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13. (M) DIÁRIO DA ASSEMBLÉA GEMAL.* CONSTITUINTE, E LEGISL*dTlF*A DO IMPÉRIO DO BRASIL. 18 23. SESSÃO DE 82 DE MAIO. Presidência do Sr. Bispo Capellão Mór. JXEunido» o. Sr». Deputados pelas 10 horas da manbia, fes-ae a chamada, e acharào-re presentes 53, faltando por molcstos os Srs. Gama, Couto *'«• O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão; e lida a Acto da antecedente foi approvada. O Sr. Secretario Carneiro de Campos leo uma Representação do Deputado eleito pelas Províncias do Rio Grande de S. Pedro do Sol, e de S. Paulo, José Feliciano Fernandes Pinluiro, concebida nos ter- mos seguintes:n IU"" e Ex."0 Sr. Constando-mo que as .1 ro- Tinciat'dc S. Paulo, e de S. Pedro me honrarão com a eleição de Deputado para a Assunblca Geral Constituinte do Império do Brasil, com tuda nem d* uma nem d'outra recebi ainda o competente üi- pioro a; rogo por tanto a V. Ex.» haja de apresentar á mesma Assembléa esta minha declaração, para que jamais me seja imputavcl qualquer demora ou ommis- são na pentual -entrega do referido Documento. Deoa Guarfc a V. Ex.» Rio de Janeiro 21 de Maio de 1888. 111."° e Ex.00 Sr. José Joaquim (.amaro de Campo*. José Feliciano Fernandes Pinheiro. Re- mettido á Commissâo de Poderes. O mesmo Sr. Secretario leo o seguinte Parecer da Commissâo de Poderes : A Commissâo de Poderes examinando o Diploma do Sr. Manoel Caetano de Almeida, Deputado pela # Província de Pernambuco, o achou conforme com a Acta, e esta conforme ás Instrucções que rcgulao as eleições: he de parecer qne o mesmo Deputado poue vir tomar assento nesta Assembléa. Paço da Assembléa 81 de Maio de 1823. Estevão Ribeiro de Resende Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e bilva Manoel Jacinto Nogueira da Gama. Foi approvado. O Sr. Barão de S. Amaro: Tenho que apresen- tar uma Proposta a esta Assembléa, e como a sua matéria he mui clara c por si mesmo se recommcnda "ão perderei tempo cm preâmbulos. Leo a seguinte INDICAÇÃO. Proponho: 1.° Que se exija do Governo uma informação do estado actual em que se acha a Nação. 8." Que esta informação comprchenda todos os ramos da administração publica. ¦ 3.» Qne at" matérias que exigirem segredo vcnhiio nottdas em separado, se dosa revelação não perigar e ben da Nação. 4.» Que na mesma informação vanbio indicados et abusos que mais carecerem de reforma. Paço da Assembléa & de Maio de 1883. O Depurado Barão de Sanlo Amaro. m Depois de alguma discussão decidio-ae que se oS- ciasse ao Governo na forma da Indicação. O Sr. Ribeiro de Andrada, leo o seguinte Pare- cer da Commissâo de Colonisação e Fazenda sobre o Otilcio da Câmara de São Jorge dos Ilheos respecri. vo aos Colono, de Francfort. PARECER. A Commissâo de Colonisação, e a de Fasenda exa- minando* a Representação da Câmara da Villa de S. Jorge dos Ilheos sobre as Colônias de Alemães ali chegadas, he de parecer.— 1.° Que a Câmara assígne no terreno, que pelos ajustes lhes fora destinado, porções de terras a cada Família, em que se possão manter, practicando o bis- tema de cultura, que melhor se conformar com as tuas circunstancias. 2.° Que na falta do referido terreno «c lhe. assig- ne outro qutlquer, que esteja devoluto., 8." Que pela Fazenda Publica sejao suprido, por dous annos da necessária subsistência dando-se a cada indivíduo de ambos sexos diariamente 160 reis, ea cada Chefe de Familia 820 réis, no primeiro anno, e no segundo a metade destas quotas, visto, que ja po- denyer obtido por sua industria alguns subsídios para subsistirem. 4." Que do Tesouro se remetta a Câmara, e a Contabilidade tespecMa a quantia de 4:348^300 réis , para a sobredita assWncia nos primeiros quatro mezes , fazendo-se o pagamento ne primeiro de cada mes, e adiantado, da quantia total relativa ao mes , devendo ser ao «epois supridas pela Administração da Provin- eia respectiva, para o que se expedirão as ordena no- cessarias: porém estando ainda aquella Província, em estado de o não poder fazer , se continuará pelo Tesou- ro do mesmo modo. 5.* Que a Câmara informe a S. M. 1. pela flepar- tição da Fazenda sobre os instrumentos necessários as operações agrícolas, que aquelles Colonos hawo dêem- prehender/para lhe», serem imediatamente fornecidos, eda mesma forma, sobre as sementes, c plantas, que precizem, e julguem mais análogas, e adequadas a cul- tura do lugar._ ... 6.' Que sendo talvez alguns dos Colonos mineiros, tecclõcs, curtidores , &c. e como taes mais próprios para ..rem «ropregado» «m outras partes, a (.amara en-

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• 13. (M)

DIÁRIO DA ASSEMBLÉAGEMAL.* CONSTITUINTE, E LEGISL*dTlF*A

DO

IMPÉRIO DO BRASIL.

18 23.

SESSÃO DE 82 DE MAIO.

Presidência do Sr. Bispo Capellão Mór.

JXEunido» o. Sr». Deputados pelas 10 horas damanbia, fes-ae a chamada, e acharào-re presentes 53,faltando por molcstos os Srs. Gama, • Couto *'«•

O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão; e lidaa Acto da antecedente foi approvada.

O Sr. Secretario Carneiro de Campos leo umaRepresentação do Deputado eleito pelas Províncias doRio Grande de S. Pedro do Sol, e de S. Paulo,José Feliciano Fernandes Pinluiro, concebida nos ter-mos seguintes: n

IU"" e Ex."0 Sr. — Constando-mo que as .1 ro-Tinciat'dc S. Paulo, e de S. Pedro me honrarãocom a eleição de Deputado para a Assunblca GeralConstituinte do Império do Brasil, com tuda nemd* uma nem d'outra recebi ainda o competente üi-

pioro a; rogo por tanto a V. Ex.» haja de apresentará mesma Assembléa esta minha declaração, para quejamais me seja imputavcl qualquer demora ou ommis-são na pentual -entrega do referido Documento. —

Deoa Guarfc a V. Ex.» Rio de Janeiro 21 de Maiode 1888. — 111."° e Ex.00 Sr. José Joaquim (.amarode Campo*. — José Feliciano Fernandes Pinheiro. Re-mettido á Commissâo de Poderes.

O mesmo Sr. Secretario leo o seguinte Parecerda Commissâo de Poderes :

A Commissâo de Poderes examinando o Diplomado Sr. Manoel Caetano de Almeida, Deputado pela #Província de Pernambuco, o achou conforme com aActa, e esta conforme ás Instrucções que rcgulao aseleições: he de parecer qne o mesmo Deputado pouevir tomar assento nesta Assembléa. Paço da Assembléa81 de Maio de 1823. — Estevão Ribeiro de Resende —Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e bilva —Manoel Jacinto Nogueira da Gama. Foi approvado.

O Sr. Barão de S. Amaro: — Tenho que apresen-tar uma Proposta a esta Assembléa, e como a suamatéria he mui clara c por si mesmo se recommcnda"ão perderei tempo cm preâmbulos. Leo a seguinte

INDICAÇÃO.Proponho: 1.° Que se exija do Governo uma

informação do estado actual em que se acha a Nação.8." Que esta informação comprchenda todos os

ramos da administração publica. ¦3.» Qne at" matérias que exigirem segredo vcnhiio

nottdas em separado, se dosa revelação não perigar eben da Nação.

4.» Que na mesma informação vanbio indicados etabusos que mais carecerem de reforma.

Paço da Assembléa & de Maio de 1883. — ODepurado Barão de Sanlo Amaro.

m Depois de alguma discussão decidio-ae que se oS-ciasse ao Governo na forma da Indicação.

O Sr. Ribeiro de Andrada, leo o seguinte Pare-cer da Commissâo de Colonisação e Fazenda sobre oOtilcio da Câmara de São Jorge dos Ilheos respecri.vo aos Colono, de Francfort.

PARECER.

A Commissâo de Colonisação, e a de Fasenda exa-minando* a Representação da Câmara da Villa de S.Jorge dos Ilheos sobre as Colônias de Alemães alichegadas, he de parecer.—

1.° Que a Câmara assígne no terreno, que pelosajustes lhes fora destinado, porções de terras a cadaFamília, em que se possão manter, practicando o bis-tema de cultura, que melhor se conformar com as tuascircunstancias.

2.° Que na falta do referido terreno «c lhe. assig-ne outro qutlquer, que esteja devoluto.,

8." Que pela Fazenda Publica sejao suprido, pordous annos da necessária subsistência dando-se a cadaindivíduo de ambos o» sexos diariamente 160 reis, eacada Chefe de Familia 820 réis, no primeiro anno, eno segundo a metade destas quotas, visto, que ja po-denyer obtido por sua industria alguns subsídios parasubsistirem.

4." Que do Tesouro se remetta a Câmara, e aContabilidade tespecMa a quantia de 4:348^300 réis ,para a sobredita assWncia nos primeiros quatro mezes ,fazendo-se o pagamento ne primeiro de cada mes, eadiantado, da quantia total relativa ao mes , devendoser ao «epois supridas pela Administração da Provin-eia respectiva, para o que se expedirão as ordena no-cessarias: porém estando ainda aquella Província, emestado de o não poder fazer , se continuará pelo Tesou-ro do mesmo modo.

5.* Que a Câmara informe a S. M. 1. pela flepar-tição da Fazenda sobre os instrumentos necessários asoperações agrícolas, que aquelles Colonos hawo dêem-prehender/para lhe», serem imediatamente fornecidos,eda mesma forma, sobre as sementes, c plantas, queprecizem, e julguem mais análogas, e adequadas a cul-tura do lugar. _ ...

6.' Que sendo talvez alguns dos Colonos mineiros,tecclõcs, curtidores , &c. e como taes mais próprios para..rem «ropregado» «m outras partes, a (.amara en-

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»

vir uma lista cot. a declaraçl. da profusão de ca-da um. ...

7.* Qu* este* Estrangeiros ora «negados, e quepara o futuro vierem, nio possio gozar do socorro de

qualquer qualidade que seja, sem primeiro prestaremé juramento de obediência ás Leis do Império peran-te a Câmara i onde haverá e competente Livro paraa sua matricula com a necessária individuaçdo. — Paçoda Assembléa a 80 de Mrio de 18S3. — Manoel Ja.cinto Nogueira da Gama. —José de Resende Costa. —Martin Francisco Ribeiro de Andrada. — AntônioGonçalves Gomide. — João Gomes da Silveira Mendon-ça. — ManaaL Rodrigues da Costa. — José ArouchedeToledo Renaon. — Barão de Santo Amaro.

