impactos sobre os aquiferos

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9. O Período de Eng. Civil – FINOM Hidrologia – Água Subterrânea Impactos sobre os Aquíferos Prof. Márcio Santos www.professormarciosantoshidro.blogspot.com.br

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Aula de Hidrologia Aplicada para o 9.o Período de Engenharia Civil da FINOM. Impactos sobre os aquíferos.

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Page 1: Impactos sobre os aquiferos

9.O Período de Eng. Civil – FINOMHidrologia – Água Subterrânea

Impactos sobre os Aquíferos

Prof. Márcio Santoswww.professormarciosantoshidro.blogspot.com.br

Page 2: Impactos sobre os aquiferos

Classificação do aqüífero segundo a geologia do material saturado

• Porosos: onde a água circula através de poros. As formações geológicas são areias limpas, areias consolidadas por um cimento também chamadas arenitos, conglomerados, etc; chamadas arenitos, conglomerados, etc;

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• Fraturados e/ou fissurados: onde a água circula através de fraturas ou pequenas fissuras, formadas por movimentos tectônicos. As formações são granitos, gabros, filões de quartzo, etc;

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Neste tipo de aqüífero a perfuração deve ocorrer justamente na fissura/fenda, para que o poço tenha água.

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• Cársticos: tipo peculiar de aqüífero fraturado, onde as fraturas, devido à dissolução do carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando, neste caso, verdadeiros rios subterrâneos. É comum em regiões com grutas calcárias, ocorrendo em várias partes do Brasil.

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Impactos sobre os aquíferos

• Extração descontrolada dos aqüíferos

• Contaminação

– Fossas, lagoas de rejeito (oxidação e efluentes), lixões e aterros (urbanos e industriais), lixões e aterros (urbanos e industriais), vazamentos de tanques/ tubos, derramamento acidental, agroquímicos.

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• Superexplotação ou superexploração de aqüíferos: é a extração de água subterrânea que ultrapassa os limites de produção das reservas reguladoras ou ativas reguladoras ou ativas do aqüífero.

• A superexplotação de um aquífero pode provocar, inclusive, a subsidência da área em que ocorre a explotação.

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Aquitardes, fluxos baixos e poluição

• No passado, camadas confinantes de argila (ou aquitardes) eram consideradas formações impermeáveis, capazes de fornecerem somente taxas de fluxo muito baixas (em m3/dia).

• Do ponto de vista do suprimento de água, estas baixas taxas de fluxo são desprezíveis em áreas pequenas e curtos períodos de tempo. curtos períodos de tempo.

• Contudo, do ponto de vista da poluição da água subterrânea, mesmo fluxos extremamente pequenos de compostos químicos tóxicos, da ordem de partes por bilhão, podem causar conseqüências desastrosas à saúde.

• Condutividade hidráulica (K): facilidade com que a água flui através de um aquífero ou de uma camada confinante.

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Aquicludes

• Hidrogeólogos usavam este termo anos atrás, para caracterizar materiais que transmitem fluxos extremamente baixos de água.

• Como todos os materiais transmitem água em um grau ou outro (em alguns casos pode ser somente de alguns metros em mil anos), os materiais impermeáveis, estritamente falando, não existem. estritamente falando, não existem.

• Nos problemas de contenção de plumas de contaminação, as paredes de argila são consideradas por muitas pessoas como barreiras impermeáveis contra a passagem da poluição. Esse é um mito perigoso, já que a mais compactada parede de argila ainda apresenta vazamento.

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• Areias e cascalhos apresentam altos valores de K (p.e., 10-2 a 10 cm/s), enquanto que folhelhos e argilas possuem valores relativamente baixos (p.e., 10-10 a 10-7 cm/s).

• A condutividade hidráulica, no caso das argilas, pode ser severamente alterada para valores muito mais elevados, nos casos de contaminação envolvendo solventes puros passando através dessas camadas de argila. argila.

• Alguns solventes interagem com a estrutura porosa das camadas de argila, transformando-as de barreiras ‘impermeáveis’ para transmissoras substanciais de água.

• Isso mostra que conceitos tradicionais desenvolvidos para o fluxo de água em aquíferos podem não ser válidos em casos de contaminação envolvendo o transporte de contaminantes em aquíferos.

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Contaminação de aquíferos

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Diagrama esquemático de fontes contaminantes, vias de transporte e potenciais águasreceptoras em ambientes de mineração. É feita distinção entre a contaminação juvenildecorrente do intemperismo de sulfetos acima do lençol freático, onde ocorre apenetração de oxigênio, e a contaminação residual que se acumula como mineralsecundário precipitados de íons metálicos e sulfato que surgem a partir dointemperismo de sulfetos nas cavas dentro de ambientes de minas. Segundo Banwartet al. (2002).

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Funções da Água

• Biológica – água para as necessidades básicashumanas e animais – função essencial a princípio

não negociável.

• Ecossistema – Meio Ambiente para seres aquáticos – função essencial

• Técnica – Usos onde a água desempenha papel • Técnica – Usos onde a água desempenha papel de matéria prima nas indústrias ou nas residências não básicas – decorrente de práticas

econômicas – flexível e possível de negociação

• Simbólico – usos associados a valores sociais e culturais

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• Abastecimento dos municípios brasileiros: 47% - mananciais de superfície; 39% - águas subterrâneas; 14% - misto.

• As outorgas de águas superficiais superam as de água subterrânea em 12 vezes em termos de vazão e em 25% em número de outorgas

Fonte: ANA. Conjuntura 2012

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Referências• ANA. Conjuntura 2012.

• CLEARY, Robert W. Águas subterrâneas. Obtido em: http://clean.com.br/cleary.pdf

• HISCOCK, Kevin. Hidrogeology: principles and practice. BlackwellPublishing, 2005.

• PEREIRA, Suely Y. Água subterrânea e desenvolvimento. Obtido em: http://www.cfh.ufsc.br/~laam/palestra/02.pdfem: http://www.cfh.ufsc.br/~laam/palestra/02.pdf

• RIBEIRO, Luis. Águas subterrâneas. Cap. XI. Obtido em: http://ecossistemas.org/ficheiros/livro/Capitulo_11.pdf

• TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568 p

• RESENDE, Marcelo Gonçalves. Hidrogeologia. Infiltração. UCB, 2011.