impresso r$1,00 - sbee.org.br · mensagem extraída do livro “espiritismo e exercício...

16
DOCUMENTO SBEE SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPIRITAS - RUA 29 DE JUNHO, 504 - CEP 80811-970 - CX. POSTAL 18114 - CURITIBA - PARAN’A - BRASIL MAIO 2001 ANO XIV - NÚMERO 23 IMPRESSO 1, 00 R$

Upload: trinhnhi

Post on 01-Dec-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

D O C U M E N T O S B E E

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS ESPIRITAS - RUA 29 DE JUNHO, 504 - CEP 80811-970 - CX. POSTAL 18114 - CURITIBA - PARAN’A - BRASIL

MAIO 2001ANO XIV - NÚMERO 23

IMPRESSO

1,00R$

2

O Espiritismo é filosofia, ciênciae religião, e por esses três caminhos propõeinstrumentos e instruções que permitema compreensão, o estudo, a pesquisa sobreo Cosmo— envolvendo, evidentemente,o mundo, as pessoas e as coisas desta dimensãoterrena.

“O Espiritismo procura, na vivênciada ciência, fazer a verdade através da prova.Na filosofia, procura mostrar, afirmar, reunire expor o pensamento sobre a evolução da vidaà luz do conhecimento, portanto procura produzirconhecimentos, reuni-los, identificá-los,reinterpretá-los numa conceituação do ser.Na concepção religiosa, faz vida consciente,operando, mediante a história de vida de cadaum, a força do autoconhecimento, objetivandoo alcance da identidade com o Creador”1 .A partir dessa conceituação, procuramosfocalizar a religião espírita.

É interessante destacar que o capítuloprimeiro do livro primeiro da obra O livro dosespíritos cuide justamente de Deus2 .Em resposta às perguntas feitas por Kardec,os espíritos ali conceituam o Creador(“é a inteligência suprema, causa primáriade todas as coisas”, loc.cit.), falam que a provade Sua existência é a Creação, aquilo que“não é obra do homem” (id., p. 65), e,sobretudo, tratam da dificuldade que o homemtem para compreender a natureza íntimade Deus, em razão de faltar-nos “um sentido”(id., p. 66). Mais adiante, no capítulo II do livroterceiro, a referida obra trata da “lei de adoração”,que diz respeito à descrição do fenômenopelo qual o homem cultiva, exercita, pratica seuvínculo com o Creador. Basicamente, ele o fazpela “elevação do pensamento a Deus” (p. 278),num processo em que a intenção é a regra.

Aqui, adentramos no estudo da religiãoespírita.

A religião espírita é uma religião que temdoutrina mas não tem rituais, tem uma propostaprática mas não tem clero, tem princípios masnão tem dogmas. O Espiritismo não faz umchamamento do homem à religião num sentido

do homem “é a distância entre a sua consciênciae o seu ser” (id.). Assim sendo, há, na religiãoespírita, a preocupação com o efetivodesempenho, com o pensamento e a açãodo homem inserido nessa experiênciade identidade, de unidade, com Deus, com suasconseqüências morais e éticas.

No entendimento do espírito LeocádioJosé Correia, o Espiritismo, como religião,“é conhecimento, racionalidade, exercícioconsciente do ser”, “que a religião espírita não ésimplesmente tudo aquilo que não se deve fazer,mas é aprendizado de livre-arbítrio”, portantoé tudo aquilo que se deve fazer “com respeito,dignidade, amor ao próximo e responsabilidade”5 .A religião espírita “não é um conjunto,um sistema de idéias, com perguntas e respostas,é a experiência de vida, o estudo, a pesquisa,o trabalho, o amor ao próximo, a fraternidade,a tolerância, a esperança, a compreensão,a fé racional” (loc.cit., p. 108).

A religião espírita, portanto, tem seuestudo e sua prática ligados ao estudo e práticado Evangelho de Jesus Cristo. Nesse exercício,o espírita não pede a Deus para que as ofensasnão o atinjam, mas que lhe conscientize a sermais paciente, mais tolerante, a ter mais espíritopúblico. Nesse exercício, nesse processo religioso,“a prece é o diálogo com o Creador, é a forçade tudo o que somos, é a nossa intimidadefalando com a vida” (id., p. 109).

Em suma, a religião espírita orientapara o despertar da consciência cósmica, parao sentido da eternidade, para a elevação moral,para o processo consciente de espiritualização

de religá-lo (religare) ao Creador, e sim para queele faça identidade com Ele. Porque o Deus,segundo a Doutrina Espírita, é um Deus Cósmico— estamos Nele e Ele está em nós. A mesma“inteligência suprema” que rege o macrocosmo,rege também o microcosmo. Portanto, há,efetivamente, uma intensa experiência religiosaa ser feita no aprendizado da chamadaescolaridade terrena. É a experiência da iluminaçãointerior, daqueles momentos em que o homemconsegue fazer transcendência, consegue sentira presença do Creador em seu interior. Seja nosinstantes de muita dor, de muita angústia, diantede um desafio, seja nos momentos de alegria,o homem se volta para a Fonte da Vida, essePoder que, embora não lhe seja ainda possívelperceber a natureza íntima, ampara-o, fortalece-o,protege-o, harmoniza-o, e, por vezes, nessasocasiões, ele alcança a significação do Todo e daTotalidade. E essa experiência é feita não a partirde iniciações, de hermetismos, de símbolos,de ritos, mas na sua própria história de vida.

Nessa razão, a religião espírita nosapresenta instrumentos e instruções que nospermitem aprender, fazer consciência crítica,fazer consciência prática, desse sentimento, quenos é inato, em relação ao Creador. O Espiritismotrabalha, racional e criticamente, o sentimentoque Rudolf Otto denominou numinoso(“que evoca uma impressão directa, umareacção espontânea perante um poder que,posteriormente, poderá ser julgadosobrenatural”(sic), citado por Jean Cazeneuve3 ).Agora, não se pode, evidentemente, confundirreligião espírita com outras religiões que estãoestruturadas sobre dogmas, sobre livros, sobrerituais. Na visão de Antonio Grimm, “a religiãoespírita não fala em salvação, mas emconhecimento, sabedoria, iluminação, portantoem responsabilidade”4 ; e acrescenta que“cresce quem se esforça para alcançar as forçasmoventes da vida — Deus, a fé em Deus,a coragem, a certeza da possibilidadede administrar o cotidiano” (loc.cit.).Não existem promessas na religião espírita.Grimm anuncia que o grande problema

1 Antonio GRIMM, in Cadernos de psicofonias de 1994Cadernos de psicofonias de 1994Cadernos de psicofonias de 1994Cadernos de psicofonias de 1994Cadernos de psicofonias de 1994,psicografia através do médium Maury Rodrigues da Cruz,SBEE, 1996, p. 9.

2 Allan KARDEC, in O livro dos espíritos O livro dos espíritos O livro dos espíritos O livro dos espíritos O livro dos espíritos, Lake, 1979, p. 64.

3 Jean CAZENEUVE, in Sociologia do ritoSociologia do ritoSociologia do ritoSociologia do ritoSociologia do rito, Rés, p. 30.

4 A. GRIMM, Cadernos... de 1994Cadernos... de 1994Cadernos... de 1994Cadernos... de 1994Cadernos... de 1994, p. 53.

5 Leocádio José CORREIA, in Serenidade, o esforçoSerenidade, o esforçoSerenidade, o esforçoSerenidade, o esforçoSerenidade, o esforçosilencioso do bemsilencioso do bemsilencioso do bemsilencioso do bemsilencioso do bem, psicografia de Maury R. da Cruz, SBEE,2000, p. 107.

A RELIGIÃO espírita

3

Mensagem extraída do livro“Espiritismo e Exercício Mediúnico”Psicografado através do médiumMaury Rodrigues da Cruz,Curitiba, SBEE, 1985

Exercício mediúnico é aprendizado evolutivo.A vida em qualquer estágio é sempre umprocesso para alcançar a plenitude do ser.

A Doutrina dos Espíritos quer ensinarao homem coerência no agir em faceda pluralidade da vida material e da unidadeda espiritual. O exercício mediúnicoé o laboratório onde as distinções doutrinárias,filosóficas, científicas e religiosas sãoconcretizadas e postas à prova.

