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*Acadêmica do 8º período do curso de Administração da Faculdade Alfredo Nasser.
**Professora. Orientadora da Pesquisa. Pós Graduada em Marketing e Comportamento Organizacional; Me.
Administração de Empresa.
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA CRIAÇÃO DE GADO NA
REGIÃO CENTRO OESTE DO ESTADO DE GOIÁS
Julliana de Oliveira Santana da Mata*
Hélcia Daniel da Silva**
Resumo O presente artigo teve como principal objetivo investigar os impactos causados pela criação de gado e seus
efeitos poluidores, como a emissão de gás metano na região Centro Oeste do Estado de Goiás, buscando maiores
esclarecimentos no que concernem aos direitos dos produtores rurais e à legislação vigente sobre o meio
ambiente. Foram detectados diversos impactos ambientais causados pela criação animal, podendo a partir de
então, definir possíveis políticas ou ações que possam contribuir para sua ampliação. Além disso, buscar-se-á
averiguar as Leis Ambientais e sua utilização, como também beneficiar o desenvolvimento sustentável das
fazendas criadoras de gado no Cerrado Goiano. Pode-se afirmar que os impactos ambientais são visíveis, porém
a atividade é de extrema importância para a humanidade, pois se trata de um bem alimentício que gera muitos
benefícios socioeconômicos. A metodologia utilizada para o estudo foi a pesquisa de campo, bibliográfica, além
de uma análise dos dados coletados. Os resultados demonstram que os impactos ambientais existem, assim como
em outras atividades econômicas e que as Leis Ambientais são mal divulgadas e também mal utilizadas, por isso
a importância de despertar o interesse dos agropecuaristas em preservar o meio ambiente e não apenas seguir
regras, pois diz respeito aos recursos naturais que são coletivos, isto é, de uso de toda sociedade.
Palavras Chaves: Criação de Gado. Impactos Ambientais. Benefícios da Gestão Ambiental.
Abstract
The present article to have principal object investigate the impacts for caused creation of
livestock and yours effects pollution how the emission of gas methane in region of Estate of
Goiás, fetching biggest explanations across the rights of producer rural and the actual
legislation about environment. Was find various impacts livestock’s because of creation
animal, will can however, to make a decision possibly politics or actions will can
contributions for to broaden. Over there de will fetch investigation between the law ambient
and your utilities as too benefit the development sustainable of farms creator of livestock in
shut Goiano. If can to assert that impacts ambient are visible, but the activity is of extreme
importance for humanity, so deal with of consumers goods that to produce various benefits
partner economic. The methodology adopted for this study was research of camp,
bibliography, too an analyses of data collects. The results evidence that the impacts ambient
to have, as in others activity economics and that law ambient are bad to divulge and too bad
utility, because the importance of alert the interest of farming in preserve environment and not
only to go rules, so about recurs naturals the are collectives with use in all society.
Keywords: Livestock. Environmental Impacts. Benefits of Environmental Management.
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INTRODUÇÃO
Criar gado é uma prática comum, pois gera benefícios para a economia de nosso
Estado, porém pensa-se pouco na ideia de que a prática da atividade pode trazer malefícios
para o meio ambiente quando os recursos são mal utilizados. Com intuito de investigar e
propor conclusões acerca de tais impactos da atividade agropecuária, este artigo demonstra a
contribuição para diminuição da degradação através do conhecimento, por isso torna-se
importante beneficiar a relação do criador de gado com o meio ambiente. Para atender aos
objetivos da pesquisa, faz-se necessário que o assunto desperte nos criadores de gado a
curiosidade, a ciência e a importância do mesmo, já que o artigo pretende detectar os impactos
ambientais causados pela criação animal (gado) e contribuir para ampliação do conhecimento
na atividade agropecuária, beneficiando então a relação entre produtor e meio ambiente.
Além disso, pretende demonstrar a necessidade de conhecer mais sobre o assunto,
ampliar os horizontes e investigar as causas dos impactos como desmatamento, poluição, e os
efeitos do gás metano, além de averiguar a relação de custo benefício entre os
agropecuaristas, só assim podem-se gerar benefícios a toda cadeia existente, produtores, meio
ambiente e a humanidade de modo geral, afinal trata-se de recursos naturais existentes que
estão se tornando escassos e, que como já foi dito, não conseguem se equilibrar sem a
intervenção do homem. Considera-se que o desenvolvimento sustentável em qualquer
atividade pode ajudar a manter os aspectos socioeconômicos em equilíbrio, ou seja, as
atividades financeiras podem ser exercidas de maneira equilibrada e sustentável com o meio
ambiente.
É fundamental ressaltar também que além da importância de conscientização não
apenas dos agropecuaristas, mas também de toda sociedade brasileira, acrescenta-se a
carência de se discutir sobre o assunto proposto neste artigo, a fim de que sejam apresentados
ao nosso meio social, acadêmico e rural os impactos que a criação de gado e qualquer
atividade econômica e financeira podem causar ao meio ambiente, sem que se possa perceber.
O artigo é dividido em três etapas: a primeira trata-se do embasamento teórico a
respeito do conceito de meio ambiente, os impactos ambientais atualmente visíveis e
reconhecíveis e qual a parcela de contribuição para isso por parte da agropecuária com a
criação de gado; a segunda fase consiste na metodologia que evidencia que se trata de estudo
de campo e, finalmente, a terceira parte, contendo as considerações finais acerca do estudo.
3
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Relação entre Homem e Meio Ambiente
De acordo com Menzel et al (1998), a historia do homem se compreende a cinco
períodos, sendo eles o da Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Contemporânea. Essa divisão de períodos estuda o homem desde o seu surgimento a.C, até os
dias atuais.
Desde o homem primitivo, observa-se a relação do mesmo com o meio ambiente. O
período denominado Idade da Pedra foi dividido em dois períodos: o período paleolítico1, que
mostra o homem que transformava pedra lascada em utensílios naturais, ao contrário do
período neolítico2, no qual que o homem descobre técnicas de semeadura e passa a criar
animais e a plantar alimentos para sobreviver. Ainda a.C, o homem descobre após o quarto
milênio de existência, a idade dos metais3, período em que foram criados utensílios, utilizando
metais como cobre e bronze que eram de fácil transformação.
Segundo Dias (2008), a questão ambiental se deu através de um processo natural do
homem com seu meio. A necessidade de se criar circunstância para viver em um ambiente
natural fez com que fizesse modificações ao meio ambiente.
Deste modo, foi necessário que o homem superasse limitações, com isso o ser humano
passou a viver em grupos organizados, a fim de alcançar um único objetivo e assim a
capacidade de cada ser viver no meio ambiente se multiplicava. Embora muitos animais
também vivam em grupo, a diferença entre o homem e outros animais é que o primeiro
executa atividades previamente planejadas, enquanto o segundo age por instinto para alcançar
o que se quer.
De acordo com Machado (2002), os recursos naturais existentes entre céu e terra
devem satisfazer as necessidades de todos os seres vivos desde que não infrinja os direitos do
meio ambiente. A saúde do homem e do meio ambiente deve levar em conta o estado dos
elementos naturais, como: água, solo, ar, flora, fauna, e paisagens em geral.
