incentivos 2012.05.29

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www.vidaeconomica.pt NEWSLETTER N.º 72 | 29 DE MAIO DE 2012 O mais recente empréstimo do Banco Europeu de In- vestimento (BEI) vai servir para o Governo disponibili- zar 500 milhões de euros a serem executados no QREN. A novidade foi avançada, na passada semana, pelo mi- nistro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que explicou que o objetivo desta medida passa por reforçar a liqui- dez das empresas, já que esta linha “terá uma orienta- ção predominantemente empresarial”. O governante explicou ainda aos jornalistas que “ao contrário do que era feito no passado, o QREN está a ser posto ao serviço das empresas, e não de investimentos públicos com rentabilidade duvidosa e praticamente sem impacto na economia nacional”. Recorde-se que a segunda tranche da linha BEI - que contempla, no total, três mil milhões de euros - servi- rá para alavancar investimentos no âmbito do QREN e será disponibilizada até à primeira semana de junho, adiantou o ministro. O mesmo responsável deu ainda conta que está também previsto um reforço da linha PME Crescimento, que teve uma adesão quatro vezes superior às anteriores. BEI VAI AUMENTAR APOIO ÀS PME O Banco Europeu de Investimen- tos (BEI) afirma que vai intensi- ficar o seu apoio às PME, como forma de saída da crise econó- mica que afeta uma boa parte da União Europeia. A Comissão Europeia já fez a proposta de au- mentar o capital daquele banco em dez mil milhões de euros, o que lhe vai permitir incrementar a sua capacidade de crédito até cerca de 60 mil milhões de euros durante os próximos três anos e conseguir investimentos no va- lor de 180 mil milhões de euros. Índice Setor da Pecuária Extensiva - Linha de crédito .......................... 2 Dicas & Conselhos ...................... 3 Opinião........................................... 4 Entrevista....................................... 5 Notícias .......................................... 7 Apoios Regionais ...................... 10 P&R e Legislação ....................... 11 Concursos e Agenda ............... 11 Indicadores Conjunturais ...... 12 3 ANOS DE INCENTIVOS A Newsletter Incentivos acaba de completar o seu terceiro aniversário. Para assinalar a data, resolve- mos oferecer aos nossos leitores uma edição especial que inclui duas entrevistas centradas na temática dos incentivos à Ino- vação e I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico): A Eurodeputada Maria da Graça Carvalho, da Comissão da Indús- tria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu, fala-nos do Programa Horizonte 2020, o oitavo Programa-Quadro euro- peu de Investigação e Inovação, que terá início em 2014; Já Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting, aborda os in- centivos fiscais à Investigação e Desenvolvimento, nomeada- mente o SIFIDE. Não perca também, nesta edi- ção, o artigo de opinião do Dr. Francisco Jaime Quesado a respeito do processo de reava- liação dos 11 pólos e 8 clusters reconhecidos pelo Governo. Estes são apenas mais 3 moti- vos de interesse para acompa- nhar esta edição, a que se jun- tam as rubricas já habituais, e que servem para assinalar os 3 anos do nosso percurso. Conscientes de que o interesse manifestado pelos nossos lei- tores constitui o nosso princi- pal Incentivo, esperamos que esta edição seja do seu agrado e que continue a seguir-nos com o mesmo entusiasmo! Tiago Cabral QREN com mais 500 milhões para as empresas Também na passada semana, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional anunciou o lançamento, ainda antes do verão, de um programa - que será designado de “Valorizar” - para estimular o empreendedorismo local. O seu principal foco estará voltado para a valorização dos territórios, no quadro da reprogramação do QREN. PROGRAMA HORIZONTE 2020 FINANCIA I&D ATÉ €100 MIL MILHÕES O oitavo Programa-Quadro europeu de Investigação e Inovação pretende incentivar a transposição das ideias para o mercado e criar novas em- presas. Maria da Graça Carva- lho, da Comissão da Indústria, Investigação e Energia do Par- lamento Europeu, explicou à “Vida Económica” as principais vertentes deste programa, que terá início em 2014. (Continua na página 5) Ver artigo completo De acordo com Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting CRÉDITO BANCÁRIO PERDE PESO NO FINANCIAMENTO À INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Os incentivos fiscais à investiga- ção e desenvolvimento (I&D) são o principal atrativo a estas atividades por parte das empresas nacionais. Mas também se verifica uma forte utilização dos incentivos a fundo perdido e empréstimos reembol- sáveis, bem como dos créditos bancários, assume Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting, em en- trevista à “Vida Económica”. (Continua na página 6)

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Newsletter Incentivos

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Page 1: Incentivos 2012.05.29

www.vidaeconomica.ptNEWSLETTER N.º 72 | 29 DE MAIO DE 2012

O mais recente empréstimo do Banco Europeu de In-vestimento (BEI) vai servir para o Governo disponibili-zar 500 milhões de euros a serem executados no QREN. A novidade foi avançada, na passada semana, pelo mi-nistro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que explicou que o objetivo desta medida passa por reforçar a liqui-dez das empresas, já que esta linha “terá uma orienta-ção predominantemente empresarial”.

O governante explicou ainda aos jornalistas que “ao contrário do que era feito no passado, o QREN está a ser posto ao serviço das empresas, e não de investimentos públicos com rentabilidade duvidosa e praticamente sem impacto na economia nacional”.

Recorde-se que a segunda tranche da linha BEI - que contempla, no total, três mil milhões de euros - servi-rá para alavancar investimentos no âmbito do QREN e será disponibilizada até à primeira semana de junho, adiantou o ministro. O mesmo responsável deu ainda conta que está também previsto um reforço da linha PME Crescimento, que teve uma adesão quatro vezes superior às anteriores.

BEI VAI AUMENTAR APOIO ÀS PME

O Banco Europeu de Investimen-tos (BEI) afirma que vai intensi-ficar o seu apoio às PME, como forma de saída da crise econó-mica que afeta uma boa parte da União Europeia. A Comissão

Europeia já fez a proposta de au-mentar o capital daquele banco em dez mil milhões de euros, o que lhe vai permitir incrementar a sua capacidade de crédito até cerca de 60 mil milhões de euros durante os próximos três anos e conseguir investimentos no va-lor de 180 mil milhões de euros.

ÍndiceSetor da Pecuária Extensiva - Linha de crédito .......................... 2Dicas & Conselhos ...................... 3Opinião........................................... 4Entrevista ....................................... 5Notícias .......................................... 7Apoios Regionais ......................10P&R e Legislação .......................11Concursos e Agenda ...............11Indicadores Conjunturais ......12

3 ANOS DE INCENTIVOS

A Newsletter Incentivos acaba de completar o seu terceiro aniversário.

Para assinalar a data, resolve-mos oferecer aos nossos leitores uma edição especial que inclui duas entrevistas centradas na temática dos incentivos à Ino-vação e I&DT (Investigação e Desenvolvimento Tecnológico):

A Eurodeputada Maria da Graça Carvalho, da Comissão da Indús-tria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu, fala-nos do Programa Horizonte 2020, o oitavo Programa-Quadro euro-peu de Investigação e Inovação, que terá início em 2014;

Já Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting, aborda os in-centivos fiscais à Investigação e Desenvolvimento, nomeada-mente o SIFIDE.

Não perca também, nesta edi-ção, o artigo de opinião do Dr. Francisco Jaime Quesado a respeito do processo de reava-liação dos 11 pólos e 8 clusters reconhecidos pelo Governo.

