inclusÃo social nas escolas regulares

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Mestrado em Educação Revista Profissão Docente UNIUBE – Universidade de Uberaba ISSN:1519-0919 www.uniube.br/propep/mestrado/revista/ RPD Revista Profissão Docente, Uberaba, v.10, n.21, p 107-126, jan/jun .2010 ISSN 1519-0919 INCLUSÃO SOCIAL NAS ESCOLAS REGULARES: PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA EQUIPE ESCOLAR SOCIAL INCLUSION IN REGULARY SCHOOLS: MAIN HARDSHIP FACED BY THE SCHOOL TEAM VITAL, Lucila Maria de Andrade Graduada em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Pós-graduação em Linguagem pelo Centro de Especialização Clínica em Fonoaudiologia - CEFAC [email protected] PIRES, Melina Dutra Esteves Graduada em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Pós-graduação em Linguagem pelo Centro de Especialização Clínica em Fonoaudiologia - CEFAC [email protected] ALVES, Luciana Mendonça Doutora e Mestre em Linguistica pela Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG. Docente no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. M.G., Brasil. [email protected]

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ARTIGO SOBRE INCLUSÃO SOCIAL

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    RPD Revista Profisso Docente, Uberaba, v.10, n.21, p 107-126, jan/jun .2010 ISSN 1519-0919

    INCLUSO SOCIAL NAS ESCOLAS REGULARES: PRINCIPAIS

    DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA EQUIPE ESCOLAR

    SOCIAL INCLUSION IN REGULARY SCHOOLS: MAIN HARDSHIP FACED

    BY THE SCHOOL TEAM

    VITAL, Lucila Maria de Andrade

    Graduada em Fonoaudiologia pelo Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix.

    Ps-graduao em Linguagem pelo Centro de Especializao Clnica em

    Fonoaudiologia - CEFAC

    [email protected]

    PIRES, Melina Dutra Esteves

    Graduada em Fonoaudiologia pelo Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix,

    Ps-graduao em Linguagem pelo Centro de Especializao Clnica em

    Fonoaudiologia - CEFAC

    [email protected]

    ALVES, Luciana Mendona

    Doutora e Mestre em Linguistica pela Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG.

    Docente no Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix.

    M.G., Brasil.

    [email protected]

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    RESUMO

    Objetivo: verificar como acontecem as prticas de incluso no sistema de ensino

    fundamental em escolas regulares pblicas e particulares. Mtodos: pesquisa quali-

    quantitativa de corte transversal descritivo, com a participao de 137 profissionais da

    educao do ensino fundamental, de 10 escolas pblicas e 10 escolas particulares de

    Minas Gerais. As informaes concernentes incluso foram colhidas por meio de um

    questionrio contendo 12 questes objetivas e dissertativas. Resultados: Nas 20 escolas

    pesquisadas, as maiores dificuldades encontradas no processo de incluso, foram

    profissionais no capacitados, ambiente escolar inadequado, a carncia de recursos

    metodolgicos e projetos especficos para a assistncia aos alunos deficientes.

    Concluso: apesar de as instituies serem inclusivas, percebe-se um quadro deficiente

    de profissionais especializados que poderiam auxiliar os professores e pedagogos no

    processo de aprendizagem.

    Palavras-chave: Incluso. Deficiente. Educao.

    ABSTRACT

    Objective: to verify how inclusion practices are made in elementary school, both in

    public and private schooling. Methods: quality and quantity research of descriptive

    transversal cut, with the participation of 137 professionals, from the elementary

    education system, who work for 10 public schools and 10 private schools in the Minas

    Gerais State, in Brazil. The data concerning inclusion was retrieved through a

    questionnaire which contained 12 objective essay questions. Results: Out of the 20

    schools researched, the biggest hardship faced was the lack of professional background,

    not to mention improper school environment and lack of methodological resources and

    specific projects to assist disabled students. Conclusion: although the institutions are

    inclusive, it is possible to notice a low number of specialized professionals who can

    assist teachers in the learning process.

    Key Words: Inclusion. Disabled. Education.

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    INTRODUO

    Nos ltimos sete anos, o Brasil dobrou o nmero de alunos com necessidades

    especiais em sala de aula no ensino fundamental. Esses avanos, no entanto, no

    aconteceram em todas as redes e ainda so insuficientes para garantir o direito de todos

    os alunos com alguma deficincia a uma educao de qualidade no ensino fundamental

    (ANTNIO, 2009).