Assim a espécie humana teve que melhorar as condições de vida no meio ambiente,
uma vez que, a preocupação maior estava na qualidade de vida do homem e se esqueceu da
saúde do meio ambiente.
1 Homens nômades, que se deslocavam de um lugar para outro a procura de alimentos.
2 O homem deixa de ser nômade e passa a transformar o meio ambiente natural em seu benefício.
3 Idade dos Metais – marca o fim da pré-história com o surgimento da escrita e da criação de novas técnicas de
sobrevivência.
4
A evolução humana de acordo com Dias (2008), se deu de forma gradativa e que as
modificações causadas por ele não eram tão apresentáveis como as dos dias atuais. Há mais
ou menos 10.000 anos o homem realizou a primeira revolução científica e tecnológica que
provocou os primeiros impactos ambientais devido ao aumento produtivo humano, pois os
mesmos passaram a criar animais e produzir alimentos para consumo. Essas atividades
provocaram revoluções na história da humanidade e os indivíduos passaram a viver em vilas e
cidades organizadas.
Quanto mais as pessoas iam se desenvolvendo socialmente, aumentava também a
necessidade de instrumentos mais complexos que permitissem maiores facilidades de
sobreviver no meio ambiente.
Segundo Vesentini (1996), os elementos que formam o meio ambiente são a
vegetação, rios, mares, solos, entre outros, e o restante são resultantes de atividades humanas.
O meio pode ser dividido em dois, sendo eles o meio natural o meio social.
Com o desenvolvimento industrial, a sociedade passou a ser cada vez maior em
relação ao meio natural e, para atender às necessidades nas grandes cidades, foram criadas
técnicas industriais que facilitavam a produção em massa logo, o homem passou a ser
consumista e capitalista, deixando de ser naturalista e artesanal.
2.2 Gestão Ambiental
Machado (2002) ressalta que Gestão ambiental é a maneira de se administrar o uso de
recursos naturais existentes no meio ambiente. Então, a sociedade, empresas públicas e
privadas têm o dever de usá-lo de maneira sustentável sem que prejudique o meio e a própria
sociedade.
O art.225 da Constituição Federal estabelece que o meio ambiente é de uso coletivo e
o meio ambiente deve ser preservado para que as gerações presentes e futuras possam usufruir
do mesmo, mantendo a qualidade de vida.
As atividades ou empreendimentos devem ser regularizados e tudo que possa causar
impactos ambientais no âmbito nacional ou regional deve passar pelo órgão responsável. O
SISNAMA4 concede na Lei nº 6.938 de 31 de Agosto de 1981 o licenciamento ou não para as
atividades a serem desenvolvidas pelo homem no Brasil.
4 SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente.
5
Brito e Câmara (2002), afirmam que acordos ambientais entre IBAMA5 e o Estado são
determinados de Pactos Federativos para regulamentar espaço de atuações entre União e o
Estado. Esses pactos perdem sua eficácia com a Resolução CONAMA6 nº237, de dezembro
de 1997, que regulamenta o licenciamento ambiental.
Os órgãos ambientais viabilizam a prática do desenvolvimento sustentável e ordena a
exploração dos recursos naturais para garantir a melhoria da qualidade de vida humana. Os
pactos ou acordos federais promovem a integração político-territorial através da gestão de
políticas ambientais que causam um gerenciamento do uso dos recursos naturais existentes no
meio ambiente.
De acordo com Dias (2008), no século XX, problemas ambientais se agravaram e já
era visível aos olhos da população. E somente a partir da metade do século começou-se a
realizar encontros, conferências, tratados e acordos entre países para alertar o problema
ambiental global.
O primeiro problema ambiental se deu pela Revolução Industrial que trazia uma nova
estratégia de desenvolvimento às civilizações existentes, porém se pensava pouco no possível
esgotamento dos recursos naturais. A partir desse ponto, foi dada a importância necessária
para os recursos encontrados no meio ambiente. Com o crescimento humano, percebeu-se a
necessidade de alerta aos problemas ambientais e a preocupação relacionada ao
desenvolvimento sustentável com o meio natural.
Assim Martins Jr. (2005) relata que diante de um cenário mundial de poluição e
degradação foi indispensável á procura do homem por soluções ambientais. A UNESCO7, no
âmbito mundial, foi de grande importância para a fundamentação da Educação Ambiental em
todo o mundo. Isso se deu a partir da década de 60 até a década de 90 quando foram
realizadas várias conferências e encontros para a discussão e possíveis resoluções dos
problemas ambientais e conscientização da importância da Educação Ambiental.
Conforme Machado (2002), a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento no Rio de Janeiro / 92 profere que o homem tem direito à vida saudável,
partindo de um princípio de que o meio ambiente também deve estar sadio.
5 IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente. Criado pela Lei nº 7.735/ 89, sendo formado pela fusão de
quatro entidades ambientais (SEMA, SUDHEVEA, SUDEPE, IBDF). 6 CONAMA significa Conselho Nacional do Meio Ambiente instituída pela Lei nº 6.938/81 regulamentada pelo
Decreto nº 99.270/90. 7 United Nations Educational Scientifc and Cultural Organazation (Organização Educacional Científica e
Cultural das Nações Unidas)
6
Assim através da Educação Ambiental permite-se que o ser humano compreenda a
natureza e se conscientize de que os recursos devem ser utilizados de forma racional,
pensando em um desenvolvimento sustentável para não deixar que faltem recursos naturais
tanto para gerações presentes como futuras.
Souza (2007) destaca que a gestão ambiental implica na recuperação de ambientes
naturais degradados nos últimos 30 anos, ocasionando um desenvolvimento social e cultural
de maneira sustentável a fim de aperfeiçoar resultados. A política de gestão ambiental é
desenvolver a sociedade, mas que a mesma viva em conjunto com o meio ambiente sabendo
que ele faz parte de um todo e não sendo apenas um conjunto a parte.
Administrar os recursos naturais de maneira sustentável facilita no desenvolvimento
do ser como ser sociável, já que o homem não pode sobreviver sem o meio. Porém se os
recursos naturais disponíveis no meio ambiente forem mal administrados, políticas de
desenvolvimento podem não ser válidas para o ser humano, pois os recursos são escassos.
De acordo com Vargas e Ribeiro (2004), para que haja um desenvolvimento
sustentável, é importante a participação da sociedade, tendo em vista que qualquer
planejamento e estratégia no processo de decisão dependem apenas de um sim do grupo.
Entende-se que o conhecimento do tipo de problemas enfrentados pela população pode
contribuir para planejamentos e práticas ambientais.
Para que se garanta um ambiente sustentável e a durabilidade do mesmo, faz-se
necessária a comunicação entre a sociedade e a gestão ambiental, pois a partir da realidade, é
possível tirar conclusões dos meios a serem utilizados para desenvolver políticas ambientais
mais adequadas.
