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Everson Luis Faita TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Implantação do Fluxo de Caixa Projetado na Empresa Ana Faita ME Administração Financeira ITAJAÍ (SC) 2011 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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Everson Luis Faita

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Implantação do Fluxo de Caixa Projetado na Empresa Ana Faita ME

Administração Financeira

ITAJAÍ (SC)

2011

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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EVERSON LUIS FAITA

TRABALHO DE CONCLUSÃO

DE ESTÁGIO

IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PROJETADO NA EMPRESA ANA

FAITA ME

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ, 2011

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Everson Luis Faita

b) Área de Estágio

Administração Financeira

C) Supervisor de campo

Ana Faita

Sócio-administrador

D) Orientador do Estágio

Prof. Anacleto Laurino Pinto

E) Responsável pelos Estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Ana Faita ME

b) Endereço

Rua Pedro Cristiano de Miranda, 1010, bairro São Vicente, Itajaí, SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Financeiro

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Ana Faita

Sócio-administrador

f) Carimbo e visto da empresa

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Agradecimentos,

Agradeço primeiramente a

Deus, por ter me dado vida e

força para superar todas as

adversidades do meu dia-a-dia

até aqui. Aos meus pais, pela

oportunidade de estudo, pela

educação e pelo enorme amor,

carinho e compreensão que

sempre me proporcionaram. À

minha namorada Rafaela Silva

por estar ao meu lado em todos

os momentos. Aos meus

amigos, por sempre

caminharem junto a mim. Aos

meus mestres que me

ajudaram em toda essa

caminhada acadêmica. Ao meu

orientador, Prof. Anacleto

Laurindo Pinto, especialmente

pela paciência e dedicação, o

meu sincero muito obrigado!

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 06 de junho de 2011

A empresa Ana Faita ME, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), a publicar em sua biblioteca, o Trabalho

de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo

acadêmico Everson Luis Faita.

Ana Faita

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RESUMO

Nos dias de hoje se faz necessário ter dentro das organizações um processo de controle financeiro, por conta disso, e a complexidade da expansão e competitividade dos mercados, verifica-se uma grande necessidade das empresas em buscarem ferramentas que as auxiliem no planejamento e controle de seus recursos. O fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão que assume um papel fundamental na gestão financeira da empresa, através dele controlam-se as movimentações de caixa, podendo assim posteriormente projetar o caixa, desta forma é possível prever estimativas da situação futura da empresa, possibilitando a empresa planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros. Este trabalho teve como objetivo implantar o fluxo de caixa projetado na empresa Ana Faita ME, possibilitando um controle eficaz das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa e demonstrar a importância de um controle rígido sobre as finanças. Para o levantamento dos dados foram utilizadas tabelas para controle das movimentações financeiras, correspondentes aos meses de junho a dezembro de 2010, os quais formaram base para a projeção do fluxo de caixa referente ao período de julho a dezembro de 2011, sendo que as tabelas foram analisadas qualitativamente para um melhor entendimento. A tipologia de pesquisa utilizada foi a proposição de planos. No início da pesquisa a empresa não possuía nenhuma ferramenta de gestão, essas ferramentas são de suma importância para empresas de todos os portes e principalmente para o crescimento de empresas de pequeno porte, por conseguirem analisar o futuro da empresa e tomar decisões com antecedências. O resultado final da pesquisa apontou que a empresa em questão, terá no segundo semestre de 2011 uma vida financeira saudável, uma vez que haverá excedentes de caixa em todos os meses, podendo analisar o melhor investimento para os excedentes. Esta análise, além de auxiliar o gestor da empresa em suas futuras tomadas de decisão, permite visualizar os resultados dos processos da empresa como um todo.

PALAVRAS-CHAVE: Gestão financeira; fluxo de caixa projetado; entradas e saídas de caixa; controle.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Ilustração do capital de giro...................................................................... 42

Figura 2 - Organograma de cargos e funções........................................................... 48

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Modelo do fluxo de caixa.......................................................................... 37

Tabela 2 – Modelo de mapa auxiliar de recebimentos das vendas a prazo............. 39

Tabela 3 – Modelo de mapa auxiliar de pagamentos das compras a prazo............. 40

Tabela 4 – Relatório das compras, vendas, encargos e demais receitas e despesas

(em R$)................................................................................................... 49

Tabela 5 – Relatório das compras, vendas, encargos e demais receitas e despesas

projetados para 2011(em R$)................................................................ 52

Tabela 6 – Mapa auxiliar de entradas de caixa a prazo............................................ 54

Tabela 7 – Mapa auxiliar de saídas de caixa a prazo............................................... 55

Tabela 8 – Fluxo de caixa projetado para segundo semestre de 2011.................... 57

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LISTA DE SIGLAS

CPP – Contribuição Previdenciária Patronal

CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária

CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica

ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 13

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa................................................................ 14

1.2 Objetivo Geral/Específico................................................................................. 15

1.3 Aspectos Metodológicos.................................................................................. 15

1.3.1 Caracterização do trabalho...............................................................................16

1.3.2 Contexto e participantes................................................................................... 17

1.3.3. Procedimentos e instrumentos de coleta de dados........................................ 17

1.3.4 Tratamento e análise de dados........................................................................ 18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 20

2.1 Empresa Familiar............................................................................................... 20

2.2 Aspectos Conceituais da Administração........................................................ 21

2.2.1 Áreas da administração.................................................................................... 21

2.2.2 Funções da administração............................................................................... 22

2.2.3 Área financeira................................................................................................. 23

2.2.4 Orçamento de caixa......................................................................................... 24

2.2.5 Administração de caixa.................................................................................... 25

2.3 Fluxo de Caixa................................................................................................... 25

2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa............................................................................... 27

2.3.2 Finalidades do fluxo de caixa........................................................................... 28

2.3.3 Descrição dos itens do fluxo de caixa.............................................................. 28

2.3.4 Ativo circulante................................................................................................. 31

2.3.5 Passivo circulante............................................................................................. 31

2.3.6 Fluxo de caixa projetado.................................................................................. 32

2.3.7 Fluxo de caixa projetado x orçamento de caixa............................................... 33

2.3.8 Prazos dos planejamentos do fluxo de caixa................................................... 34

2.3.9 Implantação do fluxo de caixa e seus requisitos.............................................. 35

2.3.10 Modelo de fluxo de caixa ............................................................................... 36

2.3.10.1 Descrição dos itens do fluxo de caixa......................................................... 37

2.3.10.2 Mapas auxiliares.......................................................................................... 39

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2.3.11 Análise e controle do fluxo de caixa............................................................... 40

2.3.12 Requisitos para uma boa administração de caixa.......................................... 41

2.3.13 Capital de giro................................................................................................ 42

3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA................................................. 44

3.1 Caracterização da Empresa.............................................................................. 44

3.1.1 Histórico da empresa........................................................................................ 44

3.1.2 Dados de identificação..................................................................................... 45

3.1.3 Missão ............................................................................................................. 45

3.1.4 Visão................................................................................................................. 46

3.1.5 Ramo de atividade........................................................................................... 46

3.1.6 Mercado............................................................................................................ 47

3.1.7 Formas de pagamentos.................................................................................... 47

3.1.8 Organograma................................................................................................... 48

3.2 Desenvolvimento da Pesquisa......................................................................... 49

3.2.1 Resultados obtidos........................................................................................... 49

3.2.2 Projeção dos resultados obtidos...................................................................... 51

3.2.3 Mapas auxiliares (Junho de 2010 e segundo semestre de 2011)................... 53

3.2.3.1 Entradas de caixa.......................................................................................... 53

3.2.3.2 Saídas de caixa............................................................................................. 54

3.2.4 Fluxo de caixa projetado.................................................................................. 55

3.3 Sugestões para a Empresa............................................................................... 60

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 63

5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................................... 66

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS..................................................................... 70

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1 INTRODUÇÃO

A grande taxa de exportação brasileira se dá com as aves, que está

movimentando elevado volume de dinheiro nesse ramo, são exportadas para vários

países no mundo, sendo o principal destino a China, onde por sua vez importa todo

e qualquer tipo da carcaça do frango, não somente a carne propriamente dita.

O ramo de aves na região de Itajaí é muito concorrido em função da

quantidade de empresas atuantes, e as que existem são grandes empresas já

consagradas como Brasfrigo, Frigovale, Diplomata, entre outras, que atuam muitas

vezes em parceria, fazendo assim o fortalecimento das empresas na região, sendo

muito difícil para empresas iniciantes atuarem de forma eficaz.

O atual cenário econômico representa grande instabilidade para as

organizações, em especial para as pequenas e médias empresas, encaminhando-

as, assim, para uma nova configuração nos modelos de decisão.

Dessa forma, há necessidade de as empresas buscarem a qualidade nas

informações gerenciais, aliando essas informações à técnicas administrativas que as

auxiliam no planejamento e controle de seus recursos, para que sejam utilizados da

maneira adequada, a fim de produzir mais e melhor.

O controle da administração financeira é essencial para o bom

funcionamento de qualquer organização. Se não for assim, os administradores

estarão propensos a sentir dificuldades e insegurança ao tomarem as decisões

necessárias para a continuidade da empresa. Por isso a necessidade de

implantação de uma ferramenta que disponibilize claramente as informações

indispensáveis para minimizar as incertezas dos administradores na tomada de

decisões.

Neste contexto, destaca-se o fluxo de caixa projetado, considerando que é

um dos principais instrumentos de análise de uma empresa, proporciona ao

administrador uma visão dos recursos financeiros da organização. É considerado um

dos principais instrumentos de análise e avaliação de uma empresa, demonstrando

a liquidez e proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos

financeiros da organização. Visando contribuir com os gestores da empresa objeto

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de estudo, foi desenvolvido o fluxo de caixa projetado para o período de julho a

dezembro de 2011.

1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa

Com a alta competitividade, as empresas estão tornando-se cada dia mais

consciente em matéria de organização. Hoje, é preciso gerenciar com competência

todos os recursos financeiros disponíveis na empresa. O fluxo de caixa é uma das

ferramentas indispensáveis à boa gestão das organizações, de acordo com

Maximiano (1995, p.85), ”Todo problema exige uma decisão para ser resolvida, mas

as decisões nem sempre nascem de problemas. Muitas decisões originam-se de

oportunidades, objetivos e interesses”. Neste contexto, definiu-se o problema de

pesquisa deste trabalho: Qual a importância do fluxo de caixa projetado na gestão

dos recursos financeiros da empresa?

É de grande importância o fluxo de caixa nas organizações, é um

instrumento essencial para que a empresa possa ter agilidade e segurança em suas

atividades financeiras, onde permite ao administrador planejar, organizar, coordenar,

dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para determinado período,

onde a organização deverá refletir com precisão sua situação econômico-financeira

em termos futuros.

