
O material a aplicar deve ser apenas de preenchimento e regularização superficial. Será constituído por produtos de
britagem ou por saibro obedecendo às seguintes características:
PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA
0,5 MM (3/82)
100
4,75 MM (Nº 4) 85 – 100
2.11 MATERIAIS PARA SUB-BASE
Os materiais a aplicar devem ser constituídos por saibros de boa qualidade, isentos de detritos, matéria orgânica ou
quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo às seguintes características:
Limite de liquidez máximo ………………………………………………………………….. 25
Índice de plasticidade máximo ……………………………………….…………………….. 8
Equivalente de areia mínimo …………………………………………………..………….. 25
CBR mínimo a 95% de compactação relativa (AASHTO Modificado)…………………25
% máxima passando no peneiro de nº 200 ASTM ……………………………………. 16
No caso de ser utilizado material aluvionar, este deverá obedecer às seguintes características:
PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA
75 mm (3”)
100
63 mm (21/4”) 90 – 100
4,75 mm (nº 4) 35 – 70
0,075 mm (nº 200) 0 - 15
Limite de liquidez ………………………………………………..……………..… NP
Índice de plasticidade ……………………………………………………………… NP
Equivalente de areia ……………………………………………………………. > 30%
% de desgaste na máquina de Los Angeles ……………………………….. > 35
2.12 MATERIAIS PARA SUB-BASE GRANULAR BRITADA
2.12.1 AGREGADO
O agregado deve ser constituído pelo produto de material explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas,
matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas. Deverá obedecer às seguintes prescrições:
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A sua composição granulométrica, obtida, pelo menos, a partir de duas fracções distintas, será recomposta na instalação
ou em obra, de forma a obedecer ao seguinte fuso granulométrico:
PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA
50 mm (2”)
100
9,5 mm (3/8”) 30 – 65 4,75 mm (nº 4) 25 – 55 2,00 mm (nº 10) 15 – 40 0,425 mm (nº 40) 8 – 20 0,075 mm (nº 200) 2 - 8
A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.
Características especiais:
Limite de liquidez ……………………………………………………….…….. NP
Índice de plasticidade ……………………………………………….………. NP
Equivalente de areia mínimo ………………………………………………. 50%
% de desgaste na máquina de Los Angeles (Granulometria F) ……… 35 (a)
(a) No caso especial dos granitos, a percentagem de desgaste da máquina de Los Angeles pode ser de 37%
(Granulometria F).
Perante autorização expressa da Fiscalização, poderá ser utilizado agregado com granulometria diferente da indicada, mas
sempre com uma dimensão máxima de 6 cm, desde que o processo construtivo seja de primeira qualidade.
2.13 MADEIRAS
2.13.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS
Toda a madeira deve ser sã, não admitindo podridão, faixas escuras, gretas anelares ou em zig-zag, perfurações, qualquer
vestígio de ataque por insectos, ou outros defeitos ou anomalias prejudiciais, de acordo com a NP 180.
2.13.2 FORMA
Todas as madeiras a empregar terão as dimensões indicadas no projecto que se entendem para o acabamento final.
Todos os vigamentos e demais peças a empregar, quer em pavimentos, quer em cobertura, devem ser de quina viva, salvo
indicação em contrário.
2.13.3 HUMIDADE
Todas as madeiras a empregar devem ter um grau de humidade inferior a 20%.
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2.13.4 FIBRAS
As madeiras a empregar terão fibras direitas paralelas ao bordo longitudinal da peça, admitindo-se uma tolerância até uma
inclinação de 1/10 em relação a esse bordo, quando para peças resistentes e 1/5 nos restantes casos. O número de anéis
por cm não deve ser inferior a 4. No caso de madeiras para tacos, admitem-se fibras paralelas ou perpendiculares às
faces.
2.13.5 PESO
O peso mínimo de madeira para peças resistentes será de 550 kg/m3.
2.13.6 NÓS
Não são admitidas peças com quaisquer nós viciosos ou soltos, devendo a madeira para revestimento à vista ser isenta de
quaisquer nós. Nas restantes peças são admissíveis os nós sãos com diâmetro até 1/5 de largura, sem exceder 5 cm, no
caso de peças resistentes e até ½ sem exceder 8 cm nas restantes.
2.13.7 CURVATURA
Não serão admitidas flechas superiores a 5 cm medidas num comprimento de 2.0 m. No caso de peças compridas a flecha
máxima permitida será de 1/400 do seu comprimento.
2.13.8 MADEIRA DE PINHO
A madeira escolhida deverá ser maciça, cerneira, sem nós viciosos, isenta de caruncho, fendas ou falhas que
comprometam a sua resistência, seleccionada de modo a que mesmo pequenos defeitos não ocorram com grande
frequência, nem com grandes dimensões.
Os barrotes e as ripas serão em madeira de pinho, aparelhada e tratada, com as dimensões 0.4x0.1x0.08m,
4.00x0.06x0.04m conforme apresentado nos respectivos plano de pavimentos e pormenores de construção. Os barrotes
deverão ser sujeitos a aparelhamento e cortes para serem montados de acordo com os pormenores de construção e plano
de pavimentos.
Todos os elementos serão de madeira dura, não se admitindo a utilização de madeiras verdes. Não será permitido o
emprego de peças de madeira de peso específico excepcionalmente baixo. O número de anéis de crescimento da madeira
por centímetro não poderá ser inferior a 3, sendo preferível que seja igual ou próximo de 6.
Antes da aplicação dos tratamentos, as madeiras devem estar limpas, secas, sem poeiras e sem oleosidade. As madeiras
oleosas devem ser desengorduradas com um diluente celuloso.
As peças deverão ser sujeitas a um tratamento em autoclave sob pressão, com um produto do tipo ‘CELCURE A(P)’
constituído por uma mistura de óxidos de cobre, crómio e arsénio, com acção fungicida e insecticida, numa dosagem
apropriada para madeiras abrangidas pelas classes de risco A1, segundo a norma portuguesa NP-2080/1985, ou seja, 24
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Kg/m3. De forma a evitar que a madeira adquira um tom esverdeado resultante da aplicação dos sais, deve ser
incorporado um corante castanho na fase de impregnação por autoclave.
Deverá ainda ser aplicado à madeira um tratamento com um produto hidrofugo do tipo ‘Ultrawood’, para evitar o seu
apodrecimento pela acção da água.
Posteriormente aos tratamentos, deverá ser aplicada uma velatura para escurecimento da madeira. A velatura será
aplicada com pincel, escova ou pistola, em três demãos, sendo a primeira com uma velatura de impregnação em fase
orgânica, tipo ‘Arcobois’, e as duas ultimas com uma velatura de acabamento em fase solvente, tipo ‘Arcolor’.
2.14 TINTAS E VERNIZES
Serão sempre de primeira qualidade do tipo ou marca a indicar para cada caso pela Fiscalização. Todos os materiais de
pintura e corantes serão de marca e devem entrar na obra nas embalagens de origem e intactos, não sendo permitida a
sua aplicação desde que não venham nestas condições.
A sua aplicação será executada de acordo com as instruções do fabricante, escritas em português pelo que um exemplar
das mesmas deverá ser, com a devida antecedência entregue à Fiscalização. O verniz para madeira deverá ser marítimo
de penetração, tipo ‘Decks Olga’ ou equivalente.
