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HERDADE VALE DAS SOBREIRAS HOTEL CADERNO DE ENCARGOS ARQUITECTURA PAISAGISTA FEVEREIRO 2014 1 INDICE 1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS .................................................................................................. 5 1.1 GENERALIDADES ............................................................................................................................ 5 1.2 ESTALEIRO ...................................................................................................................................... 6 1.3 IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................................. 6 1.4 MEDIDAS CAUTELARES .................................................................................................................. 6 1.5 LIMPEZA FINAL DA OBRA ................................................................................................................ 7 1.6 RECEPÇÃO PROVISÓRIA E TELAS FINAIS ...................................................................................... 7 1.7 HIGIENE, SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO .......................................................................................... 7 1.8 MOVIMENTOS DE TERRA ................................................................................................................ 8 1.8.1 TERRAPLANAGENS ..................................................................................................................... 8 1.8.2 ATERROS .................................................................................................................................... 9 1.8.3 ESCAVAÇÕES .............................................................................................................................. 9 1.9 FUNDAÇÕES .................................................................................................................................. 10 1.10 PAVIMENTOS ................................................................................................................................. 10 1.10.1 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 10 1.11 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 10 1.11.1 INDICAÇÕES PRELIMINARES .................................................................................................... 11 1.11.1.1 SUBSTITUIÇÕES ..................................................................................................................... 11 1.11.1.2 ESTRUTURAS EXISTENTES ....................................................................................................... 11 1.11.2 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................................................... 11 1.11.2.1 OPERACIONALIDADE DA REDE .................................................................................................. 11 1.11.2.2 DRENAGEM DO SISTEMA DE REGA ............................................................................................. 11 1.11.2.3 ELEMENTOS A FORNECER ........................................................................................................ 11 1.11.3 EXECUÇÃO DA REDE DE COMANDO ......................................................................................... 11 1.12 REVESTIMENTO VEGETAL ............................................................................................................ 12 1.12.1 ZONAS VERDES ......................................................................................................................... 12 1.12.2 MODELAÇÃO FINAL DO TERRENO ............................................................................................ 12 1.12.3 ESPALHAMENTO DA TERRA VEGETAL ...................................................................................... 12 1.12.4 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ..................................................................................................... 12 1.12.5 PLANTAÇÕES ............................................................................................................................ 13 1.12.6 TUTORAGEM E ANCORAGEM .................................................................................................... 13 2. NATUREZA, CARACTERISTICAS E QUALIDADE DE MATERIAIS .............................................. 13 2.1 MATERIAIS NAO ESPECIFICADOS ................................................................................................. 13 2.2 MATERIAIS PARA ATERROS .......................................................................................................... 14 2.3 ÁGUA ............................................................................................................................................. 15 2.4 CIMENTO ....................................................................................................................................... 15 2.5 FERRO E AÇO ............................................................................................................................... 16 2.6 AREIA ............................................................................................................................................ 16 2.6.1 AREIA PARA ASSENTAMENTO DE PAVIMENTOS ...................................................................... 16 2.6.2 AREIA PARA ARGAMASSAS E BETÕES ..................................................................................... 17 2.7 BRITA ............................................................................................................................................ 17 2.7.1 BRITA PARA BETÕES ................................................................................................................ 18 2.8 BETÃO ........................................................................................................................................... 19 2.9 PEDRA PARA DRENOS .................................................................................................................. 20 2.10 MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - TOUT-VENANT ................................... 20 2.10.1 MATERIAL DE PREENCHIMENTO ............................................................................................... 21

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HERDADE VALE DAS SOBREIRAS HOTEL C A D E R N O D E E N C A R G O S ARQUITECTURA PAISAGISTA

FEVEREIRO 2014

1

INDICE

1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS .................................................................................................. 5

1.1 GENERALIDADES ............................................................................................................................ 5 1.2 ESTALEIRO ...................................................................................................................................... 6 1.3 IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................................. 6 1.4 MEDIDAS CAUTELARES .................................................................................................................. 6

1.5 LIMPEZA FINAL DA OBRA ................................................................................................................ 7 1.6 RECEPÇÃO PROVISÓRIA E TELAS FINAIS ...................................................................................... 7 1.7 HIGIENE, SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO .......................................................................................... 7 1.8 MOVIMENTOS DE TERRA ................................................................................................................ 8

1.8.1 TERRAPLANAGENS ..................................................................................................................... 8

1.8.2 ATERROS .................................................................................................................................... 9 1.8.3 ESCAVAÇÕES .............................................................................................................................. 9

1.9 FUNDAÇÕES .................................................................................................................................. 10

1.10 PAVIMENTOS ................................................................................................................................. 10 1.10.1 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 10

1.11 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 10 1.11.1 INDICAÇÕES PRELIMINARES .................................................................................................... 11

1.11.1.1 SUBSTITUIÇÕES ..................................................................................................................... 11 1.11.1.2 ESTRUTURAS EXISTENTES ....................................................................................................... 11

1.11.2 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................................................... 11

1.11.2.1 OPERACIONALIDADE DA REDE .................................................................................................. 11 1.11.2.2 DRENAGEM DO SISTEMA DE REGA ............................................................................................. 11 1.11.2.3 ELEMENTOS A FORNECER ........................................................................................................ 11

1.11.3 EXECUÇÃO DA REDE DE COMANDO ......................................................................................... 11

1.12 REVESTIMENTO VEGETAL ............................................................................................................ 12

1.12.1 ZONAS VERDES ......................................................................................................................... 12 1.12.2 MODELAÇÃO FINAL DO TERRENO ............................................................................................ 12 1.12.3 ESPALHAMENTO DA TERRA VEGETAL ...................................................................................... 12

1.12.4 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ..................................................................................................... 12 1.12.5 PLANTAÇÕES ............................................................................................................................ 13 1.12.6 TUTORAGEM E ANCORAGEM .................................................................................................... 13

2. NATUREZA, CARACTERISTICAS E QUALIDADE DE MATERIAIS .............................................. 13

2.1 MATERIAIS NAO ESPECIFICADOS ................................................................................................. 13

2.2 MATERIAIS PARA ATERROS .......................................................................................................... 14 2.3 ÁGUA ............................................................................................................................................. 15 2.4 CIMENTO ....................................................................................................................................... 15 2.5 FERRO E AÇO ............................................................................................................................... 16

2.6 AREIA ............................................................................................................................................ 16 2.6.1 AREIA PARA ASSENTAMENTO DE PAVIMENTOS ...................................................................... 16 2.6.2 AREIA PARA ARGAMASSAS E BETÕES ..................................................................................... 17

2.7 BRITA ............................................................................................................................................ 17 2.7.1 BRITA PARA BETÕES ................................................................................................................ 18

2.8 BETÃO ........................................................................................................................................... 19 2.9 PEDRA PARA DRENOS .................................................................................................................. 20 2.10 MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - TOUT-VENANT ................................... 20

2.10.1 MATERIAL DE PREENCHIMENTO ............................................................................................... 21

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HERDADE VALE DAS SOBREIRAS HOTEL C A D E R N O D E E N C A R G O S ARQUITECTURA PAISAGISTA

FEVEREIRO 2014

2

2.11 MATERIAIS PARA SUB-BASE ......................................................................................................... 21 2.12 MATERIAIS PARA SUB-BASE GRANULAR BRITADA ...................................................................... 21

2.12.1 AGREGADO ............................................................................................................................... 21 2.13 MADEIRAS ..................................................................................................................................... 22

2.13.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ...................................................................................................... 22 2.13.2 FORMA....................................................................................................................................... 22 2.13.3 HUMIDADE ................................................................................................................................. 22 2.13.4 FIBRAS ...................................................................................................................................... 23 2.13.5 PESO ......................................................................................................................................... 23 2.13.6 NÓS ........................................................................................................................................... 23 2.13.7 CURVATURA .............................................................................................................................. 23

2.13.8 MADEIRA DE PINHO .................................................................................................................. 23

2.14 TINTAS E VERNIZES ...................................................................................................................... 24 2.15 BLOCOS DE BETÃO PARA MUROS ................................................................................................ 24 2.16 REBOCO E TINTA PARA PINTURA DE MUROS E MURETES .......................................................... 24 2.17 VEDAÇÃO ...................................................................................................................................... 24 2.18 GRAVILHA ..................................................................................................................................... 24 2.19 LANCIL EM MADEIRA ..................................................................................................................... 25 2.20 FELTRO DE PROPILENO................................................................................................................ 25 2.21 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 26

2.21.1 TUBAGEM DA REDE DE REGA ................................................................................................... 26

2.21.2 PEÇAS DE REGA ....................................................................................................................... 26 2.21.3 VÁLVULAS ................................................................................................................................. 26 2.21.4 PROGRAMADOR E CABOS ELÉCTRICOS .................................................................................. 26

2.22 MATERIAL VEGETAL ...................................................................................................................... 27 2.22.1 ÁRVORES E ARBUSTOS ............................................................................................................ 27

2.23 TERRA VIVA................................................................................................................................... 27 2.24 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ......................................................................................................... 28

2.25 TURFA ........................................................................................................................................... 28 2.26 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ......................................................................................................... 28 2.27 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS ................................................................................................. 28

2.28 TUTORAGEM E ANCORAGEM ........................................................................................................ 29 2.28.1 MATERIAIS A APLICAR ..................................................................................................................... 29 2.28.2 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS ............................................................................................. 29

3. DESCRIÇÃO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS ......................................................................... 30

3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE ................................................................................... 30 3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE ............................................................................................. 30 3.3 IMPLANTAÇÃO E PIQUETAGEM ..................................................................................................... 30

3.4 MOVIMENTOS DE TERRAS ............................................................................................................ 31 3.4.1 DESMATAGEM ........................................................................................................................... 31 3.4.2 DECAPAGEM ............................................................................................................................. 31

3.4.3 ESCAVAÇÕES ............................................................................................................................ 31 3.4.4 ATERROS .................................................................................................................................. 32 3.4.5 ACABAMENTO DOS TERRAPLENOS .......................................................................................... 32 3.4.6 TRANSPORTE DE TERRAS ........................................................................................................ 33

3.5 ARGAMASSAS ............................................................................................................................... 33 3.6 BETÕES ......................................................................................................................................... 33

3.6.1 FUNDAÇÕES .............................................................................................................................. 34

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FEVEREIRO 2014

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3.7 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES ....................................................................................................... 34 3.7.1 CAIXA DE BASE DE PAVIMENTOS ............................................................................................. 34 3.7.2 SANEAMENTO DO LEITO ........................................................................................................... 34 3.7.3 BASE DE PAVIMENTOS .............................................................................................................. 34

3.7.3.1 ESPESSURA DA BASE.................................................................................................................. 34 3.7.3.2 BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA ............................................................................................. 34 3.7.3.3 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 35

3.7.4 MURO EM ALVENARIA DE BETÃO ............................................................................................. 35 3.8 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES ....................................................................................................... 35

3.8.1 TRANSIÇÃO EM MADEIRA ......................................................................................................... 35 3.9 REDE DE REGA ............................................................................................................................. 36

3.9.1 PIQUETAGEM ............................................................................................................................ 36

3.9.2 VALAS ........................................................................................................................................ 36 3.9.3 TUBAGENS ................................................................................................................................ 36 3.9.4 IMPLANTAÇÃO ........................................................................................................................... 37 3.9.5 PROGRAMADOR, CABOS ELÉCTRICOS E LIGAÇÃO À REDE GERAL ......................................... 37 3.9.6 PROVAS DE ENSAIO .................................................................................................................. 37

3.10 MOBILIZAÇÕES ............................................................................................................................. 38 3.11 ZONAS VERDES – PREPARAÇÃO DO TERRENO ........................................................................... 38

3.11.1 MODELAÇÃO ............................................................................................................................. 38 3.11.2 MOBILIZAÇÃO ............................................................................................................................ 38

3.11.3 DESPEDREGA OU RETIRADA DE RESTOS DE OBRA ................................................................ 38 3.11.4 ESPALHAMENTO DE TERRA VIVA ............................................................................................. 38 3.11.5 REGULARIZAÇÃO PREVIA ......................................................................................................... 39

3.11.6 ABERTURA DE COVAS............................................................................................................... 39 3.11.7 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO ..................................................................................................... 39

3.11.7.1 ARMAZENAMENTO .................................................................................................................. 39 3.11.7.2 APLICAÇÃO ........................................................................................................................... 39

3.11.7.3 DRENAGEM ........................................................................................................................... 39 3.11.8 FERTILIZAÇÃO ........................................................................................................................... 40

3.11.8.1 GERAL ................................................................................................................................. 40

3.11.9 DRENAGEM ............................................................................................................................... 40 3.12 ZONAS VERDES – PLANTAÇÕES ................................................................................................... 40

3.12.1 ÁRVORES ..................................................................................................................................... 41 3.12.2 ARBUSTOS ................................................................................................................................... 42 3.12.3 HERBÁCEAS ................................................................................................................................. 42

3.13 ÉPOCA DE REALIZAÇÃO ............................................................................................................... 42 3.14 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES............................................................................................. 43

3.14.1 LIMPEZA .................................................................................................................................... 43

3.14.2 REGA DAS ZONAS AJARDINADAS ............................................................................................. 43

3.14.2.1 ARBUSTOS E HERBÁCEAS ........................................................................................................ 43 3.14.2.2 ÁRVORES ............................................................................................................................. 43

3.14.3 MONDA ...................................................................................................................................... 43 3.14.3.1 LIMPEZA DE ZONAS ARBORIZADAS ............................................................................................. 44

3.14.4 PODA ......................................................................................................................................... 44 3.14.5 TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS ........................................................................................... 44 3.14.6 RETANCHAS E SUBSTITUIÇÕES ............................................................................................... 44 3.14.7 TUTORAGEM ............................................................................................................................. 45

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FEVEREIRO 2014

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3.14.8 DESBASTE ................................................................................................................................. 45 3.15 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS ............................................................................................... 45 3.16 GARANTIA ..................................................................................................................................... 45

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FEVEREIRO 2014

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1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS

1.1 GENERALIDADES

Fazem parte integrante do presente CADERNO DE ENCARGOS/ CONDIÇÕES TÉCNICAS GERAIS todos os

fornecimentos, trabalhos e seu modo de execução, descritos nas medições, estimativa e peças desenhadas, que o

empreiteiro se obriga a cumprir na íntegra.