Depois de algum debate resdveo-se que se reme-teste outra vez este negocio ao Governo autnorisando-opara fazer a disputa apontada pela Commissão, edar,quanto ao mais, todas as providencias conducentes aoestabelecimento dos referidos Colonos, em quanto a As-sembléa não decreta um Regimento que prehcncha osfins da Colonização.

O Sr. Mona Ta:ares: — Antes que se passe áOrdem do dia peço licença, para ler nm Projecto deDecreto que julguei necessário fazer, por me lembrarque tendo o Brasil, por mui justas e legitimas rareesrenunciado para sempre a toda e qualquer união poli-rica com Portugal, ou outra qualquer Nação, que seopponha á sua Indi-pendcncia, assumindo por este actosolemue o distlnctivo titulo de Nação Soberana e ver-dadeiramente livre , nao pode Portugal deixar de serconsiderado por nós como Nação Estrangeira; e porconseqüência todos os Portuguezes, ainda mesmo osque residem entre nós, fazendo parte de outra temi-ha, ficão pelo Direito das Nações mhabilitad** para ogoro de certos predkamentos que só competem sos quepossuem o foro de Cidadão. Mas como entre os Por-tuguezes residentes no Brasil, eu sou informado que*xistem alguns que se tem mostrado adherentes á nos-ia Sagrada Causa, e até trabalhado para ella, e queexistem outros que esquecidos dos tmmensos benefíciosque lhes temos prodigalisado, arteiremenle procurão so-lapar-nos, e a final destruir-nos, seria uma injustiçanivelar uns com os outros; asfim como muito impoli-tico e repugnante o consentirmos qne os que d' ora emdiante vierem atrahidos pelo velho habito de desfrueta-tem tudo quanto possuímos, continuem a ter accessoás honras e empregos, sen. que precedão certos reqni-sitos. He por liinto o fim do Projecto distinguir os bonsdos limos* Portuguezes, e os Portuguezes ora residtn-tes no Brasil dos que par:) o futuro vierem réfsdir.Isto melhor se verá pelo seo conteúdo.

PROJECTO DE z§ÍCRETO.

A Assembléa Ceral Constituinte e Legislativa doImpério do Brasil Decreta. a

1.° Aquelles Portuguezes, que presentemente re-sidem no (Irasil com intenção õe permanecerem.é que tem dado provas não cqui rocas de iidhesão áSagrada Causa da Independência, e á Augusta Pes-soa de Sua Magestade Imperial, são declarados Ci-dadnVs Brasileiros.

2." Aquelles porém , cuja condueta for suspeita,ó Governo fica autliorisado por espaço de 3 mezes,contados do di.i du puhlicaçlo do presente Decreto,a fazer retirar imtncdiatarticmtu para o seu Paiz.

3.* Posto qiic se iranquC-e a li\re entrada a todosos Estrangeiros, e por conseqüência aos portuguezes,que dezejarem estabelecer-se ueste vasto, e rico Im-

Íerio , todavia nenhum ser.i jamais admittido a qualquer

'ligar de honra , confiança e interesse , depois dá

puldicaca* do presente Decreto cm dhnte , sem qnepreceda Carta de Naturalisaçio concelili pel. lj„.vetno, para o que haver.» o mais ri;,'o.-JH.» e-vriipulo,ro.rcando-sc desde já, cm qmrit» u it» se c..ndu.s ia Constituição, sele annos de residência mu» iiiu«r-rompidos , e posssesio da, pr-priedsd* territorial.

•t." O decreto de 11 do Janeiro do prcicutu an-no mie se julgará por esto revogado antes fica eir»pleno vigwr.

Paço d» Assembléa 10 de Maio d- 1821 Fran-cisco Monis Tavares. Fitou para seijunda leitura.

Rassou-se á onlem do «ha; e londo o Sr. Secre-terio França o Projecto de Itegulameuto pura a Ite-daeçáo do Diário, e sendo appmvadu o Preâmbuloentrou em discussão o Art. !•• tio referido Pr.»jccu».( Veja-se N." 9 tleste Diário.)

O Sr Araújo Viaina;-0/.\ respeito do artigo 1.»que v« entrar em discussão, direi siiecintamciitc,

Situes forão ss razões, q.ie moverão a Comum.u> a

ormalo desta maneira. Dons 'objectos se olferecem nvl-le á consideração da AssemlJéa — Emin-e^ados — Sa.larios delles. Quaoto ao primeiro objecto julgou a Com-missão indespcnsavel um Redactor, cujas attribuiçôcsmarcadas do 8 4." a 8.° se rednsem » twrecção dostrabalhos des Tachygraphos, c á organisaçio do Dia-rio. Julgou a Commissão igualmente indispensável onumero de nove Tachygraphos, tres maiores , e s< ismenores, a fim de os distribuir cm tres tantos «Uri-gidos cada um por seu Tachygmpho maior. _A.i-.ii

<e-ve a Commissão em vista não só a neccssH«'ie dedar tempo á dedfração, confrontação, c apuração dasNotas; mas tumbrm a falta de pessoas peritts em to-chygraphia: inda assim receio, que o espado cor.ee-dido na alternativa dos tres turnos não seja suilirien-te para noviços na arte. Alem disto pretendeu a ('um-missão habilitar maior numero de Tachyeraphos , pa-ra que possa haver na publicarão do Diário maiorceleridade. Para a creação dos dous Escriptr.rarios con-ciderou a Commissão, que devindo, segundo o syste-ma deste projecto, haver muito trabalho na escrip-turação relativa ao Diário, não podia deixar de espropor. O Servente, que á primeira vista parecerá su-pernuo, não deixará de se julgar necessário, quandose refleclir , que um Correio para correspondência doRedactor com a Imprcnra. e com a C ommissão hcindispensável. Um Admiubtrador, que receba as As-signaturas , mantenha a correspondência com as Pro-vindas, e faça a distribuição do Diário na Cidade,parecco igualmente necessário. (Quanto ao segundo oh-jecto — Salaiios — mio podia a Coinmistão ser mais

, econômica: propõe I.OOO^j para o Redactor: e quemSe exporá por menos a trabalho tão enf.tdonho? O quese estabelece para os Tachygraphos he certamente omenor , que nas circunstancias actiuirs se p.'»dc oficre-Cer; tanto assim , qce sendo lido pela primeira véz cs-te» projecto, os tachygraplios enláo pt«-M ntes , e osoutros, a quem chegou a noticia. correrão á Com-missão , queixando-vc da escassci do Salário , e pro-testando não s-rvir simiio lhes rVse arbitrado mais. Pc-ço" por tanto á Assembléa queira tomar isto cm considera-ção, e estabelecer maior quantitativo do que C'?c , quevem no projecto. Outro tniit» di-o doa demais empregados,a respeito dos qnaeB não duvido apresentar outro ar-bitrio. E quanto tenho que <xpor a cerca do primei-ro artigo.

O Sr. Andrada Machado: — Este ordena.!;, h»algum tanto superior ao que tinhão os Hedactorcs caiLisboa; mas he verdade que deve ser um homem d?letras , e de algum merecimento.

O Sr. Araújo Vianna: — Cumpre ainda observarem Lisboa erão dous Rerlorinr. *que

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í lftl)

o - n dr Corra''".*: — .fu^.i" !.'i«n.u«>'m iiaaiiin p''o tem coiivilailc

to'f.0 oleinnini.o hábil l»«ra sei ile-m'

.¦nado i"' •'"' eoiito dee n.io qu.ia. l'ur tanto -e. Ine i]U0 k'lti.1 u que i..Z, iliscl.

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i -> te-liuili in. 1-

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A-st .il'i/uue u haja nwia «'*««>• *>«>" <iu"

nmura i't" «¦'"' tonsidera...iaD .-r. And adi Milhada: — O quu eu jul^o in-

diimcnsaVl he ..c.tarai-sc que este ur*.in.id'i conv-pm-um aiiiw •'-' tr.-.uihm , para que >«; nau t..;cm'n

de aum di.eito a est* qua..- i.m..a que sirva muito

O <¦'.. Scerefsrio Fnmrn : — C.nvcr.lm qoc por.«l-cra se i-.!:ilii;i'i..i.i esses urdem..!*., «os Tioi.l -rrti.it. ,; ,o» pmmunr i-ic iiii.ii rumii ilc industria i.iiit wj» ;. .•iiin.s n. leiti.ioi ,ile pul duzentos 11)1. iria; li - • C»tC'H i jh'.'(.) s> jiuile .oi pi!;i euiieurieneoi; por u., qiiiill-Iu ilt i...h> iliu liou» uiiieinlUo*, pul» Uluco l.iei-ssiUjUOileiics.

O Sr. liil>i>io d, Antlimla: — Parece.me oi"" pri-lueiro que tml» «li .cria a loi.inü-sao tbir um oi uiccutodo priNlucio ila vcnilii do Uwriu paia u ru.ub uma l>a«5

p..u ns iiii.siis ilelitiiiai.ne.s. A' vista delle ale puaciia-in ,4 i.i ve/. estaliclcecr mdiinulos ma.s, vaiiiajie.us do queos projMisi..s ; mas como a i.'nuiiiiifc»'iu l»:io tez isto, onao imitemos it..s|)Cir.ai os Taci.ign.fos paraaque W pu-bil^Ucl.l US liullllilos d.l AsMIlll.iCil , scici Uv velo quo

Mtt'Ve>TV".\og>i,i.n da Gama : — i'?».,u prr^.Mo qualquer que_«ja o ordenado aiMUailu para cada uut

„» « nnk-imüu devj sei relativo »'? ten.|m lio -•-•.i d; (los Tschigraenc o ordenado,' «.rei de voto que ?c de au lU.in'-"ir nu mil i.'-isuor niex ; se tralmiiar uut m...u veuce ire* mil cniMi-

dos: puni-i' mai» ''•' do estabi Iceidu nu Artigo, c :i'oo »cle> ncmn-it-.ilo h ivci.do lu.-.n licstmpMilw.

|)c ois de ahtuiiii lefn voes, venceu se que o !Je-dm-tn p.rrite óc ee.n lei ii p * '.'"la mcz de 'r.i-

talho *íti «vo da lleda' .'•..-.P.i.mu.-v- a» "•* S <¦•* ..»e ;'"" Art. 1.' q*'.e trat;i

nuiix "u dos Tueiii.jra.os o s > < onVniulovO Sr. Cn-fic-ri <..- ' 'r.

pi. : — l-.i. c¦ tcn-.lo qio.-0 oriU-uad» (le nisct-nl-s uut réis pir.i os 'l',ir!|i-r;i:'e.

maiores lie muito móiei.nfe : mas lambem .; >lj,'-> q icdeve r-.vr .ntim.-isa-.h :i '« .•'•..••••i ¦«.'.' ; íi" ib" anginem.tr,no caso de cumprirem com os ic.n ikv«-re«, e á vísiado merecinunto de cada um. Pa»sr ji n^uito a he~raeiis que talvez não satisfarão cunio se precisa, nao me

parece acertado.0 Sfr. Coda Aguiar; — Sun de opinião contra-

ns; julgo que devemos estabelecer b<.m Ordenadostachvgr.iphox. Ivu «fi o rpie hc o trniwüio iie

«clijgTtipliia; he imi «valide ; lie iH.; excessivo ; c

por conseqüência a mu r?c<v.ij.(.,;:;i n.o p >dc ser di-raimuio. hc ellib não ciunp iwm , a (i.t.u us-.io coube-cera disto, e tnmsr : ?* mc.iiilis in:v..ni ntes; mas oordenado deve cov v.-or.à. r ao twKiil... que lie in.wen-so, c defr.iuk.i eonsidvia.,ao ; alem <!i-;o tão jr.uito

prceiüos e hc. muito pmices. Mc iv)i> o mr.-» voto q"CHK-im como po au!,'i:ienlini o ordenado no llubictor , sCaccrcsccnte também tste , dandu-se-llic i.itcnta r::i! reis

jKir mez.O S. An.lra.1a .Uaclndo: — V.n achu dem :siadu

o numero de \vr- T:ielii;.,;.i!'os maiores ; em Puilugdhavia somente dom, e cr.mpnfio e :iei,n::cntc a mi^obrigação. Não lie por augmentar u numero qne eo !-.ide fazer melhor n servido. Quanto aos meiioies eoir o-nbo que sejào seis; e euião eu assign.iria aos oito umordenado mcmal de vinte e cinco até setenta mil reis ;b«m entendido que nunca serüo mais de dons os que ,vencessem n maior ordenado ; ficando ;í Commissfto in-cumbido o conhecer do seo merecimento para graduar osordenados dos menores , segundo a sua capacidade.

