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Page 1: Impresso Imobiliário nº 75
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OPINIÃO2 ANO VII | 2014 | Nº 75

José Humberto Pitombeira M. E - Rua Manoel Achê, 697 - sala 02 - Ribeirão Preto - SP - Jardim Irajá - [email protected]ção e Redação: José Pitombeira - João Pitombeira | Jornalista responsável: João Pitombeira MTB: 71.069/SP | Arte Final: Ney Tosca (16) 3019-2115Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição gratuita | Impressão: Gráfica Spaço (16) 3969-2904 - Sempre causando uma ótima impressão

DEL LAMA CONTABILIDADE

Rua Américo Brasiliense, 1318 - 3632-8434

EXPEDIENTE - IMPRESSO IMOBILIÁRIO

A presidente Dilma começou seu go-verno, em 2011, aparentando rela-

tiva independência frente ao seu criador,o ex-presidente Lula. Disse que daria àsua gestão um perfil administrativo e quenão transigiria com a corrupção. Repre-sentava à época o figurino de gerentonae faxineira. Era tudo uma farsa, mera en-cenação para consumo dos ingênuos —e não faltaram os que acreditaram que acriatura era não só diferente do criador,como até, se fosse preciso, romperia po-liticamente com ele. Em quatro anosdeixou um país com crescimento zero,um governo paralisado e marcado porescândalos de corrupção.

Agora o figurino que está tentandovestir é o da presidente que deseja dia-logar com os partidos e a sociedade.Mais uma farsa. Todo mundo sabe queDilma não gosta de política. Nunca gos-tou. Na juventude transformou oposi-ção à ditadura em confronto militar —com trágico resultado. Quando chefioua Casa Civil do presidente Lula foi elo-giada pelo estilo de durona. Era a mãedo PAC, uma tocadora de obras. A coor-denação política governamental era ta-refa do próprio Lula. Quando assumiu aPresidência, Dilma fez questão de de-monstrar diversas vezes o absoluto de-sinteresse — até mais, enfado — pelastarefas políticas. Ela não gosta de ouvir.Decide por vontade própria.

No discurso de comemoração da vi-tória, a presidente já deu sinais de comopretende governar nos próximos quatroanos. E insistiu na proposta de reformapolítica petista que, entre outras coisas,despreza o papel constitucional do Con-gresso. O governo elabora as mudançase busca, via plebiscito, o apoio popular.Para o PT a negociação só interessaquando os opositores já entram derro-tados e tem de aceitar as imposiçõespetistas.

Dilma liderou a campanha eleitoralmais suja da história. No primeiro tur-no usou da mentira para triturar a can-

didatura de Marina Silva. Guardou paraa fase final da campanha os ataques àhonra de Aécio Neves. E tudo sem qual-quer problema de consciência. Assimcomo Lula, Dilma passou a ter comoprincípio não ter princípio. O importanteera ganhar. Quem fez o que ela fez nacampanha tem condições morais de di-alogar com a oposi-ção?

Dificilmente a re-forma política — ouqualquer outra reformaproposta pelo governo— vai ocupar espaçona agenda política. Oescândalo do petrolãoé de tal monta que po-derá ter um (inicial-mente) efeito destruti-vo e saneador (caso asapurações forem até asúltimas consequências). O encaminha-mento das investigações comandadaspelo juiz Sérgio Moro já desnudou queo assalto dos marginais do poder à Pe-trobras é o maior caso de corrupção dahistória do Brasil. E vai atingir os trêspoderes da República chegando até, se-gundo depoimento do doleiro AlbertoYoussef, o Palácio do Planalto.

A oposição acabou sendo arrastadaa exercer o seu papel pelo eleitorado. Acrise de identidade foi resolvida aindadurante a campanha eleitoral. Diferen-temente das duas últimas eleições pre-sidenciais, desta vez tivemos uma cam-panha mais politizada e com participa-ção popular. Fracassou a interpretaçãode que as manifestações de junho de2013 tinham sepultado a “velha políti-ca.” Pelo contrário, basta recordar as dis-cussões nas redes sociais, o acompanha-mento de toda a campanha, a excelen-te audiência dos debates televisivos,principalmente no segundo turno, e apermanência do interesse pela políticaapós o 26 de outubro.

O cenário econômico é péssimo.

Nem o doutor Pangloss diria que as coi-sas vão bem. O quadriênio Dilma con-seguiu desorganizar as contas públicas,estourar a meta de inflação, colocar emrisco a saúde das empresas e dos ban-cos estatais e paralisar a economia dopaís. E qualquer processo de negocia-ção política é muito mais difícil nessa

situação, pois o gover-no teria de ceder. E ce-der faz parte da políti-ca, e Dilma odeia a po-lítica.