O empreiteiro deverá inteirar-se no local da obra e junto da Fiscalização, do volume e natureza dos trabalhos a executar,

porquanto não serão atendidas quaisquer reclamações baseadas no desconhecimento da falta de previsão dos mesmos.

Dever-se-á ainda contar com a execução dos trabalhos e fornecimentos que, embora não explicitamente descritos neste

caderno de encargos, sejam necessários ao bom acabamento da obra.

Transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos, devem ser realizados de modo a evitar a mistura de

materiais diferentes, bem como a sua conservação e todos os encargos inerentes serão por conta do empreiteiro.

Os trabalhos que constituem a presente empreitada deverão ser executados com toda a solidez e perfeição, de acordo

com as melhores regras da arte de construir. Entre os diversos processos de construção, deverá ser sempre escolhido o

que conduza a uma maior garantia de duração e acabamento.

Os materiais a empregar serão sempre de boa qualidade, deverão satisfazer as condições exigidas para os fins a que se

destinam, e não poderão ser aplicados sem a prévia aprovação da Fiscalização.

Os materiais para os quais existem especificações oficiais deverão satisfazer taxativamente o que nelas é fixado.

O empreiteiro, quando autorizado pela Fiscalização e pelo Dono da Obra, poderá empregar materiais diferentes dos

inicialmente previstos, se a solidez, estabilidade, duração, conservação e aspecto da obra não forem prejudicados, e se

isso não acarretar um aumento no preço da empreitada.

O empreiteiro obriga-se a apresentar previamente à aprovação da Fiscalização, amostras dos materiais a empregar,

acompanhados dos certificados de origem, ou de análises e/ou ensaios executados em laboratórios oficiais, sempre que a

Fiscalização o julgue necessário, os quais, depois de aprovados, servirão de padrão.

A Fiscalização reserva-se o direito de, durante e após a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, levar a efeito

ensaios de controlo para verificar se a construção está de acordo com o estipulado neste caderno de encargos, bem como

de tomar novas amostras e mandar proceder às análises, ensaios e provas em laboratórios oficiais à sua escolha. Os

encargos daí resultantes são por conta do empreiteiro. O disposto nesta condição não diminui a responsabilidade que cabe

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FEVEREIRO 2014

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ao empreiteiro na execução da obra.

Os materiais rejeitados pela Fiscalização serão prontamente removidos do estaleiro pelo empreiteiro, sem direito a

qualquer indemnização ou prorrogação de prazos.

Constituem encargos do empreiteiro, a instalação das canalizações para a condução de água para a obra e a sua ligação à

conduta da rede de abastecimento público, bem como o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da

empreitada a eles ligados.

Antes do início de qualquer trabalho, o empreiteiro deverá dar imediato conhecimento à fiscalização de qualquer erro de

dimensionamento que verifique no projecto, cabendo-lhe toda a responsabilidade pelas correcções de diferenças que

posteriormente se venha a verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado. O empreiteiro deverá ter na

obra o material topográfico necessário à implantação e verificação dos trabalhos.

1.2 ESTALEIRO

O estaleiro a implantar, em conformidade com o tipo de obra a executar, deverá obedecer às normas estabelecidas em

vigor. A degradação inerente à ocupação do estaleiro deve ser recuperada pelo empreiteiro, e à sua custa, assim que este

for retirado.

1.3 IMPLANTAÇÃO

Antes de se iniciar qualquer trabalho o empreiteiro procederá, à sua custa, à implantação e demarcação definitiva das

obras a executar.

O empreiteiro terá um prazo de 5 dias úteis para verificação no local e apresentação, se for caso disso, de observações

assinalando as deficiências que eventualmente encontre, deficiências que serão objecto de uma verificação com o dono de

obra.

As implantações e demarcações serão verificadas pela fiscalização, que as aprovará no caso de estarem conforme o

projecto.

Para que o empreiteiro execute a implantação dos trabalhos, a fiscalização indicará o local ou locais em que ele deverá

colocar a as marcas de nivelamento necessárias, bem definidas, verificadas pela fiscalização e nas quais se apoiarão as

implantações ou piquetagem. Todos os danos resultantes da não observação destas normas serão integralmente

suportados pelo empreiteiro.

1.4 MEDIDAS CAUTELARES

Incluem-se nas medidas cautelares a decapagem e armazenamento da terra viva proveniente dos locais onde se irão

implantar edifícios, muros de suporte e áreas pavimentadas e dos locais sujeitos a movimentação de terras.

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FEVEREIRO 2014

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A vegetação arbórea existente que será preservada e transplantada, deve ser protegida dos trabalhos de construção e das

áreas de circulação. A identificação e o isolamento destas áreas deve ser claro e o material utilizado será durável e

resistente. A remoção de qualquer exemplar arbóreo ou arbustivo deverá ser assinalada e comunicada à fiscalização pelo

empreiteiro. A remoção de tais exemplares de vegetação só poderá ser efectuada após a aprovação da fiscalização.

As espécies a manter deverão ser removidas com torrão e transplantadas nos locais indicados pela fiscalização,

conciliando as operações com o plano de plantação proposto.

1.5 LIMPEZA FINAL DA OBRA

O empreiteiro assegurará a limpeza e acabamento final de toda a obra, devido à sujidade e outras imperfeições criadas,

bem como a remoção de todos os materiais excedentes e detritos acumulados durante a execução da obra.

1.6 RECEPÇÃO PROVISÓRIA E TELAS FINAIS

Após a conclusão de cada uma das fases de trabalho ou da sua totalidade (de acordo com a programação aprovada pela

Fiscalização), o Dono de Obra procederá à recepção provisória se, em vistoria efectuada na presença do Delegado do

empreiteiro, for verificado o total cumprimento do projecto e eventuais alterações entretanto ocorridas e que tenham sido

comunicadas por escrito ao empreiteiro.

Não estando os trabalhos de acordo com o projecto, deverá o empreiteiro promover às diligências necessárias para corrigir

as deficiências encontradas, em prazo estabelecido pelo Dono de Obra. Verificando-se total cumprimento do projecto, em

nova vistoria, será então lavrado o auto de recepção provisória.

1.7 HIGIENE, SEGURANÇA E SINALIZAÇÃO

O empreiteiro é obrigado a cumprir o estipulado em todos os documentos de prevenção de riscos profissionais

(nomeadamente, no Plano de Segurança e de Saúde, Procedimentos gerais de segurança, etc.) e na legislação aplicável

em matéria de segurança e saúde.

É responsabilidade do Empreiteiro e dos sub-empreiteiros a manutenção de um técnico responsável pela Higiene,

Segurança e Saúde no trabalho aceite pelo Dono da Obra, podendo este determinar a qualquer momento a sua

substituição nos casos de reconhecida falta de competência, de assiduidade ou empenho e dedicação na função.

É também da sua responsabilidade a garantia dos seguros de acidentes de trabalho e outros que devam ser exigidos face

a riscos especiais, verificando-se no início dos trabalhos a sua validade e forma de cobertura. Esta deve abranger todo o

pessoal empregue no estaleiro, incluindo os sub-empreiteiros e trabalhadores independentes. Cópias das apólices destes

seguros deverão constar ao processo do Plano de Segurança e de Saúde.

Deve ser fornecido semanalmente os dados relativos ao pessoal em obra, nomeadamente n.º. de trabalhadores, nº de

horas de trabalho, listagens de incidentes e das inspecções médicas aos trabalhadores, bem como verificada através da

apresentação de documentos de legalização de permanência e autorização de trabalho em Portugal para os novos

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FEVEREIRO 2014

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trabalhadores não nacionais.

O Empreiteiro deve instalar protecções colectivas para a obra, em função dos riscos potenciais, incluindo iluminação,

sinalização, e instalação de material de combate a incêndios consoante os riscos inerentes aos trabalhos em curso. Deve

também prover à instalação de diversos placardes para informações internas (1 m2) e externas (0,8 m2) no âmbito da

Higiene, Segurança e Saúde no trabalho.

Deve existir no estaleiro equipamento de primeiros socorros, no mínimo uma caixa com: luvas de latex; betadine;

compressas; ligaduras; pensos; tesoura; pinça; garrotes; analgésicos e talas. É também necessária a existência de uma

maca e a permanência de um socorrista devidamente credenciado. É necessária a garantia de um sistema de

comunicações de emergência no estaleiro.

É necessária a garantia de condições de higiene na obra, nomeadamente a instalação de sanitários junto das frentes de

trabalho, e a imposição das refeições em refeitório não sendo permitidos fogos nus no estaleiro.

O empreiteiro deverá colocar sinalização nas vias de acesso, na área envolvente da obra e em todos os pontos em que tal

se mostre necessário, assim como a vedação do estaleiro e delimitação das frentes de trabalho, de forma a evitar a criação

de perigos potenciais.

Serão da responsabilidade do empreiteiro quaisquer prejuízos que a falta de sinalização, implementação das medidas

anteriormente referidas, ou a sua deficiente implantação possam ocasionar, quer à obra quer a terceiros.

1.8 MOVIMENTOS DE TERRA

1.8.1 TERRAPLANAGENS

Os trabalhos de terraplanagem poderão ser executados por processos manuais ou mecânicos. O trabalho de movimento

de terras compreende a execução de escavações e aterros e ainda os trabalhos de compactação, regularização e

acabamento, tudo de acordo com as dimensões, perfis e cotas do projecto e especificações do presente Caderno de

Encargos. O material escavado, depois de seleccionado, poderá ser utilizado na construção de aterros ou em fundações

de pavimentos, se tal for previsto no projecto ou nas condições técnicas e autorizado pela fiscalização, mas sempre de

acordo com as indicações desta.

A fiscalização tem o direito de propor ao projectista a alteração de rasantes e cotas do projecto, se daí resultar uma maior

economia para a obra ou se isso for julgado conveniente para a melhoria do trabalho, sem que tal traga modificações ao

preço unitário proposto.

Após uma decapagem geral das zonas a escavar tal como está previsto nas Medidas Cautelares, as escavações serão

executadas para que o terreno fique a cotas superiores às definitivas, para que após a compactação se obtenham então as

cotas do projecto.

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Se o empreiteiro, por negligência ou outro motivo escavar o terreno abaixo das cotas indicadas, deverá corrigir essas

zonas escavadas em excesso, com materiais e processos indicados pela fiscalização, sem direito a qualquer

indemnização.

1.8.2 ATERROS

Todo o entulho ou outras substâncias impróprias existentes na área de intervenção deverão ser removidas e transportadas

ao local a designar pela fiscalização.

Inclui-se nestas operações a extracção dos inertes para fora das zonas da intervenção, transporte e depósito a vazadouro.

O trabalho de movimento de terras compreende a execução de aterros e ainda os trabalhos de compactação,

regularização e acabamento, de acordo com as dimensões, perfis e cotas de projecto e especificações do presente

caderno de encargos.

Se durante a execução dos trabalhos for necessário interceptar o sistema de drenagem superficial ou subterrâneo,

sistemas de esgotos, condutas ou estruturas semelhantes enterradas, será da responsabilidade do empreiteiro a adopção

de todas as medidas necessárias para manter em funcionamento os referidos sistemas ou estruturas, devendo o

empreiteiro informar a fiscalização que dará as devidas instruções e, se necessário, tomará as providências que se

imponham.

1.8.3 ESCAVAÇÕES

O empreiteiro deverá notificar a fiscalização com a antecedência necessária do início de escavação para que seja possível

a determinação das secções transversais que servirão de base à medição. O terreno natural adjacente à obra só poderá

ser modificado mediante autorização da fiscalização dada por escrito.

A escavação necessária para a implantação da obra deve ser levada às cotas definidas pelo projecto. Os caboucos para

fundações de estruturas deverão ser escavadas à mão ou com máquinas apropriadas, de forma a conseguirem-se os

perfis fixados no projecto sem irregularidades, considerando-os embora como aproximados e sujeitos a correcções ou

alterações por parte da fiscalização.

Quando o solo em escavação for argiloso, só se completará a escavação dos últimos 0,15 m respectivos no próprio dia em

que se executar a betonagem, para evitar que a superfície que receba a sapata sofra os efeitos dos agentes atmosféricos.

Remover-se-ão todos os materiais instáveis ou soltos ou quaisquer elementos prejudiciais à boa execução das obras. Os

materiais que venham a utilizar-se posteriormente no preenchimento das escavações executadas serão colocados nos

bordos das mesmas e a distância conveniente a fim de não originarem pressões prejudiciais sobre as paredes do cabouco.

Os materiais não utilizáveis serão transportados para os locais previstos ou na sua falta para os que a fiscalização indicar,

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mas sempre por conta do adjudicatário. Não será atendida qualquer reclamação ou pedido de indemnização baseado no

facto da natureza do terreno ser diferente da suposta pelo adjudicatário ao elaborar a sua proposta ou na necessidade de

esgotamento de água, seja qual for a proveniência desta. Se forem necessários quaisquer escoramentos ou outros

trabalhos acessórios para evitar desmoronamentos de terras, tudo será por conta do adjudicatário.

1.9 FUNDAÇÕES

As fundações deverão atingir as cotas indicadas no projecto.

Devem ser tomadas todas as precauções no sentido de evitar o remeximento ou decomposição do terreno em que se

apoiam as estruturas. Para tal, e sempre que as características do solo o aconselhem, procurar-se-á reduzir ao mínimo o

intervalo de tempo entre a escavação e a betonagem de preenchimento de volumes escavados.

Os trabalhos de escavação devem ser conduzidos de modo a impedir-se o fluxo de água às paredes das escavações. As

escavações devem ser mantidas sem água.

1.10 PAVIMENTOS

1.10.1 PIQUETAGEM

A implantação dos pavimentos será efectuada com o auxílio de estacas cotadas, que definam correctamente os contornos

e as cotas do projecto.

Qualquer anomalia detectada pelo empreiteiro devida a incorrecção do projecto deverá ser participada por escrito à

fiscalização, antes do início dos trabalhos.

