imp exp sem complicacao

203
Importação & Exportação sem Complicação - 1 SUMÁRIO

Upload: heraldo-gouveia

Post on 20-Jun-2015

363 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • 1. Importao & Exportao sem Complicao - 1SUMRIO

2. 2 - Paulo Narcizo RodriguesPAULO NARCIZO RODRIGUESDespachante Aduaneiro - REG. 7D.00.737Capa e Diagramao: Flvio Simio Damascenoe-mail: [email protected] 1997 / Cosimex - Publicaes & Cursos de ComrcioExterior Ltda.TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - Nos termos da Lei que res-guardaos direitos autorais, proibida a reproduo total ou parcial, bemcomo a produo de apostilas a partir deste livro, de qualquer forma oupor qualquer meio - eletrnico ou mecnico, inclusive atravs de processosxerogrficos, de fotocpias e de gravao - sem permisso, por escrito doEditor.SUMRIOISBN - 85-900542-2-53a. EdioImpresso no Brasil / Printed in Brazil 3. Importao & Exportao sem Complicao - 3IMPORTAO&EXPORTAOSEM COMPLICAOSUMRIO 4. 4 - Paulo Narcizo RodriguesIMPORTAO&EXPORTAOSEM COMPLICAOFone: (0xx17) 3302-8400 - Fax: (0xx17) 3302-8401Rua Cndido Carneiro, 273 - Santa CruzCEP.15014-200 - So Jos do Rio Preto SP.www.caribbeanexpress.com.br / e-mail: [email protected] NARCIZO RODRIGUESConsultor de Comrcio ExteriorDespachante Aduaneiro - REG. 7D.00.737PAULA SERRA NEGRA RODRIGUESConsultora e Professora de Comrcio ExteriorDespachante Aduaneiro - REG. 8D.04.354SUMRIO 5. Importao & Exportao sem Complicao - 5SUMRIOSumrioApresentao............................................................................................. 7Como ser um profissional de Comrcio Exterior...................................... 9Habilitao da Empresa para Importar/Exportar.................................... 19Certificado Digital e-CPF....................................................................... 23RIEX - Sistema de Registro de Informaes de Exportao.................. 25Mercosul e a Integrao Latino-Americana............................................ 27Mercosul - Mercado Comum do Sul....................................................... 29Estrutura do Mercosul............................................................................. 31Certificado de Origem............................................................................. 35Tarifa Externa Comum - TEC................................................................ 39Classificao Fiscal de Mercadorias....................................................... 41NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul.......................................... 43SISCOMEX - Sistema Integrado de Comrcio Exterior....................... 45Siscomex na Importao............................................................................ 47Siscomex na Exportao......................................................................... 51Incoterms................................................................................................. 53Drawback................................................................................................ 65Drawback Verde Amarelo....................................................................... 67Transportes no Comrcio Internacional.................................................. 71Exportao.............................................................................................. 73Modalidades de Exportao.................................................................... 79Comisso de Agente................................................................................ 81 6. 6 - Paulo Narcizo RodriguesExportao Via Correio........................................................................... 83Recebimento das Divisas de Exportao................................................ 85Termos usuais em uma Carta de Crdito................................................ 89Contratao de Cmbio........................................................................... 91Formao de Preo para Exportao....................................................... 93Planilha para Formao de Preo na Exportao.................................... 95Determinao do Preo........................................................................... 97Embarque das Mercadorias..................................................................... 99Seguro Internacional............................................................................. 101Importao............................................................................................ 103Impostos e Taxas que incidem na Importao...................................... 107Formao de Preo na Importao........................................................ 111Pagamento da Importao..................................................................... 113Recebimento das Mercadorias.............................................................. 115Amostras e Pequenas Encomendas....................................................... 117Valorao Aduaneira............................................................................. 119Sites de Pesquisas e Informao sobre o Comrcio Exterior................ 123Embaixadas e Consulados Brasileiros Setoresde Promoo Comercial - ..................................................................... 125SECOMS.............................................................................................. 125Fontes de Pesquisa:............................................................................... 137Fuso horrio do Brasil em relao s principais capitais do mundo:.... 143Modelo de Carta em Espanhol.............................................................. 144Modelo de Carta em ingls................................................................... 145Anexos - Documentos no Comrcio Exterior....................................... 159SUMRIO 7. Importao & Exportao sem Complicao - 7SUMRIOApresentaoO presente trabalho tem como objetivo levar informaes sobreas atividades que envolvem a importao e exportao, principalmente spequenas e mdias empresas que atuam ou desejam atuar na rea, bemcomo fornecer subsdios aos estudantes de comrcio exterior.No iremos abordar as questes relativas ao passado, no entanto,aqueles que assim o desejar podero saber mais sobre a histria do comr-cioexterior brasileiro, pois dispomos de um grande acervo j editado aolongo dos anos. Assim, iremos enfocar o comrcio exterior no Brasil quefora incrementado pelo governo Collor a partir de 1990.Hoje, com a globalizao, na qual estamos inseridos, torna-seimprescindvel a busca por informaes que envolvem o nosso negcioe ainda a formao de profissionais que desejam ocupar uma posio dedestaque, seja na prpria empresa, seja no mercado de trabalho.Fato consolidado, o MERCOSUL bloco do qual o Brasil fazparte juntamente com seus parceiros; Argentina, Paraguai e Uruguai,j demonstra uma evoluo nas trocas comerciais, pois alm de nohaver a cobrana do Imposto de Importao para as transaes entreos parceiros, o que reduz o custo das importaes, no caso do Brasil etornando mais competitivos nossos produtos com esses pases, uma vezque nossos parceiros tambm no pagam o referido imposto quandoimportam do Brasil. Cabe salientar que o Imposto de Importao noir incidir nas mercadorias originrias dos pases membros do bloco, asquais devem ser acompanhadas do Certificado de Origem, evitando quehaja triangulao. 8. 8 - Paulo Narcizo RodriguesMuito se tem feito e muito ainda h por fazer, visando desbu-rocratizare facilitar a cada dia o comrcio entre os pases do Mercosul,principalmente com a adeso de novos parceiros e a sua fuso com outrosblocos econmicos no futuro.Quanto mais pases aderirem ao Mercosul e quando de fato ocorrera fuso com outros blocos, o volume de importao e exportao tende aaumentar significativamente.Desta forma, toda e qualquer empresa tem que se preparar paraimportar e exportar, realizar parcerias com empresas de outros pases, sejacom Joint-Venture ou com uma representao comercial internacional.Vamos tratar primeiramente da exportao e em seguida da impor-tao,dando uma viso genrica dos trmites a serem seguidos em cadaSUMRIOoperao.Vale ressaltar que para realizar operaes de importao e exporta-o,deve-se consultar a legislao pertinente a cada mercadoria, verifican-dotodos os detalhes para no incorrer em erros ou desgastes desnecess-rios,que podem gerar srios prejuzos. 9. Importao & Exportao sem Complicao - 9Como ser um profissional deSUMRIOComrcio ExteriorO profissional de Comrcio Exterior tem suas peculiaridades sendoque seu perfil que ir definir uma ascendncia muito rpida ou demorarum bom tempo para conseguir se estabelecer como tal.Ir depender basicamente da formao e vocao para negcios,pois nada mais do que atuar como vendedor e comprador e em muitasvezes para terceiros, atendendo s necessidades do momento, tendo emvista escassez de mercado ou oportunidade comercial e financeira com oaumento ou queda do dlar em relao ao Real.Este tipo de profissional tem que atuar com parceiros dos maisdiversos, seja interno ou internacional, ter noes de comrcio exterior,tanto da legislao vigente quanto da parte documental. O conhecimentode outros idiomas de extrema importncia, principalmente o ingls que a lngua universal em comrcio exterior, o conhecimento do espanhol muito bem vindo.Os formandos em administrao, economia, comrcio exterior en-treoutras, tm que obrigatoriamente ter noo de importao e exporta-o,pois a qualquer momento poder estar de frente com uma operaode comrcio exterior, da qual poder surgir uma grande oportunidade detrabalho ou mesmo ascendncia dentro da empresa que atua. sabido que entre a teoria e a prtica existe uma distncia muito 10. 