O Sr. Andrada e Silva: — Ku quero somente fa-

rufo» se cui.sjdciu simplesmente como gratiti-CH.,iio pordiii» mez que trak.il.auin , pcdtnilu esta seraiii{ii.eniuda ii prnj.nriao b.i soo u(tiaui«ii.uitu.

O Sr. A'«'g'Ci»« du Gaiau: — l'i.-mu he indispen-si.el que a ..<u<,áu coiiIk-ç.i os nnoos iralralhos, c o.íiiinl por onde i»tu se consegue he •> Diarm, ^cguc-seuue a Paii-n, i junlica lia ue caneca.- com a i.ispc^i«elle sejit <;iiul tor o producto da si.a vciula. Pusto istol.c clsru que n-.o dcpcndeinos du or.ui.entu para orbt-par os oiiiciiadi'* ; e ate «v quizes.vcmus que nquelle pm-iu.cio voini se u> i.f»jczas du Diaiu, cunio estfis siu•.ii.no grandes, seria preciso vende-lu por ul preçoi;í e tir:a mui poços compradores, ao mesmo tempo

qc.e 'deve

ser íido por todas a» tiass.es de Cidadãos.

v.\poÍ::<lo.)for lanto demos aos Tschygraphos ordenado que

cs s:itistaç;;u, c que alé prnniováo a applicação de ^t*

cutros a este ramo |>ara o futuro. Alem iiistu precisa- IIir.os delles; a Cominissão tem talvez já leito alguma ^^csjccic de pjuste cem elles; e ver-^o não me pare-rc qne seja «.traerdmario o r.i. ioav Hte^ eitinui milíris por mez aos niiiis balnis, ccmc:;;!o cesta quantiai-c.ra es outros ii medida <b> ><u n:evceii.uv.:o.'

Pepois de varias reflexões is..;.> ?obre o nv.rr.crocomo sobre o Ordenado ca-» T;.ehyr>-.-np'-i<s , vencco-..e

qi:e fossem M pir tmles, '.' ie...'..-.is e li r.:c:;.:rc*,semlo o máximo do Ordtnadu e:i.iH;'. i:-il rc-.s , e o

minimo vinte e cinco mil r.is , c:n cada um des uie-zcs que el't:-tivaiiiente irsb.-.lb:'--rm.

Intemm;pen o Sr. VreúdivU' a (ii«ei'.?sãn parapc tratar do Projecto de Amni tia, «k. ^r. Maüln*H-ist¦-?. »iL".'t.du a ordem do dia.

O Sr.'Rocha Franca; — Sr. Prcs-.dente: Em rru-

tcri.is . emil :t <'.i j rcstr.te discussão , e que se cnla-:;"io co-.-.i a i'<¦iuie.i , só reputarei justo o que reco-iV-.rr iit-1. Para d.-cid r-me pois sol're a justiça, ou

ii-iusii.a da preieclada an.ni«tia, cumpre observar

primeiro sC ella hc útil, rc p.ide convir nas actuacs

circunstancias , cm que os humeres do e.rpo político ,como que ainda csiao em ebulliçao. ^lnuo iv.t.o 1 ro-

fessor de ssude uubliea hc, Kr. Pie.kknte. aquelle

ser um;i explica cio \nxn illustrnr

cedendo í.» emoções de uma humanidade impi.i,Corpo du

membros

*c convocou" es!a Assembléa viu Sua ."\la?'csccniihide de haver Tachigrafus; eu fui encarregado dedar as precisas providencia». l'm OlVicinl da Secvetsriade Estado ikw Nr(roeii.s l^tmiigeire- se incumbio de«brir umn Aula de Tachigrafia:'c nlumnos niatcictdadostrabalhsrão nessa Atila. Par.; que fossem mais assíduos^i» Magestade lhes mandou dar uma diária'de duaspatacas, obripaMilo-se elles a aprender esta arte de (piedevião fazer uso en. serviço da As> m.bléa. V.is-aqui0 que tenho que dizer para que siirit de regulamento"* delibcraçSo.

"|»c»não ousa , não se anima para preservar o

„ ,„-,tciri I o-'o une estado a separar delle , pela amputação"t,,B a ™- V" " «"•"*="• <i? cm,las;i:k,• ll««í»h10,.°'.1' T

tante pesar meo, que a torur,«e das c.reunslancia.cnvolvco , arrastrou cem os facciosos alguns emadaos ,

innoccntes, c momo bcncmculo* da pa-Padre Januário da ( unhaa meo ver ,

tria. qual ccvttemplo ..,»,•..liurlmTM que n:i minha pátria, a Província de Jlm»8(ieraes, nada disse, nada obrou que desmentisse, quenão abonasse mesmo o seo patriotismo c «dlicsao a

Causa do Hrasil: pcroiando a sua eaiua, perorara a

causa da innoceiicia. eu pagara mesmo um de.er de

considerai ão ao var*) probo, «o cidadão beucnicnío,

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e oxalá que r» meo frlcminlio o pad.sse rrsfituir á¦raça do'César , so .eio no osculo da paíria, remaoutra.* » .Mar.ello o Psi da Homaiia l-.h.queneia.Mim ihama-me a ordem, e quando se trata de di*j?o»si. (Ws gciàe» n-.o lie dndo descer a eso* singulare*.Comluirvi, Sr. Presidente. «mi a ob*er.aç'-o >e ns»

- <.;rnt..»iaticiN« eeinnes do¦ lí-tndo p de convir, kc ho

mil n amnisi'» "** teimou propino» ? Pelo que tenhoouvi Io n cs-s Listrada A«-emMn. e-rm não ousarei

aflirmi.loi |(lo mrnos l»e d..v.d.«n». e cm ci.os ta?-

sabemos tivlvw eu*. pur via de re.i».i , a-piillo >* de-

re -doutar na pratica qt:e gr-rabin-iiir- tor msis segu-

T.» D m»i<: seguro puniu he Mfiider pela lia-.qiiilli.dade *p«bl:«« : «¦ «''¦ fi-:-i'*os . nimn os í! K-viU-a da

Eiilidà que .!t::ritcr in.miri ln-n nas cavernas daí mon»

tinhas, nao t Asarão th reunir seos e»íínvo* pdr^ »a-

rndirrm o (ílvmp. fiu.m di-cr. o i»:rimo e a time-tituiçáo do Im.erio. \i.t.» por lauto contra a amnistia

• tio* termos < a<i«» e jr rac», co o.-e he pnijeitada.O Sr l)Í:<r: — Pareec-ine qne a decUto dique*-

tio que fmi objecto do presente debato, «tepeiVe de

entra q>c rslimsr.s ver primeiro decidida, i»to lie, se

a .tswmldés tem, wi mo , po 'cr ilc conceder amms-

tia- resolvida «sta. unt.-reu-.es depois, n« ca*> de quetenhamos a «ferida f.uiIdade, re lie conveniente con-redc-la i-a« i-h-siis nctiiar* eircnn-taneiir*. li eu ent ndo

que, sem este pr.lim nar, iiMamos |»erdeiido tempo a(ii«eut>r esta imitei ia.

O Sr. Mmiz Tavares: — Levantomc para dizer»'im i«!.-.vaic O nel.re Deputado não tem n«z o* deCNÍuir siti-.i;hnn'c dclilcraiao; a urdem do dia lie sedev'- cosi.wUore, ou nao., a Amnistia; reas não sea Assembl a pódc, nu não, ronccde-la t qiie-táo muirHffrrcntc e j-ara a qiwl julfo mie ra Srs, Deputadosl»ão rstavõ» preparado»; so menos d» minha parte con-les-o qne r.ão p»»o j i declarar a minha opinião. Tra-temes da qoestõo principal, e decidida e»ti, se nãoestiver prcjmU ada, trataremos então em outro dia, ecom reflexão, do que piopnrm o Sr. Deputado.

t) Sr. Hetniqiret i!c Resende: — Sr. Presidente.r.â« acho rarso cm querer « Sr. Moniz Tavaresrhsrn.-tr á ordem o Sr. Jasf Custodio, que com jns-tiça requs-r , qne se der da se a Avcintiléa, p-idc,ou nã.i, ronceder a an-nUiia : parece fira da oídem,