1.11 REDE DE REGA

Compreende a execução do sistema traçado de forma diagramática no plano de rega. A localização exacta de todos os

aspersores, válvulas, tubos, etc., deve ser estabelecida, pelo empreiteiro na altura de construção. O sistema deve ser

implantado utilizando aspersores, válvulas, tubos e acessórios nas dimensões e tipos indicados no plano de rega. Será

implantado tendo em conta as indicações da fiscalização e conforme as áreas e localizações no plano de rega.

Salvo indicação em contrário, incluída na memória descritiva ou desenhos, a construção do sistema de rega deve incluir o

fornecimento, instalação e os trabalhos necessários aos testes de todas as linhas de tubo, acessórios, pulverizadores,

válvulas electromagnéticas e respectivas caixas, válvulas de baioneta (de acoplamento rápido), válvulas de sectorização,

programadores, cabos eléctricos e os restantes equipamentos, a escavação e tapamento de valas e todos os trabalhos

necessários à correcta execução do trabalho indicado nos planos e nas especificações técnicas.

O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas e trabalho necessário para garantir que o trabalho de instalação

da rede de rega se faça de maneira aceitável e dentro dos prazos definidos ou a definir em reunião de obra.

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1.11.1 INDICAÇÕES PRELIMINARES

1.11.1.1 SUBSTITUIÇÕES

Nenhuma substituição de tubo de pequeno diâmetro será permitida. Qualquer alteração nos tubos de maior diâmetro

deverá ser proposta e justificada para aprovação da fiscalização. Todos os tubos com defeito de fabrico ou entretanto

danificados devem ser removidos do local da obra, e na altura em que a fiscalização detecte essas deficiências.

1.11.1.2 ESTRUTURAS EXISTENTES

A exacta localização de estruturas ou instalações subterrâneas, não indicadas nos planos, deve ser determinada pelo

empreiteiro do sistema de rega e o mesmo deve orientar o seu trabalho por forma a evitar interrupções no funcionamento

de possíveis instalações ou de qualquer estrago nas mesmas. Se se verificarem prejuízos nessas instalações, o

empreiteiro ficará responsável pelos mesmos.

Se forem necessários pequenos ajustamentos para evitar obstruções fixas (resultantes de quaisquer instalações

subterrâneas), esses ajustamentos devem ser propostos ao projectista para aprovação.

1.11.2 VERIFICAÇÃO DO SISTEMA

1.11.2.1 OPERACIONALIDADE DA REDE

O empreiteiro deverá garantir a operacionalidade dos sistemas de rega. Será da responsabilidade do empreiteiro a

verificação de que o sistema distribui satisfatoriamente água na área a regar. Se se verificarem desvios ou falhas nesse

plano e o empreiteiro não as assinalar antes da instalação, obrigar-se-á a efectuar as necessárias correcções à sua custa.

1.11.2.2 DRENAGEM DO SISTEMA DE REGA

O empreiteiro deverá assegurar que o sistema de rega possa ser completamente drenado. Nos pontos mais baixos dos

circuitos deverão ser instaladas válvulas de drenagem do sistema, de acordo com o tipo de aspersores usados e

respectivas características, caso as válvulas anti-dreno não sejam parte integrante dos aspersores escolhidos.

1.11.2.3 ELEMENTOS A FORNECER

O empreiteiro deverá fornecer o equipamento, ferramentas, e trabalho necessário para garantir que o trabalho de

instalação da rede se faça de maneira aceitável e dentro dos prazos definidos ou a definir em reunião de obra.

1.11.3 EXECUÇÃO DA REDE DE COMANDO

Inclui os trabalhos descriminados e representados esquematicamente nas peças desenhadas, nomeadamente ligação do

programador ou sensor de humidade à rede eléctrica, daquele às electroválvulas, e entre estas. O programador de rega

será integrado em caixa a executar, que disporá de porta metálica independente, com fechadura.

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1.12 REVESTIMENTO VEGETAL

1.12.1 ZONAS VERDES

A preparação do terreno para revestimento vegetal consistirá na execução de várias operações pela ordem que se segue:

Pequena modelação do terreno;

Gradagem ou recava até 0,15m de profundidade; (relvados)

Mobilização, mecânica ou manual até 0,50m de profundidade, seguida de escarificação, gradagem ou recava de

0,15m de profundidade; (arbustos)

Abertura de caldeiras para árvores com covas de 1 m de profundidade e 1 m de lado;

Despedrega, ou escolha e retirada de pedras e materiais estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a

0.06 m, nos 0.15 m superficiais do terreno;

Espalhamento da terra vegetal, mecânica ou manualmente, de modo a formar uma camada superficial com 0.5m

de espessura nas áreas com herbáceas de revestimento;

Espalhamento da terra vegetal, mecânica ou manualmente, ou composto específico de modo a formar uma

camada superficial com 0.1m de espessura na área de relvado;

Regularização prévia, efectuada mecânica ou manualmente;

Incorporação de fertilizantes e correctivos, especificados no capítulo de características e natureza dos materiais

deste caderno de encargos;

Regularização final do terreno, atendendo-se à necessidade de garantirem a drenagem de todos os espaços

verdes.

1.12.2 MODELAÇÃO FINAL DO TERRENO

Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à boa execução de:

Limpeza

Trabalhos de preparação final do solo.

Considera-se como trabalho de modelação final, um terreno apto a plantar e semear, em que o solo se encontre com as

condições óptimas de composição pretendida, e com uma superfície regular de acordo com cotas de projecto.

1.12.3 ESPALHAMENTO DA TERRA VEGETAL

Refere-se este capítulo ao fornecimento e incorporação de terra vegetal em todas as áreas a plantar e nas covas para

plantação de árvores e arbustos.

1.12.4 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO

Compreende todos os trabalhos e fornecimentos necessários à obtenção de um composto de plantação para enchimento

de covas ou espalhamento em camada superficial do solo. De entre os diversos trabalhos e fornecimentos destacam-se os

seguintes:

Transporte, deposição e armazenamento de volumes de composto de plantação;

Melhoramentos de granulometria, composição química ou matéria orgânica;

Análise à quantidade do solo existente e do composto de plantação, por lotes e a pedido da fiscalização.

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1.12.5 PLANTAÇÕES

Todo o material vegetal será designado pelo seu nome botânico de acordo com as regras da nomenclatura botânica, com

referência obrigatória ao género e espécie, e a variedade ou cultivar, se for caso disso.

Todos os exemplares provenientes de viveiro, transplante local ou transplante exterior, deverão ser identificados através de

etiqueta indelével, constando o seu nome botânico. Serão excluídos do local de obra, todos os exemplares não

identificados individualmente, ou por lote inequívoco.

Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respectivos planos, não sendo permitidas

quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização da fiscalização. Esta operação compreende:

Piquetagem do projecto;

Cava geral;

Todos os fornecimentos de material vegetal;

Abertura de covas (só para árvores e arbustos);

Plantação, tutoragem, amarração e rega.

Manutenção até recepção provisória

As posições relativas de árvores, arbustos, herbáceas e sementeiras, devem ser respeitadas, tal como a relação com os

pontos da Rede de Rega activos, i.e. pulverizadores, aspersores e válvulas de baioneta.

1.12.6 TUTORAGEM E ANCORAGEM

Compreende todos os fornecimentos e trabalhos necessários à boa execução e aplicação de sistemas de ancoragem e

tutoragem com complemento a plantações, nomeadamente:

Fornecimento de materiais;

Execução e montagem;

Manutenção até ao final de um período de garantia.

Considera-se como sistema de tutoragem a montagem de estacas verticais fixadas ao solo, em torno de um exemplar

plantado, cuja função é assegurar através de ligações apropriadas a estabilidade biomecânica e a orientação do

crescimento da mesma.

2. NATUREZA, CARACTERISTICAS E QUALIDADE DE MATERIAIS

2.1 MATERIAIS NAO ESPECIFICADOS

Todos os materiais necessários à execução da obra serão, salvo disposição em contrário, directamente adquiridos pelo

Empreiteiro, sob sua responsabilidade e encargo, ficando sujeitos à aprovação da Fiscalização.

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O Empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos regulamentos e normas

oficiais portuguesas em vigor à data da execução, ainda que não expressamente referidos, e justificar que a composição, o

fabrico e os processos de aplicação são compatíveis com a respectiva finalidade.

Todos os transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos, realizados de modo a evitar a mistura de

materiais de tipos diferentes, bem como a conservação e todos os encargos inerentes, serão por conta do Empreiteiro.

O Dono da Obra exercerá Fiscalização nos armazéns, silos, parques de depósito, oficinas e locais de aplicação, para

verificar a qualidade e a arrumação dos materiais, bem como o seu acondicionamento.

Cumpre ao Empreiteiro fornecer, em qualquer ponto do estaleiro e sem direito a retribuição, todas as amostras de

materiais para ensaios laboratoriais que o Dono da Obra pretenda efectuar.

A aceitação e o controlo exercidos pela Fiscalização não reduzem a responsabilidade do Empreiteiro sobre os materiais

utilizados.

2.2 MATERIAIS PARA ATERROS

Os materiais utilizados nos aterros serão solos ou outros materiais que se obterão das escavações realizadas na obra, dos

empréstimos que se definam no projecto de construção, ou dos empréstimos escolhidos pelo empreiteiro com prévio

conhecimento da fiscalização, e que obedecem aos seguintes pressupostos:

os solos ou materiais a utilizar estão isentos de ramos, folhas, troncos, raízes, ervas, lixos ou quaisquer detritos

orgânicos;

a dimensão máxima dos seus elementos é em regra, inferior a 2/3 da espessura da camada uma vez

compactada;

o equivalente de areia dos solos de empréstimo será superior a 12 ou 20, conforme se aplique nas camadas

inferiores ou nos últimos 30 cm de terraplanagem;

o teor de humidade dos solos aplicados nos aterros será tal que permita atingir o grau de compactação desejado,

não podendo no entanto exceder em mais de 15% o teor óptimo em humidade referido ao ensaio de

compactação pesada.

Quando forem utilizados produtos de escavação de rocha ou detritos de pedreiras, estes materiais serão

arrumados na base do aterro ficando os seus vazios preenchidos por elementos mais finos.

Para a aplicação de materiais que não satisfaçam estas condições, será necessária a aprovação prévia por escrito, da

fiscalização.

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2.3 ÁGUA

A água a empregar em alvenarias e regas de pavimentos será doce, limpa, isenta de ácidos, substâncias orgânicas ou

deliquescentes, resíduos ou quaisquer outras impurezas, em especial cloretos, sulfatos e óleos.

A água que for utilizada no fabrico de argamassas e betões deverá satisfazer o prescrito no Regulamento de Betões e

Ligantes Hidráulicos aprovado pelo decreto N. 404/71 de 23/9/71, nomeadamente não deverá incluir substâncias em

percentagem tal que possam, pelas suas características, prejudicar a presa normal e o endurecimento do cimento, ou

alterar as qualidades das mesmas argamassas ou betões. Os sulfatos, sulfuretos, cloretos e álcalis deverão existir na água

em percentagens tais que no conjunto dos restantes componentes das argamassas e betões (aditivos e inertes) não

ultrapassem os valores estabelecidos a propósito do seu fabrico.

Sempre que a água não provenha de canalizações de água potável, serão colhidas amostras nos termos da NP 409 e

feitos os ensaios julgados necessários pela determinação das suas características.

Os ensaios para determinação das água (NP 413, NP421 e NP 423 ) serão realizados antes do início da fabricação das

argamassas e betões, durante a sua fabricação e com a frequência que a fiscalização entender.

Constituirá encargo do empreiteiro a instalação das canalizações para a conduta de água para a obra e a sua ligação à

conduta da rede de abastecimento existente e, neste caso, o pagamento da água consumida em todos os trabalhos da

empreitada, ou a captações cuja execução também é por conta do empreiteiro.

Os recipientes de armazenamento e transporte de água deverão ser motivo de particular cuidado, com o fim de evitar que

possam conter, como depósito ou sujidade, alguns dos produtos atrás referidos. A água a utilizar em molhagem, durante o

período de cura dos betões, deverá satisfazer os requisitos atrás referidos.

2.4 CIMENTO

O cimento, se for "Portland" de presa lenta, deverá obedecer às disposições do caderno de encargos para o fornecimento

e recepção do cimento "Portland Normal"; aprovado pelos Decretos nº 40 870 e 41 127, respectivamente de 22 de

Novembro de 1956 e de 24 de Maio de 1957.

O cimento, sendo especial, de alta resistência ao alumínio, deverá satisfazer as condições e normas de ensaio indicadas

na alínea b) do Artº 5 do REBAP.

O cimento será fornecido em sacos de papel impermeabilizado, com a marca do fabricante, e as embalagens de cimento

que tenham de ser transportadas por via marítima serão cuidadas e bem protegidas depois de acondicionadas. Cada saco

deverá conter o peso líquido de 50 kg, com uma tolerância de 2%.

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O cimento após recepção no local da obra será armazenado em local seco com ventilação adequada e de forma a permitir

uma fácil inspecção e diferenciação de cada lote armazenado. O cimento que esteja armazenado há mais de 60 dias (não

devendo por via de regra ter mais de 90 dias), será aplicado obrigatoriamente antes da utilização de qualquer cimento mais

recente.

As amostras de cimento "Portland", colhidas no local de armazenamento da obra, obedecerão ao estabelecido no Decreto

nº 40 870 atrás referido. Os ensaios deverão realizados no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), sendo os de

rotura por flexão e compressão feitos aos 7 e 28 dias e só em caso de urgência reconhecida pela Fiscalização, se

autorizará que o cimento seja utilizado antes da obtenção dos ensaios dos resultados ao 28º dia, desde que ele satisfaça o

estipulado quanto às condições físicas e químicas de composição e aos ensaios de resistência aos 3 e 7 dias.

No acto de aplicação, todo o cimento deverá apresentar-se seco, sem vestígios de humidade e isento de grânulos. Todo o

cimento que se verifique não obedecer às condições expostas, será imediatamente retirado do local dos trabalhos.

Quaisquer produtos de adição, quer os destinados a acelerar a presa do cimento, a conferir maior plasticidade ou a

qualquer outro fim, só poderão ser aplicados com a aprovação da Fiscalização.

