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IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, S. A.Av. de Antnio Jos de Almeida1000-042 Lisboa

www.incm.ptwww.facebook.com/[email protected]

Reservados todos os direitosde acordo com a legislao em vigor 2015, Imprensa Nacional-Casa da Moeda

Publicado em outubro de 2015Depsito legal:396 360/15ISBN:978-972-27-2393-0Edio:1020643

SIGLAS 31LEGISLAO CITADA 33

LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICALEI N. 14/79, DE 16 DE MAIO

TTULO I Capacidade eleitoralI. Capacidade eleitoral ativa e passiva 39

II. Estatuto dos candidatos 40

CAPTULO ICAPACIDADE ELEITORAL ACTIVA

Artigo1. Capacidade eleitoral activa 40I. O direito de sufrgio 40

II. O direito de recenseamento eleitoral 41

III. mbito da capacidade eleitoral ativa 42

IV. Caso especial Cidados de nacionalidade brasileira com estatuto

de igualdade de direitos polticos 42

V. Dever cvico versus dever jurdico A absteno

no sancionvel 43Artigo2. Incapacidades eleitorais activas 44

I. Incapacidade eleitoral ativa em geral 44

II. Os interditos e os notoriamente reconhecidos como dementes 45

III. Os cidados privados de direitos polticos 45

IV. Incapacidades previstas no CP 46

V. Infraes relativas capacidade eleitoral ativa 47Artigo3. Direito de voto 47

I. Consideraes gerais 47

II. A inscrio no recenseamento e a questo da residncia 48

CAPTULO IICAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA

Artigo4. Capacidade eleitoral passiva 49I. O sufrgio passivo 49

II. mbito da capacidade eleitoral passiva 49

III. Cidados de nacionalidade brasileira com estatuto de igualdade

de direitos polticos 49

IV. Limites naturais ao exerccio da capacidade eleitoral passiva 50Artigo5. Inelegibilidades gerais 50

I. Incapacidade eleitoral passiva em geral 51

II. Classificao das inelegibilidades 51

III. A figura da inelegibilidade superveniente 52

IV. Inelegibilidade versus incompatibilidade 52

V. Verificao da elegibilidade dos candidatos 53

VI. Magistrados judiciais e do Ministrio Pblico 53

VII. Militares e elementos das foras militarizadas 54

VIII. Os rgos da administrao eleitoral central 55

IX. Situaes de inelegibilidade previstas noutras disposies legais 55

X. Incapacidades previstas no CP 56

XI. Substituio de candidatos inelegveis 56

XII. Infrao relativa capacidade eleitoral passiva 56Artigo6. Inelegibilidades especiais 56

I. Definio de inelegibilidades especiais 57

II. Os diretores e chefes de repartio de finanas 57

III. Os ministros de religio ou culto 58

IV. Dupla nacionalidade Crculos do estrangeiro 60Artigo7. Funcionrios pblicos 60

Garantia do direito de exerccio de direitos polticos por funcionrios

pblicos 60

CAPTULO IIIESTATUTO DOS CANDIDATOS

Artigo8. Direito a dispensa de funes 61I. As razes de ser da norma 61

II. Caracterizao do direito dispensa de funes 62

III. Alcance da expresso contando esse tempo para todos os efeitos

[...] como tempo de servio efetivo 64

IV. Comprovao da qualidade de candidato e outras formalidades 65

V. Perodo de dispensa 67

VI. LEAR versus legislao laboral 67Artigo9. Obrigatoriedade de suspenso do mandato 68

I. A ratio da norma 68

II. A obrigao imposta: Suspenso do mandato 68

III. A competncia da CNE 70Artigo10. Imunidades 71

I. Fundamento das imunidades eleitorais 71

II. A imunidade face a priso preventiva 72

III. A imunidade no mbito de procedimento criminal 72

Artigo11. Natureza do mandato 72I. A natureza representativa do mandato 73

II. O mandato representativo versus mandato imperativo 73

III. A relao dos deputados com os partidos por que foram eleitos 73

TTULO II Sistema eleitoral

Sistema eleitoral 74

CAPTULO I

ORGANIZAO DOS CRCULOS ELEITORAISArtigo12. Crculos eleitorais 75

I. Crculo eleitoral Consideraes gerais 76

II. Colgio eleitoral 76

III. Crculo nico e pluralidade de crculos 77

IV. Os crculos eleitorais na eleio da AR 77

Artigo13. Nmero e distribuio de deputados 78I. O nmero de deputados 79

II. O mapa de deputados 79

CAPTULO II

REGIME DA ELEIO

Artigo14. Modo de eleio 80I. Listas plurinominais 80

II. Voto singular 80

Artigo15. Organizao das listas 81Importncia da ordenao dos candidatos 81

Artigo16. Critrio de eleio 82I. Breve classificao dos sistemas eleitorais quanto ao mtodo

da eleio 82

II. Caracterizao do sistema eleitoral da eleio da AR 84

III. Aplicao do mtodo de Hondt 84

IV. Clusulabarreira 85

Artigo17. Distribuio dos lugares dentro das listas 86I. Atribuio dos mandatos 86

II. Incompatibilidades 86

Artigo18. Vagas ocorridas na Assembleia 87Preenchimento de vagas 87

TTULO III Organizao do processo eleitoral

Consideraes gerais 88

CAPTULO IMARCAO DA DATA DAS ELEIES

Artigo19. Marcao das eleies 88I. Forma e publicidade do ato de marcao 89

II. Incio do processo eleitoral 90

III. Princpio da aquisio progressiva dos atos 91

IV. Competncia dos rgos centrais da administrao eleitoral 91

V. Competncia do TC 93Artigo20. Dia das eleies 93

Carter geral da opo pelo domingo ou feriado 93

CAPTULO IIAPRESENTAO DE CANDIDATURASSECOI

PROPOSITURA

Artigo21. Poder de apresentao 94I. Exclusividade da representao polticopartidria 94

II. Registo no TC 95

III. Limitao ao poder de apresentao de candidaturas 96

IV. Situaes relativas capacidade eleitoral passiva 96Artigo22. Coligaes para fins eleitorais 96

I. Regularidade da constituio de coligaes 97

II. Coligaes para fins eleitorais e coligaes permanentes 98

III. Smbolos e siglas das coligaes para fins eleitorais 98

IV. Direito participao poltica de coligaes em processos

eleitorais 99Artigo22.A Deciso 99

I. Contedo da deciso de anotao do TC quanto s coligaes

para fins eleitorais 100

II. Recurso da deciso e contagem do prazo 100Artigo23. Apresentao de candidaturas 101

I. rgos competentes dos partidos polticos 101

II. Prazo de apresentao das candidaturas e regras processuais 101

III. Local de apresentao das candidaturas 103

IV. Utilizao da telecpia na apresentao de candidaturas 103

V. Jurisprudncia sobre o termo do prazo, em geral, para a prtica

dos atos no processo eleitoral 104Artigo24. Requisitos de apresentao 104

I. Elementos de identificao dos candidatos e do mandatrio 105

II. Paridade 107

III. Declarao de candidatura e reconhecimento notarial 107

IV. Pedido de certido de eleitor 108

V. Validade das certides de eleitor 110

VI. Aplicao informtica de apoio criao de listas de candidatos 110

Artigo25. Mandatrios das listas 111

I. Designao e papel do mandatrio das listas 111

II. Substituio do mandatrio 112

III. Mandatrios nos crculos da Europa e de fora da Europa 113

Artigo26. Publicao das listas e verificao das candidaturas 113

I. Controlo jurisdicional da apresentao de candidaturas 113

II. Publicidade das listas 114

III. Sorteio das listas apresentadas independentemente

da sua admissibilidade 114

Artigo27. Irregularidades processuais 115

I. Suprimento de irregularidades e substituio de candidatos 115

II. Princpio da aquisio progressiva dos atos 116

III. Natureza e cmputo dos prazos 116

Artigo28. Rejeio de candidaturas 117

I. Substituio de candidatos inelegveis 118

II. Cmputo dos prazos 118

Artigo29. Publicao das decises 118

Finalidade da afixao das listas admitidas e rejeitadas 118

Artigo30. Reclamaes 119

I. Necessidade e natureza da reclamao sobre a admisso ou rejeio

de candidaturas 119

II. Tramitao 120

III. Contagem dos prazos 121

Artigo31. Sorteio das listas apresentadas 121

Urgncia no sorteio das listas 121

SECOII

CONTENCIOSODAAPRESENTAODASCANDIDATURAS

Artigo32. Recurso para o Tribunal Constitucional 122

I. Reclamao como formalidade prvia ao recurso para o TC 122

II. Conceito de deciso final do juiz relativa apresentao

de candidaturas 123

III. Prazo de interposio de recurso 124

IV. Entrega de recursos por correio 124

Artigo33. Legitimidade 124

Legitimidade para recorrer em processo de admisso de candidaturas 125

Artigo34. Interposio e subida de recurso 125I. Local de apresentao do recurso e elementos que o devem

acompanhar 126

II. Contagem dos prazos 126Artigo35. Deciso 126

Comunicao e unicidade do acrdo do TC 126Artigo36. Publicao das listas 127

Objetivos da publicao das listas 127

SECOIII

SUBSTITUIOEDESISTNCIADECANDIDATURAS

Artigo37. Substituio de candidatos 127Substituio obrigatria e facultativa de candidatos 128

Artigo38. Nova publicao das listas 129I. Objetivo da publicitao das alteraes 129

II. Necessidade de nova avaliao da representao mnima de cada

um dos sexos na lista 129Artigo39. Desistncia 129

I. Consequncias e comunicao da desistncia 130

II. Validade das listas em virtude de desistncias 130

CAPTULO IIICONSTITUIO DAS ASSEMBLEIAS DE VOTO

Artigo40. Assembleia de voto 130I. A assembleia de voto 131

II. Agregao de freguesias e nmero de assembleias de voto 132

III. Nmero de referncia para a constituio de seces de voto 132

IV. Natureza do ato de desdobramento e instncia de recurso 132

V. Inexistncia de recurso contencioso para o TC 132Artigo41. Dia e hora das assembleias de voto 133

I. Proibio do exerccio da caa no dia da eleio 133

II. Festividades no dia da eleio 133Artigo42. Local das assembleias de voto 133

I. Acessibilidade 134

II. Edifcios escolares 134

III. Imutabilidade do local fixado 135

IV. Condies de capacidade, segurana e acesso dos locais

de voto 135

V. Recurso contencioso para o TC 135

VI. Bairros administrativos 136Artigo43. Editais sobre as assembleias de voto 136

Identificao exata do local de voto de cada eleitor 137

Artigo44. Mesas das assembleias e seces de voto 137I. Funes dos membros de mesa 138

II. Composio da mesa 140

III. Requisitos dos membros de mesa 140

IV. Obrigatoriedade do exerccio da funo de membro de mesa 140

V. Substituio por motivo de fora maior 141

VI. Mecanismo supletivo de preenchimento das mesas 141

VII. Direitos e regalias dos membros de mesa 141

VIII. Delegado de sade a nvel municipal 141

Artigo45. Delegados das listas 141Funes dos delegados 142

Artigo46. Designao dos delegados das listas 142I. Designao dos delegados 143

II. Modelo de credencial 144

III. Credenciao de delegados de listas e respetivos suplentes

em data posterior prevista na lei 144

IV. Modelos de reclamaes e protestos 144

Artigo47. Designao dos membros da mesa 145I. Procedimentos para a designao dos membros das mesas

das assembleias de voto 146

II. Falta de acordo na reunio e procedimentos subsequentes 149

III. Credenciao dos delegados reunio destinada escolha

dos membros de mesa 150

IV. Bolsa de agentes eleitorais 151

V. Interveno da junta de freguesia e do seu presidente na constituio

da mesa da assembleia de voto 151

Artigo48. Constituio da mesa 152I. Procedimentos para a constituio da mesa da assembleia de voto 153

II. Direitos e regalias dos membros da mesa da assembleia de voto 153

Artigo49. Permanncia na mesa 155I. Ausncia de um membro de mesa e sua substituio 155

II. Suspenso das operaes eleitorais por falta de qurum da mesa 156

Artigo50. Poderes dos delegados 157I. Presena na mesa de um delegado 157

II. Direito de obter cpia dos cadernos eleitorais 158

III. Deliberao da CNE sobre a incluso de delegados das listas

nas mesas Situao limite 158

Artigo50.A Imunidades e direitos 159I. Imunidade face deteno 159

II. Dispensa da atividade profissional para os delegados 159

III. Ausncia de compensao 160

Artigo51. Cadernos de recenseamento 160Extrao de cpias dos cadernos de recenseamento 160