. mas não l>e , Kiima m . c;iic para re uno conce-der, os ll!ii*tre* Srs Deputado», que lior.tcm falia-no, pcrtcuderiio s^tciitar, que esta Az-emWéa,náo tinha atitlmiid.-uir Com eíieito como discutir oProjecto de ;ir.r.i- :in, icm decidir a que«f"io se a As-s-mhléa i-ódc, «u mio concede Ia? Eu por tanto tra»tarei nmbas as qu-"-ões: L° se a Asstiidil.r. pVIeconceder amim.» i: 2C se elli tem lugar. Sr. Prcsi-sieníe, cs hmnens mnv tem de julgar em matérias ccirciiütnr.cias. diíKcii», /tvem estar despides »'c odin,de ira , o de amizade í o iec«ie, e a compaixãomesmo Hks são periirn». Em ei não eslava, masernsfa-me que a urycneia deste Projecto foi jttsI-mente decidida ; comta-mc que aqui houve protestosd* unai-iii, ms.» agora reparo, qne l-.a reeei» de.foliar »oi,te a nu"eiia. E!hi he rcpinl» sa, porque sefC foneedv. n amnistin , um partido >v cMiKiiera ; ».ete nega outro »e indispõem centra a A.isctiiliV" ; tu-do lie comprometimento; mas he preciso eunigtKi. OsLegisla-lore* r,r'° *om lMrB a,lui v'ngnr nenlinm par-tjdo: a ra/Ko c n justiça devem ter c. teo farol.j>"miri-v:i talvez hc mas inclinado do que eu a e-itnamni-'ia : basta , que dita* vezes tu trnha sido vi-ctixa <h«: n.aiores dedica» , para que u meu cora-çúo jic interesse pelo infeliz : o meo coração 8Ç dila»ta rarfl " desginçado, e propt-nde toda para a amni.-tia. Mat neste momento a i.úuhajjjrtzuo vem com In-

tvr oi meo» dejei««: *u trotarei contra a amnistia p6.ainira; nua nln Iw p»l«* ratões, nem pelo mrd» quecllecarão alguna Srs. Deputados. Lu ouvi na discut.fio de hnntcm hum Illutre lirputadii miitcntar qutr.i o Imperador, on a Nação em massa .podia per-doar, e concrilrr amnistiss. Km vertl.de t • a Na<,fiuem n.asr* tinha cs*e piWr ; mas i»-o era quando si,a Niçfto vm massa tinha o direito de fazer a Lei,iwniue rtitiii» s.» ella podia dispemar na I.ci de que thella er* anthora: msn hoje no adornado ri«tema de.-..vernra repre-CTitativo», em que a Nação nooica mf«o* Hcnresenlanlcs, c lhes deleira o poder de fazeres f*is, delega lhea |wr igual iszão o poder de iuderrognr, annullar, interpretar , ampliar . smpender,e dispen-or: por i»so clyo fica , qne oto Asteipbl.ttem davjKMtrr de roneider amni-tin». l> m is, Sr. Pre-üdeiite , be recorrer a prin* ipios pura vento demo»crat-eos, quando mí he abertameut - iui-.igo de !)eiuoerai-ia<!: t-u ttmliem o sou, c :»r *oro a srmelbaiitc- princípios. II* manejar

nno r cor-" fins cem

princípios eo'itrndiclorio«: lie recorrer a : - ."" er«massa, quando se não quer, qne ella. obre u-i.. ,ou te io p»r impo»»ivel , que dl» o foca , para i.-.-írrahir exelnsivamcte nas mãos do Imperador o direi-to de conceder nmiii«tia. lie verd.de, que a Assem-ld.;a náo <Wc descer a casos particulares, como seriaImm perd.o: nmi também o Imperador não se der*estender a ca«o« geraes, qne pr-eteão legislação comohe hum* omuis'is. Tenha embora o Imperador rss»direito, mas com a e-elus-lo da Assembléa, nunca.Enzáno-re o Illustre Depu'a<lo quando p-nsa que *óo Imperador tem et.se direito: tem-no p»r conceswo;tem-no pelos convenieiicias , e não por essência. Nãoo tem p>r essência, porque nem sempre os Monar.rai gn-iio deste direito. Lembra-me do exemplo daKsparta, onde foi preciso que o Corpo legislativodcetar.»se que «• Hei ad hoc ficava acroa da Lei ,para poder suspender os effeitos da lei de infiimia* outra os que nos combatei dessem ros;ai «o inimigo..Nvi* tem por essência , porque segundo hmn grandejurisprud -nle »'• nas puras Democracia* compete ooPoder Executivo por c<*'-r<cia o p»dcr atrraciar. por-que só nas Democracias o Poder Executivo C5tá nasmesmas mãos cm que catí o Lc«islativo, que lioquem pude annullar, suspender e dispensar na Lei.lie pelas convínirnern qne se concede ao F.xeci.tivco puder de agraciar, porque mesmo nas llepuhiicas,cm «p.e não lia Hei o Presidente goza des?» direito,pirque lie juito , qne náo estando o Corpo Lcgislati-vo si mpre junto , haja no Estado huma Aiithorida-de que jMissa remir o cidalco probo que jwr desgro»<;a cahio na infracção da Lei. «Tenha pois o Impe-vador o pader de .igrat-iar, mas não exclusivamente,porque n dixpença na Lei compete mais esrencialrr.entenoa Legi.dadoas. 'riiinbem me não agrada, Sr. Prcriden-te. que outro Illustre Deputado para negar a As-wmbléa o poder dar essa amni-tia, dicesse qne o Bra-zil ji e>tá constituído pelo facto da Acclamação . Çque nós m'i viemos nqni f«7er não sei o que. Daqui»c<r,ue-ic qne esta Assemhha não lie Constituinte.Mas eu direi ao Illustre Dcpuiado que tinia Noçãosi w eonítitue quando oTganiso o seo Pacto Social ;no qual. marca ns condições debaixo das quaes os h»'-incns cedem do» ?eus originários direitos, e pi'*quaes sç,conhcee as vantagens, que

" *:""" ''"'"^cessão. Eu não toco na Monarquia:dodo

elles tirão dcv-iisto c>tá dciidi-

c teito )»elos l'o\os. O que dijço he que q.mn-os Povos ucclamsnlo u Imperedor, n»o foi I;í:r*

quo ello f/overnaíRe em absoluto : os Hrazileirns í.i.oquerem src escravos. Acclamar.-o o Imptrudor na i»>*pticitá , e • iiicí iiiw «xplicita eendição de governar de-

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C íoa >

Ml*, de um Constitolçíe t Hat quem hade («ser"™~ Constituição ? 8o* o Imperador como inculcavaT* cláusula do Decreto da eonrocaçao «V Conse.

• Irf Náo do certo. Quem a «ore laser» O Par-!*' í- laaHes? Sâo. Aa Cotias de Lisboa? As deIf^lí.'Mar hum pouco. A Assembléa, BrasibenseP^Í devi taser eJtsConstituição, Isto be o que*ff*?!jow 8- M. I. a Oonstltaiçao qeeVq í Asscmbieo do Brasil Concorra Elle para essa^L com o seo foto como Cidadão, e Cidadão qua-Xío, que com a eípcriencin dos negocio, podei ler™«?rasao poderosa contra tsl, ou tal dispostcfo:rentaba Àmemblea, que certamente ae nao levali capriaos, attenderi a essas razoes; mas nao seraAtemblea Consütuinte.... ter o Imperador o veto«bra a Constituição I Ja mais. A Assembléa he poiaConstíluinte; e mesmo não •^«¦l^"««àr de conceder Amnistia. Também desagradou-me t^Presidente, qoo nm Illustre Deputado, contra oI-j™ II» do nosso Regimento, trouxesse para aquia^dioriilade do Imperador, Eu respeito as luzes,• as virtudes do IHiutre Deputado; mas nSo prmVnsrei este Ingar em que me coUbcsrão meos Constt-tiiinte». sacrificando a particulares condderaçõcs os in-teresses da Nação. Pergunto pois, psra que trouxeaqui o m*re Deputado em duvida se o ImperadorauererU ou não cumprir o Decrrto de Amnistia? Queempenho teria o Imperador em não cumprir ? fcs-toa nue comprida. De mais isto he Msustar a As.semblía, e taze Ia recear a Authoridade do Im-peralor. Por mim falUndo, protesto que com todaà minha fraqueza agraria todos om perigos, enenhum-s considerações m« farão afroxer em defenderos interesses da Nsção á cos» mesmo do próprio san-«me. Nio he pois, Sr. Presidente., per semelhsntesmoes, q««e "» Toto conw* ¦** proJcrto. P?r *S°ra:outro» sao «m meos principies. A amnistia he a meont huma l«d bem diftereate das outras; porque es-ias nio olhão o passado, a uanis :i não pensa nofut.iro. De mais a amnistia he I et geral; nao se ü-mito a casos porticulares ; »e clhi se concede agora ,amaine a poucos , e deixa fora o maior numero, eou estatiellecc a necessidade de outra, ou esta se fazextensiva ao futuro. Jalgo inconrruente, que cilaabranja a poucos deixando a muitos fora; e tombem

¦juízo inconveniente que pelo fact > desta fique em nea Serenidade de s^iinda. ou que esta se «temiaso fntu-o. A amnistia he de absoluta necessidadequando , depois de huma grande lnu ein que gran-des partido* se chorarão, e for"o-se ás mãos , estan-do tndo iá tranqüilo, he precizo oppor hnms csrrei-ra á g. rál perseguição d- uma parte do povo contraa mit-a. A nossa Ints continua ainda; a Bahia esiaeono se sabe; o Piauhi em briga; o Pm*. « Ma-tanMo não tem ainda sdherido; a extremidade doSet turobem eonvulsa; e nossos inimigos ainda compr-vim-ções para psrturher-iHw. Deixemos segurar am«-«i rausi; quando e«tiver-mo« tranquillos, e nossosinimi-,), f„,a «Io estado de nos poder perturbar, en-tii > \i amnistia he indespensavel, porq-e o Brasilnão p'»d* perder hum só homem, e muito menos" ta-»er hmn i nraseripçffo *wal, porque muita pente semduvida hnde ficar in»olvida no partido opposto. Eis-aqui os nrincipios em que w fundo para votar porora ronra o Projecto . porque acho inconvenienteuma amnistia açora , outra daqui a pouco. Se comtudo esta se faz extensiva so futuro. eu sou dócil,e votsrni por ella, a pewir ds soa impropriedade.

0 Sr. Pereira da Cunha: — Este Projecto deA.anistia se acha entregue a tão dignes Oradores que

en me polia poupar <l> fallar «We, gosn'snde.meunicamente para in»erpor o meo volo na mu dcjsiodefinitiva ; mas o Illustre Deputado , que acabs de fal-lar, fassndo increpa ões a todos aquelles que nlo do-darássem muito expressamente o seo modo de penssra este resprito, me obrigou a levantar |iara declararaltamente que o meo silenrio nio provinha de algumreceio, porque nunca duvidarei pronunciar a minhnopinião em qualquer tempo, como exige a dignidadedo lugar qne tenho a honra de occupsr. Eu sei qooa humanidade, de mãos dsdas curo s Keligiio, nospersuade a praticar os actos de beneficência qm> asnnosso poder estiverem o resprito dos desgraçados cujosorte he dependente de nossos bons Officios; mas esto»sentimentos de moral, gravados em nossos corações,nio nos devem illudir a ponto que nos esqueçamosdos importantes deveras a que estamos ligados,, porqueos direitos da Sociedade suo sagrados. Consultemos domais perto a opinião geral de um Povo que delegouem nossas mãos, e sob a confiança que de nos fite*rfo, todo a sita authoridade, para leysr-mos ao fim oimplemento de tão importante Commissão, sem o ns«co de comoções populares, em um Pas aonde ha pou-co despontou a Aurora de nossa liberdade «vil. Con-fvsso quanto proveito tem muitas Tezes produmdo otmeios consiliatorioo , confundindo-se o ingrato com ge-ncrosos benefícios, para o condusir, por este agrada-vel caminho, so verduddro srrependimeuto. Pediatra-ser para exemplo a França, sonde o tigorismo dosanguinário RobcspierTe não teve tão bons resultadoscomo a Amnistia graciosa de Luiz XVIII., a quemos Franceses tem respritsdo por suas reconhecidas w-tudes. A Hespanha mesmo não estaria no Ustunoso es-tado em que se acha, se Fernando VII. cumprindoo Pacto Social pronundado em uma Constituição queaccdlou, não tivesse, em recompenss do» sacrifíciospraticados i excitado nsquelle desgraçado Pais as Fros-crincóes de SylU e Mario. Mss he necesssno aprovei?lar o momento porque nem sempre he oportuno par»ter uma indulgência sem limites, e abismar uma Na-ção nos horrores da discórdia, e da Anarchia. Dowsão ordinariamente os objectos que reproduzem ss guer-ras intestinas de uma Nação, e vem a ser, ou a mu-dança da fôrma do seo governo, ou da preferenci»de uma Dynastia. Ambos exdtão partidos porque oshomens não pensão Iodos da mesma maneira; porem.estas convulcões tem limites, e hão de necessariamenteaterroar. Então um partido suplantado ha de ceder atorça de seo destino, e o vencedor ha de proseguires»seo systroa psra firmar sua estabilidade; neste caso o»que a elle se sujeitsrão, e prestarão com juramentosua promessa, tem a mais rigorosa obrigação de obe-decer de coração ao Governo estabelecido: c bo nes-tos circunstanrias que tem lugar a Amnistia , porquese não deve «sstijrsr, e punir ametade da Nação ouuma«irra.ide portão delia, por não ter adhertdo a umacausa duvidosa. Este tem sido o costume das Naçõesdvilissdas; mos deste momento em diante ninguém po-de traçsr planos contra a segurança publica sem co-meter um crime de Lesa Nsção, e como tal ser pu-nido. Sendo pois proclamada a nossa Independência.nenhum procedimento houve contra os que erao de diveTs. opinião; ante. se lhes, franquiou ta**'*cimo mais condesse a sèo. interesses; logo que se

