impactos ambient a is causados pela usina de cana de acar

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Impactos Ambientais Causados Pela Usina de Cana de Acar. Qualquer atividade agrcola que emprega recursos naturais, como gua e solo, e usa insumos e defensivos qumicos, como fertilizantes e praguicidas, provoca algum impacto ambiental. Contudo, possvel reduzir quaisquer impactos, ao fazer planejamento, ocupao criteriosa do solo agrcola e emprego de tcnicas de conservao para cada cultura e regio. O cultivo da cana-de-acar bastante complexo, podendo ser obtido de um nico plantio 5 a 7 colheitas, sendo que aps cada ciclo deve se fazer altos investimentos para que a renovao do canavial proporcione boa produtividade da colheita seguinte. Dentre esses investimentos, encontra-se o custo com pesticidas para o controle de insetos pragas e ervas daninha, os quais provocam srios prejuzos cultura. Para o controle desses organismos, nos dias de hoje, emprega-se o uso de inseticidas para os insetos e de herbicidas para as ervas indesejveis. Esses produtos, alm de elevar o custo da cultura, apresentam persistncia prolongada no ambiente, podendo eliminar partes significativas de populaes de organismos benficos, e ainda serem levados pelas guas das chuvas, pelo processo de lixiviao, para mananciais aquticos, podendo contaminar peixes e outras espcies de seres vivos. Na atualidade, tanto a comunidade cientfica quanto sociedade civil tm se preocupado com as questes ambientais e a preservao da vida no planeta. Assim, surge a perspectiva do cultivo orgnico da cultura da cana-de-acar. Isso tem levado os produtores a adequar a atividade agrcola a uma ao que seja ambientalmente correta e economicamente vivel, crescendo a procura por mtodos alternativos ao controle qumico, abrindo, desta forma, grande oportunidade para a implementao de pesquisas com agentes de controle biolgico. A produo de cana-de-acar provoca os seguintes impactos: reduo da biodiversidade, causada pelo desmatamento e pela implantao de monocultura; contaminao das guas superficiais e subterrneas e do solo, devido ao excesso de adubos qumicos, corretivos minerais, herbicidas e defensivos agrcolas; compactao do solo, devido ao trfego de mquinas pesadas durante o plantio, tratos culturais e colheita; assoreamento de corpos dgua, devido eroso do solo em reas de reforma; emisso de fuligem e gases de efeito estufa, na queima de palha, ao ar livre, durante o perodo de colheita; danos flora e fauna, causados por incndios descontrolados; consumo intenso de leo diesel nas etapas de plantio, colheita e transporte; concentrao de terras, rendas e condies sub-humanas de trabalho do cortador de cana. O uso dos inseticidas organoclorados em um passado recente, em especial, o DDT, o BHC, o Aldrin e o Heptacloro, que possuem alto poder residual, conferiam proteo s lavouras, evitando o ataque dos insetos praga, mas por outro lado, passavam progressivamente do solo para os cereais comestveis, para as ervas e eventualmente para os animais domsticos. Diante dessa realidade, na dcada de 80, foi necessria a proibio desses produtos,

visando reduzir a poluio ambiental e a contaminao dos alimentos, alm da diminuio dos problemas com a resistncia das pragas, desenvolvida como resposta s prolongadas exposies a esses inseticidas. Em decorrncia dessa proibio, visando uma agricultura mais coerente com os princpios ecolgicos e de sade pblica surgiu a necessidade de se realizar novas pesquisas em buscas de outros produtos que causam menor impacto ambiental, tais como: reguladores de crescimento dos insetos, feromnios, repelentes ou atraentes e bioinseticidas, que atuam com especificidade, sem afetar o meio ambiente e os organismos que nele vivem. A utilizao de agentes de controle na cultura da cana-de-acar, principalmente, contra pragas de solo, deveria compor uma estratgia de manejo integrado, onde fariam parte de um conjunto de prticas aplicveis tais como: o controle biolgico, a rotao de cultura e o constante monitoramento de pragas (Manejo Integrado de Pragas - MIP). Infelizmente, na maioria dos casos, agrotxicos so utilizados como o nico mtodo de controle, o que tem acarretado uma srie de impactos negativos ao ambiente. A partir do momento em que a agricultura passou da fase de subsistncia para uma atividade mais comercial, provavelmente o homem tenha tomado conscincia dos prejuzos provocados pelas pragas. Uma agricultura intensiva (monocultura), como ocorre com o cultivo da cana-de-acar, provoca mudanas no meio ambiente, alterando as caractersticas do meio fsico, reduzindo a biodiversidade, e refletindo de formas diferentes sobre a biota local, sendo prejudicial a algumas espcies e no a outras. De qualquer forma, considerando as inter-relaes entre as espcies que habitam o agroecossistema, este impacto na biodiversidade leva sempre a desequilbrios ecolgicos, o que favorece ao desenvolvimento de pragas e doenas. De acordo com Colborn et al. (1997) os resduos de substncias qumicas sintticas, principalmente agrotxicas, na alimentao, tm afetado a sade de todos os consumidores, diminuindo a fertilidade em homens e aumentando as doenas de cncer e anomalias dos rgos reprodutivos da espcie humana e animais. Dentre todos os impactos ambientais gerados pela agroindstria da cana-deacar, o mais conhecido e mais discutido ao longo dos anos tem sido a queima da palha, mtodo usado para facilitar a colheita. Mesmo com a Lei Estadual 11.241, de 2002, que veta a queima de palha de cana, ao ar livre, as regies urbanizadas das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeiro Preto, Araraquara, Catanduva e Ja convivem com as queimadas desde a intensificao do Prolcool (Programa Nacional do lcool), em 1975. Aliada aos riscos de prejuzos econmicos, danos fauna e flora, as queimadas so responsveis pela emisso de gases justamente no perodo de estiagem, quando as condies de temperatura, umidade e velocidade dos ventos so desfavorveis disperso dos poluentes. Assim, a m qualidade do ar pode prejudicar a sade.