Artigo52. Outros elementos de trabalho da mesa 161I. Interveno das cmaras municipais 161

II. Referncia ao administrador de bairro 161

TTULO IV Campanha eleitoralPrincpios gerais das campanhas eleitorais 162

CAPTULO IPRINCPIOS GERAIS

Artigo53. Incio e termo da campanha eleitoral 162I. Perodo legal de campanha 163

II. Conceito de campanha eleitoral 163

III. A necessidade de regras especficas para a campanha eleitoral 164

IV. A importncia da Lei n. 26/99 165

V. O papel da Comisso Nacional de Eleies 165

VI. Termo do perodo legal de campanha 165

VII. Repetio de eleies e suas consequncias no perodo legal

de campanha 166Artigo54. Promoo, realizao e mbito da campanha eleitoral 166

I. O mbito do territrio eleitoral 166

II. O princpio de liberdade das candidaturas 167

III. A participao ativa dos cidados 167

IV. A campanha eleitoral no estrangeiro 167Artigo55. Denominaes, siglas e smbolos 168

I. Registo das denominaes, siglas e smbolos junto do TC 168

II. A utilizao indevida de denominao, sigla e smbolo 168

III. As coligaes para fins eleitorais 169Artigo56. Igualdade de oportunidades das candidaturas 169

I. O princpio de igualdade de oportunidades das candidaturas 169

II. O carter absoluto do princpio de igualdade de oportunidades

das candidaturas em Portugal 171

III. A igualdade de oportunidades enquanto realidade jurdica 171

IV. A Lei n. 26/99 172

V. A igualdade de oportunidades e a atuao dos rgos de comunicao

social 172

VI. A igualdade de oportunidades e o tratamento jornalstico conferido

s candidaturas 172

VII. A igualdade de oportunidades em sede de debates e entrevistas

promovidas pelos rgos de comunicao social 173

VIII. O princpio da igualdade de oportunidades das candidaturas

e a prossecuo de fins pblicos As instituies de solidariedade

social 174

IX. A atribuio da CNE de assegurar a igualdade de oportunidades de

ao e propaganda das candidaturas durante as campanhas

eleitorais 174

X. A igualdade de oportunidades e a proibio de publicidade

comercial 175

XI. Competncia em matria de utilizao da publicidade em perodo

eleitoral 176

Artigo57. Neutralidade e imparcialidade das entidades pblicas 176I. A neutralidade e a imparcialidade das entidades pblicas 177

II. A neutralidade e a imparcialidade das entidades pblicas no processo

eleitoral 177

III. O dever de neutralidade e imparcialidade das entidades pblicas

e o seu confronto com a normal prossecuo das funes pblicas

do candidato 178

IV. Obrigatoriedade de suspenso do mandato 180

V. As publicaes autrquicas em perodo eleitoral 180

VI. Abuso de funes pblicas ou equiparadas 181

VII. Proibio de publicidade institucional 182

VIII. Competncia em matria de publicidade institucional 184

Artigo58. Liberdade de expresso e de informao 184I. A liberdade de expresso 185

II. A liberdade de informao 186

III. A especificidade quanto aplicao de sanes s empresas

que explorem rgos de comunicao social durante o perodo legal

de campanha 187

IV. A falta de jurisprudncia constitucional sobre o direito de liberdade

de expresso em Portugal 188

Artigo59. Liberdade de reunio 190I. O conceito de reunio, para efeitos do DecretoLei n. 406/74 191

II. As deliberaes da CNE relativas ao direito de reunio 191

III. Regime de mera comunicao s autoridades administrativas

para exerccio do direito de reunio 191

IV. Concorrncia de pedidos de diferentes foras polticas 192

V. Prazo de recurso 192

Artigo60. Proibio da divulgao de sondagens 192I. Proibio da divulgao de sondagens 193

II. A Lei n. 10/2000 193

CAPTULO IIPROPAGANDA ELEITORAL

Artigo61. Propaganda eleitoral 194I. A propaganda eleitoral 194

II. Caracterizao jurdicoconstitucional da liberdade de propaganda

poltica 195

III. Limites liberdade de propaganda (Lei n. 97/88) 196

IV. A competncia legal da CNE no domnio da propaganda eleitoral 198

V. Salvaguarda dos princpios da liberdade de oportunidades e ao

e propaganda das candidaturas 200

VI. A propaganda no est sujeita a autorizao, licenciamento

ou comunicao s autoridades administrativa 201

VII. Propaganda em centros comerciais e outros espaos privados

de livre acesso pblico 203

VIII. Bancas e outros meios mveis de contacto, recolha de apoios, venda

e distribuio de materiais 204

IX. Propaganda atravs de distribuio de espcimes de boletins

de voto 206

X. A distino entre propaganda e propaganda eleitoral 206

Artigo62. Direito de antena 207I. O direito de antena anual e de mbito nacional dos partidos

polticos 208

II. A falta de comunicao do horrio previsto de transmisso dos tempos

de antena 208

III. A alterao do horrio de transmisso dos tempos de antena

no decurso das emisses 208

IV. A violao dos deveres das estaes de rdio e televiso 208

V. A suspenso do direito de antena 208

VI. Arquivo dos programas do direito de antena 209

VII. Transmisso de tempos de antena nas estaes de radiodifuso

de mbito local 209

VIII. Os tempos de antena na Lei n. 72A/2015 209

Artigo63. Distribuio dos tempos reservados 210I. A competncia da CNE na distribuio dos tempos de antena

nas estaes de televiso e radiodifuso 210

II. Os diferentes critrios de distribuio de tempos de antena 211

III. Os efeitos de desistncia de listas de candidatos no processo

de distribuio de tempos de antena 211

IV. Troca de tempos de emisso 212

V. A renncia ao direito de antena 212

Artigo64. Publicaes de carcter jornalstico 213I. O regime jurdico da cobertura jornalstica 213

II. A igualdade na cobertura noticiosa das candidaturas nas televises

generalistas 215

Artigo65. Salas de espectculos 217I. Requisio de espaos para aes de campanha eleitoral 218

II. Concorrncia de pedidos 218

III. Competncia para decidir recursos 219

Artigo66. Propaganda grfica e sonora 219I. Carter adicional dos espaos disponibilizados pelas autarquias 220

II. Cedncia de estruturas ou suportes 220

III. Dispensa de autorizao administrativa 221

IV. Propaganda em monumentos e zonas de proteo 221

V. Propaganda em equipamentos urbanos 222

VI. Limites liberdade de propaganda (Lei n. 97/88) 223

VII. A no aplicao no domnio da propaganda da lei que regula

os grafitos, afixaes, picotagem e outras formas de alterao

de superfcies exteriores de edifcios, pavimentos, passeios, muros

e outras infraestruturas 223

VIII. Propaganda atravs de distribuio de espcimes de boletins

de voto 223

Artigo67. Utilizao em comum ou troca 223I. Princpio da igualdade de oportunidades e tratamento

das candidaturas 223

II. Limitao temporal deciso de utilizao comum ou troca 224

III. Exigncia de tempo de emisso idntico para troca 224

IV. Impossibilidade de troca em caso de desistncia de candidatura 224

Artigo68. Edifcios pblicos 225I. Possibilidade de utilizao comum e troca 225

II. Competncia para decidir recursos 225

III. Edifcios em que funcionem escolas pblicas 225

IV. Concorrncia de pedidos 225

Artigo69. Custo de utilizao 226I. A garantia de acesso a meios gratuitos 227

II. Entidade responsvel pelo pagamento das compensaes 227

III. Composio e processo de votao da comisso arbitral 228

Artigo70. rgos dos partidos polticos 228I. Carter excecional das publicaes jornalsticas de partidos

polticos 228

II. Incorrees de natureza legstica 228

Artigo71. Esclarecimento cvico 229I. Esclarecimento objetivo dos eleitores 229

II. Entidades que podem realizar o esclarecimento 229

Artigo72. Publicidade comercial 229I. A nova regulao da propaganda atravs de meios de publicidade

comercial 230

II. Proibio de propaganda atravs de meios de publicidade

comercial 231

III. Conceito de publicidade comercial 231

IV. Finalidade da proibio 231

V. Meios utilizados para efeitos de publicidade 231

VI. Publicitao de listas de apoiantes 232

VII. Invocao em anncios de atividades de campanha de nomes

e da qualidade de titulares de cargos pblicos dos intervenientes 232

VIII. Anncios com indicao do stio oficial do partido 232

IX. Realizao de propaganda por via telefnica 232

X. Realizao de propaganda atravs do servio disponibilizado

pelos CTT designado Infomail 233

XI. Realizao de propaganda por via eletrnica (emails ou sms) 233

XII. Realizao de propaganda na Internet 234

XIII. Realizao de propaganda atravs de redes sociais 234

XIV. Causa de excluso da ilicitude 235

XV. Ilcito 235Artigo73. Instalao de telefone 235

Gratuitidade da instalao 235Artigo74. Arrendamento 236

I. A excecionalidade dos contratos de arrendamento para fins

eleitorais 236

II. Autorizao de utilizao de imveis para fins eleitorais 236

CAPTULO IIIFINANAS ELEITORAISI. Legislao aplicvel 237

II. TC e ECFP 239

III. Oramento de campanha 239

IV. Receitas de campanha 240

V. Despesas de campanha 240

VI. Mandatrio financeiro 240

VII. Prestao das contas 241Artigo75. Contabilizao de receitas e despesas 241Artigo76. Contribuies de valor pecunirio 241Artigo77. Limite de despesas 241Artigo78. Fiscalizao das contas 241

TTULO V Eleio

Consideraes gerais 241

CAPTULO ISUFRGIOSECOI

EXERCCIODODIREITODESUFRGIO

Artigo79. Pessoalidade e presencialidade do voto 243I. A pessoalidade do direito de voto 244

II. A presencialidade como regra no exerccio do sufrgio 244

Artigo79.A Voto antecipado 245I. O alargamento das situaes contempladas pela possibilidade

de exerccio do voto de forma antecipada 246

II. Substituio do presidente da cmara nas operaes de votao

antecipada 247

Artigo79.B Modo de exerccio do direito de voto antecipado por razes profissionais 248I. A situao do profissional liberal e outros casos de impossibilidade

de obter declarao de terceiro 249

II. Perodo temporal em que o voto antecipado pode ser exercido junto

da cmara municipal 249

III. Os agentes de foras e servios que exeram funes de segurana

interna 249

Artigo79.C Modo de exerccio do direito de voto antecipado por doentes internados e por presos 250I. O modo de exerccio do direito de voto por doentes internados

e presos 251

II. Conceito de estabelecimento hospitalar para efeitos de exerccio

do voto de forma antecipada 251

III. O alcance da expresso doentes internados 252

IV. Os problemas relacionados com a identificao dos cidados

presos 252

V. Voto de cidados em regime de priso domiciliria 253

VI. Voto de cidados presos em regime de dias livres 253

VII. Introduo do carto de cidado e descontinuao do carto

de eleitor 254

VIII. Prazo para solicitar a documentao para votar 254

Artigo79.D Modo de exerccio do direito de voto antecipado por eleitores deslocados no estrangeiro 255I. O alargamento das situaes contempladas pela possibilidade

de exerccio do voto de forma antecipada 255

II. Modo de exerccio do direito de voto antecipado por cidados

eleitores deslocados no estrangeiro 255

Artigo79.E Modo de exerccio do voto por estudantes 256I. Modo de votao dos estudantes deslocados 256

II. Prazo para solicitar a documentao 256

Artigo80. Unicidade do voto 257Voto plrimo 257

Artigo81. Direito e dever de votar 257I. As duas vertentes do direito de sufrgio 257

II. A dependncia natural do direito de sufrgio do direito

de recenseamento eleitoral 258

III. A caracterizao do sufrgio como um dever cvico 258

IV. O dever dos responsveis pelas empresas ou servios em atividade

no dia das eleies 258

Artigo82. Segredo do voto 259I. Conjugao desta norma legal com a do artigo 92. (Proibio

de propaganda) 259

II. A realizao de sondagens ou inquritos de opinio em dia de ato

eleitoral e a garantia do segredo de voto 259

Artigo83. Requisitos do exerccio do direito de voto 260I. A importncia do recenseamento eleitoral 260

