indicador de desempenho do setor turistico de s.luis

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PREFEITURA DE SO LUS Joo Castelo Ribeiro Gonalves Prefeito

SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO Liviomar Macatro Pires Costa Secretrio Henrique Jos Fiquene Couto Secretrio Adjunto

EQUIPE DE PRODUO COORDENAO DE ANLISE MERCADOLGICA Giselle Aranha de Carvalho Heluy Coordenadora TCNICOS Carlos Augusto Fontenele e Vasconcelos Noraney Ferreira Ana Beatriz Gonalves Ferreira Maria Teresa da Silveira Portela Lvia Maria Almeida Rocha Antnio Jos Duailibe Maro Myriam Augusta Guterres Baptista Joquebede Veiga Machado Mendes Elivaldo de Jesus Souza

REVISO ORTAGRFICA Jos Maria de Jesus e Silva

PROJETO GRFICO/LAYOUT Clara Comunicao

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Palavra do PrefeitoA Prefeitura de So Lus oferece ao domnio do conhecimento pblico o presente documento, intitulado Indicadores de Desempenho do Setor Turstico de So Lus 2008/2009. Tem ele o efeito polivalente de um prisma, que refrata, em diferentes nuances cromticas, a riqueza natural e cultural deste Municpio, e, principalmente, desta cidade que, em quase 400 anos de histria, construiu um rico acervo arquitetnico que a fez merecedora do honroso ttulo de Patrimnio Cultural da Humanidade. Oferece tambm, com a credibilidade e preciso das fontes de pesquisa, valiosos indicadores do potencial turstico do Municpio de So Lus, cujas caractersticas principais esto retratadas no esprito acolhedor de sua populao; na infraestrutura social dos equipamentos urbanos; na rede de bares, restaurantes, agncias bancrias e estabelecimentos hoteleiros; nos espaos culturais e de lazer e nos meios de transporte que facilitam o fluxo de entrada e sada da cidade. Como seu prprio nome sugere, este documento um indicador de oportunidades de investimento para aqueles que vem no turismo uma tima opo de transformar poupanas em empreendimentos altamente produtivos. Tambm para aqueles que buscam, e aqui encontraro, um local ideal de lazer e de enriquecimento cultural, em contato com a diversidade tnica de um povo cujo esprito e modus vivendi refletem a herana histrica dos seus ancestrais e colonizadores o ndio, o negro e o europeu, este, com especial destaque dos franceses e portugueses. Por isso, Indicadores de Desempenho do Setor Turstico de So Lus 2008/2009 uma janela para o passado desta cidade, uma porta de entrada para o seu presente e uma via de acesso para o seu futuro.

Joo Castelo Ribeiro Gonalves Prefeito de So Lus

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Palavra do SecretrioNos ltimos anos, o Turismo em So Lus e no Maranho ganhou novo impulso, em razo da conscientizao dos setores envolvidos e da classe poltica quanto importncia do setor para o Estado. Ainda temos muito a conquistar para o maior aproveitamento das riquezas naturais e culturais de nossa cidade. Queremos fazer do Turismo a principal atividade econmica de So Lus, gerando empregos e aumentando a arrecadao do municpio. Na busca por este objetivo, a colaborao da iniciativa privada essencial para capilarizar os benefcios diretos, indiretos e induzidos que o setor proporcionar localidade. O Documento Indicadores de Desempenho do Setor Turstico de So Lus uma contribuio aos investidores, que ir propiciar uma melhor compreenso dos desafios e necessidades do Turismo na cidade. Para sua elaborao, contou-se com informaes de profissionais, empresas, rgos pblicos nas instncias Federal, Estadual e Municipal e, principalmente, de tcnicos da Secretaria Municipal de Turismo, que se dedicaram intensamente pesquisa direta e coleta de informaes junto a outras fontes, numa compilao de dados nunca antes realizada no municpio. O trabalho expe uma viso global do segmento turstico, servindo de base para um melhor entrosamento entre os setores e incentivando aes planejadas e mais eficientes, contribuindo assim, para a profissionalizao das pessoas envolvidas na atividade turstica e para a obteno de vantagem competitiva para So Lus, como destino turstico. Portanto, este documento contribuir efetivamente para tornar o Turismo de So Lus uma atividade constante e lucrativa, com menor margem de erros nos investimentos, a partir do conhecimento das tendncias do mercado, baseado nos dados estatsticos e informaes explanadas. Parabns a todos que contriburam na elaborao deste trabalho, enriquecendo-o com seu conhecimento, capacidade, experincia e competncia.

Liviomar Macatro Secretrio Municipal de Turismo

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SumrioApresentao ...................................................................................................................................................................... 11 1. So Lus: um breve histrico ................................................................................................................................... 13 2. So Lus: oportunidades de investimento ...................................................................................................... 15 3. Investimentos para o Turismo em So Lus .................................................................................................... 17 4. Caractersticas Gerais .................................................................................................................................................. 18 5. Aspectos Demogrficos ............................................................................................................................................ 19 6. Infraestrutura ................................................................................................................................................................... 20 Paisagismo . ............................................................................................................................................................ 20 Limpeza Urbana .................................................................................................................................................. 20 Transportes ............................................................................................................................................................ 21 Sade ......................................................................................................................................................................... 22 Sistema Educacional ......................................................................................................................................... 23 Graduaes em Turismo ................................................................................................................................... 25 Segurana Pblica ............................................................................................................................................. 26 Abastecimento de gua/rede de esgoto ............................................................................................. 29 Abastecimento de energia eltrica ......................................................................................................... 30 Telecomunicaes, radiodifuso, televiso e jornais .................................................................... 31 7. Oferta Turstica ................................................................................................................................................................ 32 Informaes Tursticas ..................................................................................................................................... 32 Agncias de Viagem ......................................................................................................................................... 33 Casas de Cmbio ................................................................................................................................................ 33 Turismo de Eventos e Negcios .................................................................................................................. 34 Locadoras de Veculos ..................................................................................................................................... 36 Estabelecimentos de alimentos e bebidas ......................................................................................... 36 Artesanato .............................................................................................................................................................. 36 Espao para a prtica de esporte, lazer e cultura ............................................................................ 37 Espaos Culturais ................................................................................................................................................ 38 Atrativos Tursticos Naturais ......................................................................................................................... 38 Atrativos Tursticos Histrico-Culturais .................................................................................................. 39 8. Vias de acesso ................................................................................................................................................................... 45 9. Caractersticas da demanda turstica ................................................................................................................ 47

1010. Calendrio dos tradicionais eventos da cidade ........................................................................................ 51 11. Aspectos econmicos do Maranho e de So Lus ................................................................................. 52 PIB do Maranho ................................................................................................................................................. 52 PIB de So Lus ..................................................................................................................................................... 53 Evoluo da arrecadao do Municpio de So Lus ..................................................................... 54 Indstrias ................................................................................................................................................................. 55 Comrcio ................................................................................................................................................................. 55 Sistema bancrio ................................................................................................................................................ 56 Linhas de Crdito para Financiamento do Setor Turstico ......................................................... 57 12. Orgos de turismo e entidades afins .............................................................................................................. 62 13. Apndice ............................................................................................................................................................................ 65 Panorama da Hotelaria em So Lus - Maranho (2005 - 2009) .............................................. 67 1. Apresentao ..................................................................................................................................................................... 69 2. Meios de hospedagem ................................................................................................................................................ 69 2.1. Oferta hoteleira ............................................................................................................................................. 70 2.2. Distribuio geogrfica dos meios de hospedagem ............................................................. 72 2.3. Distribuio geogrfica das unidades habitacionais (UHs) dos meios de hospedagem.................................................................................................................................................. 73 2.4. Administraes dos meios de hospedagem ............................................................................... 74 2.5. Administraes dos meios de hospedagem por UHs............................................................ 74 2.6. Taxa de ocupao hoteleira................................................................................................................... 75 2.7. Segmentao de mercado ..................................................................................................................... 76 2.8. Expanso dos meios de hospedagem ............................................................................................ 77 2.9. Espaos para eventos nos meios de hospedagem .................................................................. 77 2.10. Quantitativo de espaos para eventos ......................................................................................... 78 3.0. Concluso......................................................................................................................................................................... 79 4. Anexos ................................................................................................................................................................... 81 Anexo I - Capacidade de hospedagem e incio de funcionamento dos meios de hospedagem................................................................................................................. 83 Anexo II - Hotis associados Associao Brasileira da Indstria de Hotis ..................... 85 Anexo III - Espaos para eventos nos meios de hospedagem ...................................................86 Anexo IV - Hotis cadastrados ao cadastur .......................................................................................... 87 Fontes consultadas ........................................................................................................................................................... 88

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Apresentao evidente que a fora econmica do turismo vem promovendo o desenvolvimento e a incluso social para as diversas localidades detentoras de potencialidades, no Brasil e no mundo. Trata-se, inegavelmente, de um setor poderoso de gerao de trabalho e renda, de estmulo valorizao da cultura local, e por isso mesmo, de vital importncia para o despertar de conscincias preservacionistas e criao de inmeros benefcios geradores de qualidade de vida para as comunidades. Diante desta perspectiva, a Prefeitura de So Lus, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, vem desenvolvendo o Planejamento Estratgico do Turismo (PET), que de forma compartilhada com os mais diversos segmentos do turismo, vem delineando as diretrizes de atuao, com base em todas as dimenses da potencialidade turstica local. Ao constatar a necessidade de um conjunto de informaes capaz de direcionar a ao de empreendedores que busquem novas alternativas de investimentos, a Coordenao de Anlise Mercadolgica desta Secretaria realizou uma coleta de dados junto aos rgos Municipais, Estaduais, Federais e Particulares. Esta iniciativa redundou numa fonte de consultas para investidores, turistas e a comunidade em geral: Indicadores de Desempenho do Setor Turstico de So Lus, que agora apresentamos. Com este documento, as iniciativas na rea do Turismo na Capital podero ser bem mais efetivas. o que desejamos.

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1. So Lus Um breve histricoDesde a poca em que o Brasil foi descoberto, constantemente os franceses vinham para o litoral procura do Pau-brasil. No ano de 1594, franceses comandados por Jacques Riffault estabeleceram-se em terras maranhenses, explorando nossas riquezas e conquistando a amizade dos ndios locais. Jaques Riffault regressou Frana, deixando como administrador Charles Des Vaux, que desenvolveu um bom relacionamento com os ndios. Quando este retornou Frana, procurou obter apoio do governo francs, com o intuito de estabelecer no Maranho uma colnia francesa. Contagiado pelo entusiasmo de Des Vaux, em 1612, uma expedio francesa, composta por trs navios e comandada por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardiere, nobre muito conceituado na Frana, aportou no litoral maranhense, precisamente na ilha de Upaon-Au dos ndios Tupinambs, fundando uma colnia denominada Frana Equinocial. No dia 12 de agosto de 1612, os franceses celebraram a primeira missa em terras maranhenses, iniciando a construo do forte Saint Louis. No dia 8 de setembro do mesmo ano, chefiados por Daniel de La Touche, fundaram solenemente a cidade de So Lus, em homenagem a Lus XIII, Rei Menino da Frana. Porm, em 1614, uma expedio portuguesa, comandada por Jernimo de Albuquerque, derrotou os franceses na Batalha de Guaxenduba. Apesar da derrota, os franceses continuaram na ilha de So Lus, enquanto os portugueses ficaram no continente. Em 1615, Jernimo de Albuquerque deu incio a novas batalhas contra os franceses, que terminaram por se render. Em 1641, o territrio maranhense foi invadido novamente, desta vez pelos holandeses. Depois de trs anos de muitas lutas com emboscadas e ataques-surpresa, os holandeses tambm foram expulsos. Consequentemente, os portugueses assumem a posse da terra. Caracterizada desde sua fundao como porto fluvial e martimo, So Lus desempenhou, durante o perodo ureo da produo de algodo e de arroz (meados do sculo XVIII e sculo XIX) o papel de centro agrrio, comercial e exportador, de grande importncia para a economia nos tempos do Brasil-Colnia e do Imprio. Desde esse perodo, concepes urbanas e arquitetnicas identificam a cidade, como as ruas estreitas e aladeiradas, que desembocam em becos ou praas; as escadarias, o calamento em pedras de cantaria e os sobrados, dentre os quais se destacam aqueles com mirantes, decorados interna e externamente com azulejos policromados de origem europeia. Por conta de seus casares azulejados, So Lus ficou conhecida como Cidade dos Azulejos. A capital tambm conhecida como Atenas Brasileira, Ilha do Amor e Capital Brasileira do Reggae, em funo de suas peculiaridades, e em 2009 ainda recebeu o ttulo de Capital Brasileira da Cultura.

