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IMPACTOS DA SUBSTITUIÇÃO DA TJLP PELA TLP ________________________________ José Ricardo Roriz Coelho Vice Presidente da Fiesp Diretor Titular do Decomtec/Fiesp Julho de 2017

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IMPACTOS DA SUBSTITUIÇÃO DA TJLP PELA TLP

________________________________

José Ricardo Roriz CoelhoVice Presidente da Fiesp

Diretor Titular do Decomtec/Fiesp

Julho de 2017

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Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FI ESPPRESIDENTEPaulo Skaf

Departamento de Competitividade e Tecnologia – DECOM TECDIRETOR TITULARJosé Ricardo Roriz Coelho

DIRETORESPierangelo Rossetti (Titular Adjunto)

Alex Brunello (Representante do CJE)

Cassio Jordão Motta Vecchiatti

Cláudio Grineberg

Cláudio Sidnei Moura

Denis Perez Martins

Eduardo Berkovitz Ferreira

Eduardo Camillo Pachikoski

Elias Miguel Haddad

Emerson Rocco Bernardino

(Representante do CJE)

Fernando Bueno

Jorge Eduardo Suplicy Funaro

Luiz Carlos Tripodo

Manoel Canosa Miguez

Marcelo José Medela

Marco Aurélio Militelli

Mario William Esper

Mauricio Marcondes Dias de Almeida

Olívio Manuel de Souza Ávila

Paulo Henrique Rangel Teixeira

Rafael Cervone Netto

Robert Willian Velásquez Salvador (Representante do CJE)

Roberto Musto

Ronaldo da Rocha

Tarsis Amoroso

Walter Bartels

EQUIPE TÉCNICAGERENTERenato Corona Fernandes

EQUIPE TÉCNICAAdriano Giacomini MoraisAlbino Fernando ColantuonoAndré Kalup VasconcelosCaio de Paiva GarzeriCélia Regina MuradDébora Bellucci MódoloÉrica Marques MendonçaFernando Momesso PelaiGustavo Manzotti SimõesJuliana de SouzaPaulo Sergio Pereira da RochaSilas Lozano Paz

ESTAGIÁRIABruna Sineta Scarpioni

APOIOMaria Cristina Bhering Monteiro Flores

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

Roteiro

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1

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3

A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

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• Desde o início da crise a Fiesp tem participado da elaboração de propostas parasua superação e atuou pela aprovação de reformas .

• Sabemos que o equilíbrio fiscal é fundamental para reduzir a taxa de juros demaneira sustentada e promover crescimento .

• Nesse sentido, apoiamos o teto de gastos , que foi o primeiro passo nessa direçãoe que deve ser seguido pela Reforma da Previdência , sem a qual o próprio teto

de gastos será inviável em 2022.

Fiesp defende agenda de reformas

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Esta agenda das reformas deverá criar ambiente favorável ao investimento• Essas reformas são fundamentais para o país, mas grande parte de seus efeitos só

será percebida no médio e longo prazos.

• É preciso atenção às condições de curto prazo para manutenção de emprego erenda, pois vários indicadores da economia ainda não refletem uma retomada

consistente.

• O investimento é a variável chave da retomada do crescimento , mas, comoveremos, o Brasil tem das menores taxas de investimento do mundo porque:

• Estruturalmente temos taxa de juros elevada que disputa rec ursos cominvestimento produtivo

• Agravado pela atual crise, o investimento tem experimentado uma quedaexpressiva, o que traz problemas graves para a economia.

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R$ 469,25milhões

InvestimentoR$ 1 bilhão

Rentabilidade líquida acumulada2008 a 2012

46,9%

Fonte: Receita Federal do Brasil. CEMEC. Anbima. Elaboração DECOMTEC/FIESP. Valores nominais: não considera a inflação no período. *Renda Fixa com rentabilidade Líquida de IR

R$ 545,32milhões

R$ 624,28milhões

54,5%62,4%

Indústria: Lucro Real

Indústria: Abertas sem

Petrobras

Renda Fixa*

Do ponto de vista estrutural, nossa elevada taxa de juros retira atratividade do investimento produtivo. Isso já acontecia antes da crise.