Na atual conjuntu-ra aceitar o aceno dogoverno é jogar na latade lixo 50 milhões devotos. De votos oposi-cionistas. De eleitoresque estão indignadoscom o — usando a ex-pressão do ministro

Celso de Mello citada no julgamento domensalão — projeto criminoso de po-der petista. Não há desejo sincero de di-álogo. As palavras de Dilma não corres-pondem aos fatos. O que dizer de umapresidente que demonizava a adversá-ria imputando a pecha de defensora dosbanqueiros e — dias após à eleição —aumenta a taxa de juros e convida umbanqueiro para o Ministério da Fazen-da? É esperteza ou falta de caráter?

O PT venceu a eleição presidencial

Projeto a caminho da derrotaPara o PT a negociação só interessa quando os opositores já entram derrotados e têm de aceitar as imposições petistas

mas está longe de caminhar para ter ocontrole dos três poderes — sonhoacalentado pelo partido. Perdeu 20%das cadeiras da Câmara dos Deputa-dos e no Senado manteve o mesmonúmero de assentos. Tudo indica quenão terá a presidência de nenhuma dasduas Casas no próximo biênio. E amelhoria qualitativa da bancada opo-sicionista deve criar situações embara-çosas para o governo — e não faltamtemas para explorar. Por outro lado, acomposição do Executivo federal teráde ser ainda mais partilhada com ospartidos que dão sustentação ao gover-no, enfraquecendo o projeto petista. Ese for aprovada a PEC da bengala aindaeste ano, a presidente Dilma perderá aoportunidade de nomear, devido à ex-pulsória, cinco novos ministros para oSTF, acabando com o sonho petista —e verdadeiro pesadelo nacional — detransformar aquela Corte em um pu-xadinho do Palácio do Planalto.

Já estamos em 2015, um ano de 14meses. Ano agitado, o que é bom para ademocracia. E tudo que é bom para ademocracia é ruim para o PT. Vamoster muitas surpresas. O projeto autori-tário petista caminha para a derrotapolítica: são os paradoxos da História.

Marco Antonio Villa é historiadorFonte: O Globo

Dilma liderou acampanha eleitoral mais

suja da história. Noprimeiro turno usou damentira para triturar acandidatura de MarinaSilva. Guardou para afase final da campanhaos ataques à honra de

Aécio Neves

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FALA DONA ADELAIDE4 ANO VII | 2014 | Nº 75

Caros leitores,Desde nosso primeiro exemplar,

há 07 anos, vimos recebendo emnosso e-mail os comentários e par-ticipações de Dona Adelaide.

Algumas vezes, vários na mes-ma edição.

Dada sua atenção ao nosso tra-balho, sua perspicácia, lucidez e hu-mor sobre os mais variados assun-tos, decidimos publicar suas opini-ões, mas não sem antes saber maissobre esta nossa longeva e genero-sa leitora.

Dona Adelaide nasceu em 1915.Creiam, aos 99 anos, dita ao seu bis-neto suas mensagens e exige que omesmo nos mande exatamente oque ditou.

Quando indignada, costuma pra-guejar e soltar alguns impropérios.Deixamos bem claro que suas opi-niões nem sempre coadunam comnossa linha editorial.

Porém, em respeito aos nossosleitores e a liberdade de expressão,publicamos na integra suas opiniões.

Fala DonaAdelaide!

Vamo menino, anda logo que já táquase na hora da novela! Carma

Bisa um cáspite... Já te falei que numtenho mais tempo pra perdê! Tem queligá a merd.. do computadô! Ma quetanto tempo esta bost... demora práligá? Tem que isquentá as varvula? Dáuns tapa nele que pega! Pronto... pe-gou? Intão tá bão. Posso falá?

Io no me aguento mais essa por-

queria de pulitica! Se eles qué impor-calhá o mundo, que se frégue eles!

Ma agora me tão esculachandocom a mia família!

Aqui é tudo pazzo!!!! Um é cumu-nista, outro é farabuto facista, outro équinta coluna, outro é sem vegonhamesmo!!!

Ma é tutti uma família.Inhantes, nas festa, nos casamen-

to, nos batizado, nonatar, nos velório...tudo nóis se falava edexava as briga delado.

Agora tá tudostronzo! Tudo nervo-so! Um não se falacom o outro.

