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Rolamentos de agulhas Rolamentos de esferas Rolamentos de rolos cilndricos Rtulas radiais Rolamentos especiaisCatlogo BR 019

Este catlogo foi verificado com cuidado. Na eventual hiptese de erro ou omisso no podemos assumir nenhuma responsabilidade.

Editor: Rolamentos Schaeffler do Brasil Ltda. Av. Independncia, 3500 Bairro do den 18103-000 -Sorocaba - SP - Brasil Caixa Postal 334 Tel. (015) 235 1500 Telex 152218 SCHA BR Fax (015) 225 2886 www.ina.de by INA 2000, Setembro Edio 1998 Reservados todos os direitos. Proibida a reproduo total ou parcial sem nossa autorizao. Druck: mandelkow GmbH, 91074 Herzogenaurach Printed in Germany

BR 019

Rolamentos de agulhas Rolamentos de esferas Rolamentos de rolos cilndricos Rtulas radiais Rolamentos especiaisO nome INA est ligado de forma decisiva ao desenvolvimento e aperfeioamento alcanado na tecnologia de rolamentos. Contribui para isso os seus rolamentos de agulhas de menor tamanho construtivo e a elevada capacidade de carga de seus rolamentos de rolos e de esferas. Este catlogo BR 019 contm a linha de rolamentos INA produzidos pela Rolamentos Schaeffler do Brasil Ltda. e informaes completas destes produtos. Nossos engenheiros especializados e os Departamentos Tcnicos INA nacionais e estrangeiros esto a sua disposio para assessorar na definio e aplicao de nossos produtos. Devido ao constante desenvolvimento dos nossos produtos, podero ser efetuadas modificaes posteriores a esta edio. Essa nova edio substitui os catlogos BR 009 e BR 013I.

Rolamentos Schaeffler do Brasil Ltda. Sorocaba

ndice

Pgina 5 6 8 10 10 12 12 12 14 15 15 16 16 16 16 17 17 17 18 18 18 18 18 18 18 18 19 19 19 19 20 20 21 24 24 25 25 25 27 29 29 29 29 31 32 A 1 2 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 2.1.5 2.2 2.2.1 2.2.2 2.3 2.3.1 2.3.2 3 3.1 3.1.1 3.1.2 3.1.3 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.3 3.3.1 3.3.2 4 4.1 4.2 5 5.1 6 6.1 6.1.1 6.1.2 6.1.3 6.1.4 6.2 6.2.1 6.2.2 6.2.3 Tipos de rolamentos Vista geral ndice de construes ndice de sufixos Fundamentos da tcnica de rolamentos Denominaes e unidades Capacidade de carga e vida nominal Capacidade de carga dinmica e vida nominal Clculo da vida nominal Vida nominal necessria Vida til Capacidade de carga axial de rolamentos de rolos cilndricos Capacidade de carga axial da fixao dos rolamentos de esferas de fixao rpida Capacidade de carga esttica Fator de segurana de carga esttica Fator de segurana de carga esttica necessria Influncias sobre a capacidade de carga Influncia da dureza da pista Influncia da temperatura Carga equivalente no rolamento Rotao varivel no rolamento Clculo geral da rotao equivalente Rotao varivel escalonada no rolamento Movimento oscilante no rolamento Carga varivel no rolamento e rotao constante Clculo geral da carga equivalente no rolamento Carga varivel peridica no rolamento Carga varivel escalonada no rolamento Rotao e carga variveis no rolamento Clculo geral dos esforos equivalentes Rotao e carga variveis escalonada no rolamento Atrito e temperatura Determinao estimada dos valores de atrito Determinao detalhada dos valores de atrito Limites de rotao Rolamentos de esferas de fixao rpida Lubrificao Lubrificao graxa Graxas lubrificantes Perodo de relubrificao Vida til da graxa lubrificante Manuteno Lubrificao com leo leos lubrificantes Sistemas de lubrificao Troca de leo

2

Pgina 33 33 34 35 35 36 37 38 40 40 40 41 41 41 41 41 42 43 43 43 43 44 44 45 46 47 47 47 48 48 48 50 53 53 53 53 54 54 55 55 58 7 7.1 7.2 7.3 7.3.1 7.3.2 7.3.3 7.4 8 8.1 8.2 8.3 8.3.1 8.3.2 8.4 8.4.1 8.4.2 9 9.1 9.1.1 9.1.2 9.1.3 9.2 9.3 9.3.1 9.4 9.4.1 9.4.2 9.5 9.5.1 9.5.2 9.6 10 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 11 11.1 11.2 Tolerncias de medida, forma e posio Distncias de canto Tolerncias normais para rolamentos de esferas de fixao rpida Tolerncias para rolamentos radiais Classe de tolerncia PN (tolerncia normal) Classe de tolerncia P6 Classe de tolerncia P5 Tolerncias para rolamentos axiais Folga radial e folga de funcionamento Folga radial Crculo inscrito (Rolamentos de agulhas e de rolos sem anel interno) Folga de funcionamento Influncias dos ajustes sobre a folga de funcionamento Influncia da temperatura sobre a folga de funcionamento Rolamentos de esferas de fixao rpida Vedao dos rolamentos de esferas de fixao rpida Momentos de aprto Configurao das pistas de rolamento Configurao das pistas Materiais Profundidade de tmpera Execuo Influncia da temperatura e estabilizao da medida Fixao radial dos rolamentos Execuo das superfcies de apoio dos anis dos rolamentos Fixao axial dos rolamentos Execuo das superfcies da guia lateral Fixao axial dos anis do rolamento Sistema de vedao dos rolamentos Vedaes sem contato Vedaes por contato Rolamentos de agulhas sem gaiola Montagem e desmontagem Armazenagem Compatibilidade e miscibilidade Limpeza Montagem Desmontagem Tolerncias ISO Formao de campos de tolerncias Tolerncias ISO para alojamentos e eixos

3

ndice

Pgina 60 62 66 72 76 81 83 85 87 89 91 93 97 101 104 108 110 114 116 117 131 136 137 138 139 140 146 147 B Tipos de rolamentos Gaiolas de agulhas Gaiolas de agulhas para bielas Buchas de agulhas Rolamentos de agulhas Rolamentos de esferas Rolamentos de rodas para veculos de passeio Gaiolas axiais de agulhas Anis internos Rtulas radiais Rolamentos axiais para suspenso de veculos Rolamentos de rolos cilndricos Rolamentos de embreagem Polias tensoras Rolamentos de bomba dgua Rolamentos txteis Agulhas e rolos cilndricos Roldanas de esferas Rolamentos de esferas de fixao rpida Mancais de ferro fundido Mancais de chapa de ao repuxada Rolamentos de esferas especiais Rolamentos de esferas de fixao rpida com anel de borracha Rolamentos de esferas especiais com furo sextavado Instrues para montagem de rolamentos de esfera de fixao rpida Produtos diversos Fbricas INA no Brasil e no Exterior Filiais no Exterior Representaes no Exterior Representaes tcnicas

4

Programa de rolamentos Gaiolas de agulhas Gaiolas de agulhas para bielas Buchas de agulhas Rolamentos de agulhas Rolamentos de esferas Rolamentos de rodas para veculos de passeio Gaiolas axiais de agulhas Anis internos Rtulas radiais Rolamentos axiais para suspenso de veculos Rolamentos de rolos cilndricos Rolamentos de embreagem Polias tensoras Rolamentos de bomba dgua Rolamentos txteis Agulhas e rolos cilndricos Roldanas de esferas Rolamentos de esferas de fixao rpida Mancais de ferro fundido e de chapa Mancais de chapa Rolamentos de esferas especiais Rolamentos de esferas de fixao rpida com anel de borracha Rolamentos de esferas especiais com furo sextavado Instrues para montagem de rolamentos de esferas de fixao rpida Produtos diversos Fbricas INA no Brasil e no Exterior Filiais no Exterior Representaes no Exterior Representaes tcnicas 62 66 72 76 81 83 85 87 89

91 93 97 101

104 108 110 114

116 117 131 136

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139 140

146

147

ndice de construesOrdenados alfa-numericamente

Pgina 86 72 72 72 62 72 131 114 90 90 114 114 90 127 114 114 127 114 114 114 72 72 72 88 62 66 66 88 108 76 76 76 76 108 93

Srie AXK BCE BK BU C CSN E..KRR G....KRRB GE..DO GE..DO 2RS GE..KPPB3 GE..KRRB GE..ZO GRA GRA...NPPB GRAE..NPPB GRR GY....KRRB GYE..KPPB3 GYE..KRRB HK HK...RS HN IR K KBK KZK LR LRB NA NCS NK NKI NRB NU

Designao Gaiola axial de agulhas Bucha de agulhas com fundo Bucha de agulhas com fundo Bucha de cruzeta sem gaiola Gaiola de agulhas Bucha de agulhas sem gaiola com fundo Rolamento de esferas de fixao rpida Rolamento de esferas de fixao rpida Rtula radial Rtula radial com duas vedaes Rolamento de esferas de fixao rpida com vedao tripla Rolamento de esferas de fixao rpida Rtula radial Mancal de chapa de ao repuxada Rolamento de esferas de fixao rpida Rolamento de esferas de fixao rpida Mancal de chapa de ao repuxada Rolamento de esferas de fixao rpida Rolamento de esferas de fixao rpida com vedao tripla Rolamento de esferas de fixao rpida Bucha de agulhas Bucha de agulhas com uma vedao Bucha de agulhas sem gaiola Anel interno Gaiola de agulhas Gaiola de agulhas para pino de pisto Gaiola de agulhas para virabrequim Anel interno Rolo cilndrico Rolamento de agulhas Rolamento de agulhas Rolamento de agulhas Rolamento de agulhas com anel interno Agulha Rolamento de rolos cilndricos

6

Pgina 131 118 120 122 124 127 131 131 118 118 130 120 120 122 122 122 132 126 76 127 130 130 127 124 124 72 72 72 118 120 122 126 124 108 131 82 82

Srie ORAE..NPPB PASE PCJ PCJT PTUE RA RA...NPP RAE..NPP RASE RASEY RAT RCJ RCJY RCJT RCJTY RCJTZ RCSM RFE RNA RR RRT RRTY RRY RTUE RTUEY SCE SN SNH TASE TCJ TCJT TFE TTUE ZRB 2..KRR(B) 60.. 623..2RS F-....

Designao Rolamento de esferas especial Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de chapa de ao repuxada Rolamento de esferas de fixaco rpida Rolamento de esferas de fixaco rpida Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de chapa de ao repuxada Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Rolamento de esferas de fixao rpida com anel de borracha Mancal de ferro fundido Rolamento de agulhas Mancal de chapa de ao repuxada Mancal de chapa de ao repuxada Mancal de chapa de ao repuxada Mancal de chapa de ao repuxada Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Bucha de agulhas Bucha de agulhas sem gaiola Bucha de agulhas sem gaiola Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Mancal de ferro fundido Rolo cilndrico Rolamento de esferas especial Rolamento de esferas Rolamento de esferas com duas vedaes Rolamento especial conforme desenho

7

ndice de sufixosOrdenados alfa-numericamente

Sufixo A, B, C

Significado O significado destas letras no especificado em detalhe. Geralmente so usadas para evitar trocas durante um perodo de transio. Em casos especiais estas letras identificam rolamentos com variantes na construo interna, porm com as mesmas dimenses externas. Gaiola prateada Furo e canal de lubrificao no anel externo Furo de lubrificao no anel externo Folga radial menor que a normal Folga radial maior que a normal Folga radial maior que C3 Gaiola cobreada Gaiola bi-partida Anel interno com pista retficada por mergulho (para retentores) Vedao de viton (fluor elastomer) Classe de qualidade da agulha e do rolo cilndrico Tolerncias reduzidas do crculo inscrito para rolamentos sem anel interno, exceto para bucha de agulhas. A tolerncia F6 do crculo inscrito est dividida em dois grupos, superior e inferior. Exemplo de pedido: Rolamento de agulhas RNA 4903 com dimetro nominal do crculo inscrito Fw = 22, reduzido para o grupo inferior do campo F6: RNA 4903 H +26 +20 Furo e canal de lubrificao no anel interno Furo de lubrificao no anel interno Gaiola de metal leve Gaiola de bronze Rolamento com ranhura para anel de reteno no anel externo Rolamento com ranhura e anel de reteno no anel externo Classe de tolerncia: rolamento com preciso de forma, medida e giro (mais preciso que P5) Classe de tolerncia: rolamento com preciso de forma, medida e giro (mais preciso que P6) Classe de tolerncia: rolamento com preciso de forma, medida e giro (mais preciso que P normal) Rolamento com um anel de vedao Engraxado com KP2K30 conforme DIN 51 825, para campo de temperatura 30 _C at + 120 _C Engraxado com K3N30 conforme DIN 51 825, para campo de temperatura 30 _C at + 140 _C Engraxado com K2E25 conforme DIN 51 825, para campo de temperatura 40 _C at + 80 _C Engraxado com K2P30 conforme DIN 51 825, para campo de temperatura 30 _C at +175 _C

AG ASR AS C2 C3 C4 CU D EGS FPM G. H+..+..

