impresso imobiliario nº67

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Decoração, arquitetura, mercado imobiliário, opinião, política, crônica, música, poesia e HQ, além das melhores ofertas de imóveis. Leia, baixe e compartilhe!

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2 Nº 67 - 2014(16) 3043-6118 - 3237-3900

OPINIÃO

lembrança dos 50 anos da que-da de João Goulart ocupouamplo espaço na imprensa.

Nenhum outro acontecimento dahistória do Brasil foi tão debatidomeio século depois do ocorrido.Para um otimista, isto poderia re-presentar um bom sinal. Afinal, onosso país tem uma estranha carac-terística de esquecer o que ocor-reu ontem. Porém, a reflexão e odebate sobre 1964 e o regime mi-litar acabaram sendo dominadosjustamente por aqueles que condu-ziram o país à crise da repúblicapopulista e que negaram os valo-res democráticos nos anos 1960-1970.

A tendência à hagiografia maisuma vez esteve presente. João Gou-

lart foi transformado em um pre-sidente reformista, defensor dosvalores democráticos e administra-dor capaz. Curiosamente, quandoesta narrativa é cotejada com rela-tos de assessores, como o minis-tro Celso Furtado, ou de um ami-go, como o jornalista Samuel Wai-ner, cai por terra. Furtado, em en-trevista à revista “Playboy” (abril,1999) disse que Jango “era um pri-mitivo, um pobre de caráter”. Wai-ner relatou que “uma vez por mês,ou a cada dois meses, eu visitavaos empreiteiros e recolhia suasdoações, juntando montes de cé-dulas que encaminhava às mãos deJoão Goulart. (…) Eu poderia terficado multimilionário entre 1962e 1964. Não fiquei.” (“Minha razão

de viver”, p. 238).Não é possível ignorar o caos

instalado no país em março de1964. A quebra da hierarquia mili-tar incentivada pelo presidente daRepública é sabidamente conheci-da. A gravidade da crise econômi-ca e a inépcia governamental emencontrar um caminho que reto-masse o crescimento eram maisque evidentes. O desinteresse deJango de buscar uma solução ne-gociada para o impasse não podeser contestado: é fato. O apego àsvazias palavras de ordem como ummeio de ocultar a incompetênciapolítico-administrativa era conhe-cido. Conta o senador Amaral Pei-xoto, presidente do Partido Soci-al Democrático, que em conversa

com Doutel de Andrade, um jan-guista de carteirinha, este, quandoperguntado sobre o projeto de re-forma agrária, riu e respondeu:“Mas o senhor acredita na refor-ma agrária do Jango? No dia emque ele fizer a reforma agrária, oque vai fazer depois?” (“Artes dapolítica”, p.455)

Também causa estranheza a meaculpa de alguns órgãos de impren-sa sobre a posição tomada em1964. A queda de Jango deve serentendida como mais um momen-to na história de um país com tra-dição (infeliz) de intervenções mi-litares para solucionar crises polí-ticas. Nos 40 anos anteriores, oBrasil tinha passado por diversasmovimentações e golpes civis-mi-

Os gigolôs da memóriaNão é possível ignorar o caos instalado no país em março de 1964

A

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litares. Basta recordar 1922, 1924,Coluna Prestes, 1930, 1932, 1935,1937, 1938, 1945, 1954, 1955 —tivemos três presidentes da Repú-blica e dois golpes no mês de no-vembro – e 1961.

Jogar a cartada militar fazia par-te da política. E nunca tinha ocorri-do uma intervenção militar de lon-ga duração. Esperava-se um gover-no de transição que garantisse aseleições de 3 de outubro de 1965e a posse do eleito em 31 de janei-ro de 1966. Esta leitura foi feita porJK — e também por Carlos Lacer-da. Os dois principais antagonistasda eleição que não houve imagina-vam que Castello Branco cumpririao compromisso assumido quandode sua posse: terminar o mandatopresidencial iniciado a 31 de janei-ro de 1961.