As operações financeiras devem ser acompanhadas cuidadosamente, pois

qualquer deficiência no planejamento e controle destas operações pode causar

grandes transtornos e prejuízos para a organização.

Analisando os procedimentos de controles financeiro existente na empresa

objeto de estudo, concluiu-se que um dos pontos fracos era a inexistência de

informações confiáveis sobre a movimentação financeira realizada. Com a finalidade

de aprimorar as atividades financeiras da empresa, foi implantado o fluxo de caixa

projetado, possibilitando controlar os recursos financeiros a curto, médio e longo

prazo.

O presente trabalho foi viável devido à facilidade no acesso aos dados

necessários, custos baixos e disponibilidade de tempo por parte do estagiário em

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desenvolver o estudo. O estudo em questão é de extrema importância, já que ainda

não havia sido desenvolvido um trabalho sobre as atividades do setor financeiro na

empresa.

1.2 Objetivo Geral/Específico

Este trabalho teve como objetivo geral elaborar o fluxo de caixa projetado

para a empresa Ana Faita ME, segundo Roesch (2009, p. 96), “o objetivo geral

define o propósito do trabalho”.

Conforme Roesch (2009, p. 97), “os objetivos específicos operacionalizam –

especificam o modo como se pretende atingir um objetivo geral”. Para o alcance do

objetivo geral proposto neste trabalho, definiram-se os objetivos específicos a seguir

apresentados.

• Analisar a atual rotina administrativa de caixa da empresa;

• Organizar documentos para controle das entradas e saídas de caixa;

• Identificar os ingressos e desembolsos de caixa;

• Analisar o material coletado para a formação do fluxo de caixa;

• Desenvolver o fluxo de caixa.

1.3 Aspectos Metodológicos

Neste item são abordados os aspectos metodológicos a partir dos quais o

trabalho de estágio foi desenvolvido, especificando como a pesquisa foi

caracterizada, como ocorreu a coleta de dados e como foi efetuada a análise dos

mesmos.

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1.3.1 Caracterização do trabalho

Segundo Roesch (2006), na tipologia do trabalho de estágio: “a preocupação

é eminentemente com projetos orientados para resolver problemas específicos nas

organizações”. Por esta razão a caracterização da pesquisa com melhor adaptação

para o fluxo de caixa à empresa foi a proposição de planos, que está diretamente

associado aos procedimentos utilizados para se coletar e analisar as informações

captadas. Foram propostas soluções para os problemas diagnosticados na empresa,

conforme informações obtidas através de entrevista informal junto aos proprietários,

onde se pretendeu aperfeiçoar os processos financeiros, demonstrando suas

aplicações, todas as movimentações, entradas e saídas de caixa até a determinação

do saldo final. Dessa forma o fluxo de caixa servirá como instrumento para análises

e controles futuros.

De acordo com Oliveira (1999, p. 116),

Justifica-se o fato de o tratamento qualitativo de um problema, que pode até ser uma opção do pesquisador, apresentar-se de uma forma adequada para poder entender a relação de causa e efeito do fenômeno e consequentemente chegar à sua verdade e razão.

O delineamento do método de pesquisa que melhor se enquadrou com o

fluxo de caixa, por ser um instrumento de análise, foi o método qualitativo. Segundo

Richardson (1999), os estudos que empregam uma metodologia qualitativa onde

pode descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de

certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos

sociais, contribuir no processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em

maior nível de profundidade o entendimento das particularidades do comportamento

dos indivíduos. Sendo este o objetivo da pesquisa.

As pesquisas qualitativas de campo exploram particularmente as técnicas de

observação e entrevistas devido à propriedade com que estes instrumentos

penetram na complexidade de um problema (RICHARDSON, 1999).

Após toda essa abordagem já citada, foi realizado um levantamento no qual

demonstrou-se aos gestores da microempresa Ana Faita ME, a situação financeira

da mesma, para assim, poderem analisar e realizar previsões futuras.

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1.3.2 Contexto e participantes

O trabalho de conclusão de estágio foi realizado nas dependências da

empresa Ana Faita ME, tendo como envolvimento os funcionários que trabalham na

mesma, sendo eles, dois sócios proprietários, três auxiliares geral, que praticam

toda e qualquer atividade necessária nas dependências da empresa, não tendo

atividades específicas. Ressalta-se que, embora esteja registrada como firma

individual, na prática, Ana Faita e seu marido participam ativamente no

empreendimento.

“População são todos os indivíduos que fazem parte do contexto ou o

universo a ser pesquisado” (ROESCH, 1999, p. 87).

As informações mais específicas relacionadas à parte financeira foram

obtidas com os proprietários da empresa Ana Faita ME, até mesmo pelo fato de os

demais não terem acesso à essas informações.

De acordo com Roesch (2006), o projeto pode estar concentrado em um só

departamento da empresa, ocorrendo geralmente propostas que visam a

diagnósticos, planos ou sistemas em determinados setores.

A população em amostra teve como base os colaboradores componentes da

empresa. A amostra dos dados é composta de entradas e saídas de recursos

financeiros correspondentes ao período de junho a dezembro de 2010. A coleta de

dados ocorreu no primeiro semestre de 2011.

1.3.3. Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Foram utilizadas neste trabalho informações primárias e secundárias, para

assim ter todas as informações necessárias para apresentar uma solução eficaz.

“Dados primários são aqueles que estão sendo coletados pela primeira vez,

especificamente para estágio, que poderá ser utilizado adiante” (ROESCH, 1996,

p.140).

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Define-se dados secundários como aqueles que por algum motivo já foram

obtidos com outros fins, servem como análise para compor a interpretação do

momento na organização (ROESCH, 1996, p. 140).

As informações internas da empresa Ana Faita ME foram extraídas a partir

de entrevistas informais com os participantes, no qual foram focadas com os

objetivos do estudo e a hierarquia dos indivíduos.

Segundo Vergara (2005, p. 55), ”A entrevista é um procedimento no qual

você faz perguntas a alguém que, oralmente, lhe responde”.

Para a coleta de dados, foram utilizados documentos da organização, por

meio de fontes primárias e secundárias. Elas são as amostras de atividades, que

são muito aplicadas ao trabalho e ao gerenciamento de operações, as observações

são realizadas em intervalos regulares e dirigem–se aos indivíduos na situação de

trabalho ou a processos de trabalho.

Os documentos foram coletados, analisados e lançados no fluxo de caixa

que foi criado para a empresa, juntamente com a análise do sócio-administrador.

1.3.4 Tratamento e análise de dados

Em qualquer caráter de pesquisa é necessário que os dados coletados

sejam organizados de forma clara e sintética, para posteriormente serem

interpretados e analisados.

Os dados foram organizados e lançados no fluxo de caixa da empresa,

numa pesquisa qualitativa. É onde segundo Richardson (1999), os estudos que

empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de

determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e

classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, possibilitar em maior

nível de profundidade o entendimento das particularidades do comportamento dos

indivíduos.

O tratamento e análise dos dados, como cita Richardson (1999), foi por meio

de planilhas, documentário de conteúdo e/ou histórico, entrevistas informais, que

demonstrando as entradas e saídas de caixa, além de todos os dados necessários

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para a realização do trabalho. Foram elaborado quadros, exemplificando modelos

onde devem ser feitas anotações das entradas e saídas dos recursos financeiros,

pois a compreensão dos dados constitui o núcleo central da pesquisa, o fluxo de

caixa.

Após coletar os dados financeiros referentes aos meses de junho a

dezembro de 2010, foi feita atualização monetária dos ingressos e desembolsos de

recursos, de acordo com as perspectivas operacionais dos proprietários e índice de

inflação do período, para após elaborar o fluxo de caixa correspondente ao período

de julho a dezembro de 2011.

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20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo apresenta-se o referencial teórico relacionado ao tema em

estudo.

2.1 Empresa Familiar

A imagem que a maioria das pessoas faz de uma empresa familiar é de um

negócio pequeno e administrado apenas pelos parentes, muitas vezes fadado ao

insucesso e sem possibilidades de crescimento profissional para os que não são

membros da família. É uma imagem distorcida da realidade

“A empresa familiar é aquela que tem sua origem e história vinculada a uma

família; ou ainda, aquela que mantém membros da família administrando os

negócios” (BERNHOEFT, 1989, p. 35).

Os funcionários de empresas familiares conhecem a diferença que o

controle familiar faz em suas vidas profissionais, na cultura da empresa e em suas

carreiras (GERSICK et al., 1997).

Dentro de uma empresa familiar é possível encontrar e observar várias

características que não envolvem somente o vinculo familiar, mas sim, de que

maneira ou estilo a empresa é administrada.

Dentre as características que tornam uma empresa familiar, uma das mais

relevantes refere-se à importância que desempenha a confiança mútua entre os

membros da empresa, a partir deste dado, a visão de empresa familiar necessita ser

revista, pois pode-se dizer que a confiança mútua independe dos vínculos familiares

(BERNHOEFT, 1989).

A sucessão é o teste supremo das empresas familiares, depois que ela é

transformada de empreendimento individual em familiar, sua continuidade torna-se a

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maior preocupação. Algumas empresas se preocupam em ser pró-ativas a respeito

do planejamento da sucessão, antecipando certas tarefas preparatórias que

acompanham cada estágio de desenvolvimento da empresa e da família.

2.2 Aspectos Conceituais da Administração

Obras recentes sobre a administração dão impressão de que seus autores

consideram que ela tenha sido inventada nas últimas décadas_da segunda guerra

mundial pra cá_e nos Estados Unidos. Porém é verdade que antes da segunda

guerra mundial o interesse pela administração era de apenas de pequenos grupos.

A partir do século XVIII, como consequência do advento da Revolução Industrial,

que se passou a ter maior preocupação com o tema administração, surgindo, então

estudos sistematizados sobre o assunto.

Os órgãos se definem pela contribuição que prestam, é a administração que

permite á respectiva organização prestar sua cooperação (DRUCKER, 1998).

De acordo com Daft (2005, p. 05), “Administração é o alcance de metas

organizacionais de maneira eficaz e eficiente por meio de planejamento,

organização, liderança e controle dos recursos organizacionais”.

Faria (2000, p. XVIII), argumenta que a Administração é a condução das

atividades de uma organização, cuidando do planejamento, da organização, da

direção e do controle das atividades para alcançar os objetivos estabelecidos. Fácil

é concluir que sem a Administração seria impossível a existência das organizações.

2.2.1 Áreas da administração

O profissional de Administração necessita ser um especialista, tal a

diversificação de áreas específicas – Finanças, Recursos Humanos, Produção,

Marketing, Materiais etc. Para atingir a eficácia no processo administrativo, existem

três tipos de habilidades: Técnica: a utilização de conhecimentos, métodos, técnicas

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e equipamentos para a consecução das tarefas específicas; Humana: habilidade de

compreender as atitudes e motivação dos empregados, trabalhar com os mesmos e

aplicar os princípios de liderança e o Conceitual: habilidade de compreender os

problemas e objetivos da organização global e ajustar o comportamento das

pessoas dentro da empresa (FARIA, 2000).

