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ano 8 nº 47 julho/agosto/setembro de 2011 Uma publicação da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo ISSN 2179-7455 EFICIÊNCIA EM OBRAS PÚBLICAS II Congresso de Patrimônio Público e Social do MP de São Paulo aponta a falta de planejamento como principal obstáculo.

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ano 8 nº 47 julho/agosto/setembro de 2011

Uma publicaçãoda Escola Superiordo Ministério Públicode São Paulo

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ISSN 2179-7455

EFICIÊNCIA EM OBRAS PÚBLICAS

II Congresso de Patrimônio Público e Social do MP de São Paulo

aponta a falta de planejamento como principal obstáculo.

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editorial

PluralRevista da Escola Superior do Ministério Público

DiretorMário Luiz [email protected]

AssessoresEverton Luiz ZanellaJosé Mário Buck Marzagão BarbutoMaria Sílvia Garcia de Alcaraz Reale FerrariSusana Henriques da [email protected]

Jornalista responsável:Rosana Sanches (MTb 17.993) [email protected]

FotosRosana Sanches (capa)Maurício Neto

Direção de arteGuen Yokoyama

DiagramaçãoTeresa Lucinda Ferreira de Andrade

Revisor de textoHeleusa Angélica Teixeira

CTP, impressão e acabamentoImprensa Oficial do Estado de São Paulo

Tiragem3 mil

PeriodicidadeTrimestral Escola Superior do Ministério PúblicoRua 13 de Maio, 1259 Bela Vista – São Paulo/SPTelefone: (11) 3017-7990www.esmp.sp.gov.br

ISSN 2179-7455

O Brasil tem experimentado nos últimos anos complexo processo de reformas em sua estru-tura, decorrente da nova ordem econômica instalada no mundo: o neoliberalismo. Paralelamente a essa transformação, houve a efetiva democratização do Estado Brasileiro, alcançada com a Constituição Cidadã de 1988. O Ministério Público, nesse cenário, tornou--se o grande bastião da sociedade no combate, dentre outros, à corrupção e à criminalidade econômica. Também se destaca como Instituição essencial para a proteção dos direitos fun-damentais, sejam eles individuais, sociais ou difusos.Essa nova instituição vem, desde então, crescendo e se aperfeiçoando e conta, nesse processo de evolução, com a Escola Superior do Ministério Público que, nos últimos anos, vem expe-rimentando forte expansão em sua estrutura, de modo a proporcionar aos seus membros e servidores, e também à comunidade jurídica como um todo, uma enorme variedade de eventos. No último trimestre, destacamos a realização do Congresso do Patrimônio Público, evento que, por três dias, com a participação dos maiores especialistas no tema, discutiu o princípio da eficiência nas obras públicas, tema relevantíssimo, tendo em vista os grandes eventos es-portivos que se avizinham em nosso país. Os desafios enfrentados pelos promotores e procuradores de Justiça com a edição da nova lei das medidas cautelares no processo penal foram também encampados pela ESMP, com a realização de eventos destinados à discussão do tema nas cidades de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Franca, São José do Rio Pardo, Sorocaba, Registro, Atibaia, Caragua-tatuba e Taubaté, bem como na Universidade Mackenzie e na Faap, sempre resguardando o posicionamento do Ministério Público, a defesa, o aprimoramento e a disseminação da nossa doutrina institucional.Não nos esquecemos do combate à criminalidade organizada, com o curso de extensão re-centemente iniciado, bem como com a oficina de trabalho destinada à discussão do tema “Co-operação Jurídica Internacional”. O “Curso de Direitos Humanos”, o seminário “Valoração do Dano Ambiental”, o “Colóquio sobre Direito Eleitoral” e o “Curso de Direito Europeu do Consumidor” bem demonstram a diversidade de eventos ofertados aos colegas pela nossa Escola, que não deixou de lado os servidores e estagiários, com os cursos de adaptação e licitação (para servidores).Em suma, a nossa Escola Superior está em franca atividade e em crescente processo de in-teriorização. Já projetamos cursos de extensão para os núcleos regionais, bem como novos cursos de especialização.O processo de modernização e a maior oferta de cursos e eventos, não só na capital, mas também no interior, é o modelo de gestão que assumimos como missão e, mais do que isso, como um verdadeiro compromisso perante a classe.

Um abraço,

Mário Luiz Sarrubbo

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índice

artigo �Os�celulares,�as�antenas�e�a�saúde�pública 4

Panorama�do�II�Congresso�de�Patrimônio�Públicoe�Social�do�Ministério�Público�de�São�Paulo 9

capa

Estagiários�completam�Curso�de�Adaptação 18

Começa�o�curso�sobre�técnicas�de�combate�ao�crime��organizado 20

Pós-graduação�em�Direitos�Humanos 21

Análise�comparativa�Brasil-Europa�no�Direito��do�Consumidor� 22

Três�novos�cursos�de�ensino�a�distância� 23

cursos

Introdução�ao�Sistema�Jurídico�Anglo-americano 25

Princípios�Humanistas�Constitucionais 25

Teoria�Pluriversalista�do�Direito�Internacional 25

livros

notasUm�só�curso�de�formação�para�todos�os�promotores��do�Brasil 26

Visita�de�John�Matel 26

Ciclo�de�estudos�e�debates�sobre�questões�ambientais 27

Colóquio�sobre�direito�eleitoral:�Lei�da�Ficha�Limpa��e�eleições�2012 27

Ciclo�de�palestras�aborda�mecanismos�de�combate��criminalidade�hodierna 28

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�Os�celulares,�as�antenas�e�a�saúde�pública 4

simpósio “Valoração�do�Dano�Ambiental”�para�membros��e�assistentes 39

Panorama�do�II�Congresso�de�Patrimônio�Públicoe�Social�do�Ministério�Público�de�São�Paulo 9

Estagiários�completam�Curso�de�Adaptação 18

Começa�o�curso�sobre�técnicas�de�combate�ao�crime��organizado 20

Pós-graduação�em�Direitos�Humanos 21

Análise�comparativa�Brasil-Europa�no�Direito��do�Consumidor� 22

Três�novos�cursos�de�ensino�a�distância� 23

Introdução�ao�Sistema�Jurídico�Anglo-americano 25

Princípios�Humanistas�Constitucionais 25

Teoria�Pluriversalista�do�Direito�Internacional 25

Cooperação�jurídica�internacional�em�estudo� 29oficinas

palestrasEm�Barretos,�a�palestra�“Dos�Crimes�contra��a�Dignidade�Sexual” 30

Na�Barra�Funda,�uma�visão�europeia�da�criminalidade��ambiental�organizada 31

Em�Ourinhos,�aspectos�relevantes�da�improbidade��administrativa 32

Justiça�Terapêutica:�aspectos�práticos�da�atuação 33

“Medidas�cautelares”�lota�auditórios�na�Mackenzie��e�na�Faap 34

Projeto�de�alteração�do�CPC�é�enfoque�da�palestra�de��Nelson�Nery�Jr. 37

Responsabilidade�de�Prefeitos�é�tema�em�Ribeirão�Preto 38

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artigo

Oscelulares,asantenaseasaúdepública

O avanço desmedido e incontido das novas tec-nologias invade de forma arbitrária a vida das pes-soas, tornando-as reféns de um circuito eletrônico que se apresenta obrigatório para a convivência social. Os bens de consumo, atrelados a um de-sempenho invejável, já não se apresentam como simples aparelhos para uma determinada função. E, sim, num minúsculo invólucro, está contido um repositório tecnológico da mais avançada pesquisa que exigirá muito tempo do cidadão comum para manuseá-lo e descobrir todas as suas propriedades.

É o caso do aparelho celular. Em pouco tempo de utilização experimentou uma espetacular evolu-ção. De um aparelho para fazer e receber chama-das passou a ser um minúsculo sistema de compu-tador, ultracompacto, que cabe na palma da mão, com sobras. Além de carregar softwares e hardwa-res para atender às mais variadas exigências – com aplicativos sofisticados que possibilitam a navega-ção na internet e redes sociais –, reproduz vídeo em HD e se apresenta com várias roupagens, entre elas o iPhone.

E a tendência é continuar a utilização da mais refinada tecnologia. Com o apelo midiático, o con-sumidor procura ajustar-se ao seu tempo adquirin-do o que se apresenta como a última novidade, que não passa de uma utopia. Em pouco tempo percebe que está de posse de tecnologia ultrapassada e a roda-viva continua a girar passando por ele exibin-do apelativamente a última atualização. Como bem acentuou Muraro, “o século XX assistiu e o século XXI está assistindo à mais fantástica revolução his-tórica da humanidade. Não uma revolução política, social ou econômica, mas uma revolução total – a revolução do humano – desencadeada e acelerada pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia”.1

O problema é que tanta evolução tem um custo, não só para a aquisição do aparelho, mas também outro, invisível e perene, perigoso e traiçoeiro, que começa a fazer a cobrança à saúde do ser humano.

1Muraro,RoseMarie,Os avanços tecnológicos e o futuro da humanidade: querendo ser Deus?RiodeJaneiro,Edi-toraVozes,2009,p.37.