Até filho e pai tá se istranhando!Na minha festa de 99 ano, teve até

pancadaria!Um era do partido da tar da presi-

denta, outro era do outro lado...Bão, cumeçô tudo bem. Beijo na

Bisa, churrasco, umas tarantela tocan-do... Até dancei com um neto meu.Meia música...

Aí, falei: melhor acabá, já tomei

minha cerveja. Tô com sono.Ma não, os pinguço botaro uma mú-

sica barulhenta e começaro a dançá!Io pensei comigo, vai virá uma

merd...Dito e feito!Um maledeto começô: Dirma! Dir-

ma!Io vi um bisneto meu que é um belo

ragazzo, bem educado, uma moça...- Vai toma no fun-

do do olho do seu...falando pro outro!

Esse outro intãogritô: seu burguêis demerd... filho do pa-pai!

Minha neta, quetem pelo nas venta

jogô nele um prato de capelete!Tão bão os capelete!Essa gente não sabe o que é fome!!Bão, aí virô uma esbórnia!Estragaro um monte di comida!

Dirrubaro uma mesa de quitute que ionem comi ninhum!

Ma e a mesa dos dôce!!! Só numistragaro mio bolo porque tava na ge-ladêra!

Tudo isso por causa di política?Vaffanculo!!!

Eles se acha inteligente! Ma numsabe que quem entrá vai robá? E quementrá vai dá emprego pros parente!Quem entrá vai puxá a sardinha prasua brasa! É assim desde inhantes deJesus morrê na cruz!

Ma se nóis sabe, porque fica brigan-do na família?

E si nóis tudo é brasilero, pra queficá brigando?

Arruma a merda da casa e faiz umafesta!

Tudo nóis se diverte e come e bebee vive!

É tão difícilll, porca miséria? Gen-te nova é mais burra que nóis já fumo!

E chega de me dá chinelinho e co-bertor de presente!

Não sô centopeia e tá um calordesgraçado!

Escreveu o que eu mandei? Então,manda.

Escreva-nos com sua opinião sobreas posições de Dona Adelaide,

seja também nosso colaborador.Nosso endereço para este espaço:[email protected]

Aqui é tudo pazzo!!!! Umé cumunista, outro é

farabuto facista, outro équinta coluna, outro ésem vegonha mesmo!!!Ma é tutti uma família.

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DIÁRIO DA CONSTRUÇÃO6 ANO VII | 2014 | Nº 75

Chamamos de forro o revestimen-to interno ou o lado de dentro do

teto de uma edificação. Quando sus-penso por uma estrutura (presa na laje,no madeiramento do telhado ou nasparedes), ele cria um vão entre a co-bertura e o ambiente e atende a diver-sas necessidades. Esse modelo flutu-ante, também conhecido como forrofalso, age como item de proteção ter-

moacústica, abrigo para o sistema elé-trico e hidráulico e até suporte para oequipamento de iluminação. Há diver-sas opções de material.

O mais tradicional, de madeira,deixa o cômodo aquecido e acolhe-dor e tem como principal caracterís-tica a boa reflexão do som (por isso, étão comum em salas de espetáculos).O de gesso está entre os mais usadospor conciliar preço acessível com apossibilidade de detalhamento requin-tado - aceita curvaturas, recortes ourebaixos. Convém exigir dos fabrican-tes e instaladores o correto descartedas sobras, pois se jogadas em ater-ros, podem produzir gás sulfídrico,tóxico e inflável. Já o de PVC despon-ta como o mais prático dessa família.Leve, é facil de transportar e manuse-ar, além de proporcionar instalaa apli-cação (5%), impermeável, nperfil dePVC obras ecrte das sobras, pois sejogadas em aterros, podem produzirgção ágil. Seu baixo custo tambémconfigura forte argumento para o em-prego em obras econômicas.

Veja a seguir, os prós e contras dosmateriais mais populares

LAMBRI DE PVCFormato: Lâminas com encaixe ma-cho e fêmea de 20 cm de largura, 1cm de espessura e até 6 m de compri-mentoEstrutura: Metálica com acabamen-to lateral de perfil de PVCCaracterísticas: Mínimo desperdíciona aplicação (5%), impermeável; nãopropaga chamas; rígido, não permite

a criação de várias for-mas, curvaturas, recortesou rebaixos; resiste aação de fungos, bactérias,insetos e roedores; reci-clável; pode sofrer defor-mação ou manchas como excesso de calor; bomisolante termoacústico eelétrico; não necessitapintura, o que sairia maiscaro; grande facilidade delimpezaCusto por m²: R$ 45,00