Vinhaa. Vinhoto, vinhaa ou restilo o resduo pastoso e malcheiroso que sobra aps a destilao fracionada do caldo de cana-de-acar (garapa) fermentado, para a obteno do etanol (lcool etlico). Para cada litro de lcool produzido, 12 litros de vinhoto so deixados como resduo. Quando jogado nos rios constitui uma sria fonte de poluio. Pode, no entanto, ser aproveitado como fertilizante ou na produo de biogs. Empregado na lavoura como substituto de fertilizantes, ou na pecuria como complemento de alto teor protico da rao animal. A vinhaa, conhecido lquido poluente e corrosivo, sempre foi um problema nas destilarias de lcool, contudo dado a sua riqueza em potssio, matria orgnica e teor de gua, passou a ser aplicada na lavoura, com grande sucesso econmico. Para tanto, normalmente, as empresas utilizam canais sem revestimento para conduzir o lquido em pontos convenientes, onde atravs do mtodo de asperso do tipo montagem direta, aplicada nos canaviais. Em geral as destilarias dispem de canal principal ou mestre, de onde o lquido distribudo a outros canais, denominados secundrios, a partir dos quais aplicado por asperso. A vinhaa produzida e utilizada durante toda a safra canavieira, que em geral vai de maio a dezembro. Durante esse perodo, e por anos e anos de aplicao a infiltrao do lquido pode atingir o lenol fretico e causar problemas de contaminao. O objetivo principal deste trabalho foi o de monitorizar os parmetros Demanda Qumica de Oxignio (DQO) e Condutividade Eltrica (CE) em amostras de gua presentes no solo, a 50 e 150 cm abaixo do fundo canal condutor. Os resultados foram comparados com aqueles obtidos do resduo in natura, para verificar a tendncia de poluio do solo e da gua subterrnea por compostos orgnicos e sais. Com o aumento da produo de etanol gera-se consequentemente uma maior produo de vinhaa. Em mdia se produz de 10 a 15 Litros de vinhaa por Litro de etanol, dependendo da configurao dos equipamentos da destilaria. A composio da vinhaa varia de acordo como o mosto composto, da mistura de caldo, mel e gua. Com esse aumento da produo de vinhaa, precisou-se pensar em alternativas de utilizao da mesma, para no jogar mais nos rios como era feito antigamente, o que provocava a morte dos peixes. Comeou-se a utilizar ento a fertirrigao, o que se mostrou uma tima alternativa, uma vez que essa utilizada para irrigar a cana, adubando ao mesmo tempo e aumentando a produtividade. Juntamente com o aumento da produo de vinhaa, teve-se que aumentar o uso desta no solo, e isso acabou gerando alguns problemas, tais como: O uso da vinhaa no solo, em regies onde o lenol fretico prximo superfcie, acabou sendo contaminado;

Ao aumentar a capacidade da usina, torna-se necessrio uma maior quantidade de cana que nem sempre da usina, e sim de fornecedores, diminuindo assim a rea para aplicao da vinhaa; Da mesma forma que se a usina comprar novas terras, ela pode ficar em regies descontnuas e mais distantes, inviabilizando o transporte por tubos ou mesmo pelo caminho, quando muito distantes; Pelas caractersticas da vinhaa, esta quando aplicada ao solo, acaba alterando as qualidades do mesmo, principalmente quando utilizada em excesso, o que pode causar saturao de alguns nutrientes, principalmente o potssio (K). O uso potencial para a vinhaa : ela diluda em regies prxima usina (fertirrigao), e em reas mais afastadas reaproveitando seu condensado para diminuir a captao de gua dos rios. Os gargalos para sua adoo ainda so seu, utilizar a concentrao, sendo considerada como fertilizante, e alto custo, j que seus equipamentos apresentam grandes reas e so todos construdos em ao inox. Nos tratamentos convencionais do lquido, segundo o pesquisador, ainda no se obteve uma vinhaa to limpa. Testamos, inclusive, a toxicidade aps o tratamento fngico com organismos aquticos de diferentes nveis trficos e os resultados foram excelentes, garante Romanholo. Alm disso, segundo ele, as qualidades da vinhaa aps o tratamento biolgico visam atender a uma norma estabelecida pela Cetesb. A entidade recomenda o tratamento da vinhaa antes da mesma ser lanada ao solo para a fertirrigao.

Bibiliografia:http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONT1.html http://www.infobibos.com/Artigos/2009_2/Cana/index.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinhoto http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0386-2/index.html http://www.apta.sp.gov.br/cana/anexos/Position_paper_sessao4_monica_VS.pdf http://www.ecodebate.com.br/2010/09/10/biorreator-aerobio-desenvolvido-na-esalquspobtem-vinhaca-mais-limpa-para-adubacao-do-solo/