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A partir de 2013, à questão estrutural somou-se a cr ise, que derrubou nossa taxa de investimento, que já era baixa

• A substituição da TJLP pela TLP deve reduzir o investimento em um momento crítico da economiabrasileira em que a taxa de investimento tem caído e é a menor dos últimos 20 anos , 15,6%do PIB no primeiro trimestre deste ano.

• A queda acumulada do investimento entre 2013 e 2016 chegou a 25,9% , em termos reais.

21,5%

15,6%

12,0%

14,0%

16,0%

18,0%

20,0%

22,0%

24,0%

1996

.I19

97.I

1998

.I19

99.I

2000

.I20

01.I

2002

.I20

03.I

2004

.I20

05.I

2006

.I20

07.I

2008

.I20

09.I

2010

.I20

11.I

2012

.I20

13.I

2014

.I20

15.I

2016

.I20

17.I

Formação Bruta de Capital Fixo Trimestral (% PIB)

Fonte: IBGE. Elaboração: Decomtec/FIESP.

-25,9%

Formação Bruta de Capital Fixo(bilhões de R$ constantes)

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Isso fez com que chegássemos a uma das taxas de investimento mais baixas do mundo

Brasil: 1º tri/2017; demais países: 2015/2016Fonte: IFS-IMF, IBGE. Elaboração: Decomtec/FIESP.

Média 41 países do IC-FIESP= 23% do PIB

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Se esse quadro não se reverter e o investimento continuar caindo, o PIB sofrerá impacto negativo e, consequentemente, o desemprego continuará aumentand o.

Estima-se que uma quedados investimentos de1,0 p.p. do PIB ao ano,ritmo similar ao observadonos últimos anos, farácom que o número dedesempregados aumenteem 567 mil em um ano,passando dos atuais 13,8milhões para 14,3 milhõesem 2018.

Investimento (%PIB) Desempregados (milhões)

Fonte: PNAD Contínua e IBGE.Estimações: Decomtec/Fiesp

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• O investimento é essencial para a geração de emprego e renda.

• Estudos indicam que o Brasil precisa manter uma taxa de investimento emtorno de 25% do PIB para a economia crescer a 5% a.a. *

* Como, por exemplo, “ Restrições ao crescimento da economia brasileira: uma visão de longo prazo” – Fabio Giambiagi (2002)

O aumento do investimento é necessário para o crescimento da economia brasileira

O BNDES é fundamental no financiamento do investime nto no Brasil.

Entre 1996 e 2016, os desembolsos do BNDES represen taram:

2,5% do PIB e 13,1% da FBKF.

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• Diante de um cenário muito adverso para a retomada do investimento, o anúnciode uma nova regra para a taxa de juros do BNDES desestabiliza o ambientee aumenta a incerteza para as empresas tomarem decisões de investimento.

• A criação da TLP em 2018 será desde já um obstáculo para a recuperação daatividade econômica, que ainda não está assegurada.

A substituição da TJLP pela TLP desestabilizariaimediatamente o ambiente e desestimularia oinvestimento em momento crítico da economiabrasileira.

Para avaliar o impacto da substituição da TJLP pela TLPsobre o investimento, a Fiesp realizou uma pesquisa .

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Pesquisa Fiesp sobre o impacto da elevação da taxa de juros do BNDES

• A pesquisa foi realizada com 1036 empresas industriais entre 05 de abril e 29 de maiodeste ano, das quais 403 empresas solicitaram (com ou sem sucesso) financiamentosdo BNDES (de forma direta ou indireta via agentes financeiro s) nos últimos 2 anos.

• A investigação sobre o impacto da elevação da taxa de juros do BNDES foi realizadacom essas 403 empresas , que consideraram o BNDES como possível fonte definanciamento do investimento no período recente.

Considerações:

• Quando a Pesquisa foi iniciada, ainda não havia sido publicada a MP 777 oficializando aintenção de mudança da TJLP para TLP (equiparada a NTN-B) e definindo o prazo detransição da TJLP para TLP em cinco anos.