2.5 FERRO E AÇO

Os aços em varão ou rede e os perfilados satisfarão, respectivamente, às especificações do REBAP, REAE e do RPM, e

serão do tipo definido nos elementos de projecto.

As peças de metal e as ferragens, a utilizar em obra, serão dos tipos referidos nos elementos de projecto, ou pela

fiscalização.

Deve ser macio, de textura homogénea, de grão fino e não quebradiço, deve apresentar-se isento de zincagem, pintura,

alcatroagem, argila, óleo ou de ferrugem solta.

2.6 AREIA

2.6.1 AREIA PARA ASSENTAMENTO DE PAVIMENTOS

A areia a empregar como almofada de pavimentos será limpa, isenta de argilas e obedecerá às seguintes condições

granulométricas:

Percentagem que passa no peneiro N. 4 (4.76 mm) 100 %

Percentagem que passa no peneiro N. 10 (2.00 mm) 85 %

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Considera-se areia de grão grosso a que passando por um crivo com orifícios de 5 mm é retida em crivos de 2 mm; areia de

grão médio, a que passando por um crivo com orifícios de 2 mm é retida no crivo com orifícios de 0,5 mm e, areia de grão

fino, a que passando num crivo com orifícios de 0,5 mm é retida em crivos de 0,07 mm.

A areia será armazenada em lotes distintos, consoante a sua granulometria, de forma a que não haja mistura possível entre

os vários lotes. A areia será de origem reconhecida e aprovada pela fiscalização.

Poderão ser exigidos ensaios segundo as normas específicas, sobretudo quando ao teor de sais e matérias estranhas. Será

rejeitada toda a areia que não obedeça às especificações.

2.6.2 AREIA PARA ARGAMASSAS E BETÕES

Deverá em tudo ser observada a especificação LNEC E 373, segundo secção NA 4.2 – Inertes, do Anexo Nacional da NP

ENV 206 – ‘Betão. Comportamento, produção, colocação e critérios de conformidade’.

A areia a empregar deverá ser rija, de preferência siliciosa ou quartzosa, de grão anguloso, áspero ao tacto, limpa ou

lavada e ter a composição granulométrica mais apropriada à natureza do trabalho a efectuar. Deverá ser composta por

grãos grossos de 5 a 2 mm, médios de 2 a 0.5 mm e finos abaixo de 0.5 mm quando se destinar ao betão armado, de

modo a apresentar compacidades e densidades aparentes máximas.

A areia a empregar deverá ser isenta de substâncias susceptíveis de prejudicar a presa e o endurecimento das

argamassas e dos betões ou de provocar a corrosão e a eflorescência das armaduras, nomeadamente argila, siltes, mica,

conchas, partículas pouco resistentes, matérias solúveis e substâncias orgânicas, sendo expressamente proibido o

emprego de areia do mar ou com salgadiço.

A areia será armazenada em lotes distintos, consoante a sua granulometria, de forma a que não haja mistura possível

entre os vários lotes. A areia será de origem reconhecida e aprovada pela fiscalização. Poderão ser exigidos ensaios

segundo as normas específicas, sobretudo quando ao teor de sais e matérias estranhas. Será rejeitada toda a areia que

não obedeça às especificações.

2.7 BRITA

A brita deverá ser constituída por fragmentos rijos de arestas vivas, isentos de argila, matéria orgânica ou quaisquer outra

substâncias nocivas. As pedras não deverão apresentar forma lamelar nem indícios de alteração ou desagregação pela

acção dos agentes atmosféricos.

Serão rejeitados todos os lotes que apresentem mais de 15% de elementos alongados (relação entre a maior e a menor

dimensão igual ou superior a 2).

A brita deverá ainda obedecer às seguintes prescrições:

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PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO MATERIAL QUE PASSA

3” 100 % 2 1/2” 90 - 100 % 1 1/2” 25 - 60 % 3/4” 0 - 10 %

Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles às 500 rotações - 50%.

As britas devem ser depositadas em lotes distintos e bem definidos de acordo com as suas características de

granulometria. A britagem da pedra, quando tenha de ser feita na obra, deverá ser executada fora do local do seu

emprego.

2.7.1 BRITA PARA BETÕES

A pedra de natureza siliciosa, de preferência britada ou seixo anguloso, deverá ser rija, sã, durável, não margosa nem

geladiça, limpa ou lavada e isenta de substâncias que possam prejudicar a aderência do cimento à pedra, ou ainda que

possam atacar o aço das armaduras. Não devem conter elementos alongados ou achatados, sendo assim considerados os

elementos cuja dimensão maior exceder em 5x a dimensão mínima.

As percentagens em peso das substâncias prejudiciais existentes na pedra para o betão não devem exceder os seguintes

valores:

Elementos alterados 2%

Aglomerados argilosos 0,25%

Removíveis por decantação 1%

A pedra deverá ter dimensões variáveis, entre 2 e 4 cm, devendo obedecer ao disposto no Regulamento de Betão de

Ligantes Hidráulicos.

Quando a brita se destina ao fabrico de betão simples, as dimensões máximas admissíveis serão as seguintes:

Em obras com menos de 0,12 m de espessura 2 cm

Em obras com espessuras entre 0,12 e 0,18 m 3 cm

Em obras com espessuras entre 0,18 e 0,25 m 4 cm

Em obras com espessuras superiores a 0,25 m 5 cm

Em fundações - dimensões compreendidas entre 2 - 5 cm A brita deverá apresentar uma granulometria tal que, conjuntamente com a areia, confira ao betão a compacidade

pretendida.

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2.8 BETÃO

Os materiais a utilizar no fabrico de betão deverão respeitar o prescrito nas seguintes especificações:

Água para betões

Cimento ‘Portland Normal’

Areia e brita para argamassas e betões

São permitidos tanto para os betões fabricados no estaleiro da obra, como noutro local preparado para o efeito,

desde que a Fiscalização o tenha autorizado e a ele tenha acesso, obrigando-se se o empreiteiro a verificar as

seguintes prescrições:

Sempre que a Fiscalização considere necessário, o empreiteiro procederá ao estudo da dosagem, processo de

fabrico e colocação dos betões a utilizar, sendo a dosagem definitiva determinada por tentativas, pela execução

de ensaios preliminares em laboratórios até se obter uma massa com trabalhabilidade e resistência

convenientes.

Observar-se-ão as disposições do RBLH (Regulamento do Betão de Ligantes Hidráulicos e o REBAP

(Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré Esforçado).

Estes estudos deverão ser apresentados à aprovação da Fiscalização antes de iniciada a betonagem do primeiro

elemento.

A betonagem nunca poderá começar antes da Fiscalização se ter pronunciado sobre os resultados dos ensaios

laboratoriais.

A Fiscalização reserva-se o direito de não aprovar os estudos efectuados pelo empreiteiro, caso não concorde

com os métodos preestabelecidos pelo mesmo. Neste caso, o empreiteiro obriga-se a proceder a novos estudos,

tendo em atenção as observações feitas pela Fiscalização.

O empreiteiro deverá propor os inertes que deseja utilizar, fornecendo amostras que serão colhidas na presença

e segundo indicações da Fiscalização.

Os inertes deverão satisfazer a especificação ‘Mat. 009 - areia e brita para argamassas e betões’.

A dimensão máxima do inerte grosso não deverá exceder 1/5 da menor dimensão da peça a betonar, e nas

zonas com armaduras não deverá exceder 3/4 da distância entre varões ou bainhas do pré-esforço.

Caso estes materiais inertes, propostos pelo empreiteiro, não demonstrem possuir condições que satisfaçam o

preceituado nesta especificação, não serão aprovados, devendo o empreiteiro propor novos inertes, que serão

sujeitos a provas idênticas por parte da Fiscalização.

Na inexistência de acordo, sobre a qualidade dos inertes, ou se a Fiscalização o exigir, serão efectuados os

ensaios necessários para comprovar se as características dos inertes respeitam o especificado no ‘Regulamento

de Betões de Ligantes Hidráulicos’.

As qualidades do cimento, quando não forem indicadas expressamente no projecto, serão as indicadas no

REBAP e no RBLH.

O cimento a usar será sempre da mesma qualidade, não se admitindo quaisquer misturas durante o decorrer da

obra.

A amassadura, sempre mecânica, será feita por forma a que o aglomerado, depois de bem amassado, tenha a

consistência desejada, seja homogéneo e apresente cor uniforme.

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As amassaduras, serão feitas por quantidades certas de cimento (saco, quando for este o caso), que serão

devidamente pesadas, não se admitindo quebras superiores a 2%.

A medição dos inertes em volume só poderá ser utilizada mediante a autorização da Fiscalização.

As betoneiras deverão ter contadores de água, devidamente aferidos, para que a quantidade de água nelas

introduzida em cada amassadura, seja a recomendada no estudo de dosagem.

Não será permitida a fabricação de misturas secas, com vista a ulterior adição de água.

Não existindo outro parâmetro de referência, em consequência de características especiais das betoneiras, o

tempo de cada amassadura não deverá, em princípio, ser superior ao triplo do necessário para que a

amassadura feita a seco apresente aspecto uniforme.

A consistência normal das massas, a verificar por meio da máquina de Abrams, ou do estrato móvel, deve ser

tanto quanto possível a da terra húmida, de modo a que se consiga a trabalhabilidade compatível com a

resistência estipulada e, com os processos de vibração adoptados na colocação do betão.

O betão deverá ser aplicado logo após o seu fabrico, para o que se fará apenas a quantidade necessária para cada

betonagem, não podendo utilizar-se o betão que tenha sido fabricado em tempo superior a 30 minutos.

2.9 PEDRA PARA DRENOS

A pedra a utilizar nos drenos será de natureza calcária e britada nas dimensões indicadas dos desenhos de pormenor

respectivos. Na falta de tais indicações, a dimensão será a que for indicada pela fiscalização.

2.10 MATERIAIS PARA BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA - TOUT-VENANT

O agregado deve ser constituído pelo produto de britagem de material explorado em formações homogéneas e ser isento

de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas.

Deverá ainda obedecer às seguintes prescrições:

PENEIRO ASTM PERCENTAGEM ACUMULADA DO

MATERIAL QUE PASSA 50.000 mm (2”) 100 % 37.500 mm (1 1/2”) 85 - 95 % 19.500 mm (3/4”) 50 - 85 %

4.750 mm (N. 4) 30 - 45 % 0.425 mm (N. 40) 8 - 22 % 0.075 mm (N. 200) 2 - 9 %

A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.

Características especiais:

Percentagem máxima de desgaste na máquina de Los Angeles 35

Índice de plasticidade N.P

Equivalente de areia mínimo 30

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2.10.1 MATERIAL DE PREENCHIMENTO

O material a aplicar deve ser apenas de preenchimento e regularização superficial. Será constituído por produtos de

britagem ou por saibro obedecendo às seguintes características:

PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA

0,5 MM (3/82)

100

4,75 MM (Nº 4) 85 – 100

2.11 MATERIAIS PARA SUB-BASE

Os materiais a aplicar devem ser constituídos por saibros de boa qualidade, isentos de detritos, matéria orgânica ou

quaisquer outras substâncias nocivas, obedecendo às seguintes características:

Limite de liquidez máximo ………………………………………………………………….. 25

Índice de plasticidade máximo ……………………………………….…………………….. 8

Equivalente de areia mínimo …………………………………………………..………….. 25

CBR mínimo a 95% de compactação relativa (AASHTO Modificado)…………………25

% máxima passando no peneiro de nº 200 ASTM ……………………………………. 16

No caso de ser utilizado material aluvionar, este deverá obedecer às seguintes características:

PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA

75 mm (3”)

100

63 mm (21/4”) 90 – 100

4,75 mm (nº 4) 35 – 70

0,075 mm (nº 200) 0 - 15

Limite de liquidez ………………………………………………..……………..… NP

Índice de plasticidade ……………………………………………………………… NP

Equivalente de areia ……………………………………………………………. > 30%

% de desgaste na máquina de Los Angeles ……………………………….. > 35

2.12 MATERIAIS PARA SUB-BASE GRANULAR BRITADA

2.12.1 AGREGADO

O agregado deve ser constituído pelo produto de material explorado em formações homogéneas e ser isento de argilas,

matéria orgânica ou quaisquer outras substâncias nocivas. Deverá obedecer às seguintes prescrições:

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A sua composição granulométrica, obtida, pelo menos, a partir de duas fracções distintas, será recomposta na instalação

ou em obra, de forma a obedecer ao seguinte fuso granulométrico:

PENEIRO ASTM % ACUMULADA DE MATERIAL QUE PASSA

50 mm (2”)

100

9,5 mm (3/8”) 30 – 65 4,75 mm (nº 4) 25 – 55 2,00 mm (nº 10) 15 – 40 0,425 mm (nº 40) 8 – 20 0,075 mm (nº 200) 2 - 8

A curva granulométrica, dentro dos limites especificados, apresentará ainda uma forma regular.

Características especiais:

Limite de liquidez ……………………………………………………….…….. NP

Índice de plasticidade ……………………………………………….………. NP

Equivalente de areia mínimo ………………………………………………. 50%

% de desgaste na máquina de Los Angeles (Granulometria F) ……… 35 (a)

(a) No caso especial dos granitos, a percentagem de desgaste da máquina de Los Angeles pode ser de 37%

(Granulometria F).

Perante autorização expressa da Fiscalização, poderá ser utilizado agregado com granulometria diferente da indicada, mas

sempre com uma dimensão máxima de 6 cm, desde que o processo construtivo seja de primeira qualidade.

2.13 MADEIRAS

2.13.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

Toda a madeira deve ser sã, não admitindo podridão, faixas escuras, gretas anelares ou em zig-zag, perfurações, qualquer

vestígio de ataque por insectos, ou outros defeitos ou anomalias prejudiciais, de acordo com a NP 180.

2.13.2 FORMA

Todas as madeiras a empregar terão as dimensões indicadas no projecto que se entendem para o acabamento final.

Todos os vigamentos e demais peças a empregar, quer em pavimentos, quer em cobertura, devem ser de quina viva, salvo

indicação em contrário.

2.13.3 HUMIDADE

Todas as madeiras a empregar devem ter um grau de humidade inferior a 20%.