ISR IS LP M N NR P4 P5 P6 RS SM 01 SM 02 SM 11 SM 27

8

Sufixo SORT.. TN V VGS Z ZW .2RS .2Z

Significado Grupo de agulhas para gaiola de agulhas, medidas em microns Gaiola plstica Rolamento sem gaiola Anel interno com sobrematerial na pista Rolamento com um anel de blindagem Gaiola de agulhas de duas carreiras Rolamento com dois anis de vedao Rolamento com dois anis de blindagem

Tabela 2 Tolerncias reduzidas do crculo inscritoDimetro nominal do crculo inscrito Fw mm acima 3 6 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 at 6 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 Tolerncia do crculo inscrito em mm Sufixos para Grupo superior F6 H + 18 +14 H + 22 +17 H + 27 +21 H + 33 +26 H + 41 +33 H + 49 +39 H + 58 +47 H + 68 +55 H + 79 +64 H + 88 +72 H + 98 +80 H +108 +88 Grupo inferior F6 H +14 +10 H +17 +13 H +21 +16 H +26 +20 H +33 +25 H +39 +30 H +47 +36 H +55 +43 H +64 +50 H +72 +56 H +80 +62 H +88 +68

9

A Fundamentos da tcnica de rolamentos 1 Denominaes e unidades

No havendo uma observao especfica, deve-se considerar no captulo Fundamentos da tcnica de rolamentos as seguintes denominaes, unidades e significados:

a1, a2, a3 B C CH, C0H CT C0 d dM D Dw E Eht Ew f fH, fH0 fT f0 f1 f2 F F Fa, Fr Fw F0 GKW kB, kS kC KL, KP, KR, KT, KU L Lh Lna Lw Lwe MR M0 M1 M2

Fator de ajuste de vida Largura do rolamento Capacidade bsica de carga dinmica Capacidade de carga efetiva dinmica ou esttica Capacidade de carga dinmica efetiva em altas temperaturas Capacidade bsica de carga esttica Dimetro do eixo, furo do rolamento ou do anel interno Dimetro mdio do rolamento (d +D)/2 Dimetro externo do rolamento Dimetro dos corpos rolantes Dimetro da pista do anel externo Profundidade de cementao Dimetro do crculo circunscrito Coeficiente de atrito Fator de dureza dinmico ou esttico Fator de temperatura Coeficiente de atrito (rotao) Coeficiente de atrito (carga) Coeficiente de atrito (carga axial) Dimetro da pista do anel interno Fora radial Carga axial ou radial aplicada sobre o rolamento Dimetro do crculo inscrito Carga mxima sobre o rolamento radial ou axial Coeficiente de velocidade Coeficiente para lubrificao e para srie do rolamento Fator de capacidade de carga Fatores para clculo do perodo de relubrificao

mm N N N N mm mm mm mm mm mm mm mm N N mm N

106 rot. h 106 rot. mm mm Nmm Nmm Nmm Nmm

Vida nominal em milhes de rotaes Vida nominal em horas de trabalho Vida nominal ajustada em milhes de rotaes Comprimento da agulha ou do rolo clindrico Comprimento efetivo da agulha ou do rolo cilndrico Momento de atrito do rolamento Momento de atrito em funo da rotao Momento de atrito em funo da carga Momento de atrito em funo da carga axial em rolamentos de rolos cilndricos

10

n nosc NR p P q rs Ra Rht Rp 0,2 Rz s S0 t tf tfR TES . V Z g Dd DD Ds Dt D n n1

min1 min1 W N % mm mm mm N/mm2 mm mm s, min, h h h mm l/min _ mm mm mm s, min, h K _C mm2 s1 mm2 s1 _

Rotao Frequncia do movimento oscilante Potncia de atrito Expoente de vida nominal Carga equivalente no rolamento Participao dos intervalos de tempo Distncia de canto Rugosidade Profundidade da camada temperada Limite de elasticidade Rugosidade Folga radial de funcionamento Fator de segurana de carga esttica Tempo Perodo bsico de relubrificao Valor orientativo para relubrificao Folga circunferencial Quantidade de leo necessria para refrigerao Quantidade de corpos rolantes Amplitude do movimento oscilante (meio ngulo de oscilao) Expanso do anel interno Contrao do anel externo Reduo da folga radial Intervalo de tempo Diferena de temperatura Temperatura Relao de viscosidade Viscosidade cinemtica do lubrificante temperatura de trabalhoViscosidade nominal

ngulo de oscilao

11

2 Capacidade de carga e vida nominal

A determinao do tamanho do rolamento origina-se das exigncias quanto a capacidade de carga, vida nominal e segurana de funcionamento do mesmo. Como medida para a vida nominal de um rolamento, utiliza-se no clculo as capacidades bsicas de carga, sendo determinantes, para rolamentos submetidos a rotao, a capacidade de carga dinmica e para rolamentos estacionrios ou com pouca rotao, a capacidade de carga esttica. Os valores das capacidades de carga e os mtodos de clculo contidos neste catlogo se baseiam nas indicaes das normas DIN ISO 281 e DIN ISO 76. 2.1 Capacidade de carga dinmica e vida nominal A capacidade de carga dinmica de um rolamento determinada atravs do comportamento do material quanto fadiga. Neste caso, a vida nominal, como perodo que antecede a fadiga, depende tanto da carga e da rotao do rolamento, assim como da probabilidade estatstica de surgimento das primeiras avarias. Para descrever a capacidade de suportar carga dinamicamente, so introduzidos os conceitos de capacidade de carga dinmica e vida nominal (vida til calculada).

2.1.1 Clculo da vida nominal A vida nominal calculada como segue: L+ C P Lh +p

(21)p

16 666 C n @ P

(22)

L 106 rotaes Vida nominal em milhes de rotaes, alcanada ou ultrapassada por 90% de uma quantidade suficientemente grande de rolamentos iguais, antes de surgirem os primeiros indcios de fadiga do material. Lh h Vida nominal em horas de trabalho correspondente a definio para L. C N Capacidade bsica de carga dinmica. C a carga de grandeza e direo constante, sob a qual uma quantidade suficientemente grande de rolamentos iguais alcana uma vida nominal de um milho de rotaes. Nos rolamentos radiais C a carga radial constante. Nos rolamentos axiais C a carga axial atuante no centro (vide tambm pargrafo 2.3). P N Carga equivalente para rolamentos radiais e axiais (vide captulo 3). p Expoente de vida nominal: p = 10/3 para rolamentos de agulhas e de rolos cilndricos. p = 3 para rolamentos de esferas. n min1 Rotao de funcionamento (vide captulo 3).

12

Probabilidade de atingir a vida nominal % 90 95 96 97 98 99

a1 1 0,62 0,53 0,44 0,33 0,21

Tabela 21 Fator de ajuste de vida a1

Vida nominal ajustada Para os casos nos quais, alm da carga e das rotaes, se conhecem outros fatores influentes sobre a vida nominal, os quais devero ser considerados no clculo da mesma, a norma DIN ISO 281, fornece uma equao ampliada. L na + a 1@a 2@a 3@L (23)a3 Fator de ajuste de vida

10 5

2 1 0,5

Lna 106 rotaes Vida nominal ajustada para materiais com caractersticas especiais e condies de trabalho particulares, com uma probabilidade de (100-n)% de atingir a vida nominal L Vida nominal, vide equao (21) a1 Fator de ajuste de vida para probabilidade diferente de 90%, conforme tabela 21 a2 Fator de ajuste de vida para materiais com caractersticas especiais. Em aos normais para rolamentos vale a2 = 1 a3 Fator de ajuste de vida para condies de trabalho especiais, especialmente para o estado da lubrificao. 106 rotaes

0,2 0,1 0,05 0,1 0,5 2 0,2 1 Relao de viscosidade 5 10

O fator de ajuste de vida a3 pode ser obtido da Fig. 21 em funo da relao de viscosidade = n/n1, sendo a viscosidade cinemtica existente do lubrificante na temperatura de funcionamento e 1 a viscosidade nominal suficiente para a formao da pelcula lubrificante segundo a Fig. 22. No caso de lubrificao com graxa, a viscosidade do leo base determinante. Em casos de aplicaes que se encontram fora dos valores da Fig. 22, solicitamos consultar-nos. Outras indicaes sobre a escolha do lubrificante vide captulo 6.

Fig. 21 Fator de ajuste de vida a3mm2 s1 500151 156

1000

200 100 n1 Viscosidade nominal 50

20 10 5 3 10 20 50 100 200 Dimetro mdio do rolamento dM 500 mm 1000

Fig. 22 Viscosidade nominal n1 13

151 068

Boa limpeza e aditivos adequados Mxima limpeza e carga reduzida Impurezas no lubrificante

2 Capacidade de carga e vida nominal

2.1.2 Vida nominal necessria Se conhecida a vida nominal necessria, em funo das condies de funcionamento da mquina e das exigncias quanto a segurana de funcionamento, pode-se determinar o tamanho do rolamento mediante as equaes de vida nominal do pargrafo 2.1.1. Se no existem dados sobre a vida nominal necessria, podem tomar-se os valores orientativos da Fig. 23.

Tipo de funcionamento Horas de funcionamento/Ano Trabalho intermitente Trabalho de 1 turno Trabalho de 2 turnos Trabalho de 3 turnos Trabalho ininterrupto 500 a 1 000 hs 2 000 hs 4 000 hs 6 000 hs 8 500 hs

21 Mquinas impressoras 20 Mquinas txteis 19 Laminadoras 18 Extrudadoras 17 Mquinas operatrizes 16 Britadeiras 15 Mquinas para materiais de construo civil 14 Caixas de engrenagens industriais 13 Ferramentas manuais 12 Compressores11 Mquinas de escritrio e processamento de dados

10 Agregados hidrulicos estacionrios 9 Agregados hidrulicos mveis 8 Mquinas para construo civil 7 Caminhes 6 Automveis5 Tratores 4 Mquinas agrcolas

3 Eletrodomsticos 2 Ferramentas profissionais 1 Ferramentas domsticas151 065

100

200

2 000 500 1000 Horas de funcionamento

5 000

10 000

20 000

h

50 000

Fig. 23 Valores orientativos para vida nominal de rolamentos 14

Srie1) SL18 18, SL01 48 SL18 29, SL18 49, SL 01 49, SL 119, SL 129 SL18 30, SL18 50, SL 05E SL18 22 SL19 231)

kB 4,5 11 17 20 30

Pedimos nos consultarem quanto as sries aqu no relacionadas e construes especiais.

Tabela 22 Coeficiente kB

2.1.3 Vida til Por vida til, entende-se a vida til efetivamente alcanada por um rolamento, que pode ser diferente da vida nominal calculada. Os desalinhamentos entre eixo e alojamento, sujeira nos rolamentos, temperatura de funcionamento excessiva ou uma lubrificao insuficiente, podem conduzir a uma falha prematura dos rolamentos devido ao desgaste ou a fadiga. Condies de funcionamento desfavorveis, tais como movimentos oscilantes do rolamento com ngulos muito pequenos ou vibraes com o rolamento parado, podem tambm ser causa de falhas prematuras devido a formaes de estrias. Em razo das mltiplas possibilidades de montagem e de funcionamento, no possvel prever exatamente a vida til dos rolamentos. O mtodo mais seguro para uma adequada avaliao , como sempre, a comparao com casos de aplicaes semelhantes. 2.1.4 Capacidade de carga axial de rolamentos de rolos cilndricos Os rolamentos de rolos cilndricos INA, nos tipos fixos e de apoio, podem transferir alm de altas cargas radiais, considerveis cargas axiais. A capacidade de carga axial de rolamentos radiais de rolos cilndricos depende do tamanho e da capacidade de carga das superfcies de deslizamento entre as bordas internas do rolamento e as faces dos corpos rolantes. A capacidade de carga das superfcies de contato influenciada pela velocidade de deslizamento e pela lubrificao. A base de clculo a potncia especfica de atrito proveniente das superfcies de contato deslizantes. Esta, depende da quantidade e da viscosidade do lubrificante. A relao da equao (24) serve como valor orientativo da capacidade de carga axial admissvel nos rolamentos de rolos cilndricos INA. Se as cargas so intermitentes ou inconstantes, podemos admitir cargas axiais com valores superiores a Fa adm. Neste caso e com rotaes bastantes baixas, no se pode ultrapassar a carga limite Fa max, a fim de evitar presses inadmissveis nas superfcies de contato.