O exercício mediúnico presume continuidade;é operação ativa, individual e social, estudo,conhecimento, caridade, perdão, amor,desprendimento, busca da verdade.

A educação espírita visa formar e aperfeiçoaro espírito humano. Não basta cuidardo corpo, é preciso, é fundamental, cuidar

“A mediunidade habilita a comunicação“A mediunidade habilita a comunicação“A mediunidade habilita a comunicação“A mediunidade habilita a comunicação“A mediunidade habilita a comunicação

do homem com o espírito.do homem com o espírito.do homem com o espírito.do homem com o espírito.do homem com o espírito.

O Espiritismo, através da mediunidade,O Espiritismo, através da mediunidade,O Espiritismo, através da mediunidade,O Espiritismo, através da mediunidade,O Espiritismo, através da mediunidade,

faz a fraternidade humana transformar-sefaz a fraternidade humana transformar-sefaz a fraternidade humana transformar-sefaz a fraternidade humana transformar-sefaz a fraternidade humana transformar-se

de palavras em fatos.de palavras em fatos.de palavras em fatos.de palavras em fatos.de palavras em fatos.

A caridade é a expressão que legitimaA caridade é a expressão que legitimaA caridade é a expressão que legitimaA caridade é a expressão que legitimaA caridade é a expressão que legitima

o conhecimento do homem pelo homem”.o conhecimento do homem pelo homem”.o conhecimento do homem pelo homem”.o conhecimento do homem pelo homem”.o conhecimento do homem pelo homem”.

do espírito na plenitude de todo seu ser.Toda educação sem fundamentação filosóficaé estéril. A Doutrina Espírita educafilosoficamente para a liberdadecom responsabilidade.

O exercício mediúnico é processo queenvolve paciência, perseverança, dedicação,amor, sagacidade, consciência críticade direitos e deveres, responsabilidade.

A escola espírita não se limita a instruir;caminha, compõe, faz processode educação.

O exercício mediúnico é unidade,pois representa inteligência e verdade,portanto, conhecimento, aperfeiçoamento,encontro com Deus

A EXTENSÃO

pelo espírito Marina Fidélis

do Exercício Mediúnico

VISITE O MUNESPI

segundas e quartas20h30 às 23h

sábados15h30 às 17h

M U S E U N A C I O N A L D O E S P I R I T I S M O

Rua 29 de junho, 504 - Tingüi - Curtiba - Paraná

4

Menino travesso e esperto, Leocádio JoséCorreia teve uma infância feliz.Filho de família rica e afilhado do ilustrecomendador Manoel Antonio Guimarães,que mais tarde se tornaria Visconde deNacar, ele cresceu correndo e brincandoàs margens do Rio Itiberê, em Paranaguá,litoral do Paraná. Era metade do século 19,época de Monarquia e escravidão no País.

O entusiasmo com as brincadeiras e peralticestípicas da infância, entretanto, deixavamde ser o centro das atenções quando elepresenciava o triste cotidiano dos escravosde sua cidade, que funcionava como umadas mais importantes portas de entradade navios negreiros no País.

A preocupação era tanta que, com menosde dez anos de idade, Leocádio chegoua esconder um escravo fujão em sua casa,ocultando-o inclusive de sua própria família.Estes eram os primeiros sinais do forte idealabolicionista que fez com que, anos depois,Leocádio se tornasse um dos homens maisengajados em tal causa no Brasil.

A infância seguia despretenciosamentee feliz. Cercado de primos e do carinhoda família, demonstrava desde cedo umcarinho especial com uma das primas maisnovas, Carmela, filha da irmã de sua mãee que mais tarde viria a ser sua mulher e mãede seus três filhos.

Mas bem antes disto, motivado pela fortevontade nata de ajudar ao próximo,o adolescente Leocádio decidiu que seguiriao caminho do sacerdócio. Fascinado pelapossibilidade de se tornar um samaritano,com o consentimento e aprovação irrestritade sua católica família, ingressounum seminário em São Paulo, onde passoucinco anos como noviço.

Disciplinado e dedicado, acordava às 5 horas

e estudava com afinco disciplinas comolatim, grego, francês, história sagrada, retórica,história universal, instrução religiosa e filosofia.Aluno exemplar, foi transferido para o Riode Janeiro, onde continuou os estudosteológicos no Colégio Episcopalde São Pedro D’Alcantara.

Nestes anos de paz e recolhimento,entretanto, uma única questão o angustiava.“Como é que a Igreja prega a liberdadedo homem e se mantém submissa ao Estado,calando e consentindo diante da escravidãodos negros no País?”, perguntava-se.Diante de tamanha contradição, nas vésperasde receber os votos e se tornar padre,Leocádio desistiu do celibato.

Num grande conflito interior, questionandode que forma poderia seguir sua vocaçãonata de auxiliar ao próximo, a Medicinaapareceu como uma solução únicae incontestável. Sem jamais desanimar diantedos futuros desafios, o ex-seminarista,aos 19 anos de idade, ingressou na faculdadede Medicina do Rio de Janeiro, onde passariaos próximos seis anos.

A vida na sede da Corte e da vida políticado Império o revelou rapidamentecomo um jovem líder, amado e respeitadopor colegas e professores. Como acadêmico,participava de acaloradas discussões sobrea questão da escravatura e da Guerrado Paraguai, era aluno brilhante nas disciplinasdo curso, auxiliava os que a sua voltanecessitavam de ajuda financeirae se destacava nos seus plantões médicosna Santa Casa do Rio, que eram sempreconcorridos.

Após a formatura, encarou com absolutafelicidade a volta para casa. Seria o primeiromédico formado na Corte a se estabelecerno litoral do Paraná. O retorno aos braçosde sua família e à vida tranquila e pacata

das margens do Itiberê lhe era motivador.Nesta época já havia admitido a si mesmoo quanto amava a prima Carmela e já sabia,através de familiares, o quantoera correspondido. O noivado e o casamentoseriam apenas uma questão de tempo.A união aconteceu em 29 de agostode 1874, na Igreja Matriz de Paranaguá,seguida de grande e alegre festa.

O tempo dedicado a amada Carmela e,futuramente, aos seus filhos Leocadinho,Lucídio e Clara, entretanto, sempre foi divididocom o extenuante trabalho como médico.Leocádio trabalhava muitas horas por dia.Atendia em seu consultório centenasde pessoas que o procuravam diariamente,ia às residências dos que não podiamse deslocar, viajava com prontidãopara realizar socorros mais distantes e jamaiscobrava consulta dos menos favorecidos.

Frequentemente, rumava sozinho a Antonina

LEOCÁDIOJOSÉ CORREIA

foto

s - N

ego

Mira

nda

5

e Morretes, abastecido de remédiose alimentos, sem revelar a ninguém qual erao seu destino. Às margens do RioNhundiaquara vivia uma pequena e miserávelcomunidade de leprosos, totalmenteabandonada à própria sorte pela sociedadeque temia a contaminação.Leocádio,na época, era a únicafonte de sustentoe atenção destaspessoas.

Sempre líder, politizadoe carismático,o jovem médico acabounaturalmenteingressando na política.Foi duas vezes deputadoe uma vez vereador emParanaguá. Apesar deabolicionista convicto,não se opunha à Monarquiae mantinha boas relaçõescom a família imperial. Chegoua receber mais de uma veza comitiva vinda da Cortena pequena Paranaguá, sendoinclusive cicerone do próprioimperador numa de suas visitasao Paraná.

Amigo íntimo de ilustres médicos curitibanosda época, como os doutores Muricye Trajano Reis, Leocádio viajava muitoà capital. A fatigante viagem de mais de 15horas de carruagem o motivou a participarde mais uma luta: agora em prol da construçãoda estrada de ferro Curitiba-Paranaguá.Esta foi para ele mais uma batalha conquistadacom grande esforço.

Leocádio participou ativamente não sódas questões políticas que acabaramresultando na concretização da obra,mas também como médico oficial

Simone Mattos

um benfeitorno império

da empreitada. No auge da construçãoda estrada de ferro, ele chegou a atenderaté quatro mil trabalhadores que seacidentaram ou adoeceram devido ao difícile perigoso trabalho na Serra do Mar.

