Índdiiccee - portelamor.com · reino do kongo batsikama, patricio mayamba editora 2010 todas 02...
TRANSCRIPT
-
1
NNDDIICCEE
Agremiao Pgina
G.R.E.S. UNIO DA ILHA DO GOVERNADOR 03
G.R.E.S. SO CLEMENTE 49
G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 87
G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA 143
G.R.E.S. PORTELA 203
G.R.E.S. ESTAO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 261
-
3
G.R.E.S.
UNIO DA ILHA DO
GOVERNADOR
PRESIDENTE
SIDNEY FILARDI
-
5
Nzara Ndembu Glria ao
Senhor Tempo
Carnavalesco
SEVERO LUZARDO
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
7
FICHA TCNICA
Enredo
Enredo
Nzara Ndembu Glria ao Senhor Tempo
Carnavalesco
Severo Luzardo Filho
Autor(es) do Enredo
Severo Luzardo Filho e Andr Rodrigues
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Severo Luzardo Filho e Jeferson Pedro Colaboradores: Ubiratan de Oliveira Arajo, Ricardo Euandilu Tenrio e Wellington Imperial
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Severo Luzardo
Livro Autor Editora Ano da
Edio
Pginas
Consultadas
01 As origens do
Reino do Kongo
BATSIKAMA, Patricio
Mayamba
Editora
2010 Todas
02 Africanidades
SILVA, Petronilha
Beatriz Gonalves
Revista do
Professor, Porto
Alegre
1995 Todas
03 A Galinha
dAngola:
Iniciao e
identidade na
Cultura afro
brasileira
VOGEL, Arno EDUFF 1993 Todas
04 Notas de
Introduo
Lingustica Bantu
KUKANDA,
Vatomene
Instituto
Superior de
Cincias da
Educao,
1986 Todas
Outras informaes julgadas necessrias
O carnavalesco Severo Luzardo Filho esteve em Angola, no deserto de Namibe, em junho de
2016, onde conversou com um sob de alto prestgio sobre as relaes do inquice TEMPO.
Tambm teve acesso a documentos e imagens do governos local, alm de uma variedade de
entrevistas com chefes tribais e estudiosos da cultura do candombl Nao Angola, que muito
enriqueceram a criao deste projeto.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
8
FICHA TCNICA
Enredo
Outras informaes julgadas necessrias
Outras fontes de consulta:
CARENO, Mary Francisca do. A lei 10639, a diversidade cultural e racial e as prticas escolares.
Disponvel em http://.www.grubas.com.br/datafiles CARMO, J. G. Botura. Africanidades: O incio de uma discusso curricular. IN:
http://paginas.terra.com.br/educacao/josue/index%20166.htm. BRASIL. Ministrio da Educao. Orientaes e Aes para a educao das relaes tnico-
raciais. Braslia: SECAD, 2006. MUNANGA, Kabengele& GOMES, Nilma Lino. O negro no Brasil de hoje: histria, realidades,
problemas e caminhos. So Paulo: Global, 2004 PINSKY, Jaime. (org.) O ensino de Histria e a criao do fato. 5 ed. So Paulo: Contexto, 1992. RATTS, Alex. DAMASCENA, Adriane A. Participao africana na formao cultural brasileira.
In: Educao africanidades Brasil. MEC SECAD UNB CEAD Faculdade de Educao.
Braslia. 2006. (p. 168 -183). SOUZA, N. S. Tornar-se negro. Rio de Janeiro: Graal, 1983.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
9
HISTRICO DO ENREDO
INTRODUO AO ENREDO
Angola, Congo! Sarav! Vem de l o passado, presente e futuro do universo!
Do seio da frica majestosa, mstica e misteriosa, da natureza sagrada, surge a histria
de um grande Rei que a Unio da Ilha vem contar...
Kitembo! A fora universal do inquice Tempo: o grande poder transformador. Grande
mestre, Deus do profano e do sagrado. Deus de todas as crenas e religies. O Tempo da
respirao, do sopro divino da vida.
A Odisseia de Tempo, o passageiro das iluses. a bssola majestosa que guia os
navios, os pontos cardeais, o vento nas velas das embarcaes, as mudanas do tempo
astral e do tempo cronolgico do homem na Terra.
Senhor da razo e da emoo. Condutor das sensaes e das emoes que o ser humano
sofre ao longo da vida. Mutao, evoluo! Faz mudar os rumos de tudo. O tempo est
na luta, na guerra, em momentos especiais que mudaram destinos, amarraram heranas e
civilizaes mundo a fora.
A Unio da Ilha pede licena para danar no ritmo do Tempo. Tal qual o povo guerreiro
de Alm-mar, veste a ancestralidade de um Rei consagrado no tempo e no espao. Faz
do carnaval, o renascimento e a celebrao do Tempo Rei, aquele que detm o poder de
tudo transformar. Com as pginas do passado, escrever no tempo presente o futuro para
uma nova era, um novo tempo.
Com o canto e a fora do seu povo, pede bnos a Kitembo, e emoldura as cores de
todos os credos e todas as crenas no seu pavilho.
Batam os tambores para um novo tempo: tempo de f para a Unio da Ilha!
tempo! tempo Nzara Ndembu!
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
10
NZARA ZDEMBU
GLRIA AO SENHOR TEMPO
GRES UNIO DA ILHA DO GOVERNADOR 2017
O Tempo no existe;
a no ser em todo o resto que h!
E Rei, o Tempo, uma epopeia,
existindo nas coisas todas que ho!
ausncia que se apresenta
como transformadora presena.
I
Pois havia as terras dos Bantos, onde Nzambi Mpungu, o grande criador e suprema
entidade, vivia em seu suntuoso palcio, Nsanzala dia Nzambi, o Templo da Criao, na
origem do universo, entre ampulhetas mgicas e ornamentos de ouro e marfim. Todo dia e
noite, criaturas Nlundis e Fucumbas de ferro protegiam o palcio. Foi quando surgiu a
necessidade de convocar Kitembo, Rei de Angola, e transform-lo no inquice mgico do
tempo: o tempo cronolgico e o tempo mtico estariam reunidos para toda a eternidade.
Raios e dias, tempestades e semanas, vulces e meses, estaes do ano e os anos, maremotos
e dcadas, os segundos em sculos, os minutos em milnios, as horas dando sentido vida!
Abriram-se mgicos portais, que conduziriam razo e emoo no longo existir. O destino e a
mutao.
A misso de Kitembo era dar sentido vida, transformar o universo e a humanidade, atravs
dos elementos da natureza. Foi assim que o esprito livre de Kitembo varou os cus e se
fixou na terra, alcanando conexo entre os dois mundos: o sobrenatural e o material. Criou
razes fortes de uma rvore sagrada, que servia como meio de comunicao e de transporte
entre os deuses e os homens, em comunho com o universo.
II
J l se vo 4,6 bilhes de anos! Sobre o supercontinente seminal, aliou-se a Nzumbarand,
a mais velha dos inquices, e juntos criaram a natureza na Terra, solicitando que Katend
lanasse sementes que formariam florestas guardadoras de majestosa biodiversidade.
,
Este equilbrio foi maculado com a chegada do grande meteoro que avermelhou o cu. Foi
preciso a ao de Kiambot Pambu Njila, em forma de caminhos e de movimento, para que
os continentes e o nvel do mar comeassem a se mover. Pontes de terra abriram caminhos
entre um bloco e outro, permitindo que primitivos animais migrassem livremente.
No caminho, o Rei de Angola encontrou guerreiros de vrias tribos e ensinou-lhes a cultivar
a terra. Era plantar para colher, domesticar alguns animais, e aceitar que muitas espcies
permaneceriam na natureza selvagem. Kiambot Cabila Duilo! Gongobira! Mutalamb:
salve o caador dos cus!
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
11
Kiu Nkosi, o Senhor da forja, ao transformar o instrumento de pedra em metal, viu os
guerreiros lutando para sobreviver. Da fora do ferro, para o bem e para o mal, surgiram os
instrumentos de trabalho e nasceu a natureza blica.
Kitembo no se abateu, e convocou Kavungo, inquice da sade, da morte e Senhor dos
mistrios e Nsumbu, o Senhor da terra, para celebrarem a Kukuana: festa da fartura, da
prosperidade de alimentos. O solo da Me Terra ganhava assim a sua celebrao principal.
Em contato com a natureza plena e no reencontro com seus irmos de Angola, o guerreiro
Kitembo renovou seus laos de fraternidade, essncia de sua ancestralidade, e seguiu
viagem.
III
No final da era onde as guas se separam da terra, surgiram os grandes reservatrios debaixo
e em cima da crosta do planeta. Angor, Hongolo Menh, o arco-ris no cu, foi quem
disso lembrou Kitembo. Era o vapor, o gasoso hdrico, a gua, a seiva da vida, que
circundaria toda a terra e trazendo novos ciclos.
As guas que se precipitam do cu tocados por Kitembo, Angor e Bamburucema, se
infiltram na terra e depois renascem lmpidas e brilhantes. Fontes de toda a vida, as guas
fizeram Kitembo entender a longevidade, o princpio de toda a cura e a bebida sagrada da
imortalidade. Nos rituais africanos, a gua o elemento fundamental em banhos de cheiro,
de descarrego; nas oferendas em cachoeiras; podendo, de forma mgica, tambm se
transformar em estado slido, fazendo surgir na natureza o encanto das geleiras, a neve e os
icebergs.
Foi num mergulho nas guas salgadas, que Kitembo chegou ao palcio subaqutico, cercado
de corais, e l encontrou Samba Kalunga, guardi dos segredos dos mares profundos, e
Nkianda, a dona de todo o mar e seus peixes abissais de extrema beleza.
A beno das guas salinizadas interagiu com lagoas e lagos onde a vida e a beleza das
espcies aquticas so mantidas e preservadas sob a proteo da encantadora Ndandalunda,
sereia de guas doces. Ndadalunda! Kissimbi!