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Ao lado do aparelho celular, para que ele possa ser utilizado, são construídas antenas de telefonia que invadem as cidades, vão se alojando em locais de acordo com a conveniência das operadoras, como se fossem hastes ou grampos fincados sem ne-nhuma estética, na maioria das vezes sem nenhum estudo a respeito do campo elétrico gerado pela ra-diação.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já acen-deu a luz amarela de advertência no sentido de que os aparelhos que emitem ondas eletromagnéticas, como celulares e suas antenas, podem causar cân-cer. Outros profissionais da área da saúde amplia-ram os males alcançando a infertilidade, mal de Parkinson, Alzheimer, agressividade, abortos, da-nos ao DNA, envelhecimento precoce das células, depressão, perturbação do sono, fobias e outros. Não se trata de uma afirmativa com base em estu-dos cientificamente comprovados porque a poluição eletromagnética começou a ser objeto de investiga-ção neste século, mas o alerta já é suficiente para a precaução necessária, sem o alarmismo desmedi-do. É interessante observar que também não foram realizados estudos em sentido contrário, quais se-

jam, de que as emissões não tragam risco à saúde humana.

O estudo inicial que determinou a manifestação do órgão mundial indicou que pessoas que usaram o aparelho celular por 30 minutos por dia nos últimos dez anos apresentaram 40% a mais de chances de desenvolver tumores encefálicos malignos. Alguns países da Europa, preocupados com tais índices alarmantes, realizaram estudos e diminuíram con-sideravelmente a taxa de emissão de radiação pro-vocada pelos celulares e suas antenas, com adoção de valores 100 vezes inferiores aos recomendados pela Comissão Internacional de Proteção contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp) e referendados pela OMS.

No Brasil, a competência para fixar os níveis de exposição dos campos eletromagnéticos, tanto para o celular como para as antenas, cabe à Anatel, primeira agência reguladora instalada no Brasil, regida pela Lei 9.472/97, que em seu artigo 60, § 1º, define:

“Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de

Eudes Quintino de Oliveira Júnior é

promotor de Justiça aposentado,

Mestre em Direito Público, doutor em

Ciências da Saúde, pós-doutorando em

Ciências da Saúde e reitor da Unorp

(São José do Rio Preto)

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símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza”.

E no § 2º define estação de telecomunicações:“Estação de telecomunicações é o conjunto de

equipamentos ou aparelhos, dispositivos e demais meios necessários à realização de telecomunicação, seus acessórios e periféricos e, quando for o caso, as instalações que os abrigam e complementam, inclu-sive terminais portáteis.”

As antenas de celulares são instaladas sem um critério técnico, na maioria das vezes despro-vido do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que é a execução de tarefas técnicas e científicas por equipe multidisciplinar para analisar a viabilidade da implantação de um projeto e sua repercussão no meio ambiente, os riscos que oferece, a poten-cialidade de dano ao ambiente e à saúde das pes-soas e outros fatores ambientais que devem ser pesquisados. Também ausente o Estudo de Im-pacto de Vizinhança (EIV), recomendado pela Lei nº 10.257/2001, conhecida como Estatuto da Cida-de, que tem por finalidade diminuir os problemas urbanos já existentes e avaliar se as instalações obedecem ao traçado legal e se não provocam riscos aos moradores.

Além do que, conforme determina a legislação que trata do Estatuto da Cidade, não são convoca-das audiências públicas nem mesmo a mobilização das sociedades protetoras do meio ambiente, das associações de bairros, das instituições interessa-das, enfim, da comunidade em geral para analisar e avaliar as propostas contidas na legislação mu-nicipal. Sem falar ainda do distanciamento da Lei federal 6.938/81, que trata da política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de aplica-ção. Nem sempre a visão do poder público é coin-cidente com a da população, destinatária da medi-da, mas, essa, em razão do princípio da justiça, é obrigada a aceitar.

O desrespeito à regra de se ouvir a maioria traz consequências irreparáveis, pois o poder público irá tomar decisão que envolverá o interesse da res pu-blica, com o consentimento da minoria somente e a quebra inevitável do princípio da igualdade. Rawls, a respeito da regra da maioria, é taxativo:

“Um aspecto fundamental do princípio da maio-ria é que o procedimento deve satisfazer as condi-ções da justiça básica. Nesse caso, essas condições são as da liberdade política – liberdade de expres-são e de reunião; liberdade de participar das ativi-dades públicas e influenciar por meios constitucio-nais, o curso da legislação – e a garantia do valor equitativo dessas liberdades”.2

Também, pelo que se sabe, não é oferecido laudo de radiação eletromagnética pelas empresas interes-sadas, visando a demonstrar que as antenas de trans-missão de telefonia móvel não oferecem nenhum perigo à saúde da comunidade, assim como a outros equipamentos instalados até mesmo em hospitais.

Basta ver, ao circular pelas cidades, que as ante-nas são fincadas em prédios ou outras construções de considerável altura, muitas vezes uma ao lado da outra, nos pontos de maior densidade popula-cional, proporcionando um desolador emaranhado estético, que receberia reprovação do mais simples cidadão. Sem falar ainda das subestações de ener-gia elétrica, linhas de alta tensão, transformadores e outras fiações que cortam e recortam as cidades.

Os gregos cuidavam das polis e tamanha a impor-tância que, quando pretendiam fundar alguma, con-sultavam o Oráculo de Delfos. Os romanos eram di-ligentes na conceituação das urbes, que eram o local de reunião e o domicílio, cercadas de fosso e de mura-lha. Construíram de forma inteligente e racional seus

2Rawls,John.Uma teoria da justiça.TraduçãodeAlmiroPisettaeLenitaMariaRimoliEsteves.–2ªed.–SãoPau-lo:MartinsFontes,2002,p.395.

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A�edificação�das�torres�de�telefonia�celular,�inóspitas�figuras�de�nosso�meio,�deve��se�submeter�à�manifestação��e�consentimento�popular��em�audiências�públicas,�para�avaliar�eventual�atentado�à�saúde,�ao�ambiente�estético,�paisagístico,�turístico�e�urbanístico.�Aparentemente�o�valor�pago�a�título�de�ocupação�do�espaço�pelas�operadoras��pode�ser�compensador�para��o�condomínio�ou�particular,��mas�basta�uma�reflexão��mais�ponderada�que�cairá��por�terra�qualquer�argumento�favorável�à�instalação.�

aquedutos, teatros e vias, sem qualquer restrição aos cidadãos. A edificação que provocasse qualquer des-conforto populacional seria levada para local distante do centro urbano. O historiador francês Coulanges sintetizou com perfeição quando afirmou: “É sabido que as tradições romanas prometiam a eternidade de Roma. Todas as cidades tinham tradições similares. Todas as urbes eram cons-truídas para ser eternas”.3

A Constituição Federal erigiu a dignidade do ser humano como fundamento do Estado Democrático de Direito e apontou a saúde como direito social, caben-do ao Estado sua efetiva-ção. Conferiu ao município a competência para pro-teger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, outorgando-lhe legitimida-de para suplementar a le-gislação federal e estadual no assunto de seu peculiar interesse. Também, por ser uma Constituição conheci-da como cidadã, elaborada para atender aos anseios sociais mais aflitivos, impõe um dever compartilhado para defender e preservar o meio ambiente, envolvendo o poder público e a co-munidade, com a finalidade de se atingir o equilíbrio ambiental e a saudável qualidade de vida. É a chamada responsabilidade compartilhada e solidária.

3 Coulanges, Fustel de.A cidade antiga. Tradução JeanMelville.SãoPaulo:EditoraMartinsClaret,2003,p.154.

A legislação da Anatel, conforme se verifica, não trata dos problemas relacionados com a saúde da pessoa humana e sim de elaborar normas técnicas visando a organizar, fiscalizar a execução, comer-cialização e uso dos serviços de telecomunicações, assim como da utilização dos recursos de órbita e espectro de radiofrequências. Por outro lado, esti-

mula o desenvolvimento tecnológico e procura es-tabelecer tarifas e preços razoáveis. Distante, por-tanto, de qualquer provi-dência para perquirir tec-nicamente a respeito de males que possam afetar a saúde humana.

A edificação das tor-res de telefonia celular, inóspitas figuras de nos-so meio, deve se subme-ter à manifestação e con-sentimento popular em audiências públicas, para avaliar eventual atenta-do à saúde, ao ambiente estético, paisagístico, tu-rístico e urbanístico. Apa-rentemente o valor pago a título de ocupação do espaço pelas operadoras pode ser compensador para o condomínio ou

particular, mas basta uma reflexão mais ponderada que cairá por terra qualquer argumento favorável à instalação.

No impasse existente entre a probabilidade ou não de danos à saúde, a precaução da popula-ção se faz necessária, a começar pelo exercício de uma fiscalização rigorosa nos locais de instalação

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de antenas de transmis-são de telefonia celular. A Anatel é a responsável pela concessão do direito de transmissão enquan-to a prefeitura municipal delimita o local da instala-ção da antena. Para tanto, todo cidadão poderá exer-cer o direito de exigir do poder público municipal o rigoroso cumprimento das regras de segurança e, no caso de não atendimento, ingressar com ação em seu próprio nome ou relatar o fato ao Ministério Público, que acionará a tutela jurisdicional por meio de ação civil pública. A poten-cialidade de dano à saúde, por si só, justifica medida preventiva judicial.

Várias liminares já foram concedidas no sentido de suspender a instalação de antenas de telefonia celular no Brasil.4 E a tendência é a permissão da edificação em local mais distante da cidade, de pre-ferência sem o contágio próximo das pessoas. Deve-

4ReproduçãoparcialdadecisãoproferidapelaPrimeiraTurmadoSuperiorTribunaldeJustiça,em17/4/2008,noRecursoOrdinárioemMandadodeSegurança–22.885-,quetevecomoRelatoroMinistroFranciscoFalcão:“ALeiFederal nº 9.472/1997, que dispõe sobre a organizaçãodos serviços de telecomunicações, defendeu as atribui-çõesdosEstados,DistritoFederal eMunicípios, aodis-ciplinarnoartigo74,verbis:Aconcessão,permissãoouautorizaçãodeserviçodetelecomunicaçõesnãoisentaaprestadoradoatendimentoàsnormasdeengenhariaeàsleismunicipais,estaduaisoudoDistritoFederalrelativasàconstruçãocivileàinstalaçãodecaboseequipamentosemlogradourospúblicos.IV-Doacimadispostodefluialegalidade das normas locais, as quais impõemobriga-çõesdecorrentesdaexecuçãodas concessões, permis-sõesouautorizaçõesdosserviçosdetelecomunicações,vinculadastaisobrigaçõesàsgarantiasevaloresdifusosinerentes ao bem-estar da população. V - Compete aoDistritoFederal,legislarconcorrentementecomaUniãosobreadefesadasaúde,desdequeanormanãoconflitecomlegislaçãofederal.”