SeitarSo ao systema geralmente estabelecido, era dosrriírora-oorigaçãoBsujdtarem.to á Le. que dm.reeer inova forma de Governo. Longe de mim a ideaKue*ê.ta Assembléa se não achava authonsadapa-ra uma tal disposição; ella era uma dispensa da Lei.e ouem a fss^e que a pôde dispensar, e sbrogar.

Âoq Soberano pettepce o diTdto de agraciar Por uma

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delegação qne a NaçSo fas deita grande qualidade d»Soberania; cada um deve usar destes Soberanos attri-bütos em seos devidos termos. Eu ignoro as razões quemotivarão' os processos, e prisões que sofrem algunsConcidadãos , nem me atrevo a interpor temerariaracn-to o meo parecer sobre negócios de tanta importância,«em o exame das provas que lhe devem servir de base,«ai devo persuadir-me quo procedimentos de uma talmagnitude hão de ter sido feitos com a maior legali-dade; e quando assim não seja, aos Juizes que dacausa hão d» conhecer, pertende proferir suas se-nlcn-cas com conlieciraeuto de causa, o quo hc tonto maisvantajoso aos*mcsmos réos quanto he este o meio maispróprio de purificarem sua condueta , que ficava aliasequivoca quando fossem cotiertos estes factos. com umaAmnistia, ou perdão; e se elles são verdadeiramenteculpados respondão por seos factos criminosos, comopede a execução da Lei, e a segurança Publica. Ecomo posso eu ver de sangue frio, qu Brasileiros de-gcuerados, e Portuguezes esfaimados cgtcjão impune-inenie dilacerando a pobre Bahia, minha Pátria, vindodepois estes malvados gozar dos doce* frttctos da paz,ficando impunidos tão enormes crimes ? Náo hc tempopor oi a de uma similhante indulgência; não deve portonto passar o Decreto, até porque náo se acha con-cebido cm termos próprios para produzir o seo devidoeficito , na firma do nosso Regimento.

O Sr. Rodrigues de Carvalho: — Sr. Presidente.Eu tinha rezo!vido não fallar sobre a matéria em quês-tá', por não o julgar necessária. Quando nos debaiesvejo que a minha opinião he igual á da maioria daAssembléa, satisfaço-me com a votação, por não repi-sar idéas já desenvolvidas, c dc ordinário, melhor doque cu o faria, pela muita erudição dos Honrados Mera-breu. Nós não estamos na posição dos Advogados, queordinariamente maior honorário recebem pelo mais ex-tenço escrito, e nem o nosso credito depende de ser-mos difunos, e falladores. Mas supondo mesmo que um,ou outro Deputado não queira fallar, aonde está odireito dc o increpar ? Ora se ninguém tem direito detomar contas a outro, muito menos tem de se atribuirJuiz no Poro interno, decifrando o motivo porque cadaura não falia. Ouvi a um Honrado Membro dizer , quealguns Deputa los não lallavão pôr medo; he precisorebater esta osserçáo, que acho injutioza á Assembléa.Declaro, qne nem eu, c assim reputo todos os Illus-tres Deputados, tenho receio de expor meos sentimen-tos , nem reconheço em nv-os Collegas o direito de mertprchcnder, á excepção do Sr. Presidente, nos casosdo Regimento, a que cu der causa. Se he pois neces-üàrio <]ute eu falle, dezejaria faze-lo perante a Naçãotoda, ou ao menos perante esta Cidade inteira: — votocontra o projecto da amnistia. Animas o li, assim medecidi, tanto pela matéria que faz o seo objecto comopela nmplitude com que está concebido. Pela matéria;porque e.lla he a que eu jurei defender — a Inelepen-dencia do Império, c a Monarchia Constitucional—,e cu não podia deixar de ser perjuro concordando parase perdoar os que se declaravão contra estes dous prin-cipios Cnnslit icionaes, que fazem a baze das Institui-çfjes Políticas para que fomos congregados. Reunirmo-nos para formar-mos nossos Pactos Sociaes, e começar-mos por perdoar, os que t^m pugnado contra taes fins,i-eri.i não só inconscqucncia, mas crime; muito maistendo anfecido um Decreto de amnistia, pelo qual oChefe da Nação perdoou a todos os implicados em taescrimes antes da declaração «le nossa Independência,- cuin-pn-se o Decreto, quanto a esses envolvidos'no pri-rociro oeriodo; depois da Independência declarada, eabraçada pela Naçiío reputo- um sacrilégio toda a idéade u.nuU.ia. N:ar »e traga, por «resto m «tnoiatias c»m«

cedidas em Portugal: »l» perdoarão-se os que tinhSo sidoprocessados, e condemuados por seguirem ss douctri-nas, que hoje vogão, e náo as contrarias; áquellesque em 1817 se opozerõo ás tentativas das desgraçadasvictimas do Campo de Santa Anna , náo so não fo-rão perdoados, mss até não se lhes admitiu defeia,por mais que a tcnhúo requerido. Quanto ao projecto,a cxleiição com que abraça todas as hipotezes, atéaetos |>orpctrados , consumados «julgados, e executados,he outro motivo «le minha rejeição. Temos auaii.tias,o temos perdão. Se esto Assembléa quer comessar porse inferir no que he alribuiçiio do Poder Executivo,não será nunca com a parte de meo voto, c n . if>principalmente quando a aprovação do projecto hc d.e. •-traimsntu opposta ao n«»sso dever primário — limo-pendência, e Monarchia Constitucional. —

O Sr. Co^ta Aguiar: — Sr. Presidente. Princi.pisrei por onde também começarão hontom elous Illus.tres Deputados, ainda aue desgraçadamente dc opi-nices contrarias. He fatalidade humana que nem sem-pre os homens apreudão da historia a evitar males amaior parte das vezes originado* por medidas imptii-dentes , e por um excesso mal entendido de piedadeou commizera ão da pobre humanidade, que quasi sem-pre hc o manto escuro com que se pertemlcm encobrirvistas sinistra-; ele amizade, ou ele uma protcc\:"io de-cidida para a melhor consecução dc fins part cularcs.He maior fatalidade ainda que os mesmos exemplosdestes males, acontecidos táo perto dc nós, náo sir.vio dc abrir-nos os olhos, e ele excitar a nossa ener-gia pela segurança e estobclidade do systema de (Jovcr-no que adoptamos, c da Santa Causa que defendemos.Sim Sr. Prej|dcnte, eu deixaria de levantar minhadébil vos, se o coração me não pulasse ouvindo enun-ciar princípios tão contrários entre si mesmos, e i?.opouco consentoneos aos fins para que nos juntamos acuineste Augusto Recinto; e eu (ralaria o mais S.i»ra-do dos meos deveres, se por mais tempo guardesseo silencio; e supposto a matéria tenha sido táo nobrequanto egregiamente dillucidada pelos. honrados Mcm.bros que mo precederão , todavia farei algumas b; ;•v«-s reHcxões para melhor motivar depois o meo vo: >.Cingindo-me pois á Ordem estabelecida no Regime! <que nos rene. quanto ús primeiras discussões das Pu-postas , cu fallarc-i por ora sobre os inconvenientes i>vantagens deste Projecto cm geral, sem entrar no ••;•»-me c nalyse dc cada uni dos seos artigos em pai ti-culer; c quanto em mim couber procurarei provar quetio longe está o presente Projecto de conseguir os finsque sro Author ee propõem, isto he, o de conciliarpor um tão estranho modo a .-uTeição das pessoas dis-sidentes, c inteiramente avessas c inimigas do nossosystema, que pelo contrario similhante medida só cer-viria dc involver nos em novos males ; e ele introdu-zir até no espirito publico a desconfiança de uns pa-ra outros Cidadãos ,' c talvez o transtorne^ geral daOrdem publica, ou pelo menos a dificuldade**ele cousa-guir-mos a melhor c mais prompta união que perten-demos; sondo por isso similhante Projecto impoütico,injusto e perigoso, e até contradieforio aos fins á quose propõem , e por conseqüência incapaz ele por elleso fazer obra alguma, e nos frmos do não passar ásegunda Discussão , ou o que importa o mesmo , <leser receitado. He impoütico, porque conccdcndo-se poreste Projecto uma tão geral e illimitacla Amnistia aosque directa ou indirectamente se tem involvido cm obje-ctos politicos pelo que respeita á Sagrada Causa danossa Independência, teríamos deste modo a porta aber-ta para a repetição das mesmas tentativasicontra o actualsystem* c o que ha ainda pior , talvez' desenvolvidoscoux ujiiior «icrgi» 0 audácia pela urpuaidade dos pxU

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roeiw" e-íbn-oi: iwqw1 Pr. PresiiU-nle, a impunulu!cL cm verdade . alem de outras , nn:a das prin.eir.i-»frtiiw. da perpctrnção dos crime», parlit-ulariuiiiie qinn.du a immoralidatle e a dis*olu<;iio dos costumei fazem

tobr-sabif 0,,"'n m*'* " xm'""^'"dc do e-a«tigo des r»V\O . .<!W »lo» (invernos hc sen» duv d.» aipielle , em qne

li.iuu-m pervnw» tem mcuo- o.--a«i»»cs «le d«M-Ti»<>lvcrfiHt- itiaUwlos planos tendo uidi» ;i ivitier d.i lei, qneiiifallivebn*iií'' punir i suas maldade* , qo.iudo ...» e-uii-trario o- homens honrado* nada temem , e ti-.-lo devemfstu>i'ar da prolecçan elo inesim», (iovn-iio : :-i;pi-dir o«crimes no seo nascimento, para :i-m:u «..\|jiev:.ir-ine ,deotmindo-os aiii»-* |»el» inutilidade e iiupüsribiüeladcda mu pratica, do que |>elo ini-du dm t» i^o», hc oicTcdo iinieo na ano de Ciovcnnr.