IV
Kitembo sabia que havia um destino solar no seu caminhar, o assim chamado fogo
universal. Diante do poder incandescente, louvou Nzazi, a divindade do fogo, do trovo e da
justia. Estava diante do inquice capaz de fulminar os injustos com sua pedra de raio. Uma
chama que indica o caminho que deve ser seguido, por aquele que conhece os ensinamentos
das leis do Universo. A fora energtica, ligada ao impulso da vida, paixo,
transmutao; fora avassaladora e incrvel, associada motivao, desejo, inteno, mpeto
e esprito aventureiro. Fasca de divindade que brilha dentro de ns e de todas as coisas
vivas.
A Magia do Fogo pareceu ao Rei de Angola assustadora, porque os resultados manifestam-
se de forma rpida e espetacular, como nosso metabolismo e as paixes que nos movem. O
movimento da ampulheta no cansava de surpreend-lo. O encontro do sol com a lua, do dia
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
12
com a noite, s foi possvel porque o fogo, condutor da magia, a chama da vida estava ali
presente nos raios de sol de mais um dia.
No Sol, nas estrelas, nas fogueiras, nas brasas, nas lavas, nos vulces e nas erupes. O
frenesi que esquenta nos dias frios e faz transpirar nos dias quentes. Foi quando Kitembo
apreciou o eclipse, mais um espetculo da natureza.
E como isso no bastasse, o fogo era o elemento da comunicao, pois o fogo fala
diretamente aos homens. Diante do fogo, o animal se espanta e foge, mas o humano espanta-
se e aproxima-se. E ele faz parte de cultos e rituais, e desde os primrdios permitiu ao
homem inmeros avanos: o preparo de alimentos e bebidas, caadas e no afugentamento de
animais e grupos rivais, na fundio de metais e para fazer renascer as labaredas de f no
corao do homem.
V
O Rei Kitembo de Angola curvou-se diante do azul celeste, repleto do elemento Ar, e ali
esperou at que surgisse ao seu lado Matamba, a inquice rainha dos ciclones, furaces,
tufes e vendavais. A guerreira poderosa, amor e paixo do Senhor do tempo. Contam que
ele gostava de virar o tempo, apenas para ver Matamba soprar seu vento, to fundamental
para movimentar as sementes outrora lanadas na terra. Ali, no cho da terra, onde o homem
pisa com toda a sua humildade, estava a magia do poder transformador dos elementos.
Lemb foi um inquice concebido por Nzambi Mpungu e encarregado de proteger o amor, os
encontros, as partidas e chegadas. Foi responsvel por manter acessa a paixo de Kitembo e
Matamba durante todos os sculos.
Durante o encontro com Kitembo, Matamba deu-lhe a mo, e seguiu com ele de volta para
a frica, para o Reino de Nzambi. No voo para o reino de Nzambi, os caminhos de
Matamba e Kitembo foram abertos por um panapan de lindas borboletas que guiaram a
viagem. De volta frica, uniram seus sditos na criao de um novo reino, gerando
trabalho e prosperidade por muitos sculos, emanando para todos os povos, irradiaes de
amor e respeito pelo meio ambiente, a fonte inesgotvel de vida para as futuras geraes.
Que nossa vida seja um canal de manifestao do Reino de Nzambi, onde quer que
estejamos. Que nossa ao, nossa palavra, nosso agir, revele esse maravilhoso reino com
todas as suas potencialidades. E assim abriremos de volta o caminho para que possamos
viver o nosso Tempo.
Como ser o futuro da humanidade e a preservao dos elementos naturais? A unio dos
povos pela preservao da vida, responderia Kitembo.
Na histria do Tempo, a rvore sagrada da vida deixou registrada para todo o sempre esta
cronologia: as razes do passado, as folhas do presente e os frutos do futuro.
Sarav! Nzara Ndembu!
De um velho sob do deserto de Namibe,
para Unio da Ilha do Governador.
Carnaval 2017
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
13
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Para o carnaval de 2017, o GRES Unio da Ilha do Governador traz uma diferente
vertente dos cultos africanos. Focada na cultura do Candombl Banto, a Unio
apresenta um enredo que passeia atravs dos inquices, suas regncias na natureza e
seus ensinamentos humanidade.
Guiando o povo Insulano, quem conduz nosso enredo KITEMBO, Rei de Angola,
o Inquice mgico do tempo. Em sua jornada, Kitembo passeia entre os quatro
elementos da natureza, aprendendo com os outros inquices e modificando a vida
dos homens. Kitembo vagueia atravs das transversais do tempo (presente, passado e
futuro), atemporal, ele a nova histria que escrevemos e tambm a preservao de
todas as histrias que vivemos, afinal, tudo que sabemos hoje, aprendemos com o
tempo.
As casas de candombl da nao Banto representam Kitembo com uma bandeira
branca no ponto mais alto de suas construes. Acredita-se que o vento de Matamba
sopra e balana a bandeira apontando a direo que devemos seguir, e hoje todos os
ventos sopram para o desfile da Unio da Ilha do Governador. Vamos ver a saga
mitolgica desse glorioso e poderoso inquice, desde o princpio, quando sua odisseia
se inicia no Palcio de Nzambi, onde ele ganhou seus poderes.
Vamos acompanhar como o tempo aprendeu com os inquices do elemento terra a
semear e colher o alimento, passando estes ensinamentos aos homens. E kitembo vai
alm, e os ensina a louvar e agradecer o alimento em forma de festas e oferendas. No
reino das guas, ele vai ver as mutaes desse elemento e suas diversas formas de se
apresentar na natureza. Vamos presenciar a beleza de Ndandalunda e o incrvel
reino plural e multicor de Samba Kalunga. Nessa viagem ns iremos sentir o calor
na presena do fogo, e como kitembo apresenta esse elemento a seus filhos.
NZARA NDEMBU! Glria ao Senhor Tempo!
Saudamos o senhor tempo, que no final de nosso enredo atravs do elemento ar, vai,
nos ventos de Matamba rumo ao infinito, em direo ao futuro. L iremos encontr-
lo depois de aprender tudo que o tempo tem a nos ensinar para a preservao de uma
vida melhor aqui na terra.
Que Matamba, sopre na direo dos caminhos do Rei que a Unio da Ilha est
levando os filhos do tempo at a eternidade de mais um carnaval!
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
14
ROTEIRO DO DESFILE
Comisso de Frente
MACUR DIL
1 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Phelipe Lemos e Dandara Ventapane
NZARANDEMBU EM POESIA
Ala 01 Ala Melodia (Comunidade)
POVOS BANTOS
Ala 02 Ala Danarinos da Ilha
(Comunidade)
RITO PARA KITEMBO
(dois figurinos)
Ala 03 Ala Loucos pela Ilha (Comunidade)
NLUNDES GUARDIES
Destaque de Cho
Natlia Norbert
SENTINELA DOS PORTAIS
MGICOS
Destaque de Cho
Cris Moreno
GLRIA E RIQUEZA DO
TEMPLO
Alegoria 01 Abre-Alas
O TEMPLO DA CRIAO
Ala 04 Ala Beleza Pura (Comunidade)
PANGEIA
Ala 05 Ala das Baianas (Comunidade)
NZUMBARAND
Destaque de Cho
Vivian Cister
NATUREZA SELVAGEM
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
15
Ala 06 Ala de Performance (Comunidade)
CAADORES GUERREIROS
Alegoria 02
NOVA ERA NA TERRA
Ala 07 Ala Alegrilha
KIUNKOSI, SENHOR DA FORJA
Ala 08 Ala Empolgao da Ilha
(Comunidade)
KAVUNGO
Ala 09 Ala Aquarilha (Comunidade)
NSUMBU
Destaque de Cho
Rosngela Oliveira
RIQUEZA DA TERRA
Destaque de Cho
Andreia Martins
CELEBRAO ME TERRA
Alegoria 03
KUKUANA
Ala 10 Ala Solidariedade
RESERVATRIOS DO PLANETA
Ala 11 Ala Fnix da Ilha (Comunidade)
HONGOLO
Ala 12 Ala de Passistas (Comunidade)
GUA DE CHEIRO
(dois figurinos)
Rainha de Bateria
Tnia Oliveira
PROLA DO MAR
Ala 13 Bateria (Comunidade)
OGS
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
16
Ala 14 Ala Os Incas (Comunidade)
GELEIRAS E ICEBERGS
Ala 15 Ala Passo Marcado (Comunidade)
PEIXES ABISSAIS
Ala 16 Ala Emergentes da Folia
SAMBA KALUNGA
Destaque de Cho
Letcia Guimares
MARAVILHA DA
PROFUNDEZA
Destaque de Cho
Juliana Souza
VAIDADE DE KALUNGA
Alegoria 04
A BELEZA DE NDANDALUNDA E O
ESPLENDOR AQUTICO DE SAMBA
KALUNGA
Ala 17 Ala Falco da Ilha (Comunidade)
NZAZI
Ala 18 Ala Perna de Pau (Comunidade)
A MAGIA DO FOGO
Ala 19 Ala Sou Mais Minha Ilha
(Comunidade)
ENERGIA SOLAR
2 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Rodrigo Frana e Winnie Lopes
CHAMA ARDENTE
Ala 20 Ala Razes (Comunidade)
VULCES E LAVAS
Ala 21 Ala Bira Dance (Comunidade)
O ENCANTO DO ECLIPSE
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
17
Ala 22 Ala Tropical
CULTOS E RITUAIS
Ala 23 Ala Batuke de Batom
(Comunidade)
LABAREDAS DE F
Destaque de Cho
Michele Alves
FOGO, O CONDUTOR DAS
PAIXES
Destaque de Cho
Grazielle Dantas
MAGIA DO FOGO
Alegoria 05
O FOGO DE UIANGONGO
Ala 24 Ala Guerreiros da Ilha
(Comunidade)
MATAMBA
Ala 25 Ala Sambacharme
VENTOS DE MATAMBA
Ala 26 Ala guias da Ilha (Comunidade) e
Ala Sorriso e Alegria (Comunidade)
LEMB
Destaque de Cho
Tahnee Rientes
O VOO DE MATAMBA
Ala 27 Ala Sambatuque (Comunidade)
VOO PARA O REINO DE NZAMBI
Ala 28 Ala de Compositores
(Comunidade)
POETAS DO TEMPO
Ala 29 Ala Show da Ilha (Comunidade)
O TEMPO E O UNIVERSO
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
18
Ala 30 Ala da Velha-Guarda
(Comunidade)
RAZES DO PASSADO
Destaque de Cho
Dani Sperle
SOPRO DE AMOR
Destaque de Cho
Ana Lucia Figueiredo
SOPRO DE UNIO
Alegoria 06
O TEMPO E O PODER TRANSFORMADOR
Ala 31 Ala Filhos do Tempo
FILHOS DO TEMPO
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
19
FICHA TCNICA
Alegorias
Criador das Alegorias (Cengrafo)
Severo Luzardo Filho
N Nome da Alegoria O que Representa
01 O TEMPLO DA CRIAO
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
Foi no templo da criao, com ornamentos e marfim,
onde ampulhetas da magia giravam a todo instante,
que Nzambi, o supremo criador, convocou Kitembo,
Rei de Angola, para transform-lo no inquice mgico
do tempo. Todo dia e noite, criaturas Nlundis e
Fucumbas de ferro protegiam o palcio. A misso de
Kitembo era dar sentido vida, transformar o universo
e a humanidade, atravs dos elementos da natureza.