2.2.2 Funções da administração

Como ensina Daft (2005), a administração é dividida em quatro funções:

Planejamento: a função administrativa envolvida com a definição de metas

para o desempenho organizacional futuro e com a decisão sobre as tarefas e o uso

dos recursos necessários para alcançá-las.

Planejamento, para Andrade (2007), gira em torno das implicações que as

decisões tomadas hoje geram para um futuro próximo.

Organização: envolve a atribuição de tarefas, agrupamento de tarefas em

departamentos, e a alocação de recursos para os departamentos.

Chiavenato (1997, p.410) afirma que a organização denota ”o ato de

organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos incumbidos de sua

administração, e estabelecer relações entre eles e as atribuições de cada um deles”.

Liderança: envolve o uso da influência para motivar os funcionários a

alcançarem as metas desejadas pela organização.

Controle: envolve a monitoração das atividades dos funcionários, mantendo

a organização na linha das metas da empresa, e fazer as correções corretas.

Conforme Andrade (2007), controle demonstra a coesão entre objetivos

esperados e resultados alcançados, sendo a informação o produto principal desta

função.

Naturalmente, quanto mais claros, completos e coordenados forem os

planos traçados e quanto maior o período para o qual foram feitos, mais completo

será o controle, gerando melhor desempenho e consequentemente melhores

resultados para a organização (KOONTZ, 1969).

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Somente através da junção dessas funções é que a empresa irá alcançar o

sucesso. Sendo que por meio do controle que são demonstrados a importância do

fluxo de caixa na organização.

2.2.3 Área financeira

A área financeira de uma empresa é de suma importância, por ela passam

os reflexos de todo o fluxo de atividades desempenhadas nas demais áreas. Por

outro lado, os seus resultados acabam afetando todo o comportamento estratégico e

operacional da organização. A área de finanças pode ser considerada um espelho,

uma vez que reflete o comportamento das outras áreas. Isto faz com que qualquer

decisão a ser tomada, no presente ou no futuro, precise de informações a respeito

da situação atual e das perspectivas da área financeira da empresa (CELLA;

PERES, 2003).

Para Braga (1989, p. 33), “a meta da administração financeira é a

maximização da riqueza dos acionistas que constitui algo mais amplo e profundo do

que a maximização dos lucros”.

A função financeira compreende um conjunto de atividades relacionadas à

gestão dos fundos movimentados por todas as áreas da empresa, onde esta função

é responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela formulação de uma

estratégia voltada para a otimização do uso desses fundos. A função financeira tem

um papel muito importante no desenvolvimento de todas as atividades operacionais,

contribuindo significativamente para o sucesso do empreendimento (BRAGA, 1989).

Segundo Zdanowicz (1998), o administrador financeiro procura conciliar a

manutenção da liquidez e do capital de giro da empresa, para que esta possa honrar

com as obrigações assumidas perante terceiros na data do vencimento, bem como a

maximização dos lucros sobre os investimentos realizados pelos proprietários.

Chiavenato (2004, p. 513), referindo-se ao fluxo de caixa, diz que “o controle

é a função administrativa que monitora e avalia as atividades e resultados

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alcançados para assegurar que o planejamento, organização e direção sejam bem-

sucedidos”.

A meta da administração financeira coincide com o objetivo básico dos

proprietários ou acionistas, suas decisões são orientadas para o aumento do valor

de mercado da empresa, sendo que todas as suas atividades envolvem recursos e

orientam-se para a obtenção de lucros (BRAGA, 1989).

2.2.4 Orçamento de caixa

O setor financeiro de uma empresa é um dos pontos mais importantes para

a organização. “Todas as entradas e saídas de numerários decorrentes de

transações realizadas antes e durante o período orçamentário são reunidos no

orçamento de caixa, evidenciando os superávits e déficits mensais” (BRAGA, 1989,

p. 238).

As principais características do orçamento de caixa, segundo Zdanowicz

(1998), são:

• Flexibilidade na aplicação, considerando as frequentes flutuações da

economia o orçamento de caixa não pode ser considerado uma peça

estática dentro do orçamento da empresa. Onde deverá ser adaptado às

novas situações econômico-financeiras da empresa para o período

seguinte, em função do seu controle.

• Projeção para o futuro, a partir da situação liquidez e capital de giro da

empresa, o orçamento de caixa consistirá na projeção do nível desejado de

caixa, em função do atual para o futuro.

• Participação direta dos responsáveis, muitas são as informações e

dados necessários para a elaboração do orçamento de caixa, onde serão

fornecidos por vários departamentos da empresa. Sendo que as pessoas

envolvidas neste processo devem estar cientes de sua responsabilidade na

participação do orçamento.

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2.2.5 Administração de caixa

A administração de caixa é um importante fator que gira em torno da análise

e controle das entradas e saídas do caixa, para assim ter-se o conhecimento da real

situação em que o mesmo se encontra.

De acordo com Yoshitake (1997), na gestão de caixa, é importante conhecer

a capacidade de obtenção de caixa da empresa, que é a capacidade total de

captação de recursos próprios e de terceiros, já que, conhecendo-se esta

capacidade, torna-se possível planejar com maior eficácia a expansão do nível de

operações e resolver eventuais problemas de oscilações nas disponibilidades do

caixa.

Silva (1997) considera que existem três motivos para que uma empresa

mantenha um valor mínimo de caixa: o primeiro motivo é denominado transação, ou

seja, a empresa precisa manter recursos no caixa para honrar com suas obrigações.

O segundo refere-se a precaução, pois nem todos os fluxos de pagamentos futuros

são totalmente previsíveis, estando assim o administrador financeiro preparado para

enfrentar os riscos, e o terceiro motivo destacado pelo autor refere-se à

especulação, que se trata de manter recursos no caixa disponíveis para uma

eventual oportunidade de negócios.

2.3 Fluxo de Caixa

Denomina-se fluxo de caixa de uma empresa o conjunto de ingressos e

desembolsos de numerários ao longo de um período determinado, consistindo na

representação da situação da empresa, considerando todas as fontes de recursos e

todas as aplicações em itens ativos, ou seja, é o instrumento de programação

financeira, que corresponde as estimativas de entradas e saídas de caixa em certo

período projetado (ZDANOWICZ, 1998).

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Entende-se como fluxo de caixa o registro e controle sobre a movimentação

do caixa de qualquer empresa, expressando as entradas e saídas de recursos

financeiros ocorridos em determinados períodos de tempo (CAMPOS, 1997).

“O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro

planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros da sua

empresa para um determinado período” (ZDANOWICZ, 1998, p. 19).

O planejamento do fluxo de caixa é importante, porque irá indicar

antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos

compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem

saldados.

Para Gitman (1997, p. 88), é de grande importância às demonstrações

desenvolvidas referentes ao fluxo de caixa onde:

O administrador financeiro pode elaborar e analisar demonstrações dos fluxos de caixa desenvolvidas a partir de demonstrações financeiras projetadas. Essa abordagem pode ser usada para determinar se as ações planejadas são desejáveis do ponto de vista dos fluxos de caixa resultantes.

Através do fluxo de caixa procura-se analisar o deslocamento dos recursos

financeiros da empresa, em outras palavras, partindo-se do disponível (caixa,

bancos e aplicações no mercado aberto), podem-se verificar os caminhos

percorridos por cada valor na empresa, principalmente de operações que aumentam

ou diminuem o nível de caixa da empresa (ZDANOWICZ, 1986).

Segundo Gitman (1997), a demonstração dos fluxos de caixa permite ao

administrador financeiro e a outras pessoas interessadas analisar o passado e

possivelmente o futuro fluxo de caixa da empresa. O administrador deve dedicar

atenção especial tanto às principais categorias do fluxo de caixa quanto aos itens

individuais de entradas e saídas, para detectar a ocorrência de quaisquer desvios

em relação às políticas financeiras da empresa.

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2.3.1 Objetivos do fluxo de caixa

O principal objetivo do fluxo de caixa, conforme Zdanowicz (1998), é dar

uma visão das atividades desenvolvidas na empresa, como as operações

financeiras que são realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das

disponibilidades, e que representam o grau de liquidez da empresa. Pode-se dizer

que alguns dos mais importantes objetivos do fluxo de caixa são:

• facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a serem

obtidos junto às instituições financeiras;

• programar os ingressos e desembolsos de caixa, de forma criteriosa,

determinando o período em que deverá ocorrer carência de recursos e o

montante, havendo tempo para as medidas necessárias;

• permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as

disponibilidades de caixa, evitando-se o acúmulo de compromissos vultosos

em épocas de menores giros;

• determinar o quanto de recursos próprios a empresa dispõe em certo

período, e aplicá-los de forma rentável, analisando os recursos de terceiros

que satisfaçam as necessidades da empresa;

• proporcionar melhor comunicação entre todas as áreas da empresa

com a área financeira;

• desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;

• providenciar recursos para atender aos projetos de implantação,

expansão, modernização ou relocalização industrial e/ou comercial;

• fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;

• auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se

possam julgar as possibilidades em aplicar nesses itens ou não;

• estudar a viabilidade de empréstimos ou financiamentos;

• participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim

os controles financeiros.

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2.3.2 Finalidades do fluxo de caixa

Como toda ferramenta, o fluxo de caixa tem seus objetivos ou finalidades,

sendo estas tratadas neste item.

As projeções de caixa da empresa, segundo Santos (2001), têm várias

finalidades. A principal delas é informar a capacidade que a empresa tem para

liquidar seus compromissos financeiros a curto e longo prazo.

Outras finalidades do fluxo de caixa são:

• planejar a contratação de empréstimos e financiamentos;

• maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa;

• avaliar o impacto financeiro de variação de custos;

• avaliar o impacto financeiro de aumento das vendas.

2.3.3 Descrição dos itens do fluxo de caixa

A seguir, descrevem-se os principais itens que compõem o fluxo de caixa

apresentado.

• Ingressos

Ingressos são todas as entradas de caixa e bancos em qualquer período,

como as vendas à vista, que serão lançadas diretamente no fluxo, ou as vendas a

prazo que necessitam de mapas auxiliares de recebimentos normais (cobranças

simples e bancária) e os recebimentos com atraso e posteriormente, transportados

para o fluxo de caixa. Podem-se ter ingressos por aumento de capital social,

descontos de duplicatas, vendas de itens do ativo permanente, aluguel recebidos e

receitas financeiras.

Dessa forma, projetar os ingressos financeiros de caixa consiste em transpor

do orçamento de vendas as entradas provenientes. Podem existir situações

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intermediárias decorrentes de crédito de clientes, imobilização desses créditos para

contas a receber. Certas empresas não têm esses problemas, não vendem a crédito

ou fazem através de instituições especializadas que assumem o risco.