2.15 BLOCOS DE BETÃO PARA MUROS
Os blocos de alvenaria de betão pré-fabricados utilizados na construção dos muros deverão encontrar-se em boas
condições de emprego. Deverão ter aspecto uniforme e possuir arestas vivas e rectilíneas. Os materiais constituintes do
betão deverão ser fabricados com inertes de granulometria adequada, de forma a que não se verifique o polimento da
superfície.
2.16 REBOCO E TINTA PARA PINTURA DE MUROS E MURETES
O reboco e tinta a utilizar na pintura dos muros será do tipo reboco liso, pintados com cor RAL 9016, com aplicação de três
demãos e incluindo todos os trabalhos necessários.
2.17 VEDAÇÃO
A vedação em madeira e rede ovelheira será aplicada no limite do lote, conforme indicado no plano de mobiliário urbano, e
será do tipo ‘NOVIREDE’, ou equivalente.
2.18 GRAVILHA
Será utilizada gravilha lavada branca, de origem calcária, não se admitindo variações maiores que 10% nas dimensões e
em mais que 85% das quantidades utilizadas.
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2.19 LANCIL EM MADEIRA
Os limites do percurso em gravilha serão em madeira. Estes deverão ser executados nos locais assinalados na respectiva
planta de pavimentos e de acordo com o indicado nos pormenores de construção.
Serão usadas tábuas em madeira de pinho, aparelhada e tratada, com as dimensões definidas, conforme apresentado nos
respectivos plano de pavimentos e pormenores de construção. Estas deverão ser sujeitos a aparelhamento e cortes para
serem montados de acordo com os pormenores de construção e plano de pavimentos.
A madeira escolhida deverá ser maciça, cerneira, sem nós viciosos, isenta de caruncho, fendas ou falhas que
comprometam a sua resistência, seleccionada de modo a que mesmo pequenos defeitos não ocorram com grande
frequência, nem com grandes dimensões.
Todos os elementos serão de madeira dura, não se admitindo a utilização de madeiras verdes. Não será permitido o
emprego de peças de madeira de peso específico excepcionalmente baixo. O número de anéis de crescimento da madeira
por centímetro não poderá ser inferior a 3, sendo preferível que seja igual ou próximo de 6.
Antes da aplicação dos tratamentos, as madeiras devem estar limpas, secas, sem poeiras e sem oleosidade. As madeiras
oleosas devem ser desengorduradas com um diluente celuloso.
As peças deverão ser sujeitas a um tratamento em autoclave sob pressão, com um produto do tipo ‘CELCURE A(P)’
constituído por uma mistura de óxidos de cobre, crómio e arsénio, com acção fungicida e insecticida, numa dosagem
apropriada para madeiras abrangidas pelas classes de risco A1, segundo a norma portuguesa NP-2080/1985, ou seja, 24
Kg/m3. De forma a evitar que a madeira adquira um tom esverdeado resultante da aplicação dos sais, deve ser
incorporado um corante castanho na fase de impregnação por autoclave.
Deverá ainda ser aplicado à madeira um tratamento com um produto hidrofugo do tipo ‘Ultrawood’, para evitar o seu
apodrecimento pela acção da água.
2.20 FELTRO DE PROPILENO
O feltro a utilizar deve evitar a migração do solo. Deve ser mais permeável que o solo protegido, permitindo uma rápida
remoção da humidade sem o aumento das pressões hidrostáticas. Deve possuir suficientes propriedades físicas para
resistir aos esforços e mais tratamentos sem apresentar roturas durante a sua instalação.
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2.21 REDE DE REGA
2.21.1 TUBAGEM DA REDE DE REGA
A tubagem utilizada será de PEAD (polietileno de alta densidade) com os diâmetros indicados nos desenhos, para a
adução e distribuição da água na rede de rega. Os acessórios a serem aplicados serão em PPFV (polipropileno reforçados
com fibra de vidro), roscados de vedação por aperto de casquilho cónico, anel de pressão e junta tórica em neoprene.
As tomadas em carga serão de PP (polipropileno) com as medidas da tubagem e aplicações aos pontos de rega e
tomadas de rega.
Todos os hidrantes a serem aplicados deverão ser em bronze e antivandalismo. A tubagem de encamisamento a ser
aplicada nos atravessamentos deverá ser em PVC (policloreto de vinilo) do tipo “Civinill” de 4 kg/cm2.
2.21.2 PEÇAS DE REGA
O tubo gotejador será com gotejamento em linha integrado será do tipo “RAIN BIRD série Dripline” ou equivalente. Foram
também propostas bocas de rega à mangueira tipo "Rain Bird, 3RC 3/4' " ou equivalentes.
2.21.3 VÁLVULAS
As electroválvulas a serem aplicadas serão em PVC rígido, do tipo “RAIN BIRD 100-DVF ", seguidas de filtro tipo
"Techfilter" de 1" e regulador de pressão de 1 1/2". Estas serão normalmente fechadas necessitando de alimentação
eléctrica para serem abertas.
A montante das mesmas ficarão instaladas as válvulas de PVC manuais de corpo desmontável de igual medida que
funcionarão como válvula de seccionamento sectorial. A válvula geral de seccionamento a ser aplicada será metálica de
globo esférico com as medidas da tubagem de adução.
As caixas de protecção serão redondas em nylon reforçado com fibra de vidro e fecho de parafuso. As tomadas de rega a
serem aplicadas serão em bronze, com tampa de fechadura e joelho giratório para ligação a mangueira.
2.21.4 PROGRAMADOR E CABOS ELÉCTRICOS
O programador será de 6 estações electrónico, modular do tipo "Rain Bird " ou equivalente, incluindo módulo de extensão
de estações, interruptor com chave, sensor de chuva do tipo "Rain Bird RSD".
Os cabos eléctricos deverão ser tipo FVV multifilar com grau de isolamento 4 e ter secção de 1,5 mm². Deverão ser
enterrados directamente na vala ao lado da tubagem de condução na terra e encamisados em tubo de P.E.B.D. quando o
revestimento for pavimento.
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2.22 MATERIAL VEGETAL
2.22.1 ÁRVORES E ARBUSTOS
Todas as plantas a utilizar deverão ser exemplares novos (excepto no caso de serem exemplares transplantados) bem
conformados, ramificados desde o colo e possuir desenvolvimento compatível com a espécie a que pertencem, e de
acordo com as dimensões abaixo indicadas. Sempre que possível aproveitar-se-ão os exemplares arbóreos existentes no
local, que serão transplantados para o local mais adequado. Esta situação será analisada antes do início da obra.
As plantas, sejam de folha persistente ou caduca, deverão ser fornecidas em torrão, suficientemente consistente para não
se desfazer facilmente, suportando bem o transporte. Deverão ainda ser bem conformadas, apresentar o sistema radicular
bem desenvolvido, e bom estado fitossanitário.
Os exemplares designados de alinhamento deverão ter um único eixo vertical direito, com ápice superior definido e
estrutura de copa simétrica, com fuste limpo e definido.
Os exemplares de plumagem, com flecha vigorosa com botão terminal em bom estado, poderão apresentar mais do que
um eixo vertical, com ápices superiores bem definidos, estrutura de copa simétrica e equilibrada, podendo apresentar o
fuste revestido desde a base, conforme especificado. O caule deve ser bem direito desde o seu início e as raízes bem
desenvolvidas, estendidas e não espiraladas. Quanto ao desenvolvimento apresentado pelas árvores e arbustos deverão
ser considerados valores que variem entre os indicados no caderno de medições.