Estes são apenas mais 3 moti-vos de interesse para acompa-nhar esta edição, a que se jun-tam as rubricas já habituais, e que servem para assinalar os 3 anos do nosso percurso.

Conscientes de que o interesse manifestado pelos nossos lei-tores constitui o nosso princi-pal Incentivo, esperamos que esta edição seja do seu agrado e que continue a seguir-nos com o mesmo entusiasmo!

Tiago Cabral

QREN com mais 500 milhões para as empresas

Também na passada semana, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional anunciou o lançamento, ainda antes do verão, de um programa - que será designado de “Valorizar” - para estimular o empreendedorismo local. O seu principal foco estará voltado para a valorização dos territórios, no quadro da reprogramação do QREN.

PROGRAMA HORIZONTE 2020 FINANCIA I&D ATÉ €100 MIL MILHÕES

O oitavo Programa-Quadro europeu de Investigação e Inovação pretende incentivar a transposição das ideias para o mercado e criar novas em-presas. Maria da Graça Carva-

lho, da Comissão da Indústria, Investigação e Energia do Par-lamento Europeu, explicou à “Vida Económica” as principais vertentes deste programa, que terá início em 2014.

(Continua na página 5)

Ver artigo completo

De acordo com Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting

CRÉDITO BANCÁRIO PERDE PESO NO FINANCIAMENTO À INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Os incentivos fiscais à investiga-ção e desenvolvimento (I&D) são o principal atrativo a estas atividades por parte das empresas nacionais. Mas também se verifica uma forte utilização dos incentivos a fundo perdido e empréstimos reembol-

sáveis, bem como dos créditos bancários, assume Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting, em en-trevista à “Vida Económica”.

(Continua na página 6)

Page 2: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 2

O Governo lançou recentemente um apoio financeiro destinado a com-pensar os efeitos nefastos da seca no setor da pecuária extensiva, permitin-do aos operadores daquele setor o acesso ao crédito em condições mais fa-voráveis, sem prejuízo da extensão do apoio a outros setores de atividade agrícola que, em função da avaliação dos efeitos da seca, venham a revelar perdas igualmente significativas.

OBJETO

A linha de crédito dirige-se prioritariamente a operadores do setor da pecuária extensiva, que exerçam as atividades da bovinicultura, caprini-cultura, ovinicultura, equinicultura, suinicultura e apicultura, com vista a compensar o aumento dos custos de produção resultantes da seca, nome-adamente os custos relativos à alimentação animal.

Podem ainda aceder à linha de crédito, operadores que exerçam outras atividades agrícolas, nomeadamente a agricultura de sequeiro, nos termos a definir por portaria.

CONDIÇÕES DE ACESSO DOS BENEFICIÁRIOS

Podem aceder à linha de crédito as pessoas singulares ou coletivas, que cumpram os seguintes requisitos:- Estejam licenciadas ou registadas para o exercício das atividades objeto

do apoio;- Exerçam atividade nos respetivos setores;- Se localizem no território continental;- Tenham a situação contributiva regularizada perante a administração

fiscal e a segurança social.

MONTANTE GLOBAL DE CRÉDITO

O montante global de crédito a conceder, no âmbito da presente linha, não pode exceder € 50 000 000, dos quais € 30 000 000 destinados a ope-radores do setor da pecuária extensiva e o remanescente a operadores que exerçam outras atividades agrícolas, nos termos a definir por portaria.

MONTANTE INDIVIDUAL DE CRÉDITO E DO AUXÍLIO

O montante individual de crédito a conceder no âmbito do setor da pecu-ária extensiva é fixado do seguinte modo:

- € 180, por fêmea da espécie bovina e equina, com idade superior a 24 meses;

- € 40, por fêmea das espécies ovina e caprina, com idade superior a 12 meses ou que já tenha parido;

- € 120, por fêmea reprodutora da espécie suína;- € 5, por colmeia.

O montante do auxílio a atribuir não pode exceder € 7500 por beneficiário, durante qualquer período de três exercícios financeiros.

CONDIÇÕES FINANCEIRAS

O crédito é concedido, sob a forma de empréstimo reembolsável, pelas instituições de crédito que celebrem protocolo com o Instituto de Finan-ciamento da Agricultura e Pescas (IFAP, I. P.), sendo fixada uma taxa de juro nominal máxima.

Os empréstimos são concedidos pelo prazo máximo de um ano a contar da data da primeira utilização de crédito.

A utilização dos empréstimos é realizada no prazo máximo de quatro me-ses após a data de celebração do contrato, podendo efetuar-se até quatro utilizações por contrato.

Os empréstimos vencem juros à taxa contratual, calculados, dia a dia, so-bre o capital em dívida. Os juros são postecipados e pagos de uma só vez na data do reembolso e beneficiam de uma bonificação igual à taxa de referência para o cálculo de bonificações (TRCB) em vigor no início de cada período de contagem de juros. Caso a taxa de juro praticada pela institui-ção de crédito seja menor à TRCB, a bonificação passa a ser igual à referida taxa de juro praticada.

APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

As candidaturas devem ser apresentadas pelos potenciais beneficiários junto do IFAP, a quem compete avaliar e decidir o enquadramento das mesmas na presente linha de crédito, podendo as instituições de crédito contratar apenas após este enquadramento.

Os prazos para apresentação, análise, decisão, enquadramento das candi-daturas e celebração dos contratos são fixados e divulgados em circular do IFAP, disponibilizada na sua página da internet.

Setor da pecuária extensiva

Lançada linha de crédito para compensar os efeitos da seca

Decreto-Lei n.º 101/2012, de 11 de maio

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NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 3

Dicas & ConselhosRENOVAÇÃO DE RESTAURANTE

Pretendo abrir um restaurante de gastronomia regional na freguesia de Leitões, em Guimarães, cujo es-tabelecimento já foi utilizado com este mesmo fim. Contudo, a deco-ração do espaço encontra-se desa-tualizada e necessito de comprar equipamentos mais modernos. O investimento deverá rondar os 250 000 euros. Poderei usufruir de algum apoio ao investimento?

RESPOSTA

Dado que a freguesia de Leitões pertence ao território de interven-ção do Grupo de Ação Local (GAL) SOL-DO-AVE - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave, o seu projeto pode ser apoiado pelo PRODER, nomeada-mente pela Ação 3.1.2 - Criação e Desenvolvimento de Microempre-sas.

O investimento elegível mínimo é de 5000 € e o máximo de 300 000 €. Os apoios são concedidos sob a forma de incentivo não reembolsá-vel e possuem os seguintes limites:- 40% se não criar postos de traba-

lho;- 50% se criar 1 posto de trabalho;- 60% se criar 2 ou mais postos de

trabalho.

As despesas elegíveis incluem a aquisição de novos equipamentos, incluindo equipamentos informáti-cos e sistemas energéticos utilizan-

do fontes renováveis de energia, construção e obras de remodela-ção e recuperação de instalações existentes, aquisição de viaturas essenciais à operação, mobiliário, utensílios e ferramentas, estudos técnicos, honorários de arquitetos, software, conceção de material de promoção e marketing (folhetos, desdobráveis, entre outros), de-senvolvimento de website, entre outros.

