imagens em movimento - palestra junho/unar

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Prof. Me. Taitson Alberto Leal dos Santos

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Page 1: Imagens em movimento - Palestra Junho/UNAR

Prof. Me. Taitson Alberto Leal dos Santos

Page 2: Imagens em movimento - Palestra Junho/UNAR

Uma nova oralidade configura-se, na cultura da

sociedade moderna, estruturada pelo cinema, pelo

vídeo e principalmente pela televisão. Imagens e

sons desses meios fazem parte já a algum tempo da

formação da inteligibilidade do mundo para muitas

pessoas.

Acostumados que estamos a pensar a inteligência

a partir da expressão verbal - oral e escrita -

esquecemo-nos de indagar sobre essa "nova"

inteligência a partir dos sons e das imagens em

movimento que ocupam, hoje, a maior parte do

desenvolvimento cultural - icluindo o educacional

- de crianças, jovens e adultos.

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“Nunca existiu uma demanda tão alta de introdução,aprofundamento e estudo do cinema como hoje naescola”.

“O problema não é mais, como ingenuamente seacreditou e com resultados absolutamentedecepcionantes, introduzir alguns „subsídiosaudiovisuais‟ na escola. O ensino através da imagem ébem diferente do ensino da imagem”.

Antonio Costa - Compreender o cinema

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semiótica:

etimologicamente do grego semeîon (signo) e sema (sinal)

Segundo Winfried Nöth "a semiótica é a ciência dos signos e dos

processos significativos (semiose) na natureza e na cultura".

A investigação semiótica abrange virtualmente todas as áreas do

conhecimento envolvidas com as linguagens ou sistemas de

significação, tais como a lingüística (linguagem verbal), a

matemática (linguagem dos números), a biologia (linguagem da

vida), o direito (linguagem das leis), as artes (linguagem estética)

etc. Para Lúcia Santaella, ela "é a ciência que tem por objeto de

investigação todas as linguagens possíveis".

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Ainda que para nós o texto escrito seja sempretomado como referência, devemos compreenderque, nós próprios e uma maioria, estejamos sendoeducados por uma cultura imagética e sonora.

Entretanto, o que se percebe é que somos“analfabetos” quando se trata de leitura deimagens!

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A foto representa uma cruz num cemitério por semelhança.

A palavra "cruz", por exemplo, não se assemelha em nada ao

objeto representado na foto. A imagem, assim, indica a

existência material de um cemitério. Além de índice, essa

imagem da cruz pode significar uma característica da

religião do morto: trata-se de um suposto cristão. A cruz da

foto pode representar para alguém a própria doutrina

cristã, tornando-se nesse caso específico um símbolo, isto

é, uma representação abstrata, convencional, de algo.

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O olhar de cada um: repertório e referencial histórico/cultural

O caso Carrière/Buñuel: A bela da tardePág. 66-67

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cinema =

olhar

ilusão espetáculo contemplação reflexão

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A ilusão do movimento

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E a escola com tudo isso?

“Que interesse tem, para nós, professores, o modo como osespectadores se relacionam com o cinema? Queimplicações tem para o trabalho que desenvolvemos emescolas e universidades, o processo pelo qual elesatribuem sentido aos filmes que vêem?”

“Saber como o cinema atua nos leva a admitir que atransmissão/produção de saberes e conhecimentos não éprerrogativa exclusiva da escola (embora ela tenha umimportante papel a desempenhar nesse processo), masque acontece também em outras instâncias desocialização”.

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“Pensar o cinema como uma importante instância‘pedagógica’ nos leva a querer entender melhor o papel queele desempenha junta àqueles com os quais nós tambémlidamos, só que em ambientes escolares e acadêmicos”.

“Se o domínio dos códigos que compõem a linguagemaudiovisual constitui poder em sociedades que produzem econsomem esse tipo de artefato, é tarefa dos meioseducacionais oferecer os recursos adequados para aaquisição desse domínio e para a ampliação da competênciapara ver, do mesmo modo como fazemos com acompetência para ler e escrever”.

Rosália Duarte: cinema e educação, p. 81-2

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O cinema, enquanto expressão mais avançada deprodução do visível pode (deve) constituir, por si mesmo,objeto de reflexão.

“A cultura localizada num saber-fazer e a escola numsaber-usar, e nesse saber-usar restrito desqualifica-seo educador, que vai ser sempre um instrumentistadesatualizado. Essa é uma das razões da separaçãoentre educação e cultura. Outra, talvez maisimportante, é que, atualmente, há uma grande maioriade pessoas cuja inteligência foi e está sendo educadapor imagens e sons, pela quantidade e qualidade decinema e televisão a que assistem e não mais pelo textoescrito.” Milton José de Almeida - Imagens e sons: a nova cultura oral.

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Sir Charles Spencer

Chaplin

O eterno e

inesquecível

Carlitos

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O explicador: uma nova linguagem se configura

“A maior parte de nós aprende a ver filmes pelaexperiência, ou seja, vendo (na telona ou na telinha) econversando sobre eles com outros espectadores”.Rosália Duarte: cinema e educação, p. 38.

A linguagem técnica:

Planos, “Recorte”, Ângulos, Luz e Sombra, Movimento da Câmera

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Pier Paolo Pasolini. "Gennariello: a linguagem pedagógica das coisas" em: Os jovens infelizes: antologia de

ensaios corsários. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 125.

"As primeiras lembranças da vida são lembranças visuais. A

vida, na lembrança, torna-se um filme mudo. Todos nós temos

na mente a imagem que é a primeira, ou uma das primeiras, da

nossa vida. Essa imagem é um signo, e, para sermos mais

exatos, um signo lingüístico, comunica ou expressa alguma

coisa."

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Referências e Indicações

Milton José de ALMEIDA. Imagens e Sons: a nova cultura oral. SP: Ed. Cortez, 2004

Rosália DUARTE. Cinema e Educação. BH: Ed. Autêntica, 2002

www.adorocinema.com.br

www.curtaescola.org.br

www.cinemateca.org.br

www.estacaovirtual.com

www.curtagora.com

www.cinemabrasil.org.br

www.cineduc.org.br

www.taitson.xpg.com.br

taitsonsantos @ yahoo.com.br