A inauguração da tão almejada estrada foiuma das últimas conquistas materiaisna breve e brilhante trajetória de LeocádioJosé Correia, que durou apenas 38 anos.Inesperadamente, em 18 de maio de 1886,seu desencarne mobilizou multidõesem todo o Estado do Paraná, que rumarama Paranaguá para o que seria o último adeus

àquele tão importante homem, cidadão, pai,político e médico.

Para nós, espíritas, a data de seu últimodesencarne se tornou um símbolo.As comemorações que acontecemtodos os anos no dia 18 de maio na SociedadeBrasileira dos Estudos Espíritas (SBEE),da qual Leocádio José Correia é umdos mentores espirituais, refletem a nossaadmiração e respeito por ele, conhecido hojecarinhosamente como irmão Leocádio,eterno médico de homens e de almas

Série de documentodo Dr. Leocádio José Correia,pertencentes ao acervo doMuseu Nacional do Espiritismo - MUNESPI

6

Peças, Tibicanga e Guapicu são as ilhasde Guaraqueçaba, no litoral do Paraná,que passaram a ser visitadas por uma equipede cerca de 10 médiuns da SBEE,há dois anos. É o grupo Tonhá Régis,que presta atendimento na área de saúdee desenvolve atividades recreativase culturais com os moradores daquelascomunidades. O número de médiunsdo grupo assim como o número de visitasé bastante variável; depende dos carrose do barco disponível para a tarefa.A meta é conseguir manter a periodicidadede um domingo por mês.

Na Ilha das Peças, 56 famílias foram atendidasem 1999. No ano passado, a prioridade foipara Tibicanga, onde existem cercade 30 moradores. Guapicu é a menordas localidades: existem lá apenas 16 casas.A ilha não tem escola e é uma das maiscarentes do município. Esse ano, é para láque os médiuns estão se dirigindo na maioriadas vezes.

VínculosProcurando suprir algumas das necessidades

de acompanhamento pediátrico, ginecológicoe odontológico das famílias desses locais,a equipe também orienta sobre alimentaçãosaudável, construção de hortas, exercíciosfísicos e sobre questões jurídicas,como obtenção de documentos, etc.Quando os membros do grupo se deparam,por exemplo, com situações de saúde queexijam maiores cuidados, encaminham

os casos para o atendimento do espíritoLeocádio José Correia, em forma de consultaausente. As preces e os passes fazem partede todo procedimento.

“Não queremos mudar conceitos, masestabelecer vínculos”, afirma a coordenadorado grupo Eleonora Gutierrez, se referindo aofato de que o objetivo maior não é promovermudanças, mas estreitar os laços com essascomunidades. “O trabalho da equipe é umaproposta de vida para a humanidade, na qualeu acredito”, garante.

DisponibilidadeO grupo Tonhá Régis foi criado em março de1999 com o objetivo de prestar atendimentoàs comunidades carentes das ilhas do litoralparanaense. Ele é composto de médiunsvoluntários de diversas categoriasprofissionais e conta tambémcom um grupo de apoio e amigos(nem sempre ligados à SBEE) que ajudama viabilizar os trabalhos da equipepara beneficiar os ilhéus.Além da disponibilidade e da alegria,os médiuns viajam levando doações.

GRUPOTONHÁ RÉGIS:

Tina Demarche

DOAÇÕESDOAÇÕESDOAÇÕESDOAÇÕESDOAÇÕES

O Grupo Tonhá Régis aceita doaçõespara serem encaminhadas aos ilhéus quesofrem com as dificuldades decorrentesda proibição de pesca, determinadaem função dos vazamentos de óleoverificados em nosso litoral. As doaçõespodem ser de alimentos não perecíveis,roupas, calçados e utensílios em geral.Elas devem ser entreguesna Sala de Doações da SBEE.

7

São roupas, calçados, livros e mensagensde Leocádio José Correia, que é o mentorespiritual da Sociedade Brasileira de EstudosEspíritas.

As maiores dificuldades enfrentadaspelo grupo são o transporte até o local

QUEM FOI TONHÁ RÉGISQUEM FOI TONHÁ RÉGISQUEM FOI TONHÁ RÉGISQUEM FOI TONHÁ RÉGISQUEM FOI TONHÁ RÉGIS

A denominação do grupoé uma homenagem a Antonio MoraesPereira da Costa, nascido em Paranaguáno dia 3 de fevereiro de 1892.Tonhá Régis, como era mais conhecido,estudou em Curitiba e foi auditor fiscalno Rio Grande do Sul e da Alfândegade sua cidade, por 47 anos.Tendo se dedicado à Doutrina Espírita,presidiu o Centro Espírita Paz e Luz, ondemuitos trabalhos foram realizados.Apesar de pequeno, o grupo de médiunsdaquele centro fazia passes e palestras;possuía uma farmácia homeopáticae dava atendimento ao Lar HercíliaVasconcellos. Havia também distribuiçãode enxoval a recém-nascidos da cidadee das ilhas. Muito estudioso, Tonhá Régisgostava de dar palestras. Seus assuntospreferidos eram o Espiritismo e a históriaparnanguara.“Eu adorava quando, ao jantar,ele contava lindos e verdadeiros casose histórias da cidade, da família ou doslivros que vivia lendo”, diz Rachel Costa,filha de Tonhá.De acordo com ela, foi depoisdo desencarne do pai, em 22 de maiode 1983, que a família tomouconhecimento dos inúmeros benefíciosque ele prestava sem divulgar.“Agradeço sempre por ter sido sua filha,convivendo com seu amor, sua bondadee sabedoria”, finaliza Rachel Costa.

da travessia para as ilhas e o barcopara os levar até elas. A cada viagem,eles rateiam o valor do barco, que variaem torno de R$ 150,00

Orientação e atendimentoa ilhéus do Paraná

che

foto

s - M

orai

na R

eis

8

Muitos desconhecem, mas um importantíssimotrabalho na área de álcool e drogas vem sidorealizado semanalmente na SBEE há quaseum ano. Coordenado pelo médico psiquiatraespecializado no assunto, Severo Ruppell,e orientado diretamente pelo irmão LeocádioCorreia, o trabalho registra grande númerode bem sucedidos atendimentos.A cada segunda-feira à noite, cercade 15 jovens são atendidos.“Eu não atuo apenas em problemas de álcoole drogas, trabalho também na área de estudosde emoção. Entretanto, a maioria absolutados casos é de problemas de adicção(dependência)”, conta o médico,que também é médium da SBEE.Formado há 11 anos, Ruppell conta quesempre se interessou pela área de Psiquiatria,especialmente por questões de álcoole drogas. “Em agosto do ano passado recebio convite do irmão Leocádio para iniciar estetrabalho aqui na SBEE e não penseiduas vezes antes de aceitar”, conta.

Quem são as pessoas que o senhor atende?Quem são as pessoas que o senhor atende?Quem são as pessoas que o senhor atende?Quem são as pessoas que o senhor atende?Quem são as pessoas que o senhor atende?São pessoas que passam pelo irmãoLeocádio e são encaminhadas diretamentepor ele para mim. Geralmente são jovens.

Quais são os casos mais comunsQuais são os casos mais comunsQuais são os casos mais comunsQuais são os casos mais comunsQuais são os casos mais comunsque chegam até o senhor?que chegam até o senhor?que chegam até o senhor?que chegam até o senhor?que chegam até o senhor?Alcoolismo. É engraçado porque me pareceque algumas destas pessoas vivem na ilusãoe na esperança de que o médico ou o irmãoLeocádio vão dizer a elas:“beba porque a bebida vai te fazer bem”...Isso é ridículo e absurdo.

O que fazer então?O que fazer então?O que fazer então?O que fazer então?O que fazer então?Nestes casos, ou você interna a pessoa,o que é difícil porque ninguém querse internar, ou você entra com uma medicaçãoque em termos orgânicos substitua a bebida.Com isso se faz uma dessensibilizaçãoorgânica... É claro que aí você reforçao tratamento com outras coisas,

como a religião ou o amor por si mesma,para envolver a pessoa de tal forma que elaconsiga se desvencilhar da adicção...