14Estando situada em uma ilha costeira, a cidade tambm apresenta, como aspecto que deve ser ressaltado, a diversidade de praias cercadas de morros, dunas e falsias, com guas mornas, ondas fortes e uma cor que se diferencia do resto do litoral brasileiro em funo dos rios. So quilmetros de praias, entre as quais podemos destacar: Ponta DAreia, So Marcos, Calhau, Olho Dgua e Praia da Guia, que se localizam no municpio de So Lus. Vale destacar tambm que, na zona rural da cidade, podem ser realizadas trilhas ecolgicas em reas de proteo ambiental, agregando valor ecolgico a esse destino turstico. Os extensos manguezais oferecem muitos peixes, caranguejos e outros frutos do mar, largamente utilizados na marcante culinria maranhense. A ilha tem uma localizao geogrfica privilegiada, que a situa no incio da Pr-Amaznia Legal e lhe d, por isso mesmo, excepcionais condies de biodiversidade animal e vegetal. O clima tropical e semi-mido, com duas estaes bastante distintas: o vero, que se estende de julho a dezembro, tendo o calor amenizado pelas fortes brisas, e o perodo de chuvas, de janeiro a junho, quando o sol sempre d o ar de sua graa. Outro atributo da cidade ter o maior conjunto arquitetnico civil de origem portuguesa na Amrica Latina, formado por casares azulejados, sacadas e balces rendilhados em ferro batido, becos e ruas pavimentadas em pedras de cantaria. So mais de trs mil e quinhentas edificaes de valor histrico e artstico sem igual, uma das razes que lhe deu o ttulo de Patrimnio Cultural da Humanidade, concedido pela UNESCO em 1997. A convivncia, desde o incio da colonizao, de brancos, ndios e negros foi a responsvel pela formao de um precioso legado histrico e cultural, que se traduz na riqueza de manifestaes culturais e na culinria singular. Essa incrvel mistura de influncias fez da cidade um celeiro cultural, onde a diversidade de manifestaes faz com que haja um clima de festa o ano inteiro. Destacam-se o carnaval, realizado em circuitos de rua com bastante autenticidade e longa durao (comea logo aps a virada do ano); o perodo junino, com a sua grande expresso cultural que o Bumba-meu-boi e seus sotaques, o Tambor de Crioula, que em junho de 2007 foi reconhecido como Patrimnio Imaterial Brasileiro, alm de outras danas populares, brincadeiras e festas de cunho religioso. Com tantos atrativos, uma boa rede de infraestrutura e servios, energia eltrica abundante, malha rodoviria e ferroviria, dois portos de grande calado, grandes reas livres urbanas e perifricas edificveis, entre outros fatores, a capital do Maranho um excelente destino para passeios, eventos e investimentos.

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2. So Lus Oportunidades de investimentoSo Lus, capital do Estado do Maranho, fundada por franceses e colonizada por portugueses, reconhecida pela UNESCO em 1997 como Cidade Patrimnio Cultural da Humanidade vive um cenrio favorvel e aberto para o aproveitamento de grandes oportunidades de investimentos. A rea metropolitana o locus de um setor industrial dinmico com potencial de expanso, e seu porto martimo Itaqui um fator importante de desenvolvimento, dado sua localizao estratgica, profundidade e estrutura moderna. Somada a infraestrutura bsica de energia, telefonia, instituies de ensino superior, sistema multimodal de transporte para importao e exportao e com ausncia de catstrofes climticas e ssmicas, as vantagens de So Lus perpassam alm das suas j conhecidas vantagens culturais, arquitetnicas e histricas. Em 2009, a populao do municpio, segundo estimativa do IBGE, totaliza 997.098 de habitantes. Um crescimento de 13% em relao ao ano de 2000. O IBGE estima o Produto Interno Bruto (PIB) de So Lus, a preos de mercado, na ordem de R$ 9,3 bilhes, para o ano de 2005, o que equivale a 36,8% do PIB estadual. Considerando a reduzida rea rural de que dispe, o PIB local depende fortemente do desempenho dos setores industrial e de servios. Desse modo, o setor industrial responde por 23% e o setor de servios por 60%. Vrios investimentos pblicos e privados esto previstos para se instalar na capital maranhense. Na indstria, por exemplo, a instalao da Refinaria PREMIUM I da Petrobrs, em Bacabeira, distante 30 km de So Lus, ir produzir 600 mil barris por dia, o equivalente a um tero de todo o petrleo nacional atualmente produzido pela Petrobras. Nessa mesma linha, a expanso das empresas lideres locais, como a ALUMAR e a VALE, do Porto do Itaqui e da instalao da termeltrica MPX, aumentar a produo e facilitar a logstica de escoamento de matrias-primas como o minrio de ferro, alumnio e a alumina, essenciais na fabricao de diversos bens durveis e de consumo. A construo civil mais um segmento que vem ganhando destaque no setor econmico de So Lus. A instalao de grandes empresas deste setor como Cyrela, Gafisa, AGRE, dentre outras, ratificam a expanso imobiliria local. Esses e outros investimentos equivalem a mais de R$ 70 bilhes e preveem a gerao de cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos durante a execuo das obras. Alm dos investimentos privados, a municipalidade tambm tem implementado aes para estimular o aproveitamento dos recursos e potencialidades locais, criando condies favorveis para a atrao de novas empresas. Nos anos recentes identificam-se elementos-chave indispensveis consecuo de estratgias de desenvolvimento, como a parceria com diversos organismos de

16fomento, como o BIRD, BID, BNDES, CAF, dentre outros, para a implementao de obras estruturantes em saneamento, urbanismo, habitao, vias pblicas e aprimoramento de servios essenciais para a melhoria da qualidade de vida da populao, como a qualificao profissional, melhoria do clima de negcios locais, aperfeioamento dos sistemas financeiros, oramentais e de arrecadao do municpio. No turismo, especificamente, a atividade cresce em mdia 10% ao ano: Em 2009, 1,3 milhes de turistas visitaram a cidade e o turismo de eventos e negcios cresce 12% a mais que os demais segmentos. Este cenrio tende a melhorar ainda mais em virtude dos grandes investimentos pblicos e privados que tambm esto previstos para a cidade neste setor. Como exemplo, podemos citar as aes da Prefeitura Municipal de So Lus com a elaborao e implementao de um amplo Plano de Marketing Turstico e um estudo sobre a Cadeia Produtiva do Turismo local, em parceria com o Banco Mundial. Alm disso, aes estruturantes no Centro Histrico fazem parte dos Programas de Governo do poder pblico local, em prol do desenvolvimento do turismo. Dentre os investimentos privados destacam-se os meios de hospedagem como hotis e pousadas. Em 2009, as redes de hotis nacionais e internacionais representaram 18,31% do total dos meios de hospedagem local, um crescimento mdio de 10% ao ano. A instalao de empresas de entretenimento, como restaurantes, parques temticos, centros de cultura, a indstria naval, com a fabricao de barcos de passeio (catamars) so outras possibilidades de investimento no setor turstico em So Lus. Os dados e as informaes acima, com fonte da Secretaria Municipal de Turismo, juntamente com as demais que sero mostradas no decorrer deste documento so facilmente ratificados com a oportunidade da experincia de conhecer So Lus, uma cidade com potencial em termos culturais, arquitetnicos, histricos e naturais visveis nas ruas do seu Centro Histrico, nas suas diversas praias, nas inmeras receitas gastronmicas e nas suas festividades como o Carnaval e o So Joo.

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3. Investimentos para o turismo em So LusMuitos investimentos esto sendo realizados no municpio na rea de turismo, tanto pelo interesse histrico que a cidade desperta como tambm pelo conjunto de atrativos naturais, clima, hospitalidade, culinria, manifestaes culturais, dentre outros fatores. Devem-se destacar algumas aes que confirmam a tendncia favorvel ao desenvolvimento da cidade no setor turstico, como o processo de Planejamento Estratgico do Turismo, implantado em 2001, de forma participativa e integrada aos diversos segmentos do turismo, traduzindo-se no instrumento norteador das aes do turismo municipal. Ressalta-se tambm a implantao do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), criado pela Lei Municipal n 3.619, de 21 de julho de 1997, e institudo pela Lei n 4.038, de 15 de janeiro de 2002, representando um meio de participao da sociedade civil nas polticas pblicas de turismo, com o fim de promover o desenvolvimento da cidade. No se pode deixar de registrar a criao da Secretaria Municipal de Turismo-SETUR, pela lei n 4.129, de 23 de dezembro de 2002, que veio contribuir para o desenvolvimento da cidade, favorecendo a valorizao do patrimnio cultural e natural, a gerao de trabalho e renda e o fortalecimento da identidade e dos valores locais, visando melhoria da qualidade de vida e ao encantamento dos visitantes. Dentro desse contexto, a Prefeitura de So Lus, por meio da Secretaria Municipal de Turismo - SETUR, desenvolve diversos programas e aes, com vistas ao incremento do setor e a gerao de emprego, trabalho e renda, destacando- se os seguintes: Programa de Desenvolvimento do Turismo Aes: Segmentao e Estruturao de Produtos Tursticos. Qualificao para o Turismo e Fortalecimento da Governana. Programa de Marketing Turstico Aes: Plano de Implementao de Marketing Turstico para So Lus e Comercializao do Destino. Programa de Gesto do rgo Aes: Administrao e Manuteno do rgo e Fomento do Turismo importante destacar que esses programas promovem, atravs de suas aes, a estrutura da oferta turstica local, potencializando atrativos histricos, culturais e naturais, agregando aos mesmos a sua preservao e valorizao, sensibilizando todos os agentes participadores destes processos para a importncia do turismo, qualificando a populao e intermediando a sua insero na cadeia produtiva. Tudo isso demonstra os esforos para a expanso e modernizao da atividade turstica em So Lus, de forma a tornar a cidade competitiva, em condies de igualdade com o mercado nacional.

