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Página | 1 30 de abril de 2014 Análise de Investimentos Boletim Diário Bolsa A Bovespa abriu o dia com forte alta influenciada pelo resultado da pesquisa eleitoral divulgada na parte da manhã e pelos resultados de empresas, com destaque para ItauUnibanco. Na parte da tarde o mercado começou a devolver os ganhos, encerrando com alta de 0,89% aos 51.839 pontos e volume financeiro de R$ 6,97 bilhões. A agenda econômica desta quarta-feira já trouxe o IPC principal (A/A) de abril na zona do euro em 1,0%, em linha com a expectativa e nos EUA, saíram as solicitações de empréstimos hipotecários com queda de 5,9% e ainda nesta manhã o PIB anualizado dos EUA (T/T) apresentou elevação de 0,1% bem abaixo da expectativa de 1,2% e dos 2,6% apresentado anteriormente. No Brasil saem os dados da balança orçamentária do governo e coeficiente da dívida/PIB. Nos mercados, Nikkei não operou devido ao feriado local e Hang Seng registrou queda, enquanto que na zona do euro as bolsas mostram predomínio de queda. A Bovespa, que teve um movimento positivo inesperado ontem, poderá sofrer um ajuste neste fechamento de mês. Câmbio Ontem o dólar voltou a subir frente ao real em meio ao movimento de compra por parte de importadores e com investidores se antecipando à perspectiva de fluxo de saída quando ocorre pagamento de dividendos aos acionistas da Vale. A formação da ptax de fim de mês, também na quarta-feira, influenciou os negócios. No fechamento, o dólar à vista registrou alta de 0,22% no balcão, a R$ 2,2320. No mercado futuro, o dólar para maio avançou 0,56%, a R$ 2,2380. Juros As taxas futuras de juros tiveram dia de oscilação, influenciadas pela divulgação da pesquisa eleitoral e também pela curva do dólar. No fechamento a taxa do DI com vencimento em jul/14 estava em 10,860%, ante 10,862% no ajuste anterior. MERCADOS Índices, Câmbio e Commodities Altas e Baixas do Ibovespa Ibovespa x Dow Jones (em dólar) 60 80 100 120 140 Dow Jones Ibovespa Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 10:30 Coeficiente % da dívida/PIB Ma rço 0,341 0,337 10:30 Balança orçamentária nominal Ma rço -11,8 bi. -9,5 bi. 10:30 Balança orçamentária primária Ma rço 3,1 bi. 2,1 bi. Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 25-abr -3,30% 09:15 ADP - Variação setor empregos Abril 210 mil 191 mil 09:30 Índice de custo de emprego 1T 0,50% 0,50% 09:30 PIB anualizado (t/t) 1T 1,20% 0,10% 2,60% 09:30 Consumo pessoal 1T 2,00% 3,30% 09:30 PIB - Índice de preços 1T 1,60% 1,60% 09:30 Principais gastos pessoais (t/t) 1T 1,20% 1,30% 10:00 ISM Milwaukee Abril 56 56,03 10:45 PMI Chicago Abril 57 55,9 15:00 FOMC - Decisão sobre a taxa de juros 30-abr 0,25% 0,25% Europa Referência Expectativa Apurado Anterior 06:00 Estimativa do IPC (a/a) Abril 0,80% 0,70% 0,50% 06:00 IPC principal (a/a) Abril 1,00% 1,00% 0,70% China Referência Expectativa Apurado Anterior 22:00 PMI Manufatura Abril 50,5 50,3 Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 51,839 0.9 2.8 0.6 Ibovespa Fut. 52,480 0.9 9.9 1.1 Nasdaq 4,104 0.7 (2.3) (1.7) DJIA 16,535 0.5 0.5 (0.2) S&P 500 1,878 0.5 0.3 1.6 Tóquio 14,304 0.1 (3.5) (12.2) Xangai 2,026 0.3 (0.3) (4.2) Frankfurt 9,584 1.5 0.3 0.3 Londres 6,770 1.0 2.6 0.3 Mexico 40,703 1.4 0.6 (4.7) India 22,418 (0.2) 0.1 5.9 Rússia 1,153 1.2 (5.9) (20.1) Dólar - vista R$ 2.24 0.6 (1.6) (5.3) Dólar/Euro $1.38 (0.3) 0.3 0.5 Euro R$ 3.09 0.1 (1.2) (4.9) Ouro $1,295.90 (0.1) 0.9 7.5 Petróleo Brent $108.98 0.8 1.1 (1.6) Petróleo WTI $101.28 0.4 (0.3) 2.9 * Dia anterior, exceto Ásia

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Bolsa

A Bovespa abriu o dia com forte alta influenciada pelo resultado da pesquisa

eleitoral divulgada na parte da manhã e pelos resultados de empresas, com

destaque para ItauUnibanco. Na parte da tarde o mercado começou a devolver

os ganhos, encerrando com alta de 0,89% aos 51.839 pontos e volume

financeiro de R$ 6,97 bilhões. A agenda econômica desta quarta-feira já trouxe

o IPC principal (A/A) de abril na zona do euro em 1,0%, em linha com a

expectativa e nos EUA, saíram as solicitações de empréstimos hipotecários com

queda de 5,9% e ainda nesta manhã o PIB anualizado dos EUA (T/T) apresentou

elevação de 0,1% bem abaixo da expectativa de 1,2% e dos 2,6% apresentado

anteriormente. No Brasil saem os dados da balança orçamentária do governo e

coeficiente da dívida/PIB. Nos mercados, Nikkei não operou devido ao feriado

local e Hang Seng registrou queda, enquanto que na zona do euro as bolsas

mostram predomínio de queda. A Bovespa, que teve um movimento positivo

inesperado ontem, poderá sofrer um ajuste neste fechamento de mês.