JK imaginou que Castello Brancoera o marechal Lott e que 1964 eraa repetição — um pouco mais agu-dizada — da crise de 1955. Erroufeio. Mas não foi o único. Daí a ne-cessidade de separar 1964 do res-tante do regime militar. Muitos queforam favoráveis à substituição deJango logo se afastaram quando fi-cou patente a violação do acorda-do com a cúpula militar. Associar oapoio ao que se imaginava como um

breve interregno militar com os des-mandos do regime que durou duasdécadas é pura hipocrisia.

Ainda no terreno das falácias, arememoração da luta armada comoinstrumento de combate e vitóriacontra o regime foi patética. Nadamais falso. Nenhum daqueles gru-pos — alguns com duas dúzias demilitantes — defendeu em momen-to algum o regime democrático. To-dos — sem exceção — eram adep-tos da ditadura do proletariado. Aúnica divergência é se o Brasil se-guiria o modelo cubano ou chinês.Não há qualquer referência às liber-dades democráticas — isto, eviden-temente, não justifica o terrorismode Estado.

A ação destes grupos os aproxi-maram dos militares. Ambos enten-diam a política como guerra — por-tanto, não era política. O convenci-mento, o respeito à diversidade, aalternância no governo eram consi-derados meras bijuterias. O poderera produto do fuzil e não das ur-nas. O que valia era a ação, a força,a violência, e não o discurso, o de-bate. Garrastazu Médici era, politi-camente falando, irmão xifópagode Carlos Marighella. Os extremostinham o mesmo desprezo pelovoto popular. Quando ouviam falar

em democracia, tinham vontade desacar os revólveres ou acionar osaparelhos de tortura.

Em mais de um mês não li ououvi qualquer pedido de desculpaspúblicas por parte de ex-militantes

da luta armada. Pelo contrário, seautoproclamaram os responsáveispelo fim do regime militar. Ou seja,foram derrotados e acabaram ven-cedores. Os policiais da verdadequerem a todo custo apagar o pa-pel heroico da resistência democrá-tica. Ignoraram os valorosos parla-mentares do MDB. Alguém falou emLysâneas Maciel? Foi ao menos ci-tado o senador Paulo Brossard? E aIgreja Católica? E os intelectuais,jornalistas e artistas? E o movimen-to estudantil? E os sindicatos?

Em um país com uma terrível he-rança autoritária, perdemos maisuma vez a oportunidade de discu-tir a importância dos valores demo-cráticos.

Marco Antonio VillaHistoriador, é autor, entre outroslivros, de ‘Ditadura à brasileira.

1964-1985. A democracia golpea-da à esquerda e à direita’ (Leya).

FONTE: O Globo

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DECORAÇÃO

le acomoda as visitas com con-forto e ainda nos ajuda a descan-sar no final do dia. Protagonista

da sala,é a partir dele que resolve-mos toda a decoração desse espa-ço.

A peça passou por transforma-ções em design e incorporou novosmateriais, que refletem o confortoexigido por cada lar. Alguns exem-plos são: assento de molas, almofa-das com fibra siliconada, encostosreclináveis e chaise retrátil. Tudo issopra deixar o móvel com a cara dodono.

Veja como escolher o seu sofá:1- A posição: O ideal é deixá-lo

de frente para quem chega, isso dásensação de acolhimento. Se o en-costo for alto, fica melhor encosta-do na parede ou em um aparador.Organizar o aparador com porta-re-tratos e pequenos enfeites dá umtoque pessoal à decoração.

2- Tamanho: Antes de ir a umaloja, meça a área que você tem dis-ponível. Ele deve ocupar, no máxi-mo, 2/3 da medida para que sobreespaço para a locomoção das pes-soas. Locais para mesinhas de cen-tro e outros móveis também devemser reservados. Não se esqueça dedeixar um espaço de no mínimo 60cm entre os móveis para que as pes-soas possam circular. Marcar o chão,

com fita crepe, onde cada coisa vaificar, ajuda a imaginar a sala pronta.