    De acordo com Enumo (2005), a integrao dos portadores de deficincia tem

    sido a proposta norteadora e dominante na Educao Especial e na Educao em geral,

    sendo direcionados programas e polticas educacionais e de reabilitao em vrios

    pases, incluindo-se o Brasil.

    Em 1994, na cidade de Salamanca, na Espanha, surgiu a Conferncia Mundial de

    Educao Especial, com objetivo de tratar das questes da incluso social,

    principalmente na Educao. Todas as crianas tm direito a educao. As crianas

    especiais devem ser inseridas na escola regular e deve existir um sistema pedaggico

    que atenda suas necessidades; as escolas regulares que realizam a incluso ajudam a

    diminuir a discriminao e a construir uma educao para todos (MACIEL, 2000).

    O direito escolarizao, independentemente das condies fsicas, emocionais

    e intelectuais, garantido, no Brasil, pelo Plano Decenal de Educao para Todos

    (MEC, 2003) e pelos Parmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1999). Em 1988, a

    Constituio Federal instituiu que todos tm o direito educao e ao acesso escola,

    sendo dever do Estado garantir o ensino, em todos os seus nveis, independente da raa,

    origem, cor, idade e deficincia (RAMOS; ALVES, 2008; SILVEIRA; NEVES, 2006).

    Tessaro; Wariconda; Bolonheis; Rosa (2005), a partir de um estudo feito pela

    Universidade de Maring com alunos de escolas pblicas regulares do ensino

    fundamental sobre a opinio destes frente ao processo de incluso social, revelaram que

    a discriminao aos alunos deficientes, a falta de preparo dos professores, a falta de

    infra-estrutura das escolas, e a ausncia de metodologia adequada para cada tipo de

    deficincia, so os maiores dificultadores para a incluso no mbito escolar.

    Um estudo realizado em Vitria, ES, teve, como objetivo, descrever e analisar a

    interao social entre alunos da 1 srie do Ensino Fundamental com os deficientes

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    mentais e seus colegas. Concluiu-se que os alunos com deficincia mental so menos

    aceitos e so mais rejeitados do que seus colegas, apresentando, assim, maior

    dificuldade em manter contatos sociais (BATISTA; ENUMO, 2004) .

    Kafrouni; Pan (2001) conduziram, num perodo de 03 meses, estudos de caso em

    9 escolas pblicas de Curitiba, por meio de questionrios, entrevistas, reunies e

    observaes em sala de aula e extra classe. Concluiu-se que a implementao da

    incluso requer o preparo das escolas e dos profissionais da educao para esta nova

    realidade.

    A atuao fonoaudiolgica na Educao Inclusiva algo recente e ainda pouco

    explorado, mas que vem sendo estudada nos meios acadmicos e cientficos

    paulatinamente (SILVA, 2007).

    Ramos; Alves (2008) conduziram um estudo em escolas regulares e especiais de

    Belo Horizonte e constataram que, no ambiente escolar, h uma grande freqncia de

    patologias que afetam a comunicao, como Sndromes, deficincia mental, auditiva e

    mltipla. Alm disso, as autoras afirmam que h uma defasagem de profissionais

    especializados para auxiliar a equipe escolar na educao inclusiva.

    Devido maior freqncia de incluso nas escolas regulares, associada s

    dificuldades dos profissionais de educao frente a esse processo, optou-se por

    desenvolver um estudo sobre esse assunto. Existem poucas referncias na literatura que

    mostram, com clareza, as dificuldades especficas dos professores no processo de

    incluso no territrio mineiro.

    O levantamento das dificuldades dos educadores diante da incluso poder,

    posteriormente, estabelecer novas estratgias de capacitao da equipe escolar.

    Desta forma, o objetivo desse estudo foi o de verificar como acontecem as

    prticas de incluso no sistema de ensino fundamental nas escolas regulares pblicas e

    particulares de Belo Horizonte e Arax - MG.

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    MTODOS

    Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa de corte transversal descritivo,

    aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) do CEFAC, de acordo com o parecer

    n 033/09.

