implicação da poluição atmosférica pelo monóxido de carbono
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IMPLICAÇÃO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA PELO MONÓXIDO DE CARBONOTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESBDepartamento de Ciências Exatas e Naturais - DCENCurso de Engenharia Ambiental
IMPLICAÇÃO DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA PELO MONÓXIDO DE CARBONO NA SAÚDE
Itapetinga - BASetembro de 2015
Francisco Almeida Gomes Júnior
Introdução
Revolução Industrial
Crescente urbanização
Matriz energética
Grandes Catástrofes
Londres, Inglaterra, 1952 – 4000 mortes
Introdução
Monóxido de Carbono (CO)
Possui 240 vezes maior afinidade com a hemoglobina contida nos glóbulos vermelhos do sangue que o oxigênio.
Assassino Silencioso
Pertence a família dos asfixiantes
Incolor, inodoro e sem sabor
Não irritante
Introdução
Segundo Martins et. al (2002, p.88) “a poluição atmosférica, mesmo com valores abaixo do nível permitido pelos órgãos responsáveis, tem afetado de forma significativa a vida dos seres vivos”. A exposição contínua a poluentes, mesmo que em baixas concentrações poderá causar danos significativos a saúde humana.
Introdução
Qualidade do Ar
Está diretamente ligada a presença de poluentes gerados a partir das atividades humanas e/ou naturais;
Limite de tolerância a concentração do CO no ambiente
39 ppm – 43mg/m3
Introdução
A Poluição do ar tem sido, desde a primeira metade do século XX, um grave problema dos grandes centros urbanos industrializados, com a presença cada vez maior de automóveis, que vieram a somar com as indústrias, como fontes poluidoras (BRAGA, 2001).
Legislação
Na década de 60, os Estados Unidos da América, estabeleceram os padrões de qualidade do ar, especificando os seis principais poluentes a serem monitorados e criaram a EPA – Environmental Protection Agency:
Monóxido de Carbono (CO)
Dióxido de Enxofre (SO2)
Dióxido de Nitrogênio (NO2)
Ozônio (O3)
Chumbo (Pb)
Partículas Totais
Legislação
Na década de 70, o Brasil promulgou a primeira Lei a nível federal para tratar sobre a poluição atmosférica:
Portaria nº 231/1976 do Ministério do Interior
Na década de 80, com o crescimento da frota automotiva, criou-se o PRONAR (Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar)
CONAMA nº 18/1986 – Instituiu o PROCONVE
CONAMA nº 05/1989 – Instituiu o PRONAR
CONAMA nº 03/1990
CONAMA nº 08/1990
Legislação
Norma Regulamentadora nº 7
Estabelece no Quadro I, os parâmetros para controle biológico e a exposição de alguns agentes químicos.
Para o monóxido de carbono, é estabelecido como indicador biológico ao nível de exposição o sangue, através da verificação da quantidade de carboxihemoglobina
Monóxido de Carbono e a Saúde
Fontes de Emissão – Combustão Incompleta
Fixas
Móveis
Fumantes
Domésticas
Desenvolvimento
Principais tipos de combustíveis utilizados pela frota automotiva brasileira:
Gasolina – menor emissão de material particulado e alta concentração de hidrocarbonetos poli-aromáticos.
Diesel
Etanol – Embora livre de enxofre, a queima da biomassa durante a colheita e produção emitem elevadas taxas de poluentes para atmosfera.
Desenvolvimento
Loureiro (2005) diz que há uma tendência mundial de aumento na utilização de veículos ciclo diesel, em função de sua alta eficiência, durabilidade e flexibilidade dos motores, preço inferior, tanto nas frotas de veículos pesados, como na frota de veículos leves, em substituição a gasolina.
Implicações na Saúde
A presença de contaminantes no ar interfere nos processos de filtragem e transporte de oxigênio aos pulmões, exigindo um sobre-esforço nas atividades do coração para suprir esta carência, causando doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório, tendo como principais manifestações:
Faringites
Renites
Bronquites
Pneumonia
Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC)
Implicações na Saúde
Alguns autores verificaram a PAIR (perda auditiva induzida por ruído) em locais de trabalho associados a exposição ao CO, como em:
Motoristas de ônibus
Bombeiros
Guardas de trânsito
Funcionários de estacionamentos, entre outros.
Implicações na Saúde
No Brasil, estudos investigatórios dos efeitos da poluição do ar na saúde encontram associações estatisticamente significantes com a mortalidade infantil, em idosos, além da hospitalização de crianças e adultos por problemas respiratórios (GOUVEIA et al., 2003).
Dispersão dos Poluentes
A dispersão dos poluentes emitidos para atmosfera por uma determinada fonte, será influenciado pela topografia da região onde a fonte está instalada, bem como dos fatores meteorológicos.
Os fatores meteorológicos são decisivos na determinação do grau de exposição de um receptor, ser vivo ou material, uma vez que determina a concentração do poluente na atmosfera que irá interagir direta ou indiretamente com estes receptores (FEEMA, 2002; CETESB, 2003).
Possíveis Soluções
Construções de rodoanéis visando afastar os veículos pesados que utilizam as cidades para interligação de rodovias.
Sistemas de rodízio adotado por grandes cidades tem se mostrado eficiente na redução da emissão de CO por veículos automotores
Incentivo a utilização de transportes coletivos e alternativos
Conclusão
O CO é um dos principais poluentes causadores de doenças respiratórias crônicas, muitas vezes levando a óbito, sendo crianças e idosos a parcela da sociedade mais atingida.
A adoção de medidas mitigadoras direto na fonte visando a redução dos níveis de poluentes emitidos para atmosfera, bem como o incentivo ao uso de meios de transportes coletivos e alternativos, pode ser uma alternativa que ajude a minimizar os efeitos da poluição atmosférica sobre a saúde.
A dificuldade de monitoramento dos padrões de qualidade do ar, é um entrave a ser resolvido, bem como a aplicação da legislação.
Obrigado!