• Desembolsos

Desembolsos compõem-se das compras à vista e as compras a prazo que

necessitam de mapas auxiliares para posteriores transportes ao fluxo de caixa.

Acresce-se, como desembolsos, os salários com os encargos sociais de mão-de-

obra direta e indireta, além de todas as despesas indiretas de fabricação e despesas

operacionais. A compra de itens do ativo permanente também representa uma saída

de caixa ou bancos.

Nestes termos, constituem-se desembolsos todas as operações financeiras

decorrentes de pagamentos gerados pelo processo de produção, comercialização e

distribuição de produtos pela empresa.

• Diferença do período

Ao comparar-se, período por período, os ingressos e os desembolsos,

apura-se o saldo (diferença do período), ou seja, o resultado entre os recebimentos

e pagamentos da empresa.

Assim, ela é encontrada a partir da diferença entre os valores projetados,

como ingressos e desembolsos pela empresa, podendo ser positiva, negativa ou

nula.

• Saldo inicial de caixa

É igual ao saldo final de caixa do período imediatamente anterior.

• Disponibilidade acumulada

É resultado da diferença do período apurada, mais o saldo inicial de caixa.

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• Nível desejado de caixa

É a projeção do disponível para o período seguinte, ou seja, a determinação

do capital de giro líquido necessário pela empresa, em função do volume de

ingressos e desembolsos futuros.

Nestes termos, em função do nível desejado de caixa (encaixe mínimo) e da

disponibilidade acumulada, o saldo poderá ser positivo, indicando excesso, que

deverá ser direcionado para a melhor aplicação pela empresa, ou, caso contrário,

ser negativo, que deverá ser captado nas fontes disponíveis menos onerosas.

Portanto, o que levará a utilizar uma ou outra fonte será o custo do recurso a ser

captado pela empresa.

• Empréstimos ou aplicações de recursos financeiros

A partir do saldo da disponibilidade acumulada, poderão ser captados

empréstimos para suprir as necessidades de caixa, ou serão realizadas aplicações

no mercado financeiro, quando houver excedentes de caixa.

• Amortizações ou resgates das aplicações

Amortizações são as devoluções do principal tomado emprestado mais

juros, enquanto os resgates das aplicações constituem-se nos recebimentos do

principal.

• Saldo final de caixa

É o nível desejado de caixa projetado para o período seguinte que será o

saldo inicial de caixa do período subsequente.

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2.3.4 Ativo circulante

Para Hoji (2007), todos os bens e direitos que se convertem em dinheiro a

curto prazo são classificados como Ativo Circulante. Consideram-se como de curto

prazo os valores realizáveis (conversíveis em dinheiro) até o final do exercício social

seguinte. Caso o ciclo operacional da empresa seja superior a um ano (por exemplo,

15 meses), esse prazo é considerado curto prazo.

As contas desse grupo podem ser agrupadas em quatro subgrupos:

a) disponibilidade;

b) direitos realizáveis a curto prazo;

c) estoques;

d) despesas antecipadas.

2.3.5 Passivo circulante

Segundo Hoji (2007), as obrigações exigíveis a curto prazo, isto é até o final

do exercício social seguinte, ou até o final do ciclo operacional seguinte (como no

caso do ativo circulante) são classificados como passivo circulante.

Pelo grande número de contas existentes nesse grupo, para facilitar a

análise, as contas podem ser agrupadas nos seguintes subgrupos:

a) empréstimo e financeiro;

b) fornecedores;

c) obrigações fiscais;

d) outras obrigações;

e) provisões.

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2.3.6 Fluxo de caixa projetado

Todas as empresas fazem projeções, tanto uma empresa de porte grande

quanto pequeno, seja esta projeção em um papel, sistemas, ou simplesmente em

pensamentos, o fato é que a projeção é indispensável para que uma empresa

cresça. Segundo Ferreira (2003), o principal objetivo do fluxo de caixa projetado é

informar como se comportará o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros

em um determinado período, podendo ser projetado a curto ou longo prazo. Em

curto prazo busca-se identificar os excessos/escassez de recursos do caixa dentro

do período projetado, para que por meio dessas informações se possam adequar a

uma política financeira. Em longo prazo o fluxo de caixa projetado, além de

identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras

informações importantes, tais como:

• Verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para

custear suas operações;

• Determinar o capital em giro no período;

• Determinar o índice de eficiência financeira da empresa (IEF = Capital em

giro/capital de giro da empresa);

• Determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa etc.

Conforme Sá (2006), se tratando de fluxo de caixa projetado de curto prazo,

pode-se compará-lo com o fluxo de caixa realizado nos seguintes aspectos:

• Quais os recebimentos previstos que não entraram?

• Quais os recebimentos não previstos que entraram?

• Quais os pagamentos previstos que não foram realizados?

• Quais os pagamentos não previstos que foram realizados?

Como cita Campos (1997), existem dois componentes quanto às

expectativas do fluxo de caixa projetado:

1) As expectativas ao futuro geralmente não acorrem com a precisão e

pontualidade que se deseja.

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2) Os números projetados levam às decisões que irão alterar estas

projeções. Projeções de superávit de caixa podem conduzir à decisões de

investimentos, à aumento de estoques, à concessão de maiores prazos de

pagamentos etc. Projeções de déficit de caixa podem levar à obtenção de maiores

prazos de pagamentos, à redução de investimentos e à obtenção de empréstimos.

Um dos principais objetivos do fluxo de caixa é a otimização da aplicação de

recursos próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa, onde

que nenhuma empresa deve deixar seus recursos ociosos (ZDANOWICZ, 1998).

2.3.7 Fluxo de caixa projetado x orçamento de caixa

Não se pode falar em planejamento financeiro sem que se faça menção ao

planejamento de vendas. Segundo Welsch (1992), as vendas representam a fonte

básica de entradas de recursos monetários dentro da empresa.

No entendimento de Gitman (1997), a partir da previsão de vendas serão

desenvolvidos os demais orçamentos de produção. Com base nessa previsão será

possível estimar os fluxos de caixa mensais, resultantes da projeção dos

recebimentos de vendas e gastos relacionados com a produção, estoques e

distribuição. Após estar tudo preparado, pode-se fazer a demonstração de resultado

e o fluxo de caixa projetado.

As empresas sempre dependeram das informações financeiras feitas pelos

seus gerentes financeiros, hoje mais que nunca os informes financeiros devem

representar seu papel, sua real importância no planejamento estratégico das

empresas, para Leitner (1999 p.114), “as decisões financeiras estratégicas devem

ser tomadas dentro do contexto da empresa”.

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2.3.8 Prazos dos planejamentos do fluxo de caixa

Conforme Santos (2001), um fluxo de caixa projeta o saldo de caixa para um

horizonte chamado prazo de cobertura, que pode ser definido em semana, mês, ano

etc., a unidade de tempo em que se divide este prazo de cobertura do fluxo de caixa

é denominado período de informação.

Sá (2006) enfatiza que existem quatro situações nas quais as empresas podem ter

necessidade de projetar seus faturamentos diários:

1) empresas que recebam parte de suas vendas a vista e que tenham

necessidade de projetar os recebimentos em cheques ou dinheiro. É o caso

de lojas, lanchonetes, restaurantes, supermercados, entradas

concessionadas que cobrem pedágio, postos de gasolina etc.;

2) empresas cujo prazo de faturamento seja muito curto. É o caso de

empresas que faturam parte de sua venda a sete dias e que desejem

projetar o seu fluxo de caixa para os próximos 30 ou 60 dias;

3) empresas cujas vendas sejam faturadas e que desejem projetar as

entradas diárias, que acontecerão em períodos posteriores ao período cujas

entradas sejam conhecidas;

4) empresas que estejam descontando suas duplicatas e que precisem

saber quanto disporão de duplicatas para negociar, dia a dia, nos próximos

dias.

O modelo mais utilizado, e importante para a empresa é o período mensal,

deve-se trabalhar com um planejamento mínimo para três meses, o fluxo de caixa

mensal deverá, posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário,

fornecendo a posição dos recursos em função dos ingressos e desembolsos de

caixa, constituindo-se em um poderoso instrumento de planejamento e de controle

financeiro para a empresa (ZDANOWICZ, 1998).

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2.3.9 Implantação do fluxo de caixa e seus requisitos

A implantação do fluxo de caixa consiste em apropriar os valores fornecidos

pelas áreas da empresa, de acordo com os períodos que efetivamente deverão

ocorrer os ingressos e desembolsos de caixa (ZDANOWICZ, 1998).

Dentre os principais pré-requisitos para o planejamento do fluxo de caixa

estão os dados esconômico-financeiros, pois deverão ser os mais corretos

possíveis, captados no plano geral de operações da empresa para o período a ser

projetado, buscando informações de outros departamentos da empresa, sendo

importante também que seus responsáveis estejam conscientes da exatidão, clareza

e confiabilidade dos dados prestados. A empresa deverá manter um nível de caixa

necessário para seu movimento diário, quanto mais cuidado houver na sua

elaboração menor terá de ser o nível de caixa (ZDANOWICZ, 1998).

É importante, para a elaboração do fluxo de caixa, considerar as oscilações

que possam eventualmente ocorrer e irão implicar em ajustes dos valores

projetados, mantendo-se assim a flexibilidade desse instrumento de trabalho do

administrador financeiro (ZDANOWICZ, 1998).

Como ensina Zdanowicz (1998), os principais requisitos para a implantação

do fluxo de caixa são:

• apoio da alta cúpula diretiva da empresa;

• organização da estrutura funcional da empresa, com definição clara

dos níveis de responsabilidade de cada área;

• integração dos diversos setores e departamentos da empresa;

• definição do sistema de informações, quanto aos tipos de formulários a

serem utilizados, calendário de entrega dos dados e os responsáveis pela

elaboração das projeções;

• criação de um manual de operações financeiras;

• comprometimento dos responsáveis das áreas, sobre alcançar os

objetivos e metas propostas pelo fluxo de caixa;

• controles financeiros adequados, especificamente da movimentação

bancária;

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• utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos da

tomada de decisões que tenham impactos financeiros.

A administração do disponível da empresa é o aspecto chave do objetivo

liquidez para a administração financeira, quanto maiores forem os recursos

disponíveis em caixa, mais prontamente a empresa poderá honrar com seus

compromissos. No mesmo sentido, quanto mais recursos puder aplicar no sistema

operacional de seus negócios, maiores deverão ser as taxas de retorno sobre os

investimentos realizados (ZDANOWICZ, 1998).

2.3.10 Modelo de fluxo de caixa

A seguir apresenta-se um modelo de fluxo de caixa proposto por Zdanowicz

(2000, p.145). O autor ressalta que:

Na elaboração do fluxo de caixa deverão ser discriminados todos os valores a serem recebidos e pagos pela empresa. Quanto mais especificado for o fluxo de caixa, melhor será o controle sobre as entradas e saídas de caixa, verificando assim suas defasagens e determinando as medidas corretivas ou saneadoras para os períodos subsequente.