-se exercitar o raciocínio jurídico para se buscar uma solução definitiva, considerando, confor-me assenta Lloyd, que “a mente humana possui uma disposição natural para tratar casos seme-lhantes de forma seme-lhantes, e essa tendência, como já vimos, desempe-nha um importante papel

no funcionamento dos princípios da justiça”.5

Cada morador, pelo permissivo da cidadania, deve se sentir bem no bairro que escolheu para vi-ver e constatar que sua cidade é uma fonte produ-tora de bem-estar e não uma incessante fonte de radiações lesivas que, certamente, acarretará uma qualidade de vida indesejável, além de possibilitar a ocorrência de danos irreversíveis. “Nós somos, ad-verte Bobbio, aqueles a quem essa verdade parece uma evidência absoluta e por isso não cansaremos de repeti-la. E se há indiferentes e resignados, te-mos o dever de falar também em nome deles: os indiferentes esperamos sacudir, os resignados esperamos convencer. Devemos sobretudo reagir dia a dia contra aqueles que, embora estando con-vencidos como nós de que a situação é intolerável, tentam apresentá-la de modo menos catastrófico por razões particulares (são os assim denomina-dos minimizadores)”.6 É sempre melhor prevenir os males do que, tardiamente, querer remediar a saúde humana.

5Lloyd,Dennis.A ideia de lei.TraduçãoÁlvaroCabral–2ªed.–SãoPaulo:MartinsFontes,1998,p.338.6Bobbio,Norberto.O terceiro ausente: ensaios e discur-sos sobre a paz e a guerra.TraduçãoDanielaBeccacciaVersiani.SãoPaulo:EditoraManole,2009,p.185.

Cada�morador,�pelo�permissivo�

da�cidadania,�deve�se�sentir�bem�

no�bairro�que�escolheu�para�viver�

e�constatar�que�sua�cidade�é�uma�

fonte�produtora�de�bem-estar�e�não�

uma�incessante�fonte�de�radiações�

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Panorama do II Congresso de Patrimônio Públicoe Social do Ministério Público de São Paulo

“O�Princípio�da�Eficiência�nas�Obras�Públicas”�foi�o�tema�principal�no�evento�que�reuniu,�durante�dois�dias,�promotores�e�procuradores�de�Justiça,�representantes�de�entidades�da�construção�civil,�membros�dos�Tribunais�de�Contas�e�peritos�criminais�federais.Como�saldo,�propostas�que�foram�encaminhadas�para�análise�das�autoridades�competentes.

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O diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, encerrou formalmente, na noite de 19 de agosto (sexta-fei-ra), o II Congresso Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo, realiza-do no Novotel Jaraguá Conventions, no centro de São Paulo, cujo tema principal foi “O Princípio da Eficiência nas Obras Públicas”.Do saldo de palestras e debates feitos por pro-motores e procuradores de Justiça, entidades da construção civil, membros dos Tribunais de Contas e peritos criminais federais, foram elaboradas pro-postas que serão encaminhadas para análise das autoridades competentes.Unanimidade entre os especialistas, a necessidade de um projeto básico de qualidade e de um projeto exe-cutivo antes da licitação das obras públicas foi o ponto mais reclamado por todos os setores participantes do congresso. Planejamento é a palavra-chave para a so-lução de todos os problemas nessa área.Com palestras inaugurais feitas por José Roberto Bernasconi, presidente da Regional São Paulo do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), e Sérgio Turra Sobrane, subprocurador-geral de Justiça Jurídico

do Ministério Público de São Paulo, o congresso co-meçou na noite de 17.Bernasconi tratou de “Execução de Obras Públicas: como conciliar, agilidade, qualidade, legalidade e controle (Copa 2014 e Olimpíadas 2016)” e disse que nem sempre o atraso na entrega e o aumen-to de custos em obras públicas são consequências de desvios de dinheiro: “Quase sempre a culpa é da falta de um projeto básico de qualidade, primeira etapa que deveria ser cumprida para a execução de uma obra pública.” A solução, segundo ele, está na mudança da Lei de Licitações.Sérgio Turra Sobrane expôs sobre o controle ju-rídico das obras públicas, destacando a figura do agente controlador, que deverá atestar se a função ao ato praticado está ou não em consonância com o padrão exigido. Lembrou, ainda, que existem con-trole interno, da própria administração, e contro-le externo, realizado através da Justiça, mediante atuação do Ministério Público, como ferramentas a serem usadas em todas as fases da obra pública.“Planejamento das Obras Públicas” foi o tema inau-gural do segundo dia, que teve o subprocurador--geral de Justiça e Gestão do MP, Márcio Fernando

José�Roberto�Bernasconi,�presidente�da�Regional�São�Paulo�do�Sindicato�Nacional�das�Empresas�de�Arquitetura�e�Engenharia�Consultiva�(Sinaenco)

Sérgio�Turra�Sobrane,�subprocurador--geral�de�Justiça�Jurídico�do�Ministério�Público�de�São�Paulo

Odilon�Guedes�Pinto�Júnior,�conselheiro�do�Conselho�Regional�de�Economia�de�São�Paulo

capa

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Elias Rosa, presidindo a mesa. Ele destacou a im-portância da responsabilização técnica e legal de todos que concorrem para os procedimentos de contratação; da adoção de critérios claros e obje-tivos para aprimorar a fiscalização; bem como da necessidade de equipar o Estado para que ele possa exercer bem sua função de controle e gasto público.Odilon Guedes Pinto Júnior, conselheiro do Conselho Regional de Economia de São Paulo, e o perito cri-minal da Polícia Federal Marcos Cavalcanti Lima foram os expositores da manhã. Odilon Guedes, que

Marcos�Cavalcanti�Lima,�perito�criminal�da�Polícia�Federal

João�Alberto�Viol,�presidente�do�Sindicato�Nacional�das�Empresas�de�Engenharia�e�Arquitetura�Consultiva�(Sinaenco)

Márcio�Fernando�Elias�Rosa,�subprocurador-geral�de�Justiça�e�Gestão�do�MP

já foi vereador em São Paulo, falou sobre o plano diretor e as leis orçamentárias (Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e Lei Orçamentária Anual – LOA) como instrumentos de planejamento da Administração Pública. Segundo ele, se o Legislativo fiscalizasse, com rigor, não ha-veria necessidade de recair tudo sobre o MP. “Todas essas leis estão relacionadas ao planejamento e não podem ser feitas de qualquer jeito. É decisivo entender essa lógica para poder exigir que o gover-no cumpra o planejado.”

Marcelo Daneluzzi, Odilon Guedes Pinto Júnior, Márcio Fernando Elias Rosa, Marcos Cavalcanti Lima e João Alberto Viol para a discussão do tema “Planejamento das Obras Públicas”.

Mesadosegundodia,pelamanhã

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Marcos Cavalcanti abordou o papel dos projetos bá-sico e executivo como mecanismos imprescindíveis de garantia da eficácia das obras públicas e, como os palestrantes anteriores, insistiu no planejamen-to para se fazer a coisa certa: “O pessoal esquece do projeto, do custo e do prazo para executar. Se o custo está certo, não há espaço para fraude e cor-rupção”, garantiu.O preço é formado por quantidade, preço unitário e BDI. E os principais problemas, segundo ele, são: 1) a quantidade pode ser subestimada; 2) os custos

unitários podem ser irreais e; 3) os custos indire-tos podem conter valores desnecessários.Como debatedor, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Engenharia e Arquitetura Consultiva (Sinaenco), João Alberto Viol, destacou que existem 20 mil empresas filiadas que buscam os princípios e procedimentos para trilhar um ca-minho bom para todos” e falou ainda da questão da pressa em executar: “Discutir, por exemplo, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) a três anos da Copa do Mundo já é extemporâneo”. Para

capa

“Anovaleiinstituiumanovamodalidadedelicitação,aindasemnome,eumnovotipodecontrato.”Wallace Paiva Martins JúniorPromotor de Justiça

Alan�de�Oliveira�Lopes,�perito�criminal Evelise�Pedroso�Teixeira�Prado�Vieira,�procuradora�de�Justiça