II. Omisso do eleitor nos cadernos eleitorais 261

Artigo84. Local de exerccio de sufrgio 262I. O local do exerccio do direito de voto 262

II. As excees ao exerccio do direito de voto na assembleia

correspondente ao local por onde o eleitor esteja recenseado 263

III. O transporte de eleitores no dia da eleio 263

IV. O voto eletrnico 264

Artigo85. Extravio do carto de eleitor 265I. Carto de eleitor 265

II. Indicao do nmero de inscrio no RE e deslocao dos servios das

juntas de freguesia para junto das assembleias de voto no dia

da eleio 266

SECOII

VOTAO

Artigo86. Abertura da votao 266I. Disposio da mesa e das cmaras de voto 267

II. Informao a afixar no exterior da assembleia de voto 267

III. Informao a afixar em caso de desistncia de candidatura 267

IV. Verificao dos documentos de trabalho e contagem dos boletins

de voto recebidos 268

V. Prioridade na ordem de votao de delegados e membros de mesa 268

VI. Proibio de abandono de funes dos membros da mesa

da assembleia ou seco de voto 268

Artigo87. Procedimento da mesa em relao aos votos antecipados 269I. Os poderes da mesa quanto verificao e lanamento na urna

dos votos antecipados 269

II. Registo na ata dos nmeros de inscrio no RE dos eleitores que votam

antecipadamente 270

Artigo88. Ordem de votao 270I. Prioridade na ordem de votao de delegados e membros de mesa

de outras assembleias ou seces de voto 270

II. Outras prioridades na ordem de votao (portadores de deficincia,

doentes, grvidas e idosos) 270

Artigo89. Continuidade das operaes eleitorais e encerramento da votao 271

I. O carter ininterrupto das operaes eleitorais 271

II. Admisso de eleitores a votar aps as 19 horas 271

Artigo90. No realizao da votao em qualquer assembleia de voto 271I. Harmonizao legislativa das situaes de impossibilidade de abertura

e de interrupo da assembleia de voto 272

II. Competncia para dispensar ou determinar nova votao 272

III. Designao de membros de mesa na realizao de nova votao 273

Artigo91. Polcia das assembleias de voto 273I. Caracterizao das funes de presidente e vogais da mesa

da assembleia ou seco de voto 274

II. Voto dos militares e agentes de foras e servios de segurana 274

III. Proibio do exerccio da caa no dia da eleio 274

IV. Instalao de aparelhos televisivos nas assembleias de voto 275

V. Utilizao de telemveis no interior das seces de voto 275

Artigo92. Proibio de propaganda 275I. O alcance da proibio de propaganda 276

II. Sedes partidrias e de campanha nas imediaes dos locais de voto 276

III. Conflitos de competncia nos casos em que funcionam vrias mesas

no mesmo edifcio 277

IV. Elementos grficos de propaganda 277

V. Ilcito eleitoral versus irregularidade ocorrida no decurso

da votao 277

VI. Festividades no dia da eleio 278

Artigo93. Proibio da presena de no eleitores 279I. Distino das solues aplicveis a no eleitores 279

II. Presena na assembleia de voto de candidatos, mandatrios

e delegados 280

III. Presena de no eleitores no apuramento local 280

Artigo94. Proibio de presena de fora armada e casos em que pode comparecer 280I. Proibio da presena de fora armada: Regra geral 281

II. Pedido de interveno da fora armada e necessidade de registo

escrito 281

III. mbito territorial dos poderes de polcia da mesa 281

IV. Interveno da fora armada sem requisio 282

V. Nulidade da votao na presena de fora armada 282

Artigo95. Boletins de voto 282I. Garantia do segredo de voto 283

II. A funo dos smbolos nos boletins de voto 283

III. Dimenso dos smbolos 284

IV. A impresso dos boletins de voto em momento anterior s decises

do TC em recursos sobre a admissibilidade de listas 284

V. Inexistncia de quadrados no boletim de voto 285

VI. Propaganda atravs de distribuio de espcimes de boletins

de voto 286

VII. Percentagem de boletins de voto em excesso 286

Artigo96. Modo como vota cada eleitor 287I. Documentos de identificao substitutivos do CC ou BI 287

II. Nmero de eleitor 288

III. Colocao do boletim de voto na urna 288

IV. Descargas dos votos nos cadernos eleitorais 288

Artigo97. Voto dos deficientes 289I. Exceo ao princpio da pessoalidade 289

II. Acompanhante tem de ser eleitor 290

III. Cidados eleitores idosos, analfabetos, reformados e mulheres

grvidas 290

IV. Cidados eleitores invisuais 290

V. Delegado de sade a nvel municipal 291

VI. Necessidade de apresentao de certificado comprovativo

da deficincia 291

VII. Modo de votao de eleitores com dificuldade de locomoo

ou acamados 292

VIII. Desenvolvimento de experincias associadas a mtodos de votao

especificamente criados para cidados eleitores invisuais

ou com incapacidades fsicas ou sensoriais 292

IX. Ilcitos eleitorais 293

Artigo98. Voto branco ou nulo 293I. Significado dos votos em branco 293

II. Voto nulo 294

III. Efeitos dos votos em branco e dos votos nulos 295

Artigo99. Dvidas, reclamaes, protestos e contraprotestos 295I. Esclarecimentos e apresentao de protesto, reclamao

ou contraprotesto 296

II. Inexistncia de modelo oficial de protesto, reclamao

ou contraprotesto 296

III. Necessidade de reduo a escrito 296

CAPTULO IIAPURAMENTOSECOI

APURAMENTOPARCIAL

Artigo100. Operao preliminar 296I. Incio do apuramento local 297

II. Objetivo da operao preliminar 297

III. Destino final dos boletins de voto no utilizados e inutilizados 297

IV. Ilcitos eleitorais 298

Artigo101. Contagem dos votantes e dos boletins de voto 298Contagem de votantes Nmero de descargas versus nmero

de boletins 298

Artigo102. Contagem dos votos 299I. Escrutnio 300

II. Reclamao e protesto 300

III. Simplificao dos registos e perda de informao relevante 301

IV. Difuso dos resultados no dia da eleio 301

V. Ilcitos eleitorais 302

Artigo103. Destino dos boletins de voto nulos ou objecto de reclamao ou protesto 302

Destino dos boletins de voto nulos e protestados 302

Artigo104. Destino dos restantes boletins 302Boletins de voto brancos e vlidos 303

Artigo105. Acta das operaes eleitorais 303Modelo para elaborao da ata 304

Artigo106. Envio assembleia de apuramento geral 304Recolha dos documentos de trabalho da AAG 304

SECOII

APURAMENTOGERAL

Artigo107. Apuramento geral do crculo 305I. O apuramento geral 306

II. Condies de funcionamento e organizao da AAG 306

III. Programa informtico VPN.Eleitoral 307

IV. Apuramento geral da eleio nos crculos dos residentes

no estrangeiro 307

Artigo108. Assembleia de apuramento geral 308I. Caracterizao da AAG 309

II. Composio da AAG 309

III. Impugnao da composio da AAG 310

IV. Qurum de funcionamento da AAG 310

V. Estatuto dos membros das assembleias de apuramento geral 310

VI. Presena na reunio da AAG 310

VII. Reclamao e protesto 311

VIII. Ilcitos eleitorais 311

IX. As assembleias de apuramento geral dos cidados eleitores

residentes no estrangeiro 312

Artigo109. Elementos do apuramento geral 312Base de trabalho da AAG 312

Artigo110. Operao preliminar 313I. Importncia do apuramento geral e responsabilidade da AAG 313

II. Operaes preliminares (omissas na lei) 313

III. Poderes da AAG 314

IV. Correo de outros erros materiais do apuramento local (caso

excecional) 316

V. Recontagem de votos vlidos (caso excecional) 316

VI. Ilcitos eleitorais 316

Artigo111. Operaes de apuramento geral 317Contedo do apuramento 317

Artigo111.A Termo do apuramento geral 318I. Prazo para concluso do apuramento 318

II. Adiamento ou declarao de nulidade da votao 318

Artigo112. Proclamao e publicao dos resultados 319I. Contedo do edital de apuramento 319

II. Recurso para o TC 320

Artigo113. Acta do apuramento geral 320I. Remessa da ata CNE 321

II. Modelo de ata 321

III. Infraes eleitorais 321

Artigo114. Destino da documentao 321Viso geral sobre o destino da documentao eleitoral 321

Artigo115. Mapa nacional da eleio 322I. Consideraes gerais sobre o mapa da eleio 323

II. Excees natureza declarativa do mapa nacional da eleio 323

III. Recorribilidade do mapa nacional da eleio 324

Artigo116. Certido ou fotocpia de apuramento 325I. Importncia da certido e prazo especial de emisso 326

II. Custo das certides 326

CAPTULO IIICONTENCIOSO ELEITORAL

Artigo117. Recurso contencioso 326I. Condio prvia para a interposio de recurso 327

II. Reclamao versus protesto 327

III. Objeto do recurso contencioso 328

IV. Ilcito eleitoral 328

Artigo118. Tribunal competente, processo e prazos 328I. Prazo de interposio do recurso e horrio da secretaria 329

II. Princpio do contraditrio 330

Artigo119. Nulidade das eleies 330Carcter excecional da nulidade e requisitos para a sua declarao 330

Artigo120. Verificao de poderes 331Forma e contedo da verificao de poderes 331

TTULO VI Ilcito eleitoral

I. Caracterizao do ilcito eleitoral 332

II. Converso das contravenes em contraordenaes 333

III. Entidade competente para a aplicao de coimas 334

IV. Converso das referncias monetrias a escudos em euros 335

CAPTULO IPRINCPIOS GERAIS

Artigo121. Concorrncia com crimes mais graves e responsabilidade disciplinar 336

I. Exerccio da ao penal 336

II. Atuao da CNE 336

Artigo122. Circunstncias agravantes gerais 336Agravao das penas 336

Artigo123. Punio da tentativa e do crime frustrado 337I. Tentativa 337

II. Punio da tentativa de crime eleitoral Norma especial 337

Artigo124. No suspenso ou substituio das penas 338Norma especial face ao CP 338

Artigo125. Suspenso de direitos polticos 338Artigo126. Prescrio 339

I. Prescrio do procedimento 339

II. Suspenso e interrupo da prescrio do procedimento 339

Artigo127. Constituio dos partidos polticos como assistentes 339I. Posio e atribuies do assistente 339

II. Norma especial face ao CPP 340

CAPTULO IIINFRAES ELEITORAISSECOI

INFRACESRELATIVASAPRESENTAODECANDIDATURAS

Artigo128. Candidatura de cidado inelegvel 340I. Limitao ao direito de ser eleito 340

II. Declarao de candidatura 341

SECOII

INFRACESRELATIVASCAMPANHAELEITORAL

Artigo129. Violao de deveres de neutralidade e imparcialidade 341I. mbito temporal 341

II. Bens jurdicos tutelados 341

Artigo130. Utilizao indevida de denominao, sigla ou smbolo 341A importncia da denominao, sigla e smbolo 342

Artigo131. Utilizao de publicidade comercial 342Novo regime sancionatrio 342

Artigo132. Violao dos deveres das estaes de rdio e televiso 343Deveres das estaes de rdio e televiso 343

Artigo133. Suspenso do direito de antena 344Utilizao abusiva do tempo de antena 344

Artigo134. Processo de suspenso do exerccio do direito de antena 346I. Competncia do TC 346

II. Prazo de audincia dos interessados 346

Artigo135. Violao da liberdade de reunio eleitoral 347Artigo136. Reunies, comcios, desfiles ou cortejos ilegais 347Artigo137. Violao de deveres dos proprietrios de salas de espectculos

e dos que as exploram 347Artigo138. Violao dos limites de propaganda grfica e sonora 347Artigo139. Dano em material de propaganda eleitoral 347

I. mbito de aplicao temporal 348

II. Proprietrios ou possuidores de locais onde forem afixados cartazes

de propaganda 348Artigo140. Desvio de correspondncia 349Artigo141. Propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral 349

I. Perodo de reflexo 349

II. A utilizao das redes sociais na vspera e no dia da eleio 350

III. Propaganda nos e junto dos locais de votao 351

IV. Atos executrios de propaganda 351Artigo142. Revelao ou divulgao de resultados de sondagens 351

Divulgao de sondagens relativas a sufrgios 351Artigo143. No contabilizao de despesas e despesas ilcitas 352Artigo144. Receitas ilcitas das candidaturas 352Artigo145. No prestao de contas 352