Câmbio

Ontem o dólar voltou a subir frente ao real em meio ao movimento de compra

por parte de importadores e com investidores se antecipando à perspectiva de

fluxo de saída quando ocorre pagamento de dividendos aos acionistas da Vale.

A formação da ptax de fim de mês, também na quarta-feira, influenciou os

negócios. No fechamento, o dólar à vista registrou alta de 0,22% no balcão, a

R$ 2,2320. No mercado futuro, o dólar para maio avançou 0,56%, a R$ 2,2380.

Juros

As taxas futuras de juros tiveram dia de oscilação, influenciadas pela divulgação

da pesquisa eleitoral e também pela curva do dólar. No fechamento a taxa do

DI com vencimento em jul/14 estava em 10,860%, ante 10,862% no ajuste

anterior.

MERCADOS

Índices, Câmbio e Commodities

Altas e Baixas do Ibovespa

Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

60

80

100

120

140

Dow Jones Ibovespa

Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior

10:30 Coeficiente % da dívida/PIB Março 0,341 0,337

10:30 Balança orçamentária nominal Março -11,8 bi . -9,5 bi .

10:30 Balança orçamentária primária Março 3,1 bi . 2,1 bi .

Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior

08:00 MBA - Sol ici tações de empréstimos hipotecários 25-abr -3,30%

09:15 ADP - Variação setor empregos Abri l 210 mi l 191 mi l

09:30 Índice de custo de emprego 1T 0,50% 0,50%

09:30 PIB anual izado (t/t) 1T 1,20% 0,10% 2,60%

09:30 Consumo pessoal 1T 2,00% 3,30%

09:30 PIB - Índice de preços 1T 1,60% 1,60%

09:30 Principais gastos pessoais (t/t) 1T 1,20% 1,30%

10:00 ISM Mi lwaukee Abri l 56 56,03

10:45 PMI Chicago Abri l 57 55,9

15:00 FOMC - Decisão sobre a taxa de juros 30-abr 0,25% 0,25%

Europa Referência Expectativa Apurado Anterior

06:00 Estimativa do IPC (a/a) Abri l 0,80% 0,70% 0,50%

06:00 IPC principal (a/a) Abri l 1,00% 1,00% 0,70%

China Referência Expectativa Apurado Anterior

22:00 PMI Manufatura Abri l 50,5 50,3

Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%)

Ibovespa 51,839 0.9 2.8 0.6

Ibovespa Fut. 52,480 0.9 9.9 1.1

Nasdaq 4,104 0.7 (2.3) (1.7)

DJIA 16,535 0.5 0.5 (0.2)

S&P 500 1,878 0.5 0.3 1.6

Tóquio 14,304 0.1 (3.5) (12.2)

Xangai 2,026 0.3 (0.3) (4.2)

Frankfurt 9,584 1.5 0.3 0.3

Londres 6,770 1.0 2.6 0.3

Mexico 40,703 1.4 0.6 (4.7)

India 22,418 (0.2) 0.1 5.9

Rússia 1,153 1.2 (5.9) (20.1)

Dólar - vista R$ 2.24 0.6 (1.6) (5.3)

Dólar/Euro $1.38 (0.3) 0.3 0.5

Euro R$ 3.09 0.1 (1.2) (4.9)

Ouro $1,295.90 (0.1) 0.9 7.5

Petróleo Brent $108.98 0.8 1.1 (1.6)

Petróleo WTI $101.28 0.4 (0.3) 2.9

* Dia anterior, exceto Ásia

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

BRF (BRFS3) – Resultado do 1º trimestre 2014 já mostra melhora

A BRF registrou no 1T14 um lucro líquido de R$ 315,4 milhões, com queda de 12% frente

um resultado líquido de R$ 358,5 milhões do 1T13, sensibilizado por outros resultados

operacionais, notadamente pelas despesas com marketing e trade marketing, outras

despesas com a reestruturação e do aumento das despesas financeiras liquidas, em

comparação ao mesmo período do ano anterior.

BRF Consolidado 1T13 1T14

R$ milhões

Receita Líquida 7.209 7.339 Merc Interno 4.069 4.208

Merc Externo 3.139 3.131

EBITDA 804 861margem ebitda 11,1% 11,7% 0,6 pp

Resultado Fin Líquido -102 -196margem fin.líq. -1,4% -2,7% -1,3 pp

Lucro Líquido 359 315margem líquida 5,0% 4,3% -0,7 pp

Patrimônio Líquido 14.983 15.164

Dívida Líquida 7.152 5.990

Divida Líq./Ebitda 2,77 1,88

var

1,8%3,4%

-0,3%

92,2%

7,1%

Fonte: BRF/Planner Corretora.

-12,0%

-16,2%

1,2%

O resultado foi construído a partir de uma receita líquida de R$ 7,3 bilhões, com leve

incremento de 1,8% frente igual trimestre do ano passado (sendo na média +9,9% em

preço e -7,4% em volume para 1,3 milhão de toneladas), em um ambiente de consumo

mais desafiador no mercado interno, e de volumes menores no mercado externo, em linha

com a estratégia adotada de reduzir volumes em alguns mercados selecionados.