Tiago�Cintra�Zarif,�procurador�de�Justiça

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ele, é necessária uma rubrica específica no orça-mento para fazer projetos, pois o que se tem é ape-nas a previsão para a execução das obras. Criticou, ainda, os critérios de licitação atualmente utilizados.No período da tarde, com mesa presidida pelo pro-curador de Justiça Tiago Cintra Zarif, cujo tema geral foi “Licitação e Contratos de Obras”, a procu-radora de Justiça Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieira foi a primeira a expor, sobre “tipos de licita-ção e aspectos restritivos à competitividade no edi-tal: combate aos cartéis”.As obras públicas, de acordo com a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/96), podem ser licitadas por menor preço, técnica e preço ou apenas técnica, em casos excepcionais. Como a regra é usar o menor preço, ela se deteve nessa modalidade.Em relação ao cartel, Evelise explica que se trata de um acordo que pode ser explícito ou implícito no sentido de combater a concorrência, ofendendo o art. 170 da Constituição Federal. “Mundialmente se reco-nhece a grande dificuldade de descobrir a existência do cartel. Feito na ‘noite’, só se descobre quando um membro se sente injuriado e resolve falar”, disse. Segundo ela, uma das formas para evitar cartéis é não colocar cláusulas que restrinjam o universo de participantes em licitações. Como proposta para o combate ao cartel, sugeriu ainda uma publicidade real e ampla da licitação, em especial nos jornais

de grande circulação, e investimento e qualificação das comissões de licitação. Alan de Oliveira Lopes, perito criminal que falou a seguir, expôs sobre a questão dos laudos periciais em obras públicas. Ele lembrou que o primeiro es-cândalo no Brasil envolvendo obras públicas foi a construção de Salvador, tendo custado quatro vezes mais do que o custo real. “Ou seja, esses problemas de corrupção e de superfaturamento datam do sé-culo 16 e já são um problema cultural”, avalia. O promotor de Justiça Wallace Paiva Martins Júnior falou sobre o novo Regime Diferenciado de Contratação Pública (RDC). “O RDC consiste basica-mente na derrogação da Lei Geral de Licitações. Mas essa derrogação é parcial e não afasta a incidência subsidiária da Lei Geral. O que causa mais atenção é que essa derrogação parcial ficou muito mais de-monstrada no campo da licitação do que no campo administrativo porque estabelece que os contratos administrativos serão presididos pela 8.666, exce-to nos casos em que a 12.462 dispuser”. Para ele, a nova lei institui uma nova modalidade de licitação, ainda sem nome, e um novo tipo de contrato. O último dia do congresso teve o tema principal “Execução das Obras” e os subtemas tratados fo-ram a concessão de serviços e obras públicos e a importância e os entraves legais relacionados ao saneamento e à tecnologia.

Ernani de Menezes Vilhena Júnior, Wallace Paiva Martins Júnior, Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieira, Tiago Cintra Zarif, Alan de Oliveira Lopes e Susana Henriques da Costa que trataram do tema “Licitação e Contratos de Obras”.

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A professora titular da USP, procuradora do Estado aposentada, Maria Sylvia Zanella Di Pietro, iniciou a palestra realçando que a Lei de Concessões, nº 8.987/95, não utiliza a expressão concessão de obra pública, apenas a concessão de serviço público ou de serviço público precedido de obra pública. “Mas doutrinariamente, considera-se concessão de obras públicas quando o objeto é apenas a obra pública,

tendo, posteriormente, a exploração comercial da-quele objeto e não a prestação de serviço”, explicou.Um dos quesitos considerados essenciais por Maria Sylvia é a justificativa prévia para a concessão pela Administração Pública, considerando aspectos como objeto, área e prazo. “É importante verificar se essa justificativa foi baseada em dados técnicos e econômicos.”

capa

Maria�Sylvia�Zanella�Di�Pietro,�professora�titular�da�USP,�procuradora�do�Estado�aposentada

Valdir�Folgosi,�presidente�do�Sindicato�Nacional�das�Indústrias�para�Saneamento�Básico�Ambiental�(Sindesam)�

Antonio�Moreira�Salles�Neto,�vice--presidente�de�Gestão�e�Assuntos�Institucionais�do�Sindicato�Nacional�das�Empresas�de�Arquitetura�e�Engenharia�Consultiva�(Sinaenco)�

Otávio Ferreira Garcia, Valdir Folgosi, Mário Campos Tebet, Maria Sylvia Zanella Di Pietro e Cleber Rogério Masson na abertura do tema “Execução das Obras”.

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Sua maior preocupação em relação às concessões é com o critério de julgamento da maior oferta: “Para a Administração, é ótimo; para o usuário, é péssi-mo. Quanto maior a oferta que a Administração re-ceber, maior será o valor da tarifa...” O presidente do Sindicato Nacional das Indústrias para Saneamento Básico Ambiental (Sindesam), Valdir Folgosi, falou sobre a dificuldade que o Poder Público tem para contratar as melhores tecnologias, devido ao processo rígido e burocrá-tico de contratação. Outro problema, segundo ele, é a escolha pelo menor preço, inclusive do projeto básico. “Esse é o motivo para a elaboração de um projeto básico conceitual e incompleto, facilitan-do a edição de termos aditivos.”Como proposta, sugeriu que os editais permitis-sem o consórcio entre construtoras civis, empre-sas de tecnologia e gerenciadoras e projetistas. “A vantagem de permitir consórcio é não ter bi--tributação. Isso permite até mesmo que, no caso de um projeto que tenha sido feito com soluções convencionais por falta de tempo, por exemplo; na fase de licitação, se coloque soluções mais inovadoras.”

Na última tarde do congresso, o vice-presi-dente de Gestão e Assuntos Institucionais do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO), Antonio Moreira Salles Neto, falou sobre o controle interno no gerenciamento nas obras públicas. Após bre-ve exposição sobre a história do gerenciamento de obras públicas no Brasil (que começou com a construção do Metrô de São Paulo), Moreira Salles explicou sobre as atribuições e responsabilidades do gerenciador de empreendimentos ou projetos.Como sugestões para a eficiência nas obras pú-blicas, propôs o fortalecimento das instituições, o desenvolvimento de mecanismos de atuação do gerenciador; e a promoção de valores éticos. “É preciso reconhecer e valorizar a disciplina do ge-renciamento de empreendimento como indutor de eficácia e instrumento de controle na implantação de obras públicas”, disse.A segunda exposição da tarde foi do auditor do tribu-nal de Contas do Rio grande do Sul, Valtuir Nunes, que discorreu sobre a atuação conjunta dos TCEs e MPs no controle das obras públicas. “É preciso desmistificar o Tribunal de Contas, que julga contas

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Rita Bergamo, José Guilherme Giacomuzzi, Sérgio Ciquera Rossi, Antonio Moreira Sales Neto, Jorge Luiz Ussier, Valmir Campelo, Valtuir Nunes e Marcos Túlio de Melo: “Fiscalização das Obras Públicas”.

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do Executivo, Judiciário e Legislativo. Ou seja, quem lida com dinheiro público está sujeito à fiscalização do Tribunal de Contas”, disse. Valmir Campelo, ministro do Tribunal de Contas da União, também palestrante da tarde, teve como tema explicar o papel do TCU na fiscalização das obras públi-cas. “A atuação conjunta com o Senado e o Congresso Nacional, desde 1995, na fiscalização das obras públi-cas, tem tido excelentes resultados”, garantiu. “O que temos de certo é que a corrupção caminha sempre para as obras paralisadas ou inacabadas.”

O diretor-geral do Tribunal de Contas de São Paulo, Sérgio Ciqueira Rossi, e o presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, falaram sobre deficiências nas licitações, planejamento e Regime Diferenciado de Contratação (RDC).Sérgio Ciqueira Rossi, secretário diretor-geral do TCE de São Paulo, abordou o controle e a fiscalização da execução das obras públicas, com enfoque nos certa-mes licitatórios. Também para ele, o primeiro passo para resultado positivo em uma obra é o planejamen-to. “As obras não podem surgir do nada. Devem com-

“Oqueéumaobrapúblicaeficiente?Quemestabeleceaprioridadedoinvestimentopúblico?Ouestamosfiscalizandooempreendimentosemanalisarsuafinalidade”?”Marcos Túlio de MeloPresidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea),

Valtuir�Nunes,�auditor�do�tribunal�de�Contas�do�Rio�Grande�do�Sul�

Valmir�Campelo,�ministro�do�Tribunal�de�Contas�da�União

Sérgio�Ciqueira�Rossi,�diretor-geral�do�Tribunal�de�Contas�de�São�Paulo

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Susana Henriques da Costa, Mário Luiz Sarrubbo e Tiago Cintra Zarif comandam a votação das propostas.

Mesadoencerramentoeplenária

por necessariamente uma peça chamada PPA, que é um dos três diplomas que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) fez questão de entrelaçar.”Sobre os processos de licitação e contratação, Ciqueira Rossi afirmou que as “anomalias” estão presentes em três fases: na preparação do edital, na licitação e na execução da obra. Segundo ele, o edital deve ser o mais singelo possível, com as características técnicas necessárias para garan-tir uma participação ampla e melhores propostas “Mas o que temos percebido é o contrário, editais com muitas cláusulas que restringem participação a ponto de, em 2002, termos editado 14 súmulas so-bre cláusulas restritivas”, explicou.Como debatedor, Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), levantou algumas questões so-bre o tema principal do evento – o princípio da efici-ência nas obras públicas. Ele indagou: “o que é uma obra pública eficiente? Quem estabelece a prioridade do investimento público? Ou estamos fiscalizando o empreendimento sem analisar sua finalidade”?Para Marcos Túlio, primeiro é preciso discutir a ética do investimento público: quem decide as necessida-des da sociedade, quais são as prioridades de investi-mento e os empreendimentos que devem ser execu-

tados, além disso, qual o projeto de nação que se tem. “Tivemos até um passado recente uma visão de in-vestimento mais de longo prazo, principalmente no setor hidrelétrico brasileiro que se pensava para 20, 30 anos. Eram elaborados os estudos prévios ne-cessários para decidir a viabilidade do investimento. Isso parou de acontecer, lamentavelmente, e nas décadas de 1980 e 1990 os quadros técnicos foram desmontados. Mas qual é nosso problema? Não te-mos quem elabore os editais para contratação. Aí os órgãos de controle têm de analisar porque nós não temos competência técnica para fazer”, disse.Para Marcos Túlio, o RDC foi aprovado porque não se teve planejamento de médio e longo prazo. “Ele surgiu porque não fizemos o dever de casa correta-mente. Como fazemos a Copa? Temos de fazer de qualquer jeito, então fazemos do jeito que der.”Para concluir, o presidente do Confea apresentou algumas propostas: a necessidade de integrar os órgãos de fiscalização, inclusive o Sistema Confea/Crea, com o Ministério Público e o Tribunal de Contas; a necessidade de se ter um sistema re-ferencial de preço nacional; a existência de um Cadastro Geral de Obras; e a estruturação da so-ciedade para que ela participe desse processo de controle.