SECOIII

INFRACESRELATIVASELEIO

Articulao com o Cdigo Penal 352Artigo146. Violao do direito de voto 353

Da revogao operada pela Lei n. 72/93 353Artigo147. Admisso ou excluso abusiva do voto 353Artigo148. Impedimento do sufrgio por abuso de autoridade 354Artigo149. Voto plrimo 354Artigo150. Mandatrio infiel 354Artigo151. Violao do segredo de voto 355Artigo152. Coaco e artifcio fraudulento sobre o eleitor ou o candidato 355

As diferentes penas consagradas para os crimes de coao de eleitor

e de fraude e corrupo do eleitor previstas no Cdigo Penal 355

Artigo153. Abuso de funes pblicas ou equiparadas 356I. Conceito de abuso de funes 356

II. mbito temporal 356

Artigo154. Despedimento ou ameaa de despedimento 356A consagrao constitucional da proibio do despedimento sem justa

causa por motivos polticos 357

Artigo155. Corrupo eleitoral 357A diferente pena consagrada para o crime de fraude e corrupo

do eleitor prevista no Cdigo Penal 357

Artigo156. No exibio da urna 358Exibio da urna e abertura da votao 358

Artigo157. Introduo do boletim na urna e desvio desta ou de boletins de voto 358

Votao de eleitores com dificuldade de locomoo ou acamados

e proibio de deslocao da urna 358

Artigo158. Fraudes da mesa da assembleia de voto e da assembleia de apuramento geral 359

A diferente pena consagrada para o crime de fraude em eleio prevista

no Cdigo Penal 359

Artigo159. Obstruo fiscalizao 359A importncia das funes dos delegados no dia da votao 359

Artigo160. Recusa de receber reclamaes, protestos ou contraprotestos 360

Necessidade de reduo a escrito da reclamao ou protesto 360

Artigo161. Obstruo dos candidatos ou dos delegados das listas 360Presena na assembleia de voto de candidatos, mandatrios

e delegados 360

Artigo162. Perturbao das assembleias de voto 360Artigo163. No comparncia da fora armada 361

I. Proibio da presena de fora armada: Regra geral 361

II. Pedido de interveno da fora armada 361

III. Interveno da fora armada sem requisio 361

IV. Nulidade da votao na presena de fora armada 361

Artigo164. No cumprimento do dever de participao no processo eleitoral 361

I. Obrigatoriedade do exerccio da funo de membro de mesa 361

II. Substituio por motivo de fora maior 362

Artigo165. Falsificao de cadernos, boletins, actas ou documentos relativos eleio 362Artigo166. Denncia caluniosa 362

Remisso para o Cdigo Penal e jurisprudncia 362

Artigo167. Reclamao e recurso de m f 362Pressupostos da litigncia de m f 363

Artigo168. No cumprimento de outras obrigaes impostas por lei 363No cumprimento de outras obrigaes impostas por lei 363

TTULO VII Disposies finais

Disposies finais 363

Artigo169. Certides 364I. Certides de inscrio no recenseamento eleitoral 364

II. Certides de apuramento geral 364

Artigo170. Isenes 364I. Posio da CNE 365

II. Posio dos servios dos Registos e Notariado 365

III. Certides comprovativas da condio de candidato para efeitos

de dispensa de funes 366

Artigo171. Termo de prazos 367Contagem dos prazos 367

Artigo172. Regime aplicvel fora do territrio nacional 367Organizao do processo eleitoral no estrangeiro 368

Artigo172.A Direito subsidirio 368Improrrogabilidade dos prazos eleitorais 368

Artigo173. Revogao 369

ANEXO N. 1 371

ANEXO N. 2 373

LEGISLAO COMPLEMENTAR 375

Legislao eleitoral 375Mandatrios nos crculos eleitorais de fora do territrio nacional

DecretoLei n. 411B/79, de 3 de outubro

Lei da paridade

Lei Orgnica n. 3/2006, de 21 de agosto Processo eleitoral no estrangeiro

DecretoLei n. 95C/76, de 30 de janeiro Cobertura jornalstica e meios de publicidade comercial

Lei n. 72A/2015, de 23 de julho

Constituio da Repblica Portuguesa 395

Lei Constitucional n. 1/2005, de 12 de agosto

Cdigo Penal 407

DecretoLei n. 400/82, de 23 de setembro

Regulao de Direitos, Liberdades e Garantias 411Direito de reunio

DecretoLei n. 406/74, de 29 de agosto Afixao de propaganda

Lei n. 97/88, de 17 de agosto

Recenseamento eleitoral

Lei n. 13/99, de 22 de maro mbito de aplicao dos princpios reguladores da propaganda

e da neutralidade

Lei n. 26/99, de 3 de maioLicena especial dos militares

Lei Orgnica n. 1B/2009, de 7 de julho Entidades e rgos 445

Tribunal Constitucional

Lei n. 28/82, de 15 de novembro Comisso Nacional de Eleies

Lei n. 71/78, de 27 de dezembro Deliberao n. 2270/2011 (Regimento)Entidade das Contas e Financiamentos Polticos

Lei Orgnica n. 2/2005, de 10 de janeiroPartidos Polticos

Lei Orgnica n. 2/2003, de 22 de agosto Outros Diplomas 485

Financiamento das campanhas eleitorais

Lei n. 19/2003, de 20 de junhoSondagens e inquritos de opinio

Lei n. 10/2000, de 21 de junhoBolsas de agentes eleitorais e compensao dos membros das mesas

Lei n. 22/99, de 21 de abrilCrimes de responsabilidade dos titulares de cargos polticos

Lei n. 34/87, de 16 de julho Regime jurdico de incompatibilidades e impedimentos dos titulares

de cargos polticos e altos cargos pblicos

Lei n. 64/93, de 26 de agosto

SINOPSE 537BIBLIOGRAFIA 541NOTAS ALTERAES 543

31

LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

SIGLAS

AAG Assembleiadeapuramentogeral. AC AssembleiaConstituinte. ALRAA AssembleiaLegislativadaRegioAutnomadosAores. ALRAM AssembleiaLegislativadaRegioAutnomadaMadeira. AR AssembleiadaRepblica. BDRE Basededadosdorecenseamentoeleitoral. BI Bilhetedeidentidade. CC Cartodecidado. CM Cmaramunicipal. CNE ComissoNacionaldeEleies.CNECPA ComissoPermanentedeAcompanhamento daComissoNacionaldeEleies. CNPD ComissoNacionaldeProteodeDados. CP CdigoPenal. CPA CdigodoProcedimentoAdministrativo. CPC CdigodeProcessoCivil. CPP CdigodeProcessoPenal. CR ComissoRecenseadora. CRv ConselhodaRevoluo. CRP ConstituiodaRepblicaPortuguesa. CT CdigodoTrabalho.DGAIAE DireoGeraldoMinistriodaAdministrao InternaAdministraoEleitoral(atualmenteSG/MAIAE). DGRN DireoGeraldosRegistosedoNotariado(atualIRN). DL Decretolei. DR Dirio da Repblica. ECFP EntidadedasContaseFinanciamentosPolticos.

32

LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

ERC EntidadeReguladoraparaaComunicaoSocial. IRN InstitutodosRegistosedoNotariado. JF Juntadefreguesia. LCNE LeidaComissoNacionaldeEleies(Lein.71/78).LEALRAA LeiEleitoralparaaAssembleiaLegislativa daRegioAutnomadosAores(DL267/80).LEALRAM LeiEleitoralparaaAssembleiaLegislativadaRegio AutnomadaMadeira(LO1/2006). LEAR LeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica(Lein.14/79). LEOAL LeiEleitoraldosrgosdasAutarquiasLocais(LO1/2001). LEPR Lei Eleitoral do Presidente da Repblica (DL319A/76). LO Leiorgnica. LPP LeidosPartidosPolticos(LO2/2003). LRA LeidoReferendodosAores(LO2/2015). LRE LeidoRecenseamentoEleitoral(Lein.13/99). LRL LeidoReferendoLocal(LO4/2000). LRN LeidoReferendoNacional(Lein.15A/98). LTC LeidoTribunalConstitucional(Lein.28/82). MAI MinistriodaAdministraoInterna. MP MinistrioPblico. OAL rgosdasautarquiaslocais. OSCE OrganizaoparaaSeguranaeCooperaonaEuropa. PCE ProjetoCdigoEleitoral. PE ParlamentoEuropeu. PGR ProcuradoriaGeraldaRepblica. PJL ProjetodeLei. PR PresidentedaRepblica. R TribunaldaRelaode... RAR RegimentodaAssembleiadaRepblica. RCM ResoluodoConselhodeMinistros. RE Recenseamentoeleitoral. RGCO RegimeGeraldasContraordenaes(DL433/82). RL Referendolocal. RN Referendonacional. SG/MAI SecretariaGeraldoMinistriodaAdministraoInterna.SG/MAIAE SecretariaGeraldoMinistriodaAdministrao InternaAdministraoEleitoral. SIGRE SistemadeInformaoeGestodoRecenseamentoEleitoral. STAPE SecretariadoTcnicodosAssuntosparaoProcessoEleitoral (atualmenteSG/MAIAE). STJ SupremoTribunaldeJustia. TC TribunalConstitucional.

33

LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

LEGISLAO CITADA

(ordem cronolgica)

DecretoLein.126/72,de22deabrilregulaaexecuodaConvenosobreIgualdadedeDireitoseDeveresentreBrasileirosePortugueses,assinadaemBrasliaem7desetembrode1971.

DecretoLein.406/74,de29deagostogaranteeregulamentaodireitodereunio.

DecretoLei n.621C/74, de 15 de novembroaprova a Lei EleitoralparaaAssembleiaConstituinte.

DecretoLein.85D/75,de26defevereiro(revogado)estabelecenormassobreotratamentojornalsticoquedeveserdadopelaspublicaesnoticiosasdirias,ounodiriasdeperiodicidadeinferioraquinzedias,sdiversascandidaturasAssembleiaConstituinte.

DecretoLei n.95C/76, de 30 de janeiroorganizao do processoeleitoralnoestrangeiro.

DecretoLein.318E/76,de30deabril(revogado)LeiEleitoralparaaAssembleiaLegislativaRegionaldaMadeira.

DecretoLein.319A/76,de3demaioregulamentaaeleiodoPresidentedaRepblica.

DecretoLein.701B/76,de29desetembro(revogado)estabeleceoregimeeleitoralparaaeleiodosrgosdasautarquiaslocais.

Lei n.69/78, de 3 de novembro (revogado)Lei do RecenseamentoEleitoral.

Lei n.71/78, de 27 de dezembrocria a Comisso Nacional de Eleies.

DecretoLein.53/79,de24demarocometeaosGovernosCivisdeLisboa e Porto o pagamento das despesas de instalao e funciona

34

LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

mentodasadministraesdosbairros referidosno1.doartigo1.doCdigoAdministrativo,bemcomoasatisfaodosencargoscomopessoaldosmesmosbairros.

Lein.14/79,de16demaioLeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica.

DecretoLein.411B/79,de3deoutubrodefinequempodesermandatriodaslistaspeloscrculoseleitoraisdeforadoterritrionacional.

DecretoLein.267/80,de8deagostoLeiEleitoralparaaAssembleiaLegislativadaRegioAutnomadosAores.

Lein.37/81,de10demaroLeidaNacionalidade,alteradapelaLeiOrgnican.2/2006,de17deabril.

Lei n.8/81, de 15 de junhoratifica, com emendas, o DecretoLein.53/79,de24demaro(bairrosadministrativos).

DecretoLein.400/82,de23desetembroaprovaoCdigoPenal.DecretoLei n.433/82, de 27 de outubro (Regime Geral das

Contraordenaes)instituioilcitodemeraordenaosocialerespetivoprocesso.

Lein.28/82,de15denovembroorganizao,funcionamentoeprocessodoTribunalConstitucional.