Hc titnbotn iiij-wr»» e pcrig.»io, porque além deiiiicnr-ioo-nos em objecto* t.»ra d.i Mera ile nossrsat-tril»»>sl«-" . c d-ver*.-. <l<> l!m pnra (pie aqui nos ajun-tsnío» , arrogam!»-!»)* demais j>«»dere-s que nos n:io com-i«:ein, atacamos o jr ande q> imipio que deve fortalc-c«r e dar Ioda a scguraii/a a» Governo, a Mia Inde-pendência , um dos primeiros attribidus do 1'o.ler exe-cativo ; porque !•". Presidente , tendo o f «ovi-rno po-der e vontade , q-:cro dizer , sciupir que o üoveniopos*:i usar 1U4 altribuiçôi-s que lhe competem harmo-nir-da*, c 'cm

perfeito couilihro , com os outro:; jude-re» , as farrürs nada poderio; mas ellns se ttir:i.i'.ióíicijfxas m prime.r> dia cm que forem temidis pelafraqueza do (inverno, o que a me-» v. r 11.- um duri-ila o defeito que menos se lhe deve l.t;u.--.r em ro-;o.

Além disto o (ioverno não p.ulc >«r re-s;io?isavclpelos seos «cto* , so uno em tanto qu.->:i'o c-ts InJe-•lemlcücia l!ic for girantid.i e seguri: oi a se nw ohs-tir-mos ao desenvolvimento das suas medidas , c>nioSr. Presidciii •, com » poderemos n •« nccu/a-lo ? Ellaratão n«»s poderá diser — \7m niv t'.<lhe-Nies os meios,sobri- vfis «leve mi n-e-ahír o p«o dos m.ilcs que noseercio — : e se pewlindo da importância dos seos de-veres, ou convencido como deve estar, de que quan-to mais extenso for um Estado , tanto ir.ais a acçãode authoridade deve ser concentra Ia, o (ioverno nspi-rar a obter por arte e u.itm i.i. mi mesmo |.-or força«su Iiidcjwndcneia, esta medida de poder, que a in-prudência de irn.i l^e-i lhe rcc.i/.a, q»ie accon tecer í ?Accu7.arei.i.-'S n •>- o (ioverno? Eu se elle resistir?Cederemos ms / l-.ütão dmuin-tri , e cotn uma terri-

r vcl c pi lerosa superioridade Cooheço em verdade , Sr.Presidente, n franqueza do actual (ioverno; f.;i;o jm-tiça ao s.v» noiir.- proe-i-dirr.cnio ; mas também observoque as (áre-uin-: im i.i<* jn-lcn imi.ir, e que se desgr.;-çadanitiile *>-.• veiili--av.i-,a , o que tu nau espero, tãotristes, id-as, o tv-tilt.-do eio «ma tão des^ra.yada lutascrú ou o despotismo , sj o (ioverno fo«e o vence.lor,ou a :üi irrjuis . se ii- .s o il»s*c:iiox ! ! Longe , iongede nin tão medonho futuro, que pnra sempre a Pro-vtittnci.i aparte do vasto o rico Hrnril. Illustres Es-pccíadorcajfjkte na* ouviu, Povos todos do Ib-a^il , uté"lida a nt|pt fraca voa poder chegtr, nio vos illu-d:te.- , o menos a :u>paren<u do bello ideal vos s>-'du-M; .-ipi-rudci com o exemplo do Nápoles, de Ht-spa-nlia ; c do pob o e dc-jjr.-ii.ado Portutcal ; tirai pro-¦"fito da c-qK-ri. n.-ia que nos tem ensinado á custa doaiiiiiams vi/Í!i1nH «l;i A.-ü-.-ric.i IlcsjKinlinla, e um «lia a.U'.'rai,-õe.« i\ittu-a*. iüioiiçoiráõ iios-j.is obras , o tneiiiorriiigioráõ a consiaiii iu e lirtneza <lo ca-acter lir:isiloiro.lie rnntra lictoiio este Piojetto sos seos uipstrií>; f^s ,Jíurtjtn» |o,|.4-(. d,> i-mu-iliar a melhor o in;iis prompteHiniij qu? jiert.-ndenios « estorva, ou ju-!:> nieno; iliíli-enlta , n.io s'i jinr iLir uma livre entrndii « fiipiinida-de, coiho j'i acim:i a |>ondevei , iimiu principalmenteporque siuulliaute medida nuo páde ser upeüesda nas

circubslanc"a« em qoe nas achamos. Cmvo, 5r. Prrsi-dente, como poele-rrmot nós lançar m -o de um reme-«lio qu«« nivella c euufunele o* mesmos culpado», íi «I.guiw dos noses talvex e«to mesmo remédio seja aindamais prejudicial c ofensivo. p>»r jivrlenderem livrar-nopelos meios legaes da» culpas, ou rfT.putae.5cs de que>i"o accuzndns; Além disto seri conveniente simüliantenotüda nos tempo* actuaes em que estamos, occttin-da a Ilalna pe!o« nossos encarniçados inimgos, e pri-vados ainda da uidão da* nossas Províncias do Nor-te-, onde com'paitieularidade dominãoo* nos»»» o|-|iea-s«>re-*. ajudado- d« ^ia«,ad.imcnte por aquelles mennosqu<* em» troro do bom ngaznilto, que cpi tão# amenase férteis Kegi"c> rceel enio, retribuem com a mais ne.grn e imolem? |»crfi«lia tant«»s carinhos, c a fortunaali recebida ? Não, Sr. Presidente, rimilh.inte Proj; ctoS' •ervirli de dificultar a no»»a mais vrm,'P,R união|ielo que licn ponderado, lanf.and'>-in.s em novos malessem que pi<r outro* lado |ws»a rezultsr convcnieiuia ai*

{ruma de tão extraordinária , quanto imtempcstiva de*

ilvraçío. l'ltimo com as próprias cipres*ões de umcelebre Político Francez; a força * a energia fundãoos Im|ieri<i°; a prudência c a justiça os ce-nsolidno; afraqueja por«.*m e a preri;>i;içfio nas luas deliberações oafazem correr ú passos lur^<»s pira a sua mina; enes-ta desgraça hypothese. Sr. Presidente, o rezuitedoserá d«* certo a Anarquia , e por ultimo o Dcspolis-mo; ptrqiic o ])c«oti*mn be sempre o prr.ducto daAnarquia, e da dissolução «lo< costumes. Pesumfndopois n< mi-ilias idéas. digo que o Projecto lie impolitT-co, injusto e pcrigo«o, e aW- ccntrndi^terio ao* teoemesmos lins, c que pe»r conseguinte não deve passar á St*Diâc-.-.ssãn, sen.lo por is-o reigeitetli.

O Sr. Andrada Machado:— Sr. Presidente. Pou*ro me deveii:ío importar princípios geraes; a questãohe a vantigcm do nrojecto , c a este respeito creioqne ninguem rcípondeo a quanto objectei contra elle,ninguém mostrou, que elle fossa justo, que fosse po-litico c cf vcniciitc. na sitniçlo, rm que nos acha-m«»s; ninguém mostrou que elle não fosse perig;oBo epróprio a causar motim e «liscoi dia entre os poderesexistentes, c próprio a concorrer para a ruína do es-todo; ninguém movtrou por fim que o projecto n:iofosse promover aquillo mesmo, que á primeira vistase qtierii evitar. Os nobres Preopinnntes que fallarãoa f-iviir em nada «listo tocarão , entes se meterão cmcou«as estrav.has á qoe*tíio, demo:arão-se em ínciden-tes. o drt\ar:io de part<* a tendência do projecto, ea «•o-.npetencii nossa , qu>' era n questão primaria. Oqae o nobre Deputado o Sr. Ribeiro de Andrada dissoveio de limpe, e podia t.dvez dispensar-se, mas pornenhum modo foi combatido pelas opini«">cs contrarias;verei se lie conforme a rxr~\o. Eu assim o creio. PoSo nobre Preopinante â questão , a quem compete odireito de Anriisíiar ? A1 Nação ou ao Monarcna ? Ameo ver a divisno lie incompleta, faltão-lhe aindadous memliros, ã Assembléa só , ou á Assembléa jun-temente com o Monarca F Corramos o* olhos por ca-da um «lestes membro» ; mus antes disso vejamos ocrie he Amnistia no rigor da | alavra. Amnistia he aLei , que dispensa nas const-i[iieiuáas da comniissão deMeies vedados por outras Leis, c distingue-se de agra-citiiiR-nto em n;":o attender a pe.-^nas rbulas. Quando seamnistia tem-so em vista a utilidade geral, quandose u^riicia p.lt*n<We ás circunsnMirias particnlarcs donjjraciado. Dado Isto, vamos á competência. Que coni-

jiita á. Na cio o direito de Amnistinr. < reio qne nin-

gueoi duvida. He »-lla a unien e verdadeira Soberanianellfi reridi* e?-.encialmcute ti collecção d? todos os po.deres , que .|tintos lóni::io a !ít»l.ier.in?iia . c- que úelegad>-'S diyidiilain-uic -fornmo ¦ ootras tr.u!c.f dek-nçõe.

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Soberana?. A sua vontado he a c*ilecçiío da. vonta*de* iii.livttltiaes: a sua razão* a collecção das razões

p.tru; »i-.:rci; a sua força o complexo de todas as tbr-ra* separadas: e a razão c s força lie que lazom aáob.iuoia. Mos do direito se «ão segue o exercido ;cm tuittb as Sociedades que *c n:io restringem a pe.quenus Citladcs n experiência mostrou a impossibilidadeü i Soberania exercitada por todos, e a necessidade dadcltgação. Em quanto pois não ha delegação, a Na-

ção tem o direito c exercido de amnistiar; uma vez

porém que delegou os poderes , já não • podo mais tereste exercido, sem reclamar a delegação , sem des-manchar a feitura sua. Mas a qual dos podeses dele-

gados Cumpcurá o amnistiar , ao Monarca , ou a As-semblia ? Ao Monarca certo se não pode conceder uradireito, que he acto do Legislação; se cllc não faza lei, mio pódc dispensar nclla ; seria anomalia nosystema representativo similhante concessão. He verda-de que era todas as Coustituições se concede aos Mo-narcas o direito de agraciar, bem que cllc cm rigorse resolva, como a Amnisti», cm dispensa de Lei restricta

porém a pessoa, ou pessoas, cujas circunstancias me-recém que ^e estremei! da regra commum; mas umhe diiicrcnto do outro, com-, j' notamos, e a con*tememia que aconselha a ce-nccrsilo tlc um, falia con-tra a concessão do outro; o principio de utilidade, quelie talvez o primeiro principio regulador cm politica ,hc que be a fonte deste diversidade. He ufl n umaNação, que exista cm alguém o poder de dispensarlia Sancção de uma Lei declarada por sonlença, nãosó porque toda a Loi, quando aplicada, como he de