10 - Paulo Narcizo Rodriguesgrande, por vezes, em comrcio exterior, a prtica aliada ao conhecimento mais importante que a formao propriamente dita, no entanto quando serene os trs elementos, formao superior, conhecimento e prtica dificil-menteeste encontrar dificuldade de colocao no mercado de trabalho, mes-moque de incio no seja diretamente ligado importao ou exportao.Abaixo algumas das atividades e colocao do profissional paraSUMRIOatuar com o comrcio exterior: Departamento de exportao ou importao de uma empresa;Compras e suprimentos / vendas; Agente; Trader; Consultor; Professor de Comex; Despachante Aduaneiro, autnomo, Comissria de despachos; Ajudante de despachante aduaneiro; Vendedor de servios: fretes - Internacional/Nacional; Terceirizao de servios; Oportunidade aliada ao conhecimento, rea especfica; Comercial Exportadora e Importadora; Comissria de despachos.Dentre os requisitos necessrios destaco os principais: Noo da legislao de comrcio exterior, documentao eoperacionalidade; Fluncia em ingls e espanhol; Ser usurio de computador (Windows, Internet, Excel); Estar atualizado com a economia internacional; Conhecimento de marketing; Conhecimento das estatsticas de importao e exportaotanto interna quanto externa.O conhecimento de informtica uma ferramenta que auxiliasobremaneira o profissional de comrcio exterior, pois a agilidade faz comque os negcios aconteam muito rapidamente se o profissional estiver nocaminho certo. Desde 1993 e 1997 as exportaes e importaes respecti- 11. Importao & Exportao sem Complicao - 11vamente so elaboradas por via eletrnica atravs do Sistema de ComrcioExterior - SISCOMEX e em breve outros controles estaro entrando emoperao para garantir a boa ordem e evitar sonegao e evaso de divisas.Desde janeiro de 2007, toda empresa que importa e exporta,atravs de seu responsvel legal ter que obrigatoriamente possuir o certifi-cadodigital e-CPF para realizar todas as transaes relativas ao SistemaIntegrado de Comrcio Exterior Siscomex, atravs da Internet.Atuar com o comrcio exterior uma profisso como outra qual-quere s ir conseguir conquistar uma posio privilegiada aquele que sedestacar e propagar seu trabalho, que pode se dar pelo conhecimento, dis-posioe muita persistncia, o comrcio internacional aumenta dia apsdia seja com novas empresas ou com empresas em novos mercados ex-portandoe importando e que certamente precisar a cada vez mais destamo de obra especializada. E recomendado a todo e qualquer profissionalque atue na parte operacional, financeira, contbil, compras, vendas, etc.,o conhecimento bsico sobre comrcio exterior.Depto. Exportao - Depto. Importao de uma empresa -Compras e suprimentos / vendasDentre as atividades da empresa, a qualquer momento poder sur-gir oportunidade de exportar ou a necessidade de importar matria primaou mesmo mquinas e equipamentos para melhorar a qualidade e compe-titividadeda empresa. Neste momento a direo ter que encontrar algumcom conhecimentos para gerir esta atividade e certamente ir procurar estasqualidades em seu quadro de colaboradores, assim poder surgir um de-partamentode importao ou exportao.SUMRIOAgenteNesta atividade, todo aquele que reunir conhecimentos sobre co-mrcioexterior poder estar atuando como agente, seja atendendo ao umpedido de uma empresa para buscar produtos ou mesmo colocar em ou-trosmercados, ligando as pontas entre importador/exportador e vice versa,pelo que ser remunerado de acordo com as tratativas entre as partes. 12. 12 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIOTraderO Trader, diferentemente da figura do agente, mas com muitasatividades em comum procura identificar as oportunidades para interme-diarnegcios na esfera internacional, planejando todo o processo desdeo primeiro contato, analisando custos e legislao pertinente, seja na im-portaoou na exportao, preparando toda logstica para viabilizar astransaes.O Trader est sempre participando de eventos nacionais e interna-cionaislevando e buscando os produtos para seus clientes, participandodiretamente das negociaes em nome do seu representado agindo comse tal fosse. Muitos Traders procuram se especializar em um determinadosegmento, confeces, mveis, carne, entre tantos outros, de acordo como conhecimento do mesmo do produto em questo.ConsultorAtuar como consultor de comrcio exterior requer conhecimentoamplo dos mais diversos segmentos, pois tero que preparar dados es-tatsticos,relatrios de comportamento do produto a nvel internacional,comportamento da concorrncia no mercado interno e externo, levar su-gestesde como a empresa poder estar exportando ou importando. imprescindvel nesta condio, assim como nas demais o conhecimentoda legislao pertinente ao comrcio exterior bem como sua atualizaoconstante.Professor de ComexExiste uma carncia nesta rea de atuao, principalmente fora dosgrandes centros, aquele que se prope em ser professor de comrcio exte-riordeve ter amplo conhecimento dedicando-se a uma atividade especfi-caou num todo. Poder desenvolver aulas como por exemplo:- Prticas cambiais;- Incoterms Termos de Comrcio Internacional;- Legislao aduaneira; 13. Importao & Exportao sem Complicao - 13- Teoria do comrcio exterior;- Relaes internacionais;- Logstica InternacionalDespachante Aduaneiro;Ajudante de despachante aduaneiro;Os Despachantes Aduaneiros preparam e assinam os documentosque servem de base ao despacho aduaneiro, na importao e exportao,verificando o enquadramento tarifrio da mercadoria respectiva e provi-denciandoo pagamento dos impostos de importao e sobre produtos in-dustrializa-dos, PIS e COFINS (atualmente mediante dbito automtico),bem como o do imposto sobre circulao de mercadorias, do frete mar-timo,rodovirio e ferrovirio, da demurrage, da taxa de armazenagem ede capatazias, do adicional ao frete para renovao da Marinha Mercante,etc.. Atuam perante vrios rgos pblicos vinculados a inmeros Minis-triosdo Governo (da Sade, da Agricultura, da Indstria e do Comrcio,da Fazenda, e de outros), finalizando a obteno de documentos ou infor-maesvia Siscomex necessrios ao procedimento fiscal aqui referido(licenas de importao, registros de exportao, certificados de origem,certificados fitossanitrios, fechamentos de cmbio, entre outros).O procedimento fiscal de despacho aduaneiro envolve uma srie deconhecimentos de natureza tcnica, tais como o pleno domnio da TarifaExterna Comum (TEC) e suas Regras, das negociaes tarifrias firmadaspelo Brasil, notadamente as que dizem respeito ALADI, ao MERCOSULe ao GATT (OMC), dos vrios regimes isencionais e suspensivos de tribu-tao,na rea da importao e exportao (drawback, etc.), das normasque regem o Licenciamento e tantas outras. Trata-se, assim, de uma ativi-dadeque exige conhecimentos no s na rea aduaneira, mas igualmentena do direito tributrio, administrativo, comercial, martimo, etc.Para se tornar um despachante aduaneiro o interessado ter quetrabalhar por dois anos como ajudante de despachante aduaneiro, reque-rerjunto Receita Federal o seu registro de ajudante de despachante eSUMRIO 14. 14 - Paulo Narcizo Rodriguesaps dois anos poder requer seu registro como Despachante Aduaneiro efiliar-se a um sindicato de classe na regio onde ir operar.O despachante aduaneiro poder atuar como profissional autno-moou ter uma empresa prestadora de servios em comrcio exterior, nocaso, uma comissria de despachos aduaneiros, a qual ir precisar deajudante de despachante aduaneiro, este poder representar o despachan-teaduaneiro em todos os atos funcionais, sendo vedado assinar autosde infrao e termos de responsabilidades entre outros documentos daalfndega.Vendedor se servios Frete internacionalRegional com atuao global, uma tendncia que est dandooportunidades para aqueles que esto longe dos grandes centros e pr-ximodas empresas locais, oferecendo um servio de cotao de fretes,martimos principalmente, pois o rodovirio ainda muito pequena a suapresena no interior, estando mais centralizados na capital, informa aosclientes uma diversificada programao de sadas dos principais portos eaeroportos brasileiros para o destino final pretendido que poder ser umNVOCC ou representante comum do mesmo.NVOCC a sigla em ingls de Non Vessel Operating CommonCarrier, que podemos traduzir como uma transportadora no proprietriade navios para operao compartilhada.NVOCC operar, ele precisa ter um correspondente no porto de des-tino,que faz o desmembramento do embarque, descarrega o container e odevolve ao armador, alm de outros trabalhos relativos aos controles adua-neirosdemandados.No caso de um representante comum, pessoa fsica ou jurdicaque providncia as cotaes de frete, informando tambm as previ-sesde sadas e chegadas de navios para o transporte martimo de car-ga,mediante remunerao, normalmente um percentual sobre o valorSUMRIOde frete pago. 15. Importao & Exportao sem Complicao - 15SUMRIOTerceirizao de serviosExistem muitas empresas, seja de grande ou peque- no porte, queterceirizam as atividades de importao e exportao, preferem delegaresta tarefa a ter que contratar e/ ou se envolver-se diretamente nas ope-raes,desta forma pode ser uma oportunidade ao prestador de serviosvisando oferecer toda informao necessria ao interessado.Oportunidade aliada ao conhecimento, rea especfica grande o nmero de empresas que buscam investimentos e outrosinteresses no Brasil e sempre procuram por uma mo de obra especializa-daem determinado segmento. As oportunidades podem estar ligadas sim-plesmentecom ser um contratado para prestar servios dentro da rea deatuao especfica onde rene conhecimentos necessrios e o domnio dalngua do pas, este poder ser contratado como colaborador, prestador deservios ou at mesmo receber um convite para uma sociedade de interessede ambas as partes.No caso de ser uma empresa, j constituda e com atuao emdeterminada rea, esta poder receber um convite de parceria, Joint-Ven-tures,cuja definio do termo em portugus , fuso e/ou associaode capitais, participao acionria, transao ou operao conjunta, comaporte de capital ou no, neste caso poderia ser de bens ou conhecimentostecnolgicos.Comercial Exportadora e ImportadoraTrata-se de uma empresa como outra qualquer na prestao deservios, tendo com atividade fim comprar e vender ou mesmo atuar comintermedirio em operaes de comrcio exterior. Uma empresa que neces-siteimportar determinado produto ou exportar e no rena as condiesnecessrias para tanto poder fazer uso de uma comercial exportadorapara receber ou mandar suas mercadorias.Atualmente empresas com esta denominao e atuao tm au-mentadovisando atender s necessidades e aproveitar-se da deficincia de 16. 16 - Paulo Narcizo Rodriguesoutras, pois para poder atuar com importao e exportao a empresater que ter a Habilitao/Radar, junto Receita Federal da jurisdio damatriz e em muitos casos encontra-se impedida devido a dbitos federaise/ou processos administrativos, logo se aparece uma operao, seja de im-portaoou exportao, faz uso de uma comercial exportadora.Trading Company & Comercial Exportadora ComumComo j mencionado acima, uma empresa comercial exportadoracomum uma empresa como outra qualquer, j a Trading Company uma empresa comercial exportadora, constituda de acordo com as espe-cificaeselenca- das no Decreto-lei n. 1.248, de 29 de novembro de 1972.A Trading Company deve ser constituda sob a forma de sociedadepor aes, as quais devem ser nominativas e com direito a voto e possuirum capital mnimo equivalente a 703.380 UFIRs. Possuir o Certificado deRe- gistro Especial, concedido pelo DECEX, em conjunto com a Secretariada Receita Federal.Basicamente a diferena entre uma e outra estar na prpria razosocial, a comercial exportadora comum ser sempre uma Ltda., e a TradingCompany ser sempre uma S/A, a venda de mercadorias para uma Ltda.,ambos ficam solidrios no recolhimento de impostos at que se efetive defato a exportao obtendo assim a iseno, j a venda para uma TradingCompany os impostos so automaticamente isentos.Comissria de despachos aduaneirosEmpresa que atua nos processos de importao e exportao, ofe-recendoassessoria, consultoria, liberao de mercadorias no porto, aero-porto,fronteira e correios, bem como em recintos alfandegados como Eadi,(Porto Seco), normalmente este tipo de empresa, quando no dispe emseu quadro societrio a figura do despachante aduaneiro, ou ainda quandose faz necessrio contrata o mesmo como autnomo para exercer as fun-esdentro da empresa como prestador de servios.A Comissria prepara toda documentao necessria, elabora pla-SUMRIO 17. Importao & Exportao sem Complicao - 17nilhas de custos e outras informaes inerentes ao comrcio exterior e dis-pede estrutura fsica para desenvolver as atividades.Somente podero ser credenciadas para exercer atividades relacio-nadascom o despacho aduaneiro, as seguintes pessoas:1 - Despachante aduaneiro;2 - dirigente ou empregado de pessoa jurdica representada existem empre-sasque prestam esses servios e no tem em seu quadro social a figurado despachante aduaneiro, sendo este profissional um contratado paraestar frente da fiscalizao quando da liberao das mercadorias.Hoje e j h algum tempo o governo disponibiliza informaes queauxiliam na busca de informaes para realizao de pesquisa de dadosnacionais e internacionais, dos quais destaco os sites:http://www.brasilglobalnet.gov.br - Ministrio das Relaes Exterioreshttp://www.desenvolvimento.gov.br - Ministrio do Desenvolvimento,Indstria e Comrcio Exteriorhttp://www.portaldoexportador.gov.br - MDIChttp://www.vitrinedoexportador.gov.br/http://www.aprendendoaexportar.gov.br - MDIChttp://aliceweb.desenvolvimento.gov.br - http://aliceweb2.mdic.gov.br -http://www.alicewebmercosul.mdic.gov.brhttp://www.apexbrasil.com.br - Agncia de Promoo de Exportaowww.bb.com.br - Banco do Brasil - Negcios Internacionais - RevistaComrcio Exterior BBwww.funcex.com.br - Fundao Centro de Estudos de Comrcio Exteriorwww.aeb.org.br - Associao de Comrcio Exterior do Brasilhttp://www.comexbrasil.gov.br - Portal Brasileiro de Comrcio Exteriorhttp://www.paiipme.com.br - Pequenas e Mdias Empresas Apoio In-seroSUMRIOInternacional 18. 