São critérios de elegibilidade dos beneficiários:- Constituir uma microempresa;- Encontrarem-se legalmente

constituídos, quando se trate de pessoas coletivas;

- Possuírem capacidade profissio-nal adequada à atividade a de-senvolver;

- Cumprirem as condições legais necessárias ao exercício da res-petiva atividade, nomeadamen-te no que respeita a licenciamen-tos;

- Possuírem uma situação eco-nómica e financeira equilibrada com uma autonomia financeira pré-projeto de 15%.

De referir que, para esta Ação 3.1.2 do PRODER, são elegíveis todas as atividades económicas, exceto as que se inserirem nas CAE relativas às atividades de pesca e seus pro-dutos e às atividades de turismo e lazer, nomeadamente, alojamen-to, organização de atividades de animação turística, atividades dos

parques e reservas naturais e ou-tras atividades de diversão e recre-ativas. As atividades de turismo e lazer poderão ser elegíveis no âm-bito das Ações 3.1.1 - Diversificação de Atividades na Exploração Agrí-cola ou 3.1.3 - Desenvolvimento de Atividades Turísticas e de Lazer.

As candidaturas do GAL SOL-DO--AVE encontram-se abertas desde 27 de fevereiro de 2012 e o perí-odo de candidaturas decorre em período contínuo, isto é, sem prazo de encerramento previsto.

De realçar que existem mais Gru-pos de Ação Local com candida-turas abertas em contínuo, nome-adamente: ADAE, AL SUD-ESMINE, Interior Algarve Central, ADREPES, ADIBER, Terras Dentro. Tal acontece

porque se trata do último perío-do de candidaturas às Ações do PRODER que estas entidades vão abrir, uma vez que o PRODER en-cerra em 2013. No entanto, é de realçar que nem todos os Grupos de Ação Local decidiram abrir de forma contínua os respetivos con-cursos. Existem Grupos de Ação Local que já encerraram o seu úl-timo período de candidaturas.

De momento, também se encon-tram abertas as candidaturas dos Grupos de Ação Local LEADER SOR, Pinhal Maior, Terras do Baixo Guadiana, ADRIL, ADICES, ELOZ, ADD, ADER-AL.

Colaboração: www.sibec.pt [email protected] - Tel.: 228 348 500

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NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 4

Opinião

FRANCISCO JAIME QUESADO Especialista em Estratégia, Inovação e Competitividade

Está em curso um processo de profunda reavaliação dos 11 pólos e 8 clusters reconhecidos pelo Governo Português. Pretende-se apostar em pólos de competitividade e internacionalização, que se assumam como verdadeiras plataformas para um novo modelo estratégico para a econo-mia portuguesa. Em tempo de profunda crise internacional, com a maior parte dos setores de atividade confrontados com falta de perspetivas de recuperação, a dinamização deste projeto é essencial. Os pólos de com-petitividade e internacionalização, como projetos integrados de base na-cional, acabam por ser um importante teste à capacidade de encontrar novas soluções associadas à inovação e conhecimento, criando condições para uma nova aposta para o futuro. São por isso um grande desafio para o futuro.

Os atores económicos e sociais (municípios, universidades, associações empresariais, entre outros) na apresentação de soluções estratégicas para os pólos de competitividade acabaram por ser uma surpresa positi-va. Desde o “health cluster” ao automóvel e às TIC, entre outros, todos os protagonistas do conhecimento vieram a jogo. Trata-se dum movimento de “aglomeração de base” da sociedade civil, numa lógica de “eficiência coletiva” em que a capacidade regional de afirmar capacidades numa ló-gica mais global vem ao de cima. Os objetivos estratégicos dos pólos e clusters de inovação são claramente um exemplo de exame à capacidade efetiva dos territórios de “agarrarem” o desafio da competitividade duma forma estruturada e coerente. Impõe-se agora uma nova fase, mais ambi-ciosa, voltada para a internacionalização e para a criação de valor global.

O sucesso dos pólos de competitividade e Internacionalização é funda-mental para o futuro do país. É um objetivo que não se concretiza mera-mente por decreto. É fundamental que a sociedade civil agarre de forma convicta este desígnio e faça da criação destas “novas plataformas de competitividade” a verdadeira aposta estratégica coletiva para os próxi-mos anos. O que está verdadeiramente em causa em tudo isto é a assun-ção por parte do país dum verdadeiro desígnio estratégico de alterar o modelo mais recente de evolução de desenvolvimento económico. Ino-vação, conhecimento e criatividade são as palavras chave de uma estraté-gia centrada na criação de valor global com efeito no emprego e riqueza.

O papel do investimento direto estrangeiro de inovação, articulado com universidades e outros centros de competência, vai ser decisivo nesta área e ao Estado caberá a inelutável missão de regular com rigor e sentido estratégico. Mas a chave do segredo estará na capacidade local de fazer a diferença. Os atores da competitividade (municípios, universidades, asso-ciações empresariais) terão que saber desenvolver um verdadeiro “pacto estratégico” para o futuro do seu território, voltado para uma dimensão mais global. E as opções terão que ser claramente assumidas. Por isso, impõe-se que rapidamente este projeto estratégico passe a ser a base de uma nova agenda da competitividade e crescimento.

A economia portuguesa precisa de um novo choque. E compete aos pó-los de competitividade e internacionalização a liderança do processo de mudança. Impõem-se pólos capaz de projetar no país uma dinâmica de procura permanente da criação de valor e aposta na criatividade. Num tempo de mudança, em que só sobrevive quem é capaz de antecipar as expectativas do mercado e de gerir em rede, numa lógica de competitivi-dade aberta, os pólos não podem demorar. Têm que ser a base do futuro que queremos que seja já hoje!

Nova Agenda da Competitividade implica novos desafios para as Empresas

PÓLOS DE FUTURO

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SOCIEDADE da AUSTERIDADEe direito do trabalho de exceção

NOVIDADE

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NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 5

Entrevista

Vida Económica - Quais as linhas de força que norteiam o programa Horizonte 2020 e de que forma este pode apoiar o sistema científico nacional?

Graça Carvalho - O Horizonte 2020 engloba três programas de financia-mento já existentes: o Programa-Quadro que financia investigação, de-senvolvimento tecnológico e demonstração; o Programa CIP, financiador de competitividade e inovação; e o European Institute of Innovation and Technology, uma iniciativa que promove o empreendedorismo, estabele-cendo forte ligação entre a investigação, a educação e a inovação.

O Horizonte 2020 divide-se em três pilares - Excelência Científica, Lideran-ça Industrial e Desafios Societais - que cobrem todas as áreas científicas e todo o tipo de projetos (mais e menos próximos do mercado), assim como a mobilidade de investigadores para outros países e intercâmbios de pessoal entre universidades e empresas.

Tanto o sistema científico nacional como o tecido empresarial português devem participar nestes programas, já que estes constituem uma boa oportunidade para a sua internacionalização. Na proposta do Horizonte 2020 preveem-se maiores percentagens de financiamento que as atuais, deixando de ser necessário um cofinanciamento nacional, e ainda regras de participação mais simples.

VE - Já são conhecidas as verbas totais do programa? Qual será a per-centagem a que Portugal poderá concorrer por si só e em parceria com outros países?

GC - A proposta da Comissão Europeia sugere um orçamento de apro-ximadamente 80 mil milhões de euros para o período de execução de 2014-2020. O Parlamento sugeriu que esta verba fosse aumentada para 100 mil milhões. No entanto, o valor final só será conhecido durante o triálogo entre o Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu.