Os recursos naturais devem ser protegidos para que haja uma melhoria na qualidade de
vida dos habitantes da terra. Para Brito e Câmara (2002), gestão ambiental é a maneira de
conscientizar a população para enfrentar os desafios de uma educação ambiental.
Deve haver consciência da importância dos recursos naturais dos vários biomas e
ecossistemas, no entanto existe também a importância das atividades econômicas incentivadas
pelo governo, como a produção de grãos e demais alimentos, além das criações de animais. A
melhor maneira de conscientizar é realizar políticas de ensino que levem ao desenvolvimento
sustentável de grande parte das atividades realizadas pelo homem.
Gerir o meio ambiente pode ser necessariamente pensar a curto, médio e longo prazo
em quanto e como os recursos naturais podem ser utilizados. Modelos de desenvolvimentos
sustentáveis estão sendo criados, porém devido à grande degradação causada pelo homem,
torna-se difícil conseguir o ordenamento dos recursos na sua existência inicial.
7
3. IMPACTOS AMBIENTAIS
Na perspectiva de Martins Jr. (2005), o meio ambiente é um conjunto onde aspectos
econômicos, sociais, políticos e ecológicos fazem parte das condições de vida. O equilíbrio
entre seres bióticos (vivos) e abióticos (não vivos) estabelece as leis naturais. As atividades
promovidas pelo homem alteram todo o meio comum, e fazem com que sejam rompidos os
limites naturais que garantem a sustentabilidade do meio.
O meio está dividido em dois: de um lado o meio natural, que abrange tudo aquilo que
é produzido pela natureza e de outro, meio social, compreendido por tudo modificado e
produzido pelo homem e que influencia o primeiro.
De acordo com Dias (2008), foram vários os fatos durante o século XX que causaram
danos ao meio ambiente, tais como grandes desastres ambientais envolvendo nome de
empresas importantes. A poluição causada por hábitos humanos provocou danos ambientais
irreversíveis, que transformaram tanto a vida em coletividade quanto o meio.
A partir da Revolução Industrial, o capitalismo passou a tomar conta da natureza
fazendo com que ela deixasse de existir e sofresse os primeiros problemas de poluição
causados pela humanidade. O meio começou a ser transformado para dar lugar a um ambiente
socialmente moderno.
Vesentini (1996) constata que a poluição não consiste apenas em detritos, mas sim em
tudo aquilo que os agentes poluentes provocam ao meio, sendo desde os ruídos até as sujeiras
deixadas que degradam os aspectos visuais. No entanto, o grande problema da poluição está
relacionado com a qualidade de vida das aglomerações humanas, pois a degradação causada
pelo homem atinge as condições ambientais imprescindíveis para a vida.
A busca por manter o equilíbrio dos recursos ambientais e consequentemente do meio
ambiente, faz com que o homem acabe alterando-o ainda mais, sendo alterações positivas ou
negativas. Quando as alterações causam impactos, são considerados como danos passivos de
sofrerem rigores da Lei 10.1658 de 27 de Dezembro de 2000, que altera a Lei 6.938/81.
No Brasil, a avaliação dos impactos ambientais, de acordo com Philipp Jr, Roméro e
Bruna (2004), foi introduzida em 1980 com a Lei nº 6.8039, que passou a exigir um estudo
prévio por parte das empresas antes da aprovação de seu funcionamento. Em outras palavras,
as empresas passaram a se tornar responsáveis pelo meio em que se localizam, desde sua
implantação até depois de estarem funcionando.
8 De acordo com IBAMA a Lei responsável por controlar e fiscalizar toda e qualquer atividade poluidora e que
utiliza os recursos naturais. 9 Segundo Milaré (1998) a Lei nº 6.803 foi inspirada no direito americano National Environmental Policy.
8
O art.1º da Resolução CONAMA n.001/8610
define que qualquer alteração física,
química e biológica resultante de atividades humanas que possam afetar a vida, as atividades
sociais e econômicas, também as condições estéticas do meio e qualidade dos recursos são
consideradas como impactos ambientais.
Contudo, a administração dos recursos naturais é de responsabilidade de qualquer ser
humano, uma vez que os mesmos, ao influenciarem o meio, estão sujeitos a ser
responsabilizados por seus atos.
3.1 Solo
Existem dois termos que podem definir o solo para Vesentini (1996): o primeiro, mais
simples e popular que o designa como chão em que pisamos; o segundo refere-se o solo como
camada da superfície terrestre.
Observa-se a existência de algumas classificações para o solo, como “solos férteis”
que permitem a produção animal e vegetal e os “solos ruins” que, ao contrário do primeiro,
são inviáveis para qualquer tipo de produção. Alguns tipos de solos possuem uma fertilidade
natural, outros são desertos isto é, não há água e ainda os tropicais que formam crostas
avermelhadas em consequência das cinzas de vegetais que caem no solo.
Oliveira (2007) fala que os solos vivem em equilíbrio dinâmico com fatores que
determinam suas características. Esses fatores como clima, materiais de origem, topografia11
,
tempo podem provocar mudanças no solo se eles forem alterados.
A constituição do solo se dá através de um conjunto de atributos acima ou abaixo da
superfície, incluindo também geologia, a hidrografia (lagos, rios, pântanos e mangues), a
vegetação e o reino animal. Assim mudança na vegetação natural degenera a estrutura física
do solo deixando-o mais árido.
Para Araújo, Almeida e Guerra (2008), o solo e a água são recursos de extrema
importância para a humanidade, porém esse recurso é mal avaliado quanto sua divisão de uso
e desgaste, sendo 11% da área mundial para uso agropecuário, 28% com aspecto seco, 10%
aspecto muito úmido, 23% do solo apresenta desequilíbrios químicos, 22% são rasos e os 6%
restantes são áreas congeladas.
10
De acordo com SISNAMA a Resolução n.1 de 23 de Janeiro de 1986, dispõe dos procedimentos relativos a
impactos ambientais. 11
Conforme Houaiss (2009) é a representação gráfica do relevo de um terreno. Sendo descrição exata de um
local.
9
O solo está totalmente interligado à vegetação, à flora e à fauna que são plantas e
animais de determinada região. Segundo Vesentini (1996), essa vegetação natural depende do
clima, do solo, da hidrografia e do relevo.
Ressalta-se, ainda que a fauna está ligada à vegetação e ao clima, e para cada tipo
climático, existe uma vegetação nativa correspondente. Atualmente, a vegetação, a fauna e a
flora estão cada vez mais sendo destruídas em relação ao passado, pois, além da produção e
das plantações o homem usufrui de vários produtos através do meio natural.
3.2 Erosão
Para Araújo, Almeida e Guerra (2008), a erosão é a perda da camada superficial do
solo provocada pela ação da água, do vento e das condições físicas e climáticas. Os solos mais
áridos e semi-áridos são mais atingidos pelo vento, ao contrário dos solos mais úmidos.
O solo, quando perde essa camada, fica mais fino; não retém água perfeitamente para
as plantas e os nutrientes necessários para o vegetal são levados com mais facilidade
juntamente com as partículas de solo erodido.