18 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 19. Importao & Exportao sem Complicao - 19Habilitao da Empresa paraSUMRIOImportar/ExportarPara estar apto a operar na importao ou exportao, dever todaempresa estar habilitada na Secretaria da Receita Federal do Brasil.O interessado dever requerer o pedido de habilitao unidade de fis-calizaoaduaneira com jurisdio sobre o estabelecimento matriz, devendoesta ser Delegacia da Receita Federal e no Agncia da Receita Federal. Paratanto, a empresa dever reunir documentos visando habilitar-se, sendo estes,cpias devidamente autenticadas, declaraes e formulrios com firma reconhe-cidaem cartrio. Lembrando que o REI Registro de Importadores e Exporta-dores,que era realizado junto ao Banco do Brasil S/A. fora extinto em dezembrode 1999, no havendo portanto necessidade do mesmo.Procedimentos para habilitar empresas para importar e exportarCom o advento da Instruo Normativa N 650 publicada no Di-rioOficial, com efeito a partir 22 de maio de 2006, a Receita Federalvisa facilitar a Habilitao das empresas para importao e exportao. Areferida IN est regulamentada pelo Ato Declaratrio Executivo Coanan 3, de 1o de junho de 2006, que apresenta a relao de documentos aserem apresentados juntamente com os requerimentos para habilitao.Anteriormente, a Instruo Normativa SRF n 455, de 5 de outubrode 2004, o prazo era de 30 dias o que fica reduzido para at 10 (dez) diascaso a empresa esteja com a sua situao regular. 20. 20 - Paulo Narcizo RodriguesCom as informaes prestadas Receita Federal, anteriormente, oAuditor Fiscal verificava se as informaes eram verdadeiras, agora as mes-masso prestadas, detalhadamente por parte do interessado, onde o mesmoassume como verdadeiras sob as penas da lei, assim qualquer divergnciaser indeferida sumariamente a habilitao e ainda poder ser intimado aprestar esclarecimentos sobre a veracidade ou divergncia de informao.Outro ponto importante que a empresa tendo obtido sua habi-litaono poderia ficar mais que doze meses sem operar em comrcioexterior, o que agora fora ampliado para dezoito meses.Fica mantida a dispensa de habilitao para exportao via Empre-saBrasileira de Correios e Telgrafos, obedecendo as normas estipuladaspor esse meio.A Habilitao poder ser de quatro maneiras:Ordinria, para empresas que atuam com freqncia no comrcio exterior;Simplificada, para empresas que atuam com exportaes e importaesde pequena monta ou ainda para aquisio de bens desti-nados incorporao ao seu ativo fixo permanente.Outro ponto importante que o valor para transaesfora elevado de US$ 150,000.00 para US$ 300,000.00 emcada perodo consecutivo de seis meses, ou seja US$600,000.00 ano, para empresas que atuam com exportaese fora mantido para importaes em US$ 150,000.00, ouseja US$ 300,000.00 ano, podendo obter assim a Habilita-oSUMRIOSimplificada.Especial, especial, para rgo da administrao pblica direta, autar-quiae fundao pblica, rgo pblico autnomo, organis-mointernacional e outras instituies extraterritoriais;Restrita, para pessoa fsica ou jurdica que tenha operado anterior-menteno comrcio exterior, exclusivamente para a realiza-ode consulta ou retificao de declarao. 21. Importao & Exportao sem Complicao - 21Realmente a nova norma define as empresas para atuarem no co-mrcioexterior, pois tero que estar em plena regularidade tanto da pessoafsica quanto da pessoa jurdica, acaba de vez com as empresas fantasmas,laranjas e empresas de fachada.Para ter acesso Instruo Normativa e os formulrios dever aces-saro site http://www.receita.fazenda.gov. br/, clicar em Aduana e Comr-cioExterior, clicar em Siscomex, clicar em Responsvel Legal - Habilita-o.SUMRIO 22. 22 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 23. Importao & Exportao sem Complicao - 23SUMRIOCertificado Digital e-CPFAps obter a Habilitao para importar e/ou exportar, ser neces-srioque o responsvel legal pela empresa obtenha o e-CPF, para quepossa efetuar o Cadastro de Representantes Legais no Siscomex - SistemaIntegrado de Comrcio Exterior.Esta opo de acesso possilibilita ao contribuinte possuidor decertificado digital e-CPF realizar todas as transaes relativas a este ser-vio,pertencente ao Siscomex, desde que autorizadas pelo perfil ou perfisdo sistema em que esteja previamente habilitado junto Receita Fede- raldo Brasil.Ao utilizar este servio, o contribuinte certificado, habilitado comoResponsvel Legal pela empresa perante a Receita Federal do Brasil, po-derefetuar o credenciamento no Siscomex de outras pessoas fsicas queatuaro como Representantes Legais dessa empresa na prtica dos atosrelacionados ao despacho aduaneiro.O e-CPF uma identificao eletrnica que garante a autenticidadee integridade do relacionamento entre o contribuinte e da Receita Fede-raldo Brasil, assegurando a privacidade e inviolabilidade das informaestrocadas.Atualmente, o e-CPF permite utilizar os servios disponibiliza-dospela Receita Federal no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuin-te e-CAC. Voc pode, por exemplo, obter cpias de declaraes, efetuarretificaes de Darf, utilizar o Siscomex e conferir a sua situao fiscal ou 24. 24 - Paulo Narcizo Rodriguesde sua empresa, sem a necessidade de comparecer pessoalmente a umaunidade de atendimento ao contribuinte, alm do fechamento de cmbio.Localidades para obter o e-CPF:Serasa So Jos do Rio Preto, SP - (17) 4009-2600Serasa Curitiba - (41) 4002-4004Serpro Curitiba - (41) 3313-8282Serasa Porto Alegre - (51) 2102-6100Serasa Novo Hamburgo - (51) 2102-5300Serasa Caxias do Sul - (54) 4009-3700Serasa Passo Fundo - (54) 3313-7566Serpro Porto Alegre - (51) 3212-6746Serasa Florianpolis - (48) 3222-2024Serpro Florianpolis - (48) 3231-8800Serpro So Paulo - (11) 3229-6426Serasa So Paulo - (11) 5591-0137SUMRIO 25. Importao & Exportao sem Complicao - 25SUMRIORIEX - Sistemade Registro de Informaes deExportaoVisto Eletrnico na Exportao ICMSRIEX Sistema de Registro de Informaes de Exportao, noqual a empresa ter que se cadastrar previamente para obter uma senhade acesso ao programa para que quando emitir uma nota fiscal de expor-tao,seja ela direta ou indireta, a qual desonerada de ICMS, incentivopara empresas exportadoras, ser gerado um formulrio que dever acom-panhara primeira via da nota fiscal.Quem deve obter o Visto Eletrnico na Exportao:- Empresas que exportam diretamente ao exterior;- Empresas que vendem seus produtos comercial exportadora, comfim especfico de exportao;- Empresas que recebem produtos de outras para exportao.O Visto Eletrnico ser obrigatrio mesmo que os produtos sejamexportados por outro estado que no de So Paulo.Trata-se de mais uma burocracia para as empresas exportadorasdo estado de So Paulo, tendo em vista que a Secretaria de ArrecadaoEstadual ir gerenciar mais rapidamente o recolhimento de ICMS, pois ato momento a empresa que emite uma nota fiscal para exportao e no 26. 26 - Paulo Narcizo Rodriguesrealiza de fato a operao s receber uma fiscalizao num perodo de atdois anos, momento em que poder no existir mais. Com o advento doRIEX o controle ser com prazo muito inferior.SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA COOR-DENADORIADA ADMINISTRAO TRIBUTRIA - CAT DIRETORIAEXECUTIVA DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA - DEAT SUPERVI-SODE COMRCIO EXTERIOR - DEAT - COMEXSistema de Registro de Informaes de ExportaoExtrato do comprovante de Registro de InformaesVisto eletrnico concedido em DD/MM/AAAA pela Superviso de Comr-cioExterior - DEAT-COMEX, nos termos do artigo 1 da Portaria CAT 50,de 21/06/2005.CNPJ: 69.120.301/0001-20Nota Fiscal: 1252Srie: UData de emisso: 20/03/2006Valor Total da nota: R$ 2550,00Cdigo: 5020324238Fig. 11 Modelo de extrato do comprovante de Registro de InformaesPara fazer o cadastro a empresa ter que acessar o endereo eletr-nicohttp://www.fazenda.sp.gov.br, e seguindo o roteiro SERVIOS / VIS-TOELETRNICO - EXPORTAO / REGISTRO DE INFORMAES/ CADASTRA ESTABELECIMENTO.Aps o cadastro, com a senha poder acessar o site, preencher oformulrio para gerar o Visto Eletrnico, seguindo as instrues no Guiado Usurio, que esta disponvel no site para download, que aps serimpresso em papel A4, anexando nota fiscal de exportao.SUMRIO 27. Importao & Exportao sem Complicao - 27SUMRIOMercosul e a IntegraoLatino-AmericanaO Tratado de Assuno, assinado em Maro de 1991, estabele-ceuo processo de transio para a criao do Mercado Comum entreo Brasil, a Argentina, o Uruguai e Paraguai, Unio Aduaneira que en-trouem vigor a partir de 01 de Janeiro de 1995, tornando-se assim aquinta maior economia mundial depois dos Estados Unidos, da UnioEuropia, do Japo e da China.Na dcada de 60, tivemos a ALALC - Associao LatinoAmericana de Livre Comrcio, visando um mercado comum, masem face a uma srie de dificuldades e sua rigidez com as listascomuns e com os prazos de reduo tarifria, fatos que impediama integrao regional, posteriormente evoluindo em 1980 para aALADI - Associao Latino-Americana para Desenvolvimento e aIntegrao, procurando superar a estagnao em que se encontravaa ALALC.Atravs das listas Nacionais, os integrantes da ALADI, Argenti-na,Bolvia, Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Mxico, Paraguai, Peru,Uruguai, Venezuela, promoviam o livre comrcio entre os EstadosMembros com redues tarifrias de preferncias percentuais, atravsde acordos de alcance regional com a participao de todos os pases,ou acordos de alcance parcial com a participao de alguns pases, re-duzindoassim o imposto de importao a pagar quando as mercadoriastinham como procedncia um pas da ALADI. 28. 