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Com exposição de Marcelo Duarte Daneluzzi, terminou sexta-feira, dia 16, o Curso de Adaptação para a segunda turma de estagiários do Ministério Público credenciados no 16º concurso (Capital e Grande São Paulo). No primeiro grupo, foram reuni-dos, de 29 de agosto a 2 de setembro, os aprovados da letra “A” à letra “K”. Para o Grupo II, da letra “L” até “Z”, as aulas foram ministradas de 12 a 16 de setembro.

Realizados na Escola Superior do Ministério Público de São Paulo, no auditório “Júlio Fabbrini

EstagiárioscompletamCursodeAdaptação

cursos

Primeira turma

Mirabete” (Rua 13 de Maio, 1.259, Bela Vista, São Paulo/SP), das 13h30 às 17h30, os cursos para as duas turmas tiveram programação idêntica, com alteração somente nos nomes de alguns palestran-tes: a apresentação da ESMP e da plataforma virtual de ensino a distância, feitas pelo diretor Mário Luiz Sarrubbo e seus assessores Everton Luiz Zanella, José Mário Buck Marzagão Barbuto, Maria Silvia Garcia de Alcaraz Reale Ferrari e Susana Henriques da Costa, além da assistente-técnica de promotoria Izilda Maria Nardocci, responsável pela exposição

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sobre a plataforma virtual de ensino a distância, abriram os cursos.

Na sequência, “Organização, Estrutura e Regi-me Jurídico do Ministério Público” foi o tema ex-posto pelo promotor de Justiça assessor da ESMP Everton Luiz Zanella para as duas turmas, assim como falar sobre “Corregedoria-Geral do Ministério Público - Direitos e Deveres dos Estagiários do Mi-nistério Público” ficou a cargo do promotor de Jus-tiça Roberto Teixeira Pinto Porto, assessor da Cor-regedoria do MP, e o tema “Prática de Redação” foi desenvolvido pela professora doutora em Semiótica e Linguística Geral Thaís Montenegro Chinelatto.

No segundo dia, Paulo D’Amico Júnior e Sérgio de Passos Simas expuseram para a primeira turma o trabalho na Promotoria Criminal; para segunda turma, as exposições foram de Christiano Jorge Santos e Ednilson Andrade Arraes de Melo.

No terceiro dia, Manoel Torralbo Gimenez Jú-nior, para a primeira turma, e Eduardo Luiz Miche-lan Campana, para a segunda, falaram sobre a Pro-motoria de Justiça do Júri; Valéria Diez Scarance

Fernandes expôs sobre a Promotoria de Justiça dos Juizados Especiais Criminais e Violência Domésti-ca, para a segunda turma, enquanto Silvia Chakian de Toledo Santos tratou o tema com a primeira tur-ma. As palestras sobre a Promotoria de Justiça da Infância e Juventude – Infratores foram de Mário Augusto Bruno Neto (primeira turma) e Thales Ce-sar de Oliveira (segunda turma); Luiz Roberto Jor-dão Wakim (primeira turma) e Francismar Lamenza (segunda) expuseram sobre o tema “Promotoria de Justiça da Infância e Juventude – Carentes”.

Pedro de Jesus Juliotti, sobre Promotoria de Justiça das Execuções Criminais, e Susana Henri-ques da Costa, assessora da ESMP, sobre a Promo-toria de Justiça Cível, Família e Sucessões, falaram para as duas turmas.

O último dia, dedicado às Promotorias de Justiça dos Interesses Difusos, teve participação de Eurico Ferraresi na primeira turma e de Marcelo Duarte Daneluzzi na segunda.

Mário Luiz Sarrubo, diretor da ESMP, e sua as-sessoria, fizeram o encerramento dos cursos.

Segunda turma

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cursos

Com 106 inscritos, começou dia 22 de setem-bro o Curso de Extensão Universitária “Técnicas de Combate ao crime Organizado”, que terá um total de 40 horas-aula até 24 de novembro, no auditório “Júlio Fabbrini Mirabete”, localizado na Rua Treze de Maio, 1.259, térreo, sempre nas noites de quin-ta-feira.

Antonio Scarance Fernandes, professor ti-tular de Direito Processual Penal da Faculdade

Começaocursosobretécnicasdecombateaocrimeorganizado

de Direito da Universidade de São Paulo e pro-curador de Justiça aposentado do Ministério Pú-blico do Estado de São Paulo, e Eduardo Araújo da Silva, doutor e mestre em Direito Processual pela Universidade de São Paulo e procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, foram os professores na aula inaugural, que tratou do conceito e características de orga-nização criminosa.

Antonio Scarance Fernandes e Eduardo Araújo da Silva, professores na aula inaugural do curso

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cursos

Proporcionar o conhecimento sobre a Teoria Ge-ral dos Direitos Humanos, seu conceito, a questão da incorporação dos Tratados Internacionais no di-reito interno, o estudo do sistema global, do siste-ma especial, inclusive regional, e local de proteção dos direitos humanos e o papel do Ministério Públi-co em sua defesa é o objetivo do Curso de Extensão Universitária “Direitos Humanos”, pós-graduação, que a ESMP iniciou no dia 30 de agosto e ministrará até 29 de novembro.

O curso terá carga horária mínima de 52 horas-

Pós-graduaçãoemDireitosHumanos

Guilherme de Assis Almeida , professor doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP)

Alunos no primeiro dia de aula

-aula e será composto de 13 aulas, no auditório “Júlio Fabbrini Mirabete”, às terças-feiras, das 19 às 22h30.

A aula inaugural foi dada pelo professor doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme de Assis Almeida, que falou sobre o conceito e a evolução histórica dos Direitos Humanos, o sistema internacional de promoção e proteção dos direitos humanos, Direito Humanitá-rio, a Carta das Nações Unidas e a Declaração Uni-versal dos Direitos Humanos.

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Durante duas manhãs, nos dias 22 e 23 de se-tembro, no auditório do térreo, em sua sede, a ESMP promoveu curso sobre o tema “Perspectivas atuais do Direito do Consumidor: análise comparativa Bra-sil-Europa”. Mário Ângelo Leitão Frota, professor da Universidade Lusíada do Porto e da Universidade de Paris XII, presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo-apDC (Coimbra), fundador e presidente da Comissão de Instalação do Instituto de Direito do Consumidor da Comunidade de Povos de Língua Portuguesa, e Guillermo Orozco Pardo, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Granada-Espanha, foram respon-sáveis por dois painéis: “Direito Europeu do Consu-mo – aspectos gerais”, no dia 22, e “Nova Diretiva dos Direitos do Consumidor”, no dia 23.

“Práticas comerciais desleais: uma análise com-paratista do Direito Europeu com o Direito Brasilei-ro” teve exposição do procurador de Justiça do Mi-nistério Público de São Paulo, doutor e mestre em Direito pela USP, Marco Antonio Zanellato, no dia 22, e “Publicidade Infantil – Nova Diretiva da União Euro-peia” e “As Propostas de Reforma do CDC Brasilei-ro e a Visão do Direito Comparado” foram os temas, respectivamente, da especialista em Educação para o Consumo e em Segurança Alimentar, cofundado-ra da Sociedade Portuguesa de Direito do Consumo (apDC) e da Associação de Consumidores de Portu-gal (Acop), Ângela Maria Marini Simão Portugal Frota e do procurador de Justiça do Ministério Público de São Paulo Edgard Moreira da Silva, no dia 23.

AnálisecomparativaBrasil-EuropanoDireitodoConsumidor

Ângela Frota

Edgard Moreira da Silva

Guillermo Orozco

Marco Antonio Zanellato

Mário Frota

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Para quem quer aprender a lidar com LicitaçõesFornecer subsídios para a preparação de pro-

cessos licitatórios com base nas normas legais é o objetivo principal do curso “Formação Básica em Licitação”, que a ESMP promove de 26 de setem-bro a 14 de novembro. O curso é pela internet e tem duração de 7 semanas (30 horas), período em que serão apresentados, na Plataforma Moodle de ensino a distância, em ambiente restrito, textos para leitura, questões objetivas e casos práticos. Em cada semana, o aluno deverá reservar de 4 a 5 horas para leitura, pesquisa e elaboração das atividades.

Professor convidado pela ESMP para ministrar esse curso, João Batista Nardocci Neto é formado em Administração de Empresas e diretortécnico de Divisão da Fazenda Estadual em Ribeirão Pre-

Trêsnovoscursosdeensinoadistância

to e instrutor de Licitação da Escola Fazendária do Estado de São Paulo. Já atuou como pregoeiro da Secretaria da Fazenda Estadual e foi membro e pre-sidente de Comissões de Licitação.

Criminalidade Organizada em debate na escola virtual da ESMPEm continuidade ao curso de adaptação e vita-

liciamento, o segundo grupo de promotores do 87º Concurso do Ministério Público do Estado de São Paulo começaram em 29 de agosto o curso “Crimi-nalidade Organizada”, pela escola virtual, via inter-net, em cumprimento ao Ato Normativo no 604/2009, do PGJ.

