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IMPLANTAÇÃO FLORESTAL – FORMAÇÃO DE NOVAS
FLORESTAS
A implantação florestal consiste no estabelecimento da
floresta, incluindo as operações básicas de preparo do
terreno, plantio e tratos culturais.
Inclui operações de preparo de solo até o fechamento
do dossel
Preparo da área
Preparo do terreno
Construção de estradas e aceiros
•Talhonamento => unidades de manejo (talhões)
•Estrada Principal, carreadores internos e aceiros
1.000 m
< 300 m
6 a 8 m
Aceiro 10 m (cada 4 ou 5
talhões)
4 a 5 m
Talhonamento e Malha Viária
Limpeza do terreno
• De acordo com Legislação florestal/ambiental
• Áreas com cobertura vegetal arbórea – desmatamento, retirada da madeira,
redução de resíduos e incorporação ao solo ou enleiramento ou queima de resíduos de
vegetação.
• Limpeza do terreno em áreas de capoeiras, cerradão e cerrados –correntão
• Limpeza do terreno em áreas com vegetação densa – Trator de esteira
com lamina frontal cortadora ou empurradora
• Áreas de reforma ou sem vegetação – cultivo mínimo
Limpeza do terreno em áreas de
reforma
Povoamentos de Pinus – redução dos
resíduos da exploração com rolo faca.
Povoamento de Eucalyptus – aplicação de
herbicida pós-emergente e limpeza dos resíduos com
rastelo mecânico
Combate à formiga
a) Combate inicial: pré-corte, após a limpeza e antes do revolvimento do
solo
b) Repasse: após preparo do solo
c) Ronda: até 3 meses após o plantio
d) Manutenção: 3 meses após o plantio até o próximo corte (anualmente).
Preparo do solo
Cultivo Intensivo (Atualmente o preparo intensivo do solo tem sido pouco usado)
• Utilização de arados, grades pesada e leve, escarificador e
subsolador
Cultivo Reduzido
• Preparo localizado, apenas na linha ou cova de plantio
• Variações: preparo de solo em faixas, restrito a abertura de covas
para plantio das mudas
• Mantém-se os resíduos na superfície do solo
Vantagens do Cultivo Mínimo em relação ao Cultivo Intensivo do solo
• Mantém ou melhora as características físicas e químicas do
solo
• Melhora a atividade biológica do solo
• Reduz a ocorrência de plantas espontâneas
• Reduz despesas de implantação e reforma
Desvantagens do Cultivo Mínimo
• Heterogeneidade de crescimento inicial
• Maior dificuldade de proteção e manejo
Definição do Espaçamento
Implicações na taxa de crescimento, forma das árvores,
desrama, idade de corte, atividades de manejo, colheita
florestal e custos de produção.
Idade (anos)
Pro
dutivid
ade
3 x 1 m3 x 3 m
Espaçamento – dependente de: espécie, finalidade da madeira,
capacidade de desrama natural, tolerância ao sombreamento,
possibilidade de mecanização, etc.
Influência do espaçamento no crescimento:
• altura pouca ou nenhuma
• diâmetro relação direta
Fertilização
Recomendação varia com as exigências dos materiais
genéticos e com as características físicas e químicas do
solo
Espécies do gênero Pinus são na maioria menos
exigentes que as do gênero Eucalyptus.
Plantio
Métodos de plantio – dependente de: época do ano, topografia,
disponibilidade de mão-de-obra, máquinas e equipamentos, etc.
Métodos
• Manual – distribuição das mudas, incorporação de adubos e
plantio com pequenas enxadas/enxadões
• Semi-mecanizado – matracas e chuço
• Mecanizado: usado para plantio de mudas por raízes nuas no
Sul do Brasil
Tratamento das mudas a serem expedidas
Irrigação
Replantio
• Repor as mudas nos locais onde o levantamento de falhas apontou
a ocorrência de morte das mudas.
• Geralmente é feito quando as falhas são superiores a 10%. Deve
ser feito até 30 dias após o plantio
• Utiliza-se a mesma espécie plantada originalmente no talhão
seguindo-se as mesmas orientações do plantio.