28 - Paulo Narcizo RodriguesTanto a ALALC quanto a ALADI, tiveram uma importncia fun-damentalna criao do Mercosul que ficou definido com o Tratado deAssuno, entrando em pleno vigor em 01 de Janeiro de 1995.O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, constituem-se emZona de Livre Comrcio e uma Unio Aduaneira, o que assegura aos pro-dutosoriginrios dos quatro pases membros, circularem dentro do territ-riodo MERCOSUL com tarifa de imposto de importao zero.A Tarifa Externa Comum - TEC, torna-se obrigatria nos quatropases, ou seja qualquer produto importado de terceiros pases, ter umaalquota de imposto de importao comum aos quatro pases.O Brasil consolidou em uma nica relao a Lista Bsica de Con-vergnciade Bens de Capital; a Lista de Convergncia do Setor deinformtica e Telecomunicaes; a Lista Bsica de Excees TEC,onde esto indicados os esquemas de convergncia que lhes sero aplica-dos,at que se alcance a alquota definida na TEC.Regime de Adequao implica na Lista de Produtos que necessitade um tratamento tarifrio, para o comrcio intraregional, tendo durao dequatro anos para o Brasil, com redues lineares e automticas at alcanaralquota zero. Atravs do Decreto 1.724 de 04/12/95, o governo brasi-leirofixou as alquotas incidentes sobre produtos originrios e procedentesdos Estados-Partes do MERCOSUL, dando eficcia no plano interno aoRegime de Adequao Final Unio Aduaneira.O MERCOSUL, constitui-se em importante bloco econmico, ten-dodispertado interesse de outros blocos para a formao de outros comampliao, a exemplo dos americanos com a ALCA - rea de Livre Co-mrciodas Amricas, reunindo 34 pases e a Unio Europia com 15 pa-ses.SUMRIO 29. Importao & Exportao sem Complicao - 29Mercosul - Mercado Comum do SulAntecedentes:ALALC - 1960 - ALADI - 1980Pases Membros:Argentina - Bolvia - Brasil - Colmbia - Chile - Equador - Mxico -Paraguai - Peru - Uruguai - VenezuelaMERCOSUL: Tratado de Assuno 26/03/9101/01/1995 - Unio Aduaneira entre: Brasil, Argentina, Paraguai eUruguaiConceitos Bsicos:Livre Circulao de Produtos;Livre Circulao de Servios;Livre Circulao de Pessoas;Livre Circulao de Capitais;Taxas Alfandegrias Externas comuns aos quatro pases;Poltica Comercial comum em relao a outros pases;Polticas Educacionais, Trabalhistas e Culturais compatveis;Polticas e Legislaes gerais compatveis;200 milhes de pessoas.SUMRIO 30. 30 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 31. Importao & Exportao sem Complicao - 31SUMRIOEstrutura do MercosulCONSELHO DO MERCADO COMUMO Conselho do Mercado Comum rgo superior do Mercado Co-mum,correspondendo-lhe a conduo poltica do mesmo e a tomada dedeciso para assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos estabelecidospara a constituio definitiva do Mercado Comum. Composto pelos Minis-trosdas Relaes Exteriores e os Ministrios de Economia dos Estados--Partes.Suas Reunies dar-se-o de acordo com a necessidade, e pelo me-nosuma vez por semestre e as far com a participao dos Presidentes dosEstados-Partes.Suas funes so a de velar pelo cumprimento do Tratado de As-suno,de seus protocolos e acordos firmados. Formular polticas e pro-moveraes necessrias para a consolidao do Mercado Comum, nego-ciare firmar acordos, em nome do Mercosul, com terceiros pases, grupode pases e organismos internacionais, funes que podero ser delegadasao Grupo Mercado Comum, conforme estabelecido no Tratado.Pronunciar-se sobre as propostas levadas pelo Grupo Mercado Co-mum,criar reunies de ministros e pronunciar- se sobre os acordos remeti-dospelas mesmas, aclarar quando necessria, o contedo e alcance de suasdecises, designar o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul, ho-mologarregimento interno do Grupo Mercado Comum. 32. 32 - Paulo Narcizo RodriguesO Conselho Mercado comum se pronunciar-se- mediante deci-ses,as que sejam obrigatrias para os Estados- Partes.GRUPO MERCADO COMUMO Grupo Mercado Comum o rgo superior do Mercado Comum,sua coordenao est a cargo do Ministrio das Relaes Exteriores.Tem como funes, velar pelo cumprimento do Tratado, tomar pro-vidnciascom relao as decises adotadas pelo conselho, propor medi-dasconcretas tendentes aplicao do Programa de Liberao Comercial, coordenao de polticas macroeconmicas e negociao de Acordosfrente a terceiros e assegurar avanos para o estabelecimento do MercadoComum.O Grupo Mercado Comum est integrado por quatro membros ti-tularese quatro membros alternos por pas, que representam os seguintesrgos:- Ministrio das Relaes Exteriores;- Ministrio da Economia ou seus equivalentes (reas de Indstrias,Comrcio Exterior e/ou Coordenao Econmica);- Banco Central.Subgrupos de Trabalho do Grupo Mercado Comum:Subgrupo 1 : ComunicaesSubgrupo 2 : MineraoSubgrupo 3 : Regulamentos TcnicosSubgrupo 4 : Assuntos FinanceirosSubgrupo 5 : Transportes e Infra-estruturaSubgrupo 6 : Meio AmbienteSubgrupo 7 : IndstriaSubgrupo 8 : AgriculturaSubgrupo 9 : EnergiaSubgrupo 10 : Assuntos Trabalhistas, Emprego, e Segu-ridadeSocialSUMRIO 33. Importao & Exportao sem Complicao - 33SECRETARIA ADMINISTRATIVA DO MERCOSULTem como objetivo, servir de arquivo oficial, realizar publicaese definir as normas adotadas do Mercosul. Realizar e coordenar com Es-tados-Partes as tradues autenticas nos idiomas Espanhol e Portugus,as decises adotadas pelos rgos da estrutura internacional do Mercosule a edio do Boletim do Mercosul. Organizar os aspectos logsticos dasreunies do CMC e CCM quando as mesmas se realizarem em sua sedepermanente, no que se refere a reunies fora de sede proporcionar apoioao Estado em que se realize a reunio.rgo encarregado de registrar as Listas Nacionais, desempenharas tarefas que sejam solicitadas pelo GMC e da CCM, elaborar projetos, euma vez aprovados pelo GMC, praticar todos os atos necessrios para suaexecuo, apresentar relatrio das contas ao GMC, assim como informe desuas atividades. A Secretaria Administrativa do Mercosul est a cargo deum diretor, que ter nacionalidade de um dos Estados-Partes, sua sede estem Montevidu.COMISSO DE COMRCIO DO MERCOSULrgo encarregado de assistir ao Grupo Mercado Comum, aplican-doos instrumentos de poltica comercial comum, acordados pelos Esta-dos-Partes para o funcionamento da unio aduaneira, assim como efetuaro segmento e revisar temas e matrias relacionados com as polticas co-merciaiscomuns, com o comrcio intra-mercosul e com terceiros pases.Sua coordenao est a cargo dos Ministrios das Relaes Exteriores dosEstados-Partes, realizar reunies pelo menos uma vez por ms ou sempreque solicitado pelo GMC ou por qualquer Estado-Parte.Est a seu encargo, pronunciar-se sobre as solicitaes apresentadaspelos Estados-Partes com respeito ao cumprimento da Tarifa Externa Co-mum- TEC e demais instrumentos de poltica comercial comum, analisara evoluo desses instrumentos para o funcionamento da unio aduaneira eformular propostas a este respeito ao Grupo Mercado Comum.Tomar decises vinculadas administrao e aplicao da TEC,SUMRIO 34. 34 - Paulo Narcizo Rodriguese dos instrumentos de poltica comercial adotados pelos Estados-Partes,propor ao GMC novas normas ou modificaes das normas existentes emmatria comercial e aduaneira do Mercosul, reviso das alquotas de itensespecficos da TEC, inclusive contemplar casos referentes a novas ativida-desprodutivas no mbito do Mercosul.FORO CONSULTIVO DO MERCOSULO Foro Consultivo participar do processo de integrao fazendorecomendaes ao Grupo Mercado Comum, rgo executivo do Mercosul,e composto por entidades representativas de empresariado e de trabalha-dores.COMISSO PARLAMENTAR CONJUNTArgo representativo dos Parlamentares dos Estados- Partes noMercosul, objetivando acelerar interesses e harmonizar as legislaes emaximizar temas prioritrios. A Comisso Parlamentar remeter recomen-daesao Conselho do Mercado Comum por intermdio do Grupo Merca-doSUMRIOComum. 35. Importao & Exportao sem Complicao - 35SUMRIOCertificado de OrigemPara beneficiar-se das redues e restries outorgadas entre os pa-sesmembros do MERCOSUL, as exportaes devero estar acompanha-dasdo Certificado de Origem, que emitido por entidade de classe ouinstituio com perfil jurdico e reconhecida pelo governo e expedida dire-tamentedo pas exportador ao pas importador, devendo conter percentualde 60% do ndice de nacionalizao, sendo permitidos at 40% de produtosagregados de terceiros pases.Considera-se expedio direta as seguintes condies:a) as mercadorias transportadas sem passar pelo territrio de algum pasno-participante do Tratado;b) as mercadorias transportadas sem passar pelo territrio de alguns pa-sesno participantes, com ou armazenamento temporrio, sob a vigi-lnciade autoridade alfandegria competente em tais pases, sempreque:- o trnsito estiver justificado por razes geogrficas ou por conside-raesrelativas a requerimentos do transporte;- no estiverem destinadas ao comrcio, uso ou emprego no pas detrnsito, e no sofram, durante transporte e depsito, nenhuma opera-odistinta s de carga e descarga ou manuseio, para mant-las emboas condies ou assegurar sua conservao; 36. 36 - Paulo Narcizo Rodrigues- que os produtos procedentes das Zonas Francas situadas nos limi-tesgeogrficos de qualquer dos Estados- Partes devero cumprir osrequisitos previstos no presente Regime Geral;- a expresso materiais compreende as matrias-primas ou produtosintermedirios e as partes e peas utilizadas na elaborao das mercado-rias.No Estado de So Paulo, o rgo encarregado da emisso do Cer-tificadode Origem a Federao das Indstrias do Estado de So PauloFIESP, CIESP e algumas Associaes Comerciais.Para obter o Certificado de Origem, dever o produtor final ou oexportador preencher formulrio padro, indicando caractersticas e com-ponentesdo produto e os processos de elaborao, este documento firmadodar origem ao certificado, desde que seus dados estejam corretos seremitido em at 03 (trs) dias.Certificado de Origem tambm necessrio para exportao nombito da ALADI, SGPC e SGP, esses certificados garantem ao impor-tadora reduo parcial ou total do imposto de importao que incide sobredeterminados produtos. O Brasil membro dos acordos firmados com ospases que os integram e o Certificado do SGP emitido pelo Banco doBrasil FORM A.Pases Membros da ALADI - Associao de Latino Americana deIntegrao - ( Acordos Bilaterais ou Multilaterais-Preferncias Tarifrias):Argentina, Bolvia, Brasil, Colmbia, Chile, Equador, Mxico, Para-guai,Peru, Uruguai e Venezuela.Pases Membros do SGPC - Sistema Global de Preferncias Comerciais- (entre pases em desenvolvimento):Arglia, Argentina, Bangladesh, Benin, Bolvia, Brasil, Camares,Chile, Cingapura, Cuba, Egito, Equador, Filipinas, Gana, Guiana,Guin, ndia, Indon- sia, Ir (Repblica Islmica do), Iraque, Iugusl-SUMRIO 37. Importao & Exportao sem Complicao - 37via, Jamahiriya Popular Social rabe da Lbia, Malsia, Mxico, Mo-ambique,Nicargua, Nigria, Paquisto, Peru, Repblica da Coria,Repblica Popular Democrtica da Coria, Repblica Inida da Tanz-nia,Romnia, Sri Lanka, Sudo, Tailndia, Trinidad e Tobago, Tunsia,Vietn e Zimbbue.Pases Membros do SGP - Sistema Geral de Preferncias- (Outorgado por pases desenvolvidos aos pases em desenvolvimento):Bielo-Rssia. Bulgria, Canad, Eslovquia, Estados Unidos da Am-rica,Federao Russa, Hungria, Japo, Noruega, Nova Zelndia, Re-pblidaTcheca, Suia.Unio Europia - ustria, Blgica, Dinamarcaa, Espanha, Finlndia,Frana, Grcia, Itlia, Luxemburgo, Pases Baixos, Portugal, ReinoUnido, Irlanda, Sucia, e Repblica Federal da Alemanha.SUMRIO 38. 38 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 39. Importao & Exportao sem Complicao - 39Tarifa Externa Comum - TECAs alquotas do Imposto de Importao que prevalecero para ocomrcio com terceiros pases, incidem sobre as mercadorias estrangeirase tem como fato gerador a entrada no territrio aduaneiro.A base de clculo para o imposto o valor aduaneiro que expres-soem moeda estrangeira dever ser convertida para moeda nacional deacordo com as Taxas de Cmbio para essa finalidade, dlar comercial.EXEMPLO DE CLCULO COM ALQUOTA AD VALOREMValor Aduaneiro incluindo frete e seguros internacional equivalenteSUMRIOa US$ 150,000.00Taxa de Cmbio para efeitos de impostoUS$ 1.00 = R$ 1.738Converso para moeda Nacional:US$ 1.00 R$ 1.738US$ 150,000.00 = X150,000.00 x R$ 1.738X =US$ 1.00X = R$ 260.700,00Alquota constante da TEC igual a 20% 40. 