As atividades humanas conforme Oliveira (2009) acelera o processo de erosão do solo,
o desequilíbrio entre energia disponível e a exaustão de energia se resulta no processo de
alteração do solo. Visto dessa forma, compreende-se que a erosão é resultante das
modificações causadas pela própria natureza ou pelo homem. Então, quando se altera as
características do sistema a consequência é o desequilíbrio dos recursos naturais.
3.3 Cerrado
Vargas e Hungria (1997), afirmam que o cerrado brasileiro é o segundo maior bioma
da América do Sul, ocupando 22% do território nacional e representa 2 milhões de km². O
cerrado é caracterizado como um tipo de savana, um pouco densa com inúmeras espécies de
vegetação.
No Brasil, o cerrado é mais determinante na região Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás,
Tocantins e Mato Grosso do Sul), porém encontram-se também pequenas áreas e disjuntas em
certas regiões brasileiras como parte do Nordeste, ao longo da caatinga e entre a floresta
Atlântica.
10
Baccaro (2007) argumenta que essa região vem sofrendo em ritmo acelerado grande
devastação de sua vegetação nativa, consequência da expansão das fronteiras agropastoris, da
construção de estradas e rodovias e do crescimento desordenado das cidades.
Há cerca 12.000 anos, o cerrado brasileiro foi ocupado por índios e posteriormente por
homens brancos em busca de pedras preciosas, ouro e índios. Essa ocupação foi mais intensa
no Governo de Vargas, que havia criado um projeto de colonização do cerrado, com intuito de
desenvolver o território de maneira ordenada com as demais áreas do território brasileiro.
3.4 Desmatamento e Degradação
Segundo Araújo (1976), o desmatamento e a degradação acontecem quando as
espécies de plantas nativas são substituídas por outras inferiores, provocando a queda das
substâncias nutritivas do solo, ou seja, o esgotamento ou cansaço do solo. Isso ocorre, pois
com a degradação, há perda acentuada dos restos de vegetais na superfície do solo,
ocasionando a diminuição de microorganismos que decompõem os restos vegetais,
transformando-os em humo.
Assim com a diminuição da nutrição do solo, as reservas também diminuem, causando
um efeito acumulativo nas plantas nativas que dependem dos próprios restos e também da
água que penetra no solo. A degeneração e o desmatamento são perdas da vitalidade do
vegetal útil.
As perdas, conforme Vesentini (1996), são decorrentes das mudanças ambientais
causadas pelo homem. O ruído, os gases nocivo na atmosfera, detritos que sujam os rios,
cartazes que degradam o aspecto visual da paisagem. A deterioração do meio por intermédio
de elementos como: acarreta danos à qualidade de vida, pois as condições ambientais são de
extrema importância para a vida, tanto no biológico quanto no social.
Ambientes naturais são transformados devido à busca do homem em atender suas
necessidades, portanto o desenvolvimento desordenado do meio social e cultural das pessoas
ajuda na evolução da degradação do meio ambiente.
Consoante a Araújo, Almeida e Guerra (2008), o desmatamento é considerado uma
abertura para criação agropecuária no Brasil, pois apenas após a devastação ou
desflorestamento de áreas cobertas por uma vegetação é possível a prática agrícola ou de
criação de animal.
Além disso, existem outras atividades praticadas pelo homem que requerem que o
mesmo degrade o meio ambiente, e muitas dessas atividades chegam a ser ilegais, como, por
11
exemplo, o corte de árvores por madeireiras e as fábricas de carvão que muitas vezes não têm
licença para prática.
Para Brito e Câmara (2002), o Brasil sofre com o desmatamento desde a colonização,
quando houve início o povoamento das cidades colonizadas; posteriormente, a agricultura e a
pecuária passaram a contribuir para o desaparecimento da fauna e da flora.
O avanço da tecnologia e a revolução industrial foram um dos principais predadores
dos recursos naturais existentes. Nesse caso, florestas foram desmatadas, queimadas e hoje
grandes centros industriais poluem de maneiras diferentes e constantes. Porém, para que
qualquer empresa funcione atualmente, é necessário que as mesmas se enquadrem nas Leis
ambientais, pois se trata de preservação de recursos que podem ser extintos devido ao mal
uso.
3.5 Gás Metano e Seus Efeitos
De acordo com Usberco e Salvador (1997), o metano é um gás sem cheiro (inodoro) e
sem cor (incolor); sua degeneração pode transformar o gás em combustível a ser utilizado
como fonte de energia em automóveis.
Atualmente, o gás pode ser encontrado em aterros sanitários, em fezes e outros dejetos
de animais, em restos vegetais, quando o material orgânico, na terra, se decompuser de forma
anaeróbica, essa mistura será denominada de Gasolixo.
O Metano (CH4), de acordo com Dias (2008), é proveniente da decomposição animal
ou vegetal, de resíduos gasosos, do gado e da produção de petróleo, e absorve uma quantidade
maior de radiação infravermelha que causa. Assim como o dióxido de carbono (CO2), o
ozônio (O3) e o óxido nitroso (N2O), o efeito estufa, fenômeno que ocorre devido à
concentração dos gases citados.
O aumento desses gases na Terra gera também um aumento na temperatura. Esse
fenômeno é natural e mantém a vida humana, porém o problema está no excesso dos gases, já
que onde a combinação entre um e outro provoca o aquecimento anormal, ocorrendo as
mudanças climáticas.
Baird (2002) destaca que o metano é um dos gases indutores do efeito estufa de maior
importância, onde reage com a luz, causando um aumento da quantidade do metano no ar,
causa um efeito de aquecimento 21 vezes maior que a adição de dióxido de carbono com
energia solar.
12
As reações dos gases indutores do efeito estufa são estudadas por cientistas; as ondas
de raios infravermelhos são absorvidas pelos gases refletindo no ar e na atmosfera terrestre.
Primavesi, Arzade e Pedreira (2007) dizem que o metano (CH4) é liberado durante a
decomposição de celulose, tendo em vista que vegetação, restos de vegetais ou resíduos
orgânicos ficam úmidos ou imersos na água, formando bolhas. Isso ocorre quando a
degradação anaeróbia libera o metano no lugar do dióxido de carbono (CO2).
O metano é um indutor do efeito estufa e não é solúvel. Sua reação é lentamente
oxidante na atmosfera e onde os radicais do metano podem decompor-se espontaneamente de
modo atérmico (não se utiliza de energia exterior e não libera energia) ou exotérmico
(liberação de calor ou energia para fora).
O fenômeno do efeito estufa é provocado, segundo Menzel, Júnior, Andrade e
Deucher (1998), por determinados gases já citados acima, pois os mesmos mantêm a alta
temperatura na atmosfera, impedindo que o calor volte para o espaço. O efeito estufa conserva
a temperatura da Terra em 33º embora o correto seria manter em 15º, a fim de que as ondas de
calor não ficassem na atmosfera e sim fossem fazer um processo de irradiação, voltando para
o espaço.