1,5 F a adm + k S @ k B @ d M @ n *0,6 xF a max

(24)

Fa adm N Carga axial admissvel Fa max N Carga axial limite2,1 F a max + 0,075 @ k B @ d M

kS Coeficiente dependente do sistema de lubrificao (Vide tabela 23) kB Coeficiente dependente da srie do rolamento (vide tabela 22) dM mm Dimetro mdio do rolamento (d +D)/2 n min1 Rotao de funcionamento.

Deve-se observar que as bordas do rolamento submetidas presso sejam, na medida do possvel, apoiadas em sua altura total. Nos captulos 4 e 6.2.2 encontram-se as indicaes para a determinao da potncia de atrito e da dissipao trmica. Caso se apresentem condies de trabalho que no esto descritas aqu, pedimos consultar-nos. Tabela 23 Coeficiente kS para o sistema de lubrificaoSistema de lubrificao1) Mnima dissipao trmica, lubrificao por gotejamento, por nebulizao de leo, viscosidade de funcionamento reduzida (n t0,5 @ n1) Pequena dissipao trmica, lubrificao por banho de leo, por pulverizao de leo, circulao de leo reduzida Boa dissipao trmica, lubrificao por circulao de leo, (lubrificao com leo sob presso) Muito boa dissipao trmica, lubrificao por circulao e resfriamento do leo, alta viscosidade de funcionamento (n u2 @ n1)1)

kS 7,5 a 10

10

a 15

12 16

a 18 a 24

Em geral so vlidas as recomendaes quanto viscosidade (viscosidade nominal 1) conforme captulo 6, pg. 25. Como lubrificantes so recomendados leos aditivados, por exemplo CLP (DIN 51 517) e HLP (DIN 51 524) da classe ISO-VG 32 at 460, bem como leos ATF (DIN 51502) e leos para caixa de engrenagens (DIN 51512) das classes de viscosidade SAE 75 W at 140 W.

15

2 Capacidade de carga e vida nominal

2.1.5 Capacidade de carga axial da fixao dos rolamentos de esferas de fixao rpida O diagrama a seguir Fig. 24 fornece valores orientativos para as cargas axiais Fa, que podem ser transmitidas pelos rolamentos de fixao rpida. Em caso de cargas mais elevadas, estas devem ser transmitidas atravs de um ressalto no eixo.

2.2.1 Fator de segurana de carga esttica O fator de segurana de carga esttica indica a segurana contra as deformaes permanentes admissveis no rolamento e definido como segue: S0 + C0 F0 (25)

S0 Fator de segurana de carga esttica C0 N Capacidade bsica de carga esttica F0 N Carga mxima sobre o rolamento radial ou axial.

Em rolamentos radiais, C0 a carga em direo radial e em rolamentos axiais, a carga axial atuante no centro, na qual a presso de Hertz entre os corpos rolantes e as pistas, no ponto mais carregado do rolamento, alcana o valor de 4 000 N/mm2 para rolamentos de rolos cilndricos e 4 200 N/mm2 para rolamentos de esferas. Esta carga ocasiona, em condies normais de contato, uma deformao total permanente de 1/10 000 do dimetro do corpo rolante. Rolamentos que tenham um fator de segurana de carga esttica S0 x8, consideram-se altamente carregados e com S0 y8 medianamente ou levemente carregados. 2.2.2 Fator de segurana de carga esttica necessria Para o fator de segurana de carga esttica so recomendados os valores orientativos da tabela 24. Fig. 24 Capacidade de carga axial da unio de montagem dos rolamentos de esferas de fixao rpida 2.2 Capacidade de carga esttica A capacidade de carga esttica limitada pelas deformaes plsticas nas pistas e corpos rolantes produzidas pelas cargas aplicadas no rolamento em estado de repouso, sendo que tais deformaes so consideradas ainda admissveis, apesar de provocarem rudos na posterior movimentao do rolamento. A definio das deformaes permanentes admissveis leva ao conceito da capacidade de carga esttica. Como medida para a solicitao esttica foi adotado o fator de segurana de carga esttica. Tabela 24 Valores orientativos de fatores de segurana de carga estticaAplicao Funcionamento suave, com poucas vibraes e funcionamento normal com reduzidas exigncias quanto a suavidade de movimento; rolamento com baixa rotao Funcionamento normal com exigncias mais elevadas quanto ao movimento silencioso Funcionamento com acentuadas cargas de choque Rolamentos com elevadas exigncias quanto preciso de giro e movimento silencioso1) 2)

S011) y1

S022) y0,5

y2 y3 y4

y1 y2 y3

Para rolamentos de agulhas e de rolos cilndricos. Para rolamentos de esferas.

Para buchas de agulhas deve-se utilizar o valor S0 y3.

16

Fig. 25 Fator de temperatura fT

2.3 Influncias sobre a capacidade de carga Os valores da capacidade de carga indicados neste catlogo valem para uma dureza das pistas e dos corpos rolantes de 670 +170 HV, com a microestrutura caracterstica dos componentes de rolamentos. 2.3.1 Influncia da dureza da pista Se uma das pistas apresenta uma dureza menor que 670 HV, a capacidade de carga se reduz para o valor CH e para C0H. Tal reduo calculada pelas seguintes equaes de correo: Capacidade de carga dinmica: CH + fH @ C Capacidade de carga esttica: C 0H + f H0 @ C 0 (27) (26)

151 064

Os fatores de dureza somente so vlidos para aos de rolamentos ou aos-liga semelhantes (vide pargrafo 9.1.1) com o correspondente grau de pureza e estrutura. Em outros casos, por exemplo em materiais fundidos ou metais no ferrosos, as indicaes no tm validade. 2.3.2 Influncia da temperatura Os rolamentos INA podem geralmente ser empregados at +120 _C e em temperaturas de pico de curta durao, at +150 _C. Em temperaturas de funcionamento mais elevadas ocorre uma diminuio da dureza nos componentes do rolamento. A diminuio da capacidade de carga dinmica originada pela reduo da dureza levada em considerao atravs da seguinte equao de correo: CT + fT @ CCT N Capacidade de carga dinmica efetiva em altas temperaturas fT Fator de temperatura conforme Fig. 25 C N Capacidade bsica de carga dinmica.

(28)

CH, CH0 N Capacidade de carga efetiva, dinmica ou esttica para durezas mnimas fH, fH0 Fator de dureza dinmico ou esttico conforme figura 26 C, C0 N Capacidade bsica de carga dinmica ou esttica.

A reduo da dureza exerce pouca influncia na capacidade de carga esttica podendo, por isso, ser desprezada em temperaturas de at +300 _C. Para rolamentos termicamente estabilizados, vide pargrafo 9.2.

Fig. 26 Determinao do fator de dureza fH resp. fH0 17

160 005

3 Carga equivalente no rolamento

Nas equaes de vida nominal (21) e (22) no pargrafo 2.1.1, pressupe-se que a carga no rolamento P e a rotao n so constantes. Porm estas condies no se cumprem em muitos casos. Portanto deve-se determinar valores equivalentes de funcionamento, que tenham o mesmo efeito sobre a vida til do rolamento como os esforos reais variveis. 3.1 Rotao varivel no rolamento 3.1.1 Clculo geral da rotao equivalente Se durante um perodo de tempo T h uma variao na rotao de rolamento n(t) em funo do tempo t, a equao de vida (22) deve ser calculada com a rotao mdia, conforme a seguinte equao: n+1 TT

No caso das amplitudes de oscilao serem menores que o ngulo de diviso dos corpos rolantes, a equao (33) no mais vlida e deve-se considerar a possibilidade de formao de estrias. Ver pargrafo 2.1.3. 3.2 Carga varivel no rolamento e rotao constante 3.2.1 Clculo geral da carga equivalente no rolamento Se a carga varivel em funo do tempo t, segue durante o perodo T uma relao perfeitamente definida F(t), (Fig. 31), ao se aplicar a lei da vida nominal, obtem-se a seguinte equao para a carga equivalente no rolamento. P+p

1 T

T

F p(t) @ dt0

(34)

n(t) @ dt0

(31)

3.1.2 Rotao varivel escalonada no rolamento Em rotaes ni que variam escalonadamente em um perodo de tempo T, a equao (31) pode ser substituda por uma frmula somatria simplificada que compreende os z intervalos Dti, onde qi = (Dti/T) 100 representa cada perodo efetivo em %. n+ q 1 n 1 ) q 2 n 2 ) AAA ) q z n z 100 (32)

Dado que a equao (34) se baseia na lei da vida nominal segundo equao (21), para rolamentos de agulhas e de rolos cilndricos se aplica p = 10/3 e para rolamentos de esferas p = 3. 3.2.2 Carga varivel peridica no rolamento O clculo da carga equivalente no caso de variaes peridicas se efetua tambm aplicando a equao (34). Em muitos casos prticos, o clculo da carga equivalente pode ser feito de forma mais simples, mediante os fatores de carga da Fig. 32 e a seguinte equao: P + V 1 @ F max. ) V 2 @ F min.P N Carga equivalente no rolamento Fmax. N Carga mxima Fmin. N Carga mnima V 1 , V2 Fatores de carga (vide Fig 32).

3.1.3 Movimento oscilante no rolamento Em rolamentos submetidos a movimento oscilante, a rotao equivalente que deve ser utilizada na equao de vida (22), se determina mediante a seguinte expresso: g n + n osc@ _ 90n min1 Rotao equivalente nosc min1 Freqncia do movimento oscilante g _ Amplitude do movimento oscilante ( meio ngulo de oscilao).

(35)

(33)

18

Fig. 31 Carga equivalente no rolamento segundo equao (34)

151 093

3.3 Rotao e carga variveis no rolamento 3.3.1 Clculo geral dos esforos equivalentes Se a rotao e a carga no rolamento variam durante o perodo T segundo funes de tempo n(t) e F(t) perfeitamente definidas, a rotao equivalente se determina mediante a equao (31), enquanto que a carga equivalente se obtm segundo a seguinte equao:T

n(t) F p(t) @ dt0

P+

p

T

n (t) @ dt0

(37)

3.3.2 Rotao e carga variveis escalonada no rolamento Para grandezas de esforo ni e Fi variveis escalonadamente durante um perodo T, pode utilizar-se a equao (32) para o clculo da rotao equivalente. Para o clculo da carga equivalente, se aplica neste caso a frmula somatria derivada da equao (37), sobre os intervalos de tempo Dti, onde qi = (Dt i /T) 100 representa cada perodo efetivo em %. P+p

q i n i F i ) AAA ) q z n z F z q i n i ) AAA ) q z n z

p

p

(38)

Fig. 32 Fatores de carga para diversos tipos de carga 3.2.3 Carga varivel escalonada no rolamento Em cargas F, que variam escalonadamente em um perodo de tempo T, a equao geral (34) pode ser substituida por uma mais simples, formada pela soma dos z intervalos Dti, onde q1 = (Dt1/T) 100 representa cada perodo efetivo em %. P+p

q i F i ) q 2 @ F p ) AAA ) q z F z 2 100

p

p

(36)

151 109

19

4 Atrito e temperatura

O atrito total e consequentemente o aumento da temperatura no rolamento a somatria de vrias parcelas:Parcela de atrito Atrito de rolagem Atrito por deslizamento dos corpos rolantes e da gaiola Atrito do fludo (resistncia hidrodinmica) Atrito da vedao Fatores da influncia no rolamento Grandeza da carga Grandeza e direo da carga, rotao e estado de lubrificao, estado de amaciamento Tipo e rotao; classe, quantidade e viscosidade em funcionamento (temperatura) do lubrificante Tipo e pr-carga da vedao