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Tabela 1 - Modelo do fluxo de caixa

P= projetos; R= realizado; D=defasagem

Fonte: Zdanowicz (2000, p.145)

O modelo do fluxo de caixa e seus itens são descritos no item, a seguir.

2.3.10.1 Descrição dos itens do fluxo de caixa

A seguir, descrevem-se, de acordo com Zdanowicz (2000), os principais

itens do fluxo de caixa apresentado na tabela 1.

• Ingressos: são todas as entradas de caixa e bancos em qualquer

período, como vendas à vista que serão lançadas diretamente no fluxo,

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ou as vendas a prazo que necessitam de mapas auxiliares de

recebimentos normais (cobranças simples e bancária) e os recebimentos

com atraso e, posteriormente, transportados para o fluxo de caixa.

• Desembolsos: compõem-se de compras à vista e as compras a prazo

que necessitam de mapas auxiliares para posterior transporte ao fluxo

de caixa: como os encargos sociais de mão-de-obra direta e indireta,

além de todas as despesas indiretas e fabricação e despesas

operacionais.

• Diferença de período: ao comparar-se, período por período, encontra-

se a diferença entre os valores projetados, ou seja, os ingressos e

desembolsos, podendo ser positiva, negativa ou nula.

• Saldo inicial de caixa: é igual ao saldo final de caixa do período

anterior.

• Disponibilidade acumulada: é o resultado da diferença do período

apurada, mais o saldo inicial de caixa.

• Nível desejado de caixa: é a projeção do disponível para o período

seguinte, ou seja, a determinação do capital de giro líquido necessário

pela empresa, em função do volume de ingressos e desembolsos

futuros. O que levará a utilizar uma ou outra fonte será o custo do

recurso a ser captado pela empresa. Sendo que se em função do nível

desejado de caixa a da disponibilidade acumulada, o saldo poderá ser

positivo, indicando excesso, que deverá ser carreado para melhor

aplicação pela empresa, ou caso contrário, ser negativo, que poderá ser

captado nas fontes disponíveis menos onerosas.

• Empréstimo ou aplicações de recursos financeiros: a partir do saldo

da disponibilidade acumulada, poderão ser captados empréstimos para

suprir as necessidades de caixa, ou serão realizadas aplicações no

mercado financeiro, quando houver excedentes de caixa.

• Amortizações ou regates das aplicações: amortizações são as

devoluções do principal tomado emprestado. Enquanto os resgates das

aplicações constituem-se nos recebimentos do principal.

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• Saldo final de caixa: é o nível desejado de caixa projetado para o

período seguinte, que será o saldo inicial de caixa do período

subsequente.

2.3.10.2 Mapas auxiliares

Para uma correta elaboração do modelo apresentado anteriormente

(Tabela 1), Zdanowicz (2000), sugere que o administrador elabore uma série de

mapas auxiliares, onde os mais utilizados são: recebimentos de vendas a prazo,

recebimentos das vendas a prazo com atraso e pagamentos de compras a prazo.

A seguir apresentam-se alguns modelos de mapas auxiliares sugeridos

pelo autor, cujos totais devem ser repassados para o fluxo de caixa.

Tabela 2 – Modelo de mapa auxiliar de recebimentos das vendas a prazo

Fonte: Zdanowicz (2000)

Observando-se que:

• o somatório mensal de cada linha deverá ser transportado para o fluxo de

caixa;

• as condições de recebimento das vendas a prazo da empresa obedecem

à seguinte programação financeira: 40% a 30 dias, 30% a 60 dias,

30% a 90 dias, fora o mês.

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Tabela 3 – Modelo de mapa auxiliar de pagamentos das compras a prazo

*Pagamentos efetuados no mês anterior.

Fonte: Zdanowicz (2000)

Conforme Tabela 3:

• o somatório mensal de cada linha deverá ser transportada para o fluxo de

caixa;

• as condições de pagamentos das compras a prazo da empresa

obedecem à seguinte política: 50% a 30 dias, 30% a 60 dias e 20% a 90

dias, fora o mês.

A principal função do mapa auxiliar é determinar o período em que as

entradas e saídas dos recursos financeiros decorrentes de transações realizadas a

prazo afetarão o fluxo de caixa.

2.3.11 Análise e controle do fluxo de caixa

Para um bom resultado financeiro é extremamente importante que haja um

controle rigoroso de todas as informações e dados que afetam o fluxo de caixa da

empresa, para que se possa fazer uma análise concreta da situação financeira da

empresa, auxiliando na tomada de decisões. Na elaboração do fluxo de caixa

deverão ser discriminados todos os valores a serem recebidos e pagos pela

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empresa, quanto mais especificado for o fluxo de caixa, melhor será o controle sobre

as entradas e saídas de caixa, verificando assim as suas defasagens e

determinando as medidas corretivas ou saneadoras para os próximos períodos

(ZDANOWICZ, 1986).

O administrador financeiro pode elaborar e analisar demonstrações dos

fluxos de caixa desenvolvidas a partir de demonstrações financeiras projetadas.

Essa abordagem pode ser usada para determinar se as ações planejadas são

desejáveis do ponto de vista dos fluxos de caixa resultantes (GITMAN, 1997).

Através do fluxo de caixa procura-se analisar o deslocamento dos recursos

financeiros da empresa, em outras palavras, partindo-se do disponível (caixa,

bancos e aplicações no mercado aberto), podem-se verificar os caminhos

percorridos por cada real na empresa, principalmente de operações que aumentam

ou diminuem o nível de caixa.

O esquema de funcionamento do fluxo de caixa consiste em coletar, ao final

de cada período, as estimativas de ingressos e desembolsos de recursos financeiros

que comporão o fluxo de caixa para o período subsequente desejado. Esta seria a

interpretação sobre o enfoque planejamento, porém, ao projetar-se o fluxo de caixa,

tem-se a necessidade de controlar todas as operações da empresa. Onde o período

de abrangência do fluxo de caixa pode ser de curto prazo (anual, semestral,

trimestral, mensal, semanal ou diário) com o objetivo de manter um controle mais

preciso, e em longo prazo (entre dois a cinco anos) dependendo do porte de

investimento a ser realizado pela empresa (ZDANOWICZ, 1998).

2.3.12 Requisitos para uma boa administração de caixa

Segundo Zdonowicz (1998), o administrador financeiro deve ter muito

cuidado ao administrar o ativo disponível. E, para tal, alguns requisitos são

necessários, a saber:

• aceleração do processo de recebimentos;

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• controle nos pagamentos;

• estabelecimento de saldo mínimo que dependerá da necessidade de

caixa para transação e eficiência da administração do disponível;

• existência de planejamento e controle financeiros.

2.3.13 Capital de giro

Capital de giro é o um fator importantíssimo para a empresa se manter,

conforme cita Gitman, Lawrence J (2006, p.510): “representa a proporção do

investimento total da empresa que circula, de uma forma para outra, na condução

normal das operações”. Sanvicente (1980, 114) afirmam que capital de giro “[...]

compreende os sados mantidos por uma empresa nas contas Caixa e Bancos,

Títulos a Curto Prazo, Contas a Receber de Clientes, e estoques de matérias-

primas, mercadorias para a venda, produção em andamento e produtos acabados”.

Ambos denominam de forma diferente, porém impõem a ideia de que se

refere a todo movimento envolvido nas operações da empresa.

Figura 1 - Ilustração do capital de giro Fonte: Zoratto (1980)

Caixa

Estoque de

Matéria-prima

Produto Acabado

Contas a

Receber

Produção Vendas a

Prazo

Recebimento

dos Clientes Compras de

matéria-prima

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Isso pode ser facilmente exemplificado, da forma na qual se refere à

transição do caixa para o estoque em seguida para as contas a receber e retornando

ao caixa (GITMAN, LAWRENCE J, 1946). Gerando todo um fluxo envolvendo

principalmente essas partes comentadas.

Esse valor deve ser frequentemente analisado e mantido para que a

empresa tenha um volume de operações na qual faça manter-se ativa, todavia deve

oscilar durante os meses no ano, pois correspondem também às vendas que

ocorrem, com isso a empresa deve sempre se esforçar para manter sua liquidez.

Por fim, capital de giro líquido, conforme Gitman, Lawrence J (1946, p.510),

“... definido como a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes.

Quando os primeiros superam os segundos, a empresa possui capital de giro líquido

negativo”.

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3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA

Neste item apresentam-se os resultados da pesquisa de campo realizada na

empresa Ana Faita ME.

3.1 Caracterização da Empresa

3.1.1 Histórico da empresa

O casal Idelço Luis Faita e Ana Faita iniciaram no ramo empresarial em 1990

quando abriram a empresa em questão, uma empresa no ramo alimentício

especializada em aves e outros produtos voltados ao foco da empresa.

Iniciaram seus negócios na garagem de casa apenas no varejo para os

vizinhos e amigos próximos. À base de muito trabalho, o marido da proprietária

realizava as viagens para buscar os frangos e a própria Ana Faita realizava toda a

parte de abatimento dos frangos e a venda. Foi uma fase muito difícil, pois tinha um

custo alto com as viagens e o retorno não era o esperado em curto prazo, porém,

sabiam que estavam trabalhando em longo prazo para colher os frutos.

Em 1992, após muito trabalho conseguiram comprar um terreno bem

localizado no bairro São Vicente em Itajaí, onde já havia uma loja pronta e

começaram um novo trabalho, pois sua clientela não era da região.

Continuaram então a mesma forma de trabalho, onde Idelço fazia as viagens

e a Ana realizava todo o trabalho de abatimento e venda, porém viram que podiam ir

mais longe, começaram então a busca de novos clientes pela região, iniciaram as

visitas e ligações aos estabelecimentos do ramo, que não vendiam aves para

realizar a venda.

Com o passar dos anos foram crescendo o número de clientes e tipos de

venda, passando hoje a vender também para atacado e outras pequenas empresas,

como açougues, mercados e outras empresas do gênero. Dessa forma o rendimento

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foi aumentando e conseguiram então construir um prédio pequeno, com uma loja

mais moderna e sofisticada para a venda dos produtos.

Chegaram em uma situação mais cômoda com o empreendimento, não

existindo mais a necessidade de viagens. Hoje realizam as compras de outras

empresas maiores para assim revender. Desta forma, trabalham com a clientela já

pronta, porém nunca se acomodando, e assim vão tocando o empreendimento que

após 20 anos estão colhendo os frutos decorrentes do árduo trabalho desde o início

do empreendimento.

3.1.2 Dados de identificação

A denominação social da empresa é o nome da proprietária Ana Faita ME.