. necessidade, a diversos casos, se hc justa em um,he, mais ou menos, injusta cm outros, como também

porque ainda justamente aplicada, pôde ser estivado oaeo rigor. Mas a quem se podia dar^ este direito ?Ao poder judiciário não; ao poder legislativo tambémnão; porque o seo exerricio depende de um juízo dis-criminado, que só a uma razão única he possível, cde impossibilidade, ou auzencia de pdsies > ° <)uenão comporta a natureza de uma AsscmRIca popularnaturalmente apaixonada. Era pois ul>l que si', ao Mo-narca se concedesse, porque suppondo-se, cm lingua-gem Constiiucional, acima da esfera das nossas fraque-zas e paixões, he só quem pôde discernir o verda-deiro útil da Sociedade, e por elle guiar-se; he sóquem pôde decidir o damno que viria ú Communidadede uu. castigo, que alias seria justo, quando cahindosobre uma cabeça querida á Nação , ou por serviçosfeitos, ou por serviços esperados, desacorsoasse a uns,e abafasse as esperanças dos outros; lie só quem pó-de esmeiilhar bem a injustiça pratica na applicaçáoda jurtiça thcoric.i, comparando a Lei eom as circuns-tendas do caso c da pesssa. Outra, cousa hc Amnis-

.tia; hc um acto geral, não nltende ti pessoas, e dascircunstancias só se faz cargo das mais extensas em seoâmbito e operações; em (im he um acto puramentelegislativo, que só compete ao poder legislativo, o qnenão he puramente o Moparca. O qne me causou pas-mo, Sr. Presidente, foi fallar um nobre Preopinanleem Amnistias para o futuro ; o qne, » meo ver, heo maior absurdo. Toda a Amnistia he para o passado,he . veo lançado sobro actos praticados cm desprezo

.da lei, e que so não fossem cubertos por esse veo ,deveriao soflrer as conseqüências necessárias dos actosvedados. Uma Amnktia para o futuro seria a destrui.ção das Lds, seria™ma proclamaçãe -de impunidade,um convite ao crime. Quando se concede uma, Amnis-tia tem-se era concideraçno um delicto, que he porémnodvo punir, e móis útil não pírfscguir; tudo rolnsobre o passado e o presente ;• nada sobre o -futuro.

He a escolha entre dous Ales., o do castigo, e o da

impunidade a qne estA ml mdu qua>i sctr.pve a no»,sa espécie; as circunstancias he que decidit:i a erguera bem relativo um mnl ub»oluto, poiím menor que oseo ttiilagonUta. Foi por isio que votei comia a Am.nistia no nosso cu>o , pur paretcr-me que nau havumal superior no cartb:», que jit-ulitasst-, ao menosiwlitiiamente , o impimid.de Por mais que tolheu «historia nunca vejo u- mio dou» casos , cm que st- le.nhiio concedido Amnistias ; 1." n<> l.m «te una c«u-

qiiista para conciliar a vontade do povo subjugado, «imprimir-lhe profundamente a idéa da bondade «lo eui».

quistndor. He política dur como graça o qu« se devi*«le jusliça, puis quem lhe resistio, tinha direito duo fazer, c elle nenhum de punir a rcisii mia. !.».*

quando desavença!, politicas dividem em «Lm» partidosos Me«.bros «le uma bxt iedade ; alternuo-se os bons oos uiaus suecessos ; he iuccrtti qual rios pai lidos u-.uraztio , qual segue a verdadiiia opinião geral; se umsucumbe \*<r fim , que deverá faacr o outro ? Enchera medida das vinganças, «mi lançar um veo sobic osseos v aiheio* desvaries ? Creio que mio pede haverduvida na escolho. Mus este não lie o no»o caso ; hc iun

pi.nh;ido t!c homens , que se oppuem , como di?cm , á nos-sa ortodoxa duc.irina, c quer, á torça. n.«ttr-nos no

giemio da sua impura igr«ja; hc um punhado de ho-mens obscuros, cujo castigo não piidc convnltionar asociedade não pódc ferir profundamente a sir.sibihjibdedo povo; não he a elles applicavd a wâo jiutilir.'.ti\a das amnistias; a r.obrc Nação ItraMliciise i.:io

participa das ruas loucuras para simpatlmar com osseos soífrinuntus, ruflrimciitos justos infligidos pela Leiaos que violão os seos deverts. Voltemos ao^ ten-ciromembro da divisão acima feita: compete só á Assem-bléa o direito de amnistiar ? Como Assjrnbléa Consti-tuinte, como convenção nd l.cc, he certo «pie lhe não

p':de competir, pois não he matéria Constitucional,para o que só íomos convocados, para o que só rc-cebemos poderes. Como Assembléa ordinária tambemnão; porque cm uma Monarchia Constitucional nãose encerra nella tudo o poder legislativo. Em todasas Constituições o Monarcha tem sen pre tal, ou qualingerência na legislação; não digo que seja csractrris-tica indispensável da Monarchia; a razáo pódc bemconceber Monarchia, em que o podrr legislativo cmnada seja commum ao Monarcha; mas a ii.co vernão pódc a razão conceber como u Monarchia duresem ingerência na Lei, e nUto a experiência escuda atheoria. Esta ingerência , assim como igual influenciasobre os outros poderes políticos, he quem centenao todo sem dtsconjuntnr-íe; sem isso seri;:o tres po-deres inimigos, tem inço ccmmum , que reduzisse áharmonia o seo inhaiuiuiiico andamento. A historianos proclama a precisão de um imiler conservador; cna Monarchia outro qualquer que não i-eja o Monar-cba, he inútil. Nas guerras entre o Parlamento'*Carlos I. desapareceu to<;o a Câmara segunda, umelemento conservador , c logo depois o*JH&, victímade inaudita violência de partidos; crcoiP^Ptma repu-blica sem elemento conservador , que surcedeo? Foirepublica de um dia. Longe de nós eua perspectiva ;acabaremos o poder conservador já esboçado pelosmesmos mandatos ? Não quero por isso dizer, comopensou um Nobre Preopinante, que j;i estejamos Cous-tiluidos; disse sim, e repito outra vez, que achamosos alicerces lançados: antes de virmos porá aqui ti-nha a Nação determinado por acclamarão alguns pon-tos Constitucionacs; tinha estabclo ido qne a formado Governo seria Monarchica, e Constitucional, »*»he, Representativa; e como quem quer os fins, q"<*os meios; como não pôde liavcr Monarchia Ilepie-sentativa estável, s«ra que o Monarclm teulia parte

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iA tinha de *t* modo, lios alstr.Hjfi.to ao"* *£òento> desses meios precisos. A naçuo tinha dc

_°T divhHdo os poderes; nós não podemos concen-*"-¦? Toda a nossa tarefa se limita, cm minha

• £» a marrar as relações entre os poderes ji «li-"C cm maneira que soja estável o edifício quellTurmos; c tudo quanto fizermos «leve assentar

C tis cláusula elos nossos mandatos; so fizermos o.,«-„> se Mwarinus nossos poderes, ninff.icm t-m

S-ào' dc s...-itor-se. O Poder Monarcbico, de,-

SkV das atiiibuiçócs, que já a Nação lhe conce-VlT c que «• »"'"> f»"mt' ,l,c n",;«nc'» • ,rm *cm

£!_» diieito de iceorrcr á Nação; assim como se

X rcfosnr aunmr a iio^-as jm-ia* decisões, de nos-nsrte cita igual direito ; he de ambos o mes.no, o

StiSTo juiz. a Nação S-br.ai.a. Sr. Prcsi.lcu/e, um

nobre Preopinsutc , pio.eco «oi.lui.dir pacto soe-wl ,JL determinação dc Constituição c até com logw-

Urfo commum; he bom que destingamos cousas iáo

diversas. Tres s|»', a meo ver , os «legraos da orga-

gLrgo social ; 1-* indivíduos dispersos , se he que j;inutuos houve, ou ao menos , familias separadas . poramor dc su» conservação e talvez principalmente ar-tustsdos per necessidade intclleC.ual e mora!, reúnem-M para que a Tina collectiva escude a fraquezajsdividual: para este' primeiro pacto he mister unam-«idade; só be parie ela no\a sociedade quem quer.Dado este primeiro passo , segue-w o segundo , is-to he estabelecer a fôrma ele regimento da sociedade

já formad» ; e neste drgnto basta a pluralidade nãodc um Corpo, mas ela Nação intdsVa. Por fim, esto-tabelecida a fóima do Covemo . o Corpo ou indivi-duo, que he a nisão social, faz actos, sao obngato-rios par» «Nação toda, quando são os actos resul-tados da pluralidade , náo da Nação inteira , mas dosó corpo que lcgi«la. Applicando estes princípios hedam que a amnistia para ser obrigatória he misterque seja acto de quem legisla: mas lie a Assembléasó a que legislai' cm nossa actual quadra, não cs-toado niada determinada a divisão do poder legislati-vo podia parecer que sim ; mas por isso mtsmo quetal acto pede participr.ção «le outro ramo de legisla-tura, he que não pôde eeimj-etir a c-ta Assembléa.He um aclo ordinário próprio de ¦m poder le^iria-tivo iá det- rminaelo , ""> b: p-.i« próprio de um.i As-eembléa; «>u antes eoim-nç,.o rspccial. Por umi res-tome rc«ponJcr a «ma nr-ióçáo , que creio injusto.Disse um Illustre Prw;v::.-.:.tc que cu . com deMire-«o do Kegimt-nto, servi-me do nome «U> _ Impe-.ador,como dc motivo, e cst;i.:ul;:r.tc , que obrigasse a As-tembl-a a aereder i'.s niir.h-u prejHwições , por temordc contrariar n.^uW-.i vu-.ita.t.- íir.-pm.craíits O :actohc, que não foi desto maneira, que cu miroduzt oargamento ; o «pie dis>-c foi, ep:e v. - «laudo-nos , anico ver . o ivm-o jur.-m-.-nii' " art > de amnimar ; cque iwphcando a ámn.sti.i mi c\c;fi.io indiriso «lelegislação ,"i|-.te inc pavecia im» estar mais imbviso avista da elccl.i .-•¦ i>> de om pml. r moderador, qual su-punha a cscoü.-i <U- r.M lii.p.mlor; c não podendoJior oulra paru- ilar-se )ü.i\-'q>;u õo <ni jo;ii*lação aoImpeia.lor i:-i prcseiiic .Wo-obl.';'. . era «le tenv-r quese fizéssemos um acto , <h cuja eiuiípciciu-ia «;>«' «s-tavarnos nó.» seguros. iI^m-iihi: nasciusenti) a divo.i-Ções ciHic a Assen.bi-a e o lu.y.erador , que podacom rar.ii) juUíu- iin;htiil.w :.s aUribui^Vs de que es-Uva empossado por aci lati. i.õ.-s «Ia Nai.áo. I' na ver-d»de , se nós mesiiios duvidamos, como não duvidar:imiem tem iuterc^es contrários , e como pod -r «lille-wmte , e que perde cu. tudo quaur> à-.a;i am-< alémdas metas reconhecidas do «\impo «'-- r.oi-sas atli :)ni-<.ões ? O que apresentei c»mo i. u,;.m> pv» a no*sa

«lemSo, não fo» a aat!.» idade e nome do Imperador,foi sim os elictames da prmlencia, que «consclhãonão decidir cm casos «lovidosos, mormente quandoda aa-clerada decisão podem seg-iir-se discórdias e de-ravenças' enlie os diversas jte.,a> da maquina, de cu-ja harmonia pende e be..i, a prosjv.-ida.le, e » tran-quilidade do povo.