Os principais fatores de influncia so:J Gradiente de temperatura entre rolamento e alojamento

Devido aos diversos fatores influentes, s possvel efetuar um clculo aproximado dos momentos de atrito, e portanto da potncia de atrito, para um estado de funcionamento constante. Para os rolamentos novos, no perodo de amaciamento e durante a partida, deve-se contar com um atrito maior. Quantidades excessivas de lubrificante, lubrificantes de elevada viscosidade e vedaes causam um aumento do atrito. Nos rolamentos excessivamente lubrificados, o atrito do fludo aumenta consideravelmente com a rotao, isto , a potncia de atrito maior em relao a um funcionamento com uma quantidade de lubrificante corretamente dimensionada. A condio de funcionamento ideal obtm-se com a quantidade que gera menor aumento de temperatura no rolamento. A potncia de atrito NR, calculada segundo a equao (42) ou (44), transforma-se em calor nas superfcies de contato do rolamento e no lubrificante. O calor deve ser dissipado do rolamento, sendo difcil determinar com preciso os fluxos de calor.

ou eixo. Este gradiente de temperatura origina-se pela configurao e pela possibilidade de refrigerao do alojamento ou do eixo. O calor procedente de fontes vizinhas dever ser considerado. Sua determinao efetua-se normalmente por comparao com aplicaes semelhantes. J Transmisso de calor pelo lubrificante: No caso de lubrificao graxa, no h possibilidade de transmisso de calor atravs do lubrificante. Com lubrificao a leo, parte do calor pode ser dissipado pelo leo. Uma eficiente transmisso de calor pode ser atingida mediante lubrificao por circulao de leo, acrescida de uma refrigerao do mesmo. Desta forma, a temperatura do rolamento pode ser influenciada dentro de certos limites. 4.1 Determinao estimada dos valores de atrito Na maioria das condies de servio onde ocorrem rotaes intermedirias e onde a quantidade de lubrificante est corretamente dimensionada, a soma dos momentos de atrito definida com preciso suficiente pelo coeficiente de atrito f. Valem as seguintes equaes: MR + f @ F @ NR + MR @ dM 2 (41)

n 9550

(42)

MR Nmm Momento de atrito do rolamento f Coeficiente de atrito (vide tabela 41) F N Fora radial em rolamentos radiais, fora axial em rolamentos axiais dM mm Dimetro mdio do rolamento (d +D)/2 NR W Potncia de atrito n Rotao. min1

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Valores para o coeficiente de atrito f para cargas intermedirias (8 tS0 t15) constam na tabela 41. Possveis desvios so determinados, basicamente, pela influncia do atrito do fludo, em funo da viscosidade e da quantidade de lubrificante. Quando lubrificado graxa a consistncia e a viscosidade do leo base so determinantes para o trabalho de atrito. O rolamento recm-engraxado pode apresentar momentos de atrito maiores. Havendo boa distribuio de graxa, como tambm em uma lubrificao a leo otimizada, sero obtidos valores menores do que os da tabela 41. Tabela 41 Coeficiente de atrito fTipo de rolamento Rolamento de agulhas sem gaiola Rolamento de agulhas com gaiola Rolamento de agulhas combinados radial-axial Rolamento de rolos cilndricos sem gaiola Rolamento axial de agulhas Rolamento axial de rolos cilndricos Rolamento de esferas Rolamento de fixao rpida com vedao tipo P ou R Rolamento de fixao rpida com vedao tipo P3 (vedao tripla) f 0,005 0,003 0,004 0,002 0,0035 0,0035 0,0015 0,002 0,002 0,006

MR + M0 ) M1 ) M2 NR + MR @ n 9550

(43) (44)

M0 Nmm Momento de atrito em funo da rotao, causado pelo atrito do fluido. M1 Nmm Momento de atrito em funo da carga, causado pelo atrito de rolagem. M2 Nmm Momento de atrito em funo da carga axial em rolamentos radiais de rolos cilndricos, causado pelo atrito de deslizamento entre as superfcies internas das bordas dos anis e as faces dos rolos cilndricos. NR W Potncia de atrito. n Rotao. min1

As trs partes do momento de atrito total MR, so determinadas pelas seguintes equaes: M0 + f0 @ @ n2 3 3 @ d M @ 10 *7 para @ n y2000

(45) (46) (47) (48)

3 M 0 + f 0 @ 160 @ d M @ 10 *7 para @ n t2000

M1 + f1 @ F @ dM M 2 + f 2@ F a @ d Mf0 Coeficiente de atrito para momento de atrito M0, em funo da rotao, segundo tabela (42). f1 Coeficiente de atrito para momento de atrito M1, em funo da carga, segundo tabela (42).

4.2 Determinao detalhada dos valores de atrito Um clculo do momento de atrito total possvel, se alm da rotao e da carga, dispe-se tambm do tipo e mtodo de lubrificao e sobretudo da viscosidade do leo ao entrar no rolamento e da temperatura do mesmo. O momento de atrito total MR pode ser calculado partindo-se dos momentos de atrito parciais:

f2 Coeficiente de atrito para rolamento de rolos cilndricos, com carga axial. determinado mediante o fator A, segundo equao (49), da figura 42. F N Carga radial para rolamentos radiais ou carga axial para rolamentos axiais. Fa N Carga axial para rolamentos radiais de rolos cilndricos, (vide tambm pargrafo 2.1.4). mm2 s1 Viscosidade cinemtica do lubrificante ao entrar no rolamento. Para lubrificao com graxa determinante a viscosidade do leo base na temperatura de funcionamento do rolamento.

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4 Atrito e temperatura

Os valores numricos da tabela 42 podem variar consideravelmente. Os valores para lubrificao graxa valem para rolamentos aps o perodo de amaciamento. Para rolamentos recm-lubrificados, recomenda-se multiplicar f0 por 2 a 5. Na lubrificao por nvoa de leo supe-se uma quantidade suficiente de lubrificante. Na lubrificao por banho de leo, pressupe-se que o nvel de leo alcance o centro do corpo rolante mais baixo. Se o nvel de leo se elevar, o coeficiente de atrito f0 poder aumentar at 3 vezes em relao aos valores indicados na fig. 41.

Tabela 42 Coeficiente de atrito f0 e f1 para rolamentos de rolos cilndricos e de agulhasDesignao Srie f0 Graxa, nvoa de leo Rolamentos de agulhas NKI, NK, K HK, BK Rolamentos de l d rolos cil dricos cilndricos SL18 18 SL18 29 SL18 30 SL18 22 SL01 48, SL02 48 12 @ B 1) 33 ) d 24 @ B 33 ) d 3 4 5 5 6 7 Banho ou recirculao de leo 18 @ B 1) 33 ) d 36 @ B 33 ) d 5 6 7 8 9 11 0,0005 f1

0,0005

3

SL18 49, SL01 49 SL02 49 SL19 23, SL04

8 9 11 13 3

12 13 16 19 4 0,0015

2 Fator de aumento dM 1 h Rolamentos axiais1)

SL18 50, SL04 50 SL119, SL149 SL129, SL159 AXK, AXW

0 0,1 0,5 1151 140

B = Largura do rolamento d = Dimetro do eixo.

h dM

Fig. 41 Aumento do coeficiente de atrito f0 em funo do nivel de leo h

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O fator A do rolamento, utilizado para a determinao do parmetro Fa/A Fig. 42, calculado mediante o coeficiente kB (vide tabela 43) e a seguinte equao: A + k B @ 10 *3 @ d M2,1 (49)

Tabela 43 Coeficiente kBSrie1) SL18 18, SL01 48 SL18 29, SL18 49, SL01 49, SL119, SL129 SL18 30, SL18 50, SL05..E SL18 22 SL19 231)

kB 4,5 11 17 20 30

Os valores para o coeficiente de atrito f2, determinados segundo a Fig. 42, so vlidos para lubrificao por circulao de leo com quantidade suficiente de leo (vide pargrafo 6.2.2). Estes valores esto submetidos a grandes variaes. Deve-se levar em conta que o coeficiente de atrito f2 s pode ser reduzido condicionalmente, empregando-se leos da maior viscosidade. Uma viscosidade muito elevada causa um aumento da temperatura e como consequncia, uma reduo na viscosidade de funcionamento. No permitido efetuar extrapolao das linhas caractersticas na Fig. 42.0,025

Com relao s sries aqui no mencionadas e para execues especiais, pedimos consultar-nos.

0,01 f2 Coeficiente do tipo de rolamento151 111

0,005 0,0025

0,001 0,0005 104 2 5 105 2 5 106 min3 s1 min1 107 Fator das condies de trabalho n n dM

Fig. 42 Coeficiente de atrito f2

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5 Limites de rotao

As rotaes mximas admissveis dos rolamentos dependem basicamente da temperatura de funcionamento. Portanto, a rotao limite depende: J do tipo de rolamento J do tamanho do rolamento J da carga a que est submetido J das condies de lubrificao J das condies de resfriamento J da eliminao de calor via: condutibilidade radiao trmica converso trmica ou dispositivos especiais para refrigerao. Os fatores de rotao mxima indicados nas tabelas n leo e n graxa so valores orientativos. So vlidos para o respectivo tipo de lubrificao e uma relao de carga C/P y15, uma folga de funcionamento correta, uma montagem e condies de funcionamento constantes. Em condies especiais, quanto lubrificao, refrigerao e disposio construtiva dos elementos adjacentes, como tambm empregando-se rolamentos de preciso, podem-se aumentar as rotaes mximas admissveis.

Caso os valores da relao de cargas fiquem C/P t15 ou nos rolamentos de rolos cilndricos com esforos axiais (Fa/Fr u0,2), as rotaes indicadas nas tabelas devem ser reduzidas. Para uma funo cinemtica correta com altas rotaes, necessria uma carga mnima no rolamento, evitando-se assim o escorregamento dos corpos rolantes e a presena de rudos. 5.1 Rolamentos de esferas de fixao rpida As rotaes permissveis dependem da carga, da folga entre anel interno e eixo, assim como do atrito das vedaes nos rolamentos vedados. A tabela 51 indica os valores de orientao dos fatores de rotao n d (n = rotao e d = eixo em mm).

Tabela 51 Valores de orientao para os fatores de rotao nos rolamentos de esferas de fixao rpidaTipo de rolamento Rolamentos de esferas de fixao rpida com vedao tipo R, P ou L Com vedao tipo P3 Fator de rotao n d 40 000 80 000 130 000 25 000 Observaes Tolerncia do eixo h9, C/P y 5 t13 Tolerncia do eixo h9, C/P y13 Tolerncia do eixo h6, C/P y13 Tolerncia do eixo h9, C/P y13

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6 Lubrificao

Uma lubrificao correta em intervalos regulares premissa importante para uma longa vida til dos rolamentos. O lubrificante tem as seguintes funes: J criar nas superfcies de contato uma pelcula separadora de lubrificante, com suficiente capacidade de carga J dissipao de calor (lubrificao a leo) J vedar o rolamento para o exterior (lubrificao graxa), evitando assim a entrada de impurezas slidas e lquidas, assim como J reduzir o rudo de funcionamento e J proteger contra a corroso. Os rolamentos podem ser lubrificados com graxa ou leo. So decisivos para determinar a forma de lubrificao e a quantidade de lubrificante: J o tipo e tamanho do rolamento J disposio da construo anexa ao rolamento J a forma de conduo do lubrificante e J as condies de funcionamento. Normalmente se empregam lubrificantes aditivados que contm: J combinaes de substncias ativas para a proteo contra a corroso e melhora da resistncia ao envelhecimento, assim como J aditivos que, em caso de condies desfavorveis de lubrificao, aumentam a capacidade de carga e diminuem o desgaste. Tais combinaes de aditivos (Additiv-Packages) no atuam da mesma forma favorvel em todas as temperaturas. possvel e desejvel a formao de camadas de reao no filme lubrificante. No campo do atrito misto, reaes qumicas entre o aditivo e a superfcie reduzem possveis danos superficiais nas pistas. necessrio, em todos os casos, comprovar a ! compatibilidade dos lubrificantes: entre si, com protetores contra a corroso e com os produtos conservantes, com os plsticos (elastmeros e duroplsticos), com os metais leves e ligas no-ferrosas. Os fabricantes de lubrificantes, se solicitados, fornecem informaes sobre estes tpicos.