GESSO ACORTONADOFormato: Placas de 1,20 x 1,80 m e1,2 cm de espessuraEstrutura: Metálica, com acabamen-to lateral tabicadoCaracterísticas: Mínimo desperdíciona fabricação e na aplicação (5%), exis-tem chapas especiais para áreas compresença de vapor; tem boa resistên-cia ao fogo; possibilita a criação devárias formas, curvaturas, recortes erebaixos; pouca resistencia a ação defungos, bactérias, insetos e roedores;não é reciclável; não sofre deforma-ções ou manchas com o excesso decalor; bom isolante termoacústico;pede aplicação de tinta a cada cincoanos, principalmente em banheiros;média facilidade de limpezaCusto por m²: R$ 100,00

LAMBRI DE MADEIRAFormato: Lâminas com encaixe ma-cho e fêmea de 10 cm de largura, 1cm de espessura e até 5 m de compri-mento Estrutura: De madeira, comacabamento lateral feito de perfil domesmo materialCaracterísticas: Pouco desperdício na

aplicação (10%), sofre com a ação daumidade e do vapor; oferece poucaresistência ao fogo; permite a criaçãode várias formas, recortes e rebaixos;pede tratamento contra a ação de fun-gos, bactérias, insetos; reciclável; nãosofre deformações ou manchas como excesso de calor; bom isolante ter-moacústico; pede aplicação de verniza cada dois anos; admite pintura; pou-ca facilidade de limpezaCusto por m²: R$ 165,00

IMPACTOS AMBIENTAISDO GESSO

O gesso é amplamente utilizado naconstrução civil. Seus usos mais co-muns incluem o revestimento de te-tos e paredes, a confecção de compo-nentes pré-moldados como forros edivisórias e como elemento decorati-vo, devido às suas propriedades de li-sura, endurecimento rápido e relativaleveza.

Qual é o forro certo para sua casa?Além do quesito estético, um bom forro tem que oferecer durabilidade e baixo custo de manutenção

A matéria-prima para a fabricaçãodo gesso é o minério chamado gipsi-ta, cujas maiores jazidas estão locali-zadas no polo gesseiro de Araripe, nosertão de Pernambuco - o polo é res-ponsável por 95% da produção naci-onal.

As sobras de gesso devem ser des-tinadas a aterros especiais e, se nãocontiverem impurezas, podem ser re-aproveitadas como matériaprima nasfábricas de cimento. Os resíduos degesso são classificados como de Clas-se 3 e não podem ser misturados aoutros materiais, como madeira, fer-ro, plásticos e lixo orgânico.

Ronaldo LeãoArquiteto e Urbanista

com mestrado em Inovação,Tecnologia e Desenho, pela

Universidad de Sevilla,na Espanha.

www.moarquitetura.com

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CRÔNICA8 ANO VII | 2014 | Nº 75

Então truta, parça, cumpadre, manoe você aí, gente boa! Encheu a pa-

ciência esse papo idiota e obsoleto so-bre o preconceito contra o nordeste.Que coisinha tacanha, sô! Quem vaipro nordeste com peja de sinhozinhodo sudeste se dá sempre mal. Vai pormim... Primeiro, perde a essência cul-tural deste povo lindo e de tudo o queele representa. Se vai pra ver praia, táperdendo viagem. Fi-casse cuidando do li-toral norte de SãoPaulo, que é divino. Anatureza... porque oresto virou shop-ping... meio resort,mas tem gosto pratudo. Tipo praia deBoa Viagem... De umlado prédios espelha-dos. Do outro tuba-rões e recifes. Resta aquela linha deareia com cara de litoral sul de SãoPaulo: barraquinhas e guarda- sóis! Nolitoral norte paulista, tomei muitobanho pelado com minha turma quan-do lá só tinha mato e os bondososcaiçaras. Sem escândalos. Éramosneo-hippies e os momentos geraispermitiam...

Mas, tem gosto pra tudo.Um amigo músico, (internacional)

Conversinha prazeirosa de irmãose cearense um dia disse que Bahia nãoé nordeste. Tava brincando (?). Nuncame senti tão bem na vida quanto noPelourinho. Nem me achei tão bran-co assim! Talvez um pouco italiano...