    O estudo foi realizado com profissionais da educao (professores, pedagogos e

    supervisores) do ensino fundamental, em 10 escolas pblicas e 10 escolas particulares

    das cidades de Arax/ MG e Belo Horizonte/ MG, tendo participado, ao todo, 20 escolas

    nas duas cidades pesquisadas.

    Foi aplicado um questionrio, contendo perguntas objetivas, com os seguintes

    temas: ocorrncia da incluso, forma de atendimento s crianas inclusas, acessibilidade

    ao ambiente escolar, principais patologias aceitas e quais as mais difceis de lidar,

    existncia de projeto especfico de incluso para atender os alunos, preconceito entre os

    no deficientes e os inclusos, se o ambiente de aprendizagem favorecedor, existncia

    de recursos audiovisuais, conhecimento dos profissionais de educao sobre o conceito

    deficincia (etiologia, caractersticas, tipos), existncia de profissionais especializados,

    contato entre as escolas e os profissionais da sade, existncia de atividades

    diferenciadas e acompanhamento pedaggico.

    O questionrio foi semi-aberto, contendo 10 questes objetivas e 02

    dissertativas, elaborado pelas prprias pesquisadoras.

    Todos os profissionais da educao das escolas pesquisadas responderam ao

    questionrio, com exceo daqueles que no assinaram o termo de consentimento livre e

    esclarecido.

    Os resultados dos questionrios foram analisados por meio de estatstica

    descritiva com base no clculo do nmero e porcentagem das variveis estudadas.

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    RESULTADOS

    A pesquisa foi realizada em 10 escolas pblicas e 10 particulares das cidades de

    Belo Horizonte e Arax. Foram coletados 31 questionrios nas escolas pblicas e 38 nas

    particulares de Arax. Em Belo Horizonte, 36 questionrios respondidos na rede pblica

    e 32 na particular.

    Grfico 1 Perfil dos alunos deficientes

    Conforme ilustrado pelo grfico 1, podemos perceber que o perfil dos alunos

    especiais mais encontrado nas escolas pblicas e particulares foi o da hiperatividade.

    Vimos que 44% dos alunos da rede pblica de Belo Horizonte e 34% da rede particular

    eram hiperativos; e que, em Arax, 60% dos alunos da rede pblica eram hiperativos e

    41% da rede particular.

    As outras patologias mais encontradas foram 15% de Sndromes e Deficincia

    Fsica na rede pblica, e 17% de casos psiquitricos na rede particular de Belo

    Horizonte; 20% de deficientes auditivos na rede pblica e 16% de deficientes fsicos na

    rede particular de Arax.

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    Grfico 2 Encaminhamento dos alunos para atendimento extra escolar

    Verificamos 89% de encaminhamento dos alunos especiais para atendimento

    extra escolar nas escolas pblicas e 90% nas escolas particulares de Belo Horizonte.

    Em Arax encontramos 77% de encaminhamento no setor pblico e 92% no privado.

    (Grfico 2).

    Grfico 3 Presena de profissionais especializados no ambiente escolar

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    Conforme ilustrado pelo grfico 3, obtivemos resultados diferentes para Belo

    Horizonte e Arax, sendo que, na primeira, vimos que 14% das escolas pblicas

    possuem algum profissional especializado para auxiliar no processo de incluso e 55%

    nas escolas privadas. J, em Arax, 41% do setor pblico possuem profissionais

    especializados e 23% nas escolas privadas.

    Profissionais mais citados

    17%

    33%

    0% 0%

    35%

    53%

    12%

    0%

    20%

    7%

    0% 0%

    43%

    0%

    57%

    0%

    Psicologo Psicopedagogo Enfermeiro Outros

    Pblica BH Privada BH Pblica Arax Privada Arax

    Grfico 4 Tipos de profissionais especializados encontrados nas escolas

    Verificamos o nmero de psicopedagogos dentro das escolas privadas de Belo

    Horizonte, 53%, e em Arax, 43%. J nas escolas pblicas, encontramos um alto ndice

    de professores especializados em incluso, 50% em Belo Horizonte, e 73% em Arax. O

    grfico 4 demonstra estes dados.