O lucro bruto somou R$ 1,9 bilhão, 11,5% superior ao 1T13, refletindo o aumento de preços

médios e diminuição dos custos no período, com consequente ganho de 2,3pp na margem

bruta, de 23,5% para 25,8%. Sua geração operacional de caixa medida pelo EBITDA foi de

R$ 860,8 milhões, 7,1% acima do 1T13, resultando em margem EBITDA de 11,7% ante

11,1% no ano anterior.

O resultado financeiro no trimestre foi de despesa líquida de R$ 196 milhões, 92% acima do

1T13. Ao final de março sua dívida líquida somava R$ 5,99 bilhões, 11,7% abaixo da

registrada em dez/13 e 16,2% abaixo dos R$ 7,15 bilhões em mar/13 (2,77x o EBITDA),

resultando em uma dívida líquida sobre EBITDA (últimos doze meses) de 1,88x.

ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Opinião: O lucro de R$ 315,4 milhões no 1T14 quando comparado com o lucro líquido do

4T13 de R$ 208,4 milhões, já registra melhora, em linha com o planejamento estratégico da

companhia, com vistas a ampliar sua liderança no Brasil e no exterior, através de

comercialização de produtos de maior valor agregado. Ressalte-se a geração de caixa livre

no trimestre de R$ 1,13 bilhão, reflexo de melhor resultado operacional com aumento de

participação de mercado (industrializados, congelados e pizza), e pelo equilíbrio do nível de

investimento (R$ 335,8 milhões com queda de 46,1% em 12 meses direcionados para

crescimento, eficiência e suporte) e a redução do capital de giro. Para 2014 o Capex

previsto é de R$ 1,5 bilhão. A BRF continua na busca de otimizar seu capital de giro e

melhorar seu ciclo financeiro, que passou de 58 dias, em mar/13 (14,8% da Receita

Operacional Liquida - ROL) para 41,8 dias em mar/14, representando 11,0% da ROL. A

tendência é de lucros crescentes na medida em que os resultados da reestruturação em

curso se tornem realidade, ao longo dos próximos 3 anos.

Banco Santander Brasil (SANB11) – Oferta para adquirir participação minoritária

Ontem o Santander anunciou uma oferta para adquirir participação minoritária no

Santander Brasil de aproximadamente 25% com a emissão de até aproximadamente 665

milhões de ações do Grupo Santander. A oferta é voluntária, e se aceita, os acionistas do

Santander Brasil receberão 0,70 ações do Grupo Santander para cada unit, equivalente a R$

15,31/unit e a um prêmio de 20% com base no preço de fechamento, prêmio de 21% em 1

mês e de 29% com base na média dos últimos 3 meses.

Para tanto foram consideradas a cotação de fechamento do Grupo Santander de EUR 7,046

na cotação de fechamento do Santander Brasil de R$ 12,74 e em uma taxa de conversão

real/euro de 3,104 em 28 de abril de 2014 (Fonte: FactSet). A partir daí as ações serão

negociadas na BM&FBovespa na forma de BDRs, e o restante das ações do Santander Brasil

continuará listado na BM&FBovespa. A operação está prevista para ser concluída no quarto

trimestre de 2014, após a qual o Santander Brasil deixará de ser listado no Nível 2 de

Governança Corporativa e passará a ser listado no segmento tradicional.

Opinião: Segundo o banco a operação objetiva (i) revelar valor de longo prazo do Santander

Brasil; (ii) aumentar o peso de mercados com crescimento estrutural no portfólio de

negócios do banco, na medida em que considera financeiramente atrativo para todos os

acionistas. Muito embora o ágio proposto seja de 20%, o preço é inferior ao preço pago

quando do IPO do banco. Influenciados pela proposta, ontem seus papéis se aproximaram

do preço proposto, lembrando que se trata de troca de ações, e que os R$ 15,31/unit é

abaixo do nosso preço justo de R$ 16,91/unit. Acontece que o banco vem encontrando

dificuldade para concretizar seus planos de crescimento após o IPO e se aproximar dos seus

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

principais concorrentes. O ROE mesmo ajustado é também inferior aos demais.

Acreditamos que em sua maioria os acionistas exercerão seu direito e aceitarão a proposta.

Ontem o Santander publicou seus resultados referentes ao 1T14, com um Lucro Líquido

gerencial de R$ 1,428 bilhão (ROAE de 11,2%), 2,5% abaixo dos R$ 1,465 bilhão que

esperávamos, e com queda de 6,0% frente igual trimestre de 2013 (ROAE de 12,0%), e com

leve crescimento de 1,3% frente o lucro do 4T13. Já o lucro líquido societário ficou em R$

518 milhões, com queda de 14,9% em relação ao 1T13.

Pão de Açúcar (PCAR4) – Resultados do 1T14

O Grupo Pão de Açúcar encerrou o 1T14 com receita líquida de R$ 14,97 bilhões, aumento

de 11,9% em relação ao mesmo período do ano passado, com margem bruta de 24,9%

(26,0% no 1T13).

No GPA Alimentar, a receita líquida cresceu 11,4%, com a inauguração de 13 lojas, sendo 6

minimercados Extra, 2 Assaí e 3 Extra Hiper, além de 2 drogarias. No conceito ‘mesmas

lojas’, o crescimento de 2,6% foi negativamente impactado pelo efeito calendário. Na Nova

Pontocom a receita líquida foi de R$ 1,3 bilhão, aumento de 52,5% no comparativo

trimestral, sustentado por um forte crescimento no fluxo de clientes, melhora da taxa de

conversão de compra e maior representatividade do marketplace. Na Via Varejo a receita

atingiu R$ 5,44 bilhões, evolução de 5,8% sobre o 1T13. No conceito mesmas lojas a receita

líquida cresceu 7,5% no GPA Consolidado.