Qual é a faixa etária campeã destes casos?Qual é a faixa etária campeã destes casos?Qual é a faixa etária campeã destes casos?Qual é a faixa etária campeã destes casos?Qual é a faixa etária campeã destes casos?De 20 a 30 anos...

O álcool é a pior das drogas?O álcool é a pior das drogas?O álcool é a pior das drogas?O álcool é a pior das drogas?O álcool é a pior das drogas?A bebida sem dúvidas é a drogamais difundida, porque qualquer garotode 11, 12 anos a utiliza por ser lícita e vendida

em supermercados. É a droga mais difícilde controlar. Em segundo lugar viriaa maconha, por ter um preço estável.A cocaína ainda é a terceira e o crack, que háalguns anos era um terror, hoje aumentoumuito o preço e diminuiu o índice de uso,o que foi muito bom porque estava matandomuitos adolescentes. Na periferia ainda émuito grande o uso de inalantes, como cola,solventes e tíner.

Como se inicia geralmente o consumoComo se inicia geralmente o consumoComo se inicia geralmente o consumoComo se inicia geralmente o consumoComo se inicia geralmente o consumode álcool?de álcool?de álcool?de álcool?de álcool?Em festinhas, com cerveja muitas vezes... Elaparece inofensiva e é comum ouvir pessoasdizerem “eu não bebo, apenas tomo cerveja”,como se isso não fosse álcool...

Qual seria o seu conselho para os pais?Qual seria o seu conselho para os pais?Qual seria o seu conselho para os pais?Qual seria o seu conselho para os pais?Qual seria o seu conselho para os pais?Eu percebo um índice de desinformaçãomuito grande. Alguns chegam a me dizerque o filho está tomando maconha,por exemplo. Eles têm a obrigação de saberao menos que maconha é um cigarro.Hoje, quem tem filho ou neto tem que ler,se informar. Isso, aliado a uma reação naturalde achar que nada está acontecendo,podem ser as principais causas do problema.É preciso observar os adolescentescom os quais se convive. Todas as drogasprovocam sintomas fáceis de detectar,como aumento ou diminuição do apetiteou do sono. O que não se pode é fazer vistasgrossas para aquilo em que você não querpensar, se nega a pensar.

Qual é o índice de recuperaçãoQual é o índice de recuperaçãoQual é o índice de recuperaçãoQual é o índice de recuperaçãoQual é o índice de recuperaçãodos pacientes?dos pacientes?dos pacientes?dos pacientes?dos pacientes?Como eu só atendo uma vez por semanana SBEE, sempre dou os meus telefonesaos pacientes e aviso que eles podemme procurar inclusive no meu consultórioparticular, sem nenhum custo, é claro.A maioria me dá este retorno, o que meentusiasma muito. Às vezes eu imagino quealgumas pessoas não estão muito preocupadas

Simone Mattos

SBEE NA LUTACONTRA AS DROGAS

9

com o tratamento e, quando menos espero,elas me procuram. Acho que isso é o maisimportante. O sucesso não é tanto em relaçãoà cura, mas sim da pessoa começara se autodescobrir, começar a perceber queela está se aliando a uma substância que seránefasta para ela. Hoje eu vejo o quantoé bom eu sempre ter pensado deste jeito,porque em termos de cura, a porcentagemmundial fica entre 20 e 30%.

O seu atendimento é uma luz no fim do túnelO seu atendimento é uma luz no fim do túnelO seu atendimento é uma luz no fim do túnelO seu atendimento é uma luz no fim do túnelO seu atendimento é uma luz no fim do túnelpara alguns?para alguns?para alguns?para alguns?para alguns?Veja bem, um adolescente que começoua usar drogas com 14 anos e chega aquicom 18. Ele já está há quatro anos convivendocom isso. Tudo em sua vida já ficousecundário: estudos, família, trabalho...De repente, surge alguém que lhe dáum vislumbre de algo diferente. Acho que éesse o meu trabalho...

No que difere um tratamento convencionalNo que difere um tratamento convencionalNo que difere um tratamento convencionalNo que difere um tratamento convencionalNo que difere um tratamento convencionalao tratamento recebido por usuáriosao tratamento recebido por usuáriosao tratamento recebido por usuáriosao tratamento recebido por usuáriosao tratamento recebido por usuáriosde álcool e drogas na SBEE?de álcool e drogas na SBEE?de álcool e drogas na SBEE?de álcool e drogas na SBEE?de álcool e drogas na SBEE?A princípio não muda muita coisa, porquetanto em meu consultório particular quantona SBEE, o trabalho é o mesmo:enfoca sempre a terapia cognitiva, que éa forma da pessoa conhecer melhora si própria. Também enfatizo muito o aspectoreligioso e da família, que é fundamental,além do amor e do carinho pelos outrose por ela mesma. Abordo ainda muitoa questão de trabalho, lazer e saúde,incentivando a garotada a praticar esportes.Quando a pessoa vem à SBEE, normalmenteela já procurou várias outras coisas,buscando uma maneira mágica de quereruma resposta pronta naquele mesmo diapara o seu problema, para se recuperarimediatamente. A diferença é que quando euatendo na SBEE, alerto sempre sobre isto.Digo que não é para esperar milagres,que eles não vão se livrar das drogas apenasatravés de um passe ou de um copo

de água...

O senhor utiliza as várias terapias que a SBEEO senhor utiliza as várias terapias que a SBEEO senhor utiliza as várias terapias que a SBEEO senhor utiliza as várias terapias que a SBEEO senhor utiliza as várias terapias que a SBEEoferece, como cromoterapia, algodão,oferece, como cromoterapia, algodão,oferece, como cromoterapia, algodão,oferece, como cromoterapia, algodão,oferece, como cromoterapia, algodão,fitoterapia, etc?fitoterapia, etc?fitoterapia, etc?fitoterapia, etc?fitoterapia, etc?Sim, uso muito. Tenho vários pacientesutilizando terapias diversas sob minhaorientação.

E alguns são encaminhados para o exercícioE alguns são encaminhados para o exercícioE alguns são encaminhados para o exercícioE alguns são encaminhados para o exercícioE alguns são encaminhados para o exercíciomediúnico da SBEE?mediúnico da SBEE?mediúnico da SBEE?mediúnico da SBEE?mediúnico da SBEE?Cheguei a encaminhar dois que apresentaramuma disponibilidade muito boa para isto.Depende muito do paciente; se ele quiserser incentivado e quiser se aprofundar mais,terá 100% de cooperação da minha parte

Dr. Severo RuppellENTREVISTA

foto

s - L

ourd

es

10

Moisés, 34 anos, é soropositvo. Conta quefoi usuário de drogas e contraiu o vírus porcompartilhar seringas. Aposentado, ganhaum salário mínimo para manter a família.“Com três crianças pra criar, dandoalimentação, material escolar e saúde,o salário mínimo praticamente não dá pranada”, lamenta.A história de Moisés é semelhantea de Cláudio, 35 anos. Oficial de farmácia,afirma que já passou em três concursos, masacredita que não consegue emprego porcausa da doença. Cláudio diz que não sabecomo adquiriu o vírus HIV, mas não culpaninguém.

Dona Maria Paulina, 54 anos, tambémconhece o problema de perto. O filhodesencarnou por causa da AIDS e a norade 28 anos é soropositiva.

Moisés, Cláudio e dona Maria Paulina fazemparte de um grupo de 50 famílias queno segundo sábado de cada mês se encontrano centro espírita Casa da Fraternidade,no bairro Pirituba, em São Paulo.

Cada família recebe uma cesta básicacomposta por ovos, verduras, alimentos nãoperecíveis, produtos de limpeza e higienepessoal, arrecadados entre os médiunsou doados pela comunidade.

A Casa desenvolve essa atividade há dez anos.A única exigência é que o portador do HIVesteja em tratamento.

“A cesta ajuda na alimentação das crianças.Venho aqui há mais de 2 anos”, diz MariaPaulina. Para Moisés, é mais do que umaajuda. Há 7anos ele conta com o apoioda Casa. “Alguns itens de alimentação porexemplo, não preciso tirar do salário querecebo”. Cláudio vem sendo auxiliado pelaCasa há 2 anos e meio. “Desde o início dadoença, que me desempregou, tenho sido

ajudado. Até cama de solteirocom colchão e cômoda eu ganhei”, conta.