Lein.13/85,de6dejulhoPatrimnioCulturalPortugus.Lein.14A/85,de10dejulhoalteraesLein.14/79,de16demaio

(LeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica).Lein.21/85,de30dejulhoEstatutodosMagistradosJudiciais.Lein.47/86,de15deoutubroLeiOrgnicadoMinistrioPblico.Lein.14/87,de29deabrilLeiEleitoralparaoParlamentoEuropeu.Lein.34/87,de16dejulhocrimesderesponsabilidadedostitulares

decargospolticos.DecretoLei n.55/88, de 26 de fevereirodispensa as exigncias de

reconhecimento notarial de assinatura dos delegados de sade emcertificadosautnticosaapresentarematoseleitorais.

Lei n.97/88, de 17 de agostoafixao e inscrio de mensagens depublicidadeepropaganda.

Lein.5/89,de17demaro(revogado)regulaa legalidadedossmbolose siglasdascoligaesou frentes,para finseleitorais,devendocorresponder integralmente aos constantes do registo do TribunalConstitucional.

Lein.18/90,de24dejulhoalteraoLein.14/79,de16demaio(LeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica).

Lein.31/91,de20dejulho(revogado)regulaarealizaodesondagens e inquritos de opinio destinados a publicao ou difuso emrgosdecomunicaosocial.

DecretoLein.442/91,de15denovembroaprovaoCdigodoProcedimentoAdministrativo.

Lein.7/93,de1demaroEstatutodosDeputados.

35

LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

Lein.64/93,de26deagostoestabeleceoregimejurdicodeincompatibilidadeseimpedimentosdostitularesdecargospolticosealtoscargospblicos.

Lein.72/93,de30denovembro(revogado)regulaofinanciamentodospartidospolticosedascampanhaseleitorais.

DecretoLein.48/95,de15demaroaprovaoCdigoPenal.Lein.10/95,de7deabrilalteraoLein.14/79,de16demaio(Lei

EleitoralparaaAssembleiadaRepblica).Lein.35/95,de18deagostoalteraoregimedodireitodeantenanas

eleiespresidenciaiselegislativas.Lei n.15A/98, de 3 de abrilaprova a Lei Orgnica do Regime do

Referendo.Lein.56/98,de18deagosto(revogada)financiamentodospartidos

polticosedascampanhaseleitorais.Lein.74/98,de11denovembropublicao,identificaoeformulrio

dosdiplomas.Lein.2/99,de13dejaneiroaprovaaLeideImprensa.Lei n.6/99, de 27 de janeiroregula a publicidade domiciliria por

telefoneeportelecpia.Lei n.13/99, de 22 de maroestabelece o novo regime jurdico do

recenseamentoeleitoral.Lein.22/99,de21deabrilregulaacriaodebolsasdeagenteselei

torais e a compensao dos membros das mesas das assembleias ousecesdevotoematoseleitoraisereferendrios.

DecretoLei n.135/99, de 22 de abrildefine os princpios gerais deaoaquedevemobedecerosservioseorganismosdaAdministraoPblicanasuaatuaofaceaocidado,bemcomorenedeumaformasistematizadaasnormasvigentesnocontextodamodernizaoadministrativa.

Lein.26/99,de3demaioalargaaaplicaodosprincpiosreguladoresdapropagandaeaobrigaodaneutralidadedasentidadespblicasdatadamarcaodaseleiesoudoreferendo.

LeiOrgnican.1/99,de22dejunhoalteraaLein.14/79,de16demaio(LeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica).

Lein.169/99,de18desetembroestabeleceoquadrodecompetncias,assimcomooregimejurdicodefuncionamento,dosrgosdosmunicpiosedasfreguesias.

Lein.174/99,de21desetembroLeidoServioMilitar.DecretoLein.555/99,de16dedezembroestabeleceoregimejurdico

daurbanizaoeedificao.Lein.10/2000,de21dejunhoregimejurdicodapublicaooudifu

sodesondagenseinquritosdeopinio.Lein.23/2000,de23deagostoprimeiraalteraosLeisn.os56/98,

de18deagosto(financiamentodospartidospolticosedascampanhas

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

eleitorais),e97/88,de17deagosto(afixaoeinscriodemensagensdepublicidadeepropaganda).

LeiOrgnican.4/2000,de24deagostoaprovaoregimejurdicodoreferendolocal.

DecretoLein.117/2001,de17deabrilregulamenta,emsedemonetria,operododeduplacirculaofiduciriaadecorrerentre1dejaneiroe28defevereirode2002.

LeiOrgnican.1/2001,de14deagostoleiqueregulaaeleiodostitulares dos rgos das autarquias locais e segunda alterao Lein.56/98,de18deagosto,comaredaoquelhefoiconferidapelaLein.23/2000,de23deagosto,quealteraoregimedofinanciamentodospartidospolticosedascampanhaseleitorais.

Lein.107/2001,de8desetembroestabeleceasbasesdapolticaedoregimedeproteoevalorizaodopatrimniocultural.

DecretoLein.279A/2001,de19deoutubroregulaosefeitosdalicenaespecialconcedidaamilitaresdasForasArmadasparaoexercciodemandatoseletivos,nostermosdoartigo31.FdaLeideDefesaNacionaledasForasArmadas.

DecretoLein.322A/2001,de14dedezembroaprovaoRegulamentoEmolumentardosRegistoseNotariado.

Lein.13/2002,de19defevereiroEstatutodosTribunaisAdministrativoseFiscais.

DecretoLein.136/2002,de16demaioclarificaocritriodeconversoemeurosdetodasasrefernciasmonetriasemescudosconstantesemtodaalegislao,bemcomoematosadministrativosedecisesemprocessocontraordenacional.

Lein.19/2003,de20dejunhofinanciamentodospartidospolticosedascampanhaseleitorais.

DecretoLei n.154/2003, de 15 de julhoregulamenta a aplicaodo Tratado de Amizade, Cooperao e Consulta entre a RepblicaPortuguesa e a Repblica Federativa do Brasil, assinado em PortoSeguroem22deabrilde2000,noquerespeitaaoregimeprocessualdeatribuioeregistodoestatutodeigualdadeaoscidadosbrasileirosresidentesemPortugaleaoscidadosportuguesesresidentesnoBrasil.

LeiOrgnican.2/2003,de22deagostoLeidosPartidosPolticos.LeiOrgnican.2/2005,de10dejaneiroleideorganizaoefunciona

mentodaEntidadedasContaseFinanciamentosPolticos.Lein.53/2005,de8denovembrocriaaERC,EntidadeReguladora

paraaComunicaoSocial,extinguindoaAltaAutoridadeparaaComunicaoSocial.

DecretoLei n.201/2005, de 24 de novembroaltera o DecretoLein.202/2004,de18deagosto,queregulamentaaLein.173/99,de21desetembro(LeideBasesGeraisdaCaa).

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

LeiOrgnican.1/2006,de13defevereiroLeiEleitoraldaAssembleiaLegislativadaRegioAutnomadaMadeira.

Lei n.30/2006, de 11 de julhoprocede converso em contraordenaes de contravenes e transgresses em vigor no ordenamentojurdiconacional.

LeiOrgnican.3/2006,de21deagostoleidaparidade:estabelecequeaslistasparaaAssembleiadaRepblica,paraoParlamentoEuropeueparaasautarquiaslocaissocompostasdemodoaassegurararepresentaomnimade33%decadaumdossexos.

Lein.7/2007,de5defevereirocriaocartodecidadoeregeasuaemissoeutilizao.

DecretoLei n.247/2007, de 27 de junhodefine o regime jurdicoaplicvel constituio, organizao, funcionamento e extino doscorposdebombeiros,noterritriocontinental.

Lein.27/2007,de30dejulhoaprovaaLeidaTeleviso,queregulaoacessoatividadedetelevisoeoseuexerccio.

Lein.42/2007,de24deagostoterceiraalteraoLein.74/98,de11denovembro,sobreapublicao,aidentificaoeoformulriodosdiplomas.

Lein.47/2008,de27deagostoprocedequartaalteraoLein.13/99, de 22 de maro (estabelece o novo regime jurdico dorecenseamento eleitoral) e consagra medidas de simplificao emodernizaoqueasseguramaatualizaopermanentedorecenseamento.

Lein.53/2008,de29deagostoleideseguranainterna.Lei n.59/2008, de 11 de setembro (revogado)aprova o Regime do

ContratodeTrabalhoemFunesPblicas.Lein.7/2009,de12defevereiroaprovaarevisodoCdigodoTra

balho.LeiOrgnican.1B/2009,de7dejulhoLeideDefesaNacional(re

numeradaerepublicadapelaDeclaraodeRetificaon.52/2009,de20dejulho).

LeiOrgnican.3/2010,de15dedezembroalteraoregimejurdicodaseleiesdoPresidentedaRepblica,daAssembleiadaRepblica,dosrgosdasautarquiaslocais,doParlamentoEuropeuedosreferendosnacionalelocal,designadamentealargandoeuniformizandooregimedoexercciodovotoantecipado.

Lein.54/2010,de24dedezembroaprovaaLeidaRdio,revogandoaLein.4/2001,de23defevereiro.

Lein.55/2010,de24dedezembroreduzassubvenespblicaseoslimitesmximosdosgastosnascampanhaseleitorais(terceiraalteraoLein.19/2003,de20dejunho).

LeiOrgnican.1/2011,de30denovembrotransferecompetnciasdosgovernoscivisedosgovernadorescivisparaoutrasentidadesdaAdmi

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

nistraoPblicaemmatriasdereservadecompetncialegislativadaAssembleiadaRepblica.

Lein.23/2012,de25dejunhoprocedeterceiraalteraoaoCdigodoTrabalho,aprovadopelaLein.7/2009,de12defevereiro.

Lei n.1/2013, de 3 de janeiroprimeira alterao Lei n.55/2010,de 24 de dezembro, consagrando nova reduo na subveno e nolimitedasdespesasnascampanhaseleitorais,equartaalteraoLein.19/2003,de20dejunho,limitandoomontantedasubvenoquepodesercanalizadoparaasdespesascomoutdoors.

Lein.41/2013,de26dejunhoaprovaoCdigodeProcessoCivil.Lein.61/2013,de23deagostoestabeleceoregimeaplicvelaosgrafi

tos,afixaes,picotagemeoutrasformasdealterao,aindaquetemporria,dascaratersticasoriginaisdesuperfciesexterioresdeedifcios,pavimentos,passeios,muroseoutrasinfraestruturas.

Lein.62/2013,de26deagostoLeidaOrganizaodoSistemaJudicirio.

Lein.18/2014,de10deabrilprimeiraalteraoLein.22/99,de21deabril,queregulaacriaodebolsasdeagenteseleitoraiseacompensaodosmembrosdasmesasdasassembleiasousecesdevotoematoseleitoraisereferendrios.

Lei n.35/2014, de 20 de junhoLei Geral do Trabalho em FunesPblicas.

LeiOrgnican.2/2015,de12defevereiroRegimeJurdicodoReferendoRegionalnaRegioAutnomadosAores.

Lein.72A/2015,de23dejulhoestabeleceoregimejurdicodacoberturajornalsticaemperodoeleitoral,regulaapropagandaeleitoralatravs de meios de publicidade comercial e revoga o DecretoLein.85D/75,de26defevereiro.

Lei Orgnica n.10/2015, de 14 de agostodcima quinta alterao LeiEleitoralparaaAssembleiadaRepblica,adaptandoanovaorganizaodosistemajudicirio,aprovadapelaLein.62/2013,de26deagosto.

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

Lei n. 14/79, de 16 de maio

Comasalteraesintroduzidaspelosseguintesdiplomaslegais:

Declaraes de 17 de agosto de 1979 e de 10 de outubro de 1979,DecretoLei n.400/82, de 23 de setembro, Lei n.14A/85, de 10 dejulho,DecretoLein.55/88,de26defevereiro,Leisn.os5/89,de17demaro,18/90,de24dejulho,31/91,de20dejulho,55/91,de10deagosto,72/93,de30denovembro,10/95,de7deabril,e35/95,de18deagosto,LeisOrgnicasn.os1/99,de22dejunho,2/2001,de25deagosto,3/2010,de15dedezembro,e1/2011,de30denovembro,Lein.72A/2015,de23dejulho,eLeiOrgnican.10/2015,de14deagosto.

TTULO ICAPACIDADE ELEITORAL

ANOTAES:

I. Capacidade eleitoral ativa e passiva

1. A capacidade eleitoral ativa (reconhecimento legal da qualidade deeleitor para o exerccio do sufrgio) e a capacidade eleitoral passiva(faculdadelegaldesereleito) incluemsenosDireitos,LiberdadeseGarantiasdeparticipaopolticaconsagradosnosartigos49.e50.daCRP.