3- Função: Uma sala de estarpede um sofá de espuma firme, li-nhas retas, encosto baixo e com aprofundidade entre 80 cm e ummetro. Para uma sala de TV, podeescolher por um reclinável. Nessecaso, ele deve ser de espuma maismacia e que apoie toda sua coluna.Se o ambiente for comercial, umasala de espera pede por um sofá dedois lugares e poltronas individuais.

4- Cores e tecidos: As coresneutras - do cinza ao bege - du-ram por mais tempo, sobrevivemà passagem dastendências enão enjoam fa-ci lmente. Sequiser colorir asua sala, ousenas paredes,nas mantas e al-mofadas, quepodem ser tro-cadas com maisfacilidade. Sinta o tecido e anali-se a manutenção que deverá seradotada no dia a dia. O suede, ochenille e o couro - natural ou sin-tético - são duráveis e podem serimpermeabilizados para facilitar alimpeza. Já o linho e a sarja, ape-sar de mais macios, não são fáceis

Cinco passos para escolher o seu sofáde limpar.

5- Estrutura: parte interna pre-cisa ser sólida, de madeira ou me-tal, e incluir pés. Para verificar isso,levante apenas um dos cantos naparte da frente a 20cm de altura. Seo outro canto da frente não se le-vantar, a estrutura é frágil! Na horade testar as molas, sente-se nele epermaneça por alguns minutos: sevocê ouvir algum estalo, é outro si-nal de fragilidade. Saiba se há espu-ma suficiente para o seu confortoapertando bem os braços e as cos-tas, quanto menos sentir a estrutu-ra, mais confortável o móvel será.

Não se esqueça de exigir o certifica-do de garantia do produto e boascompras!

Mateus JoséArquiteto e consultor

em ambientações. [email protected]

E

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FALA DONA ADELAIDE

Dona Adelaide é uma assídua

leitora do IMPRESSO IMOBILIÁRIO,

e com sua perspicácia, lucidez e

humor, colabora com suas opiniões,

que publicamos com muito gosto.

Nasceu em 1915 e suas posições às

vezes não cabem no que hoje enten-

demos por “politicamente correto”.

Quando indignada, costuma prague-

jar e soltar alguns impropérios.

Fala Dona

Adelaide!Escreva-nos com sua opinião sobre as posições deDona Adelaide, seja também nosso colaborador.

Nosso endereço para este espaço:[email protected] dia, minha filha disse que a

vizinha falou que me lê minhascarta no jornal. Que ela gosta-

va... Ma que io era muito nervosa!Ma que io falo umas coisa engraça-da. Ê... agora eu sô uma palhaça?Stronza! Pensa qui eu fico falando ascoisa pra fazê graça, pra fazê felizos imbecil?

Cáspite, ma que mania tem essepovo de acha que tudo é engraçado?Tudo acha que é tranquilo... Que nãotem que ficá nervoso... O outro diz:relex Nona! Relex é a p... que... te...

Notro dia, minha bisneta ia numafesta di formatura. Belinha ela! Ma io

num gosto! Num queria ir. Muito ba-rulho, gente gritano e aquelas moçacheia de perfume fedido que fica be-jando a gente! Ma vamo Nona... VamoNona.. Tá bom, cazzo! Vamo!É...fumo. Na hora de entrá no lugarque guarda os carro, tinha um cami-nhão parado na porta. Não dava praentrá! Mio bisneto tocô a buzina, gri-tô com os home e o caminhão não semixia. Eu falei: Ma que merd... queesta tá parado com essas luizinha pis-cando? Meu bisneto disse que agora,tudo mundo faiz isso: que quandoquer pará num lugar, é só liga as luizi-nha piscando e ficá parado! Mas a ruanão é pra andar??? Meu bisneto dis-

se que era caminhão de cerveja e decoca-cola, de guaraná! Disse que tudoos caminhão faiz isso pra entrega ascoisa. Di noite e di dia! E porque nãoentrega quêsta porqueria de madru-gada pra não enche a paciência dosotro? Ele disse que os patrão não quépaga os dinhero de quem trabalha denoite. Que eles tem medo dos ladrão!Tá bão, intão estraga a vida dos ou-tro? E o governo não faiz nada? Meubisneto disse que: é normal Nona!Que as pessoa faiz isso nas porta dasescola, dos crube, das igreja, dos hos-

O

pital... é tudo a mesma coisa. Quequem faiz isso é gente pobre e gentefina...