Tratos culturais
Visam basicamente eliminar a vegetação competidora
• Os tratos culturais iniciam-se alguns meses após o plantio e se
estendem até que as plantas fecham o dossel
• Os eucaliptos são em geral mais sensíveis a vegetação competidora
do que os pinus
• Métodos de controle de plantas competidoras: manual, mecanizado
(enxadas rotativas, roçadeiras) e controle químico (herbicidas)
Uma vez implantada, a floresta deve ser conduzida
adequadamente para que os benefícios e os produtos
pretendidos sejam obtidos com o menor custo e a
qualidade máxima
A condução da floresta está intimamente relacionada
com o método de regeneração
Regeneração: plantio ou brotação de cepas
Condução e regeneração florestal
Regimes florestais
Regime florestal é a maneira através da qual ocorre a
regeneração das florestas
Talhadia - brotação de cepas
Alto fuste - plantio de mudas
Regime de Talhadia
Consiste no corte simultâneo de todas as árvores do
povoamento (corte raso ou corte total)
Cepas a pleno sol
Regeneração por brotação das cepas
Muito usada para obtenção de madeira de pequenas
dimensões.
A manutenção da produtividade das florestas conduzidas
sob regime de talhadia depende da sobrevivência das
cepas e do desenvolvimento dos brotos
Fatores que afetam a brotação das cepas
1. Espécie e Procedência
2. Época de Corte
3. Altura de Corte
4. Diâmetro das cepas
5. Fertilização Mineral
6. Pragas e Doenças
7. Danos Físicos e Mecânicos
Épocas do corte
Maio Agosto Novembro
Sobrevivência das cepas (%) 60 80 100
Altura da brotação aos 6
meses (m)
0,9 2,8 3,3
E. grandis (6 meses) – Mogi Guaçu - SP
Desbrota
Consiste na redução do número de brotos por cepa, mantendo-
se apenas os mais vigorosos
Época da Desbrota
* Desbrota precoce pode não permitir ainda uma seleção
eficiente dos brotos
* Desbrota tardia reduz o rendimento da operação (brotos
com maior diâmetro)
Critério: altura aliada a um diâmetro facilmente decepável
Número de brotos por cepa
• Depende da finalidade da madeira
• Espaçamento entre plantas
• Diâmetro das cepas
Geralmente 1 a 3 brotos (Arcelor Mittal – 1 broto/cepa)
Fisiologia e produtividade da brotação
1. Auxina produzida na parte aérea inibe brotações das
gemas basais, quando cortada brotação.
2. Brotação apresenta crescimento inicial mais rápido do que
o de plantas oriundas de mudas
3. Três cortes: 2 produção até 20% maior do que a do 1
corte.
1 e 3 cortes: produção semelhante.
Regime de alto fuste
Obtenção de madeira de grandes dimensões (toras para
serraria, laminação, etc.)
Geralmente os povoamentos são conduzidos com
desbastes periódicos
Desbastes – são cortes parciais aplicados em povoamentos
imaturos, com o objetivo de estimular o crescimento das
árvores remanescentes.
Vantagens Gerais dos Desbastes
Melhor aproveitamento de madeira
Aumento no valor das árvores remanescentes
Receitas parciais
Melhoria da qualidade da madeira produzida
Época dos Desbastes
Paralização do crescimento
Variável: espécie, espaçamento, solo, mercado
Seleção das árvores: forma, vigor, posição no dossel
ab
cPro
duçã
o (
Y)
Idade
Relação entre as produções de um povoamento desbastado e de
um povoamento não desbastado (Clutter et al, 1983)
Y = a + b + c
IMA - incremento volumétrico médio anual
IDADE DE CORTE
=
ICA - incremento volumétrico corrente anual
0
50
100
150
200
250
0 1 2 3 4 5 6 7 8Idade (anos)
m3 d
e m
ad
eir
a
Produção (m3/ha) IMA(m3/ha/ano) ICA (m3/ano)
IDADE DE CORTE
Regime de Talhadia sob Alto Fuste
Associam-se os objetivos da talhadia (produção rápida de
madeira de pequenas dimensões) e do alto fuste (produção
de madeira de grandes dimensões)
Desrama
Desrama Natural
Etapas
1. morte dos galhos
2. queda dos galhos
3. oclusão (cicatrização) da ferida
Desrama Artificial
Características
Objetivos
Recomendações para Desrama
Somente em espécies com desrama natural deficiente
Aplicar em árvores jovens
Aplicar nas melhores árvores e que serão destinadas ao
corte final
Vincular com as operações de desbastes
Evitar as estações/épocas em que a casca das árvores
estejam soltas (primavera-verão)
m3/ha
m3/árvore
A B C D
A = árvore isolada
B = árvore em grande espaçamento
C = árvore em espaçamento intermediário
D = árvore em pequeno espaçamento
Número de árvore/ha
SISTEMAS DE COLHEITA FLORESTAL
Definição
É um conjunto de atividades que tem como objetivo
racionalizar a utilização dos recursos humanos e materiais
para extrair madeira com qualidade, de forma segura e
econômica, considerando-se os aspectos técnicos,
silviculturais, ergonômicos, ambientais e sociais.