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4. Caractersticas geraisInserida na maior reentrncia do litoral do estado o Golfo Maranhense, a Ilha de So Lus est regionalizada na Mesorregio Norte Maranhense, Micro-regio do Aglomerado Urbano de So Lus (IBGE, 2000). De acordo com os dados geogrficos do Ncleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPA) da Universidade Federal do Maranho (UFMA), So Lus apresenta as seguintes caractersticas: LOCALIZAO: Localiza-se no Golfo Maranhense, na parte centro-ocidental da Ilha do Maranho, ocupando 57% do seu territrio. Limita-se ao Norte com o Oceano Atlntico, ao Sul com os municpios de Rosrio e Bacabeira, a Leste com o municpio de So Jos de Ribamar e a Oeste com os municpios de Alcntara, Bacurituba e Cajapi. Linhas de fronteira: Ao Norte: Oceano Atlntico; ao Sul: Baa do Arraial; a Leste: Baa de So Jos, e a Oeste: Baa de So Marcos. REA TERRITORIAL: 827,141 km ALTITUDE: Mxima de 68 metros e mdia de 16 metros. RELEVO: Formas tabulares e sub-tabulares, com vertentes em declives suaves e formas residuais com plancies fluviomarinhas. CLIMA: Tropical mido, caracterizado por dois perodos bem distintos: um chuvoso, com altos ndices pluviomtricos, que se estende de janeiro a junho, e outro seco, que se estende de julho a dezembro. A temperatura mdia de 27 C e a pluviosidade mdia oscila em torno de 2.000 mm. HIDROGRAFIA: O municpio de So Lus drenado por rios de pequeno porte, destacando-se os rios Anil e Bacanga, com seus respectivos esturios, e trombeta, com hidrodinmica de braos de mar, caracterizando extensos canais com depsitos de vasa e igaraps colonizados por manguezais. UMIDADE RELATIVA DO AR: Mdia de 65% com mxima em torno de 80% no perodo chuvoso. CORRENTE ELTRICA: 220 Volts.

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5. Aspectos demogrficosPopulao do municpio de So LusEm comparao com a populao do Brasil, do Nordeste e do Maranho, a populao do municpio de So Lus corresponde a 0,52% da populao total do pas, 1,85% em relao ao Nordeste e 15,65% em relao ao Estado, com base nos dados do quadro a seguir. Tabela I Discriminao da Populao, rea e Densidade POPULAO ITEM DISCRIMINAO SO LUS 01 02 03 POPULAO () REA (Km) DENSIDADE (2) 997.098 827.141 1,206 MARANHO 6.367.293 331.983,29 19,18 NORDESTE 53.591.197 1.554.257,00 34,48 BRASIL 191.500.000 8.514.876,60 2,25Fonte: IBGE

Com base no resultado preliminar da Contagem Populacional 2009, publicado no Dirio Oficial da Unio de 14/08/2009.(1)

IBGE - Resoluo n PR/0005, de 10.10.2002, publicada no DOU n 198, de 14.10.2002.(2)

Com uma populao de 997.098 habitantes e uma rea de 827.141 km, a cidade de So Lus registra uma densidade demogrfica de 1,206 hab/km.

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6. InfraestruturaPaisagismoO Instituto Municipal da Paisagem Urbana-IMPUR, criado em dezembro de 2002, o rgo da Prefeitura de So Lus responsvel pelo gerenciamento paisagstico da cidade. A sua atuao tem como objetivos principais reduzir os impactos do desenvolvimento sobre o meio ambiente e dar qualidade de vida populao, regendo as intervenes na rea urbana e garantindo padres de qualidade paisagstica e ambiental. Entre as aes desenvolvidas pelo Instituto nos espaos pblicos de So Lus, destacam-se: elaborar e executar projetos de arborizao; elaborar e executar projetos de ajardinamento; projetar, construir e requalificar praas, parques e reas verdes; manter reas verdes, praas e parques. Vale destacar que desde a sua criao, o rgo tem realizado uma srie de aes voltadas para a melhoria da qualidade de vida da populao, no que diz respeito melhoria da paisagem urbana e das reas de vivncia da comunidade ludovicense, a partir do Plano Municipal da Paisagem Urbana, que tem o objetivo de requalificar os espaos pblicos da cidade. O cuidado no embelezamento da cidade, aliado ao trabalho de arborizao, mostra seus efeitos nas principais avenidas e espaos pblicos, tais como: Avenida Guajajaras, Avenida dos Holandeses, Avenida Daniel de La Touche, Avenida dos Franceses, Avenida Castelo Branco, Avenida Colares Moreira, Avenida dos Africanos e Avenida Carlos Cunha. Quanto s praas e reas verdes, estas tambm ganharam intervenes do IMPUR, entre elas o Parque Rio das Bicas, Parque do Bom Menino, as praas Gonalves Dias, Benedito Leite, Dom Pedro II e Antonio Lobo.

Limpeza urbanaA Secretaria Municipal de Obras e Servios Pblicos SEMOSP o rgo responsvel pela ampliao e modernizao da infraestrutura urbana e rural de So Lus, com estratgias voltadas para o desenvolvimento do municpio e o bem-estar da populao. Subordinada SEMOSP est a Superintendncia de Limpeza Pblica SULIP, responsvel por coordenar a execuo dos servios de limpeza das vias e logradouros pblicos e por coletar os resduos slidos urbanos (domiciliares, comerciais, pblicos, industriais, hospitalares etc), com a destinao final no aterro sanitrio da Ribeira. Segundo esta superintendncia, so coletadas diariamente 1.400 toneladas de resduos slidos, sendo 650 de resduos domiciliares, 670 de entulhos, 40 toneladas coletadas por empresas particulares, e o restante dividido em resduos de feiras e mercados, considerados da classe D comum, e outros gerados em unidades de sade. Como forma de sensibilizar a populao para a importncia de manter a cidade limpa, a SULIP desenvolve trabalho de Educao Ambiental em escolas e instituies.

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TransportesSistema Integrado de Transporte SIT A Prefeitura Municipal de So Lus, por meio da Secretaria Municipal de Trnsito e Transportes - SMTT, implantou o Sistema Integrado de Transportes-SIT, estruturado num sistema do tipo Tronco-Alimentar, com integrao fsico-tarifria em Terminais de Integrao, para uma melhor funcionalidade dos servios de transporte. Neste sentido tem-se: Linhas Alimentadoras: tm a funo de trazer os passageiros que residem na periferia para os Terminais de Integrao, onde passam para o sistema de Linhas Troncais. Linhas Troncais: operadas com veculos de maior capacidade e com maior frequncia, possuem a funo de oferecer ao usurio deslocamentos para qualquer ponto da cidade, sem pagar outra tarifa. Atualmente, So Lus conta com cinco Terminais de Integrao (Praia Grande, Cohab/Cohatrac, Cohama/Vinhais, So Cristvo e Distrito Industrial), 170 linhas integradas e 451 mil passageiros integrados/dia. Destaca-se que destes terminais partem nibus com itinerrio para as praias e Centro Histrico. Outro dado interessante que, no ano de 2007, o transporte pblico dos outros municpios da Ilha de Upaon-Au tambm se integraram ao sistema. Houve ainda a implantao da bilhetagem eletrnica, visando agilizar o servio e controlar as tentativas de fraudes na carteira estudantil e na de passe livre. O sistema de transportes urbanos, segundo a SMTT, rgo responsvel pelo seu gerenciamento, apresenta os seguintes quantitativos: Tabela II Sistema de Transportes ITEM 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 SISTEMA DE TRANSPORTES N de empresas operadoras N de linhas N de linhas integradas Frota operante sistema urbano/semi -urbano N de viagens realizadas/dia N de passageiros integrados/dia N de nibus adaptados p/pessoas com deficincia N de abrigos N de cooperativas de taxi N de txi N de mototxi N de veculos de transporte escolar QUANT. 21 182 170 975 8.456 451.000 93 com elevadores 64 com espao reservado 400 07 2.008 1.000 400

Fonte: SMTT Secretaria Municipal de Trnsito e Transportes/Maio/2009

22 importante destacar que a cidade de So Lus possui um sistema complementar do servio regular de transporte coletivo urbano no centro da cidade. Este tem a finalidade de atender a uma demanda especfica do Centro Histrico da capital, visando preservao dos imveis tombados, que podem ser prejudicados pelo trfico intenso de veculos pesados. Neste contexto, foram criadas 02(duas) linhas circulares com itinerrios distintos, que contam com uma frota de sete micro-nibus, todos com ar-condicionado. Vale ressaltar que esse sistema complementar executivo est amparado na Lei n006/98, tendo a sua operao iniciada em 09 de dezembro de 1999.

SadeO sistema de sade de So Lus se divide em unidades de sade pblicas, sob a responsabilidade dos governos municipal e estadual, e ainda 09 (nove) hospitais da rede privada e 04(quatro) filantrpicos. A rede pblica estadual conta com 15 unidades de sade, alm de 01 hemocentro e 01 laboratrio de sade pblica, conforme distribuio a seguir. Tabela III Quantitativo das Unidades de Sade - Rede Pblica Estadual ITEM 01 02 03 UNIDADE Hospitais Centros de Sade Maternidades TOTAL QUANTIDADE 07 06 02 15Fonte: Secretaria de Estado da Sade/2009

A Secretaria Municipal de Sade SEMUS, responsvel pela formulao e execuo da poltica de sade pblica do municpio, tem sob sua responsabilidade 77 unidades de sade, conforme o demonstrativo a seguir. Tabela IV Quantitativo das Unidades de Sade- Rede Pblica Municipal ITEM 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 UNIDADE Hospitais de Urgncia e Emergncia Hospital de Emergncia Infantil Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pronto Socorro Hospital especializado no atendimento mulher Centros de Sade Tradicionais Unid. Urgncia e Emergncia Maternidade Rural Unidade de Sade da Famlia Centro de Testagem e Aconselhamento-CTA QUANTIDADE 02 01 02 01 01 07 07 01 42 02

23

11 12 13 14 15

Residncias Teraputicas Centro de Atendimento Integral Sade da Criana e do Adolescente Centro de Ateno Integral Sade do Idoso Centro de Especialidades Odontolgicas Centro de Atendimento Psico-Social TOTAL

03 02 01 03 02 77

Fonte: Secretaria Municipal de Sade/2009

A SEMUS dispe ainda do Servio de Atendimento Mvel de UrgnciaSAMU, com funcionamento 24 horas e atendimento atravs de solicitao pelo telefone 192, atendidas por um Tcnico Regulador e em seguida por um Mdico Regulador. O servio possui 25 (vinte e cinco) ambulncias bsicas, dotadas de um Tcnico Condutor e um Tcnico em Enfermagem. O sistema de Sade conta ainda com 02 (duas) unidades de UTI Mvel, dotadas de equipamentos bsicos, de um Tcnico Condutor, 01 Mdico e 01 Tcnico em Enfermagem. Alm das ambulncias citadas, So Lus possui ainda 06 (seis) ambulncias bsicas para deslocamento de pacientes da zona rural para capital, todas com um Tcnico Condutor. Vale ressaltar que o SAMU realiza em mdia 2.500 atendimentos mensais.

Sistema educacionalSegundo Relatrio da Secretaria de Estado da Educao, o nmero de escolas e dos alunos matriculados nas escolas da Unidade Regional de Educao Metropolitana o discriminado a seguir.