No Recife, fomos agraciados pelagentileza dos transeuntes indicandomosteiros, igrejas, museus e prédioshistóricos com o trato da língua por-tuguesa mais cheias de concordânci-

as e esses do que sefala em todo o sul esudeste deste país.Que povo educado!Lá, pude ver a arte deFrancisco Brennandem seu atelier/museue o amor do espeta-cular museu/dedica-ção de Ricardo Bren-nand à cultura uni-versal. Sua coleção é

valorizada pelo mundo todo! Em Olin-da, descer e subir ladeiras, com suasmúsicas naturalmente brotando doscasarios com as suas cores quase pin-tadas à aquarela, é emoção que só per-de para a linda visão que se apresentado alto da cidade. Como disse o fidal-go Duarte Coelho: “Oh, linda situaçãopara se construir uma vila!”. Foi lá, nonordeste, que nasceu nossa civilizaçãocabocla. Lá se fez a primeira sinagoga

da América Latina. De lá saíram asprimeira faculdades do continente. Delá brotaram os poetas e pensadoresdesta raça mestiça e nobre. A partirde lá nos tornamos o que somos. Me-

Que povo educado!Lá, pude ver a arte de

Francisco Brennand emseu atelier/museu e oamor do espetacularmuseu/dedicação deRicardo Brennand àcultura universal.

lhor então não acreditar noseu amigo mal informadodo Facebook.

Não se contagie pela rai-vinha politizada e geralmen-te burra. Leia mais, pesqui-se mais, e se puder, sem asamarras do preconceito eda desumanização que tecerca, visite o nordeste. Vaisadorar meu irmão!

E mande lembranças demim.

Porque saudade é coisa nossa. Sónossa.

Inda mais se for de nossa identidade.

Jeff Gennaro

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MÚSICA10 ANO VII | 2014 | Nº 75

Quem liga a tv ou o rádio nos dias de hoje sedepara com uma grande variedade de artis-

tas independentes com a mesma exposição denomes que tem contrato com gravadoras e patro-cinadores. Para quem não está por dentro da in-dústria fonográfica, ser independente significanada mais que ser dono da própria empresa quegere toda a obra e carreira do ar-tista. Hoje esse segmento ganhadestaque na mídia e compete deigual para igual com os nomes domainstream, mas, essa históriacomeçou há muito tempo.

Na década de 1950, várias pe-quenas gravadoras surgiram nosEUA comandadas por comunida-des de negros que não consegui-am espaço na grande mídia. Em 1967, depois damorte de seu empresário, uma banda inglesa cha-mada The Beatles criou a própria empresa, a Ap-ple Corps, para gerir sua carreira. Um braço dela,a Apple Records, era a nova gravadora. Era a pri-meira vez que a independência chegava ao ma-instream, e logo no topo do mundo. Nos anos 70,o movimento punk produzia e lançava os própri-os trabalhos num ato de rompimento com a in-

dústria. Hoje, com a internet e o fácil acesso ameios de produção e comunicação que antes sóas grandes gravadoras - não mais tão grandes –tinham, a independência tornou-se o caminho maispróximo e natural para quem ingressa no mercadoda música.

Emicida, Criolo, Tulipa Ruiz, Calypso e CachorroGrande, por exemplo, são inde-pendentes. Detonautas, NandoReis e Racionais Mc’s hoje tam-bém são. Com as gravadoras, àsvezes fazem parcerias de distribui-ção ou em projetos específicosmas, detém todos os direitos so-bre suas obras sem interferênciaou pressão dos interesses financei-ros de uma empresa acima deles.

Os gastos são menores (não é preciso bancar todaa equipe da gravadora) o que barateia o custo dosprodutos tornando-os mais acessíveis ao público.Decidem o quê, quando e como fazer e o resulta-do, mais autêntico, conquista tantos fãs que a mí-dia simplesmente não pode ignorá-los.

João Pitombeirajornalista, músico, produtor cultural

Independência ou sorte

Na década de 1950,várias pequenas grava-

doras surgiram nos EUAcomandadas por comu-nidades de negros que

não conseguiam espaçona grande mídia.

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CIÊNCIA12 ANO VII | 2014 | Nº 75

A complexidade do nosso mundo podeser avassaladora: das delicadas formas

de flocos de neve aos padrões de movi-mento de bactérias em uma gota de água,vários fenômenos exibem uma grande en-genhosidade.

Mas de onde vem esta complexidade ?“Emergência”, uma palavra derivada do

verbo emergir, vir à tona, é usada para des-crever a capacidade de componentes indi-viduais de um sistema maior de trabalha-rem juntos a fim de dar origem a um com-portamento dramático e diverso.