Este programa é totalmente aberto à participação de todos os Estados--Membros sem quaisquer tipos de “quotas”. Os critérios de avaliação das propostas ainda estão em aberto, mas serão baseados na excelência, no impacto e na relevância para a sociedade, sem quaisquer condicionantes geográficas.

VE - De que forma este programa pode estimular a orientação da ci-ência e investigação para as empresas e os mercados?

GC - Atualmente, o programa-quadro já tem uma vertente industrial muito importante. A grande indústria europeia é a principal beneficiária em ter-mos de verbas e os projetos de investigação e demonstração têm maiori-tariamente o objetivo de criar um produto ou serviço. A integração do pro-grama de investigação e demonstração e do programa de competitividade e inovação no Horizonte 2020 vai reforçar ainda mais essa vertente.

A partir de 2014, o mesmo programa europeu poderá financiar todo o ciclo da inovação, desde a ideia até à entrada do produto no mercado. Espera-se assim estimular a criação de novos produtos, serviços - e, con-sequentemente, novas ‘start-ups’ e mais empregos.

VE - Como será operacionalizada a atribuição de fundos para cada Estado e/ou instituição?

GC - As instituições respondem a avisos para submissão de candidaturas que são competitivos e abertos à participação de todos os tipos de enti-dades, independentemente do Estado-membro em que estão sediadas. Na maioria dos concursos, as instituições têm que participar num con-sórcio em que estejam representados pelo menos três Estados-Membros.

As propostas são apresentadas nos prazos definidos nos avisos e avaliadas em Bruxelas por um painel definido pela Comissão Europeia. As propostas com melhor classificação são convidadas para negociação até perfazerem o orçamento disponível para o concurso. Tanto na negociação como ao lon-go de todo o projeto é o coordenador que faz a ponte entre a Comissão e os restantes parceiros. No final da negociação o projeto é financiado.

Marc Barros - [email protected]

(1ª página - continuação)

Eurodeputada Maria da Graça Carvalho antevê oportunidades para internacionalizar empresas nacionais

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CÓDIGO CONTRIBUTIVO ANOTADO E COMENTADO Edição 2012

Page 6: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 6

Entrevista

Vida Económica - Considera que há uma dependência nacional de fi-nanciamento de I&D, face aos estímulos financeiros?

Nuno Nazaré - Os incentivos existem para estimular as atividades de I&D, portanto, quanto mais empresas os usarem melhor cumprirão a sua fun-ção, não devendo ver essa elevada utilização como algo negativo. De notar que não há uma menor utilização destes incentivos em Portugal do que noutros países. À exceção da Alemanha, que não possui um programa de incentivos fiscais à I&D, e da Polónia, cujo incentivo é constituído apenas por uma dedução que fica aquém da abrangência dos programas de ou-tros países, apenas a República Checa e a Hungria registam valores de uti-lização abaixo dos 40%. Em países como a Bélgica e a França esses valores chegam a 85% e 67%, respetivamente.

VE - Quais os principais problemas que se colocam, em termos de aces-so aos incentivos fiscais no nosso país?

NN - Os problemas são genericamente os mesmos de outros países. O prin-cipal problema das empresas, numa primeira fase, é encontrar os apoios fi-nanceiros mais vantajosos e que melhor respondam às suas necessidades. Numa segunda fase, os problemas relacionam-se com a implementação da candidatura, ação que para ser bem sucedida exige um conhecimento profundo do processo de candidatura, mas também da realidade nacional de I&D, à qual acresce o tempo que é necessário despender. Face a estas dificuldades, legitima-se o recurso a uma consultora externa que apoie a empresa no processo de candidatura e que consiga melhores resultados do que uma empresa que se candidate sem qualquer apoio.

Financiamento externo importante no total de investimentoVE - O financiamento externo tem um peso significativo no total de investimento em I&D. Significa que as empresas não investem recur-sos financeiros próprios, por receio de não retirarem mais-valias de negócio?

NN - Haverá, certamente, diferentes realidades. Algumas empresas realiza-riam projetos de inovação com ou sem apoios externos, mas, uma vez que estes apoios existem, porque não tirar partidos deles? Mas, para empre-sas de menor dimensão, um projeto que exija um investimento avultado é sempre um risco, pelo que, e podendo contar com uma fonte de financia-mento externo que retire algum do impacto financeiro do projeto, não há razão para assumir o risco sem apoios.

VE - Como avalia a Alma Consulting o impacto do financiamento públi-co na inovação empresarial, em termos de inovação produzida?

NN - Centrando-nos especificamente no caso do sistema de incentivos fiscais à I&D empresarial (SIFIDE), o impacto no desenvolvimento das ativi-dades fica bem patente no Barómetro Europeu do Financiamento da Ino-vação de 2011 da Alma Consulting. Antes de mais, 55% das empresas que beneficiaram do SIFIDE pretendem reinvestir em I&D o valor de incentivo obtido, um sinal muito positivo. Quando questionadas sobre o impacto direto deste incentivo fiscal sobre diferentes áreas, verifica-se que 44% re-

ferem ter contribuído para o aumento dos colaboradores em atividades de I&D e das inovações comercializadas e 37% apontam mesmo para um aumento da presença internacional.

VE - Pode-se afirmar que existe uma relação direta entre os programas de incentivo à inovação e a capacidade de atrair investimento? Portu-gal está a saber captar esse investimento com base nos incentivos de que dispõe?

NN - A qualidade dos programas de incentivo à I&D disponíveis é um in-dicador da capacidade de um país para atrair investimento. Não significa que o facto de ter um programa de incentivos favorável torne automati-camente o país mais atrativo. Existem outros fatores de ponderação, mas é um fator de relevância. Os resultados internacionais apontam mesmo para que metade das empresas tenha em conta a intensidade dos incen-tivos fiscais à I&D disponíveis na decisão de lançar novos projetos de I&D noutros países. É uma realidade que Portugal dispõe de um dos incentivos fiscais à I&D mais generosos da Europa, falando especificamente do SIFIDE, o que poderia ser um chamariz para o estabelecimento no nosso país de núcleos de I&D de empresas multinacionais. Mas falta ao SIFIDE uma es-tratégia de comunicação eficaz - como possui o QREN - que estimule uma maior adesão e lhe confira uma maior importância aos olhos das empresas e, eventualmente, uma maior atenção política e diplomática.

Redução quantitativa nos estímulos à inovaçãoAtendendo à crise e à tendência generalizada de cortes, é expectável uma redução quantitativa nos estímulos à inovação disponíveis ou con-dições de acesso mais restritivas.

No SIFIDE essa matéria é já evidente no Orçamento do Estado, com uma limitação no período de candidatura que obriga as empresas a terem de apresentar as suas candidaturas referentes a um ano, até ao mês de julho do ano seguinte. A pressão do tempo torna-se assim maior e as empresas têm de gerir com maior agilidade estes processos para que não percam a oportunidade de reaver parte dos investimentos realiza-dos. Quanto ao QREN, ainda está tudo em aberto. Numa altura em que a capacidade de financiamento das empresas está bastante condiciona-da, este cenário é ainda mais preocupante para o arranque de projetos de investimento.

Guilherme Osswald - [email protected]

(1ª página - continuação)

Entrevista a Nuno Nazaré, diretor da Alma Consulting

CRÉDITO BANCÁRIO PERDE PESO NO FINANCIAMENTO À INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Page 7: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

Página 7

Notícias

O Governo ditou, através de deliberação da Comissão Ministerial de Coordenação do QREN (CMC QREN), de 8 de maio, a suspensão de todos os atos de aprovação de financiamentos comunitários no âmbito do QREN até à conclusão da reprogramação estratégica, ou seja, até ao final de junho .