Configurao dos sistemas de canais do lubrificante Os canais e os furos de lubrificao nos alojamentos e eixos devem ser curtos e conduzir diretamente ao furo de lubrificao do rolamento. No caso de vrios rolamentos se encontrarem no mesmo eixo, cada um deles dever receber seu prprio canal de lubrificante. 6.1 Lubrificao graxa As graxas lubrificantes K segundo DIN 51 825, partes 1 a 4, so apropriadas para rolamentos. As graxas com aditivos slidos geralmente no so necessrias para rolamentos. No entanto, se em condies de funcionamento especiais se empregar graxas com aditivos slidos, existe o perigo de travamento do rolamento, caso as partculas sejam demasiadamente grandes. Nestes casos solicitamos consultar-nos. A lubrificao graxa no contribui para a refrigerao do rolamento. O clculo da rotao permissvel (vide cap. Limite de rotaes, pg. 24) esclarece a necessidade de medidas especiais para o resfriamento dos rolamentos. Normalmente a temperatura do rolamento no deve ultrapassar os +70 _C, com o objetivo de manter o mais baixo possvel o desgaste da graxa em altas temperaturas (vide fator de temperatura, Fig. 62). 6.1.1 Graxas lubrificantes Para a escolha da graxa apropriada consultar o fabricante. Como possveis pontos de partida para a escolha, entram em considerao: J campo de temperatura de trabalho J tipo de graxa J consistncia J comportamento em relao gua J resistncia compresso J compatibilidade J capacidade de armazenamento. As propriedades mais importantes das graxas que a INA emprega e recomenda para a primeira lubrificao esto indicadas na tabela 61. Estas graxas usadas na primeira lubrificao esto sujeitas a alteraes em funo do desenvolvimento tecnolgico.

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Referncia INA

Designao segundo DIN 51 825

Classe da graxa lubrificante

Campo de temperatura _C

Classe NLGI (consistncia)

Viscosidade cinemtica a 40 _C (leo base) mm2 s1 200 68 14,5 115

Comportamento em relao a gua (DIN 51807) 090 190 190 090

SM01 SM02 SM11 SM27

KP2K30 K3N30 K2E25 K2P30

Graxa de ltio/ base de leo mineral Graxa de ltio/ base de leo mineral Graxa de ltio/ base de leo mineral Poliuria/ base de leo mineral

301) bis +120 301) bis +140 401) bis 1+80 301) bis +150

2 3 2 2

1) Determinada segundo IP 186/85

Tabela 61 Graxas lubrificantes INA para a primeira lubrificao

Campo de temperatura de trabalho O campo de temperatura de trabalho de um lubrificante deve cobrir com segurana suficiente as possveis temperaturas no rolamento. As temperaturas possveis de trabalho no devem ultrapassar os limites inferior e superior. A INA recomenda escolher uma graxa lubrificante de forma que a temperatura mxima de funcionamento se encontre +20 _C abaixo do limite superior e a mnima +20 _C acima do limite inferior. Em casos extremos pedimos consultar-nos. Tipo de graxa lubrificante O leo base e o saponificante so decisivos para as propriedades de uma graxa para rolamentos. Estas duas caractersticas determinam tambm a resistncia e a compatibilidade. Consistncia As graxas lubrificantes dividem-se em classes de consistncia (classes NLGI). Para rolamentos utilizam-se preferencialmente as classes NLGI 1, 2 e 3. Devem-se utilizar graxas para rolamentos que em elevadas temperaruras no fluidifiquem (NLGI 1) e em baixas temperaturas no se tornem demasiadamente espessas (NLGI 3). Na escolha da graxa deve-se levar em conta as rotaes de funcionamento: para rolamentos com elevadas rotaes ou para pequenos momentos de torque, so apropriadas graxas com baixa viscosidade dinmica; para rolamentos com baixas rotaes utilizam-se graxas com elevada viscosidade dinmica. Comportamento em relao a gua gua na graxa reduz consideravelmente o tempo da vida til do rolamento. O comportamento das graxas em relao a gua avaliado segundo DIN 51 807 (vide tabela 61). As propriedades de proteo contra a corroso so ensaiadas segundo a DIN 51 802 (indicaes nos folhetos tcnicos dos fabricantes de graxas).

Capacidade de carga por compresso A condio para a existncia de uma pelcula lubrificante resistente a viscosidade da graxa suficientemente alta na temperatura de funcionamento do rolamento. Para cargas elevadas a INA recomenda utilizar graxas com caractersticas EP (extreme pressure) e elevada viscosidade do leo base. As graxas a base de silicone s podem ser empregadas para pequenas cargas (S0 u20). Miscibilidade A mistura de graxas possvel se forem cumpridas as seguintes condies: J leo base igual J tipo de saponificante igual J as viscosidades dos leos bases devem ser semelhantes; (no mais distintas que uma classe ISO-VG) J consistncia (classe NLGI) igual. Em caso de dvida recomendamos consultar o fabricante da graxa. Capacidade de armazenamento Os lubrificantes envelhecem devido a influncia do meio ambiente. Portanto, responsabilidade do usurio observar as indicaes do fabricante. As graxas lubrificantes a base de leos minerais empregadas nos rolamentos INA podem ser armazenadas at 3 anos, segundo mostra a experincia, se forem cumpridas as seguintes condies: J local fechado (armazm) J temperatura entre 0 _C e +40 _C J umidade relativa do ar inferior a 65% J no devem estar expostas a agentes qumicos (vapores, gases, lquidos) J rolamentos vedados. Aps um longo perodo de armazenamento, o momento de atrito pode ser temporariamente superior ao dos rolamentos recm-engraxados; alm disto o poder lubrificante da graxa pode ter-se reduzido.

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Tipo de rolamento Gaiolas de agulhas, rolamentos de agulhas Buchas de agulhas/buchas de agulhas com fundo Rolamentos axiais de esferas Rolamentos de apoio e comando com ou sem gaiola Rolamentos de apoio e comando sem gaiola Rolamentos de rolos cilndricos Rolamentos axiais de agulhas e de rolos cilndricos Rolamentos de esferas C/P u25 C/P t25 Rolamentos de esferas de contato angular

KL 1 0,8 0,2 0,25 0,1 0,45 0,1 4 2 1,5

Tabela 62 Fator de rolamentos KL

6.1.2 Perodo de relubrificao O perodo de relubrificao s pode ser determinado de forma exata mediante ensaios nas condies de funcionamento. Um valor orientativo para o perodo de relubrificao tfR pode ser obtido pela equao (61): t fR + t f @ K T @ K P @ K R @ K U (61)

Perodo bsico de relubrificao O perodo bsico de relubrificao tf funo do coeficiente de velocidade GKW que obtido atravs do diagrama da Fig. 61. No coeficiente de velocidade considerado o tipo de rolamento (fator KL), assim como a rotao e o dimetro mdio do rolamento (vide equao (62) e tabela (62). GKW + K L @ 270 000 n @ dM (62)

tfR h Valor orientativo para o perodo de relubrificao em horas de funcionamento tf h Perodo bsico de relubrificao em horas de funcionamento KT, KP, KR, KU Fatores de correo para temperatura, carga, oscilao e meio ambiente.

50 000 h 30 000 20 000 10 000 5 000 tf Perodo bsico de relubrificao 3 000 2 000 1 000 500 300 200 Possibilidade de relubrificao Relubrificao necessria 100 0,2 0,3 0,5 1 2 3 4 5 Fator de velocidade GKW 10 20 30 50

Fig. 61 Determinao do perodo bsico de relubrificao tf

O perodo bsico de relubrificao est definido para as seguintes condies de funcionamento: J temperatura do rolamento at +70 _C J relao de cargas (C0/P = 20) J rotao e carga constantes J carga na direo principal (rolamento radial: sentido radial; rolamento axial: sentido axial) J lubrificao com graxa de ltio J eixo na horizontal (rolamento radial) J anel interno giratrio J sem influncias prejudiciais do meio ambiente. Nos rolamentos combinados deve-se calcular separadamente para o rolamento radial e para o axial, valendo o perodo de relubrificao mais curto. O clculo no vlido para gaiolas tipo roda livre. No caso de movimentos laterais alternados, uma parte da graxa lubrificante sai do rolamento e se reparte ao longo do percurso. Devido a este fato, o perodo de relubrificao se reduz em funo do comprimento do percurso. Quando o anel externo gira, deve-se contar igualmente com uma reduo do perodo de relubrificao em funo da rotao. Em rolamentos tipo rolos de apoio e comando, esta reduo do perodo de relubrificao est considerada no fator KL. Em rolos de apoio e comando considerado que estes foram ajustados corretamente, e portanto que funcionem sem erro angular. Sob as seguintes condies no admissvel a determinao do perodo de relubrificao, segundo os mtodos descritos: J quando a graxa lubrificante pode sair do rolamento, seja devido a sua construo (rolamento sem vedao) ou devido a sua posio de montagem (rolamentos radiais com eixo vertical ou muito inclinado, rolamentos axiais com eixo horizontal) J quando durante o funcionamento aspirado ar atravs do rolamento (perigo de oxidao da graxa). 27

155 036

1 0,9 0,8 0,7 KR Fator de oscilao 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0_ 30_ 60_ 90_ 120_ Amplitude de oscilao g 150_ 180_

g

155 053

Fig. 62 Fator de oscilao KR

Fig. 63 ngulo de oscilao e amplitude de oscilao g

Fatores de correo Fator de temperatura KT Quando a temperatura do rolamento ultrapassar +70 _C, deve-se levar em conta o fator de temperatura KT da Fig. 64. A reduo do perodo de relubrificao vlida para graxas de ltio a), assim como para graxas tipo gel e complexas b), base de leo mineral. Este diagrama no vlido para outras graxas lubrificantes com diferentes leos base ou saponificantes. Fator de carga KP O fator de carga KP considera a solicitao de uma graxa sob cargas maiores C0/P t20. Os fatores de reduo da tabela 63 so vlidos para uma lubrificao com graxa de sabo de ltio de boa qualidade. Tabela 63 Fator de carga KPCarga C0/P at 5 5 at 8 8 at 16 16 at 20 KP 0,15 0,2 at 0,55 0,55 at 0,8 0,8 at 1

Fator de oscilao KR Em movimentos oscilantes a solicitao da graxa superior do que com rotao constante. O fator de oscilao KR atua a partir de um ngulo menor que 180_ (amplitude de oscilao t90_, comparar figuras 62 e 63). A reduo do perodo de reengraxe tm como objetivo diminuir a tribocorroso. Fator para influncia externas KU O fator para influncias externas KU, leva em conta interferncias do meio ambiente, como umidade, choques, vibraes (causa da tribocorroso), que representam uma solicitao adicional para a graxa lubrificante. O fator de correo KU leva em considerao estas influncias (tabela 64). Influncias extremas do meio ambiente no so levadas em conta pelo fator ambiental KU. Tabela 64 Fator ambiental KUInfluncias do meio ambiente pequena mdia forte KU 1 0,8 0,5155 168

Fig. 64 Fator de temperatura KT

28

150 131

0,1

6.1.3 Vida til da graxa lubrificante Em casos em que no possvel a relubrificao, a vida til da graxa lubrificante tm importncia. A experincia mostra que o valor orientativo para a vida til da graxa lubrificante tfG, na maioria das aplicaes o dobro (fator 2) do valor orientativo do perodo de relubrificao tfR. Por motivos de segurana de servio, a vida til da graxa lubrificante no deve ultrapassar 3 anos. Presumindo-se que o rolamento ao final do perodo de vida til da graxa ainda esteja em condies de funcionamento, ele pode ser limpo e relubrificado com a mesma quantidade de graxa inicial; se para isto o rolamento precisa ser desmontado, vide captulo Montagem e desmontagem, pg. 53. 6.1.4 Manuteno A relubrificao deveria efetuar-se com os rolamentos temperatura de trabalho e em funcionamento, se possvel antes da parada da mquina. As quantidades de graxas necessrias se estabelecem em funo das condies de funcionamento, podendo ser de 20% a 80% da quantidade empregada na lubrificao original. Em caso de dvida, por exemplo, se os condutores de graxas so extensos, deve-se engraxar at que surja atravs do lbio da vedao um colar de graxa nova. Deve-se garantir a sada sem obstrues da graxa usada.