Esse efeito vem aumentando gradativamente no ambiente Terrestre e os gases que
causam esse efeito fazem com que ocorra de maneira natural, porém vários fatores podem ser
apontados pelo aumento desse efeito, dentre eles estão o aumento de indústrias, o crescimento
demográfico, o desflorestamento, aumento de número de carros em circulação, decomposição
de lixo orgânico em aterros, grande aumento de uso de produtos químicos em lavouras e
pastagens, incluindo o aumento do número de animais destinados à alimentação dos homens.
Desse modo, pode-se inferir que o efeito estufa vem aumentando as temperaturas, e
conseqüentemente altera as condições do meio ambiente e desequilibra o meio ecológico. As
previsões para os próximos anos são desanimadoras, considerando que o efeito estufa pode
aumentar o nível do mar com o degelo das calotas polares, aumento de chuvas fora de época,
calor insuportável e áreas consideradas férteis podem se transformar em desertos.
4. AGROPECUÁRIA NO BRASIL E NO ESTADO DE GOIÁS
Segundo Houaiss (2009), a agropecuária é a atividade que interliga duas atividades: a
Agricultura e a Pecuária. Sendo a primeira responsável pela produção de Grãos e de alimentos
que requer uma cultura de plantio e a segunda responsável pela criação de animais.
13
A agricultura envolve o cultivo do solo para produção de vegetais para consumo
humano ou animal; já a pecuária está relacionada à criação de gado caracterizando a atividade
como todo, não distinguindo o ramo da atividade.
A agropecuária no Brasil e seu processo de modernização ocorreram em 1945.
Segundo Brum et al (1983) os Estados Unidos da América (EUA) precisavam de políticas
econômicas que suprissem a necessidade de novos mercados, já que com a 2º Guerra Mundial
suas indústrias estavam produzindo em alta escala, para isso escolheram o Brasil como sua
linha de desenvolvimento.
Na década de 40, as multinacionais americanas formularam a “Revolução Verde”, e a
modernização dos países produtores de insumos agropecuários se tornou necessária para um
crescimento maior dos EUA. Aos poucos, o Brasil foi se conscientizando de que a
modernização e a tecnologia eram quase impossíveis, mas em contrapartida, poderia ser um
grande produtor de alimentos.
Para Guimarães (1982), a agropecuária cresce de acordo com a população mundial, em
que a atividade é estimulada de acordo com crescimento demográfico, ou seja, quanto maior a
população, maior será o ritmo de produção agropecuária. Porém, aos poucos, a produção
agropecuária foi crescendo mais que a população.
Os grandes centros produtores de grãos e animais foram se espalhando pelo globo,
consequentemente, não importava a qualidade do solo, isto é, ele fértil ou infértil o homem foi
adaptando a terra ao meio de produção agropecuário. Aos poucos, a tecnologia e as novas
técnicas ajudaram os produtores a aumentarem o meio de produção, beneficiando o
crescimento da atividade.
Consoante ao Ministério das Relações Exteriores (2005), atualmente, a atividade
agropecuária denominada como Agronegócio Brasileiro teve seu momento de crise no
período de 1994 a 1998, entretanto recuperou-se de maneira surpreendente, alavancando a
economia de nosso país.
O crescimento da atividade se deu no âmbito internacional, por conseguinte o Brasil se
torna o grande produtor de insumos agropecuários. Com os avanços constantes e a superação
de desafios, o Brasil faz-se um investidor na área do agronegócio devido sua grande
diversidade de produtos agrícolas e animal. O Brasil é, mundialmente, um dos países mais
fortes na pecuária. Em termos de quantidade de cabeças de gado, encontra-se na liderança,
constituindo-se também um dos maiores exportadores de carne bovina.
Para Contini (1989), a agropecuária desempenha um papel de fundamental
importância, haja visto que, nas sociedades primitivas, tudo girava em torno deste setor, pois
14
fazia parte do desenvolvimento do processo social. A alimentação do homem impulsionava o
crescimento do setor industrial, que necessitava de insumos para o processo produtivo.
No Brasil, o setor foi um grande impulsionador não apenas para as indústrias, mas
também para o setor de serviços, além de ser o principal responsável pelas exportações do
nosso país. O desenvolvimento rural demanda do crescimento das cidades, lugar em que o
setor exercita e executa suas atividades por regiões, no âmbito Estadual e Municipal gerando
benefícios para a agropecuária brasileira.
Em Goiás, de acordo Estevam (2004), o ouro foi um das principais atividades
executadas no estado antes do surgimento da modalidade rural. O processo de povoamento do
Estado se deu de forma lenta e gradativa, pois Goiás, ao contrario do sudoeste brasileiro,
apresentava uma cultura socioeconômica diferente.
As fazendas de gado deram origem à organização das ocupações de terras e ao
processo produtivo, porém muitos fazendeiros não possuíam título de produtores e outros
adquiriram o título de sujeito produtivo, pois passaram a produzir alimentos não apenas para
seu próprio consumo, mas também para fornecê-los.
De acordo com Matos (1976), o gado usado na atividade de pecuária são os que
possuem boas características zootécnicas e que se adaptam perfeitamente às diversas
condições climáticas existentes. Tal a atividade poder ser dividida em três: a criação de gado
leiteiro, o de corte e o de exposição, e são utilizadas as mais diversificadas raças especifica
para cada tipo de criação.
Em Goiás, pode-se encontrar os diversos tipos de criação de gado, predominando em
certas regiões o gado leiteiro, criação destinada à produção de leite e seus derivados (queijos,
iogurtes, manteigas, e outros derivados), além do gado de corte destinado à criação de
rebanhos, com objetivo de produção de carne para o consumo humano. Na pecuária intensiva,
o gado é criado preso ou em pequenos espaços, alimentado com ração específica. Pode ser
também pecuária extensiva quando o gado é criado solto e alimenta-se de capim ou grama.
De acordo com SEPLAN-GO (2009), o crescimento da atividade agropecuária no
Estado de Goiás se deu pouco a pouco, tendo em vista que o Estado passou por um período de
colonização, cuja principal atividade era a mineração. Durante as décadas de 60 a 80, Goiás se
tornou um grande exportador de produtos agropecuários e atualmente vem se destacando
devido ao processo de industrialização.
Goiás se destaca pelo crescimento das atividades agropecuárias e também pelo seu
processo de industrialização, isto é, grandes indústrias têm vindo para o Estado nos últimos
tempos. Este desenvolvimento é decorrente da boa localização, onde se pode encontrar um
15
dos maiores pólos de agricultura e pecuária do país e da facilidade de movimentação da
atividade, ou seja, o processo logístico é viabilizado por se encontrar no centro do Brasil.
Consoante a Guimarães (2004), em 1956, foi criada a ABCAR – Associação Brasileira
de Crédito e Assistência Rural, com sua sede inicial no Rio de Janeiro. No Brasil, ela foi de
extrema importância para a extensão Rural e, em 1959, nasce com apoio da ABCAR e o
Governo do Estado a ACAR-GOIÁS – Associação de Crédito e Assistência Rural do Estado
de Goiás que, por sua vez, contribuiu para o crescimento das atividades rurais no Estado,
fazendo com que as famílias rurais conseguissem se desenvolver.