Foi assim que o esprito livre de Kitembo varou os
cus e se fixou na terra, alcanando conexo entre os
dois mundos: o sobrenatural e o material. Criou razes
fortes de uma rvore sagrada, que servia como meio
de comunicao e de transporte entre os deuses e os
homens em comunho com o universo. Kitembo partiu ao encontro de si mesmo, buscando o
conhecimento e o entendimento sobre todas as coisas
do mundo. A magia contida nas mudanas do tempo,
nas estaes do ano, no clima e nas horas.
02 NOVA ERA NA TERRA
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
Um imenso meteoro rasgou o cu e alcanou a Terra.
Kitembo e Kiambot, em forma de caminhos e de
movimentos, acompanharam as transformaes dos
continentes.
Pontes de terra abriram caminhos entre um bloco e
outro permitindo que primitivos animais migrassem
livremente entre razes fortes e sagradas.
Kitembo sabia que havia chegado o tempo de lanar as
sementes sagradas de uma nova era na terra.
O solo da me Terra ganhava assim a sua celebrao
principal. Em contato com a natureza plena e no
reencontro com seus irmos de Angola, o guerreiro
Kitembo renovou seus laos de fraternidade, essncia
de sua ancestralidade, e seguiu viagem.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
20
FICHA TCNICA
Alegorias
Criador das Alegorias (Cengrafo)
Severo Luzardo Filho
N Nome da Alegoria O que Representa
03 KUKUANA
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
No caminho, Kitembo encontrou guerreiros de
diferentes tribos e os ensinou a cultivar e celebrar a
terra, era plantar para colher.
A Kukuana uma festa, um ritual de Angola realizado
em homenagem ao inquice Kavungo. a festa da
terra, da fartura, da prosperidade, pois sua traduo
quer dizer mesa farta. O ritual realizado com danas,
rezas e comidas, para livrar seus seguidores das
doenas, mazelas e pestes. Durante a festa, mulheres
servem as comidas em grandes cestos onde so
colocadas as folhas secas e depositados os frutos das
colheitas.
Os alimentos colhidos so oferecidos aos deuses que
devolvem em forma de energia e luz para as tribos
bantos. Os alimentos lquidos so separados em potes
e elevados em lugar de destaque no rito de celebrao.
Todo o ritual vigiado pelo inquice Ntoto, que
representa o cho que pisamos, as razes fortes que
entranham a terra, o solo e a existncia.
04 A BELEZA DE
NDANDALUNDA E O
ESPLENDOR AQUTICO DE
SAMBA KALUNGA
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
Kitembo viu o encanto mstico das guas do planeta de
todas as formas. Fontes de toda a vida, as guas
fizeram Kitembo entender a longevidade e o princpio
de toda a cura.
Com a beleza de Ndandalunda, Kitembo viu que a
gua a seiva que brota do cho, elemento
fundamental nos rituais africanos de purificao, em
banhos de cheiro, de descarrego e nas oferendas em
cachoeiras.
No balano das mars, na chuva, nos oceanos, nos
reservatrios naturais espalhados por todos os
continentes, Kitembo se banhou nos mares de Samba
Kalunga, de onde viu surgir rara beleza de peixes
abissais.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
21
FICHA TCNICA
Alegorias
Criador das Alegorias (Cengrafo)
Severo Luzardo Filho
N Nome da Alegoria O que Representa
05 O FOGO DE UIANGONGO
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
Durante a sua caminhada, contaram os antigos sbios
de Angola Kitembo, que certo dia, Nzazi, que era um
rei poderoso, justo e implacvel, teve carneiros do seu
reino roubados. Enfurecido procurou os animais por
todo o reino e no os encontrou. J cansado, ao chegar
no alto de uma montanha que cuspia fogo, Nzazi
encontrou o grande Uiangongo, conhecido como
aquele que tinha o poder do fogo. Uiangongo deu um
p mgico para Nzazi combater os ladres quando os
encontrasse, Nzazi achou os ladres de seus carneiros,
e lanou sobre eles o p mgico que se transformava
em lava incandescente e acabou com todos os
bandidos.
Assim, Kitembo conheceu o poder da chama ardente
do fogo, e entendeu que o fogo que queima dentro de
ns a paixo.
06 O TEMPO E O PODER
TRANSFORMADOR
*Essa imagem de um croqui original e
serve apenas como referncia, pois foram
realizadas modificaes de esttica na
execuo da alegoria.
De volta frica ao lado de Matamba, Kitembo
aproximou-se de seu reino e tomou seu lugar no trono
sagrado. No voo para o reino de Nzambi, os caminhos
de Matamba e Kitembo foram abertos por um
panapan de lindas borboletas que guiaram a viagem.
Neste mgico instante, tudo mudou. Era o tempo e o
poder transformador de todas as coisas que traziam a
conscincia de uma nova era para as futuras geraes.
Na histria do Tempo, Kitembo deixou registrado para
todo o sempre esta cronologia: as razes do passado, as
folhas do presente e os frutos do futuro.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
22
FICHA TCNICA
Alegorias
Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profisses
Alegoria 01:
Destaque frontal: Cristiano Morato
Fantasia: Fenmenos de Nsanzala
Semi destaque (Direita): Gabriel Leite
Fantasia: Guardio do poder de Nzambi
Semi destaque (Esquerda): Andr Simes
Fantasia: Guardio do Poder de Nzambi
Destaque central: Leandro Fonseca
Fantasia: Glria e poder de NzambiMpungu
Semi destaque (Direita): Victoria Castelhano
Fantasia: Celebrao de Nguzu
Semi destaque (Esquerda) Elinor Vilhena
Fantasia: Ritual Nguzu
Designer de Moda
Empresrio
Empresrio
Empresrio
Empresria
Empresria
Alegoria 02:
Destaque Frontal: Rose Barreto
Fantasia: Sementes Encantadas de Katende
Destaque central: Diogo Ribeiro
Fantasia: Kiambote PambuNjila
Semi destaque (Direita): Nathalie Leite
Fantasia: Gongobira
Semi destaque (Esquerda): Kamilla Queiroz
Fantasia: Kabila
Empresria
Figurinista
Empresria
Modelo
Alegoria 03:
Destaque frontal: Almir Alberto
Fantasia: Fartura para as Divindades Bantos
Destaque central: Edmilson Cabral
Fantasia: Mutalambo
Semi destaque (Direita): Raphael Chagas
Fantasia: Fakoti Guardies do Alimento
Semi destaque (Esquerda): Digenes Chagas
Fantasia: Fakoti Guardies do Alimento
Empresrio
Empresrio
Empresrio
Empresrio
Alegoria 04:
Destaque frontal: Marilda Lafitte
Fantasia: Nkianda
Destaque central: Augusto Melo
Fantasia: Segredo dos Mares Profundos de Samba Kalunga
Semi destaque (Direita): Henrique Diaz
Fantasia: Bnos das guas
Semi destaque (Esquerda): Alexandre Coutinho
Fantasia: Segredo das guas
Produtora
Empresrio
Empresrio
Empresrio
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
23
FICHA TCNICA
Alegorias
Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profisses
Alegoria 05:
Destaque frontal: Hege Sangedal
Fantasia: O Poder do Fogo
Destaque central: Alexandre Gonalves
Fantasia: Fogo Sagrado de Nzazi
Semi destaque (Direita): Regina Exploso
Fantasia: Chama Ardente
Semi destaque (Esquerda): Markety Andrade
Fantasia: O poder das Chamas
Empresria
Empresrio
Empresria
Empresria
Alegoria 06:
Destaque central: Flvio Rocha
Fantasia: O Tempo Infinito
Semi Destaque (Direita): MicheliniEttikin
Fantasia: Fora dos Ventos
Semi destaque (Esquerda): Fernanda DMarco
Fantasia: Fora dos Ventos
Empresrio
Filantropa da ONG Casa Brazil
Empresrio
Local do Barraco
Rua Rivadavia Corra, n. 60 Galpo n. 04 Gamboa Rio de Janeiro
Diretor Responsvel pelo Barraco
Luiz Carlos Riente
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Devalcy Romualdo Ribeiro Washington Castelinho
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Rossy Amoedo Cssio
Eletricista Chefe de Equipe Mecnico Chefe de Equipe
Paulinho da Luz Antnio
Outros Profissionais e Respectivas Funes
Anderson Fulgncio - Aderecista de Alegorias (01 e 02) Anderson Dourado - Aderecista de Alegorias (03 e 05) Rany - Aderecista de Alegorias (04 e 06) Claudinho Guerreiro - Comprador / Ateli de composies Eduardo Cerqueira das Chagas - Diretor das alas / Auxiliar de direo
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
24
FICHA TCNICA
Alegorias
Outros Profissionais e Respectivas Funes
Vitor - Vime e palhas Claudinho Sousa - Laminao e reproduo de fibra de vidro Batista - Hidrulicos Chiquinho da Espuma - Trabalhos em espuma
Moiss - Almoxarifado Armando - Portaria Magro - Pastelao e emasse Andr Rodrigues - Assistente de Carnaval / projeo / figurino / arte finalizao Jeferson Pedro - Pesquisa e defesas Camila Dias - Assistente Rodrigo Meiners - Projeo / figurino / arte finalizao Cristiano Morato - Coordenao de destaques Cezinha - Movimentos motorizados Rita de Cassia - Coreografia de Alegorias
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
25
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
01 Povos Bantos
Desbravadores do continente
africano, os povos bantos foram os
reis do princpio do mundo. Com o
surgimento das primeiras
civilizaes de Alm-mar, os bantos
transformaram-se em valorosos
caadores e agricultores. Praticavam
religies tribais, onde cultuavam as
foras da natureza e os
antepassados. A ancestralidade e a
f eram elementos vitais para a
cultura e a religiosidade dos povos
bantos.