6.2 Lubrificao com leo As vantagens da lubrificao com leo residem na boa distribuio do lubrificante e consequente limpeza das superfcies de contato. Ela usada particularmente nos casos onde peas contguas dentro da mquina so providas de leo ou onde deve-se dissipar calor do rolamento. Para a lubrificao de rolamentos so adequados leos lubrificantes com aditivos, base de leos minerais ou sintticos. leos minerais aditivados podem ser utilizados para temperaturas de at cerca de, +130 _C e leos sintticos at cerca de +200 _C. 6.2.1 leos lubrificantes Determinao da viscosidade Uma pelcula lubrificante com capacidade de carga ser formada na zona das superfcies de contato entre os corpos rolantes e as pistas, se o leo lubrificante temperatura de trabalho apresentar no mnimo a viscosidade necessria 1 e alcanar a rotao correspondente. Para os leos minerais, os valores orientativos para 1 dependem do dimetro mdio do rolamento dM, da rotao n e levam em conta as condies de lubrificao no rolamento: J as concluses da teoria EHD, assim como J a experincia prtica. Procedimento a seguir:J determinar n1 pela Fig. 65 J relacionar a viscosidade requerida n1 uma das viscosi-

dades nominais ISO-VG, entre 10 e 680 (viscosidade mdia segundo DIN 51 519) J aproximar os valores intermedirios at o valor ISO-VG mais prximo, superior ou inferior (em consequncia do escalonamento dos valores). Este procedimento no vlido para os leos lubrificantes sintticos, j que entre outros seu comportamento V/P e V/T diferente. Uma propriedade importante dos leos lubrificantes a dependncia da viscosidade em funo da temperatura: a viscosidade diminui com o aumento da temperatura. Na escolha da viscosidade tambm deve-se levar em considerao a temperatura mnima de funcionamento, visto que com o aumento da viscosidade diminui o poder de fluidez dos leos lubrificantes, aumentando consequentemente as perdas de potncia.

29

Lubrificao

Compatibilidade, miscibilidade Antes de empregar os leos lubrificantes, deve-se ensaiar seu comportamento frente aos plsticos, aos elastmeros, s ligas no ferrosas e aos metais leves, sob solicitaes dinmicas temperatura de funcionamento, sempre que no se dispe de experincias ou indicaes do fabricante. Em geral, os lubrificantes base de leos minerais e de mesma classificao (por exemplo HLP), so compatveis. No entanto suas viscosidades devero diferenciar-se no mximo em uma classe (ISO-VG). Os leos sintticos, no entanto, devem ser ensaiados antes de sua utilizao, quanto miscibilidade e compatibilidade. Recomendamos consultar o fabricante do leo.

Capacidade de carga por compresso Por motivos de segurana de funcionamento, a INA recomenda usar leos lubrificantes com aditivos EP (smbolo P, segundo DIN 51 502). Estes leos devem ser empregados nos seguintes casos: J no caso da viscosidade nominal n1 ser inferior da prescrita segundo Fig. 65 J para rolamentos radiais de rolos cilndricos sob cargas axiais J rolamentos axiais de agulhas e de rolos cilndricos. Os leos de silicone s podem ser usados para cargas reduzidas (S0 u20).

1000 mm2 s1 500

Visco. [mm2 s1] 40 _C

200 100 n1 Viscosidade nominal 50

20 10 5 ISO-VG 3 10 20 50 100 200 mm 500 Dimetro mdio do rolamento dM 1 000 10151 157

20 30 40 50 60 70 80 _C 100 120 Temperatura de funcionamento

Fig. 65 Determinao da viscosidade necessria n1 30

6.2.2 Sistemas de lubrificao Na prtica os sistemas que se usam com mais frequncia, so: J lubrificao em banho de leo J lubrificao por gotejamento de leo J lubrificao por nvoa de leo e lubrificao leo-ar J lubrificao por circulao de leo. A lubrificao em banho de leo, tambm chamada lubrificao por imerso, apropriada para rolamentos radiais. Neste tipo de lubrificao a velocidade mxima admissvel deve ser determinada segundo os captulos Atrito e temperatura, pg. 20 e Limites de rotao, pg. 24. O nvel de leo deve ser determinado de tal forma que o corpo rolante mais baixo esteja submerso no leo at a sua metade. Se o nvel de leo estiver acima do recomendado em elevadas velocidades perifricas, pode-se contar com um aumento da temperatura do rolamento (perdas por espirramento ou perdas por bombeamento). Alm disso, sob estas condies o leo pode formar espuma. A quantidade de leo contida no alojamento no deve ser demasiadamente reduzida, pois seriam necessrias reposies muito frequentes. Para a lubrificao em banho de leo dos rolamentos axiais pode-se conseguir, mediante medidas construtivas, que a gaiola axial movimente o leo radialmente, provocando assim uma circulao do mesmo. Para isso necessrio que o nvel de leo cubra pelo menos parcialmente o furo da gaiola (dimetro interno). A lubrificao por gotejamento de leo aplica-se para rolamentos radiais de alta rotao, com furo de lubrificao no anel externo. A quantidade de leo necessria depende do tamanho, do tipo, da rotao e da carga no rolamento variando de 3 a 50 gotas/min. por carreira de corpos rolantes (1 gota pesa cerca de 0,025 g). Deve-se prever o escoamento do leo excedente no alojamento do rolamento. A lubrificao por nvoa de leo e lubrificao leo-ar especialmente apropriada para rolamentos de alta rotao e sob baixa carga. Os dados necessrios para o projeto da instalao devem ser consultados nas empresas fabricantes destes sistemas. Ambos os mtodos de lubrificao conduzem o leo at o rolamento mediante ar comprimido seco e limpo. O efeito refrigerante do ar comprimido pequeno. A sobrepresso protege o rolamento contra a entrada de sujeira. Antes de prever a lubrificao de rolamentos axiais por nvoa de leo ou leo-ar, indispensvel consultar previamente a INA.

A lubrificao por circulao de leo vantajosa para a dissipao do calor em rolamentos de temperatura elevada e quando h probabilidade de entrada de contaminaes, pois permite filtrar e esfriar o leo. Quanto mais limpo est o leo, maior ser a vida nominal do rolamento (recomendao: filtro x25 mm). Para assegurar o abastecimento de leo junto ao rolamento, a INA recomenda: J os furos de lubrificao do alojamento ou do eixo devem estar alinhados com o furo do rolamento J se isto no possvel, deve-se prever ranhuras circulares, bolsas ou qualquer outro sistema com seo suficientemente grande. O leo lubrificante deve poder sair do rolamento sem presso, para evitar que o seu represamento provoque um aquecimento adicional. Por isso, as sees dos furos de lubrificao de sada do leo devem ser significativamente maiores que os de entrada. Na Fig. 66 pode-se obter valores orientativos para a seco de sada em funo da quantidade de leo. Levando em conta a viscosidade, calcula-se a seo de sada como segue: A rab + K ab @ A ab

104 mm2 5 4 3 2 Seo Aab para sada de leo sem presso 103 5 4 3 2 102 5 4 3 2 10 0,1 0,2 2 5 0,5 1 Quantidade de leo V 10 20 50 100 l/min Viscosidade mm2 s1 ... 30 30... 60 60... 90 90...120 120...150 Fator de correo Kab 1 1,2...1,6 1,8...2,2 2,4...2,8 3,0...3,4

Fig. 66 Valores orientativos para as seces de sada 31

155 132

Lubrificao

Nos rolamentos axiais, o fluxo de leo dever ser dirigido sempre de dentro para fora. A quantidade de leo necessria para a dissipao do calor depende das condies de refrigerao. Se a totalidade do calor de atrito resultante no rolamento deve ser dissipada atravs do leo lubrificante, pode-se calcular a quantidade de leo necessria para a refrigerao, partindo-se do gradiente trmico da seguinte forma: VL + 0, 035 @ N R D s (63)V

10 l/min 5 2 1 0,5 0,2 0,1 0,05 0,02 0,01 5 10 20 50 100 200 500 2000 W 1000 5000 Potncia de atrito NR Sem considerar a conduo de calor, 1 irradiao ou convexo 2 Valores experimentais com refrigerao normal Valores experimentais com condies de refrigerao muito boas155 041

2 1 3 3

V l/min Quantidade de leo necessria para refrigerao NR W Potncia de atrito (ver captulo Atrito e temperatura, pg. 20) Ds K Diferena das temperaturas do leo de sada e de entrada. Valores orientativos para Ds em: Rolamentos radiais: 15 K a 30 K Rolamentos axiais: 5 K a 15 K.

Quantidade de leo

1

2

Uma parte do calor de atrito eliminada normalmente atravs das contra-peas. Neste caso a quantidade de leo refrigerante necessria ser menor. Na Fig. 67 pode-se obter valores orientativos da quantidade de leo necessria para lubrificao e refrigerao. So vlidos para uma diferena de temperatura de Ds = 10 K para os 3 casos seguintes:

Fig. 67 Valores orientativos para a quantidade de leo necessria para lubrificao e refrigerao 6.2.3 Troca de leo Durante o amaciamento comum o leo sujar demasiadamente. Nestes casos o leo deve ser trocado aps o amaciamento. Se a temperatura do leo permanecer abaixo dos +50 _C e a contaminao por sujeira for pequena, em geral uma troca de leo por ano suficiente. Em condies menos adequadas necessrio trocar o leo com maior frequncia, isto vale por exemplo para: J temperaturas elevadas J quantidades de leo reduzidas J elevadas velocidades de circulao de leo. Em todo caso, a INA recomenda entrar em contato com o fabricante de leo, sobre os perodos de troca de leo.

32

7 Tolerncias de medida, forma e posio

As tolerncias dos rolamentos contidos neste catlogo, com exceo dos rolamentos especiais, identificados com o prefixo F-..., esto em conformidade com a norma DIN 620, parte 2 e 3. Em casos normais, a preciso dos rolamentos INA corresponde classe de tolerncia PN (antigo PO). Para rolamentos com maior preciso, as tolerncias so reduzidas para os valores das classes P6 e P5 (para rolamentos axiais de rolos cilndricos tambm P4). Visto que, entre os usurios de rolamentos, so utilizados os smbolos para tolerncias de forma e posio conforme a DIN ISO 1101, na tabela ao lado esto listadas as equivalncias com os smbolos conforme a norma de rolamentos DIN ISO 1132/DIN 620. Para o controle dos rolamentos INA valem os mtodos de medio conforme norma DIN 620, parte 1. 7.1 Distncias de canto As distncias de canto indicadas na tabela 71, correspondem a norma DIN 620, parte 6 e ISO 582-1979 revisada, no indicando mais a medida nominal, e sim a medida mnima da distncia de canto. A nova norma elaborada internacionalmente, estabelece distncias mnimas (para cantos) do que as at ento estabelecidas, segundo DIN 620. Para o usurio no haver nenhum inconveniente com estas mudanas, contanto que se tenha previsto as contra-peas conforme DIN 5 418. Com a nova norma foi aumentada, em alguns casos, a superfcie de apoio axial (condicionada pela reduo dos valores radiais), e favorece o ajuste alojamento/ dimetro externo (devido ao aumento dos valores axiais), facilita-se assim o processo de montagem. Nos rolamentos axiais de esferas, as tolerncias das distncias de canto em direo axial so iguais s das em direo radial.

Letras e smbolos de tolernciasDIN ISO 1132 / DIN 620 d Ddmp Vdp Vdmp D DDmp VDp VDmp DBs VBs DCs VCs Kia Kea Sd SD Dimetro interno nominal Desvio do dimetro interno mdio em um plano Variao do dimetro interno em um plano radial Variao do dimetro interno mdio do furo Dimetro externo nominal Desvio do dimetro externo mdio em um plano Variao do dimetro externo em um plano radial Variao do dimetro externo mdio Desvio de uma largura nica do anel interno Variao da largura do anel interno Desvio de uma largura nica do anel externo Variao da largura do anel externo Salto radial do anel interno, montado no rolamento Salto radial do anel externo, montado no rolamento Salto radial da face frontal, com relao ao furo Variaco da inclinao da superfcie cilndrica, com relao a face lateral de referncia Altura nominal de um rolamento axial de atuao unilateral Variao da espessura do disco de eixo Variao da espessura do disco de alojamento DIN ISO 1101 Circularidade f1) Paralelismo Circularidade f1) Paralelismo Paralelismo Paralelismo Salto radial Salto radial Salto radial Salto radial

T Si Se

1)

A circularidade conforme DIN ISO 1101 corresponde metade do valor da tolerncia da variao dos dimetros nicos Vdp ou VDp conforme DIN 620.