VÓRTICES DE BACTÉRIASUm dos trabalhos recentes feitos por

EnkeleidaLushi, da Universidade Brown(EUA), mostrou bactérias formando espon-taneamente um vórtex bidirecional dentrode uma gota de água. As bactérias do cen-tro da gota movimentavam-se na direçãooposta às das bordas. Nenhuma bactériaescolhia criar o vórtex de forma conscien-te, por isto este comportamento é chama-do de “emergente”.

Uma das características do comporta-mento emergente é que ele surge de umaforma espontânea, devido a interações ge-ralmente simples entre as partes que cons-tituem o grupo e o ambiente. Não há um“líder” decidindo como o sistema irá secomportar.

Uma das características desconcertan-tes da emergência é que o fenômeno ge-ralmente não pode ser predito pelo com-portamento das partes. Em outras pala-vras, sistemas emergentes são considera-dos maiores que a soma de suas partes.

Alguns modelos simplificados, comoo dos autômatos celulares, servem para aju-dar a compreender o fenômeno da emer-gência. Alguns modelos incluem a intera-ção entre os elementos do sistema e seuefeito sobre o ambiente.

EMERGÊNCIA, EMERGÊNCIAPOR TODOS LADOS

As amebas, nas condições certas,unem-se e formam algo novo: uma mele-ca que começa a trabalhar como um orga-nismo único. Essa “forma única” é capazde cobrir mais terreno que as bactériasoriginais, colocar colônias em locais esco-lhidos e já mostraram que podem encon-trar a saída em labirintos.

O cérebro é outra estrutura que apre-senta o fenômeno da emergência. Umneurônio individual, ou mesmo fatias in-teiras do cérebro, não tem as mesmas pro-priedades de um cérebrointerconectado. Afetepartes do cérebro, e a ví-tima apresenta uma va-riação enorme na capa-cidade cognitiva e física,na personalidade, nohumor e, em alguns ca-sos, ocorre perda total defunção.

Não só na biologia,como na sociologia apa-recem fenômenos emer-gentes. Um dos maisdramáticos talvez seja aorganização da sociedade das formigas. Sãotodas operárias, até mesmo aquela que nóschamamos de rainha – uma operária es-pecializada em colocar ovos.

As necessidades do formigueiro envol-vem saúde, segurança e alimentação e, aqualquer momento, 25% das formigas es-tão dedicadas à limpeza do ninho, 25% àsegurança e 50% à busca de alimentos.

As proporções são fixas e, quando umaformiga morre, outra é convertida auto-maticamente para manter a relação. Estarelação é mantida pelos ferormônios queas formigas emitem: quando uma encon-

tra muitas operárias, ela automaticamentemuda de perfil para outro dos menos re-presentados. Este sistema simples de si-nais químicos mantém a força de traba-lho em equilíbrio não importa o que acon-teça coma colônia.

Na física e na matemática, a emergên-cia tem um sentido um pouco diferenteda biologia. A migração do micro para omacro, na física, geralmente não resultaem organização, mas em novas proprie-dades. Alguns átomos, ou até mesmo bi-lhões de átomos, fluindo por um cano oupor um lago se movimentam de forma ale-

atória e imprevisível,mas quando certo fluxoé atingido, ele se tornaprevisível. A dinâmicade fluidos, é de certa for-ma, uma propriedadeemergente de gruposaleatórios de átomos.

Outros aspectos dafísica em que a emer-gência aparece são apressão e volume desubstâncias, que é man-tida pela interação degrupos de átomos. O

campo magnético de ímãs é outro exem-plo de emergência – é o resultado do ali-nhamento espontâneo do momento mag-nético de bilhões, trilhões de elétrons. E asupercondutividade, bem como a superfluidez, emergem do fluxo cooperativo deelétrons e átomos, respectivamente.

Em uma escala muito maior, a pró-pria estrutura do universo emerge da in-teração gravitacional das estrelas. E vol-tando a escalas menores, a combinação deátomos forma moléculas e macromolécu-las, com a emergência de estruturas e in-terações que determinam sua função em

biologia molecular, que por sua vez criama biologia celular.

LIGANDO OS NÍVEIS DECOMPLEXIDADE

Apesar do comportamento emergenteestar em praticamente todos os lugares,esta é uma área nova de pesquisa, e nãohá uma compreensão profunda sobre ela.

A cada nível de complexidade surgemnovas leis, propriedades e fenômenos, oque é problemático para a ciência: as leis epropriedades que descrevem um nível deum sistema complexo não necessariamen-te explicam outro nível, não importa oquanto eles possam ser conectados. A com-preensão da emergência de estruturas demoléculas não permite necessariamenteque alguém possa prever a emergência dabiologia celular.