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2.13.4 FIBRAS

As madeiras a empregar terão fibras direitas paralelas ao bordo longitudinal da peça, admitindo-se uma tolerância até uma

inclinação de 1/10 em relação a esse bordo, quando para peças resistentes e 1/5 nos restantes casos. O número de anéis

por cm não deve ser inferior a 4. No caso de madeiras para tacos, admitem-se fibras paralelas ou perpendiculares às

faces.

2.13.5 PESO

O peso mínimo de madeira para peças resistentes será de 550 kg/m3.

2.13.6 NÓS

Não são admitidas peças com quaisquer nós viciosos ou soltos, devendo a madeira para revestimento à vista ser isenta de

quaisquer nós. Nas restantes peças são admissíveis os nós sãos com diâmetro até 1/5 de largura, sem exceder 5 cm, no

caso de peças resistentes e até ½ sem exceder 8 cm nas restantes.

2.13.7 CURVATURA

Não serão admitidas flechas superiores a 5 cm medidas num comprimento de 2.0 m. No caso de peças compridas a flecha

máxima permitida será de 1/400 do seu comprimento.

2.13.8 MADEIRA DE PINHO

A madeira escolhida deverá ser maciça, cerneira, sem nós viciosos, isenta de caruncho, fendas ou falhas que

comprometam a sua resistência, seleccionada de modo a que mesmo pequenos defeitos não ocorram com grande

frequência, nem com grandes dimensões.

Os barrotes e as ripas serão em madeira de pinho, aparelhada e tratada, com as dimensões 0.4x0.1x0.08m,

4.00x0.06x0.04m conforme apresentado nos respectivos plano de pavimentos e pormenores de construção. Os barrotes

deverão ser sujeitos a aparelhamento e cortes para serem montados de acordo com os pormenores de construção e plano

de pavimentos.

Todos os elementos serão de madeira dura, não se admitindo a utilização de madeiras verdes. Não será permitido o

emprego de peças de madeira de peso específico excepcionalmente baixo. O número de anéis de crescimento da madeira

por centímetro não poderá ser inferior a 3, sendo preferível que seja igual ou próximo de 6.

Antes da aplicação dos tratamentos, as madeiras devem estar limpas, secas, sem poeiras e sem oleosidade. As madeiras

oleosas devem ser desengorduradas com um diluente celuloso.

As peças deverão ser sujeitas a um tratamento em autoclave sob pressão, com um produto do tipo ‘CELCURE A(P)’

constituído por uma mistura de óxidos de cobre, crómio e arsénio, com acção fungicida e insecticida, numa dosagem

apropriada para madeiras abrangidas pelas classes de risco A1, segundo a norma portuguesa NP-2080/1985, ou seja, 24

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Kg/m3. De forma a evitar que a madeira adquira um tom esverdeado resultante da aplicação dos sais, deve ser

incorporado um corante castanho na fase de impregnação por autoclave.

Deverá ainda ser aplicado à madeira um tratamento com um produto hidrofugo do tipo ‘Ultrawood’, para evitar o seu

apodrecimento pela acção da água.

Posteriormente aos tratamentos, deverá ser aplicada uma velatura para escurecimento da madeira. A velatura será

aplicada com pincel, escova ou pistola, em três demãos, sendo a primeira com uma velatura de impregnação em fase

orgânica, tipo ‘Arcobois’, e as duas ultimas com uma velatura de acabamento em fase solvente, tipo ‘Arcolor’.

2.14 TINTAS E VERNIZES

Serão sempre de primeira qualidade do tipo ou marca a indicar para cada caso pela Fiscalização. Todos os materiais de

pintura e corantes serão de marca e devem entrar na obra nas embalagens de origem e intactos, não sendo permitida a

sua aplicação desde que não venham nestas condições.

A sua aplicação será executada de acordo com as instruções do fabricante, escritas em português pelo que um exemplar

das mesmas deverá ser, com a devida antecedência entregue à Fiscalização. O verniz para madeira deverá ser marítimo

de penetração, tipo ‘Decks Olga’ ou equivalente.

2.15 BLOCOS DE BETÃO PARA MUROS

Os blocos de alvenaria de betão pré-fabricados utilizados na construção dos muros deverão encontrar-se em boas

condições de emprego. Deverão ter aspecto uniforme e possuir arestas vivas e rectilíneas. Os materiais constituintes do

betão deverão ser fabricados com inertes de granulometria adequada, de forma a que não se verifique o polimento da

superfície.

2.16 REBOCO E TINTA PARA PINTURA DE MUROS E MURETES

O reboco e tinta a utilizar na pintura dos muros será do tipo reboco liso, pintados com cor RAL 9016, com aplicação de três

demãos e incluindo todos os trabalhos necessários.

2.17 VEDAÇÃO

A vedação em madeira e rede ovelheira será aplicada no limite do lote, conforme indicado no plano de mobiliário urbano, e

será do tipo ‘NOVIREDE’, ou equivalente.

2.18 GRAVILHA

Será utilizada gravilha lavada branca, de origem calcária, não se admitindo variações maiores que 10% nas dimensões e

em mais que 85% das quantidades utilizadas.

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2.19 LANCIL EM MADEIRA

Os limites do percurso em gravilha serão em madeira. Estes deverão ser executados nos locais assinalados na respectiva

planta de pavimentos e de acordo com o indicado nos pormenores de construção.

Serão usadas tábuas em madeira de pinho, aparelhada e tratada, com as dimensões definidas, conforme apresentado nos

respectivos plano de pavimentos e pormenores de construção. Estas deverão ser sujeitos a aparelhamento e cortes para

serem montados de acordo com os pormenores de construção e plano de pavimentos.

A madeira escolhida deverá ser maciça, cerneira, sem nós viciosos, isenta de caruncho, fendas ou falhas que

comprometam a sua resistência, seleccionada de modo a que mesmo pequenos defeitos não ocorram com grande

frequência, nem com grandes dimensões.

Todos os elementos serão de madeira dura, não se admitindo a utilização de madeiras verdes. Não será permitido o

emprego de peças de madeira de peso específico excepcionalmente baixo. O número de anéis de crescimento da madeira

por centímetro não poderá ser inferior a 3, sendo preferível que seja igual ou próximo de 6.

Antes da aplicação dos tratamentos, as madeiras devem estar limpas, secas, sem poeiras e sem oleosidade. As madeiras

oleosas devem ser desengorduradas com um diluente celuloso.

As peças deverão ser sujeitas a um tratamento em autoclave sob pressão, com um produto do tipo ‘CELCURE A(P)’

constituído por uma mistura de óxidos de cobre, crómio e arsénio, com acção fungicida e insecticida, numa dosagem

apropriada para madeiras abrangidas pelas classes de risco A1, segundo a norma portuguesa NP-2080/1985, ou seja, 24

Kg/m3. De forma a evitar que a madeira adquira um tom esverdeado resultante da aplicação dos sais, deve ser

incorporado um corante castanho na fase de impregnação por autoclave.

Deverá ainda ser aplicado à madeira um tratamento com um produto hidrofugo do tipo ‘Ultrawood’, para evitar o seu

apodrecimento pela acção da água.

2.20 FELTRO DE PROPILENO

O feltro a utilizar deve evitar a migração do solo. Deve ser mais permeável que o solo protegido, permitindo uma rápida

remoção da humidade sem o aumento das pressões hidrostáticas. Deve possuir suficientes propriedades físicas para

resistir aos esforços e mais tratamentos sem apresentar roturas durante a sua instalação.

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2.21 REDE DE REGA

2.21.1 TUBAGEM DA REDE DE REGA

A tubagem utilizada será de PEAD (polietileno de alta densidade) com os diâmetros indicados nos desenhos, para a

adução e distribuição da água na rede de rega. Os acessórios a serem aplicados serão em PPFV (polipropileno reforçados

com fibra de vidro), roscados de vedação por aperto de casquilho cónico, anel de pressão e junta tórica em neoprene.

As tomadas em carga serão de PP (polipropileno) com as medidas da tubagem e aplicações aos pontos de rega e

tomadas de rega.

Todos os hidrantes a serem aplicados deverão ser em bronze e antivandalismo. A tubagem de encamisamento a ser

aplicada nos atravessamentos deverá ser em PVC (policloreto de vinilo) do tipo “Civinill” de 4 kg/cm2.

2.21.2 PEÇAS DE REGA

O tubo gotejador será com gotejamento em linha integrado será do tipo “RAIN BIRD série Dripline” ou equivalente. Foram

também propostas bocas de rega à mangueira tipo "Rain Bird, 3RC 3/4' " ou equivalentes.

2.21.3 VÁLVULAS

As electroválvulas a serem aplicadas serão em PVC rígido, do tipo “RAIN BIRD 100-DVF ", seguidas de filtro tipo

"Techfilter" de 1" e regulador de pressão de 1 1/2". Estas serão normalmente fechadas necessitando de alimentação

eléctrica para serem abertas.

A montante das mesmas ficarão instaladas as válvulas de PVC manuais de corpo desmontável de igual medida que

funcionarão como válvula de seccionamento sectorial. A válvula geral de seccionamento a ser aplicada será metálica de

globo esférico com as medidas da tubagem de adução.

As caixas de protecção serão redondas em nylon reforçado com fibra de vidro e fecho de parafuso. As tomadas de rega a

serem aplicadas serão em bronze, com tampa de fechadura e joelho giratório para ligação a mangueira.

2.21.4 PROGRAMADOR E CABOS ELÉCTRICOS

O programador será de 6 estações electrónico, modular do tipo "Rain Bird " ou equivalente, incluindo módulo de extensão

de estações, interruptor com chave, sensor de chuva do tipo "Rain Bird RSD".

Os cabos eléctricos deverão ser tipo FVV multifilar com grau de isolamento 4 e ter secção de 1,5 mm². Deverão ser

enterrados directamente na vala ao lado da tubagem de condução na terra e encamisados em tubo de P.E.B.D. quando o

revestimento for pavimento.

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2.22 MATERIAL VEGETAL

2.22.1 ÁRVORES E ARBUSTOS

Todas as plantas a utilizar deverão ser exemplares novos (excepto no caso de serem exemplares transplantados) bem

conformados, ramificados desde o colo e possuir desenvolvimento compatível com a espécie a que pertencem, e de

acordo com as dimensões abaixo indicadas. Sempre que possível aproveitar-se-ão os exemplares arbóreos existentes no

local, que serão transplantados para o local mais adequado. Esta situação será analisada antes do início da obra.

As plantas, sejam de folha persistente ou caduca, deverão ser fornecidas em torrão, suficientemente consistente para não

se desfazer facilmente, suportando bem o transporte. Deverão ainda ser bem conformadas, apresentar o sistema radicular

bem desenvolvido, e bom estado fitossanitário.

Os exemplares designados de alinhamento deverão ter um único eixo vertical direito, com ápice superior definido e

estrutura de copa simétrica, com fuste limpo e definido.

Os exemplares de plumagem, com flecha vigorosa com botão terminal em bom estado, poderão apresentar mais do que

um eixo vertical, com ápices superiores bem definidos, estrutura de copa simétrica e equilibrada, podendo apresentar o

fuste revestido desde a base, conforme especificado. O caule deve ser bem direito desde o seu início e as raízes bem

desenvolvidas, estendidas e não espiraladas. Quanto ao desenvolvimento apresentado pelas árvores e arbustos deverão

ser considerados valores que variem entre os indicados no caderno de medições.

Os arbustos deverão vir envasados, bem enraizados, sem partes secas e em bom estado fitossanitário. A sua ramificação

deve ser muito densa desde a base. As suas alturas variam consoante o plano de plantação e a dimensão dos vasos deve

apresentar um volume nunca inferior a 2 litros.

No que respeita às herbáceas de revestimento, deverão ser fornecidas em contentores e bem enraizadas. Quanto à dimensão

em que deverão ser fornecidas as plantas, devem ser considerados os seguintes valores apresentados no caderno de

medições.

2.23 TERRA VIVA

A terra a fornecer será de textura franca e será proveniente da camada arável de terrenos agrícolas com elevada

capacidade agrícola, ou da terra viva armazenada resultante das obras de construção civil a executar na zona de projecto.

A camada a colocar sobre o terreno deverá possuir uma espessura média mínima de 0.5m, para as zonas de revestimento

arbóreo-arbustivo e de 0.10 m para zonas relvadas, salvo quando indicação em contrário nas peças desenhadas ou

Caderno de Medições.

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A terra será isenta de pedras e materiais estranhos com dimensão superior a 50 mm provenientes de incorporação de

lixos. A quantidade admissível de pedra miúda (diâmetro de 50 mm) não deverá exceder 10% do volume da terra. Deve

apresentar uma composição uniforme, sem qualquer incorporação do subsolo.

Deve ainda apresentar as seguintes características:

PH: deve situar-se entre 5,0 e 7,0;

condutividade eléctrica: deve ser inferior a 1500 micromhs por cm num extracto de solo: água de 1:2;

azoto (N): não deve ser inferior a 0,2%;

fósforo disponível (P): não deve ser inferior a 70 ppm quando extraído com 4,2% de NaHCO3 ao ph 8,5;

potássio disponível (K): não inferior a 300 ppm quando extraído com 8% de nitrato de amónia;

Textura franca – 10 a 30% de argila; 25 a 50% de areia; 30 a 50% de limo

Fertilidade média – 3 a 5% de matéria orgânica

A terra poderá ser proveniente da decapagem de terreno, devendo respeitar as características referidas. O empreiteiro

apresentará análises comprovativas, relativamente a cada lote de terra vegetal da mesma proveniência, sendo da sua

responsabilidade a realização de contra análises a pedido da fiscalização. Toda a terra vegetal que não cumpra o

especificado será rejeitada.

2.24 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO

O composto de plantação deverá ser constituído pelos seguintes materiais:

1.0 m³ de terra viva

0.1 m³ de areia

2.25 TURFA

A turfa a usar será de estagno, não fertilizada.