• A TJLP ainda era de 7,5% a.a. quando a Pesquisa foi elaborada. Posteriormente foireduzida para 7,0% a.a.

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Como as empresas reagiriam ao aumento da taxa de juros do BNDES em relação ao investimento?

66% das empresas entrevistadas reduziriam os investimentos previstos paraos próximos 2 anos caso a TJLP fosse alterada.

• As empresas foram questionadas para o caso de haver uma mudança na TJLP queelevasse a taxa de 7,5% a.a. (nível vigente na época) para 10% a.a. (nível estimadona época para a nova taxa de juros do BNDES, atrelada a NTN-B).

• Há de se ressaltar que a metodologia do cálculo da TLP, mesmo após a publicação daMP 777, não está regulamentada nos detalhes, sendo possível apenas estimá-laaproximadamente.

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Como as empresas reagiriam ao aumento da taxa de juros do BNDES por porte

A reação de reduzir os investimentos previstos com a alteração da TJLP não se concentra em apenas um porte, todos os portes devem reagir reduzindo o

investimento.

% de empresas por porte Pequenas Médias Grandes

Reduziria o investimento 65% 65% 70%

Percentual de empresas, por porte, que reduziria o investimento caso a TJLP fosse alterada e aumentasse de 7,5% a.a. para 10% a.a.

Nota: A classificação por porte de empresa entre pequenas, médias e grandes desta Pesquisa se baseou no número de funcionários da empresa, podendo divergir da classificação porfaturamento do BNDES em alguns casos. Fonte: Pesquisa Decomtec/FIESP - Ideia Inteligencia. Elaboração: Decomtec/FIESP.

* A TJLP ainda era de 7,5% a.a. quando da elaboração do questionário. Posteriormente foi reduzida para 7,0% a.a.

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Das empresas que reduziriam o investimento com a alteração da TJLP:

• 37% reduziria o investimento em mais de 40%.

• 21% reduziria o investimento na magnitude de 21% a 40%

• 15% reduziria o investimento na ordem de 11% a 20%.

16

Qual seria a magnitude da redução do investimento previsto para os próximos dois anos caso houvesse aumento da taxa de juros do BNDES?

Fonte: Pesquisa Decomtec/FIESP - Ideia Inteligencia. Elaboração: Decomtec/FIESP.* A TJLP ainda era de 7,5% a.a. quando da elaboração do questionário. Posteriormente foi reduzida para 7,0% a.a.

Redução no valor do investimento (%)

Percentual (%) de empresas

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• Entre os portes que que reduziriam o investimento em mais de 40% com a alteração daTJLP, as empresas de pequeno porte estão em maior proporção .

17

Qual seria a magnitude da redução nos investimentos com o aumento da taxa de juros do BNDES por porte de empresa?

Nota: A classificação por porte de empresa entre pequenas, médias e grandes desta Pesquisa se baseou no número de funcionários da empresa, podendo divergir da classificação porfaturamento do BNDES em alguns casos. Fonte: Pesquisa Decomtec/FIESP - Ideia Inteligencia. Elaboração: Decomtec/FIESP.

* A TJLP ainda era de 7,5% a.a. quando da elaboração do questionário. Posteriormente foi reduzida para 7,0% a.a.

Redução no valor de investimento (%)

Pequenas Médias Grandes

Mais de 40% 41% 34% 35%De 21% a 40% 18% 25% 20%De 11% a 20% 16% 14% 17%De 6% a 10% 7% 13% 13%Até 5% 12% 7% 7%Não sabe 7% 7% 7%

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É hora de alterar a TJLP?

• A taxa de investimento tem caído e é a menor dos últimos 20 anos.

• Não poderíamos correr o risco do investimento piorar ainda mais, mas asempresas mostraram que é isso que irá acontecer se aumentar a taxa de juros doBNDES, agravando o quadro de desemprego e dificultando a recuperação daeconomia.

• Independentemente do porte, o impacto da mudança na TJLP e elevação da taxade juros do BNDES será a redução da previsão dos investimentos.

• Mais da metade das empresas (66% das empresas da amostra da pesquisa)reduziriam o investimento caso a TJLP fosse alterada e aumentasse de 7,5% para10% a.a.