Os arbustos deverão vir envasados, bem enraizados, sem partes secas e em bom estado fitossanitário. A sua ramificação
deve ser muito densa desde a base. As suas alturas variam consoante o plano de plantação e a dimensão dos vasos deve
apresentar um volume nunca inferior a 2 litros.
No que respeita às herbáceas de revestimento, deverão ser fornecidas em contentores e bem enraizadas. Quanto à dimensão
em que deverão ser fornecidas as plantas, devem ser considerados os seguintes valores apresentados no caderno de
medições.
2.23 TERRA VIVA
A terra a fornecer será de textura franca e será proveniente da camada arável de terrenos agrícolas com elevada
capacidade agrícola, ou da terra viva armazenada resultante das obras de construção civil a executar na zona de projecto.
A camada a colocar sobre o terreno deverá possuir uma espessura média mínima de 0.5m, para as zonas de revestimento
arbóreo-arbustivo e de 0.10 m para zonas relvadas, salvo quando indicação em contrário nas peças desenhadas ou
Caderno de Medições.
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A terra será isenta de pedras e materiais estranhos com dimensão superior a 50 mm provenientes de incorporação de
lixos. A quantidade admissível de pedra miúda (diâmetro de 50 mm) não deverá exceder 10% do volume da terra. Deve
apresentar uma composição uniforme, sem qualquer incorporação do subsolo.
Deve ainda apresentar as seguintes características:
PH: deve situar-se entre 5,0 e 7,0;
condutividade eléctrica: deve ser inferior a 1500 micromhs por cm num extracto de solo: água de 1:2;
azoto (N): não deve ser inferior a 0,2%;
fósforo disponível (P): não deve ser inferior a 70 ppm quando extraído com 4,2% de NaHCO3 ao ph 8,5;
potássio disponível (K): não inferior a 300 ppm quando extraído com 8% de nitrato de amónia;
Textura franca – 10 a 30% de argila; 25 a 50% de areia; 30 a 50% de limo
Fertilidade média – 3 a 5% de matéria orgânica
A terra poderá ser proveniente da decapagem de terreno, devendo respeitar as características referidas. O empreiteiro
apresentará análises comprovativas, relativamente a cada lote de terra vegetal da mesma proveniência, sendo da sua
responsabilidade a realização de contra análises a pedido da fiscalização. Toda a terra vegetal que não cumpra o
especificado será rejeitada.
2.24 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO
O composto de plantação deverá ser constituído pelos seguintes materiais:
1.0 m³ de terra viva
0.1 m³ de areia
2.25 TURFA
A turfa a usar será de estagno, não fertilizada.
2.26 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO
O composto de plantação deverá ser constituído pelos seguintes materiais:
1.0 m³ de terra viva
0.1 m³ de areia
2.27 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS
Adubo composto NPK doseando no mínimo 12-12-17, além de 2% de Mg e 6% de Ca, e outros micronutrientes,
tipo Blaukorn da Hoechst;
Adubo nitro-amoniacal a 20,5%, para adubações de manutenção;
Correctivo orgânico, doseando cerca de 50 % de matéria orgânica bem estabilizada, tipo Campo verde;
Estrume bem curtido, proveniente de camas de gado cavalar, à razão de 2kg/m3.
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2.28 TUTORAGEM E ANCORAGEM
2.28.1 Materiais a aplicar
Estacas: serão em madeira sã, limpa e tratada em autoclave, e com diâmetro superior ao do tronco e altura mínima de 2/3
do exemplar a plantar. Apresentam uma extremidade aguçada para cravagem no solo. No caso de se tratar de escoras
para apoio de pernadas, estas deverão ser em barras de ferro de secção circular, quadrada, sextavada ou octavada,
tratadas por zincagem a quente e soldadas a uma braçadeira metálica côncava para apoio da pernada. A ligação será
protegida através de uma peça em poliuretano ou em borracha.
Ligações para Tutores: serão em cabo de fibra natural sendo o contacto sempre protegido por peça de borracha de
dimensão adequada. No caso de ligações por tensão, estas serão feitas através de cabos em fibra natural ou
preferencialmente em toras de borracha, torcidas e envolvendo o tronco e os tutores.
Cabos Tensores: as ligações aos troncos ou caules serão protegidos por tubos de borracha e o travamento do laço será
através de braçadeira metálica zincada. As ligações ao solo serão através de estaca de madeira cravada em contravento
ou enterradas na horizontal, fundação em maciço de betão com anilha saliente (sobre coberturas), ancora em metal
zincado.
Elementos de Ancoragem: serão em estacas de madeira tratada cravadas em contravento ou enterradas na horizontal, ou
em peças de ancorarem retráctil em metal zincado especialmente adequadas ao efeito.
2.28.2 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS
Todos os materiais não especificados nestas Condições Técnicas Especiais e que tenham emprego na obra deverão
satisfazer as condições técnicas de resistência e segurança impostas pelos regulamentos que lhes dizem respeito, ou
terem características que satisfaçam as boas normas de construção. Poderão ser submetidas a ensaios especiais para a
sua verificação, tendo em atenção o local de emprego, fim a que se destinam e a natureza do trabalho que se lhes vai
exigir, reservando-se a fiscalização o direito de indicar para cada caso as condições a que devem satisfazer.
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3. DESCRIÇÃO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE
Toda a vegetação arbórea existente na área de intervenção e indicada em obra como a preservar / transplantar, será
protegida, de modo a não ser afectada com a localização de estaleiros, depósitos de materiais, instalações de pessoal e
outros, ou com o movimento de máquinas e viaturas.
Deverão ser tomadas as disposições adequadas para o efeito, nomeadamente instalando vedações, resguardos onde for
conveniente e necessário.
3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE
Toda a área envolvente à área de intervenção deverá ser preservada de qualquer alteração na topografia ou no
revestimento do solo existente e livre de quaisquer lixos, detritos e terras provenientes da obra, ficando o empreiteiro
responsável pela reposição da situação original em caso de alteração.
3.3 IMPLANTAÇÃO E PIQUETAGEM
Antes de se iniciar qualquer trabalho, procederá o empreiteiro à sua custa, à implantação e demarcação definitiva das
obras a executar. As implantações e demarcações serão verificadas pela Fiscalização que as aprovará no caso de estarem
em conformidade com o projecto.
Para o empreiteiro executar a implantação dos trabalhos, a Fiscalização indicará o local ou locais em que ele deverá
colocar uma ou mais marcas de nivelamento, bem definidas, verificadas pela Fiscalização, e nas quais se apoiarão as
implantações ou piquetagem.
Em relação à implantação definida no projecto ou pela Fiscalização serão em regra admissíveis as tolerâncias seguintes:
Os desvios por excesso, em relação às superfícies definidas pela implantação, não excederão, em regra, 0.05 m.
Os desvios por defeito, em relação às superfícies definidas pela implantação, não são, em geral, permitidos.
Na piquetagem dos trabalhos, serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a 10 cm de
diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas sendo as cotas
das suas cabeças ligadas a marcações de referência fixas.
O empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a recolocá-las à sua custa em condições
idênticas, quer em posição definitiva, quer numa outra, se as necessidades do trabalho o exigirem, depois de o Dono da
Obra ter concordado com a modificação da piquetagem.