A ACAR-GOIÁS possuía como tarefa principal fazer com que famílias que tinham
como atividade principal a agropecuária tivesse a oportunidade de estender ou crescer a
atividade no Estado, fazendo com que as famílias rurais e o Estado ganhassem com a
atividade no âmbito econômico. Logo em seguida surgem a EMATER-GO – Empresa de
Assistência técnica e Extensão Rural do Estado de Goiás responsável pela mesma atividade de
apoio aos produtores rurais.
Atualmente, as atividades exercidas pela ACAR-GOIÁS são exercidas de acordo com
Jorge (2004) pela Agencia Rural criada em 1999 por Marconi Perillo através do Decreto nº
5.202/00 e alterado pelos Decretos nº 5.484 de 25 de setembro de 2001 e nº 5.544 de 22 de
Janeiro de 2002.
A Agência Rural tem como atribuição, além do desenvolvimento rural, propor
pesquisas agropecuárias, florestais, agrícolas, socioeconômica, e agroindustrial; defende a
parte sanitária animal e vegetal, pensando na fiscalização de práticas não idôneos; além disso,
a agência rural é responsável pela regularização e implantação de vilas rurais.
A agropecuária vence paradigmas de transformação do contemporâneo para o
moderno e dinâmicas de produção alcançam um desenvolvimento da atividade no Estado de
Goiás. As áreas rurais começam a exibir formas sociais e econômicas no Estado, incluindo
políticas ambientais e de planejamento do uso dos recursos.
5. IMPACTOS CAUSADOS PELA CRIAÇÃO DE GADO
Todo produtor rural tem o direito de usar sua propriedade livremente, porém
observam-se alguns princípios intrínsecos a esse direito, diz Ribeiro (2001). Então, o
proprietário deve utilizar a propriedade como bem entender, sendo necessário que ele respeite
os recursos naturais existentes.
16
Assim, quando se diz que o proprietário rural pode usar livremente sua propriedade,
entende-se que a mesma é apenas o solo superficial e da vegetação que ali nasce, mas não faz
parte da propriedade o subsolo, o ar e as nascentes. Esses recursos citados pertencem à União
e aos Estados, independente de estar dentro ou fora da propriedade.
Para Cunha e Guerra (2009), áreas rurais são as que mais afetam o meio ambiente,
pois consomem grandes extensões para práticas da atividade agropecuária. Isso ocorre em
áreas de desenvolvimento onde países usam os insumos agropecuários para práticas
comerciais com o exterior.
Um exemplo de devastação ambiental é a criação de gado, situação que o cerrado é
desmatado para dar lugar a grandes fazendas criadoras de gado. A recuperação das áreas
degradadas traz custos para os fazendeiros que muitas vezes, deixam as terras ao invés de
reconstituir ao menos uma parte delas.
Derisio (2007), afirma que a poluição por parte da atividade agropecuária é feita
através dos defensivos agrícolas, de fertilizantes, de excrementos de animais e de erosões.
Além desse tipo de poluição, existem ainda aqueles que ocorrem por motivos acidentais, que
surgem durante o processo de transporte dos produtos e de derramamento.
Este tipo de poluição pode, além de prejudicar o solo, também afetar a água, por isso
deve-se ter um maior cuidado e uma maior conscientização de qual modelo de esquema pode
ser seguido para que não prejudique tanto o meio ambiente local.
De acordo com Ribeiro (2001), a área rural está sujeita a uma série de restrições, em se
tratando de áreas ambientais. Porém é difícil mudar toda uma cultura uma vez que
proprietários dizem ter direitos supremos sobe sua propriedade. A produção agropecuária é
orientada a práticas de subsistência, ou seja, as práticas utilizadas devem ter pouca ou quase
nenhuma utilização de insumos modernos, como fertilizantes e agrotóxicos.
Os impactos ambientais causados pela pecuária são incompreendidos por criadores de
gado, entretanto esquece-se de que os recursos naturais são de necessidades supremas para o
ser humano, sendo que sem ar e sem água não há vida, já que ninguém vive sem respirar e
sem líquido. Portanto, a produção agropecuária deve ser de maneira sustentável, sem que
nenhuma das partes perca.
Segundo a Oliveira (2009), além de todo o processo de degradação do meio ambiente,
existe também o efeito estufa causado pela criação de gado, o arroto e as fezes do animal,
aumentando o gás metano na atmosfera. Considera-se que o gás metano (CH4) junto com o
dióxido de carbono (CO2) e o óxido nitroso (N2O) promovem o maior aquecimento do ar.
17
Resulta-se que alguns cuidados com a alimentação bovina podem diminuir a emissão de gás
metano na atmosfera.
As queimadas realizadas nas áreas a serem transformadas em pastagens são as
principais causadoras do (CO2) e são provocadas pelo produtor para conseguir maiores áreas
para o gado. As pastagens existentes no Brasil representam 60% das áreas agriculturável, isso
significa que as maiores degradações, como desmatamento, queimadas, poluição do solo entre
outros são causados por criadores de gado. O Brasil possui certa de 180 milhões de cabeças de
gado, pode-se observar que a emissão de gases produzida pela atividade colabora para que
haja o aquecimento.
Atualmente existem políticas e processos que possibilitam uma menor degradação da
atividade ao meio ambiente, porém há conflitos entre a realidade demográfica e a produção e
conservação do meio. Quanto maior o crescimento da população, maior torna-se a
necessidade de processos produtivos de alimentos incluindo a produção agropecuária. Porém
recursos tecnológicos e a criação de gado em confinamento12
podem minimizar tais efeitos e
ajudar na busca do desenvolvimento sustentável, chegando a uma convivência harmônica
entre meio ambiente e práticas agropecuárias.
6. METODOLOGIA
O estudo realizado contempla a virtude e a necessidade de desenvolver políticas que
observem o desenvolvimento e a sustentabilidade dos recursos naturais existentes, hora tão
degradados pelo homem do campo. Afinal a atividade não pode ser proibida, pois gera
grandes benefícios socioeconômicos para a região estudada, porém pode-se ajudar a
desenvolvê-la de maneira que não prejudique o criador e nem o meio em que vive.
A pesquisa foi fundamentada através da pesquisa exploratória em artigos, livros e
revistas científicas a fim de realizar a revisão bibliográfica para a fundamentação teórica.
Posteriormente, realizou-se o estudo de campo por meio de entrevistas realizadas com
criadores que lidam diretamente com o assunto e enfrenta de perto as dificuldades de se seguir
leis que protegem o meio ambiente as entrevistas foram realizadas no dia 21 de março de
2010 com 5 criadores da região Centro-Oeste do Estado de Goiás, além disso foram
entrevistados também especialistas na área agropecuarista, no dia 20 de abril de 2010 junto ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás.
12
O confinamento é o ato de se isolar, traçar limites, delimitar fronteiras. (HOUAISS, 2009)
18
Devido às dificuldades de se realizar uma entrevista junto aos órgãos ambientais, foi
realizada uma coleta de dados no Site do IBAMA, a fim de averiguar as Leis Ambientais
aplicadas aos criadores de gado e a toda e qualquer atividade considerada poluidora.
