impulsionar a greve geral para reagir ao golpe

1
1 Nota oficial IMPULSIONAR A GREVE GERAL PARA REAGIR AO GOLPE Depois do espetáculo de horrores da direita golpis- ta na votação da autorização para abertura do pro- cesso de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados do dia 17 de abril, a direita deu sequência ao processo golpista no Senado Federal. Em meio a esta ofensiva da direita, o movimento con- tra o golpe realizou importantes manifestações no dia de luta dos trabalhadores, o 1º de maio, que expressaram além da disposição de luta da organizações mais im- portantes dos explorados do País, destacandose a defesa por parte da direção da maior organização operária do País, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), da reali- zação da realização de uma greve geral contra o golpe. A convocação de um dia nacional de luta e de paralisa- ções no próximo dia 10 de Maio, constitui nesse sentido um importante passo ao qual outros devem ser somados na direção de uma greve geral, para o que é necessário intensificar a luta política e a campanha contra o golpe e a politica antioperária da direita golpista junto aos ex- plorados, nos seus locais de trabalho, moradia e estudo, principalmente, entre a sua vanguarda, a classe operária dos grandes centros, capaz de enfrentar e derrotar os po- derosos monopólios e suas organizações golpistas como imprensa golpista, a ditadura da Justiça, as organizações patronais golpistas (como a FIESP, FIRJAM FIEMG, CNI etc.), o corrupto e reacionário Congresso Nacional etc. A unidade das organizações de luta dos trabalhadores do campo e da cidade e da juventude e da esquerda an- tigolpista, em torno da manutenção e aprofundamento de uma política de luta contra o golpe, são neste mo- mento uma arma decisiva para rearticular as forças e su- perar as inúmeras manobras feitas pela direita que busca legitimar o golpe de Estado. Nesta etapa intermediária, em que o movimento se depara com o fracasso, inevitável como foi apontado pelo nosso partido da política de buscar deter o golpe por meio de um acordo com setores da direita como o PMDB que sob a liderança dos golpistas Temmer e Cunha se curvaram totalmente aos interesses do impe- rialismo é preciso evitar todo tpo de confusão. De modo algum aceitar a derrota como sendo definitiva e não se confundir com propostas como a da realização de novas eleições defendida até mesmo por setores golpistas no Brasil e no exterior. Aceitar esta posição seria aceitar a derrubada do governo, o pisoteamento da vontade da maioria nacional expressa nas eleições realizadas em 2014 e aceitar que o governo, o Judiciário e o Congresso golpistas organizem um novo pleito nas condições favo- ráveis para a direita reacionária. Contra esta perspectiva derrotista, é preciso partir pa- ra os métodos de luta tradicionais dos movimentos de luta da população, como bloqueios de estradas, ocupa- ções e, principalmente, a greve. O PCO se manifesta em apoio à paralisação convoca- da pela CUT e outras centrais, no sentido de que mesma seja uma preparação para uma verdadeira greve geral, política, contra o golpe. Como em outros momentos de nossa história, é preci- so passar por cima do regime patronal e das instituições golpistas para impor a vontade da maioria nacional e derrotar o golpe de Estado. Direção Nacional do PCO São Paulo, 4 de maio 2016 nº 3/16

Upload: partido-da-causa-operaria

Post on 30-Jul-2016

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

1

Nota oficial

ImpulsIonar a greve geral para reagIr ao golpe

Depois do espetáculo de horrores da direita golpis-ta na votação da autorização para abertura do pro-cesso de impeachment da presidenta da República, Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados do dia 17 de abril, a direita deu sequência ao processo golpista no Senado Federal.

Em meio a esta ofensiva da direita, o movimento con-tra o golpe realizou importantes manifestações no dia de luta dos trabalhadores, o 1º de maio, que expressaram além da disposição de luta da organizações mais im-portantes dos explorados do País, destacandose a defesa por parte da direção da maior organização operária do País, a CUT (Central Única dos Trabalhadores), da reali-zação da realização de uma greve geral contra o golpe.

A convocação de um dia nacional de luta e de paralisa-ções no próximo dia 10 de Maio, constitui nesse sentido um importante passo ao qual outros devem ser somados na direção de uma greve geral, para o que é necessário intensificar a luta política e a campanha contra o golpe e a politica antioperária da direita golpista junto aos ex-plorados, nos seus locais de trabalho, moradia e estudo, principalmente, entre a sua vanguarda, a classe operária dos grandes centros, capaz de enfrentar e derrotar os po-derosos monopólios e suas organizações golpistas como imprensa golpista, a ditadura da Justiça, as organizações patronais golpistas (como a FIESP, FIRJAM FIEMG, CNI etc.), o corrupto e reacionário Congresso Nacional etc.

A unidade das organizações de luta dos trabalhadores do campo e da cidade e da juventude e da esquerda an-tigolpista, em torno da manutenção e aprofundamento de uma política de luta contra o golpe, são neste mo-

mento uma arma decisiva para rearticular as forças e su-perar as inúmeras manobras feitas pela direita que busca legitimar o golpe de Estado.

Nesta etapa intermediária, em que o movimento se depara com o fracasso, inevitável como foi apontado pelo nosso partido da política de buscar deter o golpe por meio de um acordo com setores da direita como o PMDB que sob a liderança dos golpistas Temmer e Cunha se curvaram totalmente aos interesses do impe-rialismo é preciso evitar todo tpo de confusão. De modo algum aceitar a derrota como sendo definitiva e não se confundir com propostas como a da realização de novas eleições defendida até mesmo por setores golpistas no Brasil e no exterior. Aceitar esta posição seria aceitar a derrubada do governo, o pisoteamento da vontade da maioria nacional expressa nas eleições realizadas em 2014 e aceitar que o governo, o Judiciário e o Congresso golpistas organizem um novo pleito nas condições favo-ráveis para a direita reacionária.

Contra esta perspectiva derrotista, é preciso partir pa-ra os métodos de luta tradicionais dos movimentos de luta da população, como bloqueios de estradas, ocupa-ções e, principalmente, a greve.

O PCO se manifesta em apoio à paralisação convoca-da pela CUT e outras centrais, no sentido de que mesma seja uma preparação para uma verdadeira greve geral, política, contra o golpe.

Como em outros momentos de nossa história, é preci-so passar por cima do regime patronal e das instituições golpistas para impor a vontade da maioria nacional e derrotar o golpe de Estado.

Direção Nacional do PCO São Paulo, 4 de maio 2016

nº 3/16