Má que normal!!!! Tenque murta ebotá na cadeia!

Mas ele disse que não tem cadeiapra tudo mundo. Que se não as ca-deia ia ficá cheia!

Ecco!Ma no meu tempo tinha mais res-

peito e iducação. E tinha mais cadeiatámem!

Escreveu o que eu mandei? Então,manda.

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CRÔNICA

elo que tenho na memória, essafunção motriz irmã dos sonhose que supre nossa rala existên-

cia, talvez seja esta uma das mais in-deléveis e gratas recordações quevinha guardando em mim. O ano era1992. Soube que um circo se planta-ra nos arrabaldes do bairro em quelambuzei em vivências minha infância.Quando pequeno ainda, foi lá , na-quele mesmo terreno baldio, pastoquotidiano de cabras e pangarés, quetinha vivido a esplendorosa magia doprimeiro contato com a arte de umcirco mambembe. Uma emoção ma-rota e suburbana me tomou quando,já adulto e de passagem por lá, pre-senciei a montagem das tendas, odescarregar das tralhas e o agito dasgentes. Meu primogênito tinha entãotrês anos. Ou pouco mais, ou menos...Decidi levá-lo e à sua mãe para comi-go vivenciar daquele elixir de fanta-sias que, nem eu mesmo sabia indapulsava em mim.

Ao lá chegar, eu e Ela trocamosolhares e alguns pares de matreirossorrisos. Comparsas e compreensivoscomo sempre o fizemos tentandocompreender as gambiarras dos cir-cos e da vida.

A lona, em lastimável estado, col-cha de retalhos, equilibrava-se e dan-çava ao menor suspiro do vento tos-co daquele verão. Ao redor, criançase pais se agitavam pedindo aos pa-lhaços/mascates as pipocas, algodõesdoces e quebra queixos vendidos àentrada por centavos e gracejos.

No centro do pequeno picadeiro,logo surgiram trapezistas, malabaris-tas, palhaços, bailarinas, cães amestra-dos e um modesto e desmanteladoglobo da morte...

Meu pequeno buscava com osolhos todo o brilho, todo o gesto,todo grito: “Holá !” que pedisse umaplauso, um riso, e a compreensão ealegria para que tudo parecesse darcerto. E a plateia, gentil se entregavaao seu papel.

Como sempre foi, eu e Ela, demãos juntas gritamos, aplaudimos,rimos e compreendemos como tudoera nossa ode de amor à Fellini.

Parecia que ninguém quisesse crerque os palhaços/mascates, vendedo-res das guloseimas da entrada, eramos mesmos pobres trapezistas, mala-baristas e bailarinas da função apre-sentada.

Éramos todos, cúmplices de umamesma farsa feliz.

E foi então que, em certo momen-to, uma voz rouca e impetuosa cor-tou uma breve escuridão e anunciou,com sotaque carregado de não sesabe onde algo como:

“Respeitável público!”Quando o silêncio se fez, ele con-

tinuou: “ Com vocês, a maravilhosa,a magnífica Edlena! A bailarina doar!”

Em meio a uma luz azulada, surgiuno centro do picadeiro uma moça,meio criança e um tanto mulher. Ves-tida em meias de redes e lenços deseda lançava olhares aprazíveis e am-bíguos a todos que os aceitassem.

Tinha uma presença difusa comoa luz que a cercava. De repente, bai-xou sobre ela uma grossa faixa de te-cido vermelho aveludado.

Ela tomou do mesmo num súbitoabraço e em um ágil movimento, foialçada para o mais alto ponto do pi-cadeiro.

Foi então que seu corpo se envol-veu no pano e ela simplesmente su-miu.