• Não é a toa que mais de um terço das empresas de todos os portes reduziriam osinvestimentos em mais de 40% se a TJLP passasse de 7,5% para 10% a.a.

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1

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

2.1 Maior custo de financiamento

2.2 Maior volatilidade

3 Justificativas contestáveis sobre a TLP

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

2.1 Maior custo de financiamento

2.2 Maior volatilidade

3 Justificativas contestáveis sobre a TLP

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6,45,35,1

2,52,42,1

1,7 1,61,2 1,1

0,4 0,3 0,1

0,0 -0,1 -0,1 -0,1 -0,2 -0,4 -0,5 -0,5 -0,6 -0,7 -0,8 -0,9 -1,1 -1,3 -1,3 -1,3 -1,4 -1,5 -1,6 -1,7 -1,7 -1,7 -1,8 -1,9 -2,1 -2,1 -2,1-2,6

-4,0

-3,0

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

SE

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TLP

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no U

nido

Taxas Reais de Juros de Política Monetária (% a.a.) - abril/2017

21

Se a TLP substituísse a TJLP, a TLP seria a maior taxa de juros real do mundo, excetuando-se a Selic.

Nota: Apesar da disponibilidade de dados mais atuais, os dados de abril correspondem aos dados disponíveis no período de realização da Pesquisa. Fonte: Brasil-BCB, Moneyou (relatório de abril de 2017).

TJL

P

TLP

*S

ELI

C

O Brasil é campeão mundial na taxa básica de juros

maior taxa do mundo excetuando -se a SELIC.

O Brasil é campeão mundial na taxa básica de juros real (SELIC). Mesmo a TJLP de 2,4% a.a. real é a 3ª

maior taxa do mundo excetuando-se a SELIC.

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• Levando em consideração o histórico de taxas, estima-se que se a TLP fosse válida noperíodo de 2004 a 2017, sua taxa teria sido de 13,0% a.a. em média.

• No mesmo período a TJLP média foi de 6,8% a.a.

Se válida no passado, a TLP teria sido quase o dobro da TJLP.

Fonte: BCB. Elaboração: Decomtec/FIESP.

Média TLP: 13,0% a.a.

Média TJLP: 6,8% a.a.

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Se as reformas estruturais não forem aprovadas, a TLP provavelmente será

maior do que a Selic.

Fonte: BCB. Elaboração: Decomtec/FIESP.

Em momentos de crise ou instabilidade, a TLP teria sido muito maior do que a Selic

Se válida no passado, a TLP superaria até mesmoa taxa Selic no período de 2008 a 2016.

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Simulação de um financiamento• Valor do Financiamento: R$ 1 bilhão• Contrato em dezembro de 2006 • Prazo de 10 anos – 120 prestações - Parcelas: 1ª Jan/2007. Última: Dez/2016

TLP* TJLP

R$ 2,51bilhões

R$ 1,93 bilhão

151,1% 92,6%

Fonte: Tesouro Nacional. Banco Central. IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP*Prêmio de risco fixado na contratação, acrescido da inflação a cada prestaçãoNão inclui spread nem IOF.

Total pago no financiamento de R$ 1 bilhão – 10 anosValores constantes R$ milhões (IPCA-dez/2016)

FinanciamentoR$ 1 bilhão

• R$ 585,4 milhões de adicionalde custo de um financiamentoindexado à TLP em relação àTJLP.

• Logo, de um financiamento deR$ 1 bilhão, se paga 58,5% amais se a taxa for a TLP.

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

2.1 Maior custo de financiamento

2.2 Maior volatilidade

3 Justificativas contestáveis sobre a TLP

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A TLP apresenta enorme volatilidade, tanto pela variação da inflaçãoquanto pela variação dos juros da NTN-B. Nos últimos 7 anos (p razomédio dos financiamentos do BNDES, segundo BC), a TLP variou 9,7p.p. , os juros da NTN-B variaram 5,0 p.p. e a inflação, 7,7 p.p .