A empresa registrou redução na relação despesas operacionais/receita líquida de 19,7%

para 18,0%, ajudando no crescimento do EBITDA que passou de R$ 862 milhões no 1T13

para R$ 1,05 bilhão no 1T14 com margem de 7,0% no 1T14 contra 6,4% no 1T13.

O lucro líquido da companhia somou R$ 338 milhões no 1T14, contra R$ 275 milhões no

1T13, alta de 22,9%. A margem líquida foi de 2,3% no 1T14, ligeiramente superior ao 1T13.

Entre as duas divisões de negócios, o melhor desempenho foi obtido na Via Varejo + Nova

Pontocom, registrando lucro líquido de R$ 167 milhões no 1T14 enquanto que a GPA

Alimentar ficou com R$ 172 milhões, mas com queda em relação ao 1T13.

Houve uma desalavancagem da dívida líquida no trimestre, com redução de R$ 966 milhões

em relação ao saldo de março de 2013. Essa diminuição está relacionada à maior geração

de caixa dos negócios (R$ 370 milhões), mesmo com o efeito negativo da Páscoa, e efeitos

não recorrentes positivos referentes ao caixa obtido com a oferta pública de ações da Via

Varejo, dentre outros, que representaram cerca de R$ 600 milhões. Consequentemente, a

relação Dívida Líquida/EBITDA passou de 0,42x para 0,15x.

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

A dívida líquida incluindo a operação de carnês totalizou R$ 3,410 bilhões, com redução de

R$ 759 milhões em relação a março de 2013. A relação Dívida Líquida com carnês/EBITDA

atingiu 0,85x ao final do 1T14, significativamente inferior ao endividamento registrado no

1T13.

Em Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) de 16/04/2014, os acionistas

aprovaram a proposta da Administração para distribuição de dividendos relativos ao

exercício findo em 31/12/2013 no valor total de R$ 250 milhões (R$ 250 milhões em

31/12/2012), que inclui os dividendos antecipados já declarados. Este valor corresponde a

R$ 0,888957268 por ação ordinária e R$ 0,977852995 por ação preferencial.

Excetuadas as antecipações trimestrais já pagas durante 2013, a Companhia pagará em até

60 dias a partir de 16/04/2014, data da realização da AGOE, o valor de R$ 150,5 milhões

que corresponde à parcela remanescente de dividendos referente ao ano de 2013. Este

valor corresponde a R$ 0,535395 por ação ordinária e R$ 0,588935 por ação preferencial.

Terão direito os detentores de ações em circulação na data-base de 16/04/2014.

A partir do dia 17/04/2014, as ações passaram a ser negociadas sem direito aos dividendos

(“ex-direito”) até a data do seu pagamento, a ser anunciada oportunamente.

A ação PCAR4 encerrou ontem cotada a R$ 105,2, alta de 0,8% em 2014, com valor de

mercado de R$ 27,8 bilhões. A ação está bem precificada neste momento, mas acreditamos

na continuidade do crescimento dos resultados do grupo em 2014.

Odontoprev (ODPV3) – Resultados do 1T14

A Odontoprev registrou crescimento de 10,7% na receita líquida do 1T14, atingindo R$

282,3 milhões, com evolução de 7,6% no tíquete médio de R$ 14,73 para R$ 15,85 no 1T14,

refletindo o reajuste de contratos corporativos, depuração de carteira e, em menor escala,

a mudança de mix no período.

O EBITDA ajustado somou R$ 83,7 milhões no 1T14 contra R$ 79,8 milhões em igual

período anterior, alta de 5,0% e o lucro líquido foi de R$ 58,4 milhões, ligeiramente inferior

ao 1T13, com margem líquida de 20,6% no 1T14, contra 23,0% no 1T13.

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

A empresa encerrou o 1T14 com uma posição de caixa líquido de R$ 322,4 milhões e zero

de dívida, um ponto forte da companhia.

De acordo com dados preliminares da ANS, em setembro de 2013, o setor de planos

médicos atingiu 49,0 milhões de beneficiários, com 3,2% de crescimento em relação a

set/12. Por sua vez, o setor de planos odontológicos cresceu 4,2% no mesmo período,

totalizando 19,5 milhões de beneficiários.

A OdontoPrev atingiu 6.181.798 beneficiários no 1T14, com adição líquida de 173.679

novas vidas nos últimos doze meses (85 mil PME e 140 mil planos individuais). A carteira da

Odontoprev é composta por 81% de clientes corporativos, 12% de PME e 7% de planos

individuais.

Em 29/04/2014 o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 49.809 em

dividendos, a serem pagos em 04/06/2014, elevando a remuneração total a acionistas a R$

58.353, totalizando 100% de payout trimestral.

Opinião: A empresa segue mostrando bons resultados, com uma situação financeira

bastante confortável e conseguindo manter boa taxa de crescimento na sua carteira de

clientes. A ação ODPV3 encerrou ontem cotada a R$ 8,75 acumulando queda de 9,8% no

ano e com valor de mercado de R$ 4,65 bilhões.

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Análise de Investimentos

Boletim Diário

Totvs (TOTS3) – Resultados do 1T14

Totvs (TOTS3) – A Totvs encerrou o 1T14 com crescimento de 15,4% na receita líquida que atingiu R$ 431,9 milhões no período, contra R$ 374,2 milhões no mesmo período de 2013 e a margem bruta de 67,8%. Na composição da receita líquida trimestral, a Totvs mostrou crescimento de 16,2% nas taxas de licenciamento, 17,5% em serviços e 13,9% em manutenção.