Ala Melodia
(Comunidade)
1998
Anna Paula e
Eduardo
02 Rito para
Kitembo
Nobres guerreiros faziam um rito
para Kitembo. Com o ritmo
frentico da dana, em contato com
a natureza, os guerreiros
reproduziam movimentos com
muito vigor.
Quando em transe, recebiam a
energia das fucumbas, pssaros
africanos, unindo o cu com a terra
para celebrar o poderoso Rei
Kitembo.
Ala Danarinos
da Ilha
(Comunidade)
2013
Leandro
Azevedo
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
26
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
03 Nlundes
Guardies
Nlundes Guardies guardavam a
essncia dos poderes da magia nos
palcios e templos sagrados. Os
portais precisavam de bravos e
destemidos soldados para que
nenhuma outra tribo ameaasse o
reinado local.
Ala Loucos
pela Ilha
(Comunidade)
1996
Luiz Carlos e
Cntia
04 Pangeia
H duzentos milhes de anos atrs, a
Pangeia era uma grande massa que
agrupava os atuais continentes
conhecidos.
Com o passar dos anos, Kiambot
fragmentou essa massa atravs de
fenmenos naturais originando a
configurao entre os continentes
at hoje existente.
Ala Beleza
Pura
(Comunidade)
2014
Maria Lcia
05 Nzumbarand
A mais antiga das inquices de
Angola, Nzumbarand uniu-se a
Kitembo e juntos, criaram toda a
biodiversidade na Terra, atravs de
seus poderes sagrados e das
sementes mgicas que Katend
lanou no solo.
Ala das
Baianas
(Comunidade)
1953
Tia Ben
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
27
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
06 Caadores
Guerreiros
Em sua viagem pelos quatro
elementos, Kitembo encontrou
caadores guerreiros, vindos das
mais diversas tribos. Ensinou-lhes a
sobreviver na selva africana: cultivar
a terra, plantar para colher, domar
animais e aceitar a condio de que
muitas espcies permaneceriam na
natureza selvagem por muitos anos.
Ala de
Performance
(Comunidade)
2014
Rita e Joo
07 KiuNkosi,
Senhor da Forja
Ao transformar o instrumento de
pedra em metal, o poderoso
KiuNkosi, senhor da forja, viu os
guerreiros lutando para sobreviver.
Da fora do ferro, para o bem e para
o mal, surgiram os instrumentos de
trabalho e nasceu a natureza blica.
Ala Alegrilha
(1979)
Eliana
08 Kavungo Kitembo ao pisar no solo, contou
com a ajuda de Kavungo, o inquice
da sade, da morte, temido e
respeitado por ser considerado o
senhor dos mistrios sagrados.
Kavungo tem o poder ancestral da
magia escondida nas profundezas da
Terra.
Ala
Empolgao da
Ilha
(Comunidade)
2015
Leila e
Michelle
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
28
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
09 Nsumbu
Inquice da natureza. Na selva, o
homem e o animal precisam estar
em harmonia. Nsumbu faz o homem
olhar para si mesmo, atravs do
conhecimento contido nas folhas,
nos frutos, nas flores e na natureza.
Ala Aquarilha
(Comunidade)
2014
Jully
10 Reservatrios do
Planeta
Dois grandes reservatrios de gua: debaixo e em cima da crosta do
planeta. O mundo girava em torno
de partculas, molculas de guas
manifestadas atravs de ondas,
cachoeiras, mares, oceanos e chuvas
das mais diversas formas. Essas
gotas dgua inundaram os
reservatrios do Planeta com
tamanha fora que circundaria toda
a Terra trazendo novos e constantes
ciclos.
Ala
Solidariedade
1974
Maurcio
11 Hongolo As guas da chuva e o sol formaram
um imenso arco-ris no cu.
Hongolo Menh e a fora da
natureza que surpreende a todo
instante com a beleza do seu
colorido. Nos detalhes de um
anoitecer, nas cores dos raios de sol
aps uma forte chuva. Hongolo a
fonte da vida, sintetiza as partculas
sagradas de tudo o que h de belo no
universo.
Ala Fnix da
Ilha
(Comunidade)
2013
Jnior e
Anderson
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
29
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
12 gua de Cheiro
gua longevidade, o princpio de
toda a cura. Bebida sagrada da
imortalidade. Nos rituais africanos, a
gua o elemento fundamental em
banhos de cheiro, de descarrego e
nas oferendas feitas nos mares e
cachoeiras.
Ala de
Passistas
(Comunidade)
1953
Andra
13 Ogs
Os ogs so responsveis pelo toque
de Angola e pelo canto forte da gira
que abre os caminhos para o reino
de Samba Kalunga. o toque dos
atabaques e dos tambores africanos
que faz desvendar o encanto das
guas.
Bateria
(Comunidade)
1953
Mestre Cia
14 Geleiras e
Iceberg
A metamorfose que faz a gua
lquida se transformar em estado
slido provoca geleiras e icebergs
em vrias partes do continente. Um
dos fenmenos naturais mais bonitos
que a natureza pode oferecer
humanidade.
Ala Os Incas
(Comunidade)
2002
Amanda e
Fernando
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
30
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
15 Peixes Abissais
Da areia fina das praias de guas
salgadas at onde o olhar alcana, os
pescadores, atrados pelo canto da
sereia, so arrastados e
desaparecem. de l que surgem os
peixes abissais, seres encantados,
guardies dos portais de Samba
Kalunga.
Ala Passo
Marcado
(Comunidade)
1998
Sandra e
Ricardo
16 Samba Kalunga
Nos mares profundos habitam os
mistrios das ondas. No palcio
subaqutico, cercado de corais, vive
Samba Kalunga, inquice do poder
mstico das guas que movimentam
os mares e oceanos de todo o
continente.
Ala
Emergentes da
Folia
(1996)
Paulo Monteiro
17 Nzazi Em sua trajetria, Kitembo
encontrou o fogo na natureza.
Diante do poder incandescente do
fogo, louvou Nzazi, inquice do fogo,
do trovo e da justia. Estava diante
do inquice capaz de fulminar os
injustos com o seus poderes.
Ala Falco da
Ilha
(Comunidade)
2001
Elenn e
Domnica
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
31
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
18 A Magia do Fogo
Durante sua odisseia, Kitembo
assustou-se com a magia do fogo
porque os resultados manifestam-se
de forma rpida e espetacular, como
no metabolismo da natureza e nas
paixes que nos movem.
Ala Perna de
Pau
(Comunidade)
2017
Xulipa
19 Energia Solar
O fogo condutor de energia solar a
chama da vida que surge no
amanhecer com os raios de sol. Traz
o calor das transformaes para a
humanidade permitindo a evoluo.
Ala Sou Mais
Minha Ilha
(Comunidade)
2006
Rosa e
Carlinhos
Fuzileiro
20 Vulces e Lavas Labaredas flamejantes jorram a
vermelhido do fogo pelos ares! o
fogo em erupo que explode no
solo, junto a imensas rochas fazendo
surgir vulces e lavas de um fogo
encantador.
Ala Razes
(Comunidade)
1972
Cid
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
32
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
21 O Encanto do
Eclipse
De um lado o calor do sol no
entardecer. Do outro lado a lua no
cu vem aparecer. Do mgico
encontro entre o sol e a lua, surge o
encanto do eclipse, momento
mgico onde o encontro dessas duas
intensas polaridades, forma uma
energia nica.
Ala Bira Dance
(Comunidade)
2017
Bira
22 Cultos e Rituais
Os cultos e rituais de celebrao aos
inquices de Angola precisam dos
elementos da natureza. O fogo o
elemento que representa a chama da
religiosidade atravs do canto e da
dana africana, em louvor s
inquices ancestrais.
Ala Tropical
2003
Ricardo
Ribeiro
23 Labaredas de F As labaredas de f representam o
respeito supremo s divindades
africanas. A f mantm o fogo da
coragem sempre vivo no corao do
homem. Esse fogo foi o combustvel
primordial para estimular as mais
diversas expresses de f que foram
surgindo ao longo dos anos.
Ala Batuke de
Batom
(Comunidade)
2013
Ctia e Carla
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
33
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
24 Matamba
Matamba a inquice rainha dos
ciclones, furaces, tufes e
vendavais. Guerreira poderosa, amor
e paixo do senhor do tempo.
Ala Guerreiros
da Ilha
(Comunidade)
2004
Dud
25 Ventos de
Matamba
Contam que Kitembo gostava de
virar o tempo, apenas para ver
Matamba soprar seus ventos, to
fundamentais para movimentar as
sementes outrora lanadas na terra.
Ala
Sambacharme
2001
Robson
26 Lemb Lemb o inquice do amor.
Cabia a Lemb proteger o amor, os
encontros, as partidas e chegadas.
Trazia a magia dos sentimentos e
espalhou por todo o mundo
sementes de amor. Foi responsvel
por manter acessa a paixo de
Kitembo e Matamba durante todos
os sculos.
Ala guias da
Ilha
e
Ala Sorriso e
Alegria
(Comunidade)
2013
Carla e Bianca
Marinete e
Helosa
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
34
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
27 Voo para o
Reino de Nzambi
Num voo rasante, Matamba deu a
mo a Kitembo e seguiu com ele de
volta frica, com destino ao reino
encantando de Nzambi. Durante o
voo, os caminhos dos dois foram
abertos por um panapan de lindas
borboletas que guiaram suas
jornadas.