Tabela VI Modalidade de Ensino/Nmero de Escolas/Rede EstadualITEM MUNICPIO MODALIDADE DE ENSINO FUNDAMENTAL 01 SO LUS MDIO EDUCAO ESPECIAL 02 PAO DO LUMIAR FUNDAMENTAL MDIO FUNDAMENTAL MDIO FUNDAMENTAL MDIO FUNDAMENTAL MDIO TOTAL NMERO DE ESCOLAS 76 74 05 12 07 07 08 01 01 01 02 194 Fonte: Secretaria de Estado da Educao/Junho/2009

03

SO JOS DE RIBAMAR

04

RAPOSA

05

ALCNTARA

24

Tabela VII Modalidade de Ensino / Nmero de Alunos Matriculados ITEM 01 02 03 04 05 06 07 MODALIDADE DE ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR FUNDAMENTAL EJA * MDIO REGULAR MDIO EJA MDIO INTEGRADO EDUCAO ESPECIAL REGULAR EDUCAO ESPECIAL-EJA TOTAL NMERO DE ALUNOS MATRICULADOS 63.797 7.669 53.513 10.827 617 Auditivo 107 Mental 396 192 137.118Fonte: Secretaria de Estado da Educao/Junho/2009 *EJA Educao de Jovens e Adultos

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Educao SEMED, So Lus conta com 169 escolas em funcionamento, sob a responsabilidade do Governo Municipal, nas quais foram matriculados, no ano de 2009, aproximadamente 105.978 alunos, conforme distribuio no quadro a seguir.

Tabela VIII Modalidade de Ensino/Nmero de Alunos Matriculados - Rede Municipal ITEM 01 02 03 04 05 MODALIDADE DE ENSINO CRECHE PR-ESCOLAR FUNDAMENTAL FUNDAMENTAL EJA * EDUCAO ESPECIAL NMERO DE ALUNOS MATRICULADOS 2.933 18.397 74.155 10.155 338Fonte: Secretaria Municipal de Educao/jun2009 *EJA Educao de Jovens e Adultos

Com relao aos programas e projetos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Educao, destacam-se: Brasil Alfabetizado - Em parceria com o MEC/FNDE/SECAD, visa ampliar o universo cultural dos alfabetizados, atravs de atividades ricas em prticas de leituras e escrita, partindo de uma realidade vigente. Programa de Incluso de Jovens - PROJOVEM - Realizado em parceria com o Ministrio da Educao, articula educao bsica com qualificao profissional para o trabalho, com certificao de formao inicial e desenvolvimento de aes comunitrias com exerccio da cidadania.

25 Vida Ativa - Desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal da Criana e Assistncia Social - SEMCAS, um programa que tem como objetivo valorizar e socializar o idoso para a continuidade nos estudos. Novos Caminhos para o Mundo do Trabalho - Insere-se entre as polticas pblicas educacionais da Secretaria Municipal de Educao, e visa potencializar o papel da escola como espao de suporte e preparao do estudante para sua insero no mundo do trabalho. Projeto Escola Aberta - Contribui para a construo de uma cultura de paz, atravs da ampliao das relaes entre escola e comunidade, e da reduo da violncia na comunidade escolar. Projeto Carro-Biblioteca - Tem como pblico alunos das escolas da rede municipal e comunidade. Ressaltam-se os projetos: Sade e Preveno na Escola e Sade na Escola. Vale assinalar ainda que a Rede Municipal possui projetos especficos para a educao especial, destacando-se: Projeto Falando com as mos - Contribui para a melhoria da comunicao entre surdos e ouvintes, atravs da socializao da lngua brasileira de sinais. Projeto Vendo com as mos Socializar o braile para os profissionais da educao, como o sistema de leitura e escrita do deficiente visual, na perspectiva de contribuir com o processo de sua incluso social e escolar. Programa Oportunizar - Feito em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento - SEMAPA - visa qualificar jovens e adultos com deficincia, visando sua incluso no sistema produtivo.

Graduaes em turismoEm So Lus existem 06 (seis) Instituies de Ensino Superior (IES), que oferecem o curso de graduao em Turismo, formando os profissionais bacharis em Turismo, e 01(uma) instituio que oferece curso de formao especfica. Estes profissionais so preparados para atuarem no mercado turstico local, nas reas de gesto pblica, hotelaria, alimentos e bebidas, agenciamento, entretenimento e terceiro setor. Entre estas instituies, 03 (trs) possuem Agncia-Escola, para oportunizar experincias reais de mercado antes do perodo de estgio curricular, ou da insero no mercado de trabalho. Quanto aos cursos de ps-graduao na rea, existem 02 (duas) especializaes (Tabela IX). Uma ofertada em uma das IES, com curso de turismo, e outra pela Universidade Estadual do Maranho, que mesmo sem oferecer o curso de graduao em turismo possui uma especializao em Geografia do Turismo. So Lus no possui, na rea de turismo, curso de doutorado, nem de mestrado. Os profissionais com estas titulaes buscaram a interdisciplinaridade com outras cincias, para suprir essa carncia de formao.

26Tabela IX Quadro de Instituies de Ensino Superior ITEM 1 IES Faculdade Atenas Maranhense FAMA Faculdade de Cincias Humanas e Sociais Aplicadas FAC SO LUS Faculdade do Estado do Maranho FACEM Faculdade do Maranho FACAM Instituto de Ensino Superior do Maranho IESMA Universidade Estadual do Maranho UEMA Universidade Estadual Vale do Acara UVA Universidade Federal do Maranho UFMA GRADUAO Bacharelado PSGRADUAO Gesto em Turismo e Hotelaria SUPERIOR LABORATRIO- FORMAO ESCOLA ESPECFICA

x x

2 3 4 5 6 7 8

Bacharelado Bacharelado Bacharelado Bacharelado Geografia do Turismo

xBacharelado

xFonte: MEC/Educao Superior/ INEP, 2009 Secretaria Municipal de Turismo SETUR, 2009

Segurana PblicaPolcia Militar do Maranho A Polcia Militar do Maranho tem um efetivo de 7.600 homens. Em So Lus so 2.678 policiais distribudos entre seus diversos Comandos, Batalhes e Companhias. A PMMA presta diversos tipos de servios comunidade maranhense, que vo alm das peculiares, atuando em aes e programas que objetivam o desenvolvimento e o bemestar social do povo maranhense, tais como: policiamento ostensivo a p; policiamento de trnsito e rodovirio; policiamento motorizado; policiamento com ces; policiamento montado; rondas tticas motorizadas; fora ttica; policiamento ambiental; policiamento escolar; grupo especial de apoio s escolas-Geape.

Corpo de Bombeiros Militar do Maranho O Corpo de Bombeiros possui como misses a preveno e o combate a incndios, o salvamento e suas decorrncias, e o resgate em acidentes automobilsticos. Alm de desenvolver aes de defesa civil a nvel estadual desde 1993, tendo como foco principal queimadas e inundaes, possui ainda um grupamento de salva-vidas com atuao em

2705 praias da regio metropolitana de So Lus: So Marcos, Calhau, Caolho, Meio e Araagi. Essa ao desenvolvida de forma preventiva com vigilncia da orla martima, resgate e salvamento de banhistas. Os bombeiros desenvolvem ainda trabalho social, como o Projeto Bombeiro Mirim, que tem como objetivo central instruir crianas e adolescentes, com faixa etria de 10 a 14 anos, visando preencher-lhes o tempo ocioso, socializando-os e contribuindo na preparao deles para um futuro promissor.

Secretaria Municipal de Segurana com Cidadania SEMUSC A Secretaria Municipal de Segurana com Cidadania SEMUSC possui a misso de desenvolver, implantar e coordenar polticas de segurana pblica no municpio, fomentando a participao da sociedade na aplicao das polticas de segurana com cidadania. A Guarda Municipal, subordinada SEMUSC, tem como misses principais o policiamento ostensivo de preveno, o policiamento escolar, o patrulhamento das reas tursticas, o patrulhamento ambiental, o policiamento comunitrio, a defesa civil municipal e as atividades de salva-vidas em 02 praias da capital, alm de ser responsvel por efetuar atividades de operadores municipais de segurana com cidadania e preservao do patrimnio municipal. Com um efetivo de 535 guardas municipais, a Guarda Municipal de So Lus composta por sete unidades operacionais: Grupo de Patrimnio e Operaes - Responsvel pelo policiamento ostensivo de preveno e preservao do patrimnio pblico. Grupo de Aes Comunitrias - Responsvel pelas atividades de policiamento comunitrio e atividades de interao com as comunidades. Grupo de Segurana Escolar - Responsvel pelo policiamento ostensivo nas escolas municipais e atividades educativas de formao de uma cultura de paz. Grupo de Apoio ao Turismo - Responsvel pelo policiamento nas reas histricas da cidade, com funes de assistncia e orientao aos turistas. Grupo de Proteo Ambiental - Responsvel pela fiscalizao ambiental, em conjunto com os fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Defesa Civil Municipal - Responsvel pelas aes de preveno e respostas a desastres, situaes de emergncia e calamidades pblicas. Possui um efetivo fixo de 19 agentes de defesa civil, oriundos dos quadros da Guarda Municipal de So Lus, mas, em caso de situaes de anormalidade podero ser utilizados guardas municipais do efetivo. Banda de Msica - Responsvel pelas tocatas oficiais da Prefeitura Municipal de So Lus. Corpo de Salva-Vidas - Com um efetivo de 109 Guardas Municipais Salva-Vidas, responsvel pelas aes de salvamento e orientaes aos banhistas nas praias da capital. Possui dois postos fixos na praia da Ponta DAreia (sede do Corpo de Salva-Vidas e o

28Centro de Atendimento ao Banhista), posto avanado da praia do Olho Dgua, alm de dois postos na praia do Calhau, cedidos ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

Segurana x turismo O aspecto Segurana Pblica um dos quesitos de maior relevncia para a construo da boa imagem de um destino turstico. Inserido na Guarda Municipal est o Grupo de Apoio ao Turismo - GAT, criado para desenvolver um trabalho preventivo de policiamento ostensivo nas reas tursticas da cidade. Ele possui um efetivo de 51 (cinqenta e um) guardas municipais, com capacitaes inerentes s atividades de operadores de segurana pblica. Estes guardas possuem treinamentos especficos nas reas de informaes tursticas, com foco nas histrias do Maranho e So Lus, e cursos de lnguas, como ingls bsico, ingls instrumental, espanhol e francs. Companhia de Policiamento Turstico Independente - CPTUR Atuando de forma sistemtica e permanente na preveno de ilcitos penais nas reas do Centro Histrico e Lagoa da Jansen, a CPTUR emprega policiamento ostensivo, nas seguintes modalidades: Policiamento a p Praia Grande rondas peridicas com 02 ou 03 policiais, os quais compem a guarnio do Memorial da PMMA. Policiamento motorizado - Centro Histrico 01 viatura com 02 ou 03 policiais que efetuam rondas em toda rea do Centro Histrico e adjacncias, em regime de 24 h; - Lagoa da Jansen /Ponta DAreia 01 viatura com 02 ou 03 policiais que efetuam rondas em toda a rea da Ponta DAreia e Parque Ecolgico Estadual da Lagoa da Jansen; - Ponta DAreia 02 motocicletas realizam rondas em toda a rea da referida praia e do conjunto de hotis situados na orla martima; - Lagoa da Jansen 02 motocicletas realizam rondas especialmente no permetro interno do parque, onde se concentra o maior nmero de turistas, praticantes de esportes e transeuntes em geral. Postos Fixos Convento das Mercs; Postos I e II da Lagoa da Jansen e Memorial da PMMA-Praia Grande. Posto Mvel Trailer Ponto-base para o policiamento do Centro Histrico, presta servio de informaes, deslocando-se periodicamente dentro da rea da Companhia para apoiar eventos. Policiamento de bicicleta Auxilia no policiamento motorizado com dois policiais, um em cada bicicleta, utilizando-se da ciclovia com o objetivo de garantir a

29segurana em toda a rea da Lagoa da Jansen. A CPTUR, alm de executar os servios citados, realiza policiamento em eventos culturais, artsticos, religiosos, entre outros. Esta companhia tem em seu efetivo policial treinado em informaes tursticas, atuando nos principais pontos tursticos da cidade. Delegacia Especial de Turismo DETUR So Lus conta ainda com a DETUR, rgo de responsabilidade da Polcia Civil, que desenvolve atividades de Polcia Judiciria, instaurando procedimentos especficos para a elucidao de fatos que atentem contra a seguridade fsica e patrimonial dos turistas. Com atendimento em quatro idiomas (portugus, ingls, francs e italiano), a DETUR trabalha em parceria com a Companhia de Policiamento de Turismo Independente - CPTUR , que cuida do trabalho preventivo no Centro Histrico e reas de interesse turstico.