40 - Paulo Narcizo RodriguesValor Aduaneiro..................................................................R$ 260.700,00Alquota do imposto.............................................................. 20% ImpostoCalculado.............................................................................R$ 52.140,00Reduo do Imposto de Importao I.I.A TEC Tarifa Externa Comum define o I.I. a pagar quando seimporta de terceiros pases, fora do bloco Mercosul.A Preferncia Percentual pode ser entendida como um descontoconcedido quando importamos de terceiros pases uma vez que encontra--se negociado com atravs de acordos bilaterais ou multilaterais no caso daALADI Associao Latino Americana de Integrao.Da mesma forma para a exportao o importador ir obter o mes-modesconto, desde que seja enviado o Certificado de Origem ou Certifi-cadoFORM A - SGP SGPC.Exemplo de Imposto de Importao pagar quando se im-portade um pas fora do Mercosul que mantm acordo com o Brasil,obtendo uma Preferncia Percentual.ACORDOS INTERNACIONAISMERCOSUL 0%ALADI - Acordos Bilaterais, entre dois pases, Multilaterais,entre vrios pases- (Preferncia Percentual).I.I. - TEC.............................................................................................20%PREFERNCIA PERCENTUAL.......................................................40%MARGEM DE REDUO.................................... = 40% DE 20% = 8%IMPOSTO RESULTANTE (I.I. - R).......................... = 20% - 8% = 12%No exemplo acima o imposto na TEC de 20%, no entanto por fora deum acordo, obtendo-se a Preferncia Percentual de 40% o mesmo ficarem 12%.SUMRIO 41. Importao & Exportao sem Complicao - 41SUMRIOClassificao Fiscal deMercadorias a operao de enquadramento de uma determinada mercadoriaem um sistema que, no Brasil, obedece padres internacionais de um Sis-temaHarmonizado e o no enquadramento correto poder causar multas edevoluo dos documentos.Sistema Harmonizado de Designao e de Classificao de Merca-dorias,designado por Sistema Harmonizado, em todos os pases do mundo,as mercadorias so codificadas numericamente, constitudas de seis dgitos,com vistas aos controles estatsticos e fiscalizao aduaneira, facilitar aunificao de documentos comerciais, bem como a transmisso de dados.NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul, a partir de 01 de Ja-neirode 1995, o Brasil adotou junto a seus parceiros do Mercosul, Argen-tina,Paraguai e Uruguai, a NCM, constituda de oito dgitos, baseada noSistema Harmonizado, para a aplicao da TEC-Tarifa Externa Comum,definindo o imposto de importao de mercadorias procedentes de terceirospases, e a apurao da alquota do I.P.I.NALADI/SH - Nomenclatura da Associao Latino Americana de Inte-grao,baseada no Sistema Harmonizado, utilizada nas negociaes dembito da ALADI, para verificar as preferncias comerciais concedidaspelos parceiros comerciais, composta de oito dgitos. 42. 42 - Paulo Narcizo RodriguesNBM/SH - Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, baseada noSistema Harmonizado, utilizada para apurar a alquota do IPI, composta dedez dgitos. (*)(*) IMPORTANTE: Esta nomenclatura foi incorporada a NCM pelo de-cretoNr. 2092 de 10/12/96, produzindo efeitos a partir de 01/01/1997, masdever ser utilizada para fins estatsticos.SUMRIO 43. Importao & Exportao sem Complicao - 43NCM - Nomenclatura ComumSUMRIOdo MercosulESTRUTURA - XXI SEES - 96 CAPTULOSSEO I Animais vivos e produtos do Reino Animal - Cap. 1 A 05SEO II Produtos do reino vegetal - Cap. 6 A 14SEO IIIGorduras e leos animais ou vegetais; produtos da sua dis-sociao;gorduras alimentares elaboradas; ceras de origemanimal ou vegetal - Cap. 15SEO IVProdutos das indstrias alimentares; bebidas, lquidos alco-licose vinagres, fumo (tabaco) e seus sucedneos manufa-turados- Cap. 16 A 24SEO V Produtos Minerais - Cap. 25 A 27SEO VIProdutos das indstrias Qumicas ou das inds. conexas -Cap. 28 a 38S E O VII Plsticos e suas obras; borracha e suas obras - Cap. 39 A 40S E O VIIIPeles, couros, peleteria e obras destas matrias; artigos decorreeiro ou seleiro; artigos de viagem bolsas e artefatos se-melhantes;obras de tripa - Cap. 41 A 43SEO IXMadeira, Carvo vegetal e obras de madeira; cortia e suasobras; de espartaria ou cestaria. - Cap. 44 A 46SEO XPastas de madeira ou de outras matrias fibrosas celulsi-cas;desperdcios e aparas de papel ou de carto; papel esuas obras - Cap. 47 A 49 44. 44 - Paulo Narcizo RodriguesSEO XI Matrias txteis e suas obras - Cap. 50 A 63SUMRIOSEO XIICalados, chapus e artefatos de uso semelhante, guar-da-chuvas, guarda-sis, Bengalas, Chicotes, e suas partes;penas preparadas e suas obras; flores artificiais, obras decabelo - Cap. 64 A 67SEO XIIIObras de pedra, gesso, cimento amianto, mica ou de mat-riassemelhantes; produtos cermicos; vidros e suas obras- Cap. 68 A 70SEO XIVProlas naturais ou cultivadas, pedras preciosas ou semipre-ciosase semelhantes, metais preciosos, metais folheadosou chapeados de metais preciosos, suas obras; bijuterias;moedas - Cap. 71SEO XVMetais comuns e suas obras - Cap. 72 A 83 - Exclui-se cap.77SEO XVIMquinas e aparelhos, material eltrico, suas partes; apa-relhosde gravao ou de reproduo de som, aparelhos degravao ou de reproduo de imagem e de som em televi-so,e suas partes e acessrios - Cap. 84 E 85SEO XVII Material de transporte - Cap. 86 A 89S E OXVIIIInstrumentos e aparelhos de tica, fotografia ou cinema- to-grafia,medida, controle ou de preciso; Instrumentos eaparelhos mdico-cirrgicos; aparelhos de relojoaria; instru-mentosmusicais, suas partes e acessrios - Cap. 90 A 92SEO XIX Armas e munies; suas partes e acessrios - Cap. 93SEO XX Mercadorias e produtos diversos - Cap. 94 A 96SEO XXI Objetos de arte, de coleo e antigidades - Cap. 97CAP. 77 e 98 Reservados para utilizao futura 45. Importao & Exportao sem Complicao - 45SUMRIOSISCOMEXSistema Integrado deComrcio ExteriorO SISCOMEX foi implantado em Janeiro de 1993 para as ope-raesde exportao. O SISCOMEX um instrumento administrativoque integra as atividades de registro e acompanhamento das operaes decomrcio exterior, mediante fluxo nico, computadorizado, de informaespermitindo o acesso, desde que habilitado ou credenciado, de importado-res,exportadores, despachantes aduaneiros, transportadores, instituiesfinanceiras, todos podem consultar o sistema para efetuar registros, o SIS-COMEXcomeou a operar na importao em Janeiro de 1997.O SISCOMEX de competncia da Secretaria da Receita Fede-ral,Secretaria de Comrcio Exterior e Banco Central do Brasil, adminis-tradopelo SERPRO.Tanto o importador como o exportador anteriormente cadastradotem seu registro mantido para efeito de utilizao do SISCOMEX, casono tenha o registro o mesmo se processar automaticamente quando desua primei ra operao atravs do CGC/MF.Os requisitos bsicos para operar diretamente da empresaso:Microcomputador 486/DX2, 66 MHz de velocidade -16 MB memriaRAM - Disco Rgido 540 MB e MODEM 14.400 BPS, monitor SVGA e 46. 46 - Paulo Narcizo Rodriguespossuir Sistema Operacional MS Windows 3.1 ou superior e programa decomunicao para acesso ao SERPRO.Dirigir-se Secretaria da Receita Federal, preencher formulrios,obter o Softweare e para instalao em seu microcomputador, senha paraoperar o sistema, contatar a Embratel para a concesso de acesso viaRENPAC.Cabe esclarecer, caso o volume de importao e exportao sejapequeno, tanto o importador como o exportador poder fazer uso de termi-naisinstalados na Secretaria da Receita Federal, bancos que operam emcomrcio exterior e o prprio Despachante Aduaneiro, uma vez que operaro SISCOMEX requer conhecimentos das normas e legislao atualizadosde comrcio exterior, as quais sofrem alteraes constantemente.SUMRIO 47. Importao & Exportao sem Complicao - 47SUMRIOSiscomex na ImportaoCom a entrada em vigor do SISCOMEX, as importaes so classi-ficadasem duas formas:LICENCIAMENTO AUTOMTICO E NO AUTOMTICODe modo geral, o licenciamento das importaes ocorrer deforma automtica, efetuado pelo prprio Sistema, no momento daelaborao da Declarao de Importao - DI. Somente determina-dasoperaes ou produtos, quando da importao de mercadoriassujeitas a procedimentos especiais, conforme legislao especfica,exigidas pelo rgo licenciador (SECEX) e/ou rgos federais queatuam como anuentes nas importaes, ser exigido do importadora elaborao antecipada da Licena de Importao - LI, compreen-dendoum conjunto de informaes correspondentes a uma deter-minadamercadoria sujeita a licenciamento no automtico.Quando da liberao das mercadorias, momento em que definidoo desembarao aduaneiro, ser emitido o Comprovante de Importao - CI,o qual entregue junto com as mesmas.A relao de todas as mercadorias sujeitas ao Licenciamentono automtico, na importao, e os rgos anuentes esto conti-dosno Comunicado Decex, que traz classificao da mercadoria,com sua descrio e o tratamento administrativo necessrio inclu-siveimportaes proibidas e que atualizada e/ou alterada perio-dicamente. 48. 48 - Paulo Narcizo RodriguesAlgums exemplos de importaes com Licenciamento noautomtico:- Produtos Farmacuticos - Importao sujeita a Licenciamento no Au-tomtico,a ser analisada pelo Ministrio da Sade.- Brinquedos - Importao sujeita a Licenciamento no automtico, a seranalisada pela SECEX/DECEX e sujeita apresentao de Certificadoemitido pelo Sistema Brasileiro de Certificao, ou por organismos no-tificadose laboratrios reconhecidos pelo INMETRO na certificao deSUMRIObrinquedos.- Perfumes e guas-de-colnia - Indicar o Nr. do Registro do Produto eNr. do registro do importador, obtido junto ao Ministrio da Sade.- Produtos diversos das indstrias qumicas - Indicar o Nr. de Registro doProduto e seu prazo de validade junto ao Ministrio da Agricultura e doAbastecimento.- Pneumticos usados de borracha - Importao proibida- cido biliar - para agropecuria - Importao proibida- Cereais - sementes - Importao proibida quando originrio e pro-cedenteda Amrica do Norte, sia, frica e Oceania, exceto parafins de pesquisa, sujeito a anlise do Ministrio da Agricultura eAbastecimento. atravs do Siscomex que a fiscalizao procede a confernciatanto das mercadorias importadas quanto das mercadorias destinadas exportao. A forma em que ser procedida a conferncia definida coma parametrizao, onde determinado o canal para a conferncia adua-neira.Assim temos a parametrizao para instruir o desembarao adua-neirodirecionando os canais:Canal Verde - A mercadoria desembaraada automaticamente sem con-ferncia;Canal Amarelo - A conferncia se d somente nos documentos que acom-panhamas mercadorias; 49. Importao & Exportao sem Complicao - 49Canal Vermelho - realizada a conferncia documental e fsica das mer-cadorias;Canal Cinza - o canal que define a verificao para apurar se houve osubfaturamento ou superfaturamento, este item abordado com mais in-formaesno captulo Valorao Aduaneira.SUMRIO 50. 