De acordo com a nota divulgada pelo Ministério da Economia, ficam de fora desta suspensão os incenti-vos às empresas e às iniciativas ligadas ao apoio ao emprego e empreendedorismo, nomeadamente os programas Estímulo 2012 e Impulso Jovem, acorda-dos com os parceiros sociais no âmbito do Conselho Permanente da Concertação Social, e que constituem “prioridades da ação do Governo”.

Excecionados ficam também os atos de aprovação de financiamentos relativos a concursos abertos após 1 de junho de 2011 por decisão do Governo, assim como as alterações a projetos em curso nos pro-gramas operacionais do QREN que “não impliquem acréscimo da participação de fundos comunitários”.

O objetivo, segundo o Ministério de Álvaro Santos Pereira, é “garantir disponibilidade orçamental para os objetivos de promoção da competitividade e da criação de emprego”.

“Operação Limpeza” ao QREN recupera 700 milhões

Na semana em que a CMC QREN decidiu suspender os atos de aprovação de financiamentos comunitários até ao final de junho , foi igualmente anunciado que a “operação limpeza” ao Programa, anunciada a 14 de março último pelo Ministério da Economia, já permi-tiu recuperar 700 milhões de euros de financiamentos que se encontravam “parados”.

Em comunicado, o Ministério de Álvaro Santos Perei-ra revela que esses 700 milhões, que provinham do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e do Fundo de Coesão, estavam “comprometidos há mais de seis ou nove meses em quase 500 projetos de fi-nanciamento contratualizados ou aprovados sem qualquer execução ou com um nível de realização fi-nanceiro igual ou inferior a 10%”. Os financiamentos às empresas apresentam uma parcela menor no total dos cancelamentos decididos (18%), assim como os relativos aos municípios (7%).

PROPOSTA DO QUADRO ESTRATÉGICO COMUM

Na sequência das Propostas da Po-lítica de Coesão, de 6 de outubro , e para ajudar os Estados-Membros a prepararem-se para o próximo pe-ríodo de programação, a Comissão Europeia apresentou, a 14 de mar-ço de 2012, a proposta do “Quadro Estratégico Comum”.

Tendo em conta que o grande obje-tivo deste novo sistema é o de per-mitir uma melhor combinação de vários fundos para maximizar o im-pacto dos investimentos da União Europeia, este documento destina--se a ajudar os Estados-Membros, e respetivas regiões, no estabeleci-mento da direção estratégica para o próximo período de programação financeira 2014-2020.

As autoridades nacionais e regio-nais irão utilizar este quadro como base para a elaboração dos seus “contratos de parceria” com a Co-missão, comprometendo-se a aten-der às metas da Europa, de empre-go e crescimento, para 2020.

Para mais informações, clique aqui.

Fonte: www.qren.pt

GOVERNO SUSPENDE FINANCIAMENTOS DO QREN EM NOME DA CRIAÇÃO DE EMPREGO

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Page 8: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

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NotíciasCRIADA COMISSÃO PARA ORIENTAR A UTILIZAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS E EXTRACOMUNITÁRIOS

Foi criada, através do Decreto-Lei n.º 99/2012, de 7 de maio, a Comissão Interministerial de Orientação Estratégica dos Fundos Comunitários e Extracomunitários.

Durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal (PAEF), esta Comissão Interministerial ficará encarregue das seguintes competências:- Definir e coordenar as orientações estratégicas para a utilização das

verbas nacionais de fundos comunitários e extracomunitários;- Definir as prioridades estratégicas financeiras e orçamentais em maté-

ria de aplicação das verbas nacionais dos fundos comunitários e extra-comunitários;

- Articular as prioridades de aplicação das verbas dos fundos com as prioridades de política económica, previstas no PAEF, nomeadamente em matéria de consolidação orçamental.

A Comissão tem, assim, competências transversais a todos os programas nacionais desenvolvidos no âmbito de fundos comunitários e extracomu-nitários – nomeadamente. do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regio-nal (FEDER), do Fundo de Coesão (FC), do Fundo Social Europeu (FSE), do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e do Fundo Europeu das Pescas (FEP) -, a fim de garantir uma total sintonia na estraté-gia a adotar para a utilização dos fundos, sobretudo os de origem comuni-tária, procurando minimizar a contrapartida pública nacional e maximizar a participação desses fundos nas iniciativas e atividades apoiadas.

AEP RECEBE CONGRESSO NACIONAL DE CRESCIMENTO EMPRESARIAL

É já, no curto prazo, a 15 de junho, que se vai realizar, no auditório da AEP, no Porto, um evento de reflexão dedicado ao universo das PME.

Organizado por Paulo de Vilhena, “business coach”, empresário e autor de livros sobre o mundo dos negócios, o Congresso Nacional de Cres-

cimento Empresarial tem um objetivo claro: colocar o conhecimento dos empresários de sucesso ao serviço do desenvolvimento das PME portuguesas, através de uma plataforma de debate e partilha de ideias e modelos de negócio.

Em cima da mesa vão estar temas como o empreendedorismo, a ino-vação ou o crescimento do negócio e internacionalização.

O Health Cluster Portugal (HCP) e a Associação Empresarial de Portugal (AEP) apresentaram recentemente uma iniciativa tida como “pioneira e inovadora” no setor da Saúde em Portugal: o projeto “Healthy’n Portu-gal”, cofinanciado pelo Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC) do COMPETE. O objetivo é o desenvol-vimento e operacionalização de uma parceria para o turismo de saúde.

O projeto conta com mais 20 par-ceiros e passa pela prestação de cui-dados médicos, apostando numa “oferta abrangente e integrada” em colaboração com organizações que disponham de uma oferta na pres-tação de cuidados médicos, hotela-ria, termalismo, atividades culturais, desportivas e de lazer, entre outras.

Deverão ser reveladas em finais de 2013 as conclusões do pro-jeto de investigação “Myrtillus”, que envolve desde há um ano as empresas Mirtilusa e Frulact e a Escola de Biotecnologia da Uni-versidade Católica do Porto (ESB--UCP), a Faculdade de Medicina do Porto (FM-UP) e a Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro (UTAD), e que visa explorar as propriedades daquele que é tido como o “rei dos antioxidantes”. O projeto é financiado pelo QREN em 420 mil euros através da Agência de Inovação.

O objetivo desta investigação é “identificar as propriedades científicas do mirtilo e validá-las cientificamente, dando origem à criação de produtos derivados, nomeadamente cosméticos, ali-mentares ou outros”, explicou à “Vida Económica” o presidente da

Mirtilusa, Reinaldo Barnabé, na feira Fruit Logistica, em Berlim.

Questionado igualmente pela “Vida Económica” sobre o papel da Frulact nesta investigação, o presidente, João Miranda, reve-lou que “o mirtilo tem recebido justificado interesse, pelo seu sabor único e benefícios para a saúde humana”.