Abastecimento de gua/rede de esgotoA Companhia de guas e Esgotos do Maranho - CAEMA, criada em 1966, pelo decreto no 2.653, uma sociedade de economia mista que tem objetivo de gerir a poltica de saneamento bsico e de abastecimento de gua no Estado do Maranho. O sistema de abastecimento de gua de So Lus composto de 02(duas) estaes de tratamento de gua convencional, a Italus e a Sacavm; 02 (duas) estaes de tratamento de gua com fluxo ascendente, a do Olho Dgua e a do Cururuca, e 312 poos tubulares profundos. O sistema funciona de acordo com a seguinte logstica: O Sistema Italus capta gua do rio Itapecuru, no Km 56 da BR- 135. O Sistema Sacavm abastecido pela Barragem do Batat, rio do Prata e Me Isabel. O Sistema Olho Dgua abastecido pelo rio Jaguarema. O Sistema Cururuca abastecido pelo rio Antnio Esteves. O Sistema Pacincia abastecido por duas baterias de poos denominados Pacincia I e II.

reas abastecidas pelos sistemas da CAEMA Sistema Italus Alemanha; parte do Joo Paulo; Filipinho; Vinhais; Recanto do Vinhais; Renascena; So Francisco; Ponta do Farol; Maranho Novo; Ipase; Cohafuma; Vila Palmeira; Coroadinho; Ivar Saldanha; Vicente Fialho; parte do Anil; Vila Itamar; parte do Calhau; Coheb-Sacavm; rea Itaqui Bacanga; Angelim; Bequimo e Cohama. Sistema Sacavm Centro; parte do Joo Paulo; parte do Monte Castelo; Liberdade; Bairro de Ftima e adjacncias. Sistema Pacincia I Cohatrac I, II, III, IV e V; Cohab I, II, III e IV; Residencial Araagi I e II; Parque dos Sabis; Jardim Primavera; Itaguar; Cruzeiro do Anil; Planalto e adjacncias. Sistema R 8 Cohama Calhau; So Francisco: Renascena; Vinhais; Cohama;

30Maranho Novo; Bequimo; Ipase; Angelim; Sacavm; Jordoa; Joo Paulo; Filipinho; Alemanha; Coroado; Bairro de Ftima; Radional; Santa Cruz e adjacncias; So Cristvo; Parque Universitrio; So Bernardo e Joo de Deus. Sistema R 6C: Cohatrac III Jardim Primavera; Jardim Araagi e adjacncias.

Abastecimento de energia eltricaAtravs da Lei Estadual n 1.609, de 14 de junho de 1958, foi criada a CENTRAIS ELTRICAS DO MARANHO CEMAR, sendo autorizada a funcionar como empresa de energia eltrica pelo Decreto Federal n 46.999, de 12 de outubro de 1959, com objetivo de produzir e distribuir energia eltrica em todo o Estado do Maranho. Em 17 de dezembro de 1984, passou a denominar-se COMPANHIA ENERGTICA DO MARANHO, permanecendo a mesma sigla. Em abril de 2006, o controle acionrio da CEMAR passou para a Equatorial Energia, que tem como estratgia a expanso de distribuio de energia nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O abastecimento de energia eltrica no municpio de So Lus, realizado pela CEMAR, apresentou entre janeiro a outubro de 2007 os seguintes resultados:

Tabela X Abastecimento de Energia Eltrica Janeiro a Outubro /2007ITEM CLASSE RESIDENCIAL Consumo (MWh) N de consumidores INDUSTRIAL Consumo (MWh) N de consumidores COMERCIAL Consumo (MWh) N de consumidores RURAL Consumo (MWh) N de consumidores OUTROS Consumo (MWh) N de consumidores TOTAL Consumo (MWh) N de consumidores Jan/07 33.480 241.042 Fev/07 30.712 242.922 Mar/07 30.703 245.209 Abr/07 33.960 247.116 Mai/07 35.741 248.920 Jun/07 31.953 Jul/07 33.248 Ago/07 34.212 243.133 Set/07 32.034 243.649 Out/07 33.600 244.425

01

241.426 242.498

02

7.742 912

6.991 908

7.390 903

7.291 914

7.826 917

7.759 914

6.737 894

8.885 904

7.725 911

9.029 910

03

26.129 30.595

24.109 30.862

24.953 30.879

26.492 31.192

27.371 31.382

27.178 31.041

25.871 31.060

29.874 31.212

26.378 31.447

29.151 31.601

04

93 98

85 99

91 99

102 99

80 99

84 97

96 98

101 101

112 101

115 102

05

15.455 1.726

15.286 1.782

14.858 1.738

15.814 1.696

16.207 1.725

15.446 1.704

15.008 1.730

16.005 1.703

14.952 1.688

16.446 1.687

06

82.899 274.373

77.183 276.573

77.994 278.828

83.659 281.017

87.224 283.043

82.420

80.960

89.076 277.053

81.200 277.796

88.340 278.725

275.182 276.280

Fonte: Companhia Energtica do Maranho CEMAR/2007

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Telecomunicaes, radiodifuso, televiso e jornaisEm So Lus, os servios de telefonia fixa so oferecidos pelas empresas Oi e Embratel. Atualmente, a telefonia mvel da cidade conta com os servios de quatro empresas: Vivo, Oi, TIM e Claro (2009). A cidade conta com 16 jornais de circulao diria: O Imparcial, O Estado do Maranho, Atos e Fatos, Jornal Pequeno, O Debate, Itaqui Bacanga, Tribuna, Gazeta da Ilha, Veja Agora, A Notcia, Dirio da Manh , Tribuna do Nordeste, A Tarde, Aqui Maranho, Extra e Quarto Poder. Possui ainda treze canais de TV aberta e trs TVS por assinatura. Seis emissoras de Rdio AM e sete de FM completam o sistema de comunicao da capital, em cuja programao diria destacam-se a msica popular maranhense e o reggae. Existem tambm algumas publicaes locais relacionadas ao turismo, tais como o Jornal Cazumb, Revista Maranho Turismo e Almanaque JP Turismo.

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7. Oferta tursticaInformaes tursticasEm sintonia com o crescimento do turismo em So Lus, o Sistema de Informaes Tursticas vem merecendo especial ateno, no que se refere a impressos informativos, sinalizao, postos de informao, entre outros aspectos. Os Postos de Informaes Tursticas esto localizados de forma estratgica em diversos pontos da cidade, conforme demonstrado em tabela a seguir.

Tabela XI Postos de Informaes Tursticas ITEM 01 LOCAL Central de Servios TursticosSETUR/SL Praa Benedito Leite s/n, Centro Fone: (98)3212-6211 Secretaria de Estado do Turismo-SETUR/ MA Rua Portugal, 185 Praia Grande Fone: (98)3231-4696 Terminal Rodovirio-SETUR/MA Av. dos Franceses Santo Antnio Fones: (98) 3217 - 6102/6139 Aeroporto Marechal Cunha Machado Tirirical-SETUR/MA Fone: (98) 3244 - 4500 Posto de Informao da Lagoa da Jansen SETUR/MA Fone (98) 3218-8781 HORRIO DE ATENDIMENTO Segunda a Sexta, das 8h s 19h Sb, dom. e feriados, das 9h s 14h Funciona com postos itinerantes em alguns eventos na cidade Segunda a Sbado das 8h s 19h Domingo das 09h s 15h

02

03

Diariamente, das 09h s 20h

04

24 horas Segunda a Sbado 08h s 19h Domingo das 09h s 15h

05

FONTE: Secretaria Municipal de Turismo SETUR/SL,2009 Secretaria Estadual de Turismo SETUR/MA,2009

Inserido nesse sistema de Informaes destaca-se o Projeto Informante Anfitrio, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Turismo - SETUR em parceria com a Secretaria Municipal da Criana e Assistncia Social SEMCAS. Este projeto contempla 14 pessoas: adolescentes, idosos e pessoas com deficincia, que prestam informaes tursticas em 14 locais no Centro Histrico e ainda na Central de Informaes Tursticas -SETUR. Segundo relatrio da SETUR, no ano de 2008, o Projeto Informante Jovem, atualmente Informante Anfitrio, atendeu cerca de 15.987 visitantes nacionais e internacionais, tornandose referncia nos atrativos tursticos onde este projeto era desenvolvido, conforme descrito na tabela XII.

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Tabela XII Atrativos Turisticos/ Fluxo de Visitantes Nacionais e Internacionais ITEM 01 02 03 04 05 06 07 Igreja da S Museu Histrico e Artstico Fonte do Ribeiro Memorial do Ministrio Pblico Igreja dos Remdios Centro de Arqueologia Igreja Santo Antonio TOTAL LOCAL N DE VISITANTES NACIONAIS 6.421 2.455 1.814 1.394 1.240 1.185 1.060 N DE VISITANTES INTERNACIONAIS 161 91 29 13 62 15 41 TOTAL 6.588 2.546 1.843 1.407 1.302 1.200 1.101 15.987

Fonte: Coordenao do Centro Histrico- Secretaria Municipal de Turismo- SETUR, 2009

Agncias de viagemO segmento do mercado turstico, constitudo por agncias de viagem, teve franca expanso ao longo do tempo em So Lus. Nas dcadas de 60 e 70, a cidade contava com apenas trs agncias. Na de 80, oito foram inauguradas, caracterizando um crescimento de 166,6%. Na de 1990, mais dezesseis agncias comearam a funcionar na cidade, o que significa um crescimento de 100% em relao dcada de 80. Atualmente existem 108 agncias de viagem de turismo cadastradas no Ministrio do Turismo, sendo que 28 dessas associadas Associao Brasileira de Agentes de Viagens Seccional Maranho (ABAV-MA). Segundo informaes da ABAV, os principais passeios comercializados em So Lus so: City Tour pelo Centro Histrico; Passeios a So Jos de Ribamar, Raposa, Alcntara e Praias; Tour Cultural a So Lus de ontem e de hoje, e So Lus noite, passeio de catamar pela Baa de So Marcos.