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3.4 MOVIMENTOS DE TERRAS
3.4.1 DESMATAGEM
Todo o entulho ou outras substâncias impróprias existentes na zona a escavar, vegetação, ervas, arbustos, raízes ou
matéria morta, serão removidas antes do início da execução do terrapleno e transportadas para local a designar pela
fiscalização, devendo os desenraizamentos ser suficientemente profundos para garantir a completa extinção das plantas.
3.4.2 DECAPAGEM
A decapagem do terreno, para a obtenção de terra superficial, terá lugar ao serem iniciados os trabalhos de movimento de
terras e incidirá nas zonas de solos mais ricos em matéria orgânica e de textura franca, numa espessura média de 0.10m
superficiais.
A zona escolhida para armazenamento de terra superficial proveniente da decapagem deve primeiro ser cuidadosamente
limpa de vegetação e deve possuir boa drenagem.
A terra superficial será armazenada em pargas com altura não superior a 1.00 m. A terra superficial não deve ser calcada
por veículos em movimento, pelo que as pargas deverão ser estreitas e compridas.
3.4.3 ESCAVAÇÕES
As escavações a efectuar não são levadas a efeito sem previamente se ter feito a implantação no terreno das cotas do
projecto.
Os materiais escavados deverão ser seleccionados de forma a poderem ser utilizados nos aterros. A fiscalização, sempre
que o entender, poderá para comprovação desses materiais a utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na NP 143.
O material seleccionado deverá ser transportado directamente, sempre que for praticável, dos locais de escavação para os
locais a aterrar.
Caso se imponha o depósito do material seleccionado para posterior utilização, decorrerão esses trabalhos, desde a sua
escavação até à sua aplicação, à responsabilidade do empreiteiro, o que deve por este estar previsto, quer quando da
elaboração da sua proposta, quer quando da elaboração do respectivo plano de trabalhos.
Quando se encontrarem afloramentos de rocha, argila ou de outros materiais impróprios para servir de base de um aterro,
deverão ser removidos até à profundidade a determinar pela fiscalização.
As escavações resultantes dessas remoções deverão ser alteradas com material apropriado obtido das zonas de
escavação ou de locais de empréstimo e serão devidamente compactados.
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Quando em trabalhos de escavação tiver de se proceder à remoção de estruturas, de modo a permitir a sequência dos
trabalhos, os produtos provenientes dessa demolição serão transportados para fora do local da obra, a designar pela
fiscalização, salvo os materiais que esta reconheça que possam vir a ser utilizados pelo empreiteiro.
Todas as zonas de escavação provenientes dessas demolições, depois de devidamente limpas de entulhos e outras
substâncias impróprias para aterro, deverão ser preenchidas com material apropriado e convenientemente compactado,
segundo as indicações da fiscalização.
3.4.4 ATERROS
As áreas sobre as quais se tenham de construir aterros serão previamente desmatadas e desenraizadas, escavadas
quando necessário e compactadas.
Os materiais utilizados nos aterros estarão isentos de matéria orgânica, vegetação ou outros materiais impróprios. As
terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos aterros, serão espalhadas em camadas sucessivas de
cerca de 20 cm de espessura. A dimensão máxima da pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum, metade da
espessura da camada.
A incorporação de pedras nas camadas de aterro será efectuada por forma a que os seus vazios sejam preenchidos por
elementos mais finos, de maneira a constituir-se uma massa homogénea, densa e compacta.
Se as terras não possuírem a humidade necessária, quando espalhadas em camadas, serão regadas antes da
compactação. Quando necessário, e a fiscalização assim o entender, as terras deverão ser gradadas a fim de uniformizar
o teor de humidade.
Se as terras estiverem com humidade excessiva, que prejudique a sua compactação, deverá atrasar-se este trabalho, até
que as terras se encontrem com o teor óptimo de humidade.
As formas complementares de modelação do terreno serão construídas através de uma base em enrocamento com pedras
de diversas granulometrias, colocando-se as pedras de maiores dimensões no fundo, diminuindo gradualmente de
granulometria até 40 cm da cota do limpo. Estes materiais deverão ser compactados em camadas de 50 cm, sendo os
espaços intersticiais preenchidos com materiais de origem argilosa. Sobre este enrocamento coloca-se uma camada de 20
cm de terra viva com brita grossa, seguida de uma primeira tela de ENKAMAT A, fixa com grampeamento em quincôncio
(l=30cm) e com sobreposição de 30 cm entre rolos.
3.4.5 ACABAMENTO DOS TERRAPLENOS
Todas as áreas terraplenadas, aterros e respectivos taludes e valas de protecção serão regularizadas de acordo com o
projectado.
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Colocar-se-á uma camada de 20 cm de composto de plantação sobre as zonas correspondentes ao estrato superior. Sobre
as zonas correspondentes aos estratos médio e inferior colocar-se-ão pastas de plantação. Sobre toda a área dos estratos
será colocada uma tela de ENKAMAT S, após a instalação da rede de rega e afins, fixando por grampeamento com as
mesmas características do anterior, mas desencontrado, com profundidade de 1 m. Após a colocação da tela efectuar-se-á
sementeira com as misturas definidas em projecto e recobrimento com composto de plantação, formando uma camada de
cerca de 0.02m de espessura.
Todas as restantes áreas destinadas a serem revestidas com vegetação receberão uma camada uniforme de terra viva,
oportunamente armazenada, com 0.25 m de espessura (cumprindo naturalmente o que está disposto no plano de
modelação do terreno, no que respeita às cotas da superfície final do terreno).
3.4.6 TRANSPORTE DE TERRAS
As terras de escavação não utilizadas nos aterros ou os volumes de terras impróprios, de entulho e de lixo devem ser
removidos para vazadouro externo. Salvo qualquer referência especificada, não será devido nenhum pagamento adicional
ao empreiteiro pelo transporte de terras, provenientes de locais de empréstimo, cujo custo se considera incluído nos
preços respeitantes ao capítulo de movimento de terras.
3.5 ARGAMASSAS
As dosagens e composição serão as indicadas no projecto, no capítulo “NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS”, ou
cumprirão as especificações técnicas regulamentares para obras do mesmo género. Serão de fabricação mecânica e a
quantidade de água a empregar será fixada de acordo com as aplicações, mas sempre sujeita às indicações da
fiscalização. Cada amassadura deverá ser feita só em quantidades suficientes para a sua aplicação total e imediata. A
granulometria das areias será estabelecida de acordo com a fiscalização e consoante a natureza dos trabalhos.
3.6 BETÕES
Os betões simples serão fabricados por meios mecânicos e, no seu fabrico, adoptar-se-ão os processos necessários e
convenientes para que a massa seja o mais homogénea possível, devendo a quantidade de água ser a estritamente
necessária para se obter uma massa de maleabilidade adequada às características das peças a betonar.
As características dos elementos que entram na composição dos betões devem cumprir o estipulado no REBAP, de forma
a garantir elevada qualidade do produto final.
As classes de betões a utilizar serão as especificadas nos respectivos desenhos de pormenor ou no capítulo “Natureza e
Qualidade dos Materiais”, satisfazendo as normas de REBAP que lhe concernem.
As armaduras a empregar no betão armado serão colocadas conforme os desenhos indicam. As armaduras serão
dobradas a frio com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo o preceituado no REBAP.
de diferenças posteriormente se venham a verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado.
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3.6.1 FUNDAÇÕES
O enchimento dos caboucos e a execução de fundações de tipo especial será feito pela forma e com o emprego dos
materiais fixados no projecto e conforme especificações dos betões deste caderno de Encargos.