A região escolhida para realizar a investigação se deu devido à característica de
criação de gado leiteiro, São Luiz de Montes Belos, e possui uma indústria leiteira relevante,
além de apresentar contrastes como áreas produtivas economicamente, cerrado que foram
devastados e córregos que passam dentro de algumas fazendas, sendo necessária a aplicação
regras, normas e tecnologias para um desenvolvimento sustentável que não cause a falta de
recursos.
7. DESCRIÇÃO DE DADOS
7.1 Entrevista Realizada com produtores de Leite da Região Centro-Oeste do
Estado de Goiás – Dia 21 de Março de 2010
Segundo entrevista realizada com Senhor Antônio da Fazenda Santa Rosa Pateiro, em
São Luiz de Montes Belos, a fazenda existe há aproximadamente 70 anos e é criadora de gado
leiteiro. Na fazenda, há uma media de 35 cabeças de gado. A região é de cerrado, e para a
existência da criação de gado, foi necessário desmatar a área que era de mata fechada para que
fossem criados os pastos. Além do gado, a fazenda já produziu alimentos de sustento da
família.
Para Antônio, a criação de gado causa impactos ambientais, porém não considera que
esses impactos estejam bem esclarecidos para ele, pois, para ele o maior impacto causado pela
criação é no momento em que o animal morre e o proprietário, não tendo lugar para colocá-lo
muitas vezes, precisa queimá-lo.
Rosalinda Maria da Mata, também fazendeira (Fazenda Turvo) da região do córrego
Turvo no Município de Adelândia diz que atualmente nenhum fazendeiro pode utilizar as suas
Terras de maneira que bem entende uma vez que é necessário que sigam as Leis Ambientais
para funcionar corretamente. Segundo Rosalinda, para que a atividade possa seguir sem
problemas, são necessárias as reservas ambientais. Isso faz com que os órgãos responsáveis
em fiscalizar a região não multe nenhum proprietário de terra.
Em uma segunda entrevista, foi possível avaliar melhor as condições em que o criador
de gado pode trabalhar com a atividade. No município de Firminópolis exatamente na
Fazenda Santo Antônio, foram coletados os seguintes dados: a fazenda está em uma área que
19
requer uma maior preservação, pois existe dentro dela um córrego. De acordo com João José
da Mata, Brás José da Mata, Sabino Gonçalves Neto, proprietários do local, a fazenda possui
uma média de 30 cabeças de gado, e também produz leite para a Indústria Leiteira da região
(Leite Bom).
Na percepção dos proprietários, eles não mandam na Terra em que vivem, mas sabem
da necessidade de se preservar o meio ambiente para manterem sua fazenda em
funcionamento. Assim, para que qualquer fazenda possa manter as atividades leiteiras, faz-se
necessário o licenciamento. Dessa forma, a fazenda é registrada quando está dentro das
normas do IBAMA, pois o órgão não permite que o produtor desmate as matas ciliares em
volta do córrego sendo obrigatória uma reserva de 20% em volta do córrego. Atualmente, não
se pode desmatar qualquer área sem que se tenha uma autorização.
De acordo com João José da Mata, Brás José da Mata, Sabino Gonçalves Neto, existe
todo um cuidado para que eles não fujam das Leis Ambientais e, para isso, estão
constantemente realizando cursos ambientais a fim de adquirirem maiores conhecimentos. Em
relação à atividade, na prática, o animal vive a base de pasto, ração, sorgo, cana-de-açúcar,
esse alimento misturado e triturado é chamado de silagem. Quando o animal morre, se estiver
doente, é queimado ou enterrado, embora isso dependa das condições da morte, pois, caso
contrário nenhum cuidado é tomado.
Outro aspecto importante é a produção de gás metano liberado pelo gado, seja ele
leiteiro ou de corte. Alguns dos fazendeiros têm a consciência da existência da liberação do
gás, porém, para eles o gado de pasto libera menos gases devido à alimentação que é mais
natural, ao contrário do gado de corte que vivem confinamento e recebe uma carga maior de
anabolizantes e ração para engorda.
De acordo com os fazendeiros, o confinamento requer que a ordenha13
do gado seja
realizada de maneira industrializada. O gado fica preso sua alimentação é mais artificial com
produtos industrializados e remédios para aumentar a produção de leite e, para engordar.
Ainda de acordo com os fazendeiros entrevistados as fezes do animal criado em
confinamento são canalizadas e misturadas à água para que a produção do metano seja maior,
fazendo com que o gás produzido se torne energia. O confinamento seria uma solução para a
redução de impactos ambientais, porém a carne e o leite produzido constituem-se como um
alimento mais contaminado e mais prejudicial para saúde do homem dado este não
13
De acordo com Houaiss (2009), ordenha é o ato de extrair leite da vaca, espremendo as tetas do animal. A
ordenha pode ser realizada de maneira mecânica onde utiliza-se uma bomba de sucção que extrai o leite da vaca
na mesma ordem da ordenha natural.
20
comprovado por este estudo, porém aberto para novos estudos científicos. O confinamento,
quando mal administrado pode causar maiores danos ao meio de uma só vez, ao contrário do
gado de pasto que o impacto é constante, mas com menores consequências.
7.2 Entrevista Realizada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento do Estado de Goiás (Superintendência Federal de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás) – Dia 20 de Abril de 2010
Através de conversa tida com Amilto Potrich (Fiscal Agropecuário) e Leocir Fontana
(Fiscal Agropecuário), foi possível constatar que a atividade agropecuarista é hoje a que
mantém o Estado de Goiás financeiramente, onde as Terras produtivas do Centro-Oeste
brasileiro são as mais caras do País devido à grande produtividade, sendo 100 milhões por
hectares.
Segundo os especialistas, a atividade agropecuária visa ao lucro, tendo em vista que se
produzir insumos com menor custo é o ideal para que o giro de capital seja maior, fazendo
com que a atividade cresça financeiramente. Para eles, a criação de gado leiteiro é muito
baixa, pois a atividade é cara e necessita de escala ao contrário da agricultura que o giro
financeiro é maior, ou seja, a produção de grãos acontece em maior quantidade.
Para Amilto Potrich e Leocir Fontana, não existe nenhuma atividade que não
prejudique o meio ambiente, pois só de o homem existir, o meio já é alterado naturalmente
sem que se perceba. Contudo a atividade agropecuária é de extrema importância para a
economia brasileira e não pode deixar de existir. É fundamental destacar que nem por isso não
haja preocupação em se preservar o meio e, para que isso ocorra, atualmente, qualquer
proprietário de fazendas no Brasil deve manter uma área dentro da fazenda de Reserva
Ambiental e no Centro-Oeste Goiano esta área de preservação é de 20% do total de hectares.
Além disso, hoje é proibido que se desmate qualquer área sem autorização ou licenciamento
e, para que o pasto continue existindo para a alimentação do gado, muitos criadores de gado e
produtores de lavouras utilizam o melhoramento de pastagem, quando o solo é adubado.