Casas de cmbioSo Lus possui 5(cinco) casas de cmbio ou locais especializados neste servio. So eles: Banco do Brasil Av. Gomes de Castro Centro Confidence So Lus Shopping-Jaracaty Wall Street Cmbio Av. Colares Moreira, Monumental Shopping - Renascena Fitta DTVM Av. Professor Carlos Cunha, Jaracaty Shopping-Jaracaty

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Turismo de eventos e negciosA organizao de eventos uma atividade econmica que vem gradativamente aumentando a sua participao no setor de servios. Atualmente, constam no cadastro da Secretaria Municipal de Turismo - SETUR, 29 (vinte e nove) empresas promotoras e organizadoras de eventos, com 17 (dezessete) cadastradas no Ministrio do Turismo e 07 (sete) inscritas na Associao Brasileira de Organizadores de Eventos - ABEOC/MA. Estas empresas so especializadas em diversos servios, atuando nos mais variados setores, tais como: receptivo; audiovisual; mdia e divulgao; montagem de estandes; buffet; organizao e produo de eventos, dentre outros. Alm das empresas voltadas para prticas de atividades pertinentes ao turismo de eventos, em setembro de 2005 foi criado o FOUNDATION SO LUS CONVENTION & VISITORS BUREAU - SLCV&B, com a finalidade de estimular e incrementar o desenvolvimento das potencialidades tursticas da cidade de So Lus e de outros destinos tursticos do Estado do Maranho, por meio da realizao e promoo de congressos e eventos nacionais e internacionais, de natureza cultural, tcnica e cientfica. Segundo dados do SLCV&B, no ano de 2008 foram realizados 55 eventos, dentre os quais 09 foram captados e 29 apoiados pelo CONVENTION & VISITORS BUREAU. A seguir, demonstram-se dados de pesquisa realizada pelo Ncleo de Pesquisa e Estatsticas do So Lus Convention Visitors & Bureau, em 2008, que demonstram variados aspectos, como perfil socioeconmico e grau de satisfao do turista de eventos tcnicos e cientficos realizados em So Lus. importante ressaltar que esta pesquisa foi realizada em 16 eventos, com participao de 453 turistas.

Tabela XIII - RESIDNCIA PERMANENTE ITEM 01 02 03 04 05 06 07 08 09 PROCEDNCIA Par So Paulo Cear Rio de Janeiro Maranho Piau Distrito Federal Outros Estrangeiros TOTAL PERCENTUAL % 19,2 8,8 8,3 7,6 7,3 6,6 6,4 35,7 0,1 100,0%Fonte: So Lus Convention Visitors & Bureau, 2008

35Tabela XIV - FAIXA ETRIAITEM 01 02 03 04 05 FAIXA ETRIA 19 a 20 30 a 40 41 a 51 52 a 62 62 a 72 TOTAL PERCENTUAL % 47,9 21,3 18,8 9,7 2,3 100Fonte: So Lus Convention Visitors & Bureau, 2008

Tabela XV - MEIOS DE HOSPEDAGEM ITEM 01 02 03 04 05 06 Total MEIO DE HOSPEDAGEM Hotel Pousada Albergue Flat Casa/Parentes-Amigos Outros PERCENTUAL (%) 42 6,2 1,5 0,9 11,3 38,1 100,0%Fonte: So Lus Convention Visitors & Bureau, 2008

Tabela XVI - GASTOS DIRIOS ITEM 01 02 03 04 05 Total MDIA INDIVIDUAL 1 a 50 51 a 100 101 a 150 151 a 200 Acima de 200 PERCENTUAL % 30,3 32,2 18,0 12,0 7,5 100Fonte: So Lus Convention Visitors & Bureau, 2008

Outro tipo de turismo que vem se destacando em So Lus o Turismo de Negcios, cujo crescimento vem registrando uma taxa crescente, conforme demonstram as pesquisas de Alta e Baixa Estao, realizadas pela SETUR/SLZ nos anos 2008 e 2009 (Tabela XVII).

36Tabela XVII MOTIVO DA VIAGEM-NEGCIOS E ESTUDOS MS/ANO JANEIRO MAIO 2008 20,6 41,60 2009 27,72 47,97Fonte: Secretaria Municipal de Turismo, 2009

Locadoras de veculosA locao de veculos integra-se infraestrutura de servios de turismo, assim como as entidades governamentais, empresas e a comunidade. Atualmente, so 24 locadoras cadastradas no Banco de Dados da SETUR, sendo 16 filiadas Associao Brasileira das Locadoras de Automveis - ABLA, segundo dados da entidade. A frota dessas locadoras de cerca de 1.200 veculos.

Estabelecimentos de alimentos e bebidasEm So Lus, de forma geral, os estabelecimentos de alimentos e bebidas, como os restaurantes, oferecem pratos diversos. A maioria, porm, apresenta em seu cardpio comidas regionais, que contm ingredientes tipicamente maranhenses. Alm da culinria regional, h restaurantes que apresentam a gastronomia de diversos pases. Dentre eles, esto os especializados em comida japonesa, chinesa, francesa, italiana, rabe, portuguesa etc. A culinria maranhense resultado da influncia da culinria indgena, africana, francesa e holandesa, que possuem como principais ingredientes os peixes e mariscos. Existem muitos restaurantes onde os turistas podem conhecer a tradicional cozinha maranhense. Alm dos frutos do mar, eles oferecem pratos tpicos como o cux, o caruru, e comidas de origem africana. Segundo a Secretaria Municipal da Fazenda, so 720 estabelecimentos inscritos na atividade do comrcio de alimentos e bebidas, 40 desses so associados ao Sindicato de Hotis, Restaurantes, Bares e Similares - SINDHORBS e 60 empreendimentos vinculados Associao Brasileira de Bares e Restaurantes - ABRASEL. Vale ressaltar que esses estabelecimentos se apresentam de maneira heterognea, com portes variados, mas a capacidade mdia gira em torno de 100 lugares. Ressalta-se que os estabelecimentos citados so distribudos por toda a cidade, mas com significativa concentrao na Av. Litornea, na Avenida dos Holandeses, no bairro do Turu e na Praia Grande. Alm dos restaurantes, nestas reas tambm est localizada grande parte das pizzarias, bares e casas de shows.

ArtesanatoA pluralidade cultural da cidade se manifesta em todas as reas, inclusive no artesanato, que se apresenta com bastante diversidade nas cores, formas e texturas. As peas so produzidas com as mais diferentes matrias-primas, com destaque para madeira,

37cermica, azulejo, coco babau, sementes de frutos regionais, conchas e fibras, entre outros. Nestes produtos so retratados aspectos peculiares da cultura e do cotidiano do povo. Ressaltam-se ainda as bebidas artesanais, como os licores e os sucos de frutas regionais: cupuau, bacuri, alm da tiquira e da catuaba. importante citar que, em So Lus, existem vrias entidades, entre associaes e centros de apoio, incentivo, preservao e proteo a diversos tipos de atividades artesanais. O Centro de Arte Japiau, por exemplo, uma destas entidades vinculadas Prefeitura de So Lus. Alm de oferecer cursos de capacitao comunidade e artesos, promove Feiras, visando oportunizar a comercializao dos produtos confeccionados. Destaca-se tambm o Servio de Apoio a Pequenas e Mdias Empresas- SEBRAE, atravs do projeto Artesanato em So Lus, que busca alavancar o volume de produo e vendas por meio da criao e insero de novos produtos, visando fortalecer a atividade do artesanato e promover o desenvolvimento sustentvel das comunidades envolvidas. Em So Lus, a rea do Centro Histrico contempla a maior concentrao de galerias e lojas de artesanato da cidade. So 25 estabelecimentos, de acordo com os dados da SETUR. Ainda no Centro da cidade encontra-se o Centro de Comercializao de Produtos Artesanais do Maranho CEPRAMA, inaugurado em 1989, que atualmente trabalha com 52 artesos e tem um fluxo mdio de visitao de 5.000 pessoas/ms. um local de comercializao permanente, que rene grande acervo de produtos artesanais como azulejaria, porcelana, vime, fibra de buriti, sisal, cermica etc. Outro destaque do artesanato a Feira da Criatividade, realizada pela Prefeitura de So Lus, atravs da Secretaria de Planejamento- SEPLAN. A feira realizada mensalmente na Praa Maria Arago, na qual 250 artesos expem seus produtos para comercializao. Estes artesos recebem gratuitamente alm de capacitao, toda a estrutura fsica da feira.

Espaos para a prtica de esportes, lazer e culturaA capital do Maranho conta atualmente com os seguintes espaos para prticas de esportes, lazer ou realizao de atividades e aes culturais: Estdio de futebol Nhozinho Santos. Complexo Esportivo Joo Castelo Equipado com estdio de futebol, pista para atletismo, ginsio com quadra poliesportiva, ginsio para jud e um kartdromo. Parque do Bom Menino equipado com 02 auditrios, ginsio com quadra poliesportiva e salas de aula. Avenida Litornea Dotada de pista de cooper, ciclovia, parque infantil, praa de alimentao. Complexo da Lagoa da Jansen Equipado com quadras de tnis, arena de vlei/ futebol de areia, concha acstica, pistas para skate e bicicross e parque ecolgico com 17 hectares.

38 Clubes Equipados com piscinas, quadras poliesportivas e reas multiuso. Iate Clube Associao Atltica do Banco do Brasil - AABB Associao da Caixa Econmica Federal - APCEF Associao do Banco da Amaznia - BASA SESC Turismo SEST/SENAT Para o lazer noturno, a cidade oferece bares, boates e casas de shows, que apresentam ritmos variados: MPB, MPM, Forr, Reggae, Rock, Samba e outros.

Espaos culturaisDe forma resumida, a oferta de espaos destinados ao mercado de arte e entretenimento se apresenta assim: 02 cinemas, somando 16 salas de exibio; 03 teatros, com 1.295 lugares disponveis; 09 galerias de arte/espaos para exposies.

Atrativos tursticos naturaisRIOS So Lus drenada por rios de pequeno porte. H, porm, dois rios de maior extenso: O rio Anil e o Bacanga. O rio Anil possui importncia hdrica para a cidade, e significativa presena de manguezais. O rio Bacanga desgua na Baa de So Marcos e possui em suas margens um complexo fabril e stios histricos, como Piranhenga e Tamanco. PRAIAS Com extensas faixas de areia, as praias de So Lus constituem-se em importantes locais de lazer para a comunidade e visitantes. A mar varia de 4 a 5 metros, podendo atingir (dependendo da lua) at 7 metros em perodos de 12 horas. a maior variao em uma capital do Brasil, proporcionando um espetculo a mais aos visitantes. Praia da Ponta DAreia - Localizada a 4 km do Centro de So Lus, na extenso da Av. Litornea. Como atrativo na rea h o Forte de Santo Antnio e a Laguna da Jansen. Nos finais de semana funcionam clubes de Reggae. Praia de So Marcos - Est a 7 km do Centro da cidade, sendo a preferida dos jovens e dos surfistas. noite bastante frequentada, devido quantidade de bares existentes na orla. Um atrativo parte so as dunas e as runas do Forte de So Marcos, construdo no sculo XVII, e uma bela vista do pr-do-sol.

39 Praia do Calhau - Situada a 10 km do Centro, uma das praias mais procuradas para diversas competies esportivas. Possui belas dunas recobertas de vegetao rasteira. Oferece opes de lazer noturnas e opes de hospedagem. Praia do Caolho - Localizada entre as praias do Calhau e Olho Dgua, a aproximadamente 7,5 km do Centro. Possui alguns trechos com formaes rochosas. Acesso pela Avenida Litornea ou pela Av. Daniel de La Touche. Praia do Olho D gua - Est a 13 km do Centro. cercada por dunas, morros e falsias, e muito procurada para a prtica de Windcar, devido aos ventos fortes que surgem nos meses de julho a dezembro. H oferta de servios de hospedagem e alimentao. Praia da Guia - Fica no lado oeste da ilha de So Lus e possui uma bela paisagem com dunas, vegetao rasteira e coqueiros. Distante 3,5 km, ela oferece uma bela vista do centro da cidade.