A empresa destaca que o crescimento de receita líquida é o resultado principalmente da diversidade de seu portfólio de clientes e da flexibilidade do modelo de negócios e que a expansão de margem se deu pela escala natural da operação e gestão de custos e despesas.

O EBITDA cresceu 17,1% de R$ 97,5 milhões para R$ 114,2 milhões no 1T14, com margem de 26,5%, ligeiramente superior à margem do mesmo período de 2013.

O lucro líquido aumentou 18,7% somando R$ 61,6 milhões no 1T14 (R$ 51,8 milhões no 1T13), com margem de 14,3% no último trimestre.

O caixa líquido cresceu R$ 3,1 milhões, encerrando o 1T14 com saldo de R$ 90,6 milhões. A dívida bruta teve redução de R$ 37,07 milhões, resultado principalmente do pagamento do financiamento contratado junto ao BNDES em 2008 e da redução das obrigações por aquisição de investimentos líquidas, refletindo principalmente o pagamento da parcela variável do preço de aquisição da PC Sistemas.

A Totvs registrou mais um trimestre com resultados consistentes e em crescimento. Temos recomendação de compra para a ação TOTS3, com preço justo de R$ 47,00. Ontem a ação encerrou cotada a R$ 35,35, o que implica uma valorização potencial de 33% para a ação.

Embraer (EMBR3) – Resultados do 1T14

A empresa encerrou o 1T14 com receita líquida de R$ 2,93 bilhões, crescimento de 35,8% sobre o 1T13. O crescimento se deu principalmente devido à valorização do dólar frente ao real no período, pelo maior número total de jatos entregues e pelo crescimento significativo de 87% na receita do segmento de Defesa & Segurança.

O EBTIDA foi de R$ 354,7 milhões, mostrando evolução de 76,6% em relação aos R$ 200,3 milhões do 1T13 e sensível melhora na margem que passou de 9,3% no 1T13 para 12,1% no 1T14.

O lucro líquido foi de R$ 258,7 milhões, ante R$ 61,7 milhões em igual período de 2013, representando uma evolução de 319,3%. O caixa líquido totalizou R$ 119,3 milhões.

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

Do lado operacional, destaque para entrega de 14 aeronaves comerciais e 20 aeronaves executivas (sendo 17 jatos leves e 3 jatos grandes). A carteira de pedidos firmes (backlog) cresceu novamente no trimestre e alcançou US$ 19,2 bilhões, seu maior nível desde o 2T09, em função principalmente de novas vendas na Aviação Comercial.

No 1T14, o endividamento da Embraer totalizou R$ 5,02 bilhões, comparado aos R$ 5,14 bilhões do 4T13. Essa queda se deu basicamente pela valorização do Real frente ao Dólar ocorrida no período. As dívidas de longo prazo totalizaram R$ 4,84 bilhões, enquanto que as dívidas de curto prazo foram de R$ 179,5 milhões. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento caiu para 5,9 anos no 1T14. O custo das dívidas em dólar entre 4T13 e 1T14 caiu de 5,82% para 5,81% ao ano, enquanto que o custo das dívidas em reais subiu de 6,17% para 6,39% ao ano.

O resultado da Embraer mostrou uma sensível melhora e ajudado pelo comportamento do dólar no período, mas também pelo desempenho operacional. A ação encerrou o dia de ontem cotada a R$ 19,29 acumulando valorização de 2,7% no ano. Seu valor de mercado é de R$ 14,1 bilhões.

Ecorodovias ON (ECOR3): Distribuição de dividendos

A empresa vai pagar dividendos totais de R$486,4 milhões (R$ 0,873067589 por ação),

sendo uma parcela relativa resultado de 2013, mas a maior parte é referente à reversão da

reserva de lucros dos anos de 2010 e 2011.

O pagamento deste provento será realizado no dia 15/maio, baseado na posição dos

acionistas em 29/abril, com as ações sendo negociadas “ex-dividendos” a partir de hoje

(30/abril).

O dividendo agora deliberado indica um retorno para o acionista de 6,2%, considerando a

cotação de fechamento da ação ontem (R$14,15). Tendo em vista os dividendos já pagos

referentes ao exercício mais estes agora deliberados, a Ecorodovias está remunerando seu

acionista em 8,4%, também considerando a cotação ECOR3 de 29/abril.

Nossa indicação para ECOR3 é de Compra com Preço Justo de R$17,80/ação.

Ambev ON (ABEV3): Novo aumento de tributos para bebidas

O governo vai elevar novamente a tributação das chamadas “bebidas frias”, que são:

refrigerantes, cervejas, energéticos, isotônicos e refrescos. A expectativa da Receita

Federal é de que a correção da tabela usada para cobrança dos impostos do setor vá

provocar um aumento médio no preço dos produtos de 1,3%.

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30 de abril de 2014

Análise de Investimentos

Boletim Diário

No início deste mês o governo já havia elevado o redutor que define a tributação do IPI, PIS

e COFINS sobre as bebidas frias, medida está que implicou numa elevação média de 0,4%

no preço dos produtos. Naquela época, o Ministério da Fazenda comunicou também que

está previsto um novo reajuste do redutor em outubro deste ano, mas sem informar os

novos percentuais e impactos nos preços.