Quando chegaram, uniram seus
sditos na criao de um novo reino,
gerando trabalho e prosperidade por
muitos sculos.
Ala
Sambatuque
(Comunidade)
2009
Ruth
28 Poetas do Tempo
Pelos sculos, os poetas do tempo
registraram o amor de Matamba e
Kitembo nas folhas da natureza.
Emanaram atravs de rimas e
poesias, irradiaes de amor e
respeito pelo meio ambiente, a fonte
inesgotvel de vida para as futuras
geraes.
Ala de
Compositores
(Comunidade)
1953
Jorginho
29 O Tempo e o
Universo
O universo traz em suas pginas, a
histria sagrada e mstica do Tempo.
Por anos e anos, mundo a fora a
glria do Senhor Tempo, manifesta-
se em tudo o que existe no planeta
Terra. Essa relao o que permite
geraes e geraes de homens
desbravarem outros mundos, novas
galxias, para o alm da imaginao.
Ala Show da
Ilha
(Comunidade)
2012
Juan e Ftima
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
35
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Severo Luzardo Filho
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
30 Razes do
Passado
A rvore sagrada da vida deixou
registrada para todo o sempre a
cronologia do mistrio: as razes do
passado, as folhas do presente e os
frutos do futuro. A sabedoria e o
conhecimento transmitido na
oralidade pelos mais velhos.
Ala da Velha
Guarda
(Comunidade)
1953
Jurema
31 Filhos do Tempo
A f no amanh est em todos os
homens. Eles so os Filhos do
Tempo. Trazem o suspiro que faz
renascer em cada corao a
esperana de um novo tempo por
vir. A construo de um tempo de
unio para todas as naes.
Igualdade e liberdade a ecoar no
tambor sagrado da Unio da Ilha do
Governador!
Ala Filhos do
Tempo
(2011)
Rodrigo e
Celso
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
36
FICHA TCNICA
Fantasias
Local do Atelier
Rua Rivadavia Corra, n 60 Barraco n. 04 Gamboa Rio de Janeiro
Diretor Responsvel pelo Atelier
Sonia Santos e Rita de Cssia
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Sheila Conceio Tompsom
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Sonia Santos Alexandre Cosme
Outros Profissionais e Respectivas Funes
Jean - Placas e Moldes Sheila Conceio - Modelista Snia - Arte Plumria
Outras informaes julgadas necessrias
Sonia Santos Premiaes: Plumas e Paets - 2008
Estandarte de Ouro 2008 / 2013
Samba-Net 2003 / 2004 / 2008
Rita de Cssia Premiaes: SRZD - 2009
Estandarte de Ouro - 2012
Plumas e Paets - 2013
Samba-Net 2001
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
37
FICHA TCNICA
Samba-Enredo
Autor(es) do Samba-
Enredo
Marinho, Lobo Junior, Felipe Mussili, Beto Mascarenhas, Dr.
Robson, Rony Sena, Marcelo, MM e Gustavo Claro
Presidente da Ala dos Compositores
Jorginho Rodrigues
Total de Componentes da
Ala dos Compositores
Compositor mais Idoso
(Nome e Idade)
Compositor mais Jovem
(Nome e Idade)
120
(cento e vinte)
Celso Jorge
64 anos
Rony Sena
25 anos
Outras informaes julgadas necessrias
Dos bantos Nzambi, o criador...
Giram ampulhetas da magia,
Salve Rei Kitembo!
Nzara Ndembu em poesia
Pra dar sentido vida, transformar...
Numa odisseia rasga o cu, alcana a terra;
Sagrada a raiz Nzumbarand,
Katend, segredos preserva
Avermelhou, Kiambot nos fez caminhar,
Na luta entre o bem e o mal, forjou Kiu!
Senhores sagrados iro celebrar
Kukuana fartura, natureza a festejar
Ndandalunda a me banhar (me banhar)
Seiva que brota do cho
Em rituais de purificao,
E no balano da mar (da mar)
Samba Kalunga nos traz
Rara beleza e peixes abissais
A chama ardente fogo,
O fogo que queima paixo;
Nzazi fazendo justia
Na fora de um trovo,
Que dita as leis do universo
E nos ensina a lio:
Quando o sol beijou a lua,
Viu no cu inspirao!
Matamba soprou...
O vento levou pra Angola reinar,
Plantou o amor...
A rvore da vida a vida que d!!!
h, no gire, no gir
Macur dil no gir;
tempo de f, unio;
O tambor da ilha a ecoar
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
38
FICHA TCNICA
Samba-Enredo
Outras informaes julgadas necessrias
JUSTIFICAVA DO SAMBA ENREDO
1 SETOR
DOS BANTOS NZAMBI, O CRIADOR...
GIRAM AMPULHETAS DA MAGIA,
SALVE REI KITEMBO!
NZARA NDEMBU EM POESIA
Pois havia as terras dos Bantos, onde Nzambi Mpungu, o grande criador e suprema entidade, vivia
em seu suntuoso palcio, Nsanzala dia Nzambi, o Templo da Criao, na origem do universo, entre
ampulhetas mgicas e ornamentos de ouro e marfim
Foi quando surgiu a necessidade de convocar Kitembo, Rei de Angola, e transform-lo no inquice
mgico do tempo...
Nzara Ndembu uma saudao do dialeto banto que significa Glria ao Senhor Tempo, um louvor
ao inquice kitembo
PRA DAR SENTIDO VIDA, TRANSFORMAR...
NUMA ODISSIA RASGA O CU, ALCANA A TERRA;
...A misso de Kitembo era dar sentido vida, transformar o universo e a humanidade, atravs dos
elementos da natureza. Foi assim que o esprito livre de Kitembo varou os cus e se fixou na terra,
alcanando conexo entre os dois mundos: o sobrenatural e o material...
2 SETOR
SAGRADA A RAIZ NZUMBARAND,
KATEND, SEGREDOS PRESERVA
AVERMELHOU, KIAMBOT NOS FEZ CAMINHAR,
NA LUTA ENTRE O BEM E O MAL, FORJOU KIU!
SENHORES SAGRADOS IRO CELEBRAR
KUKUANA FARTURA, NATUREZA A FESTEJAR
Durante sua caminhada pelo elemento Terra, kitembo aliou-se a Nzumbarand, a mais velha dos
inquices, e juntos criaram a natureza na Terra, solicitando que Katend lanasse sementes que
formariam florestas guardadoras de majestosa biodiversidade.
Quando o grande meteoro avermelhou o cu, Foi preciso a ao de Kiambot Pambu Njila, em
forma de caminhos e de movimento, para que os continentes e o nvel do mar comeassem a se mover.
Assim foram formados os continentes.
Kitembo viu Kiu Nkosi, o Senhor da forja, ao transformar o instrumento de pedra em metal, viu os
guerreiros lutando para sobreviver. Da fora do ferro, para o bem e para o mal, surgiram os
instrumentos de trabalho e nasceu a natureza blica.
Kitembo no se abateu, e convocou Kavungo, inquice da sade, da morte e Senhor dos mistrios e
Nsumbu, o Senhor da terra, para celebrarem a Kukuana: festa da fartura, da prosperidade de
alimentos.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
39
FICHA TCNICA
Samba-Enredo
Outras informaes julgadas necessrias
3 SETOR
NDANDALUNDA A ME BANHAR (ME BANHAR)
SEIVA QUE BROTA DO CHO
EM RITUAIS DE PURIFICAO,
E NO BALANO DA MAR (DA MAR)
SAMBA KALUNGA NOS TRAZ
RARA BELEZA E PEIXES ABISSAIS
... a beleza das espcies aquticas so mantidas e preservadas sob a proteo da encantadora
Ndandalunda, sereia de guas doces...
Fontes de toda a vida, as guas fizeram Kitembo entender a longevidade, o princpio de toda a
cura e a bebida sagrada da imortalidade. Nos rituais africanos, a gua o elemento fundamental
em banhos de cheiro, de descarrego; nas oferendas em cachoeiras
"Foi num mergulho nas guas salgadas, que Kitembo chegou ao palcio subaqutico, cercado de
corais, e l encontrou Samba Kalunga, guardi dos segredos dos mares profundos, e Nkianda, a
dona de todo o mar e seus peixes abissais de extrema beleza
4 SETOR
A CHAMA ARDENTE FOGO,
O FOGO QUE QUEIMA PAIXO;
NZAZI FAZENDO JUSTIA
NA FORA DE UM TROVO,
QUE DITA AS LEIS DO UNIVERSO
E NOS ENSINA A LIO:
QUANDO O SOL BEIJOU A LUA,
VIU NO CU INSPIRAO!
Kitembo sabia que havia um destino solar no seu caminhar, o assim chamado fogo universal.
Diante do poder incandescente, louvou Nzazi, a divindade do fogo, do trovo e da justia. Estava
diante do inquice capaz de fulminar os injustos com sua pedra de raio. Uma chama que indica o
caminho que deve ser seguido, por aquele que conhece os ensinamentos das leis do Universo. A
fora energtica, ligada ao impulso da vida, paixo, transmutao
...O encontro do sol com a lua, do dia com a noite, s foi possvel porque o fogo, condutor da
magia, a chama da vida estava ali presente nos raios de sol de mais um dia...
...Foi quando Kitembo apreciou o eclipse, mais um espetculo da natureza...
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
40
FICHA TCNICA
Samba-Enredo
Outras informaes julgadas necessrias
5 SETOR
MATAMBA SOPROU...
O VENTO LEVOU PRA ANGOLA REINAR,
PLANTOU O AMOR...
A RVORE DA VIDA A VIDA QUE D!!! O Rei Kitembo de Angola curvou-se diante do azul celeste, repleto do elemento Ar, e ali esperou
at que surgisse ao seu lado Matamba, a inquice rainha dos ciclones, furaces, tufes e
vendavais. A guerreira poderosa, amor e paixo do Senhor do tempo.
