imperialismo e neocolonialismo (parte1)
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IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO
Colonizar: fixar homens e mulheres em certas áreas ou regiões,
geralmente mantendo relações políticas, administrativas e econômicas com o país de origem. Isso pode ocorrer de maneira pacífica ou violenta.
Colonização da América: feita por países europeus, no período Moderno, no contexto da formação dos estados absolutistas e de economias mercantilistas. Busca por especiarias, gêneros tropicais e metais preciosos.
Colonização no final do século XIX (neocolonialismo): resultado do desenvolvimento do mundo industrial, expansão demográfica e busca por mercados consumidores, matéria-prima, bases estratégicas e áreas para investimento de capitais. Momento de exacerbação do nacionalismo burguês e de competição entre países industrializados.
Introdução
Colonialismo europeu (sec. XVI)
Neocolonialismo (sec. XIX)
Principal área de dominação
América África, Ásia e Oceania
Fase do capitalismo
Capitalismo mercantilista Capitalismo financeiro e monopolista
Objetivos econômicos
• Garantia de mercado consumidor para a produção econômica europeia
• Garantia de exploração de produtos coloniais e metais preciosos
• Reserva de mercado para a produção industrial
• Garantia de fornecimento de matérias-primas
• Controle dos mercados externos para investimento de capitais excedentes
Patrocinadores
Burguesia comercial e Estados metropolitanos modernos
Burguesia financeiro-industrial e Estados com industrialização desenvolvida
Justificativa Expansão da fé cristã Missão “civilizadora” e disseminação do progresso técnico pelo mundo
Neocolonialismo
A industrialização do continente europeu marcou um intenso processo de expansão econômica. O crescimento dos parques industriais e o acúmulo de capitais fizeram com que as grandes potências econômicas da Europa buscassem a ampliação de seus mercados e procurassem maiores quantidades de matéria-prima disponíveis a baixo custo. Foi nesse contexto que, a partir do século XIX, essas nações buscaram explorar regiões na África e Ásia.
Segunda Revolução Industrial: expansão para outros países (EUA, Japão, países europeus). Aço, energia elétrica, motor de automóvel, derivados de petróleo. Formação de grandes empresas e conglomerados (monopólios industriais).
Capitalismo industrial: donos das empresas reinvestem na própria parte dos lucros obtidos.
Capitalismo financeiro: instituições bancárias financiam a produção industrial, agrícola e mineral de países, controlando por meio da aquisição de ações empresas de diferentes setores e atividades.
Trustes: fusão de várias empresas em apenas uma, que assume o comando com o objetivo de concentrar e dominar todas as fases de produção, distribuição e consumo.
Cartel: acordo de empresas que atuam no mesmo ramo da economia com o objetivo de evitar concorrência e de estabelecer convenções quanto a preços e nichos de mercado.
Holding: empresas de médio porte são controladas por outra grande instituição que detém as ações.
Termo utilizado para identificar a política
de colonização da Inglaterra sobre outras regiões.
Expansão britânica vista como benéfica para os povos colonizados, pois os ingleses tinham a obrigação moral de levar a “civilização” às outras partes do mundo. Esse seria o fardo do homem branco.
Teorias pautadas no racismo influenciaram doutrinas imperialistas (darwinismo social, racialismo científico).
Imperialismo
Capitalismo e imperialismo
Críticos do capitalismo, nesse período, consideravam o imperialismo como um estágio avançado do capitalismo.
Ideias de Vladimir Lenin, revolucionário russo, no livro “Imperialismo: fase superior do capitalismo” (1906).
Sobrevivência do capitalismo passou a depender da expansão para outros territórios.
A política imperialista era a base do novo colonialismo, que resultou na partilha da África e da Ásia.
Colonialismo
e imperialismo
A expansão dos países industrializados para outros continentes é inseparável do colonialismo e das disputas entre os países europeus no século XIX.
Disputa do mundo entre as potências, a partir de 1880, tornou-se frenética.
Busca por mercado consumidos, mas também por áreas ricas em matérias primas (ferro, carvão e cobre), áreas de investimento e concessão de empréstimos a juros altos.
Corrida imperialista com a liderança inglesa - controle de ¼ da superfície do globo “onde o sol nunca se põe”; França, Bélgica, Holanda, Alemanha, EUA e Japão.
Prevaleceu por séculos a ideia de que a sociedade
africana era incapaz de produzir cultura ou história. Estados europeus se lançaram sobre a África no
século XIX, dividindo em regiões e determinando fronteiras desordenadamente (apoio de chefes locais e estímulo a brigas entre tribos rivais).
Resistência das populações locais, mas a superioridade bélica europeia era maior.
1869 – construção do Canal de Suez no Egito, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Intervenção militar da Inglaterra no país em 1882.
Colonialismo na África
Conferência de Berlim (1884-1885): 15 países (13 europeus + EUA e Turquia). Regras que organizaram a presença europeia na África e partilharam o continente.
Divisão geográfica artificial e desrespeito às características políticas e sociais locais.
Guerra dos Bôeres (1899-1902), na atual África do Sul. Ocorreu nas repúblicas de Orange e Transvaal, de
origem holandesa, contra o exército britânico. Disputa por jazidas de ouro e diamantes, que teve a
vitória inglesa e a formação de campos de concentração com a morte de 20 mil bôeres.
Estabelecimento da União da África do Sul em 1910. O tratado extinguiu as repúblicas bôeres e colocou seus cidadãos sob a autoridade do Império Britânico.