Junto com as cestas, eles ganhampreservativos e material informativo sobrea doença. A distribuição das cestas éapenas uma das atividades desenvolvidaspela Casa da Fraternidade (veja Box).

OrientaçãoFundada em 09 de dezembro de 1961por Luiz Cerqueira Leite e Maria Cândidade Carvalho Leite (dona Candinha), a Casada Fraternidade funcionou durante 4 anosna residência do casal. Depois, ocupouas instalações do Centro Espírita AllanKardec onde permaneceu alguns meses.Só depois de passar pelos bairros Pinheiros,Franco da Rocha e Jabaquara, ganhousede própria no bairro Pirituba - JardimSanto Elias, onde permanece até hoje.

Filiada à Sociedade Brasileira de EstudosEspíritas (com sede em Curitiba), a Casada Fraternidade é presidida atualmente,pelo médium Dirceu Alves da Silva.Segundo ele, a Fraternidade seguea orientação dos espíritos Leocádio JoséCorreia e Antonio Grimm.“Uma vez por mês vou a Curitiba, para

assistir as aulas do Irmão Grimm e sempreque necessário busco a orientação do IrmãoLeocádio. Todo conhecimento que adquirorepasso aos nossos médiuns”.

Dirceu lembra que as pessoas que moramem São Paulo e são atendidas pelo irmãoLeocádio em Curitiba, podem dar continuidadeao atendimento na Casa da Fraternidade.“Quem tem dúvidas quanto ao tratamento ouinteresse em conhecer melhor a Doutrina,pode nos procurar, estamos prontos paraajudar”, esclarece.

A união entre a Casa da Fraternidade e aSociedade Brasileira de Estudos Espíritas

CASADA FRATERNIDADE

Evelise Baronefo

tos

- Eve

lise

Baro

ne

11

aconteceu em 21 de dezembro de 1972,por determinação dos espíritos Bezerrade Menezes e Leocádio Correia.

Em seus quase 40 anos, a Fraternidade já foipresidida por 9 médiuns entre eles,Waldemar Marcondes Machado, SebastiãoPereira Lima Fº e, pela atriz Nicete Brunohoje, vice-presidente da Casa. “Embora nãotenha mais a oportunidade de estar presente,continuo muito ligada à Casa. Estou sempreem contato, acompanhando e vivenciandoo cotidiano da Casa da Fraternidade, comoestou sempre ligada aos trabalhos da SBEEem Curitiba”.

Amor, crescimento, dedicaçãoWanda Galakan da Silva conta que foiconvidada a participar da Casa pela filhada dona Candinha. Foi voluntáriado departamento social, onde era responsávelpelo bazar. Passou a se interessar pelo estudoda Doutrina Espírita quando decidiu conversarcom o irmão Leocádio Correia.“Fui orientada por ele, para trazer a novavisão da Doutrinapara cá. A Fraternidade é o meu segundo lar.Aqui aprendi tudo o que sei. De uma simplesdona-de-casa, me tornei uma coordenadorade grupo de estudo mediúnico e cresci

dedicaçãoe amor ao próximo

Atendimento públicoAtendimento públicoAtendimento públicoAtendimento públicoAtendimento público

A Casa da Fraternidade abre as portas para o atendimento público às quartas-feirasA Casa da Fraternidade abre as portas para o atendimento público às quartas-feirasA Casa da Fraternidade abre as portas para o atendimento público às quartas-feirasA Casa da Fraternidade abre as portas para o atendimento público às quartas-feirasA Casa da Fraternidade abre as portas para o atendimento público às quartas-feirasdas 20h30 às 22h30 e aos sábados das 15h30 às 17h30, com gabinete de orientaçãodas 20h30 às 22h30 e aos sábados das 15h30 às 17h30, com gabinete de orientaçãodas 20h30 às 22h30 e aos sábados das 15h30 às 17h30, com gabinete de orientaçãodas 20h30 às 22h30 e aos sábados das 15h30 às 17h30, com gabinete de orientaçãodas 20h30 às 22h30 e aos sábados das 15h30 às 17h30, com gabinete de orientaçãofilosófica, passes, fluidificação do algodão, cromoterapia e água fluidificada.filosófica, passes, fluidificação do algodão, cromoterapia e água fluidificada.filosófica, passes, fluidificação do algodão, cromoterapia e água fluidificada.filosófica, passes, fluidificação do algodão, cromoterapia e água fluidificada.filosófica, passes, fluidificação do algodão, cromoterapia e água fluidificada.

Os estudos mediúnicos acontecem às sextas-feiras das 20hs30 às 22h30Os estudos mediúnicos acontecem às sextas-feiras das 20hs30 às 22h30Os estudos mediúnicos acontecem às sextas-feiras das 20hs30 às 22h30Os estudos mediúnicos acontecem às sextas-feiras das 20hs30 às 22h30Os estudos mediúnicos acontecem às sextas-feiras das 20hs30 às 22h30e aos sábados das 18h às 20h e seguem o currículo mínimo proposto pela SBEE.e aos sábados das 18h às 20h e seguem o currículo mínimo proposto pela SBEE.e aos sábados das 18h às 20h e seguem o currículo mínimo proposto pela SBEE.e aos sábados das 18h às 20h e seguem o currículo mínimo proposto pela SBEE.e aos sábados das 18h às 20h e seguem o currículo mínimo proposto pela SBEE.Nas quintas-feiras a partir das 20 horas são realizadas palestras com temas diversosNas quintas-feiras a partir das 20 horas são realizadas palestras com temas diversosNas quintas-feiras a partir das 20 horas são realizadas palestras com temas diversosNas quintas-feiras a partir das 20 horas são realizadas palestras com temas diversosNas quintas-feiras a partir das 20 horas são realizadas palestras com temas diversossempre ligados à proposta espírita.sempre ligados à proposta espírita.sempre ligados à proposta espírita.sempre ligados à proposta espírita.sempre ligados à proposta espírita.

Além da distribuição das cestas básicas, a Casa da Fraternidade oferece aulasAlém da distribuição das cestas básicas, a Casa da Fraternidade oferece aulasAlém da distribuição das cestas básicas, a Casa da Fraternidade oferece aulasAlém da distribuição das cestas básicas, a Casa da Fraternidade oferece aulasAlém da distribuição das cestas básicas, a Casa da Fraternidade oferece aulasgratuitas de informática às terças, quartas e quintas, no período da tarde e às segundasgratuitas de informática às terças, quartas e quintas, no período da tarde e às segundasgratuitas de informática às terças, quartas e quintas, no período da tarde e às segundasgratuitas de informática às terças, quartas e quintas, no período da tarde e às segundasgratuitas de informática às terças, quartas e quintas, no período da tarde e às segundasdas 19 às 21 horas, com a professora voluntária Sônia Austilho Ascari,das 19 às 21 horas, com a professora voluntária Sônia Austilho Ascari,das 19 às 21 horas, com a professora voluntária Sônia Austilho Ascari,das 19 às 21 horas, com a professora voluntária Sônia Austilho Ascari,das 19 às 21 horas, com a professora voluntária Sônia Austilho Ascari,sob a coordenação do médium Hélio Toledo.sob a coordenação do médium Hélio Toledo.sob a coordenação do médium Hélio Toledo.sob a coordenação do médium Hélio Toledo.sob a coordenação do médium Hélio Toledo.

Na quinta-feira, são distribuídos cerca de 300 pães para as famílias carentesNa quinta-feira, são distribuídos cerca de 300 pães para as famílias carentesNa quinta-feira, são distribuídos cerca de 300 pães para as famílias carentesNa quinta-feira, são distribuídos cerca de 300 pães para as famílias carentesNa quinta-feira, são distribuídos cerca de 300 pães para as famílias carentesdo bairro e no Natal médiuns e voluntários vestem cerca de 100 crianças.do bairro e no Natal médiuns e voluntários vestem cerca de 100 crianças.do bairro e no Natal médiuns e voluntários vestem cerca de 100 crianças.do bairro e no Natal médiuns e voluntários vestem cerca de 100 crianças.do bairro e no Natal médiuns e voluntários vestem cerca de 100 crianças.No dia é realizada uma grande festa com palhaços e distribuição de doces e brinquedosNo dia é realizada uma grande festa com palhaços e distribuição de doces e brinquedosNo dia é realizada uma grande festa com palhaços e distribuição de doces e brinquedosNo dia é realizada uma grande festa com palhaços e distribuição de doces e brinquedosNo dia é realizada uma grande festa com palhaços e distribuição de doces e brinquedospara a criançada.para a criançada.para a criançada.para a criançada.para a criançada.