50 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 51. Importao & Exportao sem Complicao - 51SUMRIOSiscomex na ExportaoO exportador dever estar devidamente Credenciado junto a unida-deda Receita Federal em que ir operar, obtendo senha junto a Secretariada Receita Federal para acessar o SISCOMEX diretamente, ou utilizar-sede Despachante Aduaneiro para efetuar suas operaes de exportao.O Registro de Exportao - RE no SISCOMEX o conjunto deinformaes de natureza comercial, fiscal e cambial que define o seu en-quadramentode uma mercadoria, sendo o mesmo obrigatrio, exceto paraalguns casos previstos na legislao.Registro de Venda - RV, dever ser efetuado no SISCOMEX pre-viamente solicitao do RE, para os produtos que tenham sido negocia-dosatravs de bolsas internacionais.Registro de Operaes de Crdito - RC, realizado nas exportaesonde existe financiamento com prazos de pagamento superior a 180 dias,o qual ter sua validao pelos rgos anuentes que poder ser o Bancodo Brasil, para exportaes via PROEX, ou pelo DECEX. O RC dever sersolicitado antes do RE.Solicitao de Despacho - SD, solicitado junto a fiscalizao,quando a mercadoria encontra-se pronta para o desembarao de exporta-o,sendo acessado pelo SISCOMEX com base nas informaes acimamencionadas RE/ RV.Aps os procedimentos do SD, a critrio da Secretaria da Recei-taFederal, atravs da parametrizao, onde ser designada a forma de 52. 52 - Paulo Narcizo Rodriguesconferncia da mercadoria a ser exportada, que poder ser fsica e docu-mental(Canal Vermelho), somente documental (Canal Amarelo), liberaoautomtica de embarque (Canal Verde) ou verificao do preo praticado(Canal Cinza). A concluso positiva do SD resulta na emisso do compro-vantede Exportao (CE), o qual comprova o efetivo embarque da merca-doriapara o exterior.SUMRIO 53. Importao & Exportao sem Complicao - 53SUMRIOIncotermsOs INCOTERMS - International Commercial Terms - Termos In-ternacionaisde Comrcio foram criados h mais de meio sculo paradefinir, com preciso, os direitos e obrigaes tanto do comprador quantodo vendedor nos contratos comerciais internacionais e facilitar as negocia-esentre pases.A Cmara de Comrcio Internacional - CCI, apresentou uma novaverso em 2010 dos INCOTERMS, definindo 11 termos, representados pormeio de siglas, so regras internacionais uniformes e imparciais que cons-tituemtoda a baseada negociao internacional.Para uma boa compreenso dos INCOTERMS necessrio distin-guirclaramente o que so Vendas na chegada. As vendas na partida deixamos riscos do transporte principal a cargo do comprador ( todos os dos gru-posE, F e C ). As vendas na chegada deixam os riscos a cargo do vendedor(grupo D), constituindo-se exceo o termo DAF, j que o vendedor e ocomprador assumem riscos da seguinte forma: o vendedor at a fronteirafixada no contrato e comprador a partir dela.INCOTERMSGrupo E(Partida)EXW EX Works - A partir do local de produo (...local designado:1 fabrica, armazm etc.)Grupo F(Transporteprincipal nopago)FCAFASFOBFree Carrier - Transportador livre (...local designado)Free Alongside Ship - Livre junto ao costado do navio. (.. porto de embarquedesignado)Free on Board - Livre a bordo (...porto de embarque designado) 54. 54 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIOGrupo C(Transporteprincipal nopago)CFRCIFCPTCIPCost and Freight - Custo e frete (...porto de destino designado)Cost, insurance and Freight - Custo, seguro e frete. (...porto de destino desig-nado)Carriage Paid to... - Transporte pago at..(local de destinocup designado...)Carriage and Insurance Paid to - Transporte e seguros pagos at...(...local dedestino designado)Grupo D(Chegada)DATDAPDDPDelivered At Terminal - Entregue no Terminal (...local de destino designado)Delivered At Place - Entregue no Lugar (...local de destino no designado)Delivered Duty Paid - Entregue, Direitos Pagos (local de destino designado) importante selecionar o INCOTERM apropriado em funo do meiode transporte utilizado e do ponto geogrfico que se deseja atingir. A siglainadequada ao meio de transporte danosa e sem a indicao do pontogeogrfico insuficiente.GRUPO EEXW - EX-WORKS (named place) - Mercadoria colocada a partir dolocal de produo ( fbrica, plantao, mina, armazm, etc.) (Local de-signado).A nica responsabilidade do vendedor colocar a mercadoria disposiodo comprador no local de origem convencionado e dentro dos prazos esti-pulados.O comprador suporta todos os custos e riscos, desde a retirada damercadoria do estabelecimento do vendedor at o local de destino.Este termo representa obrigao mnima para o vendedor.GRUPO FFCA - FREE CARRIER (named place) - Transportador livre (local de-signado)O vendedor conclui suas obrigaes logo que entrega a mercadoriapara o transportador indicado pelo comprador, no local designado. Caso ocomprador no indique o local da entrega, o vendedor poder escolher oponto que melhor lhe convir. O desembarao aduaneiro da exportao encargo do vendedor. 55. Importao & Exportao sem Complicao - 55FAS - FREE ALONGSIDE SHIP - (named port of shipment) - Livre nocostado do navio (porto de embarque designado).As obrigaes do vendedor terminam quando a mercadoria colo-cadaao longo do costado do navio, sobre o cais ou em embarcaes utili-zadaspara levar a carga ao navio, no porto de embarque destinado.Este pressupe que o comprador tem a obrigao de desembaraara mercadoria para a exportao.FOB - FREE ON BOARD (named port of shipment) - Livre a bordo(porto de embarque designado)A mercadoria deve ser colocada, pelo vendedor, a bor- do do navio,no porto de embarque convencionado. As despesas de movimentao damercadoria no porto, bem como seu ingresso e arrumao no navio, depen-demda condio martima negociada pelo comprador com o armador. Asformalidades de exportao so incumbncias do vendedor.GRUPO CCFR - COST & FREIGHT (named port of destination) - Custo e frete(porto de destino designado)Significa que o vendedor assume os custos at o carregamento donavio e tambm a contratao do frete internacional para levar a mercado-riaao porto de destino. Os riscos e custos so transferidos ao compradorquando a mercadoria transpe a amurada do navio no porto de embarque.As formalidades de exportao correm por conta do vendedor.CIF- COST, INSURANCE & FREIGHT (named port of destination) -Custo, seguro e frete (porto de destino designado)Termo idntico ao CFR com a obrigao adicional, para o vende-dorde contratar o seguro contra perdas e danos das mercadorias durante otransporte martimo. Como no CFR, as mercadorias viajam aos riscos eSUMRIO 56. 56 - Paulo Narcizo Rodriguescustos do comprador desde que transpem a amurada do navio no porto deembarque.O vendedor s tem a obrigao de contratar o seguro.CPT - CARRIAGE PAID TO (named place of destination) - Transportepago at (local de destino designado)O vendedor paga o frete at o local de destino convencionado. Oscustos e riscos so transferidos ao comprador quando as mercadorias soentregues custo dia do transportador.O vendedor deve providenciar todos os documentos de exportao.CIP - CARRIAGE & INSURANCE PAID TO (named place of destina-tion)- Transporte e seguro pagos at (local de destino designado)Neste termo, o vendedor tem as mesmas obrigaes que no CPT,adicionadas do seguro de transporte das mercadorias. Assim como no CIF,o comprador deve observar que o vendedor obrigado, apenas, a contrataro seguro com cobertura martimaGRUPO D DAT Delivered At Terminal este novo termo foi inseridopraticamente em substituio ao DEQ e similarmente ao termo extin-to, estabelece que as mercadorias podem ser colocadas disposio docomprador (importador), no desembaraadas para importao, num ter-minalporturio e introduz a possibilidade de que as mercadorias possamtambm ser dispostas ao comprador (importador) em um outro terminal,fora do porto de destino. DAP Delivered At Place este novo termo foi introduzi-doem substituio aos termos DAF, DES e DDU. Com sua aplicao, asmercadorias podero ser postas disposio do comprador (importador)no porto de destino designado, ainda no interior do navio transportador eantes do desembarao para importao, como j ocorriacom o termo DES,ou ainda, em qualquer outro local, como ocorria com os termos DAF, emSUMRIO 57. Importao & Exportao sem Complicao - 57que a entrega se daria na fronteira designada, DDU, em que a entrega seriarealizada em algum local designado pelo prprio comprador (importador),todavia, em quaisquer dos casos,antes do desembarao das mercadoriaspara importao. DDP Delivered Duty Paid: o exportador assume o compromissode entregar a mercadoria, desembaraada para importao, no localdesignado pelo importador, pagando todas as despesas, inclusiveimpostose outros encargos de importao. No de responsabilidadedo exportador,porm, o desembarque da mercadoria.O exportador responsvel tambmpelo frete interno do local de desembarque at o local designado pelo im-portador.Este termo pode ser utilizado com qualquer modalidade de trans-porte.Trata-se do incoterm que estabelece o maior grau de compromissosSUMRIOpara o exportador. 58. 58 - Paulo Narcizo Rodrigueswww.caribbeanexpress.com.br A mercadoria colocada disposio do comprador no estabelecimento do vendedor, ou em outro local nomeado(fbrica, armazm, etc.), no desembaraada para exportao e no carregada em qualquer veculo coletor; Este termo representa obrigao mnima para o vendedor; O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a mercadoria do estabelecimento do vendedor; Desde que o Contrato de Compra e Venda contenha clusula explcita a respeito, os riscos e custos envolvidos e ocarregamento da mercadoria na sada, podero ser do vendedor; EXW no deve ser usado se o comprador no puder se responsabilizar, direta ou indiretamente, pelas formalidades deexportao; Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.R = Risco C = CustoSUMRIO 59. Importao & Exportao sem Complicao - 59 O vendedor completa suas obrigaes quando entrega a mercadoria, desembaraada para a exportao, aoscuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local determinado; A partir daquele momento, cessam todas as responsabilidades do vendedor, ficando o comprador responsvelpor todas aass ddeessppeessaass ee ppoorr qquuaaiissqquueerr ppeerrddaass oouu ddaannooss qquuee aa mmeerrccaaddoorriiaa ppoossssaa vviirr aa ssooffrreerr;; O local escolhido para entrega muito importante para definir responsabilidades quanto carga e descarga damercadoria: se a entrega ocorrer nas dependncias do vendedor, este o responsvel pelo carregamento noveculo coletor do compprador; se a entregga ocorrer em qqualqquer outro local ppactuado, o vendedor no seresponsabiliza pelo descarregamento de seu veculo; O comprador poder indicar outra pessoa, que no seja o transportador, para receber a mercadoria. Nesse caso,o vendedor encerra suas obrigaes quando a mercadoria entregue quela pessoa indicada; Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.R = Risco C = Custo O vendedor encerra suas obrigaes no momento em que a mercadoria colocada ao lado donavio transportador, no cais ou em embarcaes utilizadas para carregamento, no porto deembarque designado; A partir daquele momento, o comprador assume todos os riscos e custos com carregamento,pagamento de frete e seguro e demais despesas; O vendedor respponsvel ppelo desembarao da mercadoria ppara expportao; Este termo pode ser utilizado somente para transporte aquavirio (martimo fluvial ou lacustre).R = Risco C = CustoSUMRIO 60. 