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    Grfico 5 Existncia de atividades efetuadas com os deficientes nas escolas

    Percebemos que as atividades diferenciadas para os alunos deficientes so mais

    exercidas pelas escolas privadas, sendo 71% em Belo Horizonte e 86% em Arax. Nas

    escolas pblicas encontramos 42% em Belo Horizonte e 77% em Arax.(Grfico 5).

    Grfico 6 A acessibilidade nas instituies

    Conforme ilustrado pelo grfico 6, observamos que a acessibilidade se limita a

    rampas e/ou barras. Em Belo Horizonte, 25% no possuem facilidade de acesso para os

    deficientes e 27% possuem rampas em suas escolas pblicas. Nas escolas privadas,

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    29% possuem rampas. Em Arax, 15% possuem rampas e ou barras em suas escolas

    pblicas; nas privadas, 25% no possuem nada como facilidade de acesso e 42%

    possuem rampas e ou barras.

    Grfico 7 Recursos favorecedores ao processo de acessibilidade dos alunos

    Detectamos que todas as escolas pblicas e particulares das regies estudadas

    possuem, como recursos favorecedores incluso, os computadores, sendo, em Belo

    Horizonte, 85% e 50% para as pblicas e particulares, respectivamente, e Arax 65% e

    71% para as pblicas e particulares, nessa ordem (grfico 7).

    DISCUSSO

    O percentual de instituies inclusiva

    Na comparao destas informaes, podemos perceber que, atualmente, o ndice

    de incluso em escolas pblicas maior que nas escolas privadas, e que as instituies

    pesquisadas de Arax mostraram-se, de acordo com a presente pesquisa, mais inclusivas

    que as de Belo Horizonte. No entanto, este indicador nos revela que as instituies

    aceitam alunos com algum tipo de deficincia, no demonstrando se realmente se

    adequaram para receb-los. Da mesma maneira que encontramos nos estudos

    analisados, a incluso no acontece em todas as escolas, e ainda insuficiente para

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    garantir o direito de todos os alunos com alguma deficincia, a uma educao de

    qualidade no ensino fundamental.

    Esses dados contrapem-se com a nossa realidade, pois o nmero de alunos

    deficientes em escolas regulares tem aumentado, anualmente, 28,1% (ALVES;

    CASTRO; REZENDE, 2008).

    Perfil dos alunos deficientes

    Quando pedido para identificar o perfil dos alunos com necessidades especiais,

    verificou-se um grande nmero de hiperativos, tanto em escolas pblicas e particulares

    de Belo Horizonte e quanto nas de Arax, seguido de sndromes, deficincias auditiva,

    fsica, mltipla, visual, mental, entre outras.

    Essa diversidade de patologias mostra-nos que o processo de incluso mais

    complexo do que podemos imaginar, exigindo dos professores um conhecimento sobre

    vrias deficincias e uma adequao do contedo de forma diferenciada para os alunos

    especiais.

    Encaminhamento dos alunos para acompanhamento teraputico extra-escolar

    Com este indicador, observamos que as redes privadas, juntamente com as

    famlias, possuem maiores recursos para encaminhar seus alunos a especialistas. A rede

    privada, para as escolas pesquisadas de Arax, novamente mostra-se mais eficiente

    neste item, sendo seguida pela rede pblica da mesma regio. Verificamos o quanto

    importante que as escolas conheam o trabalho dos profissionais especializados, para

    que os encaminhamentos sejam realizados com uma maior incidncia e de forma

    adequada.

    Contato entre a escola e os profissionais de sade responsveis pelo aluno

    deficiente

    Observou-se que grande percentual das escolas no mantm nenhum tipo de

    contato com os responsveis pela sade de seus alunos. Todas as instituies mostraram

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    ndices muito baixos para esse indicador, no entanto, as redes pblicas apresentaram

    uma maior interao.

    Na maioria das vezes, esse contato ocorre de forma superficial e ineficiente

    devido resistncia dos profissionais de sade que se mostram fechados para discusso.

    Dessa forma, percebe-se que todos os profissionais que se relacionam com os

    portadores de necessidades especiais necessitam, conforme j apontado por Melo;

    Ferreira (2009), em sua grade curricular, de um estudo mais amplo sobre os aspectos da

    incluso escolar, para que possam colaborar, de maneira eficaz, neste processo.