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Uma vez feita a operação, a taxa real se manterá fixaaté o final do financiamento. Mesmo assim, a volatilidade daTLP provoca incerteza e afeta a tomada de decisão do investid or.

Empresa A

Empresa BFinanciamento do BNDES

em junho de 2013

Financiamento do BNDES em maio de 2013

3,5% a.a. + IPCA

4,8% a.a. + IPCA

COMPONENTE PRÉ-FIXADO DA TLP

Empresa C Financiamento do BNDES em maio de 2013

Aumento na incerteza nas decisões de

investimento. Um mês de diferença provoca impacto significativo.Financiamento do BNDES

em junho de 2013

EXEMPLO 1

EXEMPLO 2

Distorções nas condições de

financiamento e competitividade entre

empresas

3,5% a.a. + IPCA

4,8% a.a. + IPCA

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Mesmo depois de fixado o componente real da TLP, aindaresta o ajuste pelo IPCA, que a Indústria de Transformaçãonão consegue repassar aos seus preços de venda.

Fonte: IBGE. Elaboração DECOMTEC/FIESP

Evolução da Inflação: IPCA e IPP – Indústria de Tran sformaçãoBase 100 = Dez/2009

• Diferente do setor de serviços, que praticamente não enfrenta competição de importados, a indústria nãoconsegue repassar todos seus custos para seus preços

• 43,1% foi a Inflação dos preços de vendas da Indústria de transformação (dez/2009 a dez/2016), enquanto,o IPCA foi de 58,3% no mesmo período.

• Como pagar um financiamento indexado ao IPCA se a indústria n ão recebe em suas vendas essa mesmacorreção da Inflação?

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• A proposta de alteração da TJLP para TLP elevaria substancialmente o custo dofinanciamento do BNDES .

• Para o financiamento de R$ 1 bilhão em 10 anos, por exemplo, o custo seelevaria dos atuais R$ 1,93 bilhão, para R$ 2,51 bilhões, uma elevação de R$585,4 milhões.

• Além do custo elevado, a TLP também é uma taxa extremamente volátil :

• Nos últimos 7 anos, variou 9,7 p.p., e chegou a 18,1% ao ano. Ambos os seuscomponentes (inflação e prêmio da NTN-B) são voláteis, tendo variado, nessemesmo período, 7,7 e 5,0 pontos, respectivamente.

• Por fim, mesmo a correção da inflação prevista pela TLP nem sempre é repassadapela indústria em seus preços. Desde 2009, os preços de venda da indústriacresceu 43,1% enquanto o IPCA cresceu 58,3%.

É hora de alterar a TJLP?

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

3.1 Aumento da eficácia da política monetária

3.2 Desenvolvimento do Mercado de Capitais

3.3 Tamanho do BNDES

3.4 “Subsídios”

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

3.1 Aumento da eficácia da política monetária

3.2 Desenvolvimento do Mercado de Capitais

3.3 Tamanho do BNDES

3.4 “Subsídios”

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O argumento para a substituição da TJLP pela TLPé um suposto aumento da eficiência da políticamonetária. O argumento é questionável:

Crédito livre 89,8%

Direcionado - Rural 3,8%Direcionado - Imobiliário 3,1%

Direcionado - BNDES 2,9%Direcionado - Outros 0,5%

Direcionado - Microcrédito 0,3%

O crédito do BNDES medido pelo fluxo de concessões representou somente 2,9% do crédito total da economia em 2016 .

A maior parte do fluxo de crédito da economia é ocrédito livre, que em 2016 representou 89,8% do total.

Concessão de crédito em 2016

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• Diversos estudos não conseguiram demonstrar a influência do volume decrédito direcionado sobre a eficiência da política monetária*.

• Uma exceção foi o estudo publicado em 2015 por Monica de Bolle**. O estudoestima que cada ponto percentual do PIB a menos em empréstimos do BNDESreduziria a taxa básica de juros em 0,4 pontos percentuais.

• Mesmo admitindo esse último resultado como verdadeiro, uma redução doBNDES teria impacto muito limitado sobre a política monetár ia, o que não nostiraria do topo do ranking das maiores taxas de juros real do mundo.