2. Ambasincorporamodenominadodireitodesufrgio,paracujoexercciocondioprviaimprescindvelainscrionoREautomticaecontnuaparaoscidadosnacionaisresidentesnoterritrionacional,desde outubro de 2008. Estas duas vertentes constituem a mais importantemanifestaododireitodoscidadosa tomarpartenavida

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

polticaenadireodosassuntospblicosdopas,bemcomododireitodeacessoacargospblicos.

II. Estatuto dos candidatos

1. Aqualidadedecandidato,assumidaapsaapresentaodacandidaturanotribunalcompetenteeconsolidadaquandoestaadmitidaemdefinitivo pelo juiz, comporta direitos e deveres. Os primeiros tmcomoobjetivoprincipalatuteladasituaopessoaledaatividadedocandidato,aopassoqueossegundosimpemdeterminadasresponsabilidadesevinculaes.

2. Estecaptulotratadedefiniroestatutodocandidatoemtermosgenricos,abrangendoodireitodispensadefunesnoperododacampanhaedeterminadasimunidades.Noentanto,noesgotaadefiniodo estatuto, porquanto em diferentes captulos da lei encontramseprevistos outros direitos inerentes qualidade de candidato, como,p.ex., no n.1 do artigo93.(direito a permanecer na assembleia devoto,paraefeitosdefiscalizaodasoperaesdevotao).

CAPTULO ICAPACIDADE ELEITORAL ACTIVA

Artigo1.Capacidade eleitoral activa

1. Gozamdecapacidadeeleitoralactivaoscidadosportuguesesmaioresde18anos.

2. OsportugueseshavidostambmcomocidadosdeoutroEstadonoperdemporessefactoacapacidadeeleitoralactiva.PRECEITOS RELACIONADOS:CRPartigos15.,49.e113.,n.2.

LEARartigos2.,3.,81.,n.1,146.e147.

ANOTAES:

I. O direito de sufrgio

1. Acapacidadeeleitoralativarepresentaodireitodevotare,emteoria,umadasvertentesdodireitodesufrgio,apardacapacidadeeleitoralpassiva(odireitoasereleito).OdireitodesufrgioativoestprevistonaCRPnoartigo49.,queautonomizaodireitofundamentaldetodososcidadoseleitoresaintervirnoexercciodopoderpolticomedianteoexercciododireitodevoto.

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

2. On.1dopresenteartigoreproduz,assim,oprincpioconstitucionaldauniversalidade do sufrgio,proclamadonaCRP.Esteexcluiosufrgiorestrito ou censitrio,isto,apossibilidadedequalquerlimitaoemrazodeascendncia,sexo,instruo,condiosocialesituaoeconmicaoupatrimonial.Concretizamse,porestavia,osprincpiosdageneralidadeedaigualdade,queregemtodososdireitosfundamentais.

3. A idade mnima para a aquisio do direito de sufrgio encontrasetambm estabelecida na CRP, no referido artigo49., e, salvo para aeleiodoPresidentedaRepblica,coincidecomaidadeparaadquiriracapacidadeeleitoralpassiva,ouseja,18anos.

4. Oprincpiodauniversalidadenoimpedequemotivosconstitucionalmenteadmitidospossamserfundamentodeincapacidadeseleitorais,conformeressalvaoprpriopreceitoconstitucional(artigo49.,n.1).NocasodaLEAR,asincapacidadeseleitoraisativasencontramseprevistasnoartigo2.

II. O direito de recenseamento eleitoral

1. Odireitodesufrgio,emtodaasuaextenso(ativoepassivo),envolve,naturalmente,odireitodeestarinscritonoRE,oqual,alis,umpressuposto/condiodoexercciododireitodesufrgio,poisspodevotarquemseencontrerecenseado(CRP,artigo113.,n.2,eLRE,artigos1.e2.).

2. Deacordocomoartigo1.daLRE,o recenseamento eleitoral oficioso, obrigatrio, permanente e nico para todas as eleies por sufrgio directo e universal e referendos,devendoserinscritostodososcidadosque gozem de capacidade eleitoral activa(LRE,artigo2.).

3. ComasalteraesoperadasLREpelaLein.47/2008,tornouseautomticaainscriodoscidadosparaquemestaobrigatria(nacionaisresidentesnoterritrionacional),dandoassimplenocumprimentoaoprincpiodaoficiosidade.Paraoefeito,aleicriouumaplataformatecnolgica(oSIGRE)que,eminterconexopermanenteediretacomaplataformadoCC,comosservioscompetentesdaidentificaocivildoMinistriodaJustiaecomossistemasdeinformaodoscidadosmilitares,gereautomaticamenteainformaodetodoouniversoeleitoralepermite,entreoutrasfuncionalidades,aalocaoautomticadoseleitoresscircunscriesterritoriaiscorrespondentesaosseuslocaisderesidnciaeaexistnciadecadernoseleitoraisemformatoeletrnico.Estesistemadeinformaofacultatambmlistagensalfabticas(emsuportefsicooudigital)doseleitoresdecadaunidadegeogrficaderecenseamento.EstaslistagenssofundamentaisparaqueasautarquiaslocaiseCRpossamfacilmente informaroseleitoressobreoseunmero de inscrio no RE, caso esses mesmos eleitores no utilizempreviamenteoutrosmeiosdisponveis(SMS3838,stiooficialdoREwww.recenseamento.mai.gov.ptePortaldoEleitor)facultados

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

pelo MAI, a quem compete a organizao, manuteno e gesto daBDREedoSIGRE,atravsdaSG/MAIAE.Osistemapermiteaindaofornecimentodecadernoseleitoraisatodootempoaospartidospolticose,devidamenteatualizados,aosseusdelegadosjuntodasmesasdevoto,facilitandoaorganizaodasoperaeseleitoraisnaticadosproponentesdecandidaturaseafiscalizaodasoperaesdevotaopelosdelegadosdestas.Tratasedeumaemanaoconcretadopapelimportantequeorecenseamentoeaslistasdeeleitoresdesempenhamnafiscalizaodoatoeleitoral.

III. mbito da capacidade eleitoral ativa

1. Osrequisitosestabelecidosnesteartigosoacidadaniaportuguesaeamaioridade,aosquaisacresceainscrionorecenseamentoeleitoral,queremterritrionacional,quernoestrangeiro,estabelecidanoartigo3.

2. Acapacidadeeleitoralativaatribuda,emplenaigualdade,acidadosportugueses,queressacidadaniasejaoriginriaouno,noestandoprevistanaCRPounaleieleitoralqualquerrestriocomfundamentonotempodaaquisiodacidadaniaportuguesaparaestetipodeeleio.

3. Poroutravia,vigoraaregradaprevalnciadanacionalidadeportuguesaemsituaesdeplurinacionalidade,reproduzindosenon.2dopresenteartigooprincpioplasmadonaleidanacionalidade:Se algum tiver duas ou mais nacionalidades e uma delas for portuguesa, s esta releva face lei portuguesa(Lein.37/81,artigo27.).

4. NaeleiodaARtmdireitodevototodososcidadosportugueses,independentementedolocalderesidnciaedareadecircunscriodorecenseamentoeleitoral,sejaemterritrionacional,sejanoestrangeiro.

IV. Caso especial Cidados de nacionalidade brasileira com estatuto de igualdade de direitos polticos

1. AosbrasileirosresidentesemPortugal,edetentoresdoestatutodeigualdadededireitospolticos,soreconhecidostodososdireitospolticosdequegozamoscidadosportugueses.IgualamsedestaformaaosnacionaisdoEstadoPortugus,nopodendoserfeitaqualquerdiferena,salvoasqueseencontramprevistasnaCRP,nomeadamente,quantoaoacessoaoscargosdePresidentedaRepblica,PresidentedaAssembleiada Repblica, PrimeiroMinistro, Presidente de qualquer dos tribunaissupremoseservionasForasArmadasenacarreiradiplomtica.

2. Este regime de equiparao resulta do Tratado de Amizade, Cooperao e Consulta celebrado entre Portugal e o Brasil, em PortoSeguro, em 22 de abril de 2000, e respetivo diploma regulamentar(DL154/2003),tendosidovontadedosEstadosContratantesestabelecerumaidentidadededireitosedeveres,semrecorreratribuio

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

danacionalidadedopasdaresidncia.Esteacordosucedeuaoquefoiassinadoem1971ConvenodeBrasliaequeconsignavaareciprocidadedosmesmosdireitospolticos(reguladopeloDL126/72).A base constitucional encontrase no n.3 do artigo15. da CRP, oqualestabeleceumregimeprivilegiadoparaosestrangeirosquesejamcidadosdepasesdelnguaportuguesa,atribuindolhesdireitosquenopodemserconferidosaoutrosestrangeiros.

3. Quantoinscrionoscadernoseleitoraisnacionais,constatasequeoscidadosbrasileirosquedetenhamoestatutodeigualdadededireitospolticossoinscritos,desde1974/75,noREgeral,apardoscidadosnacionaisportugueses.Alis,aestescidadosatribudonmerodeidentificaocivileocorrespondentettulodeidentificao(hojeCC),tratandoosoSIGRE,noessencial,comocidadosnacionais,atporessefacto.

4. Sobre esta temtica, confrontar o parecer aprovado pela CNE, cujasconclusesaquisetranscrevem:Os brasileiros residentes em Portugal que no beneficiem do estatuto de igual

dade de direitos polticos (quer possuam ou no o estatuto de igualdade de direitos e deveres)ficam sujeitos ao regime geral de exerccio de direitos polticos por parte dos estrangeiros residentes em Portugal e, nessa medida, apenas gozam do direito de voto nas eleies autrquicas e no referendo local (desde que preenchidos os requisitos determinados nas respectivas leis reguladoras).

Aos brasileiros residentes em Portugal detentores do estatuto de igualdade de direitos polticos solhes reconhecidos todos os direitos polticos, salvo o acesso aos cargos de Presidente da Repblica, Presidente da Assembleia da Repblica, PrimeiroMinistro, Presidentes dos tribunais supremos e o servio nas Foras Armadas e na carreira diplomtica.Deste modo, os brasileiros residentes em Portugal detentores do estatuto de igualdade de direitos polticos tm direito de voto em todas as eleies nacionais, inclusive nas eleies europeias. (CNE82/XII/2007).

5. Existem,porm,algunsespecialistasemdireitoeleitoraledireitocomunitrioquediscordamdestainterpretao,noqueserefereseleiesparaoParlamentoEuropeu,baseandosenumaleiturarestritivadoTUEedadiretiva93/109/CE,queemseuentenderexcluicidadosdenacionalidadenoeuropeiadoexercciodosufrgionaeleiodeumrgoprpriodaUnioEuropeia.

V. Dever cvico versus dever jurdico A absteno no sancionvel

Oexercciodovotoumdevercvico(cf.CRP,artigos81.,n.1,e49.,n.2),assentenaresponsabilidadecvicadoscidadosenonumaobrigaooudeverjurdico.Noexiste,porisso,previsosancionatria,penaloudeoutranatureza,paraoseuincumprimento.

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

EntendemGomesCanotilhoeVitalMoreiraqueoutras eventuais sanes [...] s no so inconstitucionais se delas no derivarem quaisquer resultados externos lesivos dos direitos dos cidados constitucionalmente garantidos (p. ex. inelegibilidade). Em todo o caso, o dever cvico de sufrgio impede pelo menos que se fale num direito absteno, ou que se atribua relevo eleitoral absteno([1],p.672,anotaoviiaoartigo49.).

Artigo2.Incapacidades eleitorais activas

Nogozamdecapacidadeeleitoralactiva:a) Osinterditosporsentenacomtrnsitoemjulgado;b) Osnotoriamentereconhecidoscomodementes,aindaquenoin

terditosporsentena,quandointernadosemestabelecimentopsiquitricooucomotaisdeclaradosporumajuntadedoismdicos;

c) Osqueestejamprivadosdedireitospolticos,pordecisojudicialtransitadaemjulgado.

ORIGEM:Aalneac)temaredaodaLein.10/95(quetambmrevogouon.2).PRECEITOS RELACIONADOS:CRPartigos27.,n.3,alneah),30.,n.4,e49.LEARartigos1.,5.,6.,146.e147.