Para se evitar as erosões, o plantio de eucaliptos é uma solução rápida e que preserva o
solo e o cerrado, porém não beneficia a fauna e a flora, já que não produz alimentos
específicos para animais silvestres. Segundo Amilto Potrich e Leocir Fontana, para que a
criação de gado não seja tão degradante, é necessário que o criador mantenha em sua
propriedade um pequeno bosque de eucalipto para preservar o solo, uma área de preservação
com mata fechada e, caso tenha rio ou córrego dentro da propriedade, que também sejam
preservadas as matas ciliares.
21
Segundo os dois especialistas a produção organizada pode ser ambientalmente correta,
pois a má administração dos recursos pode prejudicar sim o meio. Apesar disso, produtores de
grãos ou de gado não podem deixar de produzir devido aos grandes benefícios econômicos.
7.3 Leis Ambientais – Dados Coletados no site do IBAMA (Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente)
De acordo com a Lei nº 4.771 de 15 de setembro de 1964, no Art. 19 a exploração de
florestas e formações sucessoras, tanto de domínio público como de domínio privado,
dependerá de prévia aprovação pelo órgão estadual competente do Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, bem como da adoção de técnicas de condução, exploração, reposição
florestal e manejo compatíveis com os variados ecossistemas que a cobertura arbórea forme.
O Decreto nº 5.975 de 30 de Novembro de 2006 define a exploração sustentável do manejo
das atividades que influenciam as florestas.
A Lei 6.938/81 estabelece a política nacional de meio ambiente assegurando a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, proporcionando o
desenvolvimento socioeconômico. Por outro lado, protege e assegura a manutenção ecológica,
considerando o meio como patrimônio público, tendo em vista o uso coletivo de toda
sociedade, seja ela rural ou não.
A Lei nº 9.393 de 19 de dezembro de 1996 dispõe dos impostos sobre a propriedade
territorial rural, também por pagamento de títulos de dívida agrária e de outras providências.
O proprietário rural ou possuidor de qualquer título é responsável por contribuir com a ITR
(Imposto de Território Rural).
Outra Lei que pode enquadrar o agropecuarista, a Lei nº 10.165/00 rege as taxas de
fiscalização e controle dos recursos utilizados pelos agropecuaristas. Cada atividade possui
um tipo de taxa, isso equivale também para atividades poluidoras.
De acordo com as pesquisas realizadas nas instituições ambientais, as fazendas são
regulamentadas e fiscalizadas pela Lei n°10.165 de 27 de dezembro de 2000, que controla as
atividades poluidoras e que utilizam dos recursos naturais. O IBAMA controla através da
Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA). Nesse caso, a taxa é cobrada conforme a
atividade ou poluição e utilização dos recursos.
Consoante ao anexo VIII da Lei nº 10.165/00, a atividade agropecuária se enquadra
como atividade exploradora de recursos naturais e normalmente são empresas de médio porte,
tendo que pagar trimestralmente uma taxa de R$ 360,00 para se manterem regularmente em
funcionamento.
22
Em Goiás a Lei nº 14.383 de 31 de dezembro de 2002, institui o Cadastro Técnico
Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais,
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, a Taxa de Fiscalização
Ambiental e dá outras providências. Todas essas atividade de Pequeno, Médio e Alto porte
são classificadas e fiscalizadas pela Agência Ambiental, atual SEMAHR (Secretaria de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos). Sendo que cada atividade deve conter seu licenciamento
ambiental conforme resolução do CONAMA nº 237/97.
Assim toda e qualquer atividade que possa influenciar ou alterar o meio ambiente é
fiscalizada e deve conter o licenciamento para a sua prática, sendo assim, a atividade
agropecuária que muda constantemente o meio e os recursos naturais também é licenciada,
pois se trata de uma atividade altamente fiscalizada por Leis e Decretos. Isso é de grande
relevância para o País e os Estados brasileiros, em geral, ainda que cada um possui um tipo de
fiscalização.
7.4 Análise de Dados
Após coleta de dados, é possível verificar o grau de conhecimento dos agropecuaristas,
as Leis Ambientais que regem a atividade e os órgãos públicos que defendem a prática da
criação animal e que possivelmente apóiam a atividade agropecuária.
A presente pesquisa detectou falta de conscientização dos agropecuaristas e dos órgãos
responsáveis pela atividade em relação ao uso dos recursos naturais existentes. Dos cinco (05)
fazendeiros entrevistados quatro (04) sabem dos impactos ambientais causados pela criação
animal, porém cumprem as Leis apenas por existir fiscalização para execução das normas e
regras, temendo a consequente punição para o não cumprimento delas.
O gás metano que junto com outros gases causa o efeito estufa e ajuda a modificar o
meio e suas leis naturais, além da existência de outros impactos como degradação, poluição,
desmatamento entre outros. Contudo poucos agropecuaristas sabem que a criação animal
colabora para esses problemas ou ao menos têm a consciência de que os recursos devem ser
utilizados de maneira sustentável, já que a atividade é tão comum no Estado de Goiás e gera
grandes benefícios econômicos.
As Leis Ambientais existem, porém constatou-se que os agropecuaristas são mal
orientados em relação às mesmas. Além disso, os órgãos responsáveis pela atividade que
deveriam conscientizar e não apenas fiscalizar, não realizam programas que possam agir a
favor da atividade, já que eles são orientados a gerar recursos financeiros e não há utilizarem
23
o meio de maneira sustentável. Por fim, considera-se que há uma falta de cultura em relação à
utilização das Leis Ambientais pelo homem e também de como administrar os recursos
existentes no meio ambiente.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática da atividade agropecuária gera grandes benefícios, porém os impactos pela
desordenada estrutura e falta de conhecimento ou descaso por parte dos produtores causam
enormes malefícios ao meio ambiente que por si só não consegue restabelecer o equilíbrio
necessário. Este artigo atingiu o objetivo de investigar e demonstrar os impactos causados
pela criação de gado na região Centro Oeste do Estado de Goiás e averiguar quais são esses
impactos e seus principais efeitos ao meio em que vivemos. Reconhece-se ainda que, de
forma indiscutível a criação de gado de maneira sustentável pode beneficiar tanto o criador
quanto o meio ambiente e a sociedade.
Com a análise dos dados coletados, pode-se perceber que falta infraestrutura por parte
de órgãos públicos responsáveis pela atividade para que os agropecuaristas possam trabalhar
de maneira consciente e sustentável e que não degradem tanto o meio apenas em prol do
benefício financeiro.
Atualmente, a pecuária é grande geradora de recursos financeiros buscando apenas a
redução de custos para que criadores possam permanecer no mercado. Destaca-se ainda que a
atividade não pode ser extinta, pois, apesar do impacto causado, é a fonte de alimentos de
muitos em nosso meio social, no entanto o conhecimento de que o desenvolvimento
sustentável pode beneficiar não apenas o meio ambiente, mas também a sociedade como um
todo é de extrema importância, pois se trata de recursos naturais que podem ser extintos em
um futuro bem próximo.
24
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