60 - Paulo Narcizo Rodrigues O vendedor encerra suas obrigaes quando a mercadoria estiver bordo do naviono porto de embarque indicado e, a partir daquele momento, o comprador assumetodas as responsabilidades quanto a perdas e danos; A entrega se consuma a bordo do navio designado pelo comprador, quando todas asdespesas passam a correr por conta do comprador; O vendedor o responsvel pelo desembarao da mercadoria para exportao; Este termo pode ser utilizado exclusivamente no transporte aquavirio (martimo, fluvial ouSUMRIOlacustre).R = Risco C = Custo O vendedor o responsvel pelo pagamento dos custos necessrios para colocar a mercadoria abordo do navio; O vendedor responsvel pelo pagamento do frete at o porto de destino designado; O vendedor responsvel pelo desembarao da exportao; Os riscos de pperda ou dano da mercadoria, bem como quaisquer outros custos adicionais sotransferidos do vendedor para o comprador no momento em h que a mercadoria cruze a muradado navio; Caso queira se resguardar, o comprador deve contratar e pagar o seguro da mercadoria; Clusula utilizvel exclusivamente no transporte aquavirio: (martimo, fluvial ou lacustre).R = Risco C = Custo 61. Importao & Exportao sem Complicao - 61 A responsabilidade sobre a mercadoria transferida do vendedor para o comprador no momento da transposio da amurada do navio no O vendedor contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destinoSUMRIOdesignado; A ppartir do momento em qque as mercadorias so entreggues custdia dotransportador, os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para ocomprador, assim como possveis custos adicionais que possam incorrer; OO vveennddeeddoorr oo rreessppoonnssvveell ppeelloo ddeesseemmbbaarraaoo ddaass mmeerrccaaddoorriiaass ppaarraaexportao; Clusula utilizada em qualquer modalidade de transporteR = Risco C = Custoporto de embarque; O vendedor o responsvel pelo pagamento dos custos e do frete necessrios para levar a mercadoria at o porto de destino indicado; OO ccoommpprraaddoorr ddeevveerr rreecceebbeerr aa mmeerrccaaddoorriiaa nnoo ppoorrttoo ddee ddeessttiinnoo ee ddaa ppaarraa aa ffrreennttee ssee rreessppoonnssaabbiilliizzaarr ppoorr ttooddaass aass ddeessppeessaass;; O vendedor responsvel pelo desembarao das mercadorias para exportao; O vendedor dever contratar e pagar o prmio de seguro do transporte principal; O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mnima, de modo que compete ao comprador avaliar a necessidade de efetuar segurocomplementar; Os riscos a partir da entrega (transposio da amurada do navio) so do comprador; Clusula utilizvel exclusivamente no transporte aquavirio (martimo, fluvial ou lacustre).R = Risco C = Custo 62. 62 - Paulo Narcizo Rodrigues Nesta modalidade, as responsabilidades do vendedor so as mesmas descritas no CPT,acrescidas da contratao e pagamento do seguro at o destino; A partir do momento em que as mercadorias so entregues custdia do transportador,os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, assim comopossveis custos adicionais que possam incorrer; O seguro pago pelo vendedor tem cobertura mnima, de modo que compete ao compradoravaliar a necessidade de efetuar seguro complementar; CCllusulla uttiilliizadda em quallquer moddalliiddadde dde ttransportte.R = Risco C = CustoDAT - Delivered At Terminal (...port of destination)Entregue no cais (...porto de destino designado)ALF ALFSUMRIODAT A Responsabilidade do vendedor consiste em colocar a mercadoria disposio do comprador, no desem-baraadapara importao, no terminal de destino designado; O Vendedor arca com os custos e riscos inerentes ao transporte at o porto de destino pactuado (em um ter-minalporturio, no cais, nas docas, no pier, etc., ou em um outro terminal, situado fora do porto de destinopactuado, podendo ficar previamente acordado entre as partes, ou ficar a critrio das mesmas, desviar a carga,no destino, para um outro terminal que no esteja situado no porto pactuado, em eventos de congestiona-mento,com o objetivo de evitar dmurrages, ou por outro motivo de urgncia na entrega, ou outros fatores dointeresse, principalmente do comprador (importador), visto que ele quem assumir todos os custos e demaisencargos relativos importao das mercadorias, inclusive os custos de eventual dmurrages, desembarao,descarga e, caso existam, os custos das formalidades aduaneiras em seu pas; Este termo deve ser utilizado em qualquer modalidade - ou modalidades - de transporte inclusive o multimodal. 63. Importao & Exportao sem Complicao - 63DAP - At Place (...named place of destination)Entregue a partir do navio (...porto de destino designado)DESALF ALF O vendedor deve colocar a mercadoria disposio do comprador, bordo do anvio, no desembaraadapara importao, em lugar (place) pactuado com o importador no porto de destino designado, podendo serdentro ainda do navio ainda do navio transportador, antes do seu desembarque, ou em qualquer outro localpactuado, como por exemplo, na fronteira, ou em algum outro local previamente designado pelo comprador(importador), no interior do pas de destino; O vendedor arca com todos os custos e riscos at o porto de destino, antes da descarga. Este termo deve ser utilizado em qualquer modalidade - ou modalidades - de transporte, inclusive o multimodale os transportes ferrovirio e/ou rodovirio entre um ou mais pases limtrofes. O vendedor entrega a mercadoria ao comprador, desembaraada para importao no local de destino designa-do;SUMRIOpagando todas as despesas. o INCOTERM que estabelece o maior grau de compromisso para o vendedor, na medida em que o mesmoassume todos os riscos e custos relativos ao transporte e entrega da mercadoria no local de destino designado; No deve ser utilizado quando o vendedor no est apto a obter, direta ou indiretamente, os documentos ne-cessrios importao da mercadoria;R = Risco C = Custo 64. 64 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 65. Importao & Exportao sem Complicao - 65SUMRIODrawbackTrata-se de um incentivo exportao, que consiste em suspender,isentar ou restituir os impostos que incidem nas importaes de mer-cadorias,que sero utilizadas na fabricao de produtos a exportar ouexportados.Existem trs modalidades de Drawback :Suspenso - Iseno - RestituioDrawback Suspenso, solicitada anteriormente importao ao Mi-nistriodo Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior - MDIC,que emite Ato Concessrio para tal finalidade, a modalidade ondeo importador assume o compromisso de exportar o produto final queconter a importao na qual foram suspensos os tributos, tendo comoprazo um ano, podendo atingir at cinco anos a pedido do exportador,para comprovar a exportao.Drawback Iseno, quando da importao realizada normalmentecom pagamentos dos tributos, e os produtos importados foram utiliza-dospara produzir um bem que fora exportado, poder realizar outraimportao com iseno, comprovando-se a exportao, sistema muitoutilizado para reposio de estoques, tem como prazo para compro-vara exportao at dois anos. Esta modalidade tambm est a cargodo Banco do Brasil S/A.Drawback Restituio, permite ao exportador solicitar a restituio 66. 66 - Paulo Narcizo Rodriguesdos impostos federais pagos em uma importao, cujo produto finalfora exportado, com prazo de at 90 dias aps a exportao da merca-doria,junto Receita Federal na localidade do exportador .SUMRIO 67. Importao & Exportao sem Complicao - 67SUMRIODrawback Verde AmareloTrata-se de mais um incentivo aos exportadores, visando aquisiode matrias-primas, produtos intermedirios e materiais de embalagem, nomercado interno que sero empregadas no processo produtivo de produtoa ser exportado, tendo prazo previsto de um ano, prorrogvel por mais umano, aps a aquisio para efetivao da exportao de fato.O regime, institudo em outubro de 2008, contribui para a reduodos custos de produo e para o incremento da competitividade dos pro-dutosbrasileiros em mercados estrangeiros, pois permitir que os insumosadquiridos no mercado interno e empregados na produo de bens export-veisdesfrutem do mesmo tratamento tributrio j concedido aos insumosimportados, hoje beneficiados com o regime do Drawback Importao.Para obter o nmero do Ato Concessrio o interessado, exportador,ter que elaborar um plano de compra, tanto de importao quanto de mer-cadointerno das mercadorias que sero agregadas a um produto final paraexportao, sendo este tambm parte integrante do plano para obter o Ato.At a primeira quinzena de dezembro era considerada obri-gatriaa importao estar vinculada na modalidade, no entanto comadvento da Medida Provisria N 451, em dezembro, ficou opcional oplano de importao estar vinculado ao Drawback verde-amarelo.Medida Provisria n 451, de 15 de dezembro de 2008Art. 17. A aquisio no mercado interno, ou a importao, de mercadoriapara emprego ou consumo na industrializao ou elaborao de produto 68. 68 - Paulo Narcizo Rodriguesa ser exportado, poder ser realizada com suspenso do IPI, da Contri-buiopara o PIS/PASEP e da COFINS, da Contribuio para o PIS/PA- SEP-Importao e da COFINS-Importao. 3 O disposto no caput aplica-se s aquisies no mercado interno deforma combinada, ou no, com as importaes.SUMRIONa Importao deve-rinformar:NCM;Descrio da NCM;Descrio comple-mentar;Unidade Estatstica;Quantidade;Valor da mercadorialocal de embarqueUS$;Frete estimado;Seguro estimado;Comisso de agente;Valor subprodutos ouresduos estimado.Na compra deMercado Interno:NCM;Descrio da NCM;Descrio comple-mentar;Unidade Estatstica;Valor US$;Quantidade.Na Exportao:NCM;Descrio da NCM;Descrio comple-mentar;Unidade Estatstica;Quantidade;Valor local de embar-quecom coberturaUS$;Comisso de agente;Valor sem coberturacambial.Os dados acima so de extrema importncia visando preencher as planilhasdo Drawback verde-amarelo.As mercadorias remetidas ao estabelecimento autorizado a operar o regi-mesairo do estabelecimento do fornecedor nacional com suspenso doImposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuio para o PIS/Pasep e da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Co-fins),devendo constar do documento de sada, a descrio da mercadoria,cdigo da NCM, quantidade na unidade de medida estatstica. 69. Importao & Exportao sem Complicao - 69NOTA FISCAL DE VENDA NO MERCADO INTERNO MENCIONARInstruo Normativa n 845 de 12-05-2008 / RFB - ReceitaFederal do Brasil (D.O.U. 13-05-2008) , e a expresso:Sada com suspenso do IPI, da Contribuio para o PIS/Pa-sepe da Cofins, para estabelecimento habilitado ao RegimeAduaneiro Espe- cial de Drawback verde-amarelo;Ato Concessrio Drawback N ,de xx/xx/xxxx.(data de emisso do Ato Concessrio);Valor do produto em Reais;Cdigo CFOP correspondente.Obs.: O comprador, exportador, detentor do Ato Concessrio informar aoseu fornecedor o nmero do Ato Concessrio, para ser anotado na NotaFiscal de venda de mercado interno.Legislao:Instruo Normativa RFB N 845, de 12 de maio de 2008 - D.OU.13.05.2008.PORTARIA SECEX N 21 de 24 de Outubro de 2008 D.O.U.25.09.2008.MEDIDA PROVISRIA N 451 de 15 de Dezembro de 2008.- DOU de 16.12.2008. vedado utilizao, transferncia de outros ATOS CONCESSRIOS,concedidos a qualquer tempo para o Verde- Amarelo.SUMRIO 70. 