O curso, que termina no dia 7 de novembro, tem por objetivo discutir as questões teóricas, no âmbito penal e processual penal, sobre o tema da crimi-nalidade organizada; analisar sob a perspectiva da

Arthur Pinto Lemos Júnior João Batista Nadocci Neto Sérgio Turra Sobrane

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cursos

criminologia as características das organizações criminosas, inclusive comparando-as com outros fenômenos como as má-fias; e debater sobre os princi-pais meios de provas para o en-frentamento das organizações criminosas, com base na dou-trina e na jurisprudência.

Durante 10 semanas, serão apresentados, na Plataforma Moodle de ensino a distância, em ambiente restrito, textos para leitura, formulação de questões objetivas e casos práticos, de modo a mesclar ao ensino teóri-co uma análise pragmática do universo jurídico.

Arthur Pinto de Lemos Júnior, promotor de jus-tiça no Ministério Público do Estado de São Paulo desde 1º de abril de 1991, é o professor. Ele ocu-pa o cargo de 31º promotor de Justiça Criminal da Capital, na 2ª Promotoria de Justiça Criminal, e atualmente está designado para oficiar no Gedec. É mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Facul-dade de Direito da Universidade de Coimbra, espe-cialista em Direito Penal Econômico e professor do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Lavagem de Dinheiro do Ministé-rio da Justiça.

Noções básicas e práticas sobre aLei da Improbidade AdministrativaTambém em continuidade ao curso de adapta-

ção e vitaliciamento do segundo grupo de promoto-res de Justiça do 87º Concurso do Ministério Públi-co do Estado de São Paulo, a ESMP promove, desde 5 de setembro e até 21 de novembro, o “Curso Im-probidade Administrativa”, via Internet, em cumpri-mento ao Ato Normativo nº 604/2009, do PGJ, para

apresentar noções básicas e práticas sobre a aplicação da Lei de Improbidade Adminis-trativa (Lei nº 8.429/92).

O curso tem a duração de 10 semanas. Em cada uma delas, o participante deverá re-servar cinco horas para leitura, pesquisa e elaboração das ati-vidades, totalizando, portanto, a carga horária de 50 horas. A avaliação do aproveitamento será feita pela elaboração das atividades.

Sérgio Turra Sobrane, procurador de Justiça, pro-

fessor universitário, mestre e doutor em direito di-fusos e coletivos pela PUC/SP, é o professor.

Execução Penal reserva metadedas vagas para quem não é do MPDe 60 vagas oferecidas, 30, pela ordem cronoló-

gica de inscrição, foram reservadas para quem não pertence aos quadros do Ministério Público de São Paulo, na 7ª edição do Curso Prático de Execução Penal a Distância que a ESMP promove desde 29 de agosto até 7 de novembro de 2011, pela internet.

O curso terá duração de 11 semanas (40 horas). Serão apresentados, na Plataforma Moodle de en-sino a distância, em ambiente restrito, textos com a opinião da doutrina e jurisprudência; formulação de questões objetivas e casos práticos, de modo a mesclar ao ensino teórico uma análise pragmática do universo jurídico.

Membros, servidores e estagiários do Ministério Público de São Paulo ficaram isentos de pagamen-to. Para os demais, o custo, de R$ 200,00, foi pago no ato da inscrição, por meio de depósito no Banco do Brasil.

Promotores�do�87°�

Concurso�de�Ingresso�

no�MP�paulista.

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livros

Introdução ao Sistema Jurídico Anglo-americano

Autora: Toni M. FineTradução: Eduardo SaldanhaPáginas: 184 páginasEditora: Martins Fontes

Esse livro explica os elementos da Constituição norte-americana, apresenta uma visão global da estrutura jurídica e dos sistemas judiciários dos Estados unidos e analisa as várias fontes do direi-to norte-americano.

A autora: Toni M. Fine é pró-reitora na Fordham Law School, da cidade de Nova Iorque. Escreveu American Legal Systems: a Resource and Reference Guide e vários livros sobre direito. É a representante da Gar-rigues Chair in Global Law de Nova Iorque e faz pa-lestras em vários países, inclusive no Brasil, Alema-nha, Argentina, Egito, Itália, Japão, México, Nigéria e Espanha.

Teoria Pluriversalista do Direito Internacional

Autor: Anderson Vichinkeski TeixeiraPáginas: 352 páginasEditora: Martins Fontes

A obra aborda os problemas que di-zem respeito às relações políticas internacionais, à função do direito e das instituições internacionais e supranacionais, em particular, ao tema das condições político-jurídi-cas para a realização de uma ordem mundial que supere a atual desor-dem global.

O autor:Anderson Vichonkeski Teixeira é doutor em Teoria e História do Direito pela Universidade de Florença, tendo realizado estágio doutoral na Faculdade de Fi-losofia da Universidade de Paris Descartes-Sorbonne. É pós-doutorado em Direito pela Universidade de Flo-rença, professor-adjunto da Universidade Luterana do Brasil, consultor jurídico e advogado.

Princípios Humanistas Constitucionais

Coordenadores: Carlos Aurélio Mota de SouzaThais Novaes CavalcantiTradução: Luiz Gonzaga de Carvalho NetoPáginas: 418 páginas

Editora: Letras Jurídicas

A proposta dessa coletânea acadêmica é apresentar estudos filosóficos e jurídicos sobre a relevância do humanismo na atualidade, inspirado nas fontes da tra-dição, enfatizadas nos documentos da doutrina social, nas declarações universais e em suas projeções nos textos jurídicos pátrios.

Os autores: Professores de diversas universidades do país e ju-ristas renomados aportam reflexões multidiscipli-nares, abrangendo temas frequentes em cursos e teses acadêmicas. Foram compilados trabalhos de Andréa Santos Souza, Carla Andrea Soares de Arau-jo, Carlos Augusto Alcântara Machado, Carlos Auré-lio Mota de Souza, Daniel Pereira Militão da Silva, Francisco Borba Ribeiro Neto, Ives Gandra da Silva Martins, José Renato Nalini, Josiane Rose Petry Ve-ronese, Lafayette Pozzoli, Maria do Carmo Whitaker, Maria Garcia, Rafael Mahfoud Marcoccia, Renata da Rocha, Ricardo Henry Marques Dip, Rosa Maria Bar-reto Borrielo de Andrade Nery, Thais Novaes Caval-canti e Wagner Balera.

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Uma comissão do Colégio de Diretores de Esco-las dos Ministérios Públicos do Brasil (CDEMP), for-mada por representantes de Acre, Goiás, Minas Ge-rais, Paraíba, Paraná e São Paulo, reuniu-se no 2° andar da Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo, nos dias 3 e 4 de agosto, para estabelecer requisitos mínimos e unificar o curso de ingresso e vitaliciamento à carreira do Ministério Público no Brasil.

Dos dois dias de discussão, surgiu a proposta de um projeto para o curso de formação e capacitação dos ingressantes na carreira do Ministério Público, que foi apresentada em reunião do Colégio de Dire-tores, no dia 19 de agosto, em Vitória/ES.

notas

UmsócursodeformaçãoparatodosospromotoresdoBrasil

Por conta da parceria existente entre a ESMP e o consulado americano, o diretor Mário Luiz Sarrubbo recebeu a visita de John Matel, con-selheiro para Assuntos de Imprensa, Educação e Cultura da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, no mês de agosto. O diplomata exerce esse cargo desde junho deste ano, tendo antes atuado na Noruega, Polônia e Iraque.

VisitadeJohnMatel

Mário Luiz Sarrubbo e John Matel

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notas

Ciclodeestudosedebatessobrequestõesambientais

O Ciclo de Estudos e Debates sobre Questões Ambientais promovido desde maio teve mais dois encontros: no dia 5 de agosto, sexta-feira, em São José dos Campos, e no dia 2 de setembro, também sexta-feira, em Ribeirão Preto. No dia 5, foram convocados os promotores de Justiça de Meio Am-biente de Aparecida, Bananal, Cachoeira Paulista, Caçapava, Cruzeiro, Cunha, Guararema, Guara-tinguetá, Jacareí, Lorena, Pindamonhangaba, Pa-raibuna, Piquete, Queluz, Roseira, Santa Branca,

Colóquiosobredireitoeleitoral:LeidaFichaLimpaeeleições2012

Membros, servidores e estagiários do Ministé-rio Público de São Paulo, magistrados, defensores públicos, advogados e demais operadores do Direito puderam participar do colóquio sobre Direito Eleito-ral no dia 1° de setembro, das 19 horas às 21h30, no Clube Internacional de Regatas (Av. Almirante Sal-danha da Gama, nº 5, Ponta da Praia - Santos- SP).

Foram palestrantes, Lucrécia Anchieschi Go-mes, pedagoga, representante da ONG Policidada-nia e membro do MCCE Estadual SP, que fez uma apresentação sobre o MCCE; Marlos Lelis de Olivei-ra, psicólogo, coordenador do MCCE Estadual SP, presidente do Instituto Pró-Cidadania de Guarulhos, membro da comissão Direito Político Eleitoral OAB Guarulhos, que falou sobre os objetivos e a história da experiência de atuação em parceria do MCCE Estadual SP com o MPE/PRE/TRE/TCE/ESMP; Vi-dal Serrano Nunes Júnior (Lei nº 9.840 e Lei da

Santa Isabel, São José dos Campos, São Luiz do Pa-raitinga, Taubaté e Tremembé (Núcleo Paraíba do Sul); no dia 2 de setembro, os promotores de Alti-nópolis, Brodowski, Caconde, Cajuru, Casa Branca, Cravinhos, Jardinópolis, Mococa, Pontal, Ribeirão Preto, Santa Rosa do Viterbo, São José do Rio Par-do, São Sebastião da Grama, São Simão, Serrana, Sertãozinho, Tambaú e Vargem Grande do Sul (Nú-cleo Ribeirão Preto).