A empresa situa-se na Rua Pedro Cristiano de Miranda, 1010, bairro São

Vicente, Cidade de Itajaí/SC. Neste bairro estão alojadas muitas empresas tornando-

se um bairro industrial e muitos empreendimentos do ramo alimentício, assim

facilitando as negociações.

A empresa tem um movimento considerável, pelo seu porte, possui uma

carteira significativa de clientes, pessoas jurídicas e físicas.

3.1.3 Missão

A missão é o modo pelo qual define-se o negócio, determinando a forma

como se estrutura a empresa, ou seja, a essência de uma organização está no seu

propósito ou missão (SCOOT, 1998).

A empresa estudada não possuía uma missão definida, sendo que a

empresária Ana Faita, juntamente com o estagiário, analisou uma missão adequada

à empresa. A partir desta escolha a empresa passa a ter como missão:

“Vender produtos de qualidade alcançando a máxima satisfação do cliente”.

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3.1.4 Visão

Segundo Scott (1998, p.03), “o processo de criação da visão é uma viagem

do conhecido para o desconhecido, que ajuda a criar o futuro a partir da composição

de fatos, esperanças, sonhos, ameaças e oportunidades”.

A empresa em questão também não possuía uma visão definida, com o

andamento do estudo foi elaborada pela proprietária Ana Faita e o estagiário, e

assim ficou definida a visão da empresa:

“Ser reconhecida por seus clientes como uma das melhores empresas do

ramo alimentício, sempre voltada à qualidade dos produtos”.

3.1.5 Ramo de atividade

A empresa atua no ramo alimentício, voltada à comercialização de aves e

produtos afins, como:

• ovo;

• galinha viva;

• galinha abatida;

• galinha em pedaços;

• miúdo;

• coração de galinha;

Além dos produtos voltados à ave, a empresa vende outros produtos, tais

como:

• carvão;

• macarrão;

• vinho;

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3.1.6 Mercado

A empresa Ana Faita ME atua no mercado alimentício, mais voltado ao

segmento de aves. Opera no mercado interno da região de Itajaí/SC, no entanto, em

período futuro pretende atuar em outras regiões do mercado interno.

Como a empresa está focada em um único segmento apresenta como

vantagem o preço de custo, tendo a possibilidade da flexibilidade de preços mais

acessíveis ao consumidor. Isso se dá pelo fato de realizar a compra em grandes

quantidades, conseguindo assim um preço de compra mais baixo.

É um mercado em constante crescimento, na região da cidade de Itajaí há

poucas empresas que atuam neste ramo, e em um ramo mais específico em aves

como a empresa em estudo, esse número diminui consideravelmente, fazendo

assim com que a empresa tenha grandes oportunidades de crescimento.

3.1.7 Formas de pagamentos

A forma de pagamento proposta pela empresa Ana Faita ME, compreende

pagamentos em:

• Dinheiro (R$);

• Cheque;

Está sendo avaliada a possibilidade da venda por cartão, pois hoje é o meio

no qual os clientes mais utilizam, assim não perdendo os clientes que se utilizam

apenas desse meio de pagamento.

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3.1.8 Organograma

A seguir apresenta-se o organograma da empresa em estudo, mostrando as

distribuições das funções e responsabilidades dentro da empresa.

Figura 2 - Organograma de cargos e funções Fonte: Elaborado pelo estagiário

Direção

Comercial Administração Produção

Vendas Financeiro Compras Tratamento/engorda

Abatimento

Qualidade

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3.2 Desenvolvimento da Pesquisa

Apresenta-se a seguir os dados obtidos mediantes observação e análise

documental referentes ao período de junho a dezembro de 2010, os quais servirão

de base para a projeção do fluxo de caixa correspondente ao segundo semestre de

2011.

3.2.1 Resultados obtidos

A escolha do período de projeção, conforme citado anteriormente, foi

motivada pela intenção de operacionalizar o sistema de entradas e saídas de

recursos no segundo semestre de 2011, após a conclusão da pesquisa.

Tabela 4 – Relatório das compras, vendas, encargos e demais receitas e despesas (em R$)

Identificação Períodos

jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10

INGRESSOS

Vendas à vista(90%) 16.010,20 15.550,00 14.010,50 15.010,40 14.780,60 14.010,55 16.031,20

Vendas a prazo(10%) 1.701,20 1.655,00 1.501,50 1.601,40 1.578,60 1.501,55 1.703,10

SOMA 17.711,40 17.205,00 15.512,00 16.611,80 16.359,20 15.512,10 17.734,30

DESEMBOLSOS Desembolsos Comerciais

Energia Elétrica 295,32 265,03 278,54 348,39 307,75 317,80 355,53

Telefone 157,78 144,35 124,74 138,56 124,12 133,14 144,82

Água 121,91 118,53 138,84 174,47 155,37 145,58 117,20

Contabilidade 235,00 235,00 235,00 235,00 235,00 235,00 235,00

Fretes 110,00 121,40 204,33 335,40 0,00 177,40 108,40

Aluguel 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00 500,00

Despesa com Médico Veterinário 510,00 510,00 510,00 510,00 510,00 510,00 510,00 CRMV - SC 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 Desembolsos Administrativos Material de Expediente 100,00 85,00 80,00 100,00 90,00 100,00 100,00

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Material de Limpeza 202,10 236,50 119,80 101,50 187,40 208,77 147,20 Fornecedores

Compras à vista(100%) 3.330,20 3.489,50 3.785,15 3.475,00 3.509,22 3.384,00 3.749,00

Compras à prazo(0%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Despesa com pessoal Salários 2.256,00 2.203,40 2.335,41 2.335,41 1.352,56 3.425,62 3.425,62

Pró-Labore 801,00 801,00 801,00 801,00 801,00 801,00 801,00

FGTS 196,40 196,40 203,28 203,28 232,41 250,92 250,92

INSS 287,13 286,84 293,72 293,72 326,48 394,45 394,45

Retirada de Lucro 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00 6.000,00

SOMA 15.152,83 15.242,95 15.659,81 15.601,72 14.381,31 16.633,68 16.889,13 Fonte: Elaborado pelo estagiário

A tabela 4 demonstra os ingressos e desembolsos da empresa em estudo

correspondentes aos meses de Junho a dezembro/2010, sendo os ingressos

compostos pela receita com vendas, já os desembolsos correspondem a

pagamentos realizados, sendo despesas com pessoal, despesas administrativas,

tributárias, financeiras, fornecedores, compras de materiais etc.

Conforme demonstrado na tabela 4, as receitas à vista somam 90% de toda

a receita, desta forma facilitando a gestão das finanças da empresa em questão e

fazendo com que os proprietários possam avaliar os melhores investimentos e tendo

uma liquidez saudável. As receitas a prazo referem-se apenas a dois clientes em

especial, no qual recebem um prazo de 30 dias para pagamento.

Já os desembolsos referem-se a todas e quaisquer despesas relacionadas

com a empresa sendo, luz, água, telefone, funcionários, entre outros. Destacando as

despesas de pagamento a um médico veterinário e pagamento de taxa para o

Conselho Regional de Medicina Veterinária(CRMV), isso se dá em função da

empresa atuar no segmento de animais, que requer vigilância e controle por um

profissional especializado. Outro item a ser destacado, são as compras realizadas

pela empresa, sendo essas 100% à vista, assim facilitando as negociações com o

fornecedor e conseguindo um poder de barganha muito maior. O item Frete refere-

se aos gastos realizados com fretes para entregas dos produtos aos clientes que se

encontram em locais mais distantes.

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Referindo-se às despesas tributárias, ressalta-se que a empresa é tributada

pelo Simples Nacional (Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e

Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Este

regime de tributação foi instituído pela Lei Complementar n. 123/2006, e contempla o

recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Renda

Pessoa jurídica (IRPJ); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);

Contribuição Previdenciária Patronal (CPP); Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Serviços (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

(ISSQN) em guia de recolhimento única, denominada de DAS (Documento de

Arrecadação do Simples Nacional).

3.2.2 Projeção dos resultados obtidos

A expectativa dos proprietários para o próximo semestre é otimista, tendo

em vista o crescimento constante das vendas da empresa que vem ocorrendo nos

últimos meses e conforme o andamento da economia brasileira, o mercado

alimentício só tem a crescer.

Como na região não há grandes concorrentes, a estimativa de crescimento é

boa, no qual a empresa busca atingir novos clientes. Assim, de acordo com os

proprietários, espera-se um aumento nas receitas e consequentemente nas compras

realizadas na ordem de 7%.

Além do aumento esperado no faturamento (7%), os dados originais

coletados foram ajustados de acordo com a expectativa de inflação para o período

(7%). Conforme site da Globo (http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/bc-

sobe-previsao-de-inflacao-para-2011.html), em reportagem divulgada no dia

30/03/2011 no setor da Economia, a inflação de 2011 está estimada em 5,6%, sendo

que em análise de mercado previamente realizada pelos especialistas brasileiros a

expectativa é que a inflação estivesse na faixa de 4,5% em 2011 e 2012. Até o

momento essa expectativa não foi alcançada, fazendo assim uma considerável

diferença afetando principalmente os consumidores.

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Destaca-se que os desembolsos em geral, ocorrem no mês de sua

competência, com exceção do salário com encargos que ocorrem no mês seguinte a

sua competência. Conforme já destacado anteriormente, a inflação nacional não

está de acordo com o esperado pelos especialistas, desta forma, na tabela 5 abaixo

adicionou-se um percentual de 1,4pp no cálculo da inflação, fazendo assim uma

inflação de 7% na projeção, esse acréscimo se dá por meio de segurança dos dados

projetados.

Baseado nos dados demonstrados na tabela anterior (4) apresenta-se a

projeção dos ingressos e desembolsos de caixa para o segundo semestre do ano de

2011.