Na sua execução, o empreiteiro deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas funções, bem como a travessia
de canalizações e cabos que porventura existam, tornando-se responsável por danos que lhe ocasione.
3.7 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES
3.7.1 CAIXA DE BASE DE PAVIMENTOS
Em todos os pavimentos, a caixa de base, aberta à profundidade indicada em projecto, deverá ser compactada fortemente,
(numa espessura de 0,10m a 95% de compactação “AASHO modificado”) por rolagem e batimento após humedecimento,
até que uma marca de pegada não exceda em profundidade 1mm.
Os materiais de enchimento deverão cumprir o estabelecido em projecto quanto a espessura de aplicação e granulometria
média, devendo cada camada ser solidamente compactada. Quando a dimensão da camada exceder os 10 cm a
compactação será feita por duas vezes, em camadas de espessura igual a metade da espessura final.
Nas zonas em que o terreno se deforma por efeito do cilindramento, o empreiteiro deverá lançar sobre o fundo da caixa
uma camada de detritos de pedreira ou areia, segundo as indicações da Fiscalização, depois do que se cilindrará
novamente até se obter a estabilidade necessária.
3.7.2 SANEAMENTO DO LEITO
Sempre que, depois de estabelecido o leito do pavimento, após os movimentos de terras e respectivas compactações e
regularizações, se observe que este não se apresenta convenientemente estabilizado devido à existência de manchas de
maus solos que possam comprometer a conservação do pavimento, deverão os mesmos ser removidos na extensão e
profundidades necessárias e substituídos por solos com características de sub-base, suficientemente compactados de
modo a não permitirem o armazenamento de águas e de forma a ser dada continuidade à capacidade de suporte dos
terrenos de fundação.
3.7.3 BASE DE PAVIMENTOS
3.7.3.1 ESPESSURA DA BASE
A espessura total da base deverá respeitar o estipulado nos pormenores de construção.
3.7.3.2 BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA
Após a preparação do leito dos pavimentos, nas condições descritas nos artigos anteriores, proceder-se-á ao
espalhamento do agregado, cuja camada depois de concluída deverá obedecer às seguintes características: índice
máximo de vazio de 15%; a superfície deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material solto, não
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podendo em qualquer ponto apresentar diferenças superiores a 0.0015 m em relação aos perfis longitudinais e
transversais estabelecidos.
No processo construtivo deve observar-se o seguinte: no espalhamento do agregado deve utilizar-se uma motoniveladora
ou outro equipamento similar, de modo a que a superfície da camada se mantenha aproximadamente com a forma
definitiva.
O espalhamento deve ser feito regularmente e de forma a evitar-se a segregação dos materiais, não sendo permitidas
bolsadas de material fino ou grosso. Será feita, em princípio, a prévia humidificação dos agregados na central de produção,
de forma a que a segregação no transporte e espalhamento seja reduzida. Se na operação de compactação o agregado
não tiver a humidade necessária (cerca de 4.5%), terá que se aplicar uma distribuição uniforme de água: se durante o
espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de marca imprópria que não possa ser facilmente
eliminada por cilindramento, deve proceder-se à escarificação e homogeneização da camada, e consequente
regularização da superfície; se a camada assim constituída ficar sujeita ao trânsito, mesmo que seja só de veículos de
serviço, deverá ser ligeiramente ensaibrada e depois concluída com saibro de boa qualidade, para evitar a desagregação.
3.7.3.3 PIQUETAGEM
A implantação dos pavimentos será efectuada com o auxílio de estacas cotadas, que definam correctamente os contornos
e as cotas do projecto
Qualquer anomalia detectada pelo empreiteiro devida a incorrecção do projecto deverá ser participada por escrito à
Fiscalização, antes do início dos trabalhos.
3.7.4 MURO EM ALVENARIA DE BETÃO
São previstos muros à entrada da parcela. O muro será executado de forma a cumprir o indicado no respectivo desenho de
pormenor. A classe de betão para o muro e respectiva fundação será a indicada no respectivo desenho de pormenor.
Entre as cotas de topo indicadas no desenho de implantação, o topo do muro deverá ter um declive uniforme, bem como
entre a última cota de topo indicada e o fim do muro. Quando o muro morre no lancil, deve diminuir de altura
uniformemente até atingir a altura do lancil.
3.8 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES
3.8.1 TRANSIÇÃO EM MADEIRA
As tabuas poderão ser cortadas em obra, devendo neste caso ficar com 0.25m de comprimento. À excepçãp de
zonas curvas onde deverão apresentar um comprimento que permita a concretização desta forma. As tabuas
serão assentes numa sapata de betão simples. Devem ser respeitadas as cotas definidas no plano de
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pormenores, de modo a que esta transição fique 0.05m sobrelevada em relação à cota do terreno relvado
adjacente.
3.9 REDE DE REGA
A rede de rega será instalada de acordo com o respectivo projecto, embora sujeita às correcções necessárias para adaptação
da mesma ao terreno de acordo com as indicações da Fiscalização. A localização exacta de tubagens e outras estruturas
existentes no subsolo e não assinaladas no projecto deverão ser verificadas pelo empreiteiro, sendo da sua responsabilidade
os eventuais danos que venham a verificar-se nas mesmas.
3.9.1 PIQUETAGEM
Antes da abertura das valas o empreiteiro deverá identificar com estacas todos os locais de implantação de válvulas, peças de
rega, mudanças de direcção das tubagens, etc., que deverão ser verificadas e aprovadas pela Fiscalização antes da colocação
de quaisquer materiais de rega.
3.9.2 VALAS
As valas podem ser abertas manual ou mecanicamente e terão 0.60 m de profundidade e 0.40 a 0.60 m de largura. Quando na
abertura da vala se encontrem zonas rochosas ou lodosas a vala terá uma profundidade acrescida de 0.20 m sendo esta
profundidade excedente preenchida com areia.
A colocação da tubagem será feita no fundo da vala depois de regularizada, não podendo a profundidade da tubagem ser
inferior a 40 cm medida do extradorso à superfície do terreno modelado. O fundo da vala deve ser regular e isento de pedras,
caso contrário deverá ser coberto com uma camada de 5 cm de areia de rio, isenta de pedras e detritos, antes do assentamento
da tubagem.
Depois de colocada a tubagem o tapamento das valas deve ser feito em duas camadas: uma primeira até 15 cm acima da
geratriz superior da tubagem, com areia de rio isenta de pedras e detritos, que deverá ser compactada manualmente dos lados
do tubo; a segunda camada de enchimento será feita com terra, que poderá ser proveniente da escavação da vala, mas isenta
de pedras, a que se seguirá uma compactação manual ou mecânica.
Nos casos em que as valas se localizem em zonas pavimentadas com eventual circulação de veículos deverão ser feitas a 0,90
m de profundidade e após a sua abertura, deverá proceder-se à instalação de uma bainha em tubo de PVC de 90 mm, dentro
da qual passará o tubo de rega. Depois de assente a tubagem a vala será refechada com um massame de betão pobre,
procedendo-se, seguidamente ao enchimento da vala e posteriormente à aplicação do pavimento. O tapamento das valas só
será efectuado após inspecção por parte da Fiscalização.
3.9.3 TUBAGENS
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As tubagens obedecerão ao projecto no que respeita aos diâmetros, localizações e ainda às condições indicadas nestas
especificações técnicas e incluirão todos os acessórios necessários. As tubagens a enterrar deverão ser localizadas
preferencialmente no interior das zonas verdes.