MIRTILO COBIÇADO PELA INDÚSTRIA ALIMENTAR, FARMACÊUTICA E DA COSMÉTICA

Iniciativa financiada pelo COMPETE

CLUSTER DA SAÚDE E AEP LANÇAM PROJETO “HEALTHY’N PORTUGAL”

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Page 9: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

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Notícias Internacionalização

Têxteis-lar e artigos de decoração

EMPRESAS PORTUGUESAS PRESENTES NA FEIRA INTERIOR LIFESTYLE TOKYO

A rica história de 870 anos de Portugal inspirou as coleções que 13 empresas portuguesas apresentam no Japão, na Feira Interior Lifestyle Tokyo, de 6 a 8 de junho. Da roupa de banho em cânhamo à roupa de cama em bambu, sem esquecer as peças em cortiça, grés e burel, Portu-gal celebra as suas tradições e, ao mesmo tempo, revela-se um país mo-derno e inovador, cujos têxteis-lar e artigos de decoração são cobiçados por clientes de todo o mundo.

Na sua quarta participação na feira Interior Lifestyle Tokyo, Portugal exi-be uma variedade de produtos adaptados aos gostos mais exigentes dos consumidores japoneses – dos têxteis-lar às cerâmicas, com artigos pen-sados para decorar os lares do País do Sol Nascente ou para oferecer em todas as ocasiões especiais –, que têm igualmente conquistado clientes nos quatro cantos do mundo, da Europa aos EUA, passando pela Ásia.

As empresas portuguesas estão presentes em Tóquio com o apoio da Associação Selectiva Moda, no âmbito do projeto “From Portugal” finan-ciado por fundos comunitários (QREN). Esta feira é uma das 68 ações internacionais em 25 mercados distintos, direcionadas para as áreas de fios, tecidos e acessórios, moda, têxteis-lar e decoração e têxteis técni-cos, que a associação está a realizar em 2012, num investimento total de 8,85 milhões de euros.

Fonte: www.pofc.qren.pt

EMBAIXADA DA CAPITAL DO MÓVEL EM MARROCOS

Uma dezena de empresários da Capital do Móvel deslocam--se, no início de junho , a Mar-rocos. Esta embaixada, promo-vida pela Associação Empresa-rial de Paços de Ferreira tem como destino Casablanca e Marraquexe. A missão empre-sarial insere-se no projeto de internacionalização da AEPF para 2012, apoiado pelo QREN.

MOBILIÁRIO

MOBILIÁRIO PORTUGUÊS MOSTRA-SE EM MILÃO

A campanha de promoção interna-cional da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA), INTERFURNITURE, marcou presença no mais importante cer-tame dedicado ao setor de mobili-ário do mundo, a ISaloni, em Milão.

Lançada em finais de 2008 com o apoio do Compete, o Interfurniture é a mais forte campanha de comu-nicação externa do setor de sem-pre, com um investimento acumu-lado de 12 milhões de euros.

De 17 a 22 de abril , 10 empresas mostraram ao mundo o melhor de Portugal ao nível do mobiliário e colchoaria: Armando & Filhos, An-tónio Loureiro Mendes, Colunex, Fenabel, Fertini, Induflex, J. Moreira da Silva, Jetclass, Redi e Sachi fo-ram as empresas que integraram o Interfurniture em Milão.

No total foram 678 m2 de área de exposição, num investimento dire-to que superou os 240 mil euros, e que coloca Portugal no 5º lugar do ranking de expositores, com um to-tal de 20 marcas presentes.

Esta foi mais uma oportunidade para, num evento que dita as ten-dências da indústria, demonstrar a qualidade do design português, uma união perfeita entre a estética e a funcionalidade.

Lançada em 1961 por um pequeno grupo de empresários italianos, a ISaloni não tardou muito a se tor-nar num evento de referência para o nosso setor , atingindo, em 2011, os 2.500 expositores e 300.000 visi-tantes oriundos de todo o mundo.

Fonte: www.pofc.qren.pt

Presidente da AEPF, afirma

“SETOR DO MOBILIÁRIO É O TERCEIRO MAIOR EXPORTADOR”

Hélder Moura, jovem empresá-rio de Paços de Ferreira, acaba de ser eleito para um segundo mandato à frente dos destinos da associação empresarial da-quele concelho. Conhecida como a “Capital do Móvel”, devido ao enorme peso deste setor de atividade na econo-mia nacional, a Associação Empresarial de Paços de Fer-reira (AEPF) enfrenta grandes desafios nos próximos anos.

Missões empresariais a mer-cados emergentes, aposta na formação profissional para empresários e pessoas com carências sociais e um renova-do Parque de Exposições que se pretende afirmar na Euro--região do Norte de Portugal e Galiza são, segundo o presi-dente da Direção, as grandes apostas do mandato.

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Accenture, HP, IBM, Logica, Mainroad e Novabase admitem

PORTUGAL TEM TALENTO IMENSO PARA EXPORTAR SERVIÇOS DE OUTSOURCING

Accenture, HP, IBM, Logica, Mainroad e Novabase responderam ao desafio da “Vida Económica” e sentaram-se à mesma mesa para debateram o out-sourcing em Portugal. Falou-se de tudo um pouco. De como está o merca-do, de como estão as empresas a lidar com a atual conjuntura económica, de como os clientes estão a reagir, falou-se de grandes contratos mas também das PME. E falou-se de talento. Um talento que tem permitido aos players com presença lusa exportarem alguns dos seus serviços. Especialização pa-rece ser a palavra de ordem. Por último, o nearshore. Que, afinal, parece não ser tão “near” quanto isso. Há quem já esteja de olho nas Américas.

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NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

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Apoios Regionais

PROJETO MINHO EMPREENDE DINAMIZA CAPACIDADE DE INOVAÇÃO

Promover e incentivar a qualificação da capacidade empreendedora do território e dar resposta aos desafios existentes na região no que respeita à inovação, competitividade e sustentabilidade. Este é o principal obje-tivo do Projeto Âncora Minho Empreende - Competitividade e Empre-endedorismo em Baixa Densidade, lançado ao abrigo da Estratégia de Eficiência Coletiva Minho In.

“O Minho Empreende ambiciona promover e incentivar a qualificação da capacidade empreendedora do Minho e dar resposta aos desafios exis-tentes no que respeita à inovação, competitividade e sustentabilidade dos territórios de cariz rural do Minho, lançando mecanismos e instru-mentos de apoio ao empreendedorismo”, afirmou Joaquim Lima, admi-nistrador-delegado da ADRAVE - Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave, durante uma conferência de imprensa, recentemente re-alizada com o objetivo de dar a conhecer a Rede de Empreendedorismo Minho Empreende, nomeadamente as metas a atingir e as atividades a desenvolver no Minho de Baixa Densidade.

APROVADO APOIO À REPOSIÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DE EXPLORAÇÕES DANIFICADAS POR INTEMPÉRIES

Foi aprovado através do Despacho n.º 6882/2012, de 21 de maio, um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das ex-plorações, no que se refere a estufas, estufins e equipamentos de rega situados nas mesmas, que tenham sido danificados em consequência direta das intempéries ocorridas em 24 outubro de 2011, em freguesias de alguns concelhos do Algarve.

Esta medida visa acionar a aplicação da Ação n.º 1.5.2, «Restabeleci-mento do potencial produtivo», integrada no Subprograma n.º 1 do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PRODER), a qual tem por objetivo o restabelecimento das condições de produção afe-tadas por catástrofes ou calamidades naturais de elevado impacto.

São abrangidas as explorações localizadas nas seguintes freguesias: - freguesia de Boliqueime, no concelho de Loulé; - freguesias de Conceição, São Pedro, Estoi, Montenegro, Sé e Santa

Bárbara de Nexe, no concelho de Faro; - freguesia de Pechão, no concelho de Olhão; - freguesia de Silves, no concelho de Silves.