    Existncia de profissionais especializados no ambiente escolar que atuam no

    processo de viabilizao do processo de incluso

    Nesta questo, foi constatado que as instituies precisam analisar as suas

    necessidades, e verificar a possibilidade de se adequarem. Apesar de as instituies

    serem inclusivas, percebe-se um quadro deficiente de profissionais especializados,

    como fonoaudilogos especializados em linguagem, que poderiam auxiliar os

    professores no processo de aprendizagem, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas,

    psiclogos e demais profissionais ligados sade e educao. Sendo assim, o processo

    de incluso torna-se difcil, provocando frustraes aos professores e familiares que

    criam expectativa de aprendizagem para seus filhos.

    Mais uma vez, observa-se a falta de apoio do governo no cumprimento de suas

    leis, pois, garantido, pela Lei de Diretrizes e Base de Educao Nacional (n.9394/96),

    o apoio especializado nas escolas regulares para atender as necessidades dos educandos

    especiais, o que no foi observado nas escolas pesquisadas. Sabemos que o processo

    educativo no realizado apenas por professores e pedagogos, mas tambm por outros

    profissionais capacitados e envolvidos com a incluso. Contudo, nota-se que o

    psicopedagogo o profissional mais encontrado no ambiente escolar, sendo que existe

    uma carncia de fonoaudilogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psiclogos, j

    que, nos dados coletados, existe um grande nmero de hiperativos, deficientes

    auditivos, sndromes, deficincia mltipla.

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    A ausncia desses profissionais decorre de diversos fatores, como falta de

    informao dos educadores sobre as suas atuaes dentro do mbito escolar, falta destes

    prprios profissionais em demonstrar as possibilidades de trabalho neste mbito, ou at

    mesmo de formao especfica na rea, e at mesmo de polticas pblicas que facilitem

    o acesso destes profissionais ao ambiente escolar. Tudo isso pode levar a uma lacuna no

    grau de conhecimento da real importncia da colaborao da equipe multidisciplinar.

    Como o pedagogo e o psicopedagogo so profissionais que participam da equipe escolar

    h mais tempo, fica mais claro para os educadores visualizarem a importncia desses

    profissionais (LEONARDO, 2008).

    Percebe-se, ento, uma carncia de profissionais especializados na escola,

    principalmente do fonoaudilogo, que o profissional habilitado para prevenir os

    problemas da comunicao oral e escrita, voz e audio, alm de poder participar da

    orientao e planejamento escolar. O fonoaudilogo tem conhecimentos especficos

    sobre o desenvolvimento normal da linguagem e pode auxiliar as crianas especiais em

    seu desenvolvimento global, inclusive na aprendizagem (ALVES; CASTRO;

    REZENDE, 2008).

    Existncia de atividades efetuadas com os deficientes como apoio ao

    desenvolvimento da aprendizagem

    Os indicadores apresentam que um grande percentual das instituies oferecem

    algum tipo de atividade para facilitar o desenvolvimento e a interao de alunos com

    necessidades especiais. Percebemos que, tambm neste item, as escolas pesquisadas na

    cidade de Arax apresentaram maior eficincia que as escolas de Belo Horizonte, mas a

    rede pblica das duas regies oferecem menor suporte para o processo de aprendizagem

    dos alunos.

    Acessibilidade dessas crianas dentro da instituio

    Destaca-se, neste item, que um percentual significativo de instituies no

    possuem meios que facilitem a acessibilidade de seus alunos. Notamos, ainda, que as

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    escolas pesquisadas da rede privada de Belo Horizonte so mais deficientes quando se

    trata de adequao para acessibilidade.

    J, em Arax, a situao se inverte, e mesmo sendo alto o percentual de

    acessibilidade da rede privada, a rede pblica mantm um percentual de 48% de

    instituies que no possuem nenhum dos acessos citados. A maioria das escolas

    pblicas, ao se tornarem inclusivas, realizaram modificaes apenas na infra-estrutura

    fsica, faltando capacitao dos professores e projetos especficos para atenderem a

    esses alunos. Alm disso, muitas instituies no tinham realizado nem mesmo a

    adequao da estrutura fsica. A incluso escolar no apenas retirar pessoas especiais

    do ambiente excludente e inser-las dentro da sala de aula, mas adequar todo o ambiente

    escolar, no que se refere aos recursos materiais e humanos (LEONARDO, 2008).