No atravessamento de áreas pavimentadas com eventual trânsito de veículos não deverão ser utilizados acessórios de ligação.
Os tubos gotejadores deverão ser implantados de acordo com as especificações do fabricante.
3.9.4 IMPLANTAÇÃO
O sistema de rega deve ser implantado utilizando os tubos gotejadores, válvulas, tubos e acessórios nas dimensões e tipos
indicados no projecto. O empreiteiro deverá garantir a operacionalidade do sistema de rega, sendo da sua responsabilidade a
verificação de que o sistema de rega distribui satisfatoriamente água nas áreas a regar. Se se verificarem desvios ou falhas no
sistema e o empreiteiro não as assinalar antes da instalação, obrigar-se-á a efectuar as necessárias correcções à sua custa.
O empreiteiro deverá colocar estacas em todos os locais de implantação das válvulas, dispositivos de rega e nos extremos dos
percursos dos tubos, antes da abertura das valas. As valas deverão ser abertas após a verificação dessas localizações pela
Fiscalização.
As caixas de protecção das válvulas e electroválvulas ficarão localizadas nos canteiros e serão assentes sobre uma camada de
brita de 0.025 m com uma espessura mínima de 0.10 m, de forma a garantir-se a drenagem das mesmas. O limite superior das
caixas deverá ficar 0.01 m acima do nível do solo, de modo a evitar que as águas de escorrência superficial drenem para dentro
delas.
3.9.5 PROGRAMADOR, CABOS ELÉCTRICOS E LIGAÇÃO À REDE GERAL
Serão efectuados dois tipos de ligações eléctricas, uma entre o programador e as electroválvulas, e outra comum a todas elas.
As ligações eléctricas deverão ver assegurada a sua estanquicidade através da colocação de conectores de resina à prova de
água.
Os cabos eléctricos deverão ser enterrados directamente na vala ao lado da tubagem de condução na terra e encamisados em
tubo de P.E.B.D. quando o revestimento for pavimento.
As ligações à rede geral deverão contemplar uma caixa de protecção para o contador, ao nível do solo. A caixa deverá ter
dimensões interiores de 1.00 x 0.60 x 0.80 m. Nesta caixa ficarão localizados a válvula de macho esférico em bronze ou latão,
para isolamento do sistema em caso de avaria e uma válvula anti-retorno.
3.9.6 PROVAS DE ENSAIO
Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, serão sujeitas a uma prova de ensaio, na presença da Fiscalização, para
detectar quaisquer fugas porventura existentes. Essa prova consistirá no enchimento da tubagem, por ligação à rede geral e na
observação de todos os acessórios de ligação, para verificação da sua estanquicidade, à pressão da rede geral. Todas as
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fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato, só podendo ser feito o tapamento das valas depois de novo
ensaio.
3.10 MOBILIZAÇÕES
Deve o empreiteiro remover toda a terra sobrante ou colocar a terra própria necessária, de modo a serem respeitadas as cotas
de modelação expressas no projecto ou indicadas no decorrer dos trabalhos.
Nos locais de mobilização mínima, os trabalhos de mobilização deverão visar conseguir uma boa cama para a semente,
podendo-se utilizar para o efeito uma gradagem ou operação equivalente, de acordo com o tipo de máquinas de que disponha
o empreiteiro.
Nos locais a proceder a uma simples regularização, pretende-se conseguir uma superfície regular mais rugosa, que constitua
boa cama para a semente, e que será conseguida por ancinhagem ou outra técnica equivalente indicada pelo empreiteiro.
3.11 ZONAS VERDES – PREPARAÇÃO DO TERRENO
3.11.1 MODELAÇÃO
Antes de se iniciarem os trabalhos de preparação propriamente dita do terreno, deverá este ser colocado às cotas definitivas do
projecto ou, na falta destas, fazer a concordância da superfície do terreno com as obras de cota fixa do projecto, tais como
lancis, pavimentos, lajes, caixas de visita, soleiras de portas, muros, muretes, etc..
Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação mínima de 1% para permitir o
escorrimento superficial das águas da chuva ou da rega em excesso. Os trabalhos de modelação nunca deverão ser feitos em
terreno enlameado, gelado ou coberto de geada.
As cotas provisórias a dar aos aterros são tais que após os assentamentos se atinjam as cotas fixadas com tolerâncias
aceitáveis.
3.11.2 MOBILIZAÇÃO
Após a modelação do terreno, terá lugar uma gradagem ou recava até 0.15 m de profundidade, para destorroamento e melhor
preparação do terreno para as operações seguintes.
3.11.3 DESPEDREGA OU RETIRADA DE RESTOS DE OBRA
Sempre que esta operação se torne necessária, ela atingirá os 0.15 m superficiais e consistirá numa recava manual com
escolha e retirada de todas as pedras e materiais estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a 0.05 m.
3.11.4 ESPALHAMENTO DE TERRA VIVA
A terra viva será espalhada manual ou mecanicamente em camada uniforme, cuja espessura será cerca de 20% superior à
espessura final da camada para efeito de compactação.
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3.11.5 REGULARIZAÇÃO PREVIA
Esta operação consiste na regularização do terreno às cotas definitivas antes do espalhamento de fertilizantes e correctivos,
para evitar grandes deslocações de terra depois da aplicação destes. Pode ser feita manual ou mecanicamente, mas sempre
com o cuidado necessário para atingir o objectivo pretendido.
3.11.6 ABERTURA DE COVAS
A abertura de covas põe-se apenas para o caso das árvores, visto as operações de preparação do terreno preconizadas serem
suficientes para permitirem um normal desenvolvimento do sistema radicular da maioria dos arbustos. Deste modo, depois da
marcação correcta dos locais de plantação das árvores, de acordo com o respectivo plano, que será materializado por mestras
que deverão ser conservadas até ao fim da obra, a fiscalização procederá à verificação desses trabalhos, ficando, no entanto,
bem expresso que, em caso algum, o empreiteiro se poderá eximir à reconstrução de trabalhos mal executados, por ausência
desta verificação.
3.11.7 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO
3.11.7.1 ARMAZENAMENTO
Os compostos deverão ser armazenados em separado pelas suas características de composição e devidamente identificados.
Serão depositados em pargas sobre superfícies limpas e regularizadas, não sujeitas a encharcamento e erosão e, não deverão
exceder uma altura de aproximadamente 2 m.
Os compostos não serão compactados e será evitada a circulação de viaturas sobre as pargas. Para armazenamento durante
períodos mais longos, a superfície deverá ser semeada com gramíneas de crescimento rápido (10 g/m2).
Os compostos que tenham sido compactados durante o processo de armazenamento, deverão ser descompactados antes de
serem transportados para utilização. Se for necessário construir pargas com altura superior a 2 m, o solo, ao ser utilizado,
deverá ser melhorado com introdução de húmus e fertilizante mineral, para reactivar a estrutura do mesmo.
3.11.7.2 APLICAÇÃO
As covas para plantação de árvores serão cheias em geral com um volume de 1 m3 (incluindo o torrão), salvo as excepções
definidas em projecto. O composto será misturado com a camada de solo em contacto, procedendo-se se necessário à
escarificação, gradagem ou outra lavoura de superfícies.
3.11.7.3 DRENAGEM
Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras, floreiras ou qualquer outra plantação, implantados em zonas de solo pouco
permeável, serão devidamente drenados, tendo para o efeito o tratamento e descaimento necessários.