Mesmo a análise e modelagem de fe-nômenos como os vórtices de bactérias,que ajudam a identificar ingredientes ne-cessários para o comportamento emergen-te, não é suficiente. É preciso encontrarnovas formas de pensar sobre a emergên-cia, que ultrapassem os limites da mode-lagem convencional de sistemas específi-cos.

Estas novas ferramentas vão nos per-mitir determinar os princípios unifican-tes do comportamento emergente, fazen-do a conexão entre todos os níveis de com-plexidade. Este é um dos grandes desafiosda ciência atualmente: compreender e uti-lizar os princípios da emergência.

Miguel GalliTerapeuta Quântico/Holístico

[email protected]

Física quântica - “de onde vem a incrívelcomplexidade e ordenação do universo”

O cérebro é outra estru-tura que apresenta o

fenômeno da emergên-cia. Um neurônio indivi-dual, ou mesmo fatias

inteiras do cérebro, nãotem as mesmas proprie-

dades de um cérebrointerconectado

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CINEMA14 ANO VI | 2014 | Nº 75

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO DO IMPRESSO IMOBILIÁRIO

ANA MARIA PÃES & FRIOSRua Miguel Del Ré, 658BAND PÃESAvenida Independência, 1764BELLA CITTÁ PÃES ESPECIAISAvenida Portugal, 1760DAMA TABACARIANovo Mercadão da CidadeDELICATTA PÃES & DELÍCIASAvenida Presidente Vargas, 584DOÇURA PÃES & DOCESAvenida Plínio de C. Prado, 400DROGARIA PADRE EUCLIDESRua Manoel Achê, 222ELITE PANAvenida Treze de Maio, 756EMPÓRIO DAMASCORua Cmte Marcondes Salgado, 1137EMPÓRIO DO CINEMAAvenida Nove de Julho, 885FIORELA GOURMETRua São Sebastião, 1078IRAJÁ FRIOSRua Chile, 1421MERC. E PANIFICADORA VILA SANTANARua Marino Paterline, 91METROPOLITAN BUSINESS CENTERAvenida Antonio Diederichsen, 400

NEW CENTURYAvenida Presidente Vargas, 2001PALADAR PANIFICADORARua do Professor, 985PANIFICADORA CENTENÁRIOPraça Barão do Rio Branco, 367Rua Roque Pipa, 576PANIFICADORA JARDIM PAULISTARua Henrique Dumont, 593PANIFICADORA SÃO JOSÉRua Casemiro de Abreu, 286PANIFICADORA VILLA VERDERua Iría Alves, 177PANIFICADORA VISCONDERua Visconde de Inhaúma, 991SAN BRUNOSRua Eliseu Guilherme, 611SANTA RITA PÃES & DOCESRua Benedicta R. Domingos, 787TIMES SQUARE BUSINESSAvenida Presidente Vargas, 2121VILA SUCREÊRua Atibaia, 369VILA VENTURA BATATARIARua Chile, 401ZAP MATERIAIS DE CONSTRUÇÃORua Mário de Sousa, 530

AUTO CENTER INHAÚMA - ShellRua Visconde de Inhaúma, 930AUTO POSTO CARRO NOBREAvenida Maurílio Biagi, 1224AUTO POSTO FLÓRIDA RIBEIRÃO PRETOAvenida Independência, 2410AUTO POSTO FÓRMULA F. JUNQUEIRAAvenida Francisco Junqueira, 3030AUTO POSTO PORTAL DA PRESIDENTEAvenida Presidente Vargas, 80AUTO POSTO RIBEIRANIAAvenida Costábile Romano, 1891FREE STOP AUTO POSTOAvenida Presidente Vargas, 1176GENIUS AUTO POSTOAvenida Francisco Junqueira, 2640GRAND PRIX CENTRO AUTOMOTIVOAvenida Portugal, 674POSTO 9 AUTO SERVICE - IpirangaAvenida Portugal, 595

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Devo lhes confessar que os arrouboscoletivos que os últimos tempos nos

impuseram, (tipo copa do mundo e elei-ções), me cansaram um bom tanto a be-leza, tão jurada por minha mamãe, e oresto que me sobrava de paciência.

Creio mesmo que todos nós, de to-dos os pontos cardeais do país, necessi-tamos de um pouco da boa pratica de

homem comum. Bem sucedido. Casa-mento perfeito. Boas amizades. Enfim,dentro do padrão de um cidadão estabili-zado.

Até que sua vida édesestruturada por umencontro fortuito.

A normalidade, ou oque se apresentavacomo tal tem seu eixodesnivelado.