Durante o encontro com Kitembo, Matamba deu-lhe a mo, e seguiu com ele de volta para a
frica,
Na histria do Tempo, a rvore sagrada da vida deixou registrada para todo o sempre esta
cronologia: as razes do passado, as folhas do presente e os frutos do futuro.
REFRO
H, NO GIR, NO GIR
MACUR DIL NO GIR;
TEMPO DE F, UNIO;
O TAMBOR DA ILHA A ECOAR
No Candombl banto, a expresso Gir (Gir) parte de uma cantiga usada para a saudao de
um inquice masculino ou a um pai. O termo Macur Dil significa o tempo que tem incio mas
no tem fim.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
41
FICHA TCNICA
Bateria
Diretor Geral de Bateria
Mestre Cia
Outros Diretores de Bateria
Serginho, Cesar, Keko, Marcelo, Marco Russo, Maurcio, Marcelo, Romildo, Rodrigo, Sidcley,
Marquinhos, Mauro, Rogerinho e Leandro
Total de Componentes da Bateria
300 (trezentos) componentes
NMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1 Marcao 2 Marcao 3 Marcao Reco-Reco Ganz
12 14 14 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
100 0 45 0 33
Prato Agog Cuca Pandeiro Chocalho
0 20 20 0 22
Outras informaes julgadas necessrias
Atabaques 20
Reconhecido por suas ousadias h mais de 25 anos, MESTRE CIA um dos mais respeitados
Mestres de Bateria.
Esteve frente da Estcio de S no perodo entre 1988 e 1997. Em 1998 assumiu a Unidos da
Tijuca. Na Unidos do Viradouro comandou de 1999 a 2009 e de 2010 a 2014, na Acadmicos do
Grande Rio.
Em 2015 estreou na Unio da Ilha do Governador e em 2016 resgatou a batida tradicional da Ilha
com a Caixa 14 e tambm o retorno das tradicionais viradinhas do repique da Escola.
Fantasias: Ogs
Os ogs so responsveis pelo toque de Angola e pelo canto forte da gira que abre os caminhos para
o reino de Samba Kalunga. o toque dos atabaques e dos tambores africanos que faz desvendar o
encanto das guas.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
42
FICHA TCNICA
Harmonia
Diretor Geral de Harmonia
Valber Frutuoso
Outros Diretores de Harmonia
Carlinhos, Felipe Sobrinho, Jorge Andr, Lucas, Marcos Jansen, Maurcio Carin, Nanci, Simone,
Vincios, Vitor.
Participao de todos os Chefes de Ala.
Total de Componentes da Direo de Harmonia
40 (quarenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intrprete: Ito Melodia
Auxiliares: Marquinhus do Banjo, Nando Pessoa, Flvio Martins, Roger Linhares e Doum
Guerreiro.
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Violo de sete cordas Rodrigo
Cavaco Neno Martins, Cesinha (Pique Novo) e Ronaldo Linguinha - Cavaco
Outras informaes julgadas necessrias
Diretor Musical: Mrio Jorge Bruno - Tcnico de Gravao e Mixagem e Produtor Musical.
J trabalhou com os maiores nomes do Samba e da MPB tais como: Martinho da Vila; Zeca Pagodinho,
Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Bezerra da Silva, Beth Carvalho, Alcione, Marisa Monte, Chico Buarque,
Nelson Gonalves, Luiz Gonzaga, Nana Caymmi, Roupa Nova, e muitos outros.
Grava os discos das Escolas de Samba desde 1982 at os dias de hoje, e produz desde 2003.
Foi julgador de Bateria de 1996 2002. Scio Gerente do Estdio Companhia dos Tcnicos onde gravam os
maiores artistas do pas.
Diretor Geral de Harmonia: Valber Frutuoso - Bilogo e Pedagogo, o pesquisador da Fiocruz Valber
Frutuoso foi passista da Unidos da Ponte e comeou a trabalhar em harmonia na Grande Rio, no final da
dcada de 80. Ainda na Grande Rio comeou a trabalhar com seu grande mestre Lala, em 1992, 'guas
Claras para um Rei Negro' quando a agremiao de Caxias voltou ao Grupo Especial. Em 1993, participou
de toda preparao do enredo 'No mundo da lua' que a Grande Rio apresentou, conquistando o 9 lugar
mantendo-se no grupo especial. Em 1995 acompanhou Lala em sua volta para Beija-Flor. Foram 18 anos de
trabalho participando diretamente de todos os ttulos da agremiao conquistados neste perodo. Em 2014,
chega a Unio da Ilha e logo no primeiro ano participa do brilhante carnaval Brinquedos e Brincadeiras
quando a Unio conquistou o 4o lugar retornando aps 20 anos ao desfile das campes.
Carrega no sangue o DNA de sambista, pois vem de uma famlia de histria no mundo samba. Seu pai foi um
dos fundadores do Cacique de Ramos e ex-mestre-sala da Mangueira, irmo do compositor e intrprete
Wander Timbalada, primo do saudoso Almir Frutuoso, sobrinho do tambm saudoso Beto Pernada um dos
mais famosos compositores do Imprio Serrano alm de ser sobrinho e afilhado de Tio Hlio que foi diretor
de harmonia da Imperatriz Leopoldinense e da Unio da Ilha por muitos anos.
Ito Melodia Premiaes: Estandarte de Ouro: 2002 / 2010 / 2011 / 2016
Tamborim de Ouro: 2011 e 2015
Samba-Net: 2014
Estrela do Carnaval: 2013
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
43
FICHA TCNICA
Evoluo
Diretor Geral de Evoluo
Wilsinho Alves Diretor Geral de Carnaval
Outros Diretores de Evoluo
-
Total de Componentes da Direo de Evoluo
01 (um) componente
Principais Passistas Femininos
Soraya Santos, Mayara Rodrigues e Nadine Barcelos
Principais Passistas Masculinos
Vanberto Carlos e Allan Oliver
Outras informaes julgadas necessrias
Wilsinho Alves possui vasta experincia no carnaval em diversas fases da cadeia produtiva do
espetculo. Comeou no carnaval em 2002 na Unidos do Viradouro. Na funo de Diretor de
Carnaval debutou no ano de 2007 na Unidos de Vila Isabel l permanecendo na funo at o
carnaval de 2014. No Carnaval de 2016 retornou Unidos do Viradouro para assumir a Direo de
Carnaval. Possui diversos prmios no carnaval, notadamente os ttulos de 2004 (Grupo de Acesso)
2006 (grupo especial, na funo de superintendente de carnaval) e 2013 (Grupo Especial, nas
funes de Presidente e Diretor de carnaval da Unidos de Vila Isabel) e Estandarte de Ouro de
Melhor Escola 2012.
O Ano de 2017 marca a estreia de Wilsinho Alves na Unio da Ilha do Governador.
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
44
FICHA TCNICA
Informaes Complementares
Vice-Presidente de Carnaval
Djalma Falco
Diretor Geral de Carnaval
Wilsinho Alves
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsvel pela Ala das Crianas
-
Total de Componentes da
Ala das Crianas
Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
- - -
Responsvel pela Ala das Baianas
Tia Ben
Total de Componentes da
Ala das Baianas
Baiana mais Idosa
(Nome e Idade)
Baiana mais Jovem
(Nome e Idade)
80
(oitenta)
Teresa Wilma
78 anos
Graziela Tirediger
40 anos
Responsvel pela Velha-Guarda
Jurema de Castro
Total de Componentes da
Velha-Guarda
Componente mais Idoso
(Nome e Idade)
Componente mais Jovem
(Nome e Idade)
60
(sessenta)
Sr. Altair
86 anos
Sonia
54 anos
Pessoas Notveis que desfilam na Agremiao (Artistas, Esportistas, Polticos, etc.)
Cacau Protsio, Letcia Spiller, Wanderlei Cordeiro, Rodrigo Santana, Tnia Oliveira, Daniele
Hyplito, Diego Hyplito.
Outras informaes julgadas necessrias
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
45
FICHA TCNICA
Comisso de Frente
Responsvel pela Comisso de Frente
Carlinhos de Jesus
Coregrafo(a) e Diretor(a)
Carlinhos de Jesus
Total de Componentes da
Comisso de Frente
Componentes Femininos Componentes Masculinos
15
(quinze)
0 15
(quinze)
Outras informaes julgadas necessrias
Abram-se os portais para a fora do sagrado tempo!
tempo Macur Dil! O tempo que tem incio e no tem fim.
Com passos ritmados, guerreiros em transe, ao se aproximarem, formam a transversal do tempo, ascendendo
Kitembo no ritual mstico Macur Dil.
O ritual Macur Dil d incio criao de tudo o que h, mas jamais ter fim, pois o universo est em
constante transformao. Cultua-se Macur Dil, pois ele o prprio destino do tempo.
O personagem principal do ritual o prprio Rei Kitembo, que o realiza para iniciar sua jornada de
conhecimento atravs dos quatro elementos: terra, gua, fogo e ar.
Recriando os preceitos deste ritual, preservam o mistrio do tempo por toda a eternidade.
Coregrafo: Carlinhos de Jesus
Carlinhos de Jesus tornou-se sinnimo de dana de salo e referncia nacional como danarino, coreografo,
diretor e professor, difundindo sua arte no Teatro, Cinema, Carnaval, em grandes eventos nacionais e
internacionais e tem registrado para a posteridade depoimento de sua vida no Museu da Imagem e do Som do
Rio de Janeiro. Deixa tambm livro sobre sua vida intitulado Vem Danar Comigo lanado na Bienal do
Livro do RJ em 2005 e o DVD Aprenda a Danar com Carlinhos de Jesus. Vrias vezes premiado, por seus
trabalhos e performances, recebeu honrarias concedidas pela Cmara Municipal do Rio de Janeiro: Medalha
Pedro Ernesto, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro: Medalha Tiradentes e recentemente a Comenda da
Ordem do Mrito Cultural Brasileiro - 2016, oferecido pelo Ministrio da Cultura.