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3.11.8 FERTILIZAÇÃO
3.11.8.1 GERAL
A fertilização geral do terreno será feita à razão de 0.02 m3 de estrume ou 10 Kg de Ferthumus por m2, acrescido de 0.1 Kg de
adubo composto em qualquer das modalidades anteriores. Os fertilizantes serão espalhados uniformemente à superfície do
terreno e incorporados neste por meio de fresagem ou cava.
3.11.9 DRENAGEM
Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras, floreiras ou qualquer outra plantação, implantados em zonas de solo pouco
permeável, serão devidamente drenados, tendo para o efeito o tratamento e descaimento necessários.
Nas caldeiras o sistema de drenagem é constituído por valas com a largura de 0.4 m e a profundidade mínima de 1.2 m, tendo
o fundo das mesmas o declive mínimo de 2% por forma a garantir o escoamento das águas de infiltração (para a rede de
esgotos, poço absorvente ou linha de água).
3.12 ZONAS VERDES – PLANTAÇÕES
Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respectivos planos, não sendo permitidas
quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização escrita da fiscalização.
Os trabalhos de plantação não deverão iniciar-se antes de estarem terminados todos os trabalhos de infraestruturas,
modelação do terreno ou pavimentação, na sua totalidade ou em parte, a eles directamente relacionados. Os trabalhos deverão
decorrer em condições atmosféricas favoráveis, sem excesso de calor ou frio.
Quando o terreno se apresentar seco e sobretudo em tempo quente, deverá fazer-se uma rega antes da plantação e
esperar o tempo suficiente para que o terreno esteja com boa sazão. Deverá ser feita uma cava geral do terreno com a
profundidade média de 0.20 cm, sempre que o terreno esteja compacto.
O material vegetal envasado, será plantado no mesmo dia em que tenha sido retirado do contentor. A fertilização deverá
ser na razão de 2 m3 de estrume por cada 100 m2 de terreno a plantar, salvo indicações em contrário. Deverá ser
assegurada uma drenagem eficiente das superfícies a plantar.
O material vegetal recém plantado será regado a partir do sistema de rega previamente implantado, ou a partir de sistema
provisório de acordo com as circunstâncias práticas da obra.
Será feita a piquetagem dos planos de plantação, apenas se podendo iniciar os trabalhos de cava geral, após aprovação
da piquetagem pela fiscalização
Caso seja necessário a utilização de cabos ou cintas para fixação do exemplar durante o transporte e plantação, o tronco
deverá ser protegido nos pontos de contacto por tiras de lona, borracha ou outro material adequado. Os cabos ou cintas
deverão ser utilizados sempre que se verifique ser necessário manter a estabilidade do exemplar.
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3.12.1 Árvores
Depois das covas cheias e devidamente compactadas, abrem-se pequenas covas de plantação, à medida do torrão ou do
sistema radicular no caso da plantação em raiz nua, em posição central relativamente à caldeira.
Os tutores serão aplicados e cravados no terreno natural, bem fixos e a prumo, numa posição quase central na caldeira,
aquando do enchimento da cova com a terra fertilizada.
Seguir-se-á a plantação propriamente dita, havendo o cuidado de deixar a parte superior do torrão, no caso de plantas
envasadas, ou o colo das plantas, quando estas são de raiz nua, à superfície do terreno, para evitar problemas de asfixia
radicular.
A árvore será colocada no centro da cova previamente cheia com a quantidade de composto tal que permita o
posicionamento em altura correcta, na posição vertical, suspensa pelo torrão e nunca pela parte aérea, a não ser que
possua raiz nua, devendo ser suspensa pelo tronco ou pernadas principais. As covas que possuem sistema de drenagem,
camadas drenantes ou outras infraestruturas, deverão ter realizado todos os trabalhos antes de se iniciar a plantação. As
paredes da cova serão verticais e o fundo plano ou ligeiramente inclinado. Caso se verifique vitrificação das paredes
laterais das covas, devido ao processo de escavação ou ao tipo de solo, as paredes e o fundo deverão ser ligeiramente
escarificados para romper a camada superficial.
Será utilizado o composto de plantação especificado para o enchimento da cova. O enchimento será feito cuidadosamente
de forma a comprimir, mas nunca a compactar, o torrão ou a massa radicular e a evitar a formação de bolsas de ar. Se
existirem drenos verticais, estes deverão ser colocados à medida que se procede ao enchimento.
As plantas serão colocadas a uma profundidade tal que após o enchimento e rega da cova o colo, se situa à cota prevista
no projecto em relação às superfícies próximas. Caso se verifique uma diferença altimétrica superior a 5 cm em caldeira ou
10 cm em canteiro ou talhão, a planta deverá ser reposicionada.
Imediatamente após o enchimento da cova proceder-se-á a uma rega por alagamento de forma a saturar o solo em toda a
área da cova, sendo acrescentado composto na quantidade necessária para repor a altura final.
Depois da primeira rega, deverá ligar-se a planta ao tutor, tendo o cuidado de proteger o sítio da ligadura com papel,
serapilheira ou qualquer outro material apropriado para evitar ferimentos.
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3.12.2 Arbustos
Depois da plantação das árvores deverá fazer-se a marcação e abertura das covas de plantação para os arbustos,
havendo o cuidado de proteger as posições relativas dos vários agrupamentos, não só entre si como em relação ás
árvores.
As covas de plantação deverão ser proporcionais à dimensão do torrão ou do sistema radicular da planta, seguindo-se
todos os cuidados indicados para a plantação das árvores, no que respeita à profundidade de plantação das árvores,
primeira rega e tutoragem.
3.12.3 Herbáceas
Depois da plantação das árvores e arbustos deverá seguir-se a regularização definitiva do terreno, feita a ancinho, para
retirar os torrões e pequenas pedras que porventura ainda existam. No caso do terreno se apresentar muito compactado,
deverá ter lugar uma mobilização superficial antes da ancinhagem.
Depois da correcta marcação das manchas de plantação das diversas espécies, na qual existirá o cuidado de manter as
posições relativas destas com as árvores e arbustos, terá lugar a plantação propriamente dita, ficando as plantas dispostas
em triângulos equiláteros, com 0.15m a 0.30m de lado, conforme as espécies a empregar, as indicações do projecto e o
parecer da fiscalização.
No que respeita à profundidade da plantação, factor determinante para o êxito da operação, devem ser tomados os
cuidados e exigências de cada espécie.
Terminada a plantação seguir-se-á a primeira rega, com a água bem pulverizada e bem distribuída. Quando o terreno se
apresentar seco e sobretudo em tempo quente, deverá fazer-se uma rega antes da plantação e esperar o tempo suficiente
para que o terreno esteja com a sazão adequada.
3.13 ÉPOCA DE REALIZAÇÃO
Os trabalhos de modelação e preparação de terreno deverão ser feitos na Primavera e Verão, de modo a que as
plantações possam ser efectuadas durante o Outono, logo no início das primeiras chuvas.
O período de plantação, salvo indicações específicas em contrário, será de Outubro a Abril, desde que não se observem
quaisquer sinais de actividade vegetativa nos exemplares a plantar.
Os trabalhos relativos aos taludes deverão ser executados de modo a que os taludes não estejam excessivamente
expostos aos agentes erosivos, sem a aplicação de revestimento vegetal, situação que porá em causa a estabilização dos
mesmos.