70 - Paulo Narcizo RodriguesSUMRIO 71. Importao & Exportao sem Complicao - 71SUMRIOTransportes no ComrcioInternacionalAs modalidades de transporte no comrcio exterior, esto ligadasa distncia do pas alvo, o caso do transporte rodovirio utilizado princi-palmenteno comrcio com os parceiros do Cone Sul, possibilitando a co-locaoporta-porta, reduzindo custos de embalagens, economia de tempo,riscos entre outros fatores a se considerar.O transporte martimo muito utilizado, uma vez que algo em tornode 90% de toda a carga transportada circula atravs dele.Dentre as formas de se transportar as mercadorias, destacam-se oContainer e o Pallet, de acordo com a mercadoria e sua quantidade, poden-dono caso de container utilizar a carga consolidada, vrios produtos dediferentes empresas no mesmo container.As opes de utilizao no transporte martimo so os containeresde 20 e 40 (ps), com sua classificao para cada tipo de carga, comopor exemplo:- Container de teto aberto (Open Top) - Utilizado para car- gas pe-sadasem sua totalidade, com encerado para cobertura na parte decima do mesmo. Muito utilizado para mquinas e equipamentos queso maiores que as dimenses da porta do container e so colocadaspela parte superior.- Container trmico (aquecido ou refrigerado): Utilizado para pro- 72. 72 - Paulo Narcizo Rodriguesdutos que requer temperatura constante durante seu transporte parano alterar sua qualidade e apresentao, muito comum para produ-tosSUMRIOperecveis.- Container ventilado: Evita a condensao do ar em seu interior, uti-lizadopara transporte de frutas, legumes, animais vivos, etc.- Container seco: utilizado para cargas secas, container normal.- Container tanque: Utilizado para cargas lquidas a granel- Container para granis slidos, como cereais, ps, farinhas,acar,etc.Outra forma de transportar a carga o Pallet, constitui-se em umaplataforma de madeira, onde a mercadoria condicionada e movimentadaatravs de guindastes mecnicos especficos para esse fim, obedecendo pa-dres,onde permite que o guindaste movimente o pallet por dois lados oupor quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja paleti-zada,envolvida em filme PVC, protegendo-a e evitando perdas ou roubos,uma vez que fica toda condensada no PVC.J o transporte areo utilizado para cargas pequenas, leves e degrande valor, cargas urgentes, tendo sua aplicao principalmente para en-viode amostras, visando agilizar os contatos com o importador.O valor do frete areo o mais elevado, no entanto existem pro-dutosque s podem ser transportados por esse meio, como o caso dasexportaes de flores para a Europa, uma das vantagens do transporte areo a rapidez aliada a reduo de taxas de armazenamento, alm da satisfaodo importador em receber sua mercadoria a curto prazo. 73. Importao & Exportao sem Complicao - 73SUMRIOExportaoAo se decidir pelo mercado externo, principalmente voltado paraexportao, a empresa estar frente de uma srie de perguntas, que a prin-cpioparecem no ter respostas precisas a curto prazo.Um dos itens mais importante a formao do preo para exporta-o,o empresrio tem que saber qual o preo em dlares do seu produto,desonerado dos tributos que no iro incidir sobre a exportao, os quaisincidem normalmente na venda de mercado interno, fato que em muitoscasos so realizados maus negcios, ou se perde a oportunidade em certosmomentos.Ao se chegar a esta deciso implica na certeza de ter um produtocom ampla aceitao no mercado interno, sendo este um fator referencial etambm um preo competitivo. Estar de posse de um catlogo das merca-doriasque pretende exportar.Um catlogo que pode ser preparado tanto para atender o mer-cadointerno como o mercado externo, o qual dever ser em, nestecaso, ingls/portugus/espanhol, atendendo assim a necessidade de v-riospases, e estando preparado para atender solicitao de vriosmercados.Os detalhes na confeco de um catlogo para exportao devemser observados, para no incorrer em falhas que podero ser negativas emdeterminado mercado, como por exemplo utilizao de cores, smbolos,traduo errnea, etc. 74. 74 - Paulo Narcizo RodriguesPara iniciar a busca de informaes, que comea por dados queproporcionem identificar qual o comportamento de sua linha no mercadointernacional. As pesquisas iro apresentar um perfil que ir nortear, emprimeiro plano, os passos para atingir o mercado externo. Recomenda-seque a pesquisa seja realizada com um perodo dos ltimos trs anos e amesma poder ser obtida junto ao Ministrio do Desenvolvimento, Inds-triae Comrcio Exterior MDIC, no site http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br, o interessado dever acessar o site, preencher informaes cadas-traispara obter senha de acesso.Deve-se buscar informaes do tipo, quem exporta, quanto exporta,para onde exporta, neste caso ir se valer da experincia de quem j atua nosegmento idntico ao de sua empresa. Por outro lado, estas pesquisas tam-bmiro indicar, alm dos exportadores tradicionais, produtores e fabrican-tes,as empresas que compram no mercado interno e exportam, as chamadasEmpresas Comerciais Exportadoras ou Trading Company, que podem seruma alternativa para aqueles que esto iniciando na exportao. A pesquisapoder ser realizada no site http://www.vitrinedoexportador.gov.brEmpresas Comerciais Exportadoras ou Trading Company utilizar--se desse tipo de empresa para atingir o mercado internacional tem suasvantagens, mas tambm suas desvantagens. Como vantagem poderamoscitar que a nica preocupao da empresa ser o de efetuar uma vendano mercado interno, fato que no implicar em maiores conhecimentos einvestimentos, uma vez que tais empresas conhecem profundamente osmercados e toda a legislao tanto em nosso pas quanto no pas do im-portador,e mantm escritrios e agentes no exterior, como desvantagem ovendedor no ir saber para onde seus produtos esto sendo exportados, opreo a que se est vendendo, e qual a aceitao no mercado internacional.Quando a deciso for a de exportao direta, a empresa aps anali-saros dados do comportamento de seu produto no mercado externo, saberimediatamente quais os pases potenciais compradores. O prximo passo a busca dos importadores no mercado selecionado, que se d atravs deconsultas ao Ministrio das Relaes Exteriores, Embaixadas, Cmaras deComrcio e Indstria, Trade Point, revistas especializadas, ou at mesmocom viagem ao exterior na participao de feiras internacionais e eventosligados ao segmento da empresa.SUMRIO 75. Importao & Exportao sem Complicao - 75Poder tambm, o exportador, recorrer a empresas especializadasem consultoria de comrcio exterior para obter as informaes que neces-sita,so empresas que prestam servios para aqueles que no dispem dedepartamento prprio, ou ainda, que iriam onerar os custos com a contra-taode pessoal com conhecimentos necessrios, assim a terceirizao SUMRIOmuito comum.Cadastrar a empresa e seus produtos junto ao Ministrio dasRelaes Exteriores - Diviso de Informao Comercial - http://www.brasilglobalnet.gov.br de vital importncia, pois desta forma estarmostrando ao mundo que sua empresa existe, bem como o segmentoem que atua, o mesmo procedimento deve ser feito junto ao site doMinistrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior-MDICVitrine do Exportador - http://www.vitrinedoexportador.gov.br, comopotencial exportador, pois no momento em que houver uma exportaodireta da empre sa a mesma ser automaticamente inserida no site.Aps a realizao deste cadastro, o mesmo ir estar em todasas representaes comerciais do Brasil no exterior, de modo quese um importador em qualquer pas quiser saber sobre determinadoproduto, junto as Embaixadas, sua empresa ser indicada e poderreceber solicitaes de vrias partes do mundo e passar a receber arelao dos Boletins de Oportunidades Comerciais (BOCs) dispon-veisda DIC. Tanto a BrasilGlobalNet quanto a Vitrine do Exportadorso amplamente divulgados, no exterior, visando a dar conhecimentoaos importadores das empresas brasileiras e seus produtos de expor-tao.O SEBRAE outro parceiro extremamente importante para o ex-portador,pois o mesmo oferece a oportunidade de contatos com inte-ressados,auxiliando at em reunies previamente agendadas, no s noBrasil como no exterior. A Ficha de Cadastro para a Bolsa de Negciospoder ser adquirida junto ao posto do SEBRAE mais prximo de suaempresa.Assim, como o Ministrio das Relaes Exteriores, Ministrio doDesenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior o SEBRAE tambm dis-ponibilizainformaes das mais diversas via INTERNET. 76. 76 - Paulo Narcizo RodriguesQuanto ao pas para onde existe a determinao de investir na ex-portao,dever o exportador registrar sua marca no pas do importador,mesmo que as exportaes sejam realizadas atravs de agente, representan-te,comercial ou comercial exportadora, no importa qual a modalidade, seno houver o registro previamente, o risco de algum ter registrado e ser odetentor da mesma no pas alvo poder trazer srios prejuzos, at mesmocom a inviabilidade de exportar.Existem vrios exemplos de empresas que tiveram que comprar suaprpria marca no exterior ou alterar para exportao, uma vez que a mesmaestava registrada em nome de outro sendo garantida pela legislao vigentenaquele pas.Identificado o importador, o passo seguinte apresentao da em-presa,mostrando que ela existe atravs de um perfil da mesma, bem comosua linha de produtos, porm no se pode esquecer de mencionar detalhesa cerca dos produtos como descrio, aplicao, utilidade, e em determina-doscasos detalhes tcnicos, quantidade disponvel, prazos de entrega, etc.Na preparao de um perfil, a empresa deve mencionar o ano defundao, tecnologia disponvel, mquinas e equipamentos utilizados naproduo do bem a ser exportado, empresas para as quais j fornece nomercado externo, e na impossibilidade desta, mencionar empresas no mer-cadointerno com renome internacional, visando obter credibilidade juntoSUMRIOao importador.Quando da primeira incurso junto ao importador selecionado,aguardar seu retorno, verificando se despertou interesse, de onde surgem ospassos seguintes como envio de catlogos, amostras e outras informaesque sejam solicitadas. Toda empresa que pretende atuar com exportaodever obrigatoriamente ter um site de sua linha de produtos de prefernciaem ingls, espanhol e o portugus para mercado interno.Havendo solicitao do envio de amostras, esta dever ser idnti-caa que se pretende exportar, de nada adiantar maquiar uma amostra seno conseguir produzir em quantidade e qualidade ao que foi apresentadoanteriormente ao importador. No item quantidade dever tomar as devidasprecaues para informar corretamente sua capacidade de atender a um 77. Importao & Exportao sem Complicao - 77pedido, para no correr o risco de se deparar com algo impossvel de seratendido.Nunca dever o exportador, em seu primeiro contato, enviar todasas informaes pertinentes mercadoria, como catlogo, lista de preo eamostra, pois em caso de no obter resposta, no poder avaliar se o con-tatofoi ou no positivo, gerando inclusive custos com envio de material aum importador que poder no estar mais atuando.Quando os resultados so extremamente positivos na exportao,a empresa no poder se descuidar do mercado interno, a exportao deveser encarada como mais um mercado e no como nico mercado para es-coara produo. Da mesma forma, sendo o mercado interno extremamenteatraente em determinadas ocasies, nunca o exportador dever deixar deatender a um pedido vindo do exterior, pois se assim o fizer correr