Após uma forte recuperação de vendas no primeiro trimestre, está é uma má notícia para a

Ambev, que detém 67,9% do mercado nacional de cervejas e 18,4% de refrigerantes. Os

aumentos nos preços provocados por estas elevações de tributos são pequenos, mas

sempre impactam as vendas em um mercado que já não está pujante.

Souza Cruz ON (CRUZ3): Resultados do 1T14

A empresa divulgou números do 1T14 com números praticamente semelhantes ao do

mesmo período de 2013, mas com queda de 2,3% nas vendas de cigarro e 16,5% nas

exportações de fumo.

Souza Cruz - Resultados Trimestrais

R$ milhões 1T14 1T13 Var. 1T14 E Var.

Receita Líquida 1.431 1.419 0,9% 1.462 -2%

Lucro Operacional 661 662 -0,1% - -

EBITDA 703 705 -0,4% 719 -2%

margem EBITDA 49,1% 49,7% -0,6 pp 49,2% -0,1 pp

Lucro Líquido 455 454 0,2% 466 -2%

Fonte: Souza Cruz e Bloomberg

No 1T14, a Souza Cruz teve queda de 2,3% em relação ao mesmo trimestre de 2013. Esta

redução ocorre depois da queda de 9,8% no volume vendido no ano de 2013. No 1T13 as

vendas de cigarro já tinham caído 23,4% comparadas ao mesmo período de 2013. Mesmo

assim, a Souza Cruz novamente expandiu sua participação no mercado brasileiro (+0,7

ponto percentual), atingindo 77,7%, principalmente com o crescimento de vendas das

marcas “premium”.

As exportações de fumo no 1T14 também tiveram queda. A redução foi de 16,5%,

comparada ao 1T13, sendo que no ano passado a diminuição das exportações de fumo foi

de 1,4%. Segundo a empresa, as exportações no trimestre caíram comparadas a 2013,

porque no ano passado seu principal cliente (a British American Tobacco- sua controladora)

antecipou compras.

Apesar de todos os desafios do negócio, a Souza Cruz segue mantendo uma excelente

situação financeira, mesmo distribuindo proventos numa taxa acima dos 90% dos lucros

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Análise de Investimentos

Boletim Diário

(96,2% em 2013). No final do 1T14, a empresa tinha um caixa de R$1,3 bilhão, equivalente

a 97% de seus passivos financeiros.

Mesmo com redução de vendas, o aumento de vendas das marcas de maior valor e dos

preços permitiu a empresa mostrar crescimento de 0,9%. Porém, no trimestre a Souza Cruz

teve aumentos acima da receita nos custos de produção (+1,5%) e nas despesas

operacionais (+1,9) que impactaram negativamente a geração de caixa medida pelo

EBITDA. No 1T14, o EBITDA teve queda de 0,4% e a margem caiu 0,6 pp. No entanto, a

empresa teve no trimestre uma expressiva redução no resultado financeiro (-71,%), em

função da valorização do real no período, que neutralizou a perdas operacionais, fazendo

com que o lucro líquido do trimestre ficasse 0,2% maior que no 1T13.

Não temos indicação para as ações da Souza Cruz. Vale notar que, considerando as

projeções médias do Bloomberg, CRUZ3 está sendo negociada com um indicador P/L de

17,8x para 2014, ainda acima dos números da controladora (15,9x).

BC: Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional – Mar/14

O crédito total do SFN incluindo as operações com recursos livres e direcionados somou R$

2.760 bilhões em março de 2014, após expansão de 1,0% no mês e de 13,7% em 12 meses,

comparativamente a variações respectivas de 0,5% e 14,6%, registradas em fevereiro. Com

isso a relação crédito/PIB subiu de 55,8% em fev/14 para 55,9% em mar/14 e com elevação

de 1,8pp frente igual mês do ano anterior.

Na evolução mensal, o saldo destinado às pessoas físicas cresceu 0,9% para R$ 1.282

bilhões, sensibilizado pelo feriado de carnaval. A carteira de pessoas jurídicas subiu 1,1%

para R$ 1.477 bilhões, refletindo, principalmente, a retomada sazonal da demanda de

crédito livre e direcionado pelas empresas. Destacaram-se os aumentos de desembolsos

em repasses externos, desconto de duplicatas e outros créditos livres, com ênfase, nesse

último, para contratos de aquisição de recebíveis. Nas operações destinadas a pessoas

físicas, as contratações se reduziram influenciadas pelo feriado de carnaval. As taxas de

juros e os spreads seguiram em elevação, permanecendo os indicadores de inadimplência

relativamente estáveis.

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Análise de Investimentos

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Oper. Crédito do SFN - Mar/14 (R$ bilhões) mar/13 fev/14 mar/14 AV

Total Oper Crédito (Livres + Direcionados) 2.427 2.732 2.760 100,0%

PF 1.107 1.271 1.282 46,5%

PJ 1.320 1.461 1.477 53,5%

Recursos Livres 1.412 1.493 1.503 54,5%

PF 701 748 750 27,2%

PJ 711 745 753 27,3%

Recursos Direcionados 1.015 1.239 1.256 45,5%

PF 407 523 532 19,3%

PJ 609 716 724 26,3%

Rec. Direcionados por segmento 1.015 1.239 1.256 45,5%

Financ. Imobi l iário 318 412 421 15,3%

Rura l 142 186 191 6,9%

BNDES 488 562 566 20,5%

Outros 66 79 79 2,9%

Crédito/PIB 54,1% 55,8% 55,9% 0,1 pp 1,8 pp

var 1m

0,9% 15,8%

1,1% 11,9%

1,4%

2,2%

2,2%

0,7%

var 12m

13,7%

6,5%

7,1%

5,9%

1,0%

0,7%

0,3%

1,0%

0,2%

23,7%

32,2%

33,9%

15,9%

19,1%

1,2% 19,0%

1,4% 23,7%

1,7% 30,8%

Fonte: Banco Central do Brasil/Planner Corretora.