2.26 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO

O composto de plantação deverá ser constituído pelos seguintes materiais:

1.0 m³ de terra viva

0.1 m³ de areia

2.27 FERTILIZANTES E CORRECTIVOS

Adubo composto NPK doseando no mínimo 12-12-17, além de 2% de Mg e 6% de Ca, e outros micronutrientes,

tipo Blaukorn da Hoechst;

Adubo nitro-amoniacal a 20,5%, para adubações de manutenção;

Correctivo orgânico, doseando cerca de 50 % de matéria orgânica bem estabilizada, tipo Campo verde;

Estrume bem curtido, proveniente de camas de gado cavalar, à razão de 2kg/m3.

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2.28 TUTORAGEM E ANCORAGEM

2.28.1 Materiais a aplicar

Estacas: serão em madeira sã, limpa e tratada em autoclave, e com diâmetro superior ao do tronco e altura mínima de 2/3

do exemplar a plantar. Apresentam uma extremidade aguçada para cravagem no solo. No caso de se tratar de escoras

para apoio de pernadas, estas deverão ser em barras de ferro de secção circular, quadrada, sextavada ou octavada,

tratadas por zincagem a quente e soldadas a uma braçadeira metálica côncava para apoio da pernada. A ligação será

protegida através de uma peça em poliuretano ou em borracha.

Ligações para Tutores: serão em cabo de fibra natural sendo o contacto sempre protegido por peça de borracha de

dimensão adequada. No caso de ligações por tensão, estas serão feitas através de cabos em fibra natural ou

preferencialmente em toras de borracha, torcidas e envolvendo o tronco e os tutores.

Cabos Tensores: as ligações aos troncos ou caules serão protegidos por tubos de borracha e o travamento do laço será

através de braçadeira metálica zincada. As ligações ao solo serão através de estaca de madeira cravada em contravento

ou enterradas na horizontal, fundação em maciço de betão com anilha saliente (sobre coberturas), ancora em metal

zincado.

Elementos de Ancoragem: serão em estacas de madeira tratada cravadas em contravento ou enterradas na horizontal, ou

em peças de ancorarem retráctil em metal zincado especialmente adequadas ao efeito.

2.28.2 MATERIAIS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os materiais não especificados nestas Condições Técnicas Especiais e que tenham emprego na obra deverão

satisfazer as condições técnicas de resistência e segurança impostas pelos regulamentos que lhes dizem respeito, ou

terem características que satisfaçam as boas normas de construção. Poderão ser submetidas a ensaios especiais para a

sua verificação, tendo em atenção o local de emprego, fim a que se destinam e a natureza do trabalho que se lhes vai

exigir, reservando-se a fiscalização o direito de indicar para cada caso as condições a que devem satisfazer.

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3. DESCRIÇÃO E EXECUÇÃO DOS TRABALHOS

3.1 PROTECÇÃO DA VEGETAÇÃO EXISTENTE

Toda a vegetação arbórea existente na área de intervenção e indicada em obra como a preservar / transplantar, será

protegida, de modo a não ser afectada com a localização de estaleiros, depósitos de materiais, instalações de pessoal e

outros, ou com o movimento de máquinas e viaturas.

Deverão ser tomadas as disposições adequadas para o efeito, nomeadamente instalando vedações, resguardos onde for

conveniente e necessário.

3.2 PROTECÇÃO À ÁREA ENVOLVENTE

Toda a área envolvente à área de intervenção deverá ser preservada de qualquer alteração na topografia ou no

revestimento do solo existente e livre de quaisquer lixos, detritos e terras provenientes da obra, ficando o empreiteiro

responsável pela reposição da situação original em caso de alteração.

3.3 IMPLANTAÇÃO E PIQUETAGEM

Antes de se iniciar qualquer trabalho, procederá o empreiteiro à sua custa, à implantação e demarcação definitiva das

obras a executar. As implantações e demarcações serão verificadas pela Fiscalização que as aprovará no caso de estarem

em conformidade com o projecto.

Para o empreiteiro executar a implantação dos trabalhos, a Fiscalização indicará o local ou locais em que ele deverá

colocar uma ou mais marcas de nivelamento, bem definidas, verificadas pela Fiscalização, e nas quais se apoiarão as

implantações ou piquetagem.

Em relação à implantação definida no projecto ou pela Fiscalização serão em regra admissíveis as tolerâncias seguintes:

Os desvios por excesso, em relação às superfícies definidas pela implantação, não excederão, em regra, 0.05 m.

Os desvios por defeito, em relação às superfícies definidas pela implantação, não são, em geral, permitidos.

Na piquetagem dos trabalhos, serão utilizadas mestras de alvenaria ou estacas de madeira com 8 a 10 cm de

diâmetro na cabeça, cravadas pelo menos 50 cm. Estas mestras serão niveladas e numeradas sendo as cotas

das suas cabeças ligadas a marcações de referência fixas.

O empreiteiro obriga-se a conservar as estacas e referências de base, bem como a recolocá-las à sua custa em condições

idênticas, quer em posição definitiva, quer numa outra, se as necessidades do trabalho o exigirem, depois de o Dono da

Obra ter concordado com a modificação da piquetagem.

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3.4 MOVIMENTOS DE TERRAS

3.4.1 DESMATAGEM

Todo o entulho ou outras substâncias impróprias existentes na zona a escavar, vegetação, ervas, arbustos, raízes ou

matéria morta, serão removidas antes do início da execução do terrapleno e transportadas para local a designar pela

fiscalização, devendo os desenraizamentos ser suficientemente profundos para garantir a completa extinção das plantas.

3.4.2 DECAPAGEM

A decapagem do terreno, para a obtenção de terra superficial, terá lugar ao serem iniciados os trabalhos de movimento de

terras e incidirá nas zonas de solos mais ricos em matéria orgânica e de textura franca, numa espessura média de 0.10m

superficiais.

A zona escolhida para armazenamento de terra superficial proveniente da decapagem deve primeiro ser cuidadosamente

limpa de vegetação e deve possuir boa drenagem.

A terra superficial será armazenada em pargas com altura não superior a 1.00 m. A terra superficial não deve ser calcada

por veículos em movimento, pelo que as pargas deverão ser estreitas e compridas.

3.4.3 ESCAVAÇÕES

As escavações a efectuar não são levadas a efeito sem previamente se ter feito a implantação no terreno das cotas do

projecto.

Os materiais escavados deverão ser seleccionados de forma a poderem ser utilizados nos aterros. A fiscalização, sempre

que o entender, poderá para comprovação desses materiais a utilizar nos aterros, exigir os ensaios prescritos na NP 143.

O material seleccionado deverá ser transportado directamente, sempre que for praticável, dos locais de escavação para os

locais a aterrar.

Caso se imponha o depósito do material seleccionado para posterior utilização, decorrerão esses trabalhos, desde a sua

escavação até à sua aplicação, à responsabilidade do empreiteiro, o que deve por este estar previsto, quer quando da

elaboração da sua proposta, quer quando da elaboração do respectivo plano de trabalhos.

Quando se encontrarem afloramentos de rocha, argila ou de outros materiais impróprios para servir de base de um aterro,

deverão ser removidos até à profundidade a determinar pela fiscalização.

As escavações resultantes dessas remoções deverão ser alteradas com material apropriado obtido das zonas de

escavação ou de locais de empréstimo e serão devidamente compactados.

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Quando em trabalhos de escavação tiver de se proceder à remoção de estruturas, de modo a permitir a sequência dos

trabalhos, os produtos provenientes dessa demolição serão transportados para fora do local da obra, a designar pela

fiscalização, salvo os materiais que esta reconheça que possam vir a ser utilizados pelo empreiteiro.

Todas as zonas de escavação provenientes dessas demolições, depois de devidamente limpas de entulhos e outras

substâncias impróprias para aterro, deverão ser preenchidas com material apropriado e convenientemente compactado,

segundo as indicações da fiscalização.

3.4.4 ATERROS

As áreas sobre as quais se tenham de construir aterros serão previamente desmatadas e desenraizadas, escavadas

quando necessário e compactadas.

Os materiais utilizados nos aterros estarão isentos de matéria orgânica, vegetação ou outros materiais impróprios. As

terras, pedras ou outros materiais cujo emprego seja permitido nos aterros, serão espalhadas em camadas sucessivas de

cerca de 20 cm de espessura. A dimensão máxima da pedra a admitir, não deverá exceder, em caso algum, metade da

espessura da camada.

A incorporação de pedras nas camadas de aterro será efectuada por forma a que os seus vazios sejam preenchidos por

elementos mais finos, de maneira a constituir-se uma massa homogénea, densa e compacta.

Se as terras não possuírem a humidade necessária, quando espalhadas em camadas, serão regadas antes da

compactação. Quando necessário, e a fiscalização assim o entender, as terras deverão ser gradadas a fim de uniformizar

o teor de humidade.

Se as terras estiverem com humidade excessiva, que prejudique a sua compactação, deverá atrasar-se este trabalho, até

que as terras se encontrem com o teor óptimo de humidade.

As formas complementares de modelação do terreno serão construídas através de uma base em enrocamento com pedras

de diversas granulometrias, colocando-se as pedras de maiores dimensões no fundo, diminuindo gradualmente de

granulometria até 40 cm da cota do limpo. Estes materiais deverão ser compactados em camadas de 50 cm, sendo os

espaços intersticiais preenchidos com materiais de origem argilosa. Sobre este enrocamento coloca-se uma camada de 20

cm de terra viva com brita grossa, seguida de uma primeira tela de ENKAMAT A, fixa com grampeamento em quincôncio

(l=30cm) e com sobreposição de 30 cm entre rolos.

3.4.5 ACABAMENTO DOS TERRAPLENOS

Todas as áreas terraplenadas, aterros e respectivos taludes e valas de protecção serão regularizadas de acordo com o

projectado.

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Colocar-se-á uma camada de 20 cm de composto de plantação sobre as zonas correspondentes ao estrato superior. Sobre

as zonas correspondentes aos estratos médio e inferior colocar-se-ão pastas de plantação. Sobre toda a área dos estratos

será colocada uma tela de ENKAMAT S, após a instalação da rede de rega e afins, fixando por grampeamento com as

mesmas características do anterior, mas desencontrado, com profundidade de 1 m. Após a colocação da tela efectuar-se-á

sementeira com as misturas definidas em projecto e recobrimento com composto de plantação, formando uma camada de

cerca de 0.02m de espessura.

Todas as restantes áreas destinadas a serem revestidas com vegetação receberão uma camada uniforme de terra viva,

oportunamente armazenada, com 0.25 m de espessura (cumprindo naturalmente o que está disposto no plano de

modelação do terreno, no que respeita às cotas da superfície final do terreno).

3.4.6 TRANSPORTE DE TERRAS

As terras de escavação não utilizadas nos aterros ou os volumes de terras impróprios, de entulho e de lixo devem ser

removidos para vazadouro externo. Salvo qualquer referência especificada, não será devido nenhum pagamento adicional

ao empreiteiro pelo transporte de terras, provenientes de locais de empréstimo, cujo custo se considera incluído nos

preços respeitantes ao capítulo de movimento de terras.

3.5 ARGAMASSAS

As dosagens e composição serão as indicadas no projecto, no capítulo “NATUREZA E QUALIDADE DOS MATERIAIS”, ou

cumprirão as especificações técnicas regulamentares para obras do mesmo género. Serão de fabricação mecânica e a

quantidade de água a empregar será fixada de acordo com as aplicações, mas sempre sujeita às indicações da

fiscalização. Cada amassadura deverá ser feita só em quantidades suficientes para a sua aplicação total e imediata. A

granulometria das areias será estabelecida de acordo com a fiscalização e consoante a natureza dos trabalhos.

3.6 BETÕES

Os betões simples serão fabricados por meios mecânicos e, no seu fabrico, adoptar-se-ão os processos necessários e

convenientes para que a massa seja o mais homogénea possível, devendo a quantidade de água ser a estritamente

necessária para se obter uma massa de maleabilidade adequada às características das peças a betonar.

As características dos elementos que entram na composição dos betões devem cumprir o estipulado no REBAP, de forma

a garantir elevada qualidade do produto final.

As classes de betões a utilizar serão as especificadas nos respectivos desenhos de pormenor ou no capítulo “Natureza e

Qualidade dos Materiais”, satisfazendo as normas de REBAP que lhe concernem.

As armaduras a empregar no betão armado serão colocadas conforme os desenhos indicam. As armaduras serão

dobradas a frio com máquinas apropriadas, devendo seguir-se em tudo o preceituado no REBAP.

de diferenças posteriormente se venham a verificar, mesmo que isso obrigue a demolir trabalho já executado.

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3.6.1 FUNDAÇÕES

O enchimento dos caboucos e a execução de fundações de tipo especial será feito pela forma e com o emprego dos

materiais fixados no projecto e conforme especificações dos betões deste caderno de Encargos.

Na sua execução, o empreiteiro deverá prever a realização dos trabalhos inerentes a essas funções, bem como a travessia

de canalizações e cabos que porventura existam, tornando-se responsável por danos que lhe ocasione.

3.7 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES

3.7.1 CAIXA DE BASE DE PAVIMENTOS

Em todos os pavimentos, a caixa de base, aberta à profundidade indicada em projecto, deverá ser compactada fortemente,

(numa espessura de 0,10m a 95% de compactação “AASHO modificado”) por rolagem e batimento após humedecimento,

até que uma marca de pegada não exceda em profundidade 1mm.

Os materiais de enchimento deverão cumprir o estabelecido em projecto quanto a espessura de aplicação e granulometria

média, devendo cada camada ser solidamente compactada. Quando a dimensão da camada exceder os 10 cm a

compactação será feita por duas vezes, em camadas de espessura igual a metade da espessura final.

Nas zonas em que o terreno se deforma por efeito do cilindramento, o empreiteiro deverá lançar sobre o fundo da caixa

uma camada de detritos de pedreira ou areia, segundo as indicações da Fiscalização, depois do que se cilindrará

novamente até se obter a estabilidade necessária.

3.7.2 SANEAMENTO DO LEITO

Sempre que, depois de estabelecido o leito do pavimento, após os movimentos de terras e respectivas compactações e

regularizações, se observe que este não se apresenta convenientemente estabilizado devido à existência de manchas de

maus solos que possam comprometer a conservação do pavimento, deverão os mesmos ser removidos na extensão e

profundidades necessárias e substituídos por solos com características de sub-base, suficientemente compactados de

modo a não permitirem o armazenamento de águas e de forma a ser dada continuidade à capacidade de suporte dos

terrenos de fundação.