O apoio reveste a natureza de incentivo não reembolsável (ou a fundo perdido) e corresponde a 75% do valor do investimento elegível.

O montante global do apoio disponível é de € 1 000 000 e o montante mínimo de investimento elegível é de € 2500.

As candidaturas devem ser apresentadas através de formulário ele-trónico disponível na página do PRODER (www.proder.pt), no período compreendido entre 1 e 30 de junho de 2012.

A Comissão de Coordenação e De-senvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) candidatou dois projetos à edição de 2013 do concurso eu-ropeu Regiostars. A UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Univer-sidade do Porto e o Ecotermolab, ambos financiados pelo “ON.2 – O Novo Norte” (Programa Operacio-nal Regional do Norte), irão repre-sentar o Norte nesta iniciativa da Comissão Europeia.

No caso do UPTEC, inserido na categoria “Smarth Growth”, a can-didatura destaca a ligação da Universidade do Porto ao tecido empresarial em consonância com o crescimento numa lógica mul-

tipolar, de acordo com a identida-de da própria economia regional. Já o Ecotermolab, do Instituto de Soldadura e Qualidade, concorre à categoria “Sustainable Growth” enquanto edifício energeticamen-te eficiente que se institui como um laboratório “vivo” que serve de objeto de estudo e transmissor de conhecimento para o setor .

Estas candidaturas acontecem numa altura em que a Região do Norte é duplamente finalista do Regiostars 2012, com os projetos “Redescobrir Vila do Conde” e “Se-niores em Movimento”.

Fonte: www.novonorte.qren.pt

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NORTE ALGARVE

REGIÃO DO NORTE CANDIDATA DOIS PROJETOS AO REGIOSTARS 2013

A procura das empresas à pri-meira fase de 2012 das candida-turas aos Sistemas de Incentivo do QREN, que encerrou no final de abril , superou todas as expe-tativas. No total foram recebidas 81 candidaturas ao Programa Operacional do Algarve (PO Al-garve 21), que representam 65 milhões de euros de investimen-to para a região. Estes números ultrapassam todos os anteriores concursos.

Na atual conjuntura económi-ca, em que que se assiste a uma contração do crédito bancário, a iniciativa privada tem vindo a

manifestar crescente interesse pelas oportunidades de finan-ciamento disponibilizadas pelo QREN. Com instrumentos de financiamento orientados para vários setores de atividade, na modalidade de incentivo reem-bolsável (sem juros) e não reem-bolsável, e com prazos de finan-ciamento até 10 anos e carências de capital de 3, os fundos euro-peus do QREN constituem uma boa alternativa para aumentar a competitividade e para cofinan-ciar o investimento do tecido empresarial.

Fonte: www.ccdr-alg.pt

PROCURA RECORDE NAS CANDIDATURAS AOS SISTEMAS DE INCENTIVO ÀS EMPRESAS DO QREN

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NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

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SISTEMAS DE INCENTIVO ÀS EMPRESAS DO QREN

HÁ ALGUM TIPO DE IMPEDIMENTO DA CANDIDATURA PARA EMPRESAS CONSTITUÍDAS RECENTEMENTE OU A CONSTITUIR?

No âmbito dos três sistemas de incentivos criados (SI INOVAÇÃO, SI I&DT, SI QUALIFICAÇÃO PME), é condição de elegibilidade do promotor que este se encontre legalmente constituído à data de candidatura. Logo não existe qualquer tipo de impedimento para empresas recentemente constituídas.

NO ÂMBITO DO PROGRAMA OPERACIONAL FATORES DE COMPETITIVIDADE EXISTEM APOIOS À CONTRATAÇÃO?

No âmbito do SI Qualificação PME, e desde que integrado num projeto de investimento, é considerada elegível, a despesa relativa ao custo com a contratação, por um período até 24 meses, de um máximo de dois novos qua-dros técnicos a integrar por PME, com nível de qualificação igual ou superior a VI, necessários à implementação do projeto .

No SI Inovação são também suscetíveis de apoio projetos de criação de empresas ou de novas unidades de serviços intensivos em tecnologia e conhecimento e que se proponham criar postos de trabalho qualificados (Níveis de qualificação iguais ou superiores a VI).

O regulamento do SI I&DT considera também elegível no âmbito da tipologia de projeto Núcleos de I&DT, des-pesas relativas à contratação, por um período até 24 meses, de um máximo de três novos quadros técnicos com nível de qualificação igual ou superior a VI que irão integrar o Núcleo de I&DT.

Fonte: www.pofc.qren.pt

Perguntas & Respostas

CONCURSOSSIAC

AVISOPromoção da participação

no 7.º PQ de I&DT (UE)19/05/2012 a 31/08/2012

(2ª fase)

Mérito do Projeto

Alteração ao Aviso

Esclarecimentos

QREN INVEST

Solicitação de Acesso à Linha de Crédito QREN

Invest05/01/2011 a 31/12/2012

LEGISLAÇÃO

AGRICULTURA

Transferência de direitos de replantação entre ex-plorações- Portaria n.º 142/2012, de 15 de maio (DR n.º 94, I Série, pág. 2532) – Procede à primeira alteração à Portaria n.º 700/2008, de 29 de julho, que fixa, para o território do continente, as regras complementares de aplicação do n.º 5 do artigo 92.º do Regulamento (CE) n.º 497/2008, do Conselho, de 29 de abril, rela-tivamente à transferência de direitos de replantação entre explorações.

Regras nacionais complementares relativas aos programas operacionais, aos fundos operacionais e à assistência financeira- Portaria n.º 166/2012, de 22 de maio (DR n.º 99, I Série, págs. 2693 a 2695) – Procede à segunda alte-ração à Portaria n.º 1325/2008, de 18 de novembro, que estabelece as regras nacionais complementares relativas aos programas operacionais, aos fundos operacionais e à assistência financeira, previstos pelo Regulamento (CE) n.º 1234/2007, do Conselho, de 22 de outubro.

Apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações- Despacho n.º 6882/2012, de 21 de maio (DR n.º 98, II Série, pág. 17773) – Concede um apoio à reconstitui-

ção ou reposição do potencial produtivo das explo-rações, ao abrigo do artigo 3.º e do n.º 2 do artigo 7.º do regulamento de aplicação da ação n.º 1.5.2, «Res-tabelecimento do Potencial Produtivo», do PRODER, no que se refere a estufas, estufins e equipamentos de rega, que tenham sido danificados em consequência direta das intempéries ocorridas em 24 outubro de 2011, em freguesias de alguns concelhos do Algarve.

FEDER E FSE

Natureza e limites máximos de custos elegíveis- Despacho normativo n.º 12/2012, de 21 de maio (DR n.º 98, II Série, págs. 17762 a 17772) – Altera o despa-cho normativo n.º 4-A/2008, de 24 de janeiro, que fixa a natureza e os limites máximos de custos elegíveis, no âmbito do cofinanciamento pelo Fundo Social Europeu (FSE), e pelo Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional (FEDER), Fundo Europeu Agrícola do Desenvolvimento Rural (FEADER) e Fundo Europeu das Pescas (FEP), quando lhes seja aplicável.

Comissão de Acompanhamento dos Programas Operacionais de Assistência Técnica FEDER e FSE- Despacho n.º 6880/2012, de 21 de maio (DR n.º 98, II Série, pág. 17772) – Altera a composição da comissão de acompanhamento conjunta dos programas opera-cionais de assistência técnica FEDER e FSE.