Houve um suspiro uníssono da pla-teia, e num instante ela desceu rapi-damente, em um desenrolar abruptoe certamente perigoso.

Todos nós gritamos algo, num sus-to entre ofegante e admirado.

Num istmo, Edlena surgiu! Desen-volta magnificamente de dentro dotecido vermelho aveludado, como seo mesmo fosse parte dela. E eles par-te de um todo.

E rodopiou e bailou contorcendo-

se no espaço, envolta em tecido, be-leza e ar. Tudo ao som de “Years ofsolitude” com Astor Piazzolla e Ger-ry Mulligan. Deixando essa alegria ecoragem incomensuravelmente fixa-dos em nossos olhos para sempre.

Lá se foram os tantos anos...Minha querida Ela já se foi. O meu

pequeno, ainda anda a cuidar de mefazer bem e pensar sempre sobre asbeleza do que vimos, veremos e tudoo mais o que ainda veremos. O queme faz tão feliz quando Ela me fez.

E Edlena, a dançarina de ares epanos, deve estar a mostrar sua bele-za e provar sua coragem, encantan-do a outros tantos, mundo afora.

E estará sempre a visitar meus so-nhos e a me causar suspiros.

Circo de vida essa nossa, não émesmo?

Jeff Gennaro

P

A bailarina do ar

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DIÁRIO DA CONSTRUÇÃO

or todo o interior do país, oaumento dos furtos e roubosás moradias e comércios de-

monstra que o perigo não está ape-nas nas grandes capitais. Um dospontos mais vulneráveis dos imó-veis são as suas aberturas para o ex-terior.

Com o intuito de inibir esta açãoe tornar o imóvel mais seguro, éfundamental investir na prevenção.Hoje é muito comum o uso de alar-mes e câmeras de monitoramento,que ajudam na proteção geral (as-sim como muros altos, grades, cer-cas elétricas, etc.), no entanto, é im-portante pensarmos também em in-vestir em portas e janelas mais ro-bustas, assim como a instalação detrancas mais elaboradas.

Uma fechadura de segurança pos-sui linguetas ou pinos de aço em umou vários pontos da porta, parafu-sos embutidos, chaves codificadascom cópia controlada e mecanismode alta resistência a impactos. Aabertura pode ser mecânica (con-trolada por chave) ou eletrônica(com acionamento por chave, car-tão ou biometria).

Aumentando a segurançaTrocar a fechadura comum por modelos com melhor desempenho é uma prática cada vez mais comum

P

Criminalidade em altaDados da Secretaria de Seguran-

ça Pública (SSP) de São Paulo, divul-gados em abril/14, mostram que rou-bos em geral tiveram crescimentode 17% nos três primeiros meses doano se comparados a 2013. Os rou-bos de veículos aumentaram aindamais: 71%. Os roubos comuns (con-tra pessoas, casas e estabelecimen-tos comercias) também cresceram,na comparação com o mesmo perí-odo, a alta é de 30%.

Ronaldo LeãoArquiteto e Urbanista com mes-trado em Inovação, Tecnologia e

Desenho, pela Universidad de

Sevilla, na Espanha.www.moarquitetura.com

Vale destacarque nem toda fe-chadura biométri-ca é segura, poisalguns sistemassubstituem a chavepela impressão di-gital, enquanto omecanismo inter-no continua sendosimples. Outras di-cas importantes:se investir numaporta de madeira,deverá ser maciça;sempre utilize pa-rafusos longos ousuficiente para fi-

xar o batente com firmeza na pare-de; opte por dobradiças maciças deaço com pinos que entrem no ba-tente e na porta; e não troque a con-tratesta (placa metálica que fica nobatente para receber os pinos) for-necida pela fabricante. Por fim, ba-tente metálico e porta blindada in-crementam consideravelmente a re-sistência do conjunto.Veja a seguir algumas opções parase prevenir.