O presidente da Casa, Dirceu Silva lembra que todo esse trabalho é realizadoO presidente da Casa, Dirceu Silva lembra que todo esse trabalho é realizadoO presidente da Casa, Dirceu Silva lembra que todo esse trabalho é realizadoO presidente da Casa, Dirceu Silva lembra que todo esse trabalho é realizadoO presidente da Casa, Dirceu Silva lembra que todo esse trabalho é realizadocom a colaboração de todos os médiuns. “Tudo é feito com muita alegria e dedicação”.com a colaboração de todos os médiuns. “Tudo é feito com muita alegria e dedicação”.com a colaboração de todos os médiuns. “Tudo é feito com muita alegria e dedicação”.com a colaboração de todos os médiuns. “Tudo é feito com muita alegria e dedicação”.com a colaboração de todos os médiuns. “Tudo é feito com muita alegria e dedicação”.

A Casa da Fraternidade fica na rua Benedito da Fonseca Rondon, 298,A Casa da Fraternidade fica na rua Benedito da Fonseca Rondon, 298,A Casa da Fraternidade fica na rua Benedito da Fonseca Rondon, 298,A Casa da Fraternidade fica na rua Benedito da Fonseca Rondon, 298,A Casa da Fraternidade fica na rua Benedito da Fonseca Rondon, 298,Pirituba, Jardim Santo Elias, São Paulo/SP - Fone: (0xx11) 3834-1511Pirituba, Jardim Santo Elias, São Paulo/SP - Fone: (0xx11) 3834-1511Pirituba, Jardim Santo Elias, São Paulo/SP - Fone: (0xx11) 3834-1511Pirituba, Jardim Santo Elias, São Paulo/SP - Fone: (0xx11) 3834-1511Pirituba, Jardim Santo Elias, São Paulo/SP - Fone: (0xx11) 3834-1511

muito. É um trabalho difícil. É preciso sedoar bastante. Passo várias horaspesquisando, lendo, ouvindo as fitas doirmão Grimm. Faço tudo com muito amor”.

O crescimento do próprio ser. Assim,define a Doutrina o médium AntonioArmindo Belini. “Quando li uma mensagemdo irmão Leocádio que diz : a Doutrinados Espíritos é libertadora, fiquei pensativodurante muito tempo e acabei descobrindoque essa frase, dita por ele, é o querealmente estava dentro de mim.E, porque a Doutrina é libertadora?Porque não existe dogmas. Dentro de nós,vamos construir a nossa própria liberdade.Essa liberdade, para mim, já começoua existir”. Uma vez por mês, Belini participa

em Curitiba das aulas do irmão AntonioGrimm. Ele diz que grava todas as aulas e oque aprende procura aplicar no dia-a-dia.

Deise de Freitas diz que foi uma forma queencontrou para se conhecer melhor .Há 10 anos na Casa, ela conta que melhorouo comportamento e a sua forma de pensar.“É uma reforma íntima.”

Equilíbrio, aprendizado e conhecimento.Assim, é a Doutrina dos Espíritos, paraa estudante Viviane Faccin, 22 anos.“É a base para minha vida. Estou na Casahá 4 anos e quando não venho, sinto falta.O que aprendo aqui é maravilhoso”

12

Os fenômenos da natureza podem serclassificados em DeterminísticosDeterminísticosDeterminísticosDeterminísticosDeterminísticose Estocásticos (Probabilísticos)Estocásticos (Probabilísticos)Estocásticos (Probabilísticos)Estocásticos (Probabilísticos)Estocásticos (Probabilísticos).Esta classificação orienta o pesquisadora tratar o fenômeno que estuda comas ferramentas da matemática adequadaspara o caso.

Fenômenos DeterminísticosFenômenos DeterminísticosFenômenos DeterminísticosFenômenos DeterminísticosFenômenos DeterminísticosComo determinísticos entendemos todos osfenômenos provocados por uma ou poucascausas principais. Quando determinísticos,a ligação entre os fenômenos de causa e efeitosão muito rigorosas. Um fenômenodeterminístico é muito influenciado pelosque lhe precedem no tempo e, por sua vez,influenciam diretamente nos que lhe sucedem.

O pequeno número de causas nos permitea simulação matemática do fenômeno.Tal simulação é denominada de modelagemmatemática do fenômeno. E, nesse caso,diz-se que o modelo matemáticoé determinista. De posse de um bom modelomatemático determinista, podemos fazerprevisões com segurança.

Por exemplo:Por exemplo:Por exemplo:Por exemplo:Por exemplo:Se um trem viaja com velocidade médiade 100 km/h entre duas estações situadasa 100 km de distância, podemos prever queo tempo de percurso será de 1 hora,a menos que algum fato desconhecidoocorra. Portanto, conhecendo a velocidademédia do trem e a distância a ser percorrida,podemos prever com boa segurançao tempo de viagem.

Entretanto, este modelo não é completo,pois não leva em conta entre outros fatos,por exemplo, o de que o atrito entre as rodasmovidas pelo motor e os trilhos altera quandochove, influindo na velocidade. Em outraspalavras, admitir que a velocidade do tremnão varia durante o trajeto todo é umasimplificação que nos levará a um erro.

Podemos sofisticar o modelo matemáticodeterminístico e assim diminuímos o errono cálculo do tempo de viagem, mas comdificuldade sempre crescente.

É muito importante conhecer a margemde erro associada à previsão do fenômeno.Em outras palavras, para finalidades práticasé muito mais importante saber quenos horários dos trens está embutidauma incerteza de 5 minutos do que tentarmedir inúmeros fenômenos a todo o tempopara avaliar melhor os horários.

Fenômenos EstocásticosFenômenos EstocásticosFenômenos EstocásticosFenômenos EstocásticosFenômenos Estocásticosou Probabilísticosou Probabilísticosou Probabilísticosou Probabilísticosou Probabilísticos

Para estes fenômenos há uma grandequantidade de causas que se combinamde diversas maneiras para provocá-los.Seguem a Lei dos Grandes Números,ou seja, quando repetem-se inúmeras vezesaproximam-se do previsto pela TeoriaTeoriaTeoriaTeoriaTeoriada Probabilidade. da Probabilidade. da Probabilidade. da Probabilidade. da Probabilidade. Esta é baseada em trêsaxiomas (postulados)1 :

PrimeiroPrimeiroPrimeiroPrimeiroPrimeiro::::: a probabilidade de ocorrer um oumais eventos de um conjunto é um númeroreal não negativo.

SegundoSegundoSegundoSegundoSegundo::::: a probabilidade de ocorrerqualquer um dos eventos de um conjuntoé igual a um.

Terceiro:Terceiro:Terceiro:Terceiro:Terceiro: a probabilidade de ocorrerqualquer evento de um subconjuto de umconjunto de eventos mutuamente exclusivosé igual à soma das probabilidadesdos eventos isolados.

Exemplificando para o melhor entendimento:Imaginemos uma caixa contendo bolasde mesmo tamanho e peso, nas cores bran-ca, vermelha e preta em igual quantidadede cada cor.

A probabilidade de se retirar uma bola azul

é igual a zero, ou seja, é impossível. Primeiroaxioma.

No mesmo exemplo, a probabilidade de seretirar uma bola branca é de 1/3 = 0,333...,pois existe, na caixa três cores de bolas,onde uma das cores é a branca. Primeiroaxioma.

No mesmo exemplo, a probabilidade de seretirar uma bola branca ou uma preta ou umavermelha é de 1/3 + 1/3 + 1/3 = 3/3 = 1,ou seja, certeza. Segundo axioma.

Ainda no mesmo exemplo, a probabilidadede se retirar uma bola branca ou uma preta éigual a 1/3 + 1/3 = 2/3 = 0,666...Terceiro axioma.