AGENDA

OPORTUNIDADES DE FINANCIMENTO NO 7º PQ

Data: 6 de junho de 2012Local: LisboaPrograma e Inscrições (até 4 de junho): clique aqui

Participe na sessão de apre-sentação das Oportunidades de Financiamento nas Parce-rias Público Privadas (PPP) do 7º Programa-Quadro dedicada aos temas Carros Verdes (GC), Fábricas do Futuro (FoF) e Edifícios Energeticamente Efi-cientes (EeB), que irá decorrer no dia 6 de junho em Lisboa.

A sessão de apresentação tem como objetivo informar e fa-cilitar a participação de enti-dades portuguesas (públicas e privadas) nos próximos con-cursos destas iniciativas.

A sessão é organizada pelo Ga-binete de Promoção do 7º PQ de I&DT (GPPQ), com o apoio da Ordem dos Engenheiros (OE), do Fórum MANUFUTURE Portugal / Pólo PRODUTECH, Associação Pool-net (“Portu-guese Tooling Network”) e da Agência de Inovação (ADI), parceiro da rede Enterprise Eu-rope Network.

Fonte: www.adi.pt

Page 12: Incentivos 2012.05.29

NEWSLETTER N.º 7229 DE MAIO DE 2012

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No final do primeiro trimestre de 2012, a taxa de execução do QREN atingiu 42,1% (da dotação total de fundos prevista executar até 2015) - o que corresponde a mais de 9 mil M€ de volume de despesa fundo validada – e a taxa de realização atingiu 51,2% (da dotação total de fundos comunitários aprovados). Face ao final de 2011, as taxas de execução e de realização aumen-taram 3,14 p.p. e 3,18 p.p. respeti-vamente.

A despesa (fundo) validada no pri-meiro trimestre ascendeu a 672 M€, inferior à execução registada no último trimestre de 2011 (918 M€), no trimestre homólogo de 2011 (798 M€), bem como à execu-ção média trimestral de 2011 (852 M€).A evolução trimestral da taxa de execução dos fundos reflete, no úl-timo trimestre de 2011, os resulta-dos da aprovação da reprograma-ção pela CE, mais evidente no FSE e

no Fundo de Coesão, fundos onde se registou, quer um aumento da dotação (FSE), quer a transição de projetos anteriormente afetos ao FEDER (Fundo de Coesão). Tal facto justificou que no último trimestre de 2011 se tenha registado uma estabilização da taxa de execução do FSE e um acréscimo significati-vo desta taxa no Fundo de Coesão.No primeiro trimestre de 2012, verifica-se já um acréscimo de 3,6 p.p. nesta taxa ao nível do FSE e um

acréscimo de 1,4 p.p. no Fundo de Coesão Ao nível dos Fundos, é de destacar ainda a evolução regista-da na execução do FSE, com uma taxa de execução de 52%, acima da média do QREN (42,1%), seguindo--se o FEDER com 41,5% e o Fundo de Coesão com 22,4%.

Fonte: Boletim Informativo Nº 15 QREN (Informação reportada a 31 de março 2012)

Indicadores Conjunturais do QRENTaxa de execução do QREN em 42,1% SI QPME

ORIENTAÇÃO TÉCNICA

Consulte através do link em bai-xo a Orientação Técnica relativa à Recomendação sobre o regis-to contabilístico dos Incentivos. Esta orientação - aplicável ao SI QPME – Projetos Conjuntos – re-comenda a forma que se consi-dera mais adequada para proce-der aos registos contabilísticos, nomeadamente no que diz res-peito aos incentivos recebidos.

Ver documento

POPH

APOIOS CONCEDIDOS NO 2º SEMESTRE DE 2011

Consulte através do link em baixo a lista de apoios conce-didos pelo POPH (Programa Operacional Potencial Huma-no) no 2º semestre de 2011.

Ver documento

FICHA TÉCNICACoordenador: Tiago CabralColaboraram neste número: Guilherme Osswald, João Luís de Sousa, Marc Barros, Marta Araújo, Sandra Ribeiro, Teresa Silveira e Susana Marvão. Paginação: José Pinto“Dicas & Conselhos”: Sibec – www.sibec.pt Opinião: Francisco Jaime QuesadoNewsletter quinzenal propriedade da Vida Económica – Editorial SAR. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 Porto • NIPC: 507258487 • www.vidaeconomica.pt

Taxa de execução do QREN em 42,1%…

No final do primeiro trimestre de 2012, a taxa de execução

do QREN atingiu 42,1% (da dotação total de fundos prevista

executar até 2015) - o que corresponde a mais de 9 mil

M€ de volume de despesa fundo validada – e a taxa de

realização atingiu 51,2% (da dotação total de fundos

comunitários aprovados). Face ao final de 2011, as taxas de

execução e de realização aumentaram 3,14 p.p. e 3,18 p.p.

respetivamente.

A despesa (fundo) validada no primeiro trimestre

ascendeu a 672 M€, inferior à execução registada no

último trimestre de 2011 (918 M€), no trimestre homólogo

de 2011 (798 M€), bem como à execução média trimestral

de 2011 (852 M€).

A evolução trimestral da taxa de execução dos fundos

reflete, no último trimestre de 2011, os resultados da

aprovação da reprogramação pela CE, mais evidente no

FSE e no Fundo de Coesão, fundos onde se registou, quer

um aumento da dotação (FSE), quer a transição de projetos

anteriormente afetos ao FEDER (Fundo de Coesão). Tal

facto justificou que no último trimestre de 2011 se tenha

registado uma estabilização da taxa de execução do FSE e

um acréscimo significativo desta taxa no Fundo de Coesão.

No primeiro trimestre de 2012, verifica-se já um

acréscimo de 3,6 p.p. nesta taxa ao nível do FSE e um

acréscimo de 1,4 p.p. no Fundo de Coesão.

Evolução da taxa de execução por Programa Operacional (%)

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Evolução trimestral da taxa de execução por Fundos

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Ao nível dos Fundos, é de destacar ainda a evolução

registada na execução do FSE, com uma taxa de execução

de 52%, acima da média do QREN (42,1%), seguindo-se o

FEDER com 41,5% e o Fundo de Coesão com 22,4%.

…concentrada sobretudo nas áreas da qualificação e educação e nos apoios a empresas

A execução das operações aprovadas até ao final do primeiro

trimestre de 2012 concentra-se fortemente nas áreas da

agenda temática Potencial Humano, que representa 54% do

total da despesa fundo validada. Nesta agenda temática, de

destacar a execução nas infraestruturas da rede escolar1

(27%), cofinanciadas pelo FEDER, bem como nas áreas de

qualificação de adultos (aprendizagem ao longo da vida, com

24%), e de dupla certificação de jovens (qualificação inicial,

com 23%), integradas na Iniciativa Novas Oportunidades

cofinanciadas pelo FSE.

Na agenda temática Fatores de Competitividade, com 21%

do total dos fundos executados no QREN, verifica-se uma

concentração relevante da execução na área da inovação

1 Estas infraestruturas englobam centros escolares e escolas de 1.º ciclo do ensino básico e de educação pré-escolar, promovidos pelos municípios, modernização do parque escolar do ensino secundário, promovida pela Parque Escolar, E.P.E., e requalificação dos 2º e 3º ciclo do ensino básico, promovida por municípios e Direções Regionais de Educação.6

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:: Boletim Informativo 15 :: Informação reportada a 31 Março 2012