3.7.3 BASE DE PAVIMENTOS

3.7.3.1 ESPESSURA DA BASE

A espessura total da base deverá respeitar o estipulado nos pormenores de construção.

3.7.3.2 BASE DE GRANULOMETRIA EXTENSA

Após a preparação do leito dos pavimentos, nas condições descritas nos artigos anteriores, proceder-se-á ao

espalhamento do agregado, cuja camada depois de concluída deverá obedecer às seguintes características: índice

máximo de vazio de 15%; a superfície deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material solto, não

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podendo em qualquer ponto apresentar diferenças superiores a 0.0015 m em relação aos perfis longitudinais e

transversais estabelecidos.

No processo construtivo deve observar-se o seguinte: no espalhamento do agregado deve utilizar-se uma motoniveladora

ou outro equipamento similar, de modo a que a superfície da camada se mantenha aproximadamente com a forma

definitiva.

O espalhamento deve ser feito regularmente e de forma a evitar-se a segregação dos materiais, não sendo permitidas

bolsadas de material fino ou grosso. Será feita, em princípio, a prévia humidificação dos agregados na central de produção,

de forma a que a segregação no transporte e espalhamento seja reduzida. Se na operação de compactação o agregado

não tiver a humidade necessária (cerca de 4.5%), terá que se aplicar uma distribuição uniforme de água: se durante o

espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de marca imprópria que não possa ser facilmente

eliminada por cilindramento, deve proceder-se à escarificação e homogeneização da camada, e consequente

regularização da superfície; se a camada assim constituída ficar sujeita ao trânsito, mesmo que seja só de veículos de

serviço, deverá ser ligeiramente ensaibrada e depois concluída com saibro de boa qualidade, para evitar a desagregação.

3.7.3.3 PIQUETAGEM

A implantação dos pavimentos será efectuada com o auxílio de estacas cotadas, que definam correctamente os contornos

e as cotas do projecto

Qualquer anomalia detectada pelo empreiteiro devida a incorrecção do projecto deverá ser participada por escrito à

Fiscalização, antes do início dos trabalhos.

3.7.4 MURO EM ALVENARIA DE BETÃO

São previstos muros à entrada da parcela. O muro será executado de forma a cumprir o indicado no respectivo desenho de

pormenor. A classe de betão para o muro e respectiva fundação será a indicada no respectivo desenho de pormenor.

Entre as cotas de topo indicadas no desenho de implantação, o topo do muro deverá ter um declive uniforme, bem como

entre a última cota de topo indicada e o fim do muro. Quando o muro morre no lancil, deve diminuir de altura

uniformemente até atingir a altura do lancil.

3.8 PAVIMENTOS E TRANSIÇÕES

3.8.1 TRANSIÇÃO EM MADEIRA

As tabuas poderão ser cortadas em obra, devendo neste caso ficar com 0.25m de comprimento. À excepçãp de

zonas curvas onde deverão apresentar um comprimento que permita a concretização desta forma. As tabuas

serão assentes numa sapata de betão simples. Devem ser respeitadas as cotas definidas no plano de

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pormenores, de modo a que esta transição fique 0.05m sobrelevada em relação à cota do terreno relvado

adjacente.

3.9 REDE DE REGA

A rede de rega será instalada de acordo com o respectivo projecto, embora sujeita às correcções necessárias para adaptação

da mesma ao terreno de acordo com as indicações da Fiscalização. A localização exacta de tubagens e outras estruturas

existentes no subsolo e não assinaladas no projecto deverão ser verificadas pelo empreiteiro, sendo da sua responsabilidade

os eventuais danos que venham a verificar-se nas mesmas.

3.9.1 PIQUETAGEM

Antes da abertura das valas o empreiteiro deverá identificar com estacas todos os locais de implantação de válvulas, peças de

rega, mudanças de direcção das tubagens, etc., que deverão ser verificadas e aprovadas pela Fiscalização antes da colocação

de quaisquer materiais de rega.

3.9.2 VALAS

As valas podem ser abertas manual ou mecanicamente e terão 0.60 m de profundidade e 0.40 a 0.60 m de largura. Quando na

abertura da vala se encontrem zonas rochosas ou lodosas a vala terá uma profundidade acrescida de 0.20 m sendo esta

profundidade excedente preenchida com areia.

A colocação da tubagem será feita no fundo da vala depois de regularizada, não podendo a profundidade da tubagem ser

inferior a 40 cm medida do extradorso à superfície do terreno modelado. O fundo da vala deve ser regular e isento de pedras,

caso contrário deverá ser coberto com uma camada de 5 cm de areia de rio, isenta de pedras e detritos, antes do assentamento

da tubagem.

Depois de colocada a tubagem o tapamento das valas deve ser feito em duas camadas: uma primeira até 15 cm acima da

geratriz superior da tubagem, com areia de rio isenta de pedras e detritos, que deverá ser compactada manualmente dos lados

do tubo; a segunda camada de enchimento será feita com terra, que poderá ser proveniente da escavação da vala, mas isenta

de pedras, a que se seguirá uma compactação manual ou mecânica.

Nos casos em que as valas se localizem em zonas pavimentadas com eventual circulação de veículos deverão ser feitas a 0,90

m de profundidade e após a sua abertura, deverá proceder-se à instalação de uma bainha em tubo de PVC de 90 mm, dentro

da qual passará o tubo de rega. Depois de assente a tubagem a vala será refechada com um massame de betão pobre,

procedendo-se, seguidamente ao enchimento da vala e posteriormente à aplicação do pavimento. O tapamento das valas só

será efectuado após inspecção por parte da Fiscalização.

3.9.3 TUBAGENS

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As tubagens obedecerão ao projecto no que respeita aos diâmetros, localizações e ainda às condições indicadas nestas

especificações técnicas e incluirão todos os acessórios necessários. As tubagens a enterrar deverão ser localizadas

preferencialmente no interior das zonas verdes.

No atravessamento de áreas pavimentadas com eventual trânsito de veículos não deverão ser utilizados acessórios de ligação.

Os tubos gotejadores deverão ser implantados de acordo com as especificações do fabricante.

3.9.4 IMPLANTAÇÃO

O sistema de rega deve ser implantado utilizando os tubos gotejadores, válvulas, tubos e acessórios nas dimensões e tipos

indicados no projecto. O empreiteiro deverá garantir a operacionalidade do sistema de rega, sendo da sua responsabilidade a

verificação de que o sistema de rega distribui satisfatoriamente água nas áreas a regar. Se se verificarem desvios ou falhas no

sistema e o empreiteiro não as assinalar antes da instalação, obrigar-se-á a efectuar as necessárias correcções à sua custa.

O empreiteiro deverá colocar estacas em todos os locais de implantação das válvulas, dispositivos de rega e nos extremos dos

percursos dos tubos, antes da abertura das valas. As valas deverão ser abertas após a verificação dessas localizações pela

Fiscalização.

As caixas de protecção das válvulas e electroválvulas ficarão localizadas nos canteiros e serão assentes sobre uma camada de

brita de 0.025 m com uma espessura mínima de 0.10 m, de forma a garantir-se a drenagem das mesmas. O limite superior das

caixas deverá ficar 0.01 m acima do nível do solo, de modo a evitar que as águas de escorrência superficial drenem para dentro

delas.

3.9.5 PROGRAMADOR, CABOS ELÉCTRICOS E LIGAÇÃO À REDE GERAL

Serão efectuados dois tipos de ligações eléctricas, uma entre o programador e as electroválvulas, e outra comum a todas elas.

As ligações eléctricas deverão ver assegurada a sua estanquicidade através da colocação de conectores de resina à prova de

água.

Os cabos eléctricos deverão ser enterrados directamente na vala ao lado da tubagem de condução na terra e encamisados em

tubo de P.E.B.D. quando o revestimento for pavimento.

As ligações à rede geral deverão contemplar uma caixa de protecção para o contador, ao nível do solo. A caixa deverá ter

dimensões interiores de 1.00 x 0.60 x 0.80 m. Nesta caixa ficarão localizados a válvula de macho esférico em bronze ou latão,

para isolamento do sistema em caso de avaria e uma válvula anti-retorno.

3.9.6 PROVAS DE ENSAIO

Todas as canalizações, antes de entrarem em serviço, serão sujeitas a uma prova de ensaio, na presença da Fiscalização, para

detectar quaisquer fugas porventura existentes. Essa prova consistirá no enchimento da tubagem, por ligação à rede geral e na

observação de todos os acessórios de ligação, para verificação da sua estanquicidade, à pressão da rede geral. Todas as

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fugas de água porventura existentes serão corrigidas de imediato, só podendo ser feito o tapamento das valas depois de novo

ensaio.

3.10 MOBILIZAÇÕES

Deve o empreiteiro remover toda a terra sobrante ou colocar a terra própria necessária, de modo a serem respeitadas as cotas

de modelação expressas no projecto ou indicadas no decorrer dos trabalhos.

Nos locais de mobilização mínima, os trabalhos de mobilização deverão visar conseguir uma boa cama para a semente,

podendo-se utilizar para o efeito uma gradagem ou operação equivalente, de acordo com o tipo de máquinas de que disponha

o empreiteiro.

Nos locais a proceder a uma simples regularização, pretende-se conseguir uma superfície regular mais rugosa, que constitua

boa cama para a semente, e que será conseguida por ancinhagem ou outra técnica equivalente indicada pelo empreiteiro.

3.11 ZONAS VERDES – PREPARAÇÃO DO TERRENO

3.11.1 MODELAÇÃO

Antes de se iniciarem os trabalhos de preparação propriamente dita do terreno, deverá este ser colocado às cotas definitivas do

projecto ou, na falta destas, fazer a concordância da superfície do terreno com as obras de cota fixa do projecto, tais como

lancis, pavimentos, lajes, caixas de visita, soleiras de portas, muros, muretes, etc..

Todas as superfícies planas devem ser modeladas de modo a ficarem com uma inclinação mínima de 1% para permitir o

escorrimento superficial das águas da chuva ou da rega em excesso. Os trabalhos de modelação nunca deverão ser feitos em

terreno enlameado, gelado ou coberto de geada.

As cotas provisórias a dar aos aterros são tais que após os assentamentos se atinjam as cotas fixadas com tolerâncias

aceitáveis.

3.11.2 MOBILIZAÇÃO

Após a modelação do terreno, terá lugar uma gradagem ou recava até 0.15 m de profundidade, para destorroamento e melhor

preparação do terreno para as operações seguintes.

3.11.3 DESPEDREGA OU RETIRADA DE RESTOS DE OBRA

Sempre que esta operação se torne necessária, ela atingirá os 0.15 m superficiais e consistirá numa recava manual com

escolha e retirada de todas as pedras e materiais estranhos ao trabalho, com dimensões superiores a 0.05 m.

3.11.4 ESPALHAMENTO DE TERRA VIVA

A terra viva será espalhada manual ou mecanicamente em camada uniforme, cuja espessura será cerca de 20% superior à

espessura final da camada para efeito de compactação.

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3.11.5 REGULARIZAÇÃO PREVIA

Esta operação consiste na regularização do terreno às cotas definitivas antes do espalhamento de fertilizantes e correctivos,

para evitar grandes deslocações de terra depois da aplicação destes. Pode ser feita manual ou mecanicamente, mas sempre

com o cuidado necessário para atingir o objectivo pretendido.

3.11.6 ABERTURA DE COVAS

A abertura de covas põe-se apenas para o caso das árvores, visto as operações de preparação do terreno preconizadas serem

suficientes para permitirem um normal desenvolvimento do sistema radicular da maioria dos arbustos. Deste modo, depois da

marcação correcta dos locais de plantação das árvores, de acordo com o respectivo plano, que será materializado por mestras

que deverão ser conservadas até ao fim da obra, a fiscalização procederá à verificação desses trabalhos, ficando, no entanto,

bem expresso que, em caso algum, o empreiteiro se poderá eximir à reconstrução de trabalhos mal executados, por ausência

desta verificação.

3.11.7 COMPOSTO DE PLANTAÇÃO

3.11.7.1 ARMAZENAMENTO

Os compostos deverão ser armazenados em separado pelas suas características de composição e devidamente identificados.

Serão depositados em pargas sobre superfícies limpas e regularizadas, não sujeitas a encharcamento e erosão e, não deverão

exceder uma altura de aproximadamente 2 m.

Os compostos não serão compactados e será evitada a circulação de viaturas sobre as pargas. Para armazenamento durante

períodos mais longos, a superfície deverá ser semeada com gramíneas de crescimento rápido (10 g/m2).

Os compostos que tenham sido compactados durante o processo de armazenamento, deverão ser descompactados antes de

serem transportados para utilização. Se for necessário construir pargas com altura superior a 2 m, o solo, ao ser utilizado,

deverá ser melhorado com introdução de húmus e fertilizante mineral, para reactivar a estrutura do mesmo.

3.11.7.2 APLICAÇÃO

As covas para plantação de árvores serão cheias em geral com um volume de 1 m3 (incluindo o torrão), salvo as excepções

definidas em projecto. O composto será misturado com a camada de solo em contacto, procedendo-se se necessário à

escarificação, gradagem ou outra lavoura de superfícies.

3.11.7.3 DRENAGEM

Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras, floreiras ou qualquer outra plantação, implantados em zonas de solo pouco

permeável, serão devidamente drenados, tendo para o efeito o tratamento e descaimento necessários.

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3.11.8 FERTILIZAÇÃO

3.11.8.1 GERAL

A fertilização geral do terreno será feita à razão de 0.02 m3 de estrume ou 10 Kg de Ferthumus por m2, acrescido de 0.1 Kg de

adubo composto em qualquer das modalidades anteriores. Os fertilizantes serão espalhados uniformemente à superfície do

terreno e incorporados neste por meio de fresagem ou cava.

3.11.9 DRENAGEM

Todos os espaços verdes, incluindo caldeiras, floreiras ou qualquer outra plantação, implantados em zonas de solo pouco

permeável, serão devidamente drenados, tendo para o efeito o tratamento e descaimento necessários.