    Recursos favorecedores ao processo de acessibilidade dos alunos

    Verificou-se que um grande percentual de instituies pblicas e privadas no

    possuem recursos como computadores, recursos audiovisuais e materiais em braile, para

    facilitar o desenvolvimento e a acessibilidade de seus alunos. O recurso mais comum

    dentro das instituies o uso de computadores. Tem sido observado que os alunos

    deficientes aprendem mais em ambientes integrados onde lhes so proporcionados

    experincia e apoio educacionais adequados, do que quando esto em ambientes

    segregados. Acreditamos que o uso de recursos implicar em uma perspectiva inclusiva

    mais satisfatria.

    Existncia de cursos de capacitao que auxiliam os professores no processo de

    educao inclusiva, oferecidos pela rede pblica ou diretoria da escola

    Vemos que, atualmente, a preocupao com a formao de capacitao de mo de

    obra ainda muito pequena em todas as regies. Verificamos que, em todas as escolas

    pesquisadas, o percentual de queixa de falta de capacitao maior que 45%, chamando

    ateno para as redes pblicas, que nas duas regies, apresentam ndices de

    aproximadamente 70%. Esse problema tambm foi encontrado no processo de incluso

    dos estudos analisados. Observa-se que a percepo dos docentes, ao se depararem com

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    alunos com necessidades especiais, de despreparo e insegurana frente ao

    desconhecido. Alm disso, o processo da educao inclusiva no deve estar s atento ao

    aluno, mas tambm aos docentes que iro atend-los nas universidades

    (LIDIO;

    CAMARGO, 2008).

    Quantas vezes ao ano so realizadas atividades para promover a capacitao

    destes profissionais

    Observou-se que a rede pblica das duas cidades oferece programa de capacitao

    com maior frequncia do que a rede privada. O investimento da rede privada, na

    capacitao de profissionais, faz-se necessrio, para que projetos especficos sejam

    passados aos educadores, com maior freqncia, tornando-os mais qualificados para

    assistirem aos alunos deficientes.

    Existncia de preconceito entre os alunos no deficientes e os inclusos

    Quando perguntamos sobre a existncia de preconceito em relao aos alunos com

    necessidades especiais, foi constatada a sua ocorrncia, principalmente nas instituies

    da rede privada de Belo Horizonte. O preconceito ao aluno deficiente tambm foi

    mencionado em outras pesquisas, estando, dessa forma, de acordo com os nossos

    achados. (TESSARO; WARICONDA; BOLONHEIS; ROSA, 2005; BATISTA;

    ENUMO, 2004) .

    Observa-se que necessrio que sejam desenvolvidas, nas escolas, atitudes de

    solidariedade, respeito mtuo, cooperao, amizade e incentivos incluso, como

    demonstrao de valores ticos e humanos imprescindveis para que tenhamos posturas

    positivas e favorveis incluso do deficiente na escola e sociedade.

    Existncia de algum projeto especfico de incluso

    Os projetos especficos de incluso so encontrados com maior freqncia nas

    escolas privadas de Belo Horizonte. J, em Arax, esse ndice menor, obtendo-se

    maior porcentagem nas escolas pblicas. Essa observao nos mostra que, apesar de os

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    alunos especiais se inserirem nas escolas de ensino regular, no existe uma proposta

    pedaggica diferenciada para atend-los, faltando, muitas vezes, recursos para avaliar o

    conhecimento e estimular sua aprendizagem. Contrapondo-se a esses achados, a Lei de

    Diretrizes Educacional Nacional assegura aos educandos deficientes um sistema de

    ensino com currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao

    especficos, para atender suas peculiaridades.

    As maiores dificuldades encontradas para o desenvolvimento do projeto

    Vemos que as dificuldades relatadas da rede pblica e privada das regies

    pesquisadas so as mesmas, chamando a ateno falta de capacitao que nas quatro

    situaes pesquisadas aparece como a principal dificuldade. Verificou-se que 46% da

    rede privada e 36% da pblica de Arax, 37% das escolas privadas e 36% das pblicas

    de Belo Horizonte relataram, como maior dificultador para o processo da incluso, a

    falta de capacitao dos educadores. Essa dificuldade tambm foi confirmada pelo

    estudo de caso de Melo; Ferreira (2009), sobre o cuidar da criana com deficincia

    fsica na educao infantil: perfil e conhecimento dos professores, em que se constatou

    que, o maior entrave para incluso deste tipo de aluno, eram o medo e ansiedade dos

    professores, diante de uma patologia desconhecida, e a falta de orientao por parte de

    profissionais da sade quanto aos cuidados especiais frente a essa criana.