ANOTAES:

I. Incapacidade eleitoral ativa em geral

1. Aincapacidadeeleitoralpodeserativaoupassiva.ativaquandoimpededeterminadocidadodevotarepassivaquandooimpededesereleito.Estepreceitorefereseapenasincapacidadeativaeumaconstantedetodasasleiseleitorais,sendoafiguradaincapacidadepassiva(inelegibilidade)tratadaautonomamentenosartigos5.e6.

2. Conformeresultadoartigo2.daLRE,olegisladorestabeleceuumapresunodecapacidadeeleitoral,decorrentedomerofactodainscriodocidadonoRE.Dessemodo,qualquercidadoqueseencontreinscrito nos cadernos de recenseamento eleitoral goza, s por essefacto,deumapresunolegaldecapacidadeeleitoral,aqualsemantmatqueainscrionoREvenhaasereliminada,pelaformaenoscasosprevistosnoartigo49.doreferidodiploma.

3. Aincapacidadeeleitoralativadetermina,necessariamente,a incapacidade eleitoral passiva (sem prejuzo daquelas situaes em que ocidado se candidata a rgo de pessoa coletiva territorial diferentedacircunscrioderecenseamentoeleitoralemqueseencontrainscrito).

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

II. Os interditos e os notoriamente reconhecidos como dementes

1. Asincapacidadeseleitoraisdecorrentesdasalneasa)e b)dizemrespeitoacidadosquenodispemdapossibilidadedemanifestarumavontadedeescolhaeleitoralminimamenteconsciente.Taissituaesdeincapacidadecomprovamseatravsdeumasentenajudicialdeinterdio,transitadaemjulgado,ou,nocasodenohaverqualquerinterdiojudicialrelativamenteaosnotoriamentereconhecidoscomodementes,queratravsdacomprovaodointernamentoemestabelecimentopsiquitrico,queratravsdadeclaraodeumajuntamdicaintegradapordoismdicos.

2. Notese,relativamentealneab),queointernamentodosportadoresdeanomaliapsquicaemestabelecimentopsiquitrico,porsetratardeumasituaodeprivaodaliberdade,deveserdecretadoouconfirmadoporautoridadejudicialcompetente[CRP,artigo27.,n.3, alneah)].

3. Obtido e apresentado entidade recenseadora o documentocomprovativodascondiesquedeterminamaperdadecapacidadeeleitoral,cessaestapresunolegale,comaeliminaodonomedocidadodoscadernosderecenseamento,cessadefactoededireitoacapacidadeeleitoral(LRE,artigo50.).

4. Sodeduasordensosproblemaslevantadosemsededeexecuodestaedasnormasreguladorasdorecenseamentoeleitoralcomelaconexas.Emprimeirolugar,deordemprtica,porqueaconcretizaointegraumamultiplicidadedesituaescomaintervenodemltiplasentidadescujodeverdecomunicaosenoinserenumarotinaassumidae,portanto,seencontranaturalmentesujeitoafalhasfrequentesporomisso.Emsegundolugar,deordemtcnica,porquantoaleinoprevosmecanismosadequadosenecessriosreplicaonaBDREdosfactosdeterminantesdeincapacidadesparaalmdameracomunicaooficial.Aleinoestabelecequalquerobrigaoconcretaaesterespeito,nemidentifica, sequer, os sujeitos dessa potencial obrigao. Inviabiliza,assim, a automatizao dos procedimentos e, o que bem mais importante,anecessriacertezadequeestetipodeinelegibilidadestemreflexoadequadonoRE.Tratase,porm,desituaesresiduaisemnmeropoucosignificativoeque,mesmoassim,tmporvezessoluocomrecursoaoconhecimentodiretodascomissesrecenseadorasea intervenesoficiosassubsequentes.

III. Os cidados privados de direitos polticos

1. Sobreoslimitesdaspenasedasmedidasdesegurana,dispeon.4doartigo30.daCRPquenenhuma pena envolve como efeito necessrio a perda de quaisquer direitos civis, profissionais ou polticos.

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

ACRPimpede,assim,quedeumacondenaopenalderive,automaticamente,aperdadedireitoscivis,profissionaisoupolticos,mesmonoscasosemqueacondenaotenhaporrefernciaaprticadedeterminadoscrimes.

2. RefereoTCque[c]om aquele preceito constitucional pretendeuse proibir que, em resultado de quaisquer condenaes penais, se produzissem de modo automtico, pura e simplesmente opelegis, efeitos que envolvessem a perda de direitos civis, profissionais e polticos, e pretendeuse que assim fosse, porque, em qualquer caso, essa produo de efeitos, meramente mecanicista, no atenderia afinal aos princpios da culpa, da necessidade e da jurisdicionalidade, princpios esses de todo em todo inafastveis de uma Constituio que tem como um dos referentes imediatos a dignidade da pessoa humana(TC748/93).

IV. Incapacidades previstas no CP

1. OCPestabelece,nosartigos246.e346.,situaesdeincapacidadeeleitoralativaepassiva.

2. Dispe o mencionado artigo246. que pode ser incapacitado para eleger o Presidente da Repblica, os deputados Assembleia da Repblica, os deputados ao Parlamento Europeu, os deputados s Assembleias Legislativas das Regies Autnomas e os titulares dos rgos das autarquias locais, para ser eleito como tal quemforcondenadoporcrimeprevistonosartigos240. e 243. a 245., isto , crimes de discriminao racial,religiosaousexualecrimesdetorturaeoutrostratamentoscruis,degradantesoudesumanos.

3. Oreferidoartigo346.determinaquepodeser incapacitado para eleger Presidente da Repblica, membro de assembleia legislativa ou de autarquia local, para ser eleito como talquemforcondenadoporcrimecontraaseguranadoEstado(isto,crimecontraasoberanianacional;crimecontraarealizaodoEstadodedireito;crimeeleitoralCP,artigos308.a343.).

4. A efetiva punio depende da concreta gravidade do facto e da suaprojeona idoneidadecvicadoagentee temdeseraplicadaespecificamentepeladecisojudicialcondenatria.Emambososcasos,amoldurapenalfixadade2a10anosdeincapacidade.A este propsito, refere Maia Gonalves Esta pena acessria no um efeito automtico do crime nem topouco da aplicao de outra pena. Aplicase a partir da condenao em algum dos crimes atrs referidos e ainda da concreta gravidade do facto e da sua projeco na idoneidade cvica do agente, que tero que ser provadas e consideradas na motivao da deciso. Em tais termos o dispositivo fica completamente fora de qualquer juzo de inconstitucionalidade ([2],p.811,anotao2aoartigo246.).

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LEI ELEITORAL DA ASSEMBLEIA DA REPBLICA

V. Infraes relativas capacidade eleitoral ativa

1. punido,luzdapresenteleieleitoral,aquelequeseapresentaravotarenopossuircapacidadeeleitoral;aquelequefraudulentamentetomaraidentidadedecidadoinscritoeseapresentaravotar;bemcomoaquelequeconcorrerparaquesejaadmitidoavotarquemnotemessedireitoouparaaexclusodequemotiver(cf.artigos146.,n.os1e2,e147.).

2. Porsuavez,oCPpunecomocrimeseleitorais,nestembito,asseguintessituaes:Falsificaodorecenseamentoeleitoral(artigo336.)eObstruoinscriodeeleitor(cf.artigo337.).

Artigo3.Direito de voto

SoeleitoresdaAssembleiadaRepblicaoscidadosinscritosnorecenseamentoeleitoral,quernoterritrionacional,queremMacauounoestrangeiro.

PRECEITOS RELACIONADOS:CRPartigos4.,49.e225.

LEARartigos1.,83.,146.e147.

ANOTAES:

I. Consideraes gerais

1. Estepreceitocomplementaoprincpioprevistonoartigo1.relativocapacidadeeleitoralativanombitodapresenteeleio,estabelecendo,comocondioadicional,ainscrionoRE,sejanoterritrionacional,sejanoestrangeiro.

2. NaeleiodaARtmdireitodevototodososcidadosportugueseseaquelesqueresidemeestorecenseadosnoestrangeirovotamdomododescritonoDL95C/76(votoporviapostal).

3. Os eleitores de Macau, que at 20 de Dezembro de 1999 (data a partir da qual o respectivo territrio transitou para a administrao da Repblica Popular da China), embora integrados num dos crculos dos eleitores residentes no estrangeiro, exerciam o seu direito de voto tal como os eleitores do territrio nacional (voto pessoal e presencial), passaram a fazlo em idnticos moldes dos demais, isto , atravs do voto por correspondncia(cf.[6],p.10).Recordeseque,a13deabrilde1987,foiassinadoentrePortugaleaChinaotratadointernacionalbilateral intituladoDeclarao Conjunta SinoPortuguesa sobre a Questo de Macau.EstaDeclaraoConjunta,ratificadapelaResoluodaAssembleiadaRepblican.25/87,de14dedezembro,estabeleceuqueatransfernciadesoberaniadeMacaupara

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aRepblicaPopulardaChinaseefetuariaem20dedezembrode1999.Assimsendoeapsaefetivaodatransfernciadesoberania,MacaupassouaserumaRegioAdministrativaEspecialchinesa,peloqueasrefernciasaMacaudeixaramdeteraplicaoprticanoordenamentojurdicoportugus.

4. Ao contrrio do que sucedeu nos dois primeiros actos eleitorais posteriores a 25 de Abril de 1974, em que os portugueses residentes no estrangeiro s acediam condio de eleitores mediante o preenchimento de determinadas condies (artigo 4. do DL n. 621A/74 e artigo 4. do DL n. 93A/76), actualmente a sua inscrio no recenseamento no exige condies diferentes das que vigoram para os eleitores do territrio nacional(cf.[6],p.10).

II. A inscrio no recenseamento e a questo da residncia

1. ALRE,non.1doartigo9.,sobaepgrafeLocaldeinscrionorecenseamento,dispequeacircunscrioeleitoraldeeleitoresdetentoresdeCCacorrespondentemoradaconstantedessedocumentodeidentificao.Ora,compulsandoaLein.7/2007(diplomaquecriouoCCeregeasuaemissoeutilizao),amorada o endereo postal fsico, livremente indicado pelo cidado, correspondente ao local de residncia onde pode ser regularmente contactado(artigo13.,n.1).NocasodeodocumentodeidentificaoseraindaoBI,estipulaaLREqueos eleitores inscritos no recenseamento eleitoral nos locais de funcionamento de entidade recenseadora correspondente morada indicada no bilhete de identidade mantm a sua inscrio na mesma circunscrio eleitoral (artigo9.,n.2).Assim,paraefeitosderecenseamentoe,consequentemente,paraefeitosdeexercciododireitodevoto,acolheuseanooderesidnciaescolhidapelocidadoedeclaradaemsededeobtenodottulodeidentificaocivil.

2. Refirasequeestaopo legislativa,queseafiguraconceptualmenteinatacvel, determina um significativo empolamento do nmero deeleitoresinscritosnoREdoterritrionacional,umavezquesoinmerososcidadosnacionaishabitualmenteresidentesnoestrangeiro(emigrantes)que,pelasmaisvariadasrazes,indicamnodocumentodeidentificaocivil(CC/BI)umafreguesiadoterritrionacionalcomoresidnciahabitual,sendoporessemotivoautomaticamenteinscritosnoREdessafreguesianostermosdaLRE.Domesmomodo,eporqueolocalderecenseamentopodesofrerumaatualizaoemfunodamudanadedocumentodeidentificao,recomendvel a verificao antecipada deste elemento, atravs dosmeios colocados ao dispor do eleitor pela SG/MAIAE (SMS3838,stiooficialdoREwww.recenseamento.mai.gov.ptePortaldoEleitor).

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CAPTULO IICAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA

Artigo4.Capacidade eleitoral passiva

SoelegveisparaaAssembleiadaRepblicaoscidadosportugueseseleitores.

PRECEITOS RELACIONADOS:CRPartigo50.

LEARartigos5.a7.e128.

ANOTAES:I. O sufrgio passivo

Acapacidadeeleitoralpassivaodireitodesereleitoparaumcargopblicoerepresentaumadasvertentesdodireitodesufrgio,emparalelocomacapacidadeeleitoralativa(cf.anotaoiaoartigo1.).EncontraseprevistanaCRP,artigo50.,naperspetivadosufrgiopassivo.