Ficha Limpa), procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, livre-docente em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Walter de Almeida Guilherme, desembar-gador-presidente do Tribunal Regional Eleitoral e Marco Antonio Martin Vargas, juiz do Tribunal Re-gional Eleitoral (tema: Resultados das Decisões em Relação às Eleições de 2010); Pedro Barbosa Pereira Neto, procurador-regional da República – 3ª Região (Perspectivas para atuação dos Promo-tores e da Procuradoria nas Eleições Municipais de 2012); Carlos Alberto Carmello Júnior, promotor de Justiça Eleitoral de Santos; e Silvia Cosac, advoga-da, membro fundadora do Conselho de Entidades e Cidadãos pela Ética na Câmara Municipal de São Paulo, membro do Movimento do Voto Consciente e colaboradora do MCCE (A produção da prova: pos-sibilidade e dificuldades).

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notas

Ciclodepalestrasabordamecanismosdecombateàcriminalidadehodierna

A ESMP promoveu, desde 4 de agosto, em Bau-ru, um ciclo de palestras sobre “Mecanismos de Combate à Criminalidade Hodierna.” Com 6 se-manas de duração, o ciclo teve palestras sempre nas noites de quinta-feira, no Instituto Toledo de Ensino de Bauru (ITE), na Praça 9 de Julho, Vila Pacífico. A primeira palestra teve como tema “In-terceptação Telefônica – uma reflexão sobre o meio de obtenção na prova criminal e sua utiliza-ção na persecução criminal”, desenvolvido pelos promotores José Reinaldo Guimarães Carneiro e Rafael Abujamra; no dia 11 de agosto, Arthur Pinto Lemos Júnior e José Mário Buck Marzagão Barbuto falaram sobre “Detecção, Configuração e Comprovação da Lavagem de Capitais”, enquan-to o tenente-coronel do Exército Carlos Souza e o promotor de Justiça Fábio Ramazzini Bechara ex-puseram sobre “Metodologia de Coleta de Infor-

mações de Campo e sua Utilização Probatória”, no dia 18. Dia 25 de agosto, o ciclo de palestras abordou “Delação Premiada e o Programa de Pro-teção a Vítimas, Testemunhas e Réus Colabora-dores - funcionamento”, com o promotor diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Eduardo de Souza Rossini, e o promotor Tomás Busnardo Ramadan. Adriano Andrade de Souza e Luiz Alberto Segalla Bevilacqua aborda-ram o tema “Aspectos Práticos no enfrentamento à Adulteração de Combustíveis” no dia 1° de se-tembro e, por fim, no último dia, 8 de setembro, a palestra sobre “Repressão à Criminalidade Organizada”, feita pelo procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Criminais (CAO-Crim), Gianpaolo Poggio Smanio, e pelo promotor Flávio Okamoto, encerrou o ciclo.

Eduardo Rossini Fábio Bechara José Mário Barbuto

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A Secretaria Nacional de Justiça, por meio do De-partamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional – DRCI, e com apoio da ESMP, promoveu o “Workshop de Cooperação Jurídica Inter-nacional em Matéria Civil e Penal”, no dia 23 de setem-bro, sexta-feira, no 2º andar da ESMP, para o estudo de casos de assistência jurídica internacional.

Ricardo Andrade Saadi, diretor do DTCI, Arnaldo José Alves Silveira, assessor de Tratados e Foros do DRCI, Paulo Thomaz de Aquino, coordenador-geral de Recuperação de Ativos do DRCI, e Inez Lopes Matos C. de Farias, coordenadora-geral de Cooperação Jurídica Internacional do DRCI, foram os expositores para um público formado por membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, juízes federais e estaduais e procuradores da República.

oficinas

Cooperaçãojurídicainternacionalemestudo

Fábio Bechara, Mário Sarrubbo e Ricardo Saadi Inez de Faria, Paulo de Aquino e Arnaldo Silveira

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A palestra “Dos Crimes Contra a Dignidade Se-xual” foi realizada no Teatro Jorge Andrade, da Fun-dação Educacional Barretos-FEB, na noite de 5 de agosto, em Barretos.

Plínio Antônio Britto Gentil, procurador de Jus-tiça do MP, e Renato Flávio Marcão, promotor de Justiça em Barretos, foram os expositores, tendo Andrey Borges de Medonça, procurador da Repú-blica em Ribeirão Preto, como debatedor.

palestras

EmBarretos,apalestra“DosCrimescontraaDignidadeSexual”

Momento do discurso de Mário Luiz Sarrubbo, na abertura

Andrey Borges de Mendonça, o debatedor

Exposição de Antonio Brito Gentil

Exposição de Renato Flávio Marcão

O diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, com-pareceu ao evento, que teve coordenação local de Karina Beschizza Cione, Luiz Henrique Pacini Cos-ta e Naul Luiz Felca, coordenadores do 3º Núcleo Regional da ESMP – São José do Rio Preto, com a colaboração de Fernando Celio de Brito Nogueira, 5º promotor de Justiça de Barretos, e apoio da Fun-dação Educacional de Barretos-FEB.

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Cerca de 60 pessoas, entre promotores, procu-radores de Justiça e demais interessados no tema, participaram da palestra “Criminalidade Ambiental Organizada – Uma Visão Europeia”, que a ESMP re-alizou no Auditório “Dr. Antonio Alvarenga Neto”, no Fórum Criminal da Barra Funda, na noite de terça--feira (dia 2).

O palestrante espanhol Antonio Vercher Nogue-ra, doutor em Direito pela Universidade Cambridge, na Inglaterra, e mestre em Direito pela Universida-de de Harvard, nos Estados Unidos, foi membro do Tribunal de Justiça e professor em diversos mes-trados em Direito Ambiental e Comunitário.

NaBarraFunda,umavisãoeuropeiadacriminalidadeambientalorganizada

palestras

Habitual colaborador do Grupo de Estados con-tra a Corrupção do Conselho da Europa (Greco), atualmente é fiscal de sala do Tribunal Supremo, desempenhando tarefas como coordenador de fis-calização de meio ambiente e urbanismo.

O evento teve coordenação-geral de Mário Luiz Sarrubbo, diretor da ESMP, e coordenação local de Alex Tadeu Monteiro Zilenovski, diretor do Comple-xo Judiciário Ministro Mário Guimarães, Vania Ma-ria Tuglio, secretária da 4ª Promotoria Criminal da Capital, Walter Tebet Filho, secretário da 5ª Promo-toria Criminal da Capital, e Willian Terra de Oliveira, assessor da Procuradoria-Geral de Justiça.

William Terra, Mário Sarrubbo e Antonio Noguera

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Os aspectos relevantes da improbidade adminis-trativa foram discutidos na noite de 30 de agosto, na Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos – Faeso (Av. Luiz Saldanha Rodrigues, s/n, Quadra C1A), após exposição feita por Márcio Fernando Elias Rosa, subprocurador-geral de Justiça de Gestão do Mi-nistério Público de São Paulo, para um público de membros e assistentes jurídicos do MP, magistra-dos, advogados, defensores públicos, agentes polí-ticos e 4º e 5º anistas de Direito.

Adelino Lorenzetti Neto, 2º promotor de Justi-ça de Ourinhos, com atuação na área de Defesa do Patrimônio Público e Social, também professor de Processo Civil da Faculdade Integradas de Direito de Ourinhos, fez as considerações finais no evento, sob a coordenação local de Luís Fernando Rocha e de Viviani Aparecida de Lima Silvestre, promotores de Justiça coordenadores do 14º Núcleo Regional da ESMP – Ourinhos/Assis.

palestras

EmOurinhos,aspectosrelevantesdaimprobidadeadministrativa

Márcio Elias Rosa, o palestrante em Ourinhos

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Realizada dia 16 de setembro, das 14 às 16 ho-ras, no Foro Regional VIII – Tatuapé (Rua Santa Ma-ria, 257), para membros do Ministério Público, da magistratura e da Defensoria Pública, a palestra “Justiça Terapêutica: Aspectos Práticos da Atua-ção dos Operadores do Direito” atraiu um público interessado na experiência do promotor de Justiça Criminal de Santana, Mário Sérgio Sobrinho.

A coordenação-geral do evento foi do procurador de Justiça diretor da ESMP, Mário Luiz Sarrubbo, que fez a abertura do evento, e a coordenação local, de Wagner Juarez Grossi, promotor-secretário da Promotoria de Justiça Cível do Tatuapé; e de Rita Di Tomasso Martins, promotora-secretária da Promo-toria de Justiça Criminal do Tatuapé.

JustiçaTerapêutica:aspectospráticosdaatuação

Mesa de abertura

Mário Sérgio Sobrinho

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Como parte da maratona de eventos que a ESMP faz na Capital e no Interior sobre medidas cautela-res no direito processual penal (Lei nº 12.403/2011), o tema foi levado para duas faculdades de Direito na Capital e para mais nove cidades do interior do Es-tado de São Paulo durante os meses de julho (Pre-sidente Prudente), agosto (Araçatuba, Sorocaba, Re-gistro, São José do Rio Preto e São José do Rio Pardo) e setembro (Caraguatatuba, Taubaté e Atibaia).