Seu trabalho no Carnaval Brasileiro muito diversificado e marcante, criou coreografias inesquecveis e
premiadas para a Comisso de Frente da Estao Primeira de Mangueira, sendo campeo do Carnaval em
1998 e 2002, do G.R.E.S. Beija Flor de Nilpolis, foi jurado do Prmio Estandarte de Ouro oferecido pelo
Jornal O Globo, realizou matrias jornalsticas para a Rede Globo de Televiso durante desfile de Carnaval
na Sapuca, foi comentarista do Carnaval de So Paulo pelo SBT e diretor artstico do desfile do G.R.E.S.
Unidos de Vila Isabel (onde conquistou o ttulo em 2013) e G.R.E.S. Estao Primeira de Mangueira.
Foi vencedor do prmio Estandarte de Ouro do Jornal O Globo nos carnavais de 1998, 1999, 2004, 2007.
Foi o responsvel pela concepo, direo e coreografias dos espetculos Cidado Samba, Foras da
Natureza e Eu Sou o Samba, apresentados na Cidade do Samba do Rio de Janeiro, de 2006 a 2013.
Na Rede Globo de Televiso: desde 2005 participa da banca de jurados da Dana dos Famosos, quadro anual
do Programa Domingo do Fausto
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
46
FICHA TCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
1 Mestre-Sala Idade
Phelipe Lemos 27 anos
1 Porta-Bandeira Idade
Dandara Ventapane 25 anos
2 Mestre-Sala Idade
Rodrigo Frana 29 anos
2 Porta-Bandeira Idade
Winnie Lopes 25 anos
Outras informaes julgadas necessrias
1 casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: NzaraNdembu em Poesia
Poesia: composio em versos com associaes harmoniosas de palavras, ritmos e imagens.
E fazendo poesia com sua dana, que o casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira da Unio da Ilha
do Governador traz a saudao a Kitembo: Glria ao Senhor Tempo. Estendem seu pavilho e
reverenciam o inquice mgico. Hoje a bandeira do tempo a bandeira da Unio.
Phelipe Lemos Premiaes: Estandarte de Ouro: 2013 / 2014 / 2016
SRZD: 2014 / 2016
Samba-Net: 2014
Carnavalesco: 2011
Gato de Prata: 2013 / 2014 / 2016
Dandara Ventapane Premiaes: SRZD: 2016
-
Abre-Alas G.R.E.S. Unio da Ilha do Governador Carnaval/2017
47
FICHA TCNICA
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Outras informaes julgadas necessrias
2 casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira Fantasia: Chama ardente
Em respeito e devoo Nzazi, reis e rainhas africanos trazem em suas indumentrias toda a
representatividade do fogo. Altivos, vestidos com garbo e elegncia, em suas aparies ostentam
todo o requinte em tons de ouro, cobre e adornos de marfim e pedras preciosas. Estes nobres reis
acreditavam que o fogo poderoso de Nzazi faz manter a chama ardente da prosperidade por todos os
reinos de Angola.
Perfil:
Rodrigo Frana Comeou a danar em um projeto infantil da Porto da Pedra. Desde 2014,
desempenha a mesma funo na Unio da Ilha.
Winnie Lopes Comeou aos 6 anos na Mida da Cabuu, passou por algumas escolas at 2014,
quando foi para a Inocentes de Belford Roxo, como segunda porta-bandeira.
-
49
G.R.E.S.
SO CLEMENTE
PRESIDENTE
RENATO ALMEIDA GOMES
-
51
Onisuquimalipanse
Carnavalesca
ROSA MAGALHES
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
53
FICHA TCNICA
Enredo
Enredo
Onisuquimalipanse
Carnavalesco
Rosa Magalhes
Autor(es) do Enredo
Rosa Magalhes
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Rosa Magalhes
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Rosa Magalhes
Livro Autor Editora Ano da
Edio
Pginas
Consultadas
01 Louis XIV-
LUnivers Du Roi
Soleil
MARAL,
Alexandre Et
SARMANT,
Thierry
Editions
Tallandier
Paris 7
2014 Todas
02 Le Jardin des
Tuilleries DAndr
Le Notre Un
Chef d Oeuvre
Pour le Roi Soleil
ALLIMANT-
VERDILLON,
Anne Et GADY,
Alexandre
Somogy
ditions D
2013 Todas
03 Les Jardins de
Versailles
LABLAUDE,
Pierre-Andr
Editions Scala 1995 Todas
Outras informaes julgadas necessrias
Consultas na internet sobre Vatel, Lebrun, Le Vau, Le Notre, Molire, Perraut, Corneille.
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
54
HISTRICO DO ENREDO
Onisuquimalipanse (Envergonhe-se quem pensar mal disso)
Era uma vez um prncipe que morava num pas distante. Quando ele era ainda jovem, o
rei, seu pai, morre e ele coroado rei.
O jovem rei viveu sua juventude com intensidade. Danava todas as noites, montava a
cavalo e organizava torneios. Gostava de se mascarar no carnaval, saa de seu palcio
para visitar as senhoras importantes do grand- monde. Aprendeu a cantar, danar e a
tocar guitarra. Sua mais clebre participao foi em um bal intitulado Bal da Noite
baseado num poema que dizia:
No cume dos montes, comeando a clarearem,
J comeo a me fazer admirar
Eu dou cor e forma aos objetos
E quem no quiser evitar minha luz,
Vai sentir meu calor....
Ao final nosso rei representava o sol se levantando em meio s nuvens e tal foi o sucesso
que ganhou o apelido de Rei Sol.
E como todo rei se casa com uma princesa, este nosso personagem no escapou regra e
se casou com uma princesa Maria Teresa da ustria.
Para tomar conta dos seus tesouros, e dos tesouros do pas, escolheu o advogado Nicolas
Fouquet, que conseguiu sanar as finanas e organizar financeiramente o pas. Foi
nomeado superintendente das finanas do Rei, uma espcie de ministro.
Este senhor foi acumulando uma fortuna imensa to grande quanto seu poder. Promovia
as artes, no sentido mais nobre do termo, e vivia circundado de poetas, teatrlogos,
pintores, msicos etc...para os quais pagava uma espcie de mesada.
Comprou muitos imveis, mas gostava de um em particular, um palcio, situado no
muito longe de Paris, que necessitava de reformas e cujo terreno era um tanto acanhado.
Comprou as terras em torno da edificao e deu a misso de reform-lo a alguns de seus
amigos artistas como Lebrun, pintor, Levau, arquiteto e Le Notre, paisagista. Deu a estes
artistas total liberdade de criao. O resultado foi surpreendente. O palcio ficou
deslumbrante, com suas pinturas nas paredes, espelhos e madeiras douradas, um luxo
fantstico. O jardim era to grande que se perdia de vista. Era um verdadeiro assombro
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
55
com suas alamedas geomtricas, labirintos e gramados que faziam desenhos complexos,
intercalados por lagos e espelhos de agua com chafarizes. Tratou de preparar uma grande
festa para o rei, que levou nada mais nada menos que 600 convidados. O cozinheiro de
Fouquet era excepcional, chamava-se Vatel, no havia, no reino inteiro quem fizesse uma
festa como ele. Porque ele cozinhava e inventava as decoraes e efeitos para seduzir os
convivas.
A recepo foi fantstica Os chafarizes enfeitavam os jardins e refletiam os fogos de
artifcios. Vatel preparou um buf insupervel, a msica era da melhor qualidade e ainda
puderam assistir a uma pea de Moliere. Nunca se viu tamanho esplendor - o Rei ficou
absolutamente deslumbrado, e depois ..... muito furioso.
Mandou que o chefe da guarda real, DArtagnan, prendesse o superintendente, por
malversao do dinheiro pblico, ou real, pois afinal como ele havia conseguido
construir tamanha obra de arte? ...Fouquet conseguiu ainda avisar aos seus mais
prximos, que destruram os documentos mais comprometedores.
O Rei nomeou outro ministro, chamou os artistas que haviam trabalhado no Palcio de
Fouquet e os incumbiu de construir um palcio muito mais bonito, muito mais
esplendoroso e do qual ningum jamais imaginara e com jardins e bosques e arvores
frutferas como ningum jamais houvesse visto igual.
E foi assim que esses artistas construram um palcio ainda mais lindo, chamado
Versailles.
PS: Essa histria aconteceu h muito tempo, qualquer semelhana com fatos de outras
pocas mera coincidncia.
Rosa Magalhes
Carnavalesca
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
56
JUSTIFICATIVA DO ENREDO
Ttulo do enredo Onisuaquemalipanse (Honi soit qui mal y pense)
uma expresso francesa que significa- Envergonhe-se quem nisso v malcia...
Foi escolhido como ttulo para o enredo relativo ao caso da construo de um palcio por
Nicolas Fouquet, ministro das finanas de Luis XIV, palcio este que de to
esplendoroso, fez com que o rei comece a duvidar da honestidade deste ministro,
teminando por conden-lo a priso perptua, confiscando-lhe os bens.
A histria se passa na poca de ouro da Frana, governada pelo monarca Luis XIV,
tambm conhecido pela alcunha de Rei-Sol.
Esta poca foi marcada pela primazia da Frana, nas questes artsticas, literrias e
financeiras. Muitos de seus grandes artistas so desta poca como Pierre Corneille,
Perraut, escritor de fbulas, Moliere, gnero da dramaturgia francesa francesa, Lully,
compositor, alm de pintores, escultores e arquitetos e paisagistas.
Ainda jovem, foi coroado rei de Frana, porm no deixou de se dividir em danas,
carrossis e sobretudo em ballets, para os quais criou passos especficos, cujos nomes at
hoje so em francs.
Tal como uma fbula, o enredo conta uma histria real, porm com lances dramticos,
como a priso do anfitrio de uma festa deslumbrante. Contamos uma histria que se
passou no sculo XVII, mas que pensando bem, nos remete a eventos recentes em pleno
sculo XXI.