Então, probabilidade zero significa eventoeventoeventoeventoeventonulo e probabilidade 1 significa evento certo.evento certo.evento certo.evento certo.evento certo.

É comum expressar-se a probabilidade emtermos de percentagem: probabilidade iguala zero corresponde a 0%; probabilidadeigual a 1 corresponde a 100%; probabilidadeigual a 0,6 corresponde a 60%.

É importantíssimo notar que os três postuladosnão dizem como atribuir probabilidadesaos eventos, apenas restringem as maneiraspelas quais tais atribuições podem serrealizadas.

Vejamos um exemplo mais completo:Vejamos um exemplo mais completo:Vejamos um exemplo mais completo:Vejamos um exemplo mais completo:Vejamos um exemplo mais completo:Temos um par de dados perfeitos. Atirandoos dois simultaneamente, o número totalde combinações possíveis de suas faces seráde 36, como mostra o esquema seguinte:

11111 Postulados per se não requerem prova,mas caso a teoria resultante deva ser aplicada,deve ser verificado que os postuladossão satisfeitos quando são dadosaos parâmetros (no caso, às probabilidades)uma interpretação real.

REENCARNAÇÃOE PROBABILIDADE

13

A probabilidade de qualquer evento(2 ou 3 ou 4 ou 5 ou 6 ou 7 ou 8 ou 9 ou 10ou 11 ou 12) é igual a 1/36 + 2/36 + 3/36+ 4/36 + 5/36 + 6/36 + 5/36 + 4/36 + 3/36 + 2/36 + 1/36 = 36/36 = 1 (certeza)[postulado 2].

A probabilidade de ocorrer 6 ou 7 ou 8 éigual a 5/36 + 6/36 + 5/36 = 16/36 =0,444..., = 44,4 %.

Vemos que a maior probabilidade é para asoma das faces igual a 7 (6/36 = 1/6 = 0,17= 17 %). Para a ocorrência de 6, 7 ou 8a probabilidade pula para 44,4 %.

Ninguém pode prever, contudo, quandoocorrerá o resultado 7. Mas, em 1000experiências, digamos, em torno de 170vezes deverá ocorrer o resultado 7 que temuma probabilidade igual a 17%.Caso o resultado esperado seja 6 ou 7 ou 8,em 1000 experiências, tais resultados terãoa probabilidade de ocorrer 400 vezes.

O Fenômeno ReencarnatórioO Fenômeno ReencarnatórioO Fenômeno ReencarnatórioO Fenômeno ReencarnatórioO Fenômeno ReencarnatórioA reencarnaçãoreencarnaçãoreencarnaçãoreencarnaçãoreencarnação é um fenômenodeterminístico, ou seja, existindo o ser ser ser ser ser, este

está sujeito ao processo reencarnatório.Esse processo cíclico visa criar condiçõespara a evolução do referido ser.As diferentes formasformasformasformasformas possíveis de ocorrênciado fenômeno reencarnatório, entretanto,dependem de inúmeras variáveis. Entãoas formasformasformasformasformas do processo reencarnatório sãofenômenos estocásticos (probabilísticos).Esta é a razão por que não é lícito atribuirà forma como ocorreu uma reencarnaçãoou um desencarne uma causa possível.Inúmeras são as causas e geralmente nãodispomos de meios de avaliar quais pesarammais no evento.

Por exemplo, se uma pessoa nasce cega,rapidamente outra pode imaginar que issofoi conseqüência desta pessoa haver cegadoalguém em outra encarnação,sem considerar nenhuma das inúmerasoutras diferentes causas. Sabemos queo processo reencarnatório não abriga carátervingativo ou sequer punitivo– é ferramenta que o Creadornos disponibiliza para a nossa evolução.

Entretanto, se os postulados da Teoriada Probabilidade não dizem como atribuir

probabilidade aos eventos, é perfeitamentepossível influir nas causas, o que se fazatravés da Massa Crítica.Para entender melhor, vejamos o conceitode Massa Crítica.

Massa CríticaMassa CríticaMassa CríticaMassa CríticaMassa CríticaA divisão de um átomo de urânio libera umaquantidade enorme de energia. Provoca-seessa divisão bombardeando o núcleodo átomo de urânio desequilibrando-o.O átomo partido emite partículas que podematingir o núcleo de outro átomo, com umadeterminada probabilidade. Essa probabilidadecresce na mesma proporção da quantidade(massa) de urânio que temos. Haverá umadeterminada massa para a qual essaprobabilidade é tal que uma reaçãoem cadeia inicia e é auto-sustentada.Essa é a chamada massa crítica na FísicaNuclear.

Esse mesmo conceito foi levado para asUniversidades e Institutos de Pesquisa emtodo o mundo para definir a quantidade deDoutores necessários para tornar um núcleode pesquisa num Centro de Excelênciaem determinado assunto.

São 6 x 6 = 36 combinações possíveis. Os eventos soma dassoma dassoma dassoma dassoma dasfacesfacesfacesfacesfaces possíveis são: 2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 (11 resultadosdiferentes). Porém, a probabilidade de cada evento é diferente,como mostra a tabela acima:

Na tabela abaixo, todas as probabilidadessão números reais não negativos. [postulado 1]

FenômenosDeterminísticos e EstocásticosProf. José Bittencourt de Andrade

14

Em Filosofia, o mesmo conceitofoi ampliado para designar o potencialde um grupo de pessoas de uma comunidadepara influir definitivamente em determinadofenômeno social.

Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo:Exemplo:À guisa de ilustração vamos propora seguinte questão:

Dadas três cidades A, B e C muito distantesentre si, mas de aproximadamente igualocupação populacional, e sabendo-se queum gênio da música deverá reencarnarem uma delas, qual será a probabilidadedo mesmo reencarnar em cada uma das trêscidades?

Existe a certeza do nascimento do gênionuma das três cidades. Portanto, peloSegundo Postulado concluímos que a somadas probabilidades do nascimento ocorrerem cada uma das três cidades é igual a 1.

P(A)+P(B)+P(C)=1.

Entretanto, não sabemos qual a probabilidadedo gênio nascer em A ou B ou C.Podemos especular sobre os fatores influentesno nascimento de um gênio da músicaem qualquer uma das cidades. Caso fôssemosos habitantes de uma das comunidadeso que poderíamos fazer para aumentaras nossas chances de receber o gênioda música?

MASSA CRÍTICAA existência ou não de massa crítica musicalem cada uma das cidades poderá ser fatorde muita importância para o nascimentode um gênio musical. Aquela possuidorade massa crítica teria a maior probabilidadede ser o berço do gênio. Não esqueçamosde que a massa crítica é um parâmetrofundamentado na teoria das probabilidadese, portanto um fenômeno estocástico, pois

depende de muitos fatores, no caso, como,existência ou não de escolas de música,de facilidades de aquisição de instrumentosmusicais, partituras etc., de gosto apuradopela música pela maioria da população,de lugares apropriados para apresentação,como coretos e outros, de grande respeitopela arte e pelo artista e de todos aquelesfatores que sejam facilitadores da evoluçãomusical. Portanto, massa crítica já é fatorestocástico que resume uma grande gamade outros fatores também probabilísticos.

Além dos fatores citados, a massa críticapode incluir outros como: os pais maisadequados para que aquela reencarnaçãotenha maiores chances de atingirseus objetivos específicos, o nívelde tranqüilidade mais propício parao desenvolvimento musical e outros.

Se concluirmos, pôr exemplo, que a cidadeA A A A A tem 80% de chances de receber o gênio,não podemos afirmar categoricamente queo rebento nascerá em A, A, A, A, A, mas existe umaverossimilhança grande (80%) de que issoocorra.

E, se a criança nascer em B que mostravaapenas 7% de chances?Nada de extraordinário. Isto é perfeitamentepossível, embora pouco provável. A repetiçãodo evento é ainda mais improvável.Este nascimento poderia estar abrigandoa missão de alterar a mentalidade de umacomunidade de baixo conhecimento musicalou inúmeras outras razões poderiam seras causas reais do evento ocorrer em B.

Caso as probabilidades para as cidades A e Bsejam de 80% e de 7%, respectivamente,qual é a probabilidade do espírito encarnarem C?