Nas caldeiras o sistema de drenagem é constituído por valas com a largura de 0.4 m e a profundidade mínima de 1.2 m, tendo

o fundo das mesmas o declive mínimo de 2% por forma a garantir o escoamento das águas de infiltração (para a rede de

esgotos, poço absorvente ou linha de água).

3.12 ZONAS VERDES – PLANTAÇÕES

Em todas as plantações o empreiteiro deverá respeitar escrupulosamente os respectivos planos, não sendo permitidas

quaisquer substituições de espécies sem prévia autorização escrita da fiscalização.

Os trabalhos de plantação não deverão iniciar-se antes de estarem terminados todos os trabalhos de infraestruturas,

modelação do terreno ou pavimentação, na sua totalidade ou em parte, a eles directamente relacionados. Os trabalhos deverão

decorrer em condições atmosféricas favoráveis, sem excesso de calor ou frio.

Quando o terreno se apresentar seco e sobretudo em tempo quente, deverá fazer-se uma rega antes da plantação e

esperar o tempo suficiente para que o terreno esteja com boa sazão. Deverá ser feita uma cava geral do terreno com a

profundidade média de 0.20 cm, sempre que o terreno esteja compacto.

O material vegetal envasado, será plantado no mesmo dia em que tenha sido retirado do contentor. A fertilização deverá

ser na razão de 2 m3 de estrume por cada 100 m2 de terreno a plantar, salvo indicações em contrário. Deverá ser

assegurada uma drenagem eficiente das superfícies a plantar.

O material vegetal recém plantado será regado a partir do sistema de rega previamente implantado, ou a partir de sistema

provisório de acordo com as circunstâncias práticas da obra.

Será feita a piquetagem dos planos de plantação, apenas se podendo iniciar os trabalhos de cava geral, após aprovação

da piquetagem pela fiscalização

Caso seja necessário a utilização de cabos ou cintas para fixação do exemplar durante o transporte e plantação, o tronco

deverá ser protegido nos pontos de contacto por tiras de lona, borracha ou outro material adequado. Os cabos ou cintas

deverão ser utilizados sempre que se verifique ser necessário manter a estabilidade do exemplar.

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3.12.1 Árvores

Depois das covas cheias e devidamente compactadas, abrem-se pequenas covas de plantação, à medida do torrão ou do

sistema radicular no caso da plantação em raiz nua, em posição central relativamente à caldeira.

Os tutores serão aplicados e cravados no terreno natural, bem fixos e a prumo, numa posição quase central na caldeira,

aquando do enchimento da cova com a terra fertilizada.

Seguir-se-á a plantação propriamente dita, havendo o cuidado de deixar a parte superior do torrão, no caso de plantas

envasadas, ou o colo das plantas, quando estas são de raiz nua, à superfície do terreno, para evitar problemas de asfixia

radicular.

A árvore será colocada no centro da cova previamente cheia com a quantidade de composto tal que permita o

posicionamento em altura correcta, na posição vertical, suspensa pelo torrão e nunca pela parte aérea, a não ser que

possua raiz nua, devendo ser suspensa pelo tronco ou pernadas principais. As covas que possuem sistema de drenagem,

camadas drenantes ou outras infraestruturas, deverão ter realizado todos os trabalhos antes de se iniciar a plantação. As

paredes da cova serão verticais e o fundo plano ou ligeiramente inclinado. Caso se verifique vitrificação das paredes

laterais das covas, devido ao processo de escavação ou ao tipo de solo, as paredes e o fundo deverão ser ligeiramente

escarificados para romper a camada superficial.

Será utilizado o composto de plantação especificado para o enchimento da cova. O enchimento será feito cuidadosamente

de forma a comprimir, mas nunca a compactar, o torrão ou a massa radicular e a evitar a formação de bolsas de ar. Se

existirem drenos verticais, estes deverão ser colocados à medida que se procede ao enchimento.

As plantas serão colocadas a uma profundidade tal que após o enchimento e rega da cova o colo, se situa à cota prevista

no projecto em relação às superfícies próximas. Caso se verifique uma diferença altimétrica superior a 5 cm em caldeira ou

10 cm em canteiro ou talhão, a planta deverá ser reposicionada.

Imediatamente após o enchimento da cova proceder-se-á a uma rega por alagamento de forma a saturar o solo em toda a

área da cova, sendo acrescentado composto na quantidade necessária para repor a altura final.

Depois da primeira rega, deverá ligar-se a planta ao tutor, tendo o cuidado de proteger o sítio da ligadura com papel,

serapilheira ou qualquer outro material apropriado para evitar ferimentos.

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3.12.2 Arbustos

Depois da plantação das árvores deverá fazer-se a marcação e abertura das covas de plantação para os arbustos,

havendo o cuidado de proteger as posições relativas dos vários agrupamentos, não só entre si como em relação ás

árvores.

As covas de plantação deverão ser proporcionais à dimensão do torrão ou do sistema radicular da planta, seguindo-se

todos os cuidados indicados para a plantação das árvores, no que respeita à profundidade de plantação das árvores,

primeira rega e tutoragem.

3.12.3 Herbáceas

Depois da plantação das árvores e arbustos deverá seguir-se a regularização definitiva do terreno, feita a ancinho, para

retirar os torrões e pequenas pedras que porventura ainda existam. No caso do terreno se apresentar muito compactado,

deverá ter lugar uma mobilização superficial antes da ancinhagem.

Depois da correcta marcação das manchas de plantação das diversas espécies, na qual existirá o cuidado de manter as

posições relativas destas com as árvores e arbustos, terá lugar a plantação propriamente dita, ficando as plantas dispostas

em triângulos equiláteros, com 0.15m a 0.30m de lado, conforme as espécies a empregar, as indicações do projecto e o

parecer da fiscalização.

No que respeita à profundidade da plantação, factor determinante para o êxito da operação, devem ser tomados os

cuidados e exigências de cada espécie.

Terminada a plantação seguir-se-á a primeira rega, com a água bem pulverizada e bem distribuída. Quando o terreno se

apresentar seco e sobretudo em tempo quente, deverá fazer-se uma rega antes da plantação e esperar o tempo suficiente

para que o terreno esteja com a sazão adequada.

3.13 ÉPOCA DE REALIZAÇÃO

Os trabalhos de modelação e preparação de terreno deverão ser feitos na Primavera e Verão, de modo a que as

plantações possam ser efectuadas durante o Outono, logo no início das primeiras chuvas.

O período de plantação, salvo indicações específicas em contrário, será de Outubro a Abril, desde que não se observem

quaisquer sinais de actividade vegetativa nos exemplares a plantar.

Os trabalhos relativos aos taludes deverão ser executados de modo a que os taludes não estejam excessivamente

expostos aos agentes erosivos, sem a aplicação de revestimento vegetal, situação que porá em causa a estabilização dos

mesmos.

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3.14 MANUTENÇÃO DAS ZONAS VERDES

Após os trabalhos de plantação e sementeiras, o empreiteiro solicitará inspecção da fiscalização, para accionar a recepção

provisória, após a qual se inicia o período de garantia, sendo a manutenção do material vegetal da responsabilidade do

empreiteiro.

No momento da inspecção, todos os exemplares em avaliação deverão estar em perfeitas condições vegetativas e

sanitárias como condição de recepção. A conservação prolonga-se por um período de 1 ano após entrega provisória dos

trabalhos. Durante este prazo de garantia serão realizados os trabalhos que a seguir se discriminam.

3.14.1 LIMPEZA

O lixo acumulado sobre todas as zonas deverá ser retirado regularmente pelo empreiteiro.

3.14.2 REGA DAS ZONAS AJARDINADAS

A operação de rega será efectuada sempre que o grau de humidade do solo não for suficiente para assegurar a vida e o

normal desenvolvimento das plantas. A distribuição de água de rega será feita por aspersão ou com mangueiras, de

acordo como sistema de rega.

Em casos de eventual penúria de água deverão efectuar-se regas localizadas em caldeira, na Primavera e Verão, com

cerca de 15 dias de intervalo, conforme as necessidades do tempo. A dotação de água deverá ser de aproximadamente de

25 L/ árvore. Nestas situações eventuais, as caldeiras, abertas no começo da Primavera, manter-se-ão cobertas com

casca de pinheiro para melhor conservar a humidade.

3.14.2.1 ARBUSTOS E HERBÁCEAS

Far-se-ão duas adubações de cobertura com adubo composto, doseando 150 g/m2 a ter lugar no início da Primavera e do

Outono. Após a monda e sacha do terreno, a incorporação do adubo far-se-á por distribuição superficial com rega

imediatamente posterior.

3.14.2.2 ÁRVORES

Far-se-ão duas fertilizações anuais: uma orgânica, com composto orgânico em Fevereiro, à razão de 1,5 Kg / caldeira, e

outra química após mês e meio a dois meses (Março / Abril), com adubo composto, à razão de 1 Kg / caldeira.

3.14.3 MONDA

As zonas arbustivas deverão ser periodicamente mondadas sobretudo durante a Primavera e Outono. A operação de

monda é feita à mão ou com um sacho e consiste na eliminação de toda e qualquer erva daninha, de forma a evitar a

concorrência com as plantas cultivadas.

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3.14.3.1 LIMPEZA DE ZONAS ARBORIZADAS

O coberto que se desenvolve sob o revestimento arbóreo, tipo bosque, deve ser limpo e eliminado pelo menos duas vezes

por ano, no Outono e na Primavera.

3.14.4 PODA

Em caso algum será permitido o corte da guia terminal das árvores, assim como não será aceite o corte das ramagens

inferiores. O arvoredo deverá manter-se com as suas formas naturais.

Debaixo da orientação da fiscalização, durante o período de repouso vegetativo, serão suprimidos os ramos que ameacem

desequilibrar o normal desenvolvimento da planta, de modo a manter-se a sua silhueta natural. Exceptuando a operação

anteriormente descrita que dependerá da fiscalização, será proibido qualquer corte no arvoredo, a não ser de ramos secos

e restos de ramos secos, ou anteriormente quebrados.

Relativamente a arbustos, deverá o empreiteiro executar limpezas de ramos secos ou doentes, e de ramos com

crescimento desproporcional com o fim de conduzir o exemplar segundo a sua forma natural, e fazer a manutenção das

sebes existentes. Os arbustos de flor deverão ser podados de acordo com a sua natureza e especificidade, no sentido de

produzirem floração mais intensa e vistosa. Nunca sem o consentimento da fiscalização, o empreiteiro tomará iniciativas de

condução de arbustos sob uma forma artificial, quer seja para formação de sebes, quer seja para aproximação a formas

arbóreas, com risco de incorrer em penalidades. Dependendo da natureza das herbáceas, pode ser necessário aparar, e

condicionar crescimento desmesurado, ou intensificar a floração daquelas. Sempre que tal se verificar, deve o empreiteiro

informar a fiscalização das suas intenções.

3.14.5 TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS

Sempre que se tornem necessários, o empreiteiro dará conhecimento da existência do problema e do tratamento proposto

para o solucionar, que será sujeito à avaliação e aprovação pela fiscalização.

3.14.6 RETANCHAS E SUBSTITUIÇÕES

As plantas instaladas por plantação que se apresentem em más condições serão substituídas por outras equivalentes, na

época apropriada, para garantir as densidades e localizações adequadas e se mantenham os planos de plantação

originais.

Se tiver passado cerca de um ano após a plantação inicial, dever-se-á efectuar uma fertilização nos mesmos moldes e

quantidades preconizadas para a plantação. A plantação das diferentes tipos vegetais far-se-á do modo anteriormente

indicado, no item “ Zonas Verdes - Plantações”

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3.14.7 TUTORAGEM

Serão colocados ou substituídos os tutores que se mostrem necessários ao bom desenvolvimento da vegetação instalada.

Os novos tutores serão cravados junto ao caule, de modo a não afectar as raízes, devendo ficar a prumo e bem fixos,

tendo o cuidado de não ferir a planta na amarração.

3.14.8 DESBASTE

Efectuar-se-ão os desbastes necessários da vegetação arbóreo-arbustiva, de modo a que o seu desenvolvimento futuro

corresponda às densidades do projecto.

3.15 TRABALHOS NÃO ESPECIFICADOS

Todos os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos deverão ser executados de forma a cumprir o indicado

nos desenhos de projecto e de acordo com as instruções das “Cláusulas Técnicas Gerais” em vigor.

Em caso de omissão nas “Cláusulas Técnicas Gerais” seguir-se-ão as instruções do fabricante ou da fiscalização, tendo

sempre em atenção as indicações dos desenhos de projecto.

3.16 GARANTIA

Até à recepção provisória, o empreiteiro deverá apresentar um programa de manutenção do material vegetal, de forma a

garantir a sua qualidade. Serão combinadas reuniões periódicas entre o empreiteiro e a fiscalização, para acompanhar a

manutenção ao longo deste período.

Durante o prazo de 1 ano a partir da recepção provisória - o empreiteiro será responsável pela manutenção e conservação

do material vegetal. Essa responsabilidade inclui todas as operações necessárias para o manter boas condições

vegetativas e sanitárias, tais como: rega, retancha, cortes, mondas, fertilizações, podas de formação, tratamento de feridas

ou danos, tutoragem, ancoragem ou outras formas de estabilização biomecânica dos exemplares plantados, assim como

outras operações que se venham a mostrar necessárias de acordo com as indicações da fiscalização, não podendo negar-

se aos trabalhos a isso referentes, sem o que estará sujeito à aplicação de penalidades que a fiscalização determinar bem

como à retenção das garantias bancárias.

A vistoria para efeitos da recepção definitiva terá lugar após inspecção no final do período de garantia, feita pela

fiscalização a pedido do empreiteiro.

Se nesta vistoria a fiscalização considerar que o material vegetal não se encontra em boas condições por causas

exclusivamente imputáveis ás responsabilidades do empreiteiro, deverá este, ás suas custas, proceder a novas

ressementeiras na época de sementeira seguinte ou em altura mais conveniente se tal for o parecer de fiscalização e

proceder à substituição do material vegetal em más condições havendo lugar à estipulação por parte da fiscalização de

novo período de manutenção e posterior vistoria.