Fig. 71 Distncias de canto 33

Tolerncias de medida, forma e posio

Tabela 71 Tolerncias das distncias de cantoDistncia nominal do d canto rmn. 0,2 0,3 0,6 1 1,1 1,5 2 2,1 2,5 3 Dimetro interno do rolamento d mais de at 40 40 50 120 120 80 100 120 120 80 220 280 100 280 280 50 40 40 Tolerncias das distncias Radial mn. 0,2 0,3 0,3 0,6 0,6 1 1 1,1 1,1 1,5 1,5 2 2 2,1 2,5 2,5 3 mx. 0,5 0,6 0,8 1 1,3 1,5 1,9 2 2,5 2,3 3 3 3,5 4 3,8 4,5 5 Axial mn. 0,2 0,3 0,3 0,6 0,6 1 1 1,1 1,1 1,5 1,5 2 2 2,1 2,5 2,5 3 mx. 0,8 1 1 2 2 3 3 3,5 4 4 5 4,5 5 6,5 6 6 8

7.2 Tolerncias normais para rolamentos de esferas de fixao rpida Tabela 72 Tolerncias normais para rolamentos de esferas de fixao rpidaAnel interno Medida nominal d mm mais de 12 18 24 30 40 50 60 901)

Anel externo Dimetro interno1) mm Medida nominal D mm mais de 30 50 80 120 150 180 at 50 80 120 150 180 250 Dimetro externo2) mm mn. 0 0 0 0 0 0 mx. 11 13 15 18 25 30

at 18 24 30 40 50 60 90 120

mn. 0 0 0 0 0 0 0 0

mx. +18 +18 +18 +18 +18 +18 +25 +30

Corresponde mdia aritmtica do dimetro menor e maior conferido com um medidor de dois pontos. 2) Em rolamentos vedados o valor mn. e mx. do dimetro externo pode apresentar desvio em torno de 0,03 mm.

34

7.3 Tolerncias para rolamentos radiais 7.3.1 Classe de tolerncia PN (tolerncia normal)

Tabela 73 Anel interno (tolerncias em mm)

d mm mais de 0,61) 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 at 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 1 600 2 000

Ddmp Limites sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 8 8 8 10 12 15 20 25 30 35 40 45 50 75 100 125 160 200

Vdp Srie de dimetros 8, 9 0 2, 3 mx. 10 10 10 13 15 19 25 31 38 44 50 56 63 8 8 8 10 12 19 25 31 38 44 50 56 63 6 6 6 8 9 11 15 19 23 26 30 34 38

Vdmp

Kia

DBs Limites

VBs

mx. mx. sup. 6 10 0 6 10 0 6 10 0 8 13 0 9 15 0 11 20 0 15 25 0 19 30 0 23 40 0 26 50 0 30 60 0 34 65 0 38 70 0 80 0 90 0 100 0 120 0 140 0

inf.

mx. 40 12 120 15 120 20 120 20 120 20 150 25 200 25 250 30 300 30 350 35 400 40 450 50 500 60 750 70 1 000 80 1 250 100 1 600 120 2 000 140

1)

Este dimetro est incluido.

1 600

Tabela 74 Anel externo ( mm) (tolerncias em m )

D mm mais de 2,51) 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 1 600 2 000

DDmp Limites sup. inf. 0 8 0 8 0 9 0 11 0 13 0 15 0 18 0 25 0 30 0 35 0 40 0 45 0 50 0 75 0 100 0 125 0 160 0 200 0 250

VDp VDmp2) Kea Srie de dimetros 8, 9 mx. 10 10 12 14 16 19 23 31 38 44 50 56 63 94 125 0 8 8 9 11 13 19 23 31 38 44 50 56 63 94 125 2, 3 6 6 7 8 10 11 14 19 23 26 30 34 38 55 75 mx. 6 6 7 8 10 11 14 19 23 26 30 34 38 55 75 mx. 15 15 15 20 25 35 40 45 50 60 70 80 100 120 140 160 190 220 250

DCs

VCs

at 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 1 600 2 000 2 500

Idnticos a DBs e VBs para o anel iinterno d mesmo do (vide tabela 7 3) 73).

1) 2)

Este dimetro est iincluido. cluido. Vlido antes da montagem do rolamento e a tes mo tagem rolame to aps retirados os anis elsticos internos p e/ou externos.

35

Tolerncias de medida, forma e posio

7.3.2 Classe de tolerncia P6 Tabela 75 Anel interno (tolerncias em mm)d mm mais de 0,61) 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 5001)

Ddmp Limites at 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 7 7 7 8 10 12 15 18 22 25 30 35 40

Vdp Srie de dimetros 8, 9 mx. 9 9 9 10 13 15 19 23 28 31 38 44 50 7 7 7 8 10 15 19 23 28 31 38 44 50 5 5 5 6 8 9 11 14 17 19 23 26 30 0 2, 3

Vdmp

Kia

DBs Limites

VBs

mx. 5 5 5 6 8 9 11 14 17 19 23 26 30

mx. 5 6 7 8 10 10 13 18 20 25 30 35 40

sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

inf. 40 120 120 120 120 150 200 250 300 350 400 450 500

mx. 12 15 20 20 20 25 25 30 30 35 40 45 50

Este dimetro est incluido.

Tabela 76 Anel externo (tolerncias em mm)D mm mais de 2,51) 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 630 8001) 2)

DDmp Limites at 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 630 800 1 000 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 7 7 8 9 11 13 15 18 20 25 28 33 38 45 60

VDp Srie de dimetros 8, 9 mx. 9 9 10 11 14 16 19 23 25 31 35 41 48 56 75 7 7 8 9 11 16 19 23 25 31 35 41 48 56 75 5 5 6 7 8 10 11 14 15 19 21 25 29 34 45 0 2, 3

VDmp2)

Kea

DCs

VCs

mx. 5 5 6 7 8 10 11 14 15 19 21 25 29 34 45

mx. 8 8 9 10 13 18 20 23 25 30 35 40 50 60 75 Idnticos a Bs e VBs para o anel interno do mesmo (vide ( ide tabela 7 5) 75)

Este dimetro est incluido. Vlido antes da montagem do rolamento e aps retirados os anis elsticos internos e/ou externos.

36

7.3.3 Classe de tolerncia P5 Tabela 77 Anel interno (tolerncias em mm)d mm mais de 0,61) 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 3151)

Ddmp Limites at 2,5 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 5 5 5 6 8 9 10 13 15 18 23

Vdp Srie de dimetros 8, 9 mx. 5 5 5 6 8 9 10 13 15 18 23 4 4 4 5 6 7 8 10 12 14 18 0, 2, 3

Vdmp

Kia

Sd

DBs Limites

VBs

mx. 3 3 3 3 4 5 5 7 8 9 12

mx. 4 4 4 4 5 5 6 8 10 13 15

mx. 7 7 7 8 8 8 9 10 11 13 15

sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

inf. 40 40 80 120 120 150 200 250 300 350 400

mx. 5 5 5 5 5 6 7 8 10 13 15

Este dimetro est incluido.

Tabela 78 Anel externo (tolerncias em mm)D mm mais de 2,51) 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 6301) 2)

DDmp Limites at 6 18 30 50 80 120 150 180 250 315 400 500 630 800 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 5 5 6 7 9 10 11 13 15 18 20 23 28 35

VDp Srie de dimetros 8, 9 mx. 5 5 6 7 9 10 11 13 15 18 20 23 28 35 4 4 5 5 7 8 8 10 11 14 15 17 21 26 0, 2, 3

VDmp2)

Kea

SD

DCs

VCs

mx. 3 3 3 4 5 5 6 7 8 9 10 12 14 18

mx. 5 5 6 7 8 10 11 13 15 18 20 23 25 30

mx. 8 8 8 8 8 9 10 10 11 13 13 15 18 20 Idnticos a DBs e para o anel interno do d mesmo rolamento l t (vide tabela 77) 5 5 5 5 6 8 8 8 10 11 13 15 18 20

Este dimetro est incluido. Vlido antes da montagem do rolamento e aps retirados os anis elsticos internos e/ou externos.

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Tolerncias de medida, forma e posio

7.4 Tolerncias para rolamentos axiais Tabela 79 Tolerncias do dimetro interno para discos de eixo (tolerncia em mm)d Classe de tolerncia PN (Tolerncia normal), P6 e P5 Ddmp p Limites at 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 8 10 12 15 20 25 30 35 40 45 50 75 100 125 Vdp p mx. 6 8 9 11 15 19 23 26 30 34 38 Classe de tolerncia P4 Ddmp p Limites sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 7 8 10 12 15 18 22 25 30 35 40 50 Vdp p mx. 5 6 8 9 11 14 17 19 23 26 30

mm mais de 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000

Tabela 710 Tolerncias do dimetro externo para discos de alojamento (tolerncias em mm)D Classe de tolerncia PN (Tolerncia normal), P6 e P5 DDmp p Limites at 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 1 600 sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 11 13 16 19 22 25 30 35 40 45 50 75 100 125 160 VDp p mx. 8 10 12 14 17 19 23 26 30 34 38 55 75 Classe de tolerncia P4 DDmp p Limites sup. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 inf. 7 8 9 11 13 15 20 25 28 33 38 45 VDp p mx. 5 6 7 8 10 11 15 19 21 25 29 34

mm mais de 10 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250

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Tabela 711 Variao da espessura para discos de eixo e de alojamento (tolerncias em mm)d Si Classe de tolerncia PN (Tolerncia normal) at 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 mx. 10 10 10 10 15 15 20 25 30 30 35 40 45 50 P6 P5 P4 Se Classe de tolerncia PN (Tolerncia normal) P6, P5, P4

Tabela 712 Tolerncias da altura do rolamento (tolerncias em mm)d mm mais de 30 50 80 120 at 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000 1 250 T Limites sup. +20 +20 +20 +25 +25 +30 +40 +40 +50 +60 +70 +80 +100 inf. 250 250 300 300 400 400 400 500 500 600 750 1 000 1 400

mm mais de 18 30 50 80 120 180 250 315 400 500 630 800 1 000

mx. mx. mx. 5 5 6 7 8 9 10 13 15 18 21 25 30 35 3 3 3 4 4 5 5 7 7 9 11 13 15 18 2 2 2 3 3 4 4 5 5 6 7 8 Idntica a Si para o disco do eixo do mesmo rolame to rolamento

180 250 315 400 500 630 800 1 000

39

8 Folga radial e folga de funcionamento

Grupo C2 CN1) C3 C41)

Significado Folga radia menor que CN Folga radial normal Folga radial maior que CN Folga radial maior que C3

Era C0.

Tabela 81 Grupos de folga radial

O perfeito funcionamento de um rolamento depende em grande parte da correta folga de funcionamento. A folga de funcionamento obtida a partir da folga radial existente na pea no-montada e de sua alterao devido s influncias do ajuste e da temperatura. 8.1 Folga radial A folga radial do rolamento a medida do deslocamento de um anel interno em relao ao anel externo, em um rolamento no-montado e sem carga, em direo radial, de uma posio-limite posio oposta. A folga radial se divide em quatro grupos (vide tabela 81). Os rolamentos INA com folga radial normal, tem uma folga correta para condies de funcionamento normais, sempre que so respeitados os valores recomendados para eixo e alojamento. As folgas radiais C3 e C4 entram em considerao principalmente para rolamentos maiores e com cargas elevadas, mas tambm em caso de ajustes dos anis com prensa ou grandes diferenas de temperatura entre os anis interno ou externo (vide pargrafo 8.3.1 e 8.3.2). Rolamentos com folga C2 somente devero ser utilizados em casos excepcionais, p. ex. em fortes cargas alternadas combinadas com movimentos oscilantes ou rotaes reduzidas. Neste caso recomenda-se uma cuidadosa observao do rolamento durante o funcionamento, pois pode-se contar com um forte aquecimento. Os valores de folga radial C2, CN, C3 e C4 esto nas tabelas 82 e 83. A folga radial desejada se indica mediante um sufixo, exceto a CN. 8.2 Crculo inscrito (Rolamentos de agulhas e de rolos sem anel interno) Para rolamentos de agulhas e de rolos sem anel interno, no lugar da folga radial se indica a medida do crculo inscrito. Por crculo inscrito se entende o crculo interno tangente aos corpos rolantes, estando estes apoiados sem folga na pista externa. Para estes rolamentos, o dimetro do crculo inscrito do rolamento no montado, se encontra dentro do campo de tolerncia F6, (fora os rolamentos especiais).