No auditório da Universidade Presbiteriana Ma-ckenzie (Rua da Consolação, 930, São Paulo/SP), na noite de 6 de setembro, Antonio Scarance Fer-nandes, professor titular da Fadusp, procurador de Justiça aposentado e livre-docente em Direito pela USP, e Fernando Capez, deputado estadual, procu-rador de Justiça e professor universitário, foram os

Auditório Ruy Barbosa, no Mackenzie

“Medidascautelares”lotaauditóriosnoMackenzieenaFaapTambém em diversas cidades do interior do Estado de São Paulo foi grande o interesse do público pelo tema

expositores, tendo como debatedor o juiz de Direito Guilherme Madeira, mestre e doutorando pela Uni-versidade de São Paulo.

No centro de convenções da Fundação Arman-do Álvares Penteado (Faap – Rua Alagoas, 903, Higienópolis), dia 28 de setembro, o professor An-tonio Scarance Fernandes teve como debatedores Francisco de Paula Bernardes Júnior, professor de Direito Penal e Prática Processual Penal da Faap, e Naila Cristina Ferreira Nucci, professora de Direito Processual Penal e do Laboratório de Prática Jurí-dica Criminal da Faap.

Dia 1° de setembro, na Câmara Municipal de Caraguatatuba (Avenida Frei Pacífico Wagner, 830, Centro), o promotor de Justiça de São Paulo, profes-sor do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, Cléber

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Rogério Masson foi o expositor, tendo como debate-dor o procurador de Justiça, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais – CAO Criminal, Gianpaolo Poggio Smanio.

Em Taubaté, também dia 1° de setembro, no Sa-lão do Júri do Fórum Criminal (Praça Monsenhor Silva Barros, s/n, Centro), o deputado estadual Fer-nando Capez foi o expositor, tendo o promotor de Justiça assessor da Escola Superior do Ministério Público, Everton Luiz Zanella, como debatedor.

A Faat – Faculdades Atibaia (Estrada Municipal Juca Sanches, 1.050, Boa Vista) foi o local da pales-tra em Atibaia, no dia 12 de setembro, com o procu-rador de Justiça, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais – CAO Criminal, Gianpaolo Poggio Smanio, como expositor, e Alexandre Rocha Almeida de Moraes, promotor de Justiça de Atibaia, assessor da Procu-radoria-Geral de Jusitça, como debatedor.

Antes desses eventos, no mês de agosto, dia 12,

Mesa em Araçatuba, com Antonio Carlos da Ponte

Centro de Convenções da Faap

Tribunal do Júri do Fórum de São José do Rio Pardo

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foi a vez de Araçatuba receber Antonio Carlos da Ponte, procurador de Justiça secretário do Conse-lho Superior do Ministério Público e professor uni-versitário de Penal e Processo Penal, livre-docente pela PUC/SP, para a exposição sobre medidas cau-telares, no auditório da Associação Paulista do Mi-nistério Público (Avenida Joaquim Pompeu de Tole-do, 1.261, Bairro Saudade).

Também no dia 12 Sorocaba foi sede do evento, com Antonio Scarance Fernandes, professor titu-lar da Fadusp, procurador de Justiça aposentado, como palestrante no auditório da Faculdade de Di-reito de Sorocaba-Fadi (Rua Dra. Ursulina Lopes Torres, 123 – Vergueiro).

O Fórum de Registro (Rua Alexandre Agenor de Moraes, 93, Centro), no dia 24 de agosto, sediou pales-

tra de Gianpaolo Poggio Smanio, com Everton Luiz Za-nella como debatedor. No dia seguinte, em Rio Preto, na Unorp – Universidade do Norte Paulista – São José do Rio Preto (Rua Ipiranga, nº 3.460, bairro Alto Rio Preto), Antonio Carlos da Ponte foi o expositor, tendo o 12º promotor de Justiça de São José do Rio Preto, Marcos Antonio Lelis Moreira, como debatedor.

Antes, no dia 10 de agosto, no Fórum de São José do Rio Pardo – Salão do Tribunal do Júri (Praça dos Três Poderes, nº 3), Gianpaolo Poggio Smanio foi o expositor, assim como em Presidente Prudente no dia 4 de julho, nas Faculdades Integradas “An-tônio Eufrásio de Toledo” – sala Cupertino (Praça Raul Furquim, nº 9 – Vila Furquim), quando teve a companhia do promotor de Justiça André Estefam Araújo Lima na mesa de debates.

Antonio Carlos da Ponte

Mário Sarrubbo

Antonio Scarance Fernandes

Marcos Antonio Lellis Moreira

Alexandre Rocha Almeida de Moraes

Guilherme Madeira

Fernando Capez

Gianpaolo Poggio Smanio

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Na quinta-feira de 25 de agosto, em palestra realizada na ESMP, o jurista Nelson Nery Júnior questionou a necessidade de alteração do Código de Processo Civil de 1973, instigando a plateia composta por promotores de Justiça, advogados, estagiários, estudantes e demais operadores do Direito: “Qual-quer mudança para melhor é sempre bem-vinda, deve ser aplaudida, mas os problemas são as apli-cações dessas leis no Brasil”, disse.

Em sua exposição, recheada de casos interes-santes que mantiveram o público atento o tempo todo, o jurista apontou a necessidade de reformula-ção da precária estrutura do Poder Judiciário e não de nova legislação processual: “Em 1973, éramos 90 milhões, hoje somos 200 milhões de brasileiros. Será que o Poder Judiciário cresceu em estrutura nessa mesma proporção? Não, temos cerca de 17 mil juízes para atender a população em todo o País e o mínimo seria termos 50 mil juízes.”

Ao analisar a legislação atual (CPC, 1973), situou o período histórico em que o código foi elaborado à tecnicidade do legislador desprendido do contexto político do País. Na sequência, narrou o percurso do Projeto de Lei de alteração do CPC que está em análise no Congresso Nacional e apontou as melho-rias apresentadas ao projeto original.

Nelson Nery Júnior conclui que, muito embora o novo texto possa ter aspectos elogiáveis, certamen-te não será a solução para a discutida morosidade

ProjetodealteraçãodoCPCéenfoquedapalestradeNelsonNeryJr.

palestras

da Justiça, que está vinculada, como mencionado no início, à falta de estrutura do Poder Judiciário. “Precisamos aparelhar o Judiciário para que ele possa aguentar a demanda”, insistiu.

Sobre as alterações no Projeto do CPC, desta-cou o término do procedimento cautelar, a criação de “medidas de urgência”; a criação de uma “parte geral”, a criação de um capítulo sobre “Os Princí-pios e Garantias Fundamentais do Processo Civil”, reproduzindo o texto constitucional, entre outras.

Jurista Nelson Nery Júnior

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Direcionada aos membros do Ministério Público, da magistratura, estagiários e servidores dessas instituições, defensores públicos, advogados, estu-dantes e demais operadores do Direito, a palestra “Responsabilidade Penal, Civil e Administrativa de Prefeitos”, proferida na noite de 29 de setembro pelo promotor de Justiça Cleber Rogério Masson, atraiu bom público ao auditório “Dr. Antonio Araldo Ferraz Dal Pozzo”, em Ribeirão Preto.

Coordenação-geral do evento: Mário Luiz Sar-rubbo, procurador de Justiça, diretor da ESMP, que esteve presente à palestra, e coordenação local de Karina Beschizza Cione, Luiz Henrique Pacini Costa e Naul Luiz Felca, promotores de Justiça, coorde-nadores do 1º Núcleo Regional da ESMP – Ribeirão Preto.

ResponsabilidadedeprefeitosétemaemRibeirãoPreto

palestras

Cleber Rogério Masson e Mário Luiz Sarrubbo

Público em Ribeirão Preto

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Promovido pela Escola Superior do Ministério Público e pelo Centro de Apoio Operacional Cível e de Tutela Coletiva – Área do Meio Ambiente, o se-minário “Valoração de Dano Ambiental” ocupou o auditório do 2° andar da ESMP durante todo o dia 22 de setembro.

Membros e assistentes técnicos puderam par-ticipar do evento, que teve palestras de Yara Scha-effer Novelli, livre-docente em Oceanografia Bioló-gica pela USP e pesquisadora associada Sênior do Instituto Oceanográfico da USP e do Bioma-Centro

“ValoraçãodoDanoAmbiental”paramembroseassistentes

de Ensino e Informação sobre Zonas Úmidas Costei-ras Tropicais, com Ênfase no Ecossistema Mangue-zal; Romana Coêlho de Araújo, economista e técnica administrativa da Procuradoria-Geral da República; Alencar Heidrich, engenheiro químico e assistente-técnico do MP-RS, mestre em controle de proces-sos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Annelise Monteiro Steigleder, promotora de Justiça do Rio Grande do Sul, mestre em Direito pela Uni-versidade Federal do Paraná – UFPR e especialista em Direito Civil pela Universidade do Vale do Rio dos

seminário

Participantes do evento

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Sinos – Unisinos; Vânia Regina Pivello, professora titular no Departamento de Ecologia da USP, mestre em Ecologia de Ecossistemas Terrestres e Aquáti-cos pela USP, doutora em Environmental Technolo-gy – University of London e livre-docente pela USP; e Alexandre Toshiro Igari, docente da Faculdade FIA de Administração e Negócio, graduado em Ciências Biológicas pelo IB-USP e em Administração de Em-presas pela Faculdade de Economia e Administra-ção de Empresas (FEA) da USP.

Alexandre Toshiro Igari Alencar Heidrich Annelise Monteiro Steigleder

Romana Coêlho de Araújo Vânia Regina Pivello

Yara Schaeffer Novelli, Mário Luiz Sarrubbo e Cristina Godoy de Araújo Freitas

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ano 8 nº 47 julho/agosto/setembro de 2011

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ISSN 2179-7455

EFICIÊNCIA EM OBRAS PÚBLICAS

II Congresso de Patrimônio Público e Social do MP de São Paulo

aponta a falta de planejamento como principal obstáculo.

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