Concluímos que não é lícito atribuir à formaformaformaformaformacomo ocorreu uma determinada reencarnação

uma única causa específica ou predominante,como se a forma da reencarnação fosseum fenômeno determinístico.

Os diferentes fatores podem ter pesosdiferenciados no cálculo da probabilidadede ocorrência de um evento(de modo que não haja predominânciade poucos no resultado). Assim, no exemploacima, poderia haver um fatormais importante que os outros - emboranunca determinante - digamos a cidade quepossui uma mãe prospectiva com perfeitaharmonia com o reencarnante pesou muitomais no resultado do que qualquer umdos outros fatores.

Outro exemplo, se enfarte é o eventoestudado, são fatores de risco: fumar, vidasedentária, stress, alimentação errada, etc.Assim, a probabilidade de alguém sofrerum enfarte depende dos fatores presentes,bem como do peso com que cada umcolabora no resultado final.

Portanto, para calcular a probabilidadede um reencarne específico ocorrer de umadeterminada forma teríamos que terconhecimento das causas possíveis,mas também da importância de cada causa(peso) no resultado final. Isto não é tarefaimpossível no polissistema espiritual, mas,extremamente difícil no polissistemamaterial.

A influência que podemos exercer atravésda criação de Massa Crítica, entretanto,é fator importantíssimo para a elevaçãoda qualidade de vida de uma comunidade,bem como da sua maior velocidadeevolutiva. Aí sim, podemos agir, sempreno sentido construtivista, procurando atingirmassa crítica para todos os parâmetrossociais, como educação, saúde, paz,prontidão, geração do conhecimento

15

Ao sair do atendimento público de segundase quartas-feiras, a maior parte das pessoasque comparece à SBEE acaba levando consigoum algodão e suas instruções. No ano passadoforam entregues mais de sete mil.

Esse algodão energizado é uma formade tratamento que tem como objetivopromover o equilíbrio bio-psíquico-espiritualdessas pessoas (Atendimento Público – leiana edição n.20 do DS).

O algodão energizado age basicamenteatravés do sistema de plexos, que éo entrelaçamento de nervos, vascularesou filetes musculares existentes em diversospontos do corpo. Os plexos captam a energiacontida no algodão e a repassamaos sistemas nervoso, linfático e circulatório.O funcionamento do algodão pode sercomparado a uma pilha de rádio ou à bateriade um carro: à medida que é aplicadovai liberando sua energia a quem o estáutilizando. Depois de um período de uso,

descarrega-se, perdendo a validade.Esse algodão em rama (não beneficiadoindustrialmente), graças à oleosidade naturalque possui, permite o armazenamentoda energia, originária de várias fontes.Ela é, principalmente, produto da associaçãodos potenciais mediúnicos e do planoespiritual.

Muitas das doenças que afetam o corpofísico tem, na verdade, origem em algumdesequilíbrio espiritual. Por isso, a atuaçãodo algodão energizado também é estendidaao perispírito (corpo espiritual).

AmbienteAmbienteAmbienteAmbienteAmbienteCerca de 20 médiuns trabalham pelo menosuma vez por semana, separando o algodãoe cortando o material que envolve partedele. A cada noite de segundaou quarta-feira são feitos aproximadamente400 algodões. O formato padrão é o de umretângulo de 12cm x 8cm, mas dependendoda indicação eles são feitos em formato

Recomendações de usoRecomendações de usoRecomendações de usoRecomendações de usoRecomendações de uso

Existem vários tipos de algodão. Eles são indicados de acordo com o problemaapresentado e devem ser usados sobre a pele da região afetada. A região, o númeroe o tempo das aplicações diárias são orientados às pessoas em um folheto explicativo.

Ao fazer uso dele a pessoa deve dar preferência por estar deitada e em um local tranqüilo,sem interferência de aparelhos de rádio ou televisão.

É recomendado também que a pessoa faça preces ou busque pensamentos construtivoscomo os de paz, equilíbrio, saúde e fé, para entrar em sintonia com as energias positivasda vida.

e tamanho especiais.

No dia em que o algodão vai ser entregue,ele é energizado por dois ou três médiuns,sob a orientação de Leocádio José Correia,mentor espiritual da SBEE.

Participando dessa tarefa há cercade 20 anos, Jandira Prolik é hojecoordenadora das equipes do algodão.Para ela, o ambiente onde ele é feitodeve ser de alegria, paz, luz e harmonia,para que tudo isso seja transmitidoatravés dele

Energia em formade tratamento

ALGODÃO:

Tina Demarche

Avida de...

O médico e político curitibano ErastoGaertner nasceu em 24 de abril de 1900.Desde cedo demonstrou vocação literária,tendo colaborado em sua adolescênciacom jornais de Curitiba.Em 1920 ingressou na Faculdade de Medicinado Paraná mas foi transferido parao Rio de Janeiro, onde formou-se em 1925.Dedicando-se à cirurgia geral, voltouao Paraná, iniciando em Curitiba sua vidaprofissional.Erasto Gaertner foi diretor do Departamento

Médico Legal do Estado e diretordo Leprosário São Roque (hoje Hospitalde Dermatologia Sanitária do Paraná). locali-zado em Piraquara.Fundou e dirigiu desde 1932 o Institutode Medicina e Cirurgia do Paraná,onde sempre exerceu sua profissão.Com grande iniciativa, criou o primeiroserviço de luta contra o câncer e importouo primeiro aparelho de radioterapiado estado. Depois, fundou a Liga Paranaensede Combate ao Câncer e, através dos recursos

dessa entidade, idealizou o Hospitaldo Câncer, hoje denominado Hospital ErastoGaertner.Apaixonado também pela política, foi deputadoestadual e colaborou na elaboraçãoda Constituição Federal de 18 de setembrode 1946. Foi ainda secretário de estadode Negócios da Fazenda, cargo que deixoupara assumir a prefeitura de Curitiba,em outubro de 1951.Erasto Gaertner desencarnou em 19 de maiode 1953

ERASTOGAERTNER

Foto-legenda

EM ALGUM PLANO...EM ALGUM PLANO...EM ALGUM PLANO...EM ALGUM PLANO...EM ALGUM PLANO...

Um barco no mar. Uma vida terrena. Ao observar o navegartranqüilo da embarcação e o reflexo prateado dos raiosdo sol nas águas, é automática a comparação.Por mais longe que chegue para cumprir sua rota,por mais distante de nossos olhos – como um ponto quedesaparece na linha no horizonte – assim mesmo estará lá!Em algum lugar, em algum plano. Não deixa de existirsimplesmente porque foge do alcance de nossas vistas!

Foto: Márcio ScatrutLegenda: Tina Demarche

Imagem da Capa:Imagem da Capa:Imagem da Capa:Imagem da Capa:Imagem da Capa: médium - Lúcia H. Calluf – técnica: técnica: técnica: técnica: técnica: pastel à óleo sobre papel sulfite – Grupo

de psicopictografia, Núcleo de Ensino e Pesquisa da SBEE – os objetivos da produção

psicopictográfica são – através do diálogo que a obra propicia, levar o observador ao equilí-

brio psico-bio-espiritual; - provar a existência de espíritos, através de avaliações feitas por

estudiosos da arte, confirmando-se evidências de traço, estilo ou outros elementos caracterís-

ticos do trabalho de determinado artista desencarnado; - provar que o espírito continua em

processo evolutivo no polissistema espiritual, pois sua obra, atual, inédita, contextualizada

dentro dos valores axiológicos atuais, demonstrará uma visão crítica e construtiva da vida.

EXPEDIENTE:EXPEDIENTE:EXPEDIENTE:EXPEDIENTE:EXPEDIENTE: Documentos SBEE – Sociedade Brasileira de Es-

tudos Espíritas – Presidente: Maury Rodrigues da Cruz – DPD –

Departamento de Imprensa e Divulgação – Jornalista Responsá-

vel: Evelise Barone – MTB 297/11/105 – Redatora Chefe: Tina

Demarche – Produção e Revisão: Joel Samways – Projeto Gráfi-

co e Diagramação: Ivan Piccolo – Redação: rua 29 de junho,

504 – Tingüi –Curitiba – Paraná – Brasil – Fotolito e Impressão:

Editora O Estado do Paraná – Tiragem 3.000 exemplares