    Na presente pesquisa, tambm foi possvel concluir que os cursos de pedagogia

    esto deficitrios quanto formao profissional sobre assuntos especficos, como

    manuseio de crianas com alteraes neurolgicas, posicionamento, postura, locomoo

    que so imprescindveis para garantir uma incluso eficiente, assim como constatado

    tambm por Melo; Ferreira (2009).

    De acordo com a Portaria 1793/94, os profissionais da rea de educao e sade

    que interagem com portadores de necessidades especiais devem ter, como complemento

    em seus currculos de formao de docentes, aspectos ticos-polticos educacionais, e

    integrao da pessoa portadora de necessidades especiais em todas as Licenciaturas.

    Alm disso, nesse estudo tambm foram relatadas dificuldades semelhantes a das

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    escolas de Belo Horizonte e Arax, como questes de acessibilidade e falta de apoio

    profissional especializado.

    CONSIDERAOES FINAIS

    O estudo nos mostra que o processo de incluso nas redes pblica e particular tem

    ocorrido com pouca preparao do ambiente escolar. Quando ocorre alguma

    modificao, essa se d apenas na estruturao fsica, faltando preparao dos recursos

    humanos, recursos metodolgicos e recursos materiais.

    As escolas inclusivas devem preocupar-se com o conhecimento sobre o

    desenvolvimento humano e suas relaes com o processo de aprendizagem, investindo

    em novas tecnologias, capacitao dos professores, de forma que possam criar

    currculos e metodologias mais flexveis, capazes de estimular e avaliar, de acordo com

    a singularidade de cada aluno.

    A partir dos resultados levantados, com relao aos recursos metodolgicos e

    materiais, algumas medidas concretas gerais tornam-se urgentes e, se adequadamente

    ajustadas, podero auxiliar no processo de incluso. Sugerem-se aes como: ampliao

    do tempo disponvel para a realizao de provas, aplicao de provas orais, podendo-se

    recorrer a assessorias legais se necessrio; fornecimento do material utilizado em sala de

    aula com antecedncia, bem como os termos tcnicos de cada disciplina, para que o

    aluno assimile o contedo da aula a ser lecionada; criao de um horrio para

    atendimento diferenciado ao aluno para que esse possa conseguir acompanhar a matria.

    Em alguns casos, faz-se necessrio, modificar o formato dos materiais impressos,

    criando materiais alternativos como textos em udio, braile ou CD, alm de permitir que

    aulas sejam gravadas, como forma de facilitao da aprendizagem.

    Percebe-se que a incluso escolar no consiste em apenas inserir pessoas especiais

    dentro da sala de aula, mas necessita da adequao de todo o ambiente fisico e humano

    escolar. Para isso, precisamos de uma mobilizao de toda a sociedade, a comear pelo

    governo, faculdades de educao, educadores e toda a comunidade em geral. Somente

    dessa forma a incluso escolar e social ser viabilizada.

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    Lucila Maria de Andrade Vital

    Fonoaudiloga graduada pelo Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix, Ps-

    graduao em Linguagem pelo Centro de Especializao Clnica em Fonoaudiologia

    CEFAC.

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Melina Dutra Esteves Pires

    Fonoaudiloga graduada pelo Centro Universitrio Metodista Izabela Hendrix, Ps-

    graduao em Linguagem pelo Centro de Especializao Clnica em Fonoaudiologia

    CEFAC.

    Endereo eletrnico: [email protected]

    Luciana Mendona Alves

    Fonoaudiloga, Mestre e Doutora em Linguistica pela Universidade Federal de Minas

    Gerais (UFMG), Docente do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitrio

    Metodista Izabela Hendrix, e do curso de especializao do Centro de Especializao

    em Fonoaudiologia Clnica CEFAC BH, Minas Gerais.

    Endereo Eletrnico: [email protected]

    Artigo recebido em julho/2010

    Aceito para publicao em agosto/2010