II. mbito da capacidade eleitoral passiva

1. So dois os requisitos de capacidade passiva: a capacidade ativa e acidadaniaportuguesa.

2. Acapacidadeeleitoralpassiva,escreveJorgeMiranda,depende da capacidade eleitoral activa s elegvel quem eleitor (quem no pode o menos no pode o mais)([4],p.473).Todavia,acorrespondnciaentreacapacidadeparasereleitoreparasereleitoumacorrespondnciameramenteabstrata,nosentidodequeaelegibilidadedependeapenasdainscrionoREnasuauniversalidade,semexigirqueocorrarecenseamentonumadeterminadacircunscrio.AplicadoeleiodaAR,ocrculoeleitoralpeloqualumcidadosecandidatapodenoenglobarareadasuacircunscrioderecenseamentoe,porisso,nocorresponderaolocaldoexercciodovoto.

3. Noquerespeitacidadaniaportuguesa,notesequeoseleitoresquetenham dupla nacionalidade no podem ser candidatos pelo crculoeleitoralqueabrangeoterritriodopasdasuaoutranacionalidade(v.artigo6.,n.2).

III. Cidados de nacionalidade brasileira com estatuto de igualdade de direitos polticos

Nostermosqueconstamdaanotaoivaoartigo1.,oscidadosbrasileirosdetentoresdoestatutodeigualdadededireitospolticostm,em

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virtudedoTratadoemvigor,osmesmosdireitospolticosqueoscidadosnacionais,concluindosequeacapacidadeeleitoralativaepassivadoscidadosnoportuguesesseestendeaessescidadosbrasileiros,nasmesmascondiesqueconferidaaoscidadosportugueses.

IV. Limites naturais ao exerccio da capacidade eleitoral passiva

Temnaturezaaxiomticaaafirmaodequeoprincpiogeraldaelegibilidade implica, necessariamente, que cada cidado apenas pode sereleitoparaumlugareumsemcadargoquesevenhaaconstituirporsufrgio.Aimpossibilidadedeummesmocidadointegrarmaisdeumavez a mesma lista de candidatos um corolrio deste princpio, muitoemboratambmelasejaaceitesemdemonstrao.

Jaimpossibilidadedeumcidadosecandidataraumamesmaeleioemmaisdeumalistasseofereceirrecusvelsefizermosinterviroutrotipodeconsideraesemboaverdadepoderiasempresustentarsequeaquestoseresolverianomeroplanodaincompatibilidade.Oqueacabadereferirsetantovaleparacandidaturasplrimasemlistasdediferentesproponentes,comoemlistasdiferentesdomesmoproponentenaseleiescommaisdeumcrculo.

Por isso mesmo, carece de consagrao na lei e em letra de forma aproibiodecandidaturasplrimasaummesmorgo.Seriaaquiolocalprprioparaofazer,enonanormaqueregeasinelegibilidades,muitomenosnaquelaondeesttratadacomomaisumaestranhainelegibilidadeequeregulaopoderdeapresentaodaslistas(artigo21.),porquantosetratadeumacondicionanteinerenteaoexercciodaprpriacapacidadeeleitoralpassiva.

Artigo5.Inelegibilidades gerais

SoinelegveisparaaAssembleiadaRepblica:a) OPresidentedaRepblica;b) (Revogada.)c) OsmagistradosjudiciaisoudoMinistrioPblicoemefectividade

deservio;d) Osjuzesemexercciodefunesnoabrangidospelaalneaante

rior;e) Osmilitareseoselementosdasforasmilitarizadaspertencentesaos

quadrospermanentes,enquantoprestaremservioactivo;f) Osdiplomatasdecarreiraemefectividadedeservio;g) Aquelesqueexeramfunesdiplomticasdatadaapresentao

dascandidaturas,desdequenoincludosnaalneaanterior;h) OsmembrosdaComissoNacionaldeEleies.

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ORIGEM:Asalneasa), d), g)e h)foramaditadaspelaLein.10/95(quetambmrevogouon.2).Aalneab)foirevogadapelaLO1/2011.PRECEITOS RELACIONADOS:CRPartigos18.,50.,150.e270.

LEARartigos2.,4.,6.,7.e128.

ANOTAES:

I. Incapacidade eleitoral passiva em geral

1. Aincapacidadeeleitoralpassiva,tambmdenominadadeinelegibilidade,podedefinirsecomoaimpossibilidadelegaldeapresentaodecandidaturaacargoeletivo.

2. Osprincpiosaquedevemobedeceras incapacidadespassivasestoconsagradosnon.3doartigo50.daCRP,oqualdeterminaquessoadmissveisquando necessrias para garantir a liberdade de escolha dos eleitores e a iseno e a independncia no exerccio dos respectivos cargos.

3. Comocorrespondemarestriesaodireitoconstitucionaldeacessoacargospblicos(nocaso,eletivos),tmdeserjustificadasedevemserinterpretadasrestritivamente(CRP,artigo18.,n.2).TemoTCentendidoque,emmatriadeinelegibilidades,estandona presena de um direito fundamental de natureza poltica, no lcito ao intrprete proceder a interpretaes extensivas ou aplicaes analgicas que se configurariam como restries de um direito poltico,acentuandoqueasnormasque estabelecem casos de inelegibilidade contm enumeraes taxativas e no meramente exemplificativas ou, sequer, enunciativas(TC510/2001).

4. Algumasdasinelegibilidadeslegalmenteapontadaspretendemimpediracaptatiobenevolentiae,ouseja,quepossaserafetadaumaformaisentaeindependentedeexercciodocargo,comoadianteseexplicita.Arazodeserradicananecessidadedeasseguraradignidadeegenuinidadedoatoeleitoraledegarantiraiseno,independnciaedesinteressepessoaldostitularesdecargospolticos,bemcomomanteratransparnciaeaobjetividadenoexercciodosmesmos.

II. Classificao das inelegibilidades

1. Asinelegibilidadespodemclassificarseemgerais(absolutasouem sentido amplo)eespeciais (relativasouem sentido restrito),consoanteseapliquemindistintamenteatodooterritrionacional,sendoindiferenteolocaldoexercciodasfunes,ouserestrinjamapenasreadocrculoeleitoral,emvirtudedeumarelaoespecialdocandidatocomessareaterritorial,advindadasfunesquenelaexerce.

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

2. Asinelegibilidadesgeraisconstamdopresenteartigoeasinelegibilidadesespeciaissoindicadasnoartigo6.

3. Nas palavras de Jorge Miranda, os requisitos de elegibilidade so sempre absolutos e de natureza institucional, porque tm de estar presentes em quaisquer eleies [...] e justificamse por razes ligadas ao bom funcionamento das instituies (v. g., garantias de lealdade ou maturidade dos titulares dos cargos). Pelo contrrio [...] as inelegibilidades em sentido estrito, podem tambm ser relativas e pessoais, visto que podem afetar apenas certa ou certas eleies e derivar de causas pessoais([14]p.1367).

III. A figura da inelegibilidade superveniente

1. Ainelegibilidadesupervenienteresultadofactodeotitulardorgose colocar, aps a eleio, numa situao que, analisada antes dessemomento,determinariaasuainelegibilidadeou,ainda,desetornaremconhecidosapsaeleioelementosquecomprovamaexistnciadeinelegibilidadeemmomentoanterioreaindasubsistente.Noprimeirocaso,ainelegibilidadeapenasseverificanomomentoposterioreleio,isto,noexistiaaquandodacandidatura,aopassoquenosegundoainelegibilidadeerapreexistenteemrelaoaomomentodaeleio,aindaquenoconhecida.

2. Afiguradainelegibilidadesupervenienterevestesedeparticularimportncia,namedidaemqueasuaverificaodeterminaaperdadomandatodedeputadoAssembleiadaRepblica,nostermosconstantesdaalneaa)don.1doartigo8.doEstatutodosDeputados[Lein.7/93.V.tambmCRP,artigo160.,n.1, alneac)].

IV. Inelegibilidade versus incompatibilidade

1. Ainelegibilidadedistinguesedaincompatibilidade.Enquantoaprimeiraumarestrioaoacessoacargoseletivos,asegundacomportaumarestrioaoexercciodedeterminadoscargos,ouseja,nolimitao acesso a determinado cargo, mas probe o respetivo exerccio emsimultneocomoutro.Notese,assim,queainelegibilidadeconsubstanciaumefetivoobstculolegalaodireitodesereleitoparaumdeterminadocargopblico,aopassoqueaincompatibilidadenoconstituiumimpedimentoeleio,impondoapenasaoeleitoqueopteentreoexercciodomandatoalcanadoeoexercciodocargoquedesempenhava,poraleiconsiderarinconciliveloexercciocumulativodeambos.

2. Jorge Miranda e Rui Medeiros distinguem entre incompatibilidadesabsolutasasquais,decorrentes da titularidade ou do exerccio de certo cargo, impedem a eleio para outro cargoeincompatibilidadesrelativasas quais, sem pr em causa o processo designativo, apenas

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envolvem a necessidade de reconhecer a perda ou a suspenso do mandato ou do exerccio de um dos cargos ou atividades (ou mais raramente, de ambos)e a nulidade dos atos jurdicos praticados no mbito de uma das funes.Acrescentam, ainda, que inversamente as incompatibilidades absolutas redundam em inelegibilidades relativas, visto que podem ser afastadas pelos interessados, pondo fim titularidade ou ao exerccio do primeiro cargo; e contrapemse ento s inelegibilidades absolutas, disso insuscetveis como so, desde logo, as incapacidades eleitorais ativas([5],p.1002,anotaoixaoartigo50.).

3. AssituaesdeincompatibilidadeerespetivoregimeconstamdaLein.64/93,quepodeserconsultadaemLegislaocomplementar.

V. Verificao da elegibilidade dos candidatos

Aapreciaoedecisosobreaelegibilidadedoscandidatoscompete,emexclusivo,aumjuize,nocasoconcretodaverificaodascandidaturasAR,essacompetnciadeumjuizdacomarcasedeadanacapitaldorespetivocrculoeleitorale,paraoscrculosdoestrangeiro,dacomarcadeLisboa,nostermosdosn.os2e3doartigo23.,decujasdecisescaberecursoparaoTC(artigo32.).

VI. Magistrados judiciais e do Ministrio Pblico

1. A inelegibilidade dos magistrados judiciais e do Ministrio Pblico[alneac)]encontraseigualmenteprevistanosrespetivosestatutos(cf.,respetivamente,Lein.21/85,artigo11.,eLein.47/86,artigo82.),osquaisdispemqueosreferidosmagistradosemefetividadedeservionopodemocuparcargospolticos,excetoodePresidentedaRepblica e de membro do Governo ou do Conselho de Estado. aindavedadaaosreferidosmagistradosemexerccioaprticadeatividadespolticopartidriasdecarterpblico.

2. AmagistraturajudicialconstitudaporjuzesdoSupremoTribunaldeJustia,juzesdasRelaesejuzesdedireito(Lein.21/85,artigo2.).OsjuzesdoSupremoTribunalAdministrativo,dostribunaiscentraisadministrativosedostribunaisadministrativosdecrculoetribunaistributriosregemse,quantoaesteaspeto,peloEstatutodosMagistradosJudiciais,peloquetambmlhesaplicvelainelegibilidadeemcausa(Lein.13/2002,artigos3.,n.3,e57.).

3. Situao analisada pelo TC foi a de um juiz de paz se candidatar eleiodoPE,emvirtudedainelegibilidadelegalmenteestabelecidaquantoaosmagistradosjudiciais.ConsiderouaqueleTribunalqueos julgados de paz, previstos expressamente no n. 2 do artigo 209. da Constituio da Repblica Portuguesa, partilham com os restantes tribunais o exerccio da funo jurisdicional enunciada no ar

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LEGISLAO ANOTADA E COMENTADA

tigo 202. da mesma Constituio. Nessa medida, valem aqui igualmente as razes estatudas no artigo 50., n. 3 da Constituio, para estabelecer inelegibilidades, nomeadamente, as que se relacionam com a necessidade de garantir a iseno e independncia dos respetivos cargos. Ora, so essas as razes que determinam a inelegibilidade dos juzes em exerccio de funes, a que se refere a alnea f)do artigo 5. da Lei n. 14/87, de 29 de abril.Maisconsiderouque,poroutrolado,asituaodosjuzesdepazcabeainda expressamente no sentido da expresso utilizada pelo legisladorjuzesemexercciodefunesparadescreveraquelainelegibilidade,peloque,noestemcausaaquiqualqueraplicaoanalgicadaquelepreceito(TC212e250/2009).

4. Na