Atrativos Histrico-CulturaisTEATROS Teatro Arthur Azevedo - Segundo mais antigo do Brasil, em estilo Neoclssico, foi fundado com o nome de Teatro da Unio, por dois comerciantes portugueses, em 1817. Atualmente tem capacidade para 750 espectadores, distribudos por 4 andares. Teatro Alcione Nazar Anexo do Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, localizase na Praia Grande. Teatro Joo do Vale Casa de espetculo localizada na Praia Grande, possui espao multiuso com capacidade para 400 pessoas.

PALCIOS Palcio dos Lees - Construdo em 1766, tem estilo Neoclssico e atualmente abriga a sede do Governo do Estado. O acervo composto de obras de arte e peas de mobilirio trazidas da Europa. Palcio La Ravardire - Construdo em 1689, a atual sede da Prefeitura Municipal de So Lus. No largo do palcio est um busto de Daniel de La Touche, ou Senhor de La Ravardire, o fundador da cidade. So Lus possui ainda outros palcios histricos, com destaque para o Palcio Episcopal, Palcio Cristo Rei e Palacete Gentil Braga.

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MUSEUS Museu Histrico e Artstico do Maranho - Funcionando no Solar Gomes de Souza, a construo de 1836 se destaca pela reconstituio da decorao tpica dos sobrados do sc. XIX, com mveis, objetos e obras de arte. Museu do Negro (Cafua das Mercs) - Pequeno sobrado onde funcionava o Mercado de escravos que chegavam a So Lus. Hoje abriga um museu de referncia da cultura negra, com peas de arte de origem africana e instrumentos musicais. Museu de Artes Sacras - Anexo ao Museu Histrico, funciona no Solar do Baro de Graja. Seu acervo, que pertence parte Arquidiocese de So Lus, composto por peas dos sc. XVIII e XIX nos estilos Mareirista, Rococ, Barroco e Neoclssico. Museu de Artes Visuais - Seu acervo composto por azulejos coloniais dos sculos XVIII e XIX, e esculturas de diversas nacionalidades, murais, fotografias e obras de artistas maranhenses. Um de seus destaques a coleo de gravuras do escritor Arthur Azevedo. So Lus possui ainda outros museus integrantes do Sistema Municipal de Museus: Museu da Gastronomia - A ser implantado pela Prefeitura Municipal de So Lus, o Museu da Gastronomia Maranhense ser um equipamento turstico de carter cultural, no Centro Histrico de So Lus, que objetiva preservar a identidade da gastronomia maranhense, atravs da sua valorizao e da divulgao da identidade cultural. Museu dos Capuchinhos Provncia N. S. do Carmo Museu da Histria e Arte da Maonaria Museu da Sociedade Amigos da Marinha Ecomuseu Stio do Fsico Fundao Dil Melo Casa do Tambor de Crioula Memorial Maria Arago Memorial do Ministrio Pblico Memorial da Polcia Militar

CENTROS CULTURAIS Centro de Criatividade Odylo Costa Filho - Antigo armazm reformado, abriga um espao cultural com cinema, teatro, galeria de arte, e outras atividades. Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho - Sediado num sobrado colonial de 03 pavimentos, mantm um grande acervo com peas e indumentrias, adereos e peas artesanais das diversas manifestaes culturais, como o Bumba-Meu-Boi, Tambor de Crioula, Carnaval, Dana do Coco etc, e religiosas, como Tambor de Mina, Festa do Divino etc. Alm disto, possui objetos da cultura indgena e artesanatos.

41 Convento das Mercs - Construdo em 1654 e inaugurado pelo padre Antnio Vieira. No local funcionou a sede do antigo Convento da Ordem dos Mercedrios. Atualmente a Fundao da Memria Republicana, onde esto o Memorial Jos Sarney, o Centro Modelador de Pesquisa da Histria Republicana e o Instituto da Amizade dos Povos de Lngua Portuguesa. Casa do Maranho - Edificada em 1793, foi adaptada para atendimento ao turista. Possui espao para exposio da indumentria e dos instrumentos musicais utilizados nas apresentaes do Bumba-meu-boi. Casa de Nhozinho - O sobrado possui fachada recoberta com azulejos. O acervo composto por brinquedos e peas confeccionadas a partir do buriti. Centro de Pesquisa de Histria Natural e Arqueologia - Pesquisa da Pr-histria maranhense e exposio do acervo de paleontologia e arqueologia dos mais importantes stios histricos do Maranho. Solar dos Vasconcelos - Nele funciona o memorial do Centro Histrico e existe uma coleo de maquetes e miniaturas de embarcaes tpicas maranhenses.

IGREJAS E CAPELAS Igreja da S Nossa Senhora da Vitria - Edificada no sculo XVII, o seu Altar-Mor talhado em ouro. Igreja do Carmo - Edificada em 1627. Em 1643 serviu de Quartel-General durante a resistncia aos holandeses. Igreja So Joo Batista - Construda em 1665, guardou por alguns anos os restos mortais de Joaquim Silvrio dos Reis, o traidor da Inconfidncia Mineira. Igreja Nossa Senhora dos Remdios - Erguida em 1719, nica construo em estilo Gtico. Igreja de So Jos do Desterro - nica igreja do Brasil com traos da arquitetura Bizantina. Igreja Santo Antnio - Edificada em 1624, foi local de pregaes clebres do padre Antonio Vieira. Igreja de Santana - Edificada em 1794, em estilo Neoclssico com caracteres do Barroco. Na sacristia encontra-se o nico exemplar conhecido da azulejaria figurativa Sacra, com similar encontrado apenas na Igreja N. S. das Flores, em Florena. Existem ainda outras igrejas e capelas histricas como a Igreja So Pantaleo, Igreja Rosrio dos Pretos, Capela das Laranjeiras e Capela Bom Jesus dos Navegantes, todas localizadas no Centro da cidade.

42CASAS DE CULTO AFRO Dentre as diversas casas de cultos Afro existentes em So Lus, destacam-se: Casa de Nag - Localizada no Centro de So Lus, a Casa foi fundada na poca de D. Pedro, por malungos africanos, ajudados pela fundadora da Casa das Minas. uma casa de candombl, de origem Iorub e cultua voduns, orixs e encantados ou caboclos, que so espritos de reis, nobres, ndios, turcos etc. Casa das Minas - Terreiro de religio africana mais antigo de So Lus. Fundada no sculo XIX, uma casa de culto aos voduns, entidades espirituais do antigo reino africano do Dahom, atual Repblica do Benin. nico terreiro em lngua Jeje de So Lus - Mina-Ew-Fon - onde so recebidas divindades denominadas de voduns. Casa Fanti-Ashanti - uma Casa de Candombl, nao Jeje-Nag, fundada em 1954, localizada no bairro do Cruzeiro do Anil. Os Fantis e os Ashantis eram povos da antiga Costa do Ouro, na frica, atual Repblica do Gana. uma Casa de Mina e Candombl, que mantm a tradio desde sua fundao.

FONTES Fonte do Ribeiro - Construda no governo de Fernando Antonio de Noronha, para melhoria do saneamento da cidade. Suas caractersticas externas apresentam cantarias, carrancas em pedras que possuem biqueiras e a esttua de Netuno. Fonte das Pedras - Tem sua rea datada de 31 de outubro de 1615, e foi bastante utilizada por Jernimo de Albuquerque como ponto estratgico de batalhas contra franceses e holandeses. Contudo, a construo conhecida como Fonte das Pedras foi feita pelos holandeses, com a funo de abastecer a cidade. No ultimo governo colonial, recebeu quadriltero murado com fronto de alvenaria, ptio calado, galerias subterrneas, carrancas e bicas e, em sua entrada, um escudo de bronze com as armas de Portugal.

STIOS Sitio do Fsico - Situa-se no municpio de So Lus, margem direita do rio Bacanga. Sua rea superior a 100 hectares. possvel encontrar nesse sitio, em estado de runas, um conjunto de edificaes e outras benfeitorias, como as runas de um complexo industrial de grande porte, construdo por Antnio Jos da Silva Pereira, Fsico-Mor da Provncia do Maranho, no perodo de 1799 a 1817. Stio do Tamanco - rea com construes portuguesas residenciais. Est localizado na rea do Itaqui, s margens do esturio do rio Bacanga e fronteiro ponta do Desterro. Nesse sitio localiza-se o primeiro estaleiro-escola do Estado, aps a reconstruo e adaptao de suas runas. Ele funciona atualmente como Centro Vocacional Tecnolgico CVT, que visa o resgate das tcnicas de produo de embarcaes tipicamente maranhenses.

43 Stio Piranhenga - Fundado pelo tenente Jos Clarindo de Sousa, o Stio Piranhenga, localiza-se s margens do rio Bacanga e possui 42 hectares de pura Histria. Com quase 200 anos de sua existncia, a propriedade possui at hoje traos e marcos do perodo da escravatura, como a antiga senzala e o fato de ser todo construdo por escravos. Datado entre os anos de 1805 a 1810, possui azulejos de origem francesa e portuguesa, uma capela com paredes revestidas de azulejos em alto relevo, e na casa anexa capela foram detectados azulejos no estilo Pombalino, da poca do Marqus de Pombal.

PRAAS Praa Gonalves Dias - Localizada no Largo dos Amores, que foi inaugurado em 15 de outubro de 1860 e posteriormente denominado Largo dos Remdios. A praa, aps seis anos do naufrgio do navio Ville Bolougne, que resultou na morte de Gonalves Dias, recebeu o nome do poeta em 03 de novembro de 1900. Praa Benedito Leite - Diferentes denominaes recebeu ao longo da sua histria. Inicialmente foi denominada Largo do Val ou Vale. Em 1820, obras de reformas culminaram em um belo jardim. Em 1848 fez-se sua arborizao. Seu nome atual lhe foi dado em homenagem a Benedito Leite, importante poltico maranhense. Praa Dom Pedro II - Foi palco da conquista francesa para a concretizao da Frana Equinocial. J a partir do domnio portugus, seu espao fsico foi beneficiado com a realizao de obras pblicas e privadas tais como o Palcio dos Lees, o Palcio La Ravardiere, o Palcio Episcopal, a Catedral da S e vrios casares de personalidades importantes para a histria da cidade. Praa Joo Lisboa - Cenrio de importantes fatos histricos da cidade, como a invaso holandesa, em 1643, o pelourinho e a primeira feira de So Lus. Sua denominao fruto de uma homenagem da Cmara Municipal ao jornalista Joo Lisboa, ocorrida em 28 de julho de 1901. Praa Deodoro - Circundada por rvores e com alguns monumentos em homenagem a personalidades maranhenses, a maior rea de fluxo populacional da cidade, em funo de sua proximidade com a rua Grande, local com grande concentrao de comrcios. Praa Maria Arago - Projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada em 25 de Junho de 2004. Atualmente utilizada para inmeras manifestaes culturais e eventos. Dentre esses, a Feira da Criatividade, que comercializa trabalhos artesanais e a Feira do Livro. Praa Nauro Machado - rea revitalizada da Praia Grande, cenrio para descanso no entardecer da cidade e realizao de eventos culturais.