Tabela 5 – Relatório das compras, vendas, encargos e demais receitas e despesas projetados para 2011 (em R$)

Identificação Períodos

jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

INGRESSOS

Vendas à vista(90%) 18.330,08 17.803,20 16.040,62 17.185,41 16.922,31 16.040,68 18.354,12

Vendas a prazo(10%) 1.947,70 1.894,81 1.719,07 1.833,44 1.807,34 1.719,12 1.949,88

SOMA 20.277,78 19.698,00 17.759,69 19.018,85 18.729,65 17.759,80 20.304,00

DESEMBOLSOS Desembolsos Comerciais

Energia Elétrica 315,99 283,58 298,04 372,77 329,29 340,05 380,41

Telefone 168,82 154,45 133,47 148,25 132,80 142,46 154,96

Água 130,44 126,83 148,56 186,68 166,25 155,77 125,40

Contabilidade 251,45 251,45 251,45 251,45 251,45 251,45 251,45

Fretes 117,70 129,90 218,63 358,88 0,00 189,82 115,99

Aluguel 535,00 535,00 535,00 535,00 535,00 535,00 535,00

Despesa com Médico Veterinário 545,70 545,70 545,70 545,70 545,70 545,70 545,70 CRMV – SC 53,50 53,50 53,50 53,50 53,50 53,50 53,50 Desembolsos Administrativos Material de Expediente 107,00 90,95 85,60 107,00 96,30 107,00 107,00

Material de Limpeza 216,25 253,06 128,19 108,61 200,52 223,38 157,50 Fornecedores

Compras à vista(100%) 3.812,75 3.995,13 4.333,62 3.978,53 4.017,71 3.874,34 4.292,23

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Compras à prazo(0%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Despesa com pessoal Salários 2.413,92 2.357,64 2.498,89 2.498,89 1.447,24 3.665,41 3.665,41

Pró-Labore 857,07 857,07 857,07 857,07 857,07 857,07 857,07

FGTS 210,15 210,15 217,51 217,51 248,68 268,48 268,48

INSS 307,23 306,92 314,28 314,28 349,33 422,06 422,06

Retirada de Lucro 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00

SOMA 16.462,96 16.571,31 17.039,50 16.954,11 15.650,84 18.051,49 18.352,17 Fonte: Elaborado pelo estagiário

3.2.3 Mapas auxiliares (junho a dezembro de 2011)

A função principal de um mapa auxiliar é detalhar todos os ingressos e

desembolsos recorrentes do período estudado, a fim de auxiliar os administradores

de uma forma mais organizada, permitindo identificar o período em que entrarão ou

sairão do caixa os recursos financeiros provenientes de transações a prazo, mais

especificamente as compras e as vendas.

3.2.3.1 Entradas de caixa

Os meios de entrada de recursos de caixa que a empresa possui acontecem

apenas de uma forma, a venda de produtos. Para as vendas dos produtos, projetou-

se um aumento de 7% em relação ao semestre estudado, conforme perspectiva dos

proprietários. Na tabela 6 apresentam-se as operações de entradas de caixa na

empresa, sendo essas 90% do total das vendas à vista, e 10% a prazo. As vendas a

prazo são efetuadas em cheque com 30 dias para pagamento.

A tabela 6 a seguir mostra o período em que os recursos financeiros

provenientes das vendas à vista e a prazo entrarão no caixa.

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Tabela 6 – Mapa auxiliar de entradas de caixa a prazo (em R$)

Período

EVENTOS jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Total das vendas 20.277,78 19.698,00 17.759,69 19.018,85 18.729,65 17.759,80 20.304,00

Total das Vendas à Vista(90%) 18.330,08 17.803,20 16.040,62 17.185,41 16.922,31 16.040,68 18.354,12

Total das Vendas a prazo(10%) 1.947,70 1.894,81 1.719,07 1.833,44 1.807,34 1.719,12 1.949,88

Fluxo de entrada das vendas a prazo 1.947,70 1.894,81 1.719,07 1.833,44 1.807,34 1.719,12

Total das entradas de vendas a prazo 1.947,70 1.894,81 1.719,07 1.833,44 1.807,34 1.719,12 Fonte: Elaborado pelo estagiário

3.2.3.2 Saídas de caixa

Entre as saídas de caixa encontram-se os pagamentos efetuados aos

fornecedores. Como a empresa em questão não efetua compras a prazo, realizando

todos os pagamentos à vista, o mapa auxiliar de saída não será utilizado pela

empresa em questão no atual momento.

Como o mapa auxiliar é uma ferramenta administrativa para um controle

efetivo, apresenta-se o mapa auxiliar de saída da empresa, embora a política atual

da empresa seja de compras à vista, essa política pode ser alterada em qualquer

momento, fazendo-se necessário a utilização do mapa.

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Tabela 7 – Mapa auxiliar de saídas de caixa a prazo (em R$)

Período

EVENTOS jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11

Total das compras 3.812,75 3.995,13 4.333,62 3.978,53 4.017,71 3.874,34 4.292,23

Total das Compras à Vista(100%) 3.812,75 3.995,13 4.333,62 3.978,53 4.017,71 3.874,34 4.292,23

Total das Compras a prazo(0%) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Fluxo de entrada das compras a prazo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Total das entradas de compras a prazo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Fonte: Elaborado pelo estagiário

3.2.4 Fluxo de caixa projetado

Visando um melhor entendimento da funcionalidade do fluxo de caixa

projetado por parte das pessoas que se utilizam desse instrumento, elaborou-se um

manual de instruções, com detalhamento minucioso das operações de entradas e

saídas de caixa. Este manual foi elaborado pelo acadêmico em conjunto com o

professor orientador:

(1) Registrar todos os recebimentos e pagamentos mensais previstos relacionados

às atividades operacionais.

(2) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e

saídas da ATIVIDADE OPERACIONAL.

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(3) Registrar todas as entradas e saídas mensais de numerários previstas

relacionadas a transações de itens do ativo permanente.

(4) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e

saídas da ATIVIDADE DE INVESTIMENTO.

(5) Registrar todas as entradas e saídas de recursos financeiros relacionadas ao

financiamento das operações (empréstimos bancários, integralização de capital etc).

(6) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e

saídas da ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO.

(7) Este saldo é a soma algébrica dos resultados (2); (4) e (6), podendo ser negativo

ou positivo.

Obs: Após encontrar os resultados do item (7) , seguir as regras (sinais algébricos)

do modelo.

(8) O saldo inicial de cada período é sempre igual ao final do período anterior.

(9) Aqui, deve ser registrada a entrada do dinheiro pelo resgate da aplicação (o valor

principal).

(10) Registrar a entrada do dinheiro pelos rendimentos (juros) das aplicações

realizadas.

(11) Registrar a saída do dinheiro pelo pagamento do empréstimo contraído (só o

principal).

(12) Nesta linha, registrar a saída do dinheiro pelo pagamento dos juros sobre os

empréstimos contraídos.

(13) Nesta linha, registrar o valor do empréstimo (principal) necessário para que se

tenha o saldo final de caixa conforme projetado. Ao apurar o valor do empréstimo,

lançar o principal e juros nos itens (11) e (12), respectivamente, conforme o mês

previsto para pagamento.

(14) Nesta linha, registrar as aplicações (principal) a serem efetuadas quando sobrar

recursos de acordo com o saldo final de caixa projetado. Ao apurar o valor da

aplicação, lançar o principal e juros nos itens (9) e (10), respectivamente, conforme o

mês previsto para resgate.

(15) Este saldo é projetado conforme política da empresa (não esquecer que o saldo

inicial de cada período é sempre igual ao saldo final do período anterior).

Obs: Os saldos (8) e (15), podem, e devem ser definidos (de acordo com as

informações) antes de qualquer procedimento relativo ao fluxo de caixa projetado.

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ATIVIDADES OPERACIONAIS – envolvem todas as atividades relacionadas com a

produção e entrega de bens e serviços e os eventos que não sejam definidos como

atividades de investimento financiamento. Normalmente, relaciona-se com as

transações que aparecem na demonstração de Resultados.

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS – relacionam-se normalmente com o aumento e

diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para poder produzir bens

e serviços. Inclui a concessão e recebimento de empréstimos, a aquisição e venda

de instrumentos financeiros e patrimoniais de outras entidades e a aquisição e

alienação do imobilizado.

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – relacionam-se com os empréstimos de

credores e investidores à entidade. Incluem a obtenção de recursos dos donos e o

pagamento a estes de retorno sobre seus investimentos ou do próprio reembolso do

investimento; incluem também a obtenção de empréstimos credores e a amortização

ou liquidação destes; e também a obtenção e pagamento de recursos de créditos

em longo prazo.

A tabela 8 a seguir é a demonstração do fluxo de caixa projetado para a

empresa em estudo, para os meses de julho a dezembro de 2011, com base nos

dados coletados.

Tabela 8 – Fluxo de caixa projetado para segundo semestre de 2011 (em R$)

ATIVIDADES OPERACIONAIS (1) Jul/2011 Ago/2011 Set/2011 Out/2011 Nov/2011 Dez/2011

Entradas:

(+) Recebimento de vendas à vista 17.803,20 16.040,62 17.185,41 16.922,31 16.040,68 18.354,12

(+) Recebimento de vendas a prazo 1.947,70 1.894,81 1.719,07 1.833,44 1.807,34 1.719,12

Total das Entradas 19.750,90 17.935,43 18.904,47 18.755,75 17.848,02 20.073,25

Saídas:

(-) Pagamentos à fornecedores à vista 3.995,13 4.333,62 3.978,53 4.017,71 3.874,34 4.292,23

(-)

Pagamentos à fornecedores a prazo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(-) Salários com encargos 3.788,37 3.731,77 3.887,75 3.887,75 2.902,32 5.213,03

(-) Despesas comerciais 2.080,41 2.184,35 2.452,23 2.013,99 2.213,74 2.162,41

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(-) Despesas administrativas 344,01 213,79 215,61 296,82 330,38 264,50

Total das Saídas 10.207,91 10.463,53 10.534,11 10.216,26 9.320,79 11.932,17

Caíxa líquido gerado/consumido p/ativ. Operacionais(2) 9.542,99 7.471,91 8.370,36 8.539,49 8.527,23 8.141,08

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (3)

Entradas:

(+) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saídas:

(-) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Caíxa líquido gerado/consumido p/ativ. De Investimento (4) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (5)

Entradas:

(+) Integralização de Capital 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Saídas:

(-) Retiradas de Lucro 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00 6.420,00

Caíxa líquido gerado/consumido p/ativ. de Financiamento (6) -6.420,00 -6.420,00 -6.420,00 -6.420,00 -6.420,00 -6.420,00

Aumento/diminuição Líquido das disponibilidades (7) 3.122,99 1.051,91 1.950,36 2.119,49 2.107,23 1.721,08

(+) Saldo Inicial de Caixa (8) 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00

(=) Disponibilidade Acumulada I 8.122,99 6.051,91 6.950,36 7.119,49 7.107,23 6.721,08

(+) Resgate de Aplicações (9) 0,00 3.122,99 4.191,14 6.163,29 8.314,83 10.465,30

(+) Rendimento de Aplicações (10) 0,00 16,24 21,79 32,05 43,24 54,42

(-) Liquidação de Empréstimos (11) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(-) Juros Pagos s/empréstimos (12) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(=) Disponibilidade Acumulada II 8.122,99 9.191,14 11.163,29 13.314,83 15.465,30 17.240,79

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(+)

Empréstimos bancários a curto prazo (13) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

(-)

Aplicações Financeiras de excedentes (14) 3.122,99 4.191,14 6.163,29 8.314,83 10.465,30 12.240,79

(=) Saldo Final de Caixa (*) (15) 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00

Fonte: Elaborado pelo estagiário

(*) Disponibilidade acumulada II (–) Saldo Final de Caixa = Excedentes ou

Escassez de Recursos Financeiros do Período, que será = ao valor da aplicação a

ser realizada (excedentes) ou do empréstimo (escassez de recursos) a ser

contraído, de acordo com o nível de caixa desejado.