• Além disso, uma redução desse tamanho na taxa básica de juros teria impactomuito baixo ao tomador , visto que só o spread do crédito livre para pessoasjurídicas está hoje em 16,5 p.p. ao ano e no passado não acompanhou a tendênciada Selic. Portanto, reduzir o spread do crédito livre deveria ser prioridade.

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O impacto do crédito do BNDES sobre a políticamonetária não é consenso

* Por exemplo: “Política Fiscal, Crédito Subsidiado e Seus Efeitos Sobre a Política Monetária” (FGV - 2014); “Os efeitos do crédito direcionado na suavização de choques financeiros e nas decisões de política monetária e macroprudencial” (USP - 2015).** Do Public Development Banks Hurt Growth? Evidence from Brazil. Peterson Institute for International Economics - Set/2015

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• Por fim, outro efeito a considerar na substituição da TJLP pela TLP é ofato de que a TLP seria dependente da inflação passada e o passivo daempresa com financiamento do BNDES seria indexado à inflaçãoocorrida.

• Isso ampliaria a inércia inflacionária e poderia reduzir a eficácia dapolítica monetária.

• Esse problema não ocorre hoje, com a TJLP, já que é indexada à metade inflação.

Outros aspectos pelos quais se questiona a hipótesede que a substituição da TJLP pela TLP aumentariaa eficiência da política monetária:

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

3.1 Aumento da eficácia da política monetária

3.2 Desenvolvimento do Mercado de Capitais

3.3 Tamanho do BNDES

3.4 “Subsídios”

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A troca da TJLP pela TLP não trará, por si só, a expansãodo financiamento via mercado de capitais. É necessárioremover os entraves estruturais que há décadas limitam odesenvolvimento dessa modalidade de financiamento.

• A baixa participação do mercadode capitais no financiamentovem de longa data e não podeser atribuída ao incremento daatuação do BNDES.

• Ao contrário do que se alega, noperíodo em que a participaçãodos desembolsos do BNDESsubiu , a parcela dofinanciamento privado a cargodo mercado de capitais tambémsubiu, ambos acompanhando ociclo econômico de expansão. Fonte: BCB e CEMEC.

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A troca da TJLP pela TLP não trará, por si só, a expansãodo financiamento via mercado de capitais. É necessárioremover os entraves estruturais que há décadas limitam odesenvolvimento dessa modalidade de financiamento.• Na verdade, o principal entrave ao financiamento das empres as no mercado de capitais é o alto

nível da Selic , que determina um patamar mínimo muito elevado para a remuneração de debêntures,e, para ações, e que responde por mais de 70% do custo de capital próprio, segundo o Ibmec.

SELIC em queda

Maior financiamento através do mercado de capitais

Fonte: BCB e CEMEC

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

3.1 Aumento da eficácia da política monetária

3.2 Desenvolvimento do Mercado de Capitais

3.3 Tamanho do BNDES

3.4 “Subsídios”

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O BNDES deve operar com os seus recursos tradiciona is: os repasses do FAT, o retorno de seus empréstimos e captações internacionais

• Os aportes que o Tesouro Nacional fez ao banco podiam ser justificáveis durante o período mais agudo da crise de 2008/2009, mas tiveram um custo fiscal relevante, que não pode se repetir nos próximos anos.

• O BNDES deve operar com suas fontes tradicionais de recursos: o FAT, o retorno de suas operações e captações internacionais. Esses recursos seriam suficientes para garantir o aumento do investimento das empresas.

• A atuação do BNDES nos limites desses recursos não tem nenhum impacto no resultado primário do governo federal e, portanto, é perfeitamente compatível com o Novo Regime Fiscal, estabelecido pelo Teto de Gastos.

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A situação do investimento e pesquisa da FIESP

O que significa a TLP?

Justificativas contestáveis sobre a TLP

3.1 Aumento da eficácia da política monetária

3.2 Desenvolvimento do Mercado de Capitais

3.3 Tamanho do BNDES

3.4 “Subsídios”

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Muitos alegam que em outros países, os bancos de de senvolvimento fazem captação à taxa básica de juros. Isso só é pos sível porque nessas economias as taxas básicas estão em níveis r azoáveis: 4,7% a.a na média, para os selecionados. No Brasil, por outro lado, nossa taxa é de 10,25% a.a.