44MONUMENTOS Os monumentos de uma cidade, alm de assegurar a manuteno de sua identidade junto s futuras geraes, guarda a sua histria e preserva as suas tradies.Em So Lus, casares, fontes, igrejas e praas so elos entre o passado e o presente. O Centro Histrico de So Lus o nono Monumento Histrico-Cultural do pas, includo na lista de Patrimnio Mundial, Cultural e Natural da UNESCO, e onde se encontra o maior conjunto arquitetnico de origem portuguesa na Amrica Latina, formado por casares azulejados, mirantes e sacadas, becos e ruas com calamento em pedras de cantaria. Existem cerca de trs mil e quinhentas edificaes.

MANIFESTAES CULTURAIS Bumba-meu-boi - Uma das principais manifestaes da Cultura Popular do Maranho, o Bumba-meu-boi um Auto que rene trs formas de expresso artstica: teatro, dana e msica. uma tradio que se mantm desde o sculo XVIII e que arrasta maranhenses e visitantes por todos os cantos de So Lus, nos meses de junho para os arraiais montados na cidade, onde ocorrem apresentaes folclricas at o amanhecer. Atualmente, existem quase duzentos grupos de Bumba-meu-boi, na cidade de So Lus, subdivididos em diversos sotaques: Matraca ou da ilha, Orquestra, Zabumba, Pandeires ou sotaque de Pindar, e Costa de mo ou Cururupu. Cada sotaque tem caractersticas prprias, que se manifestam nas roupas, na escolha dos instrumentos, no tipo de cadncia da msica e nas coreografias. Cacuri - Dana feita em pares com formao em crculo, o cordo, acompanhada por instrumentos de percusso. Originada da festa do Divino Esprito Santo, uma dana tpica dos festejos juninos. Tambor de Crioula - Resultado do sincretismo religioso, o Tambor de Crioula uma louvao a So Benedito, praticada h mais de trs sculos por descendentes de negros, sob a forma de canto, toque de tambor e dana. organizada ao ar livre, em qualquer poca do ano, para celebrar datas, momentos marcantes ou pagar promessas. Em junho de 2007, foi reconhecido como Patrimnio Cultural Imaterial Brasileiro. Alm das manifestaes citadas, existem ainda a Dana do Lel, Dana do Coco, Dana do Boiadeiro, Dana Portuguesa, Quadrilha, com apresentaes durante os festejos juninos.

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8. Vias de acessoAREO So Lus possui um aeroporto, localizado a 15 km do centro da cidade, atendido por linhas regulares das principais companhias areas brasileiras. O Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado tem capacidade para operar aeronaves at da categoria 767-400. Possui trs pontes de embarque, sala VIP, internet sem fio, Correios, terminais bancrios 24h, praa de alimentao, lojas de artesanato, espao para exposies temporrias, livraria, agncia de viagem, posto de atendimento ao turista, alm de servios de utilidade pblica. Conta ainda com sede administrativa, onde funcionam as gerncias das Companhias Areas, a Vigilncia Sanitria, postos das Polcias Federal e Militar, Juizado de Menores, Sala de Imprensa e ainda alojamento do Ministrio da Agricultura. O aeroporto possui 02 pistas, uma medindo 2.385 m de comprimento por 45 de largura, e outra de 1.525 m de comprimento por 41 de largura.

Tabela XVIII- DESEMBARQUE DE PASSAGEIROS ITEM 01 02 03 04 05 ANO 2005 2006 2007 2008 2009 QUANTITATIVO DE PASSAGEIROS 282.324 367.598 441.425 421.843 479.736 VARIAO 10,74% 30,2% 20,08% -4,43% 13,72%Fonte: Infraero

Fonte: Infraero

46MARTIMO Vrias linhas regulares partem diariamente para diversos locais do Estado, saindo do Terminal Hidrovirio da Praia Grande. No Terminal da Ponta da Espera, duas empresas (ServiPorto e Internacional Martima) fazem setes sadas dirias de ferry-boats at o Cujupe, chegando rodovia MA-106, por onde o trecho So Lus /Belm reduzido em torno de 240km, o que muito contribui para o aumento do fluxo de turistas oriundos do estado do Par. Apesar de possuir um porto com o segundo maior calado do mundo e muito bem equipado, no existem linhas regulares de passageiros ligando So Lus s outras capitais do pas. O Porto do Itaqui utilizado principalmente para exportao.

RODOVIRIO Atravs da BR 135, So Lus liga-se ao interior e a outros estados do pas. No Terminal Rodovirio h terminais bancrios, cyber caf, restaurante, lanchonete, lojas de artesanato, Posto de Informaes Tursticas, posto da Polcia Militar, Posto do Juizado de Menores, casa lotrica, alm de outros servios. Diariamente, partem linhas regulares para diversos pontos do Estado e do Pas.

FERROVIRIO O transporte ferrovirio, de responsabilidade da VALE, realizado atravs da Ferrovia Carajs, que liga So Lus a Parauapebas-PA, com sadas s segundas-feiras, quintas-feiras e sbados, s 8 h da manh, em duas classes de vages, uma executiva e uma econmica.

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9. Caractersticas da demanda tursticaA Secretaria Municipal de Turismo trabalha para suprir a necessidade de conhecimento sobre o setor, produzindo informaes sobre aspectos ligados ao turismo. Ressalte-se que tais informaes so de suma importncia para o desenvolvimento deste setor, uma vez que elas fornecem embasamento tcnico - cientifico para o planejamento de projetos, atividades e aes dos setores pblico e privado. Para tanto, esta Secretaria tem na sua estrutura organizacional a Coordenao de Anlise Mercadolgica, responsvel tecnicamente pela realizao de pesquisas conjunturais, atravs do recolhimento de dados primrios e secundrios, para a gerao de conhecimento da caracterizao e dimenso da demanda turstica. As pesquisas de Turismo Receptivo so aplicadas no municpio de So Lus com o objetivo de identificar as caractersticas da demanda turstica na Baixa e Alta estaes, atravs da coleta de dados realizada em janeiro, maio, julho e novembro. Visando sempre garantir qualidade no planejamento turstico, a atual gesto pblica, entendendo a importncia das manifestaes culturais, inseriu duas novas pesquisas: uma no perodo do Carnaval e outra no perodo de nossa mais tradicional festa: o So Joo (junho). Neste contexto, seguem abaixo os principais dados das pesquisas realizadas nos anos de 2008 e 2009, nos perodos de janeiro e maio. Ressalte-se que ambas as pesquisas foram realizadas nos principais portes de embarque e desembarque de So Lus.

Tabela XIX - Principais Emissores Baixa Estao ITEM 01 02 03 PRINCIPAIS EMISSORES 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 BAIXA ESTAO MAIO 2008 MA SP CE PI PA DF RJ Estrangeiros MG PE BA OUTROS 47,59% 9,64% 6,33% 4,67% 4,37% 3,90% 3,77% 3,35% 2,86% 2,86% 1,96% 12,05% BAIXA ESTAO MAIO 2009 MA PA CE PE RJ AM DF BA PI Estrangeiros RS MG OUTROS 55,94% 11,22% 4,13% 3,3% 2,96% 2,64% 2,48% 2,15% 1,98% 1,46% 1,32% 1,16% 5,11%

FONTE: SETUR Pesquisas de Turismo Receptivo - Baixa Estao - 2008/2009

48Tabela XX - MOTIVO DA VIAGEM Baixa Estao ITEM 01 02 03 04 05 06 07 MOTIVO DA VIAGEM Negcios/Estudos Sade Visita parentes/amigos Passeio Eventos Esporte Outros BAIXA ESTAO MAIO 2008 41,60% 18% 17,60% 13,40% 3,30% 2,30% 3,80% BAIXA ESTAO MAIO 2009 47,97 % 16,46% 13,33% 13,17% 3,25% 0,33% 5,53%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Baixa Estao 2008/2009

Tabela XXI MEIO DE HOSPEDAGEM Baixa Estao ITEM MEIO DE HOSPEDAGEM 01 02 03 04 05 06 07 Casa de parentes/amigos Hotel Pousada Flat/Apart. Casa/Apart. Aluguel Albergue Outros BAIXA ESTAO MAIO 2008 52,84% 34,06% 4,51% 1,75% 1,02% 0,87% 4,95% BAIXA ESTAO MAIO 2009 57,89% 29,27% 4,39% 1,14% 2,93% 4,39%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Baixa Estao 2008/ 2009

Tabela XXII FATOR DECISRIO Baixa Estao ITEM 01 02 03 04 05 06 FATOR DECISRIO (quando o motivo passeio) Atrativos naturais Patrimnio Histrico-Cultural Manifestaes culturais Preo mais adequado No respondeu Outros BAIXA ESTAO MAIO 2008 6,8% 2,3% 1,3% 0,9% 87,5% 1,2% BAIXA ESTAO MAIO 2009 32% 18,67% 20% 6,67% 22,67%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Baixa Estao 2008/2009

Tabela XXIII COMO VIAJA O TURISTA Baixa Estao ITEM 01 02 03 04 COMO VIAJA O TURISTA S Com a Famlia Com Amigos Em Excurso BAIXA ESTAO - MAIO 2008 60% 25% 14% 1% BAIXA ESTAO - MAIO 2009 61,46% 20,65% 17,72% 0,16%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Baixa Estao 2008/2009

49Tabela XXIV PRINCIPAIS EMISSORES Alta Estao ITEM 01 02 PRINCIPAIS EMISSORES 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 ALTA ESTAO JANEIRO 2008 MA 35,1% RJ BA DF PI Estrangeiros CE AM MG PE RR AP GO Outros 7,9% 6,1% 5,1% 4,5% 3,6% 3,5% 3,5% 2,1% 1,8% 1,4% 1,3% 1% 10,8% ALTA ESTAO JANEIRO 2009 MA 46,76% PA RJ SP DF PI CE AM PE MG RO Estrangeiros BA OUTROS 8,65% 7,3% 6,08% 5,68% 4,86% 3,65% 2,84% 2,16% 2,03% 1,89% 1,86% 1,62% 6,49%

FONTE: SETUR Pesquisas de Turismo Receptivo Alta Estao 2008/2009

Tabela XXV MOTIVO DA VIAGEM Alta Estao ITEM 01 02 03 04 05 06 MOTIVO DA VIAGEM Passeio Visita Parentes/Amigos Negcios/Estudos Eventos Sade Outros ALTA ESTAO JANEIRO 2008 29,1% 25,5% 20,6% 12,7% 9,8% 1,7% ALTA ESTAO JANEIRO 2009 24,27% 28,38% 27,72% 1,86% 15,25% 2,52%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Alta Estao 2008/2009

Tabela XXVI MEIO DE HOSPEDAGEM Alta Estao ITEM 01 02 03 04 05 06 07 MEIO DE HOSPEDAGEM Casa de parentes/amigos Hotel Pousada Casa/Apart. Aluguel Flat/Apart. Albergue Outros ALTA ESTAO JANEIRO 2008 59,7% 27,6% 5,8% 1,7% 1,1% 0,5% 3,6% ALTA ESTAO JANEIRO 2009 67,37% 17,51% 4,51% 5,04% 1,33% 0,66% 3,58%

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Alta Estao 2008/2009

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Tabela XXVII FATOR DECISRIO Alta Estao ITEM 01 02 03 04 05 FATOR DECISRIO (quando o motivo passeio) Atrativos naturais Patrimnio Histrico-Cultural Manifestaes culturais Preo mais adequado Outros ALTA ESTAO JANEIRO 2008 37,35% 17,9% 12,6% 5.45% 27,24% BAIXA ESTAO JANEIRO 2009 43,82% 26,97% 3,37% 7,3% 18,54

FONTE: SETUR Pesquisas Turismo Receptivo - Alta Estao 2008/2009

Tabela XX