Rosa Magalhes
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
57
ROTEIRO DO DESFILE
Comisso de Frente
BAILOU, COMO O ASTRO REI DE UM
POEMA
1 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Fabrcio Pires e Denadir Garcia
O SOL E SUA LUZ
Guardies do 1 Casal de
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
RAIOS DO SOL
Ala Abertura Comunidade
O SOL, O ASTRO REI
Alegoria 01 (Abre-Alas)
A CARRUAGEM DE APOLO
Ala 01 Comunidade
BRINCANDO NO ZUM ZUM DO
CARNAVAL
Ala 02 Baianas
O ESPLENDOR DA CORTE
Ala 03 Comunidade
O CARNAVAL NA CORTE
Ala 04 Comunidade
NOBRES FOLIES
Ala 05 Comunidade
FANTASIAS DA NOBREZA
Ala 06 Comunidade
BAILARINOS DA CORTE
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
58
Alegoria 02
A CONSTRUO DO PALCIO DE
VAUX-LE-VICOMTE
Ala 07 Comunidade
A ARTE DA ARQUITETURA NA
CONSTRUO DO PALCIO
Rainha de Bateria
Raphaela Gomes
A ARTE DA MSICA
Ala 08 Bateria
OS MSICOS DA FESTA
Ala 09 Passistas
A ARTE DA DANA NA
INAUGURAO DO PALCIO
Ala 10 Comunidade
FLORES DO JARDIM DO PALCIO
Ala 11 Comunidade
A ARTE DA JARDINAGEM
Ala 12 Comunidade
O JARDINEIRO DO PALCIO
Alegoria 03
OS JARDINS DE LE NOTRE
Ala 13 Comunidade
A ARTE DA TOPIARIA
Ala 14 Comunidade
ELEMENTOS DECORATIVOS DO
JARDIM
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
59
Ala 15 Comunidade
A ARTE DO PAISAGISMO
2 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Anderson Lima e Munike Namour
SERES MITOLGICOS
Ala 16 Comunidade
OS CHAFARIZES
Ala 17 Comunidade
A DANA DAS GUAS
Musa
Bruna Almeida
NINFA DAS GUAS
Alegoria 04
CHAFARIZES E QUEDAS DGUA
Ala 18 Comunidade
PORCELANAS DO BANQUETE
Ala 19 Comunidade
O SABOROSO VINHO
Ala 20 Comunidade
OS CASTIAIS
3 Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Marcelo Tchetchelo e Erica Duarte
BIBELS DE PORCELANA
Ala 21 Comunidade
O BRILHO DA PRATARIA
Ala 22 Comunidade
AS SOBREMESAS
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
60
Ala 23 Comunidade
VATEL, O COZINHEIRO DO
BANQUETE
Alegoria 05
A GRANDE FESTA DA
INAUGURAO DO PALCIO
Ala 24 Comunidade
ATORES DO ESPETCULO DE MOLIRE
Ala 25 Comunidade
ATRIZES DO ESPETCULO
Ala 26 Comunidade
OS CONVIDADOS
Ala 27 Comunidade
DAMAS DA CORTE
Ala 28 Comunidade
FOGOS DE ARTIFCIO
Ala 29 Comunidade
DARTAGNAN
Alegoria 06
A PRISO DE FOUQUET
Ala 30 Comunidade
O NOBRE 171
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
61
FICHA TCNICA
Alegorias
Criador das Alegorias (Cengrafo)
Rosa Magalhes
N Nome da Alegoria O que Representa
01 A CARRUAGEM DE APOLO
Vrios artistas representaram Luis XIV como Apolo, o
Deus vencedor das foras do mal e que conduz o carro
solar para distribuir benfeitorias no mundo.
Na letra do samba: O sol, a partir desse tal dia,
ganhou a honraria de smbolo real...
02 A CONSTRUO DO
PALCIO DE VAUX-LE-
VICOMTE
Nicolas Fouquet, que tinha grande sensibilidade
artstica, escolheu entre os contemporneos, o arquiteto
Le Vaux, o pintor Le Brun e o paisagista Le Notre, para
projetar e construir o palcio Vaux-Le-Vicomte, e para
tal foram contratados numerosos profissionais tais
como: carpinteiros, entalhadores, pintores, decoradores,
jardineiros e escultores que transformaram o sonho em
realidade.
Na letra do samba: O ministro do tesouro, ergueu a
peso de ouro um palacete...
03 OS JARDINS DE LE NOTRE
No jardim de Vaux-le-Vicomte, Le Notre usa com
maestria os recursos da perspectiva na composio
paisagstica. Aproveitando seus conhecimentos sobre
plantas, Le Notre criou espaos rigorosamente
desenhados com vegetao e flores. A Arte da
Topiaria, foi exaustivamente utilizada na confeco
destes espaos externos.
Na letra do samba: O soberano encantou-se nos
jardins...
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
62
FICHA TCNICA
Alegorias
Criador das Alegorias (Cengrafo)
Rosa Magalhes
N Nome da Alegoria O que Representa
04 CHAFARIZES E QUEDAS
DAGUA
Alm da vegetao cuidadosamente desenhada, os
patamares dos jardins de Le Notre eram adornados com
chafarizes, espelhos d`agua e cascatas artificiais, que se
alternam evitando a monotonia da paisagem.
Na letra do samba: Mirando-se nas guas do
chafariz...
05 A GRANDE FESTA DA
INAUGURAO DO
PALCIO
Em agosto de 1661, Fouquet recebeu o rei Luis XIV e a
corte em Vauz-le-Vicomte. Depois que os convidados
visitaram o jardim, foi servido um jantar
impressionante, preparado por Vatel. Oitenta mesas,
com grandes cornucpias de doces acolhia o pblico
que tambm assistiu a apresentao da comdia "Les
Fcheux" de Molire, e interldios de ballet.
Na letra do samba: Descobriu nessa festana ...
06 A PRISO DE FOUQUET
A grande festa provoca a ira de Luis XIV, que toma
finalmente a deciso de eliminar Fouquet. Para cumprir
esta delicada misso, escolheu D`Artagnan. Em 1664,
Fouquet foi declarado culpado de abuso e malversao.
Ficou preso na fortaleza de Pignerol por 15 anos, at
sua morte em 1680.
Luis XIV chama ento os artistas que projetaram Vaux-
le-Vicomte e encomenda seu novo palcio, o mais belo
entre todos, ao qual daria o nome de Versailles.
Na letra do samba: Chega ao fim tanta cobia...
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
63
FICHA TCNICA
Alegorias
Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profisses
Joo Helder (Carro 01 Abre-Alas) Mdico
Fantasia: Luis XIV O Rei Sol
Alan Taillard (Carro 02) Empresrio
Fantasia: O Sonho de Louis Le Vaux O Arquiteto
Samuel Abrantes (Carro 03) Professor
Fantasia: Alegoria Le Notre
Paulo Santi (Carro 04) Artista Plstico
Fantasia: Netuno
Geraldo Lima (Carro 05) Empresrio
Fantasia: Luis XIV no Banquete
Herminia Paiva (Carro 06) Carnavalesca e Figurinista
Fantasia: Alegoria Versailles
Local do Barraco
Cidade do Samba Rua Rivadavia Correia, n. 60 Barraco n. 09 Gamboa RJ
Diretor Responsvel pelo Barraco
Roberto Almeida Gomes
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Joo da Silva Futica
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Ronildo e Andreia Rafael
Eletricista Chefe de Equipe Mecnico Chefe de Equipe
Jaques Jos
Outros Profissionais e Respectivas Funes
Penha Maria - Assistente de Alegorias
Alessandra Cadore - Assistente de Carnaval
Iza Valente - Arquiteta
Renato - Fibra
Tiago - Decorador
Lili - Decoradora
Cesar - Decorador
Adson - Movimento
Vilmar - Espelhos
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
64
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Rosa Magalhes
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
* O Sol, o Astro
Rei
O poder do Rei Luis XIV era
representado pelo sol, fonte da vida
e da luz.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
01 Brincando no
Zum Zum do
Carnaval
Na Frana de Luis XIV eram
comuns os bailes de mscaras e o
prprio Rei costumava se fantasiar
para participar das danas.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
02 O Esplendor da
Corte
A corte de Luis XIV, caracteriza -se
pelo luxo e pela riqueza. Festas,
bailes e cerimnias transformavam a
corte num grande espetculo. A flor
de liz dourada sobre o fundo azul
representa a famlia Real Francesa.
Baianas
(1961)
Jos Luiz
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
65
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Rosa Magalhes
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
03 Carnaval na
Corte
As fantasias dos bailes de carnaval
da Corte traziam como tema
representaes de animais e seres
mitolgicos estilizados ao gosto da
nobreza.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
04 Nobres Folies
A beleza extica dos pssaros
inspira as fantasias dos nobres
folies da corte
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
05 Fantasias da
Nobreza
Nos delirantes bailes da corte
animais de pases distantes, como
girafas, so o tema de trajes onde
referncias anatomia do animal
misturam -se aos trajes da poca.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
66
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Rosa Magalhes
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
06 Bailarinos da
Corte
Amante da dana, Luis XIV
participava, como bailarino, dos
Ballets da Corte, que contavam
tambm com a presena de vrios
nobres. O prprio Rei criou vrios
passos de ballet que so at hoje
usados.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
07 A Arte da
Arquitetura na
Construo do
Palcio
Nicolas Fouquet contratou o
arquiteto Louis Le Vaux para criar o
projeto do seu palcio Vaux-le-
Vicomte, que se transformou num
exemplo para a futura construo do
palcio de Versailles.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
67
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)
Rosa Magalhes
D A D O S S O B R E A S F A N T A S I A S D E A L A S
N Nome da
Fantasia
O que
Representa
Nome da
Ala
Responsvel
pela Ala
08 Os Msicos da
Festa
Msicos importantes participavam
da grande festa de inaugurao do
palcio, entre eles o compositor
Lully, que comps as msicas da
pea teatral '' Les Fcheux '' de
Malire que foi apresentada aos
convidados.
Bateria
(1961)
Caliquinho e
Gil
09 A Arte da Dana
na Inaugurao
do Palcio
A Arte da Dana na Inaugurao do
Palcio.
Espetculos de dana dignos da
Corte, foram apresentados ao Rei
Luis XIV na grande festa da
inaugurao do palcio de Fouquet.
Comunidade
(2011)
Direo de
Carnaval
-
Abre-Alas G.R.E.S. So Clemente Carnaval/2017
68
FICHA TCNICA
Fantasias
Criador(es) das Fantasias (F