Tabela 82 Folga radial de rolamentos de agulhas e de rolosDimetro nominal do furo d mm acima de at 24 30 40 50 65 80 100 120 140 160 180 200 225 250 280 315 355 400 450 24 30 40 50 65 80 100 120 140 160 180 200 225 250 280 315 355 400 450 500 Folga radial C2 m 0 0 5 5 10 10 15 15 15 20 25 35 45 45 55 55 65 100 110 110 25 25 30 35 40 45 50 55 60 70 75 90 105 110 125 130 145 190 210 220 CN m 20 20 25 30 40 40 50 50 60 70 75 90 105 110 125 130 145 190 210 220 45 45 50 60 70 75 85 90 105 120 125 145 165 175 195 205 225 280 310 330 C3 m mx. mn. 35 35 45 50 60 65 75 85 100 115 120 140 160 170 190 200 225 280 310 330 60 60 70 80 90 100 110 125 145 165 170 195 220 235 260 275 305 370 410 440 C4 m mx. mn. 50 50 60 70 80 90 105 125 145 165 170 195 220 235 260 275 305 370 410 440 mx. 75 75 85 100 110 125 140 165 190 215 220 250 280 300 330 350 385 460 510 550

mn. mx. mn.

Tabela 83 Folga radial de rolamentos de esferas de uma ou duas carreirasFuro d mm mais de 2,5 10 18 24 30 40 50 65 80 100 120 140 at 10 18 24 30 40 50 65 80 100 120 140 160 Folga radial C2 m mn. 0 0 0 1 1 1 1 1 1 2 2 2 7 9 10 11 11 11 15 15 18 20 23 23 CN m mx. mn. 2 3 5 5 6 6 8 10 12 15 18 18 13 18 20 20 20 23 28 30 36 41 48 53 C3 m mx. mn. 8 11 13 13 15 18 23 25 30 36 41 46 23 25 28 28 33 36 43 51 58 66 81 91 C4 m mx. mn. 14 18 20 23 28 30 38 46 53 61 71 81 mx. 29 33 36 41 46 51 61 71 84 97 114 130

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8.3 Folga de funcionamento Entende-se por folga de funcionamento a medida do deslocamento radial que o eixo pode realizar em relao ao anel externo de um rolamento montado de uma posio limite posio oposta. A folga de funcionamento resulta da folga radial e suas alteraes (em m) provocadas pela interferncia de ajuste e pela influncia da temperatura. DS + DS p ) DS T (81)

Expanso do anel interno empregando-se um eixo macio: Dd [ 0,9 @ U @ d F [ 0,8 @ U Contrao do anel externo: DD [ 0,8 @ U @ E D [ 0,7 @ U (84) (83)

A parcela Sp relativa ao ajuste conforme a equao (82), a parcela relativa temperatura conforme a equao (85). Na utilizao desta ltima deve-se observar que ST seja introduzido com o sinal correto. Folga de funcionamento normal Nos rolamentos de agulhas INA sem anel interno se obtm a folga normal de funcionamento, quando so utilizadas tolerncias de eixo da tabela 91. A folga normal de funcionamento alcanada com a folga radial CN e nos rolamentos maiores e com cargas elevadas com C3, quando so utilizados as tolerncias para alojamento e para eixo recomendadas nas tabelas 92 e 93. Folga de funcionamento superior Folga de funcionamento superior recomendada para rolamentos com apoios desalinhados, flexes do eixo e quando h dissipao de calor atravs do eixo. Folga de funcionamento inferior Folga de funcionamento inferior deveria ser utilizada somente em casos, especiais. p. ex. rolamentos para mquinas operatrizes e mquinas de medio ou para cargas alternadas. 8.3.1 Influncias dos ajustes sobre a folga de funcionamento A reduo da folga radial Sp (em m) do rolamento montado resulta da expanso do anel interno d e da contrao do anel externo D, sendo: DS p + Dd ) DD (82)

Em alojamentos de paredes muito finas ou em alojamentos de metal leve, a interferncia efetiva no pode ser determinada com segurana atravs de clculos. Nestes casos, recomenda-se determinar a reduo da folga radial atravs de ensaios de montagem com prensa. 8.3.2 Influncia da temperatura sobre a folga de funcionamento Uma diferena maior de temperatura entre os anis internos e externos de um rolamento origina uma sensvel alterao na folga de funcionamento. Consequentemente fica prejudicado, em alguns casos, o bom funcionamento do rolamento. Com um coeficiente de dilatao linear para o ao de = 0,000011 K1 e uma diferena de temperatura entre os anis interno e externo, a variao da folga radial ST (em m) : S T + 0,011 @ d M @ D (85)

A diferena de temperatura entre os anis interno e externo pode levar a uma reduo ou a um aumento na folga de funcionamento. Portanto deve ser introduzido na equao (85) com o sinal correto. positivo quando a temperatura do anel interno maior que a do anel externo; negativo quando a temperatura do anel externo maior que a do anel interno. 8.4 Rolamentos de esferas de fixao rpida Tem folga radial padro de C3. Com isto estes rolamentos tem uma folga radial maior do que rolamentos de esferas similares. 8.4.1 Vedao dos rolamentos de esferas de fixao rpida A segurana de funcionamento e a vida til de cada rolamento dependem substancialmente da eficcia da vedao, tanto contra a entrada de corpos estranhos e umidade, como tambm contra a perda do lubrificante do rolamento. A escolha do tipo de vedao adequada tem que ser feita segundo as condies especficas de cada aplicao. Seguem exemplos dos tipos mais comuns de vedaes em rolamentos de fixao rpida.

Demonstrouse na prtica que para se determinar a interferncia terica U (em m) ou se considera os limites mdios das tolerncias das contra-peas, ou se considera os limites de 1/3 a partir do limite mximo do eixo e 1/3 a partir do limite mnimo do furo. Do resultado acima deve-se subtrair ainda a parcela, devido ao alisamento das superfcies de ajuste, na montagem. As modificaes das medidas podero ser obtidas com as equaes (83) e (84).

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Folga radial e folga de funcionamento

Vedao tipo P zincada Com esta verso de tres partes, com a capa externa bem abaixada se obtm uma tima ao vedadora com largura reduzida.

Vedao tipo tripla P3 zincada Devido a pr-carga radial nas tres membranas vedadoras, se alcana melhor efeito vedador para aplicaes realmente crticas.

Fig. 2 Vedao tipo R zincada Devido a pr-carga radial da membrana vedadora se obtm um efeito vedador ainda melhor. Alm disto existem reservas maiores de graxa.

Fig. 4 8.4.2 Momentos de aprto Momentos de aprto para parafusos em rolamentos de esferas de fixao rpida: Tabela 84SW Momento de aprto mximo para rolamentos de esferas de fixao rpida Com anel de fixao mm 2,5 3,0 4,0 5,0 6,0 Nm 4,2 7,4 18,0 34,0 60,0 Sem anel de fixao Nm 4,2 7,4 18,0 34,0 60,0

Fig. 3

42

9 Configurao das pistas de rolamento

Tmpera por chama ou por induo Cementao Dureza necessria

Fig. 91 Profundidade de tmpera Eht resp. Rht

9.1 Configurao das pistas So utilizados rolamentos INA sem anis com o objetivo de se conseguir construes bastante compactas e que tenham a mxima rigidez e capacidade de carga. Este o caso, por exemplo, das gaiolas de agulhas, buchas de agulhas, rolamentos de agulhas sem anel interno e das buchas de agulhas tipo catraca. Para a construo das pistas, deve-se levar em considerao os seguintes pontos. (Para rolamentos axiais observar complementao na pg. 85). 9.1.1 Materiais O material para as pistas dos rolamentos deve ser escolhido de forma que permita alcanar a profundidade de tmpera necessria, com uma dureza superficial de 670 +170 HV. Pode-se empregar materiais com um grau de pureza correspondente ao dos aos finos de construo, por exemplo: Aos para tmpera total Segundo DIN 17 230, por exemplo 100 Cr6. Nestes aos para rolamentos tambm possvel, em casos especiais, efetuar-se uma tmpera superficial. Aos para cementao Segundo DIN 17 230, por exemplo 17MnCr5 ou DIN 17 210, por exemplo 16MnCr5. Ao efetuar a escolha deve-se levar em conta, alm da temperabilidade, tambm a resistncia do ncleo. Para a cementao preciso uma estrutura de tmpera de gro fino e uma espessura da camada de cementao conforme equao (91). Aos para tmpera por chama ou por induo Segundo DIN 17 230, por exemplo Cf54 ou DIN 17 212, por exemplo Cf53. Na tmpera por chama ou por induo, se endurecem somente as zonas da pea que iro servir de pista de rolamento. Tambm neste caso, a temperabilidade uma premissa essencial para a seleo do material. O material a ser temperado j dever estar beneficiado.

9.1.2 Profundidade de tmpera As pistas temperadas por cementao, chama ou induo, devem apresentar alm de uma dureza superficial de 670 +170 HV, tambm uma profundidade de camada Ht suficiente; (no caso de cementao: profundidade de cementao Eht; na tmpera por chama ou induo: profundidade de tmpera Rht). Como profundidade de tmpera, segundo DIN 50 190, considera-se a espessura da camada superficial, na qual ainda se encontra uma dureza de 550 HV. Na Fig. 91 esto esquematizados os grficos das durezas, onde a curva de dureza necessria em Vickers foi convertida a partir da comparao do diagrama de tenses do material. A profundidade mnima necessria da camada temperada, depende essencialmente do dimetro dos corpos rolantes, da solicitao do material, da resistncia no ncleo e do processo de tmpera. Para pistas que esto solicitadas at sua capacidade de carga esttica C0 (presso de Hertz pH = 4 000 N/mm2), as profundidades de tmpera podem ser determinadas mediante as seguintes equaes: Cementao: Eht y0,078 @ D w Tmpera por chama ou por induo: Rht y140 @ D w R p0,2Eht mm Profundidade de cementao Rht mm Profundidade da camada temperada Dw mm Dimetro dos corpos rolantes Rp0,2 N/mm2 Limite de elasticidade.

(91)

(92)

Depois da retfica final, a profundidade de tmpera deve ser no mnimo 0,3 mm. Para cargas menores que P = C0 podem-se admitir profundidades de tmpera menores que as obtidas pelas equaes (91) e (92).

43

160 020

Configurao das pistas de rolamento

9.1.3 Execuo A qualidade superficial das pistas deve ser escolhida de acordo com as condies de funcionamento do rolamento. Para aproveitar completamente a capacidade de carga do rolamento, as pistas devem ter uma rugosidade de Rz1 (Ra0,2). Se as exigncias no so muito elevadas, pode-se admitir uma rugosidade de at Rz4 (Ra0,8). Para obter um funcionamento suave e para eliminar rudos, as pistas deveriam ser retificadas sem ondulaes e, se possvel, lapidadas. As tolerncias das medidas das pistas para gaiola de agulhas, buchas de agulhas e buchas de agulhas com fundo, esto indicadas na descrio de produtos para rolamentos de agulhas sem anel interno na tabela 91. A tolerncia da circularidade pode ser no mximo 25% da tolerncia do dimetro. A tolerncia do paralelismo pode ser no mximo 50% da tolerncia do dimetro. Tabela 91 Orientaes para escolha de tolerncias de eixo para rolamentos de agulhas sem anel interno1)Crculo inscrito de agulhas (tolerncia F6) Fw mm mais de 65 80 160 180 200 250 3151)

9.2 Influncia da temperatura e estabilizao da medida Os rolamentos INA podem ser empregados em temperaturas de funcionamento contnuo de at +120 _C, sem prejudicar sua capacidade funcional, na corre