Operações com recursos livres. Ao final de março estas operações corresponderam a

54,5% do total de crédito do sistema, somando R$ 1.503 bilhões, com alta de 0,7% no mês

e crescimento de 6,5% em 12 meses. A alta de 1,0% em base mensal nas carteiras de

pessoas jurídicas, para R$ 753 bilhões, com destaque para aquisição de recebíveis e

operações referenciadas em moedas estrangeiras, sustentou o crescimento dado que o

saldo do crédito livre destinado às famílias cresceu 0,3% no mês para R$ 750 bilhões, com

maior expansão nas modalidades do crédito rotativo (cheque especial e cartão de crédito).

Operações com recursos direcionados. O volume de recursos do crédito direcionado

(45,5% do total) somou R$ 1.256 bilhões, com crescimento de 1,4% no mês e 23,7% em 12

meses. O montante destinado a pessoas físicas, de R$ 532 bilhões, expandiu-se 1,7% no

mês, com destaque para os financiamentos imobiliários. Os créditos às empresas somaram

R$ 724 bilhões (+1,2% no mês), com ênfase na carteira de financiamentos para

investimentos com recursos do BNDES.

Operações com recursos livres e direcionados. Consideradas as operações com recursos

livres e direcionados, o crédito ao setor privado cresceu 0,9% no mês, ao totalizar R$2.596

bilhões, destacando-se as expansões nos segmentos imobiliário, industrial e rural. A

carteira de crédito rural elevou-se 2% no mês e os financiamentos imobiliários, 2,2%,

passando a representar 8,5% do PIB, ante 7,1% em março de 2013. O saldo dos

empréstimos ao setor público alcançou R$164 bilhões, após expansão de 3,5%, que refletiu,

principalmente, contratações destinadas a estados e municípios.

Taxas de juros. A taxa média de juros das operações de crédito do SFN (com recursos livres

e direcionados), somou 21,1% em março, após altas de 0,1pp no mês e 2,6pp em relação a

março de 2013. No crédito com recursos livres a taxa média foi de 31,6% (+0,1pp no mês e

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+5,6pp em 12 meses), enquanto no crédito direcionado, o custo médio somou 8,0% (0,4pp

e +0,7pp em 12 meses).

Taxa de juros (PF). Nas operações para pessoas físicas, a taxa média de juros situou-se em

27,7% em março, após altas de 0,3pp no mês e 3,2pp frente mar/13. No segmento livre, o

custo médio alcançou 41,6%, após alta mensal de 0,2pp. Nas operações com recursos

direcionados, a taxa média de juros subiu 0,8pp no mês, situando-se em 8,0%, influenciada

pela alta de 1,0pp nos financiamentos imobiliários.

Taxa de juros (PJ). Nos empréstimos às empresas, o custo médio manteve-se em 16%, após

altas de 2,0pp em 12 meses. O custo médio nas operações com recursos livres e

direcionados situou-se, respectivamente, em 23,1% e 8%, mantendo-se estável no primeiro

segmento e registrando elevação mensal de 0,1pp no segundo.

Oper. Crédito do SFN - Mar/14 (R$ bilhões) mar/13 fev/14 mar/14

Inadimplência >90d (Rec. Livres) 5,46% 4,76% 4,77% 0,0 pp -0,7 pp

PF 7,58% 6,46% 6,51% 0,1 pp -1,1 pp

PJ 3,62% 3,28% 3,27% 0,0 pp -0,4 pp

Taxas de aplicação (Rec. Livres) 26,04% 31,52% 31,59% 0,1 pp 5,6 pp

PF 34,52% 41,37% 41,60% 0,2 pp 7,1 pp

PJ 18,73% 23,07% 23,14% 0,1 pp 4,4 pp

Spreads (Rec. Livres) 17,60% 19,72% 19,80% 0,1 pp 2,2 pp

PF 25,46% 28,83% 29,10% 0,3 pp 3,6 pp

PJ 10,83% 11,91% 11,99% 0,1 pp 1,2 pp

Spreads (Rec. Direcionados) 2,95% 2,91% 2,92% 0,0 pp 0,0 pp

PF 3,00% 2,83% 2,96% 0,1 pp 0,0 pp

PJ 2,92% 2,96% 2,91% -0,1 pp 0,0 pp

Fonte: Banco Central do Brasil/Planner Corretora.

var 1m var 12m

Spread. O spread referente às operações com recursos livres e direcionados permaneceu

estável em 12,3% após alta de 0,6pp em 12 meses. Os spreads nos segmentos de pessoas

físicas e jurídicas situaram-se em 18,2% e 7,7%, respectivamente. No âmbito das operações

com recursos livres, o spread atingiu 19,8%, aumento de 0,1pp, enquanto, nas operações

com recursos direcionados, manteve-se em 2,9%.

Inadimplência. A inadimplência do SFN das operações com atrasos superiores a noventa

dias, manteve-se no patamar de 3% refletindo os índices de 4,4% (+0,1pp no mês) e 1,9%

(estabilidade no mês) nas operações com pessoas físicas e jurídicas, respectivamente. No

segmento de recursos livres, o nível de atrasos manteve-se em 4,8%, registrando, na

ordem, taxas de 6,5% e 3,3% nos empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. No âmbito das

operações com recursos direcionados, o indicador permaneceu em 1%, refletindo as

inadimplências respectivas de 1,8% e 0,5%, nos créditos às famílias e às empresas.