Uma historia que,corriqueiramente pode-ria acontecer com qual-

quer um de nós em nossa vida quotidia-na, passa a cutucar com curta vara a no-ção que os personagens, tão centradostem do viver.

Já se disse que “o inferno está nosdetalhes”. Talvez...

Ele pode se apresentar nos pequenosincômodos do dia a dia...

Ou nos acumulados de um todo. Ocerto é que a perfeição não existe. Pormais que a busquemos.

Sejamos nós um delinquente sempátria ou um PhD em neurocirurgia.

ELENCO: Daniel Auteuil, KristinScott Thomas, Leïla Bekhti

DIREÇÃO: Philippe Claudel

O TEOREMA ZERO

A solidão e a angustia coletiva e indi-vidual que hoje nos assola será a mesmaque virá a nos atormentar no futuro? Seafirmativamente, daqui a quanto tempo,de que formas e maneiras ela virá?

Quanto irá durar essa nossa solidãouniversal?

Os que não acompanham esta ideia/constatação poderão, seguindo a boa car-tilha facebookiana, contradizer:

ensimesmarmo-nos.Quem sabe se um pouco do tempo

em que possamos adentrar em nossosmundos particulares, em nossas consci-ências e universos pessoais, possa resul-tar em algo salutar para o coletivo.

Passados esses momentos em quesempre esperamos que nossa posturapessoal, nossa torcida e/ou ideologia se

sobreponha sobre o outro, resta-nos aglória ou o entendimento do que é real-mente um fair play.

Pensando nisso e tentando aglutinarem uma mesma reda-ção dois filmes que meimpressionaram recen-temente, ouso lhes in-dicar ambos. Completa-mente díspares en-quanto estética, tema,estilo e ritmo. Des (pen-so) então a pretensa ide-alização do igualitário.Aposto na beleza do díspar. Do disparata-do!

Acredito mesmo e quero profunda-mente que os paralelos possam se encon-trar no infinito de um raciocínio comum.Mesmo sendo contra a lógica e as inter-mináveis egolatrias vigentes.

ANTES DO INVERNO

Falemosp r i m e i r odeste filmefrancês. Nãotorça o na-riz! O bomvinho, oqueijo, a fi-losofia e osardores dopensar pas-sam pelaF r a n ç a .Também obom cinema. É só uma questão de tratarseus sentidos de forma adulta e com rít-mo alterado, fora do formato “hollyhoo-diano” de olhar, pensar e viver.

Aqui vivenciamos a história de um

Pela diversidade do individual. Cheia de tons.

Pensando nisso e tentan-do aglutinar em umamesma redação dois

filmes que me impressio-naram recentemente,

ouso lhes indicar ambos

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“ N ã o !S o l i d ã o ,que nada!P e n s a rsobre opositivo!”

O r a ,então oque so-mos hoje?

Presosem engar-rafamen-tos infin-

dáveis dentro de mega cidades/estados/

territórios/veículos, bombeados a ar con-dicionado e barulho. Grudados às tecno-logias viciantes, “chupetas de silício” eainda cheios de saudades de uma felici-dade urbana e moderna que nunca vive-mos...

Este preâmbulo pode ser um tantodesconfortável se pretende ser o enunci-ado de uma indicação para um filme.

Mas estamos falando de um filme di-rigido por Terry Gilliam.

Este integrante do fabuloso grupo cô-mico Monty Python vem se aprimorandoem nos presentear com seus filmes gran-diloquentes e nada comuns.

“O Mundo Imaginário do Dr. Parnas-sus”, “Os 12 Macacos”, “O Pescador deIlusões” e “Brazil, o filme” são algumasde suas melhores alucinações cinemato-gráficas.

Parece falácia, mas já estamos no uni-verso apresentado neste boníssimo “Te-orema Zero”.

Em tempo: Mais uma vez o trabalhode Christoph Waltz, ganhador do Oscar edo Globo de Ouro em “Bastardos Inglóri-os”, vale todo o filme.

Uma viagem num todo estranho... emuito familiar.

ELENCO: Christoph Waltz, David

Thewlis, Mélanie Thierry, Matt Damon,Tilda Swinton, Peter Stormare

DIREÇÃO: Terry Gilliam

E pra não dizer que não falei das co-res, os filmes indicados fogem dos can-sativos azul e vermelho que tanto nosimpacientaram nos últimos tempos. Bompoder tratar das varias tonalidades do cinzareal.

Jeff Gennaro é ator e diretor daCia Teatro Salada Vinte

(São Paulo/SP.)[email protected]

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