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3.14 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES
Após os trabalhos de plantação e sementeiras, o empreiteiro solicitará inspecção da fiscalização, para accionar a recepção
provisória, após a qual se inicia o período de garantia, sendo a manutenção do material vegetal da responsabilidade do
empreiteiro.
No momento da inspecção, todos os exemplares em avaliação deverão estar em perfeitas condições vegetativas e
sanitárias como condição de recepção. A conservação prolonga-se por um período de 1 ano após entrega provisória dos
trabalhos. Durante este prazo de garantia serão realizados os trabalhos que a seguir se discriminam.
3.14.1 LIMPEZA
O lixo acumulado sobre todas as zonas deverá ser retirado regularmente pelo empreiteiro.
3.14.2 REGA DAS ZONAS AJARDINADAS
A operação de rega será efectuada sempre que o grau de humidade do solo não for suficiente para assegurar a vida e o
normal desenvolvimento das plantas. A distribuição de água de rega será feita por aspersão ou com mangueiras, de
acordo como sistema de rega.
Em casos de eventual penúria de água deverão efectuar-se regas localizadas em caldeira, na Primavera e Verão, com
cerca de 15 dias de intervalo, conforme as necessidades do tempo. A dotação de água deverá ser de aproximadamente de
25 L/ árvore. Nestas situações eventuais, as caldeiras, abertas no começo da Primavera, manter-se-ão cobertas com
casca de pinheiro para melhor conservar a humidade.
3.14.2.1 ARBUSTOS E HERBÁCEAS
Far-se-ão duas adubações de cobertura com adubo composto, doseando 150 g/m2 a ter lugar no início da Primavera e do
Outono. Após a monda e sacha do terreno, a incorporação do adubo far-se-á por distribuição superficial com rega
imediatamente posterior.
3.14.2.2 ÁRVORES
Far-se-ão duas fertilizações anuais: uma orgânica, com composto orgânico em Fevereiro, à razão de 1,5 Kg / caldeira, e
outra química após mês e meio a dois meses (Março / Abril), com adubo composto, à razão de 1 Kg / caldeira.
3.14.3 MONDA
As zonas arbustivas deverão ser periodicamente mondadas sobretudo durante a Primavera e Outono. A operação de
monda é feita à mão ou com um sacho e consiste na eliminação de toda e qualquer erva daninha, de forma a evitar a
concorrência com as plantas cultivadas.
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3.14.3.1 LIMPEZA DE ZONAS ARBORIZADAS
O coberto que se desenvolve sob o revestimento arbóreo, tipo bosque, deve ser limpo e eliminado pelo menos duas vezes
por ano, no Outono e na Primavera.
3.14.4 PODA
Em caso algum será permitido o corte da guia terminal das árvores, assim como não será aceite o corte das ramagens
inferiores. O arvoredo deverá manter-se com as suas formas naturais.
Debaixo da orientação da fiscalização, durante o período de repouso vegetativo, serão suprimidos os ramos que ameacem
desequilibrar o normal desenvolvimento da planta, de modo a manter-se a sua silhueta natural. Exceptuando a operação
anteriormente descrita que dependerá da fiscalização, será proibido qualquer corte no arvoredo, a não ser de ramos secos
e restos de ramos secos, ou anteriormente quebrados.
Relativamente a arbustos, deverá o empreiteiro executar limpezas de ramos secos ou doentes, e de ramos com
crescimento desproporcional com o fim de conduzir o exemplar segundo a sua forma natural, e fazer a manutenção das
sebes existentes. Os arbustos de flor deverão ser podados de acordo com a sua natureza e especificidade, no sentido de
produzirem floração mais intensa e vistosa. Nunca sem o consentimento da fiscalização, o empreiteiro tomará iniciativas de
condução de arbustos sob uma forma artificial, quer seja para formação de sebes, quer seja para aproximação a formas
arbóreas, com risco de incorrer em penalidades. Dependendo da natureza das herbáceas, pode ser necessário aparar, e
condicionar crescimento desmesurado, ou intensificar a floração daquelas. Sempre que tal se verificar, deve o empreiteiro
informar a fiscalização das suas intenções.
3.14.5 TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS
Sempre que se tornem necessários, o empreiteiro dará conhecimento da existência do problema e do tratamento proposto
para o solucionar, que será sujeito à avaliação e aprovação pela fiscalização.
3.14.6 RETANCHAS E SUBSTITUIÇÕES
As plantas instaladas por plantação que se apresentem em más condições serão substituídas por outras equivalentes, na
época apropriada, para garantir as densidades e localizações adequadas e se mantenham os planos de plantação
originais.
Se tiver passado cerca de um ano após a plantação inicial, dever-se-á efectuar uma fertilização nos mesmos moldes e
quantidades preconizadas para a plantação. A plantação das diferentes tipos vegetais far-se-á do modo anteriormente
indicado, no item “ Zonas Verdes - Plantações”
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3.14.7 TUTORAGEM
Serão colocados ou substituídos os tutores que se mostrem necessários ao bom desenvolvimento da vegetação instalada.
Os novos tutores serão cravados junto ao caule, de modo a não afectar as raízes, devendo ficar a prumo e bem fixos,
tendo o cuidado de não ferir a planta na amarração.
3.14.8 DESBASTE
Efectuar-se-ão os desbastes necessários da vegetação arbóreo-arbustiva, de modo a que o seu desenvolvimento futuro
corresponda às densidades do projecto.
3.15 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS
Todos os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos deverão ser executados de forma a cumprir o indicado
nos desenhos de projecto e de acordo com as instruções das “Cláusulas Técnicas Gerais” em vigor.
Em caso de omissão nas “Cláusulas Técnicas Gerais” seguir-se-ão as instruções do fabricante ou da fiscalização, tendo
sempre em atenção as indicações dos desenhos de projecto.
3.16 GARANTIA
Até à recepção provisória, o empreiteiro deverá apresentar um programa de manutenção do material vegetal, de forma a
garantir a sua qualidade. Serão combinadas reuniões periódicas entre o empreiteiro e a fiscalização, para acompanhar a
manutenção ao longo deste período.
Durante o prazo de 1 ano a partir da recepção provisória - o empreiteiro será responsável pela manutenção e conservação
do material vegetal. Essa responsabilidade inclui todas as operações necessárias para o manter boas condições
vegetativas e sanitárias, tais como: rega, retancha, cortes, mondas, fertilizações, podas de formação, tratamento de feridas
ou danos, tutoragem, ancoragem ou outras formas de estabilização biomecânica dos exemplares plantados, assim como
outras operações que se venham a mostrar necessárias de acordo com as indicações da fiscalização, não podendo negar-
se aos trabalhos a isso referentes, sem o que estará sujeito à aplicação de penalidades que a fiscalização determinar bem
como à retenção das garantias bancárias.
A vistoria para efeitos da recepção definitiva terá lugar após inspecção no final do período de garantia, feita pela
fiscalização a pedido do empreiteiro.
Se nesta vistoria a fiscalização considerar que o material vegetal não se encontra em boas condições por causas
exclusivamente imputáveis ás responsabilidades do empreiteiro, deverá este, ás suas custas, proceder a novas
ressementeiras na época de sementeira seguinte ou em altura mais conveniente se tal for o parecer de fiscalização e
proceder à substituição do material vegetal em más condições havendo lugar à estipulação por parte da fiscalização de
novo período de manutenção e posterior vistoria.