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Análise de Investimentos

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Opinião: O crescimento das operações de crédito do SFN (livres + direcionados) em base

mensal já veio melhor, contudo em base 12 meses houve recuo de 14,6% em fevereiro para

13,7% em março. A participação dos bancos públicos elevou-se novamente, passando de

51,7% para 51,9% do crédito total, assim como aconteceu em 2013, enquanto o setor

privado iniciou o ano reduzindo o estoque de crédito, por menor utilização das

modalidades rotativas e maior procura por créditos pessoais. A participação dos bancos

privados nacionais reduziu-se de 33,1% para 32,9%, enquanto dos bancos privados

estrangeiros elevou-se de 15,2% em fev/14 para 15,3% em mar/14. As taxas de juros e os

spreads seguiram em elevação, permanecendo os indicadores de inadimplência

relativamente estáveis. Considerando a inadimplência acima de 90 dias apenas para os

créditos livres, percebe-se uma piora marginal no segmento de pessoas físicas.

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Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões)

(1.157)

(4.074)

58

2.126

4.248

780 521

(213)(854)

1.288

2.944

1.928

(5.000)

(4.000)

(3.000)

(2.000)

(1.000)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14

Fonte: Ibovespa, dados até 25/04/2014

Fluxo de Capital Estrangeiro

(R$ milhões) 25/4/14 30 dias Mês Ano

Saldo (49,198) 3.044 1.928,2 5.306,2Fonte: BMFBovespa

Contratos em Aberto – Ibovespa Futuro

(190.000)

(160.000)

(130.000)

(100.000)

(70.000)

(40.000)

(10.000)

20.000

50.000

80.000

110.000

Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais

FLUXO ESTRANGEIRO

I. Não Residentes I. Institucionais

Compra 173.450 78.398

Venda 93.896 150.041

Líquido 79.554 (71.643)

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AGENDA MACROECONÔMICA

AnteriorData HorárioPaís /

RegiãoIndicador Referência Expectativa

Fonte: Bloomberg

Quinta-feira 08:30 EUA Chal lenger - redução postos de trabalho (a/a) Abri l -30,20%

1/5/2014 09:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego 26/abr 329 mi l

09:30 EUA Seguro-desemprego 19/abr 2680 mi l

09:30 EUA Deflator DCP (a/a) Março 1,20% 0,90%

09:30 EUA Principal DCP (m/m) Março 0,20% 0,10%

09:30 EUA Principal DCP (a/a) Março 1,20% 1,10%

11:00 EUA ISM Manufaturados Abri l 54 53,7

11:00 EUA Gastos com construção (m/m) Março 0,80% 0,10%

Sexta-feira 15:00 BR Balança comercia l mensal Abri l 112 mi .

2/5/2014 15:00 BR Total de exportações Abri l 17,628 mi .

15:00 BR Total de importação Abri l 17,516 mi .

22:00 BR Vendas de veículos Fenabrave Abri l 240807

09:30 EUA Variação na folha de pagamento (exc. agrícola ) Abri l 204 mi l 192 mi l

09:30 EUA Variação na folha de pagamento privada Abri l 205 mi l 192 mi l

09:30 EUA Taxa de desemprego Abri l 6,60% 6,70%

09:30 EUA Média de ganhos por hora (a/a) Abri l 2,10% 2,10%

09:30 EUA Variação de emprego de famíl ias Abri l 476

09:30 EUA Taxa de subdesemprego Abri l 12,70%

09:30 EUA Taxa de participação da força de trabalho Abri l 63,20%

10:45 EUA ISM de New York Abri l 52

05:00 EURO PMI Manufatura zona do euro Abri l

06:00 EURO Taxa de desemprego Março 11,90% 11,90%

Segunda-feira 05:00 BR BC - Pesquisa Focus (semanal )

12/5/2014 15:00 BR Balança comercia l semanal 11/mai

08:30 EUA Orçamento mensal Abri l

15:00 EUA Inadimplências de hipotecas 1T 6,39%

Terça-feira 06:00 EUA NFIB - Otimismo pequenos negócios Abri l 93,4

13/5/2014 08:30 EUA Adiantamento de vendas no varejo (m/m) Abri l 1,10%

09:30 EUA Vendas no varejo exc auto (m/m) Abri l 0,70%

09:30 EUA Índice de preços de importação (m/m) Abri l 0,60%

09:30 EUA Índice de preços de importação (a/a) Abri l -0,60%

09:30 EUA Estoques de empresas Março 0,40%

02:30 EURO Pesquisa ZEW (Expectativas ) Maio 61,2

02:30 CH Vendas varejo (acum. no ano a/a) Abri l 12,00%

02:30 CH Vendas no varejo (a/a) Abri l 12,20%

02:30 CH Produção industria l (acum. no ano a /a) Abri l 8,70%

02:30 CH Produção industria l (a/a) Abri l 8,80%

11:00 CH Investimento direto no exterior (a/a) Abri l -1,50%

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Cristiano de Barros Caris

[email protected]

Mario Roberto Mariante, CNPI*

[email protected]

Luiz Francisco Caetano, CNPI

[email protected]

Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI

[email protected]

Ricardo Tadeu Martins, CNPI

[email protected]

Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório.

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EQUIPE

Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice

Bovespa, mais o prêmio.