O Sr. Henriques de Resende: — Sr. Presidente:Icvantu-mi- para fazer nina «-xplicação. O nobre Depu-tado enganou se: ou u;io disse que a Amnistia er»uras I^ei de futuio; pelo contrario di«sc que, a me»ver, a Amnistia era uma l.ei bem differente da»outr.i« . |N.rque e^tas não oi hão para o passada. e »Amnistia não pcn«« no fui.tro ; e que ora por issoque eu vo.ava og«»ra contra ella Quanto ao discr qu»eu linha calumniado, não lie n».ii>*; porque aqui sedisse onleiii .que o Brasil e-tava já constituído pelofacto ela Aerlamoçiio ; e o que eu fiz foi concluir quenesse caso esta Assembléa náo era Constituinte. Se aconclusão não he le«itiroa foi juizo meo. Talvez nofo-ro do discurso eu dicesse alguma cou?a que «ferisse«>

"melindrc dc algucra , liem que não esteja persuadido

ehsso. porque eu não disse — Isto be que ne Demo.cracia —; disse que era «.-correr a principie» demo»cmtiros , quando se era abertamente inimigo das De-moerseias; c isto so teni applicação a piincipios ge»raes, c me» a pessoas cm particular. Fasfei de prin-ripios demoentiaos, porque boje não tem lugar: sãocomo antigas moedas achadas debaixo de velhas ruínas,que já náo correm, e apenas servem para Museo:são princípios que se encontráo nos livros, mas pelo»«piões nos náo devemos icgcr. Todavia se disse cousa

que magoasse, declaro que náo foi essa a minha in-tenção. _

O Sr. Alencar: — Sr. Presidente: Como eu vo-tei, voto, e votarei sempre a favor da Amnistia, henecessário fazer uma declaração. Tudo quanto se temdito em detalhe acerca dos Artigos do Projecto hefora da ordem; nós estamos na 1.» discussão, e aquisó se trata cm these ds conveniência 'ou desconvenien-cia de «ma amnistia; na 2.' he que caberia faserem-seas emendas, e restricç.vs que parecessem convenientes.Niittfucm talvez se lembrai ia dc oppovar o Projectotal qual tllc está: o que se quer he approvar emthese uma amnistia; e be nesti hipothcsc que eu vo-tei, c ainda voto , porque acho conveniente estamedida. Embora não seja approvado o Projecto; res-to-me a consolação dc ter procurado com minhas pê-quenas for cas remediar os males eu humanidade, emuito principalmente os de uma porção náo P«uf>*de Hra*ilciios, qne gemem opprimidos. sem utirmade,ante» <n. gr.mi-1 prejuiso <la Causa Publica. Voto pois«nie o Projecto p.i-?e á i>. «liscussie, para então «c fa-zerem aos seos Artigos as emendas que parecerem ne-cessaria*. . ,

O Sr. /)/¦;¦• ¦• — F.u já disse quo ainda parecendo-meo Pmiecti» c\ces-ivi», tòni.ido absolutamente em toda., s->:\ e-'<"isio , juhv.va com tudo conveniente dece-dir-nio* -,'i se nós'tiülia-i»-, ou não direito etc amnis-tiar; e romo de/ejo s-,-r eolierente aos meos prmctpio»dii-ri qnars sio o-; r.'.er>s dogmas politicos , aífirmandode-''b- i»"q«c '"¦ "!n e;.-!l«M \i nn.i-r bem da Nação no.ucii <'as e-iretinstaiu-ia-:; ova rr estn principio o nossoImn.i-n.Ue. qu::iulo ainda Pri-.-.eipe Regente dec.dio-sen «car c.trc nós; porque ju-t .r.u-.-.t. as-vim II.io fez en-tender o Povo que eoininha *, maor bem elo «rasil.A Câmara desta Cidade lcmbr.—so dc o ecclamar Im-

«.orador ( ii accl.u.uulo extemporaneamente em Llub»

i ,ct irnos ) escreveu as outras Câmaras e clmminr-i»¦s«a"opÍctáo todas as ,«sdas, que pódc (

£ Ordem

A" Ordem) Mas cm fiai foi reconhecido pela Naç.^

Page 10: IMPÉRIO DO BRASIL.memoria.bn.br/pdf/161195/per161195_1823_00013.pdfIMPÉRIO DO BRASIL. 18 23. SESSÃO DE 82 MAIO. Presidência do Sr. Bispo Capellão Mór. JXEunido» o. Sr». Deputados

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Jtatileire; qne lhe tem pieduecçfo, «i hi Djrnas-tia; porque não havíamos de eaootíier um çapateiro paranono Imperador, etim aquém a Nobr^a natal influe,como prestigio ainda neuecssrto, ;<ara o re:peito do Povo; easam quanto compcttir ao Monarcht í',i,<»títucfonal, selhe ha do dar. Conhecendo *u porem como dous, c domaão quatro, e como esta ma In maior que uma detuas portas, que nenhum poder lòe •••m alíunJf, teaão do Nação, já entãa c*»c\iicad« /:." u:.ia Aswm-fcléa Constituinte e LeglsI-ii-*. c »?m;o n'»s os H',..vsentantet da Nação rmnu ttáo oo» corvi-uri o pn.1-, >hconceder amnislias ? Eu estou ecru» í^u-e os Reprwu-tentei da Ilação nao h'<> de wr mwquinho* qua «omarcarem as atlribuicõet que devem cou.pettir ao .Ao-narcha Constitucional; mas por ora se extroe de factopoderes, que ot Representantes não niarrorão por nãopoderem obrar em antecesso á tua representação, centudo, ainda por direito, e titulo legal, não te sabeqne attribuicoea terá; o por isto não entendo os Preo-finantes, que parecem dizer estar já feito peia acc'a--taacftav uma espécie de meia Constituição; o que para-mim são heresias cm política. Nós e to n.íe heque ha-vemos de fazer toda, e nem o Imperador he capai dedeixar de a acceitar, pois que ha de ter conforme i«tão, equidade ejustiça daudo-se-Hie aquellas attribui-{8es, quacabia e judicialmente lhe competirem. liepor consenencia certo que só a esta A .-sentiL-a ora-pette dar, e suspender aLev, .•¦ro» ren.jdio políticoam enfermidades políticas. Lm v»m < ••..uo Caruiadas,c estes escritores d* embira nos ro.<i«;ú iaMidiosos mo-mentes com teca artificicaos tramas de sc-rvil.tmo, e adu-laçio. Infelis a minha Pátria se a tua snrle íependes-te, doe capriosos tramai, e infulsas doutrinas de cor-testes e diplomáticos corrompido!, que ella não conhece.Quer em fim a Noção o remédio á seos males, dondeelle lhe podem vir; a Liberdade bem entendida, ba»atada em uma Constituição prudente, justa, firme,e moderada, tem a qual nunca poderá ter feliz.

O Sr. Pereira da Cunha. ( Náo o ouvirão otTachigrtfo».)'Alguns

Srs. Deputados te levantarão para mos-trai que toes discursos erão fora da ordem, pois só-mente te tratava te convinha ou não a amnistia pro-

Satã; e julgando suficientemente discutida a matéria,

i requerida pelo Sr. Moniz Tavares a Votação No-minai, e geralmente apoiada; e procedende-te s ellavenceo-se por 35 votos centra 17 que nãp passasse oProjecto á 2.* discussão.

Votarão contra, es Srs. — Francisco das ChagasSantos, — Joaquim Bernardino de Sena Ribeiro daCostjr— José Bonifácio de Andrada e Silva — An.tonio Rodrigues Veíloso — Martim Francisco Ribeirode Andrada — José Arouche de Tólledo Rondon —José Ricardo da Costa Aguiar — Francisco de PaulaSouza e Mello — Antônio Carlos Ribeiro tf Andrada —Belchior Pinheiro de Oliveira — José Joaquim daRocha — José de Resende Costa — Antônio da RochaFranco — João Gomes da Silveira Mendonça — Ma-

noel Josi feito* Soara — iíanael Ferreira da Camara — Lúcio Soares Teixeira^ie Gtnmia — j^noet Rodrigues da Costa — Estevão Ribeiro de R,.aeiule — Jacinto Furtado de Mendonça — Barão deSanto Amaro — Antônio Luiz Pereira da Cmha —AíujW Jacinto Nogueira da Gama — José Joaquimt 'ar.iríro de Campos — Tgnaeio Aceioh de Vasconeel.Iwi — Caetano Maria Lopes Gama — José Antônio(•t!t i,-x — Jr-4 de Souza Mello — Penando ttenriquesoe Je -rrde — Francisco Moniz Tavares — FranciscoFer-ewt Barreto — Manoel Jgnacio Cavalcante deLacei,iv — D. Nano Eu cento de Locio — João A*.lonh Rodrigues de Carvalho — Antônio Navarro dsAbrro

Votarão a favor, os Srs. — Antônio MartimBastos §r- Diogo Duarte Silva — Cândido Jssé dtAraújo vianna — Antônio Gonçalves Gomide. — Jó-sé Custodio Dias — José Antônio da Silva Maia -.José Teixeira da Fonceca VasconceUos — Manoel Jo.sé de Sousa França — Luiz lgnao\\de Audrade LUma — Jgnacio de Almeida Fortuna —- Pedro de Arou.

jo Lima —' Augusto Xavier de Carvalho — JosiFerreira Nobre — José da Cruz Gouvéa. — JoaquimManoel Carneiro da Cunha — José Martiniano dtAlencar.

O Sr. Presidente assignou para a ordem do diaa continuação da discussão dos Artigos do Regimentoda Assembléa, e do Projecto do Regulamento para aRedacção do Diário. •

Levantou-se a Sessão ás 2 horas da tarde.

Manoel José de Sousa França, Secretarie.

RESOLUÇÕES DA ASSEMBLÉA.

Para Martim Francisco Ribeiro de Andrada.

III.»* e Ex."* Sr. — A Assembléa Geral, Cont-tituinte, e Legislativa do Império do Brasil, mandaremetter ao Governo a copia inulusa do Parecer daiCommitsôei de Colonisação, e Fazenda, tobre a re-preaentação da Câmara da Villa de 8. Jorge dozllheos, e que lhe foi remettida, pelo Ministro, eSecretario de Estado' dos Negócios do Império cmofficio de 9 do corrente; e oídena que pelo Tlietoo-ro Publico, não só se facão as despezas apontada*no mesmo Parecer em favor dot Colonos Alemães alichegados, e que depois vierem, e se determinem at

{irovidcnciat, que te julgarem conducentet ao teo me»

hor estabelecimento, mas que até sejão auxiliados,além doquelles, com (odos os meios de que precisarempara se conseguirem os melhores resultados da referidaColônia em quanto a A&semhlea não Decreta Regi*menfo, que preencha em geral os fins da Colonisação.O que V.» levará ao conhecimento de Sua Magestade.Dsos Guarde a V. Ex." — Paço da Assembléa em22 de Maio de 1823. — José Joaquim Carneiro dsCompôs,

RIO DE JANEIRO NA IMPRENSA NACIONAL, im,