Fechadura de segurança comquatro pinos de aço

Nível de segurança: 1Composição: corpo metálico, tes-ta e contratesta na fechadura e nobatenteTipo de instalação: centralAcionamento: por chave codifica-daCusto sem instalação: R$ 620,00

Fechadura de segurançacom 12 pinos de aço

Nível de segurança: 2Composição: corpo metálico, tes-

ta e contratesta na fechadura e nobatenteTipo de instalação: em três pontosAcionamento: por chave codifica-daCusto sem instalação: R$ 1.100,00

Fechadura desegurança eletrônica

Nível de segurança: 3Composição: corpo metálico combobina solenoide (item que movi-menta o trinco), fonte de alimenta-ção com bateria e placa eletrônicaTipo de instalação: em vários pon-tos da porta ou do batenteAcionamento: por chave codifica-da, cartão ou biometriaCusto sem instalação: R$ 5.000,00

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O apanhador de desperdíciosUso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras

fatigadas de informar.

Dou mais respeito

às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo.

Entendo bem o sotaque das águas.

Dou respeito às coisas desimportantes

e aos seres desimportantes.

Prezo insetos mais que aviões.

Prezo a velocidade

das tartarugas mais que a dos mísseis.

Tenho em mim esse atraso de nascença.

Eu fui aparelhado

para gostar de passarinhos.

Tenho abundância de ser feliz por isso.

Meu quintal é maior do que o mundo.

Sou um apanhador de desperdícios:

Amo os restos

como as boas moscas.

Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.

Porque eu não sou da informática:

eu sou da invencionática.

Só uso a palavra para compor meus silêncios.

A maior riqueza do homemA maior riqueza do homem

é a sua incompletude.

Nesse ponto sou abastado.

Palavras que me aceitam como

sou - eu não aceito.

Não aguento ser apenas um

sujeito que abre

portas, que puxa válvulas,

que olha o relógio, que

compra pão às 6 horas da tarde,

que vai lá fora,

que aponta lápis,

que vê a uva etc. etc.

Perdoai

Mas eu preciso ser Outros.

Eu penso renovar o homem

usando borboletas.

Manoel de Barros

Cuiabá – 16/12/1916

POESIA

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MÚSICA

migo leitor, os nossos ídolostambém envelhecem e adoe-cem. Por mais óbvio que isto

seja, muitos fãs parecem não teremesta percepção. A última prova dis-to foi a reação da grande mídia asaída do guitarrista e fundador doAC/DC Malcolm Young. O motivoforam problemas de saúde, mas abanda prontamente respondeu quecontinua na ativa.

Ao todo foram 40 anos dedica-dos a guitarra base do quinteto aus-traliano, inúmeras turnês e milharesde horas em cima de um palco. Pormais divertido que imaginamos sertocar um instrumento e viver umavida de “astro do rock” as obriga-ções, pressões e o tempo tambémcobram a sua parcela.

Acredito que por falta de novosexpoentes no mundo do rock clás-sico e pela inconstância e pressõescomercias em produzir a combina-ção entre um bom álbum e um su-cesso de vendas, os fãs seguem cla-mando pelos dinossauros.

Esperamos, também me incluoneste grupo, por notícias de pos-síveis novas turnês e CDs com iné-ditas de grupos como Led Zeppe-lin, The Who, Rolling Stones, Bla-

ck Sabbath, DeepPurple e Pink Floyd.Porém, esquece-mos que estes se-nhores já estão bei-rando os 70 e 80anos. Nem todostem “superpode-res” como Sir PaulMcCartney que noalto dos seus 71anos faz um showde 3 horas ininter-ruptas.

Sim amigo, con-cordo com você quedeve ser bem me-lhor viver como um“rock star” e ter uma legião de se-guidores, do que acordar todo diaàs 6 da manhã para realizar aqueletrabalho enfadonho. Não sou hipó-crita, sei que estes músicos soube-ram aproveitar a vida e desfrutar detodas as possiblidades que um mor-tal comum, como você e eu, jamaisconhecerá, mas sustentar tudo istotambém cansa.

Eu concordo plenamente com oque disse Noel Gallagher em umshow que assisti da primeira turnêsolo do álbum “Noel Gallagher’s

A boa e velha arte de descansar!