Nas atividades operacionais do fluxo de caixa demonstrado na tabela 8

disseminam-se as entradas e saídas de caixa provenientes das atividades da

empresa. Nas atividades de investimento a empresa não alienará nem comprará

nenhum bem componente do ativo imobilizado, desta forma, não tendo nenhuma

informação relacionada. Nas atividades de financiamento ocorrerá apenas a retirada

de lucro por parte do sócio-proprietário, para suprir seus compromissos e despesas

pessoais mensalmente.

O saldo de caixa inicial requer um valor para que a empresa consiga sanar

suas obrigações como salários, duplicatas, entre outros, que vencem no inicio de

cada mês e que somado com as vendas e recebimentos ocorridos no inicio do mês,

a empresa conseguirá honrar com seus compromissos, desta forma, foi determinado

o saldo inicial de caixa no valor de R$ 5.000,00 para tais necessidades.

Analisando o fluxo de caixa projetado percebe-se que a empresa terá

excedentes de recursos em caixa nos meses projetados, de Julho a

Dezembro/2011, no qual a empresa realizará aplicações financeiras no Banco

Santander que irá render uma taxa de 0,52% ao mês, taxa na qual se refere a dados

atuais do banco. Desta forma, como já citado anteriormente, a empresa não terá

necessidade de captar capital de terceiros, por estar com uma vida financeira

saudável. Porém, se a empresa tivesse que captar algum recurso, o fluxo de caixa

projetado teria grande importância pelo fato de que a empresa poderia se planejar

com antecedência e buscar fontes de empréstimo que lhe ofereçam menores juros e

mais vantagens, tanto para empréstimos como para as suas aplicações.

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O fluxo de caixa é de suma importância, pois através dele consegue-se

administrar de forma correta e rentável os recursos da organização, fazendo com

que se consiga prever futuras perdas ou ganhos, assim, ganhando tempo para

planejar a melhor decisão a ser tomada perante os dados.

Além do que, o fluxo de caixa é uma ferramenta de fácil análise, sendo que

os controles dos ingressos e desembolsos são fáceis de acompanhar, pode-se

realizar comparações mensais após um bom tempo de implantação do mesmo,

conseguindo-se analisar como anda a vida financeira de nossa instituição no

decorrer dos anos e analisar se as decisões tomadas estão corretas.

As informações apresentadas foram mensais, porém pode-se realizar um

fluxo de caixa diário o qual dará margem para um planejamento e administração

financeira mais assertiva e imediata, representando base de determinação, “saúde”

financeira e o grau de liquidez da empresa.

3.3 Sugestões para a Empresa

Com base na análise dos dados coletados, projeção do fluxo de caixa e

vivência do estagiário na empresa, antes e depois do desenvolvimento do estudo,

apresenta-se abaixo algumas sugestões de controle e melhorias para contribuir para

a gestão da empresa em questão:

• Fazer com que a retirada de lucro dos sócios seja realizada de forma

organizada e única, desta forma facilitando a gestão financeira, pois

hoje retiram a todo o momento, correndo o risco da perda de controle

financeiro da instituição.

• Outra precaução que a empresa deve tomar urgentemente é não

misturar as despesas pessoais do proprietário com as despesas da

empresa, além de suas retiradas de lucro. Para que desta forma

consiga-se obter os objetivos finais do trabalho, e a realização de um

fluxo de caixa mais preciso para a empresa.

• No início do estágio foi implementado o controle de anotações das

receitas e desembolsos, onde já organizou a empresa de forma

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adequada em uma visão geral dos negócios, porém entende-se que

deva ser implementado um software de gestão financeira para

controle mais efetivo, com isso conseguindo levantamentos e análises

em tempo real.

• Criar uma planilha para controle dos cheques recebidos,

principalmente os cheques a prazo. Para assim, analisarem de forma

eficaz as receitas por este modelo, além de acompanhar a liquidação

dos cheques a prazo.

• Sugere-se que a empresa adote a opção financeira de cartões de

crédito e débito, proporcionado a seus clientes mais uma opção para

pagamento.

• Hoje o portfólio de produtos da empresa é considerado pequeno,

deve-se expandir o portfólio de produtos vendidos na empresa, desta

forma, conseguir um aumento de receita esperado pelos proprietários,

como por exemplo: queijo e salame.

• Outra forma de aumento da receita é realizar divulgações da empresa

em vários veículos de comunicação, assim fortalecendo a empresa

perante potenciais clientes e fazendo com que seja mais reconhecida

no mercado.

• Verificar a real necessidade de retirada de lucro da empresa tão

elevada, diminuindo a retirada de lucro faz com que a empresa tenha

uma disponibilidade maior, podendo ser aplicada em melhores

condições para a empresa. Uma das possibilidades seria a redução

dos gastos pessoais.

• Considerar a possibilidade de elaborar manuais de processos

operacionais e financeiros da empresa, pois hoje estão na

responsabilidade dos proprietários e faz com que seja frágil, pois

pode haver a necessidade de outra pessoa precisar realizar algum

procedimento e se não acompanhado pelos proprietários se torna

quase impossível e com alto risco de erro.

• Sugere-se que os proprietários realizem o curso oferecido pelo

Sebrae, Gestão Financeira do Controle a Decisão, o qual visa

desenvolver competências para controlar, analisar, planejar e simular

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informações financeiras na empresa para eficiente tomada de

decisões, fazendo com que tenham uma maior capacidade de gestão

da empresa.

Essas foram algumas sugestões apresentadas aos proprietários da empresa

em estudo para melhorarem o fluxo das informações, o controle financeiro e

principalmente fazer com que consigam um aumento da receita, evitando os gastos

desnecessários.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No mercado competitivo em que se vive, é fundamental que as empresas

tenham informações corretas e ágeis, para assim conseguirem tomar decisões que

poderão muitas vezes salvar as empresas da falência. As mudanças ocorrem

constantemente e em uma velocidade absurda, fazendo com que o administrador

tenha que ter total controle sobre as mudanças internas da empresa e

principalmente externas.

Neste cenário turbulento as micro e pequenas empresas sofrem ainda mais,

por muitas vezes não terem capacidade de se manter em um mercado em constante

mudanças e outras por não haver ajuda do governo como as grandes empresas que

geram grande número de empregos, isso faz com que essas empresas tenham uma

vida útil muito pequena, se não administrada de forma correta.

Para esse controle, é necessário planejar, organizar, coordenar, dirigir e

controlar os recursos financeiros da empresa, de uma forma eficiente. Este trabalho

teve a definição do tema devido ao interesse do acadêmico no setor financeiro e

também pela análise da necessidade existente na empresa de implantar uma

ferramenta das operações financeiras.

Com esse intuito foi sugerido a implantação do fluxo de caixa projetado,

ferramenta usada para administração financeira, que consiste em coletar, organizar

e projetar dados, estabelecendo uma somatória dos ingressos e dos desembolsos a

ser movimentado num determinado período, permitindo prever com antecipação que

haverá excedentes ou escassez de recursos, naquele espaço de tempo projetado.

Lembrando que apesar do fluxo de caixa projetado ser uma ferramenta de

fácil entendimento e também de fácil implantação em empresas de qualquer ramo, o

mesmo deve estar sendo constantemente atualizado e com informações corretas,

senão irá trazer resultados irreais, assim, poderá ser alcançado o objetivo do fluxo

de caixa.

O objetivo principal deste trabalho foi demonstrar para a empresa a

importância de possuir um controle financeiro, identificando quais os processos e

informações financeiras podem ser melhor controlados através do fluxo de caixa

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projetado. Pois, até o início deste trabalho a empresa em questão não possuía

controle financeiro formalizado, muito menos tinha conhecimento dessas

informações para tomada das decisões.

Para o alcance dos objetivos, foram pesquisadas bibliografias de

administração financeira focadas em fluxo de caixa, desta forma, o estagiário

adquiriu conhecimento sobre o assunto, e iniciou sua análise na empresa estudada

para verificar os principais pontos a serem implantados e melhorados. Foi

implantado de início o controle manual de todas as receitas e desembolsos da

empresa, para assim no período de estágio coletar os dados para iniciar o fluxo de

caixa, após análise dos dados coletados, detectou-se que a empresa estava com

sua administração financeira saudável, mesmo não havendo nenhum controle,

porém, os proprietários não tinham conhecimento dos riscos que corriam em cada

investimento ou retirada de dinheiro, por não saberem da situação financeira da

empresa.

Após análise dos resultados, foram sugeridas algumas implantações para a

empresa, fazendo assim com que a empresa aperfeiçoe os processos

administrativos e tenha um faturamento mais elevado, e outras sugestões para

melhorarem o controle financeiro no qual foi implantado no início do estágio.

Outro aspecto de suma importância para que o fluxo de caixa possa atingir

os objetivos desejados, é o acompanhamento diário de todas as atividades

operacionais da empresa, para que desta forma todas as movimentações sejam

realmente lançadas e controladas.

A metodologia usada no estudo foi adequada, já que possibilitou o

atingimento dos objetivos propostos gerando um resultado positivo para a empresa,

que ainda não havia passado por uma experiência deste tipo, no qual além de uma

visão futura da empresa, enxergou-se a importância da administração financeira

dentro da organização, E assim, a empresa passou a contar com uma ferramenta de

gestão financeira que usada de forma correta, trará grandes benefícios aos

proprietários.

Este trabalho destacou itens de suma importância para o bom entendimento

do funcionamento de um fluxo de caixa projetado, permitindo aos leitores deste

trabalho conhecimento sobre o assunto e da empresa estudada.

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O presente estudo permitiu identificar que haverá excedentes de recursos

financeiros em todos os meses que compreendem o fluxo de caixa projetado, ou

seja, de julho a dezembro de 2011; possibilitando aos gestores a tomada de

decisões acerca da aplicação desses recursos.

Finalizando, este trabalho iniciou de forma desacreditada pelos proprietários

da empresa, por não terem conhecimento sobre o assunto e fazerem todo o controle

da empresa de forma empírica. Após o início da implantação até o término do

trabalho o estagiário teve grande ajuda dos proprietários e ao finalizar o trabalho,

identificaram como é importante um controle efetivo das informações, ajudando na

administração da empresa e podendo prospectar o futuro da mesma.

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DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA

DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Ana Faita ME declara, para os devidos fins, que o

(a) estagiário (a) Everson Luis Faita, aluno (a) do Curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas –CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, de 06/07/2010 a 06/06/2011, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o

período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas

normas internas.

Itajaí, 06 de Junho de 2011.

_____________________________________

Ana Faita

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

________________________________________ Everson Luis Faita

Estagiário

________________________________________

Ana Faita Proprietária

Supervisor de campo

_______________________________________

Prof. M.Sc. Anacleto Laurino Pinto Orientador de estágio

________________________________________

Prof. Eduardo Kriger da Silva Responsável pelos Estágios em Administração