PaísBanco de

DesenvolvimentoTaxa Básica de Juros

(% a.a.)

Alemanha KfW 0,0

Chile Corfo 2,75

México Nafinsa 6,75

Colômbia FDN 7,0

África do Sul DBSA 7,0

(Média países acima) - 4,7

Fonte: FMI. Elaboração: Decomtec/Fiesp.

No Brasil, por outro lado, a Selic está em 10,25% ao ano e a TJLP em 7,0%, ambas muito acima da média dos países com bancos de desenvolvimento.

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• Há dois caminhos para aproximar a TJLP e a SELIC:

• a opção equivocada, adotada na MP 777 é fazer a TJLP subir, inviabilizando uma das únicasfontes do investimento produtivo no Brasil

• a opção correta é a inversa, ou seja, fazer a Selic cair para que ela se aproxime da TJLP . Issoserá possível se atacarmos as causas estruturais de seu elevado nível como o descontrolefiscal, a alta participação de títulos pós-fixados na dívida, a indexação, etc...

• Nossa verdadeira “jabuticaba” é a taxa real de juros mais alta do mundo. AndréLara Resende: “O custo do conservadorismo intelectual nas questões monetárias,durante as quatro décadas de inflação crônica do século passado, já foi altodemais”

Para diminuir a diferença entre as taxas, precisamos fazer a Selic cair e não a TJLP subir

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• O mercado já espera uma taxa Selic de 8,0% para 2018. Se a Selic chegar a 7,0%, os subsídios implícitos ao BNDES deixam de existir.

• Uma taxa básica de juros 7,0% ao ano não seria nenhuma extravagância: com inflação de 4,0% ao ano, isso significaria uma taxa real de cerca de 3,0%, ainda entre as mais altas do mundo.

• O Governo acredita, com razão, que a aprovação de reformas como a da Previdência ajude o processo de redução estrutural da taxa de juros. Por que, então, subir a TJLP?

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Com a TJLP atualmente em 7,0%, basta que aSelic chegue também em 7,0% para que ossubsídios implícitos ao BNDES acabem

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• As justificativas para a alteração da TJLP são contestáveis:

• Não há consenso acerca da influência que o crédito direcionado provoca na eficácia da política

monetária: vários estudos não apontam essa influência . Apenas um estudo encontrado apontouuma influência negativa, mas, mesmo assim, em montante bastante pequeno.

• No passado, o aumento dos desembolsos do BNDES não provocou uma retração dofinanciamento do investimento privado via mercado de capitais.

• O BNDES não precisa do aporte de recursos do Tesouro Nacional, já que tem funding próprio. A

atuação do BNDES segundo suas fontes tradicionais de financiamento (FAT, retorno de suasoperações e captações internacionais) não afeta o resultado primário e, portanto, éperfeitamente compatível com o teto de gastos .

• Em outros países, os bancos de desenvolvimento captam à taxa básica de juros porque nesses

países, esta é bem menor: na média, 4,7% ao ano. No Brasil, por outro lado, a Selic está em10,25% e a TJLP em 7,0%.

• Se a Selic cair para 7,0%, o subsídio implícito ao BNDES deixará de existir. Será que isso não éfactível?

É hora de alterar a TJLP?

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• É evidente que o impacto da mudança da TJLP para TLP seria recessivo para a economiapois reduziria o investimento produtivo , o que teria também impacto negativo sobre oemprego .

• O momento deve ser, na verdade, de reforçar os meios de financiamento das fontes decrescimento econômico e não retirar as alternativas disponíveis às empresas .

• Como o país tem a maior taxa de juros real do mundo e carece de alternativas vi áveisde financiamento de longo prazo , o crédito do BNDES é de grande importância aoinvestimento.

Juros do BNDES e SELIC precisam convergir, mas é a SELIC quenecessita ser reduzida e não os juros do BNDES que devemaumentar.

Não é hora de alterar a TJLP