High Flying Birds”, aqui em São Pau-lo. Um fã da plateia gritou pedindoque ele tocasse “Wonderwall”, su-cesso eterno do Oasis e com bom

humor ele respondeu:“Você quer ouvir “Wonderwall”?

Compre o CD (What’s the Story) Mor-ning Glory? e coloque na faixa 3".

A

Noel Gallagher

Malcolm Young

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CINEMA

ANA MARIA PÃES & FRIOSR. Miguel Del Ré, 658BAND PÃESAv. Independência, 1764BELLA SÍCILIAAv. Independência, 294BELLA CITTÁ PÃES ESPECIAISAv. Portugal, 1.760DAMA TABACARIA - Bóx 50Novo Mercadão da CidadeDELICATTA PÃES & DELÍCIASAv. Presidente Vargas, 584DOÇURA PÃES E DOCESAv. Plinio de Castro Prado,400DROGARIA PADRE EUCLIDESRua Manoel Achê, 222ELITE PANAv. Treze de Maio, 756EMPÓRIO DAMASCORua Marcondes Salgado,1137EMPÓRIO DO CINEMAAv. Treze de Maio, 1199Av. Nove de Julho,885EMPÓRIO LOURENÇOR. Cerqueira César, 875EMPÓRIO TOSCANARua Campos Salles nº 1928

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO DO IMPRESSO IMOBILIÁRIO

IRAJÁ FRIOSRua Chile, 1421MERC. PANIFICADORA VILA SANTANAR. Marino Paterline, 91METROPOLITAN BUSINESS CENTERAv. Antonio Diederichsen, 400MINAS PÃESR. Ramos de Azevedo, 650NEW CENTURYAv. Pres. Vargas, 2001PALADAR PANIFICADORARua do Professor, 985PANIFIC. CENTENÁRIOPç. Barão do Rio Branco, 367Rua Roque Pippa, 576PANIFICADORA IRAJÁRua Thomás N. Gaia, 1294PANIFICADORA JARDIM PAULISTAR. Henrique Dumont, 593PANIFICADORA SÃO JOSÉR. Casemiro de Abreu, 286PANIFICADORA SÃO RAFAELAv. Caramurú, 2141PANIFICADORA SANTA MÔNICARua João Nutti, 1778PANIFICADORA VILA VENEZARua Barão do Amazonas, 2351

PANIFICADORA VILLA VERDE

Rua. Iria Alves,177

PANIFICADORA VISCONDE

Rua V isconde de Inhaúma, 991

POSTO ANTONIO MARTINEZ

Av. Maria de Jesus Condeixa, 700

POSTO INDEPENDENCE SERVICE

Av.Independência 3520

QUITANDA DO CARLÃO

Rua Álvares Cabral 1381

SAN BRUNO'S

R. Eliseu Guilherme, 611

SANTA RITA PÃES E DOCES

R. Benedicta R. Domingos, 787

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Av. Maurílio Biagi, 1600

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Av. Presidente Vargas, 2121

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R. Amadeu Amaral, 691

VILLA SUCREÊ

R. Atibaia, 369

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Rua Mário de Sousa, 530

o artigo anterior meu fio condu-tor foi sobre a contraproducentediscussão quanto aos conceitos

de gênero. Usei como exemplo bonsfilmes com nuances do masculino e dofeminino. Espero que tenham gosta-do. Quem perdeu, busque facebook dojornal. Bem, enquanto o mundo gira ea Associação Portuguesa de Desportos“roda”, nossos incompetentes tecno-cratas acabaram por nos dar mais ummote para bons filmes. O outrora res-peitado IPEA (Instituto de PesquisaEconômica Aplicada), como um mer-cadinho suburbano, lançou uma abso-

luta pesquisa em rede nacional, talvezinternacional, que constatou que, to-dos nós: pais, filhos, irmãos, primos,tios, avôs, padrinhos, amigos e agre-gados, (incluindo o equivalente femi-nino de tudo isso), achamos que“65,1% dos brasileiros apoiavam quemulheres que usam roupa curta sejamviolentadas”.