Colheita Florestal
A escolha de um sistema depende de fatores como:
Característica Física do Terreno
Topografia, solo e rede viária
Povoamento Florestal
Volume de madeira a ser extraído x densidade de estradas
Condições Climáticas
Temperatura
Regime pluviométrico
Plano de Manejo
Plano de manejo impõe restrições sobre um dado sistema de colheita.
Disponibilidade de equipamentos
Disponibilidade, grau de utilização, eficiência operacional.
Sistemas de colheita Florestal
Sistema de tora curta (Cut-to-lenght)
A árvore é processada no local da derrubada, sendo transportada para a margem da
estrada ou pátio temporário, em forma de toras com até 6 metros de comprimento.
Sistema de tora longa (Tree lenght)
A árvore é semiprocessada no local de derrubada, sendo transportada em forma de
fuste (árvore somente desgalhada e destopada) ou toras com comprimento acima de
6 metros.
Sistema de árvore inteira (Full-tree)
A árvore é derrubada e transportada, sem ser desgalhada e traçada, para uma
estrada ou pátio intermediário onde é realizado seu processamento.
Sistema de árvore completa (Whole-tree)
A árvore é arrancada com parte de seu sistema radicular e transportada para a margem da
estrada ou pátio temporário, onde é realizado o seu processamento.
Sistema de cavaqueamento (Chipping)
A árvore é derrubada e processada no local, sendo transportada em forma de cavacos, para
a margem da estrada ou pátio de estocagem ou diretamente para a indústria.
Existem três subsistemas:
cavaqueamento integral, a árvore é processada inteira;
cavaqueamento parcial com casca, a árvore é processada em forma de fuste;
cavaqueamento parcial sem casca, a árvore é processada em toras curtas descascadas.
SISTEMA MANUAL
Todas as operações são manuais
Pouco usado atualmente
SISTEMA SEMIMECANIZADO: MOTOSSERRA
primeiro avanço na mecanização nos anos 60;
eficiente no corte raso de povoamentos de pequenos diâmetros e nos
primeiros desbastes;
utilização de guinchos para maiores distâncias ;
extração com tratores agrícolas ou animais
CORTE OU DERRUBADA MANUAL
(A) = Entalhe direcional
Cepa para
rebrota
15 cm
Cepa
5 cm
(B) = Corte de derrubada
Entalhe direcional Corte de derrubada
CORTE, ABATE OU DERRUBADA
(com motossera)
SISTEMAS DE COLHEITA FLORESTAL – MÓDULOS
• Condições Locais
• Equipamentos disponíveis
. Etapas
Abate Estocagem
Abate Desdobramento Descasque Empilhamento
Carregamento
Transporte
Corte
(Abate; desgalhamento; destopamento; medição; toragem)
Extração ou Baldeio
(Arraste; transporte primário; guinchos/cabos; transporte direto)
Carga
(Manual ou mecânico)
Transporte Principal
(Rodoviário; ferroviário; hidroviário)
Descarga
Linha de
resíduos
Madeira
empilhada
Entrada de
veículos
Módulos de corte
MÓDULO I
Fellerbuncher + Skidder + Log Cutter + Grua Hidráulica
FellerbuncherSkidder (Transporte a curta distância – Arraste)
Log Cutter - Traçador Grua Hidráulica
MÓDULO II – Harvester + Forwarder
HARVESTER
Forwarder - autocarregável
Carregamento manual
Skidder – arrastador
Forwarder – auto-carregável
Fellerbuncher – cortador-amontoador
Log-cutter – traçador
Grua – carregador
Harvester – cortador-descascador-traçador-amontoador
TIPOS DE TRANSPORTE
Transporte Primário: transporte a curta distância, do interior
do talhão até o estaleiro. Sem contato da madeira com o solo (Baldeio).
Pode ser realizado por máquinas/tratores agrícolas, manual ou por animais.
Transporte Principal: transporte do estaleiro até a fábrica
Transporte Direto: transporte do interior do talhão até a
fábrica