Pessoalmente me senti muito ofen-dido. Possuo orgulhosamente quasetodos os títulos acima citados. Fui,como todos nós, desde as cavernas,cuidado por mulheres. Todos sabemose vivenciamos o quanto foram, são, e

infelizmente serão vilipendiadas porreligião, machismo e pura ignorância,além da falta de amor. Inúmeros e fan-tásticos filmes usaram, lidaram e exal-taram a mulher e seus temas correla-tos. Agora acho pertinente indicar essedois, distintos em estilo, mas univer-sais em intenção e força.

A SEPARAÇÃO

O Irã, (agrandiosa Pér-sia, não custalembrar), foiuma das pri-meiras potên-cias sócio/eco-nômica/militardo mundo. Ofato de quenão compactu-am com certos

hábitos ocidentais e suas crenças reli-

giosas costumam ser usadas paratransformá-los em extraterrestres aosnossos olhos. Muitos acreditam que lásó se criam cabras e bombas.

Este é um dos muitos bons filmesproduzidos pelos responsáveis diretospor muito do que temos e usamos defilosofia, arquitetura, matemática, li-teratura e arte. Vale a pena pesquisarsua história.

“A separação” foi produzido no go-verno de Mahmoud Ahmadinejad, oque por si já o torna especial.

Em seu governo, mulheres eram(ainda são) condenadas ao apedreja-mento.

Calma, este filme não chega a tanto.É uma grande lição de relação hu-

mana e universal.Linda, triste e sofisticada.Coisa de gente.ELENCO: Leila Hatami, Peyman

Moadi, Shahab Hosseini, Sareh BayatDIRETOR: Asghar Farhadi

EXPEDIENTE

Distribuição gratuita

José Humberto Pitombeira M. E

Rua Manoel Achê, 697 - sala 02

Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá

[email protected]

Edição e Redação: José Pitombeira | João PitombeiraJornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SPArte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115Tiragem: 10.000 exemplaresImpressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904Sempre causando uma ótima impressão

www.impressoimobiliario.netribeirao.com

Fones: 3237.3900 - 3043-6118

Mulher

N

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15Nº 67 - 2014 (16) 3043-6118 - 3237-3900

HQFHILOMENA

Este é um

filme que

pode parecer

nos tocar

mais proxi-

m a m e n t e .

Trata de uma

cultura oci-

dental e de

preceitos cul-

turais e religi-

osos familia-

res a todos nós. Situação confortável,

mas não menos opressora.

Nele acompanhamos a história ve-

rídica de uma senhora que em sua ten-

ra adolescência, engravidou de um

namoro furtivo. Em uma Irlanda do-

minada por um arraigado catolicismo

mesclado ao ódio político e ao deter-

minismo moral de sua época, ela tem

seu filho roubado de seu convívio.

Se aglutinarmos a tudo isso os in-

teresses econômicos, tudo se torna

mais abjeto.

Judi Dench é uma atriz que sempre

emociona e fascina.

Neste caso específico ela permeia a

feminilidade em todo o fascínio que

nela existe.

Contando sua história, ela comove,

sensualiza, aconchega e engrandece a

feminilidade e a beleza da mulher.

Observações:

O diretor Stephen Frears é um dos

melhores diretores de sua geração. Veja

tudo o que puder deste cara!

Fhilomena Lee encontrou com o

Papa Francisco e perdoou a igreja.

ELENCO: Judi Dench, Steve Coo-

gan, Sophie Kennedy Clark, Anna Ma-

xwell Martin, Michelle Fairley

DIRETOR: Stephen Frears

Os erros são muitos. Aceito os hu-

manos. Mas continuo odiando o que

fazem os tecnocratas. E o pior: sua in-

competência e o que tudo dela advém

são cobrados nos nossos impostos

Jeff Gennaro é ator e diretor da CiaTeatro Salada Vinte

(São Paulo/SP.)[email protected]

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16 Nº 67 - 2014(16) 3043-6118 - 3237-3900