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II BIENAL - DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SAO PAULO

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II BIENAL -DO MUSEU DE ARTE MODERNA DE SAO PAULO

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glorificação da arte

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EDIAM, EDiÇõES AMERICANAS DE ARTE E ARQUITETURA PRIMEIRA EDiÇÃO: DEZEMBRO DE 1953

COPYRIGHT MUSEU DE ARTE MODERNA DE SÃO PAULO, BRASIL

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11 BIENAL DO MUSEU DE ARTE

MODERNA DE SÃO PAULO

catálogo geral

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MUSEU DE

D r' e t o r

Presidente

V i c e - Presidente

1.0 S e c r e t a r i o

2.° S e c r e t a r i o

1.0 Te s a u r e i r o

2.° Te sou r e i r o

ARTE MODERNA

a E x e c u t v a

Francisco Matarazzo Sobrinho

Ruy Bloem

Salvador Candia

Maria Penteada Camorgo

Francisco Beck

Aroldo Stampi

Conselho de Administração

Aldo Magnelli, Carlos Pinto Alves Fernando Millan, Flavio de Carvalho, Francisco Luis de Almeida Salles, Frei Benvenuto da Santa Cruz, Guilherme de Almeida, Helio Morganti, Luis Carlo Mesquita, Luis Lopes Coelho, Oscar Americano, Oscar Pedroso D'Horto, Roberto Paiva Meira, Sergio Buorque de Holanda, Sergio MilIiet, Ziro Ramenzoni.

Diretor A r t í s t i c o

Diretor Técnico

Administrador

Sergio Milliet

Wolfgang Pfeiffer

Biagio Motta

v

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PRESIDÊNCIA DE HONRA

DA SEGUNDA BIENAL

Sua Excelência Senhor Getulio Dorneles Vargas Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil

Sua Excelência Senhor Vicente Ráo Ministro de Estado poro os Negocios das Relações Exteriores

Sua Excelência Senhor Oswaldo Aranha Ministro de Estado para os Negocios da Fazenda

Sua Excelência Senhor Antonio Balbino Ministro de Estado paro os Negocios da Educaçõo e Saúde Pública

Sua Excelência Senhor Lucas Nogueira Garcez Governador do Estado de São Paulo

Sua Excelência Senhor J an io Quadros Prefeito do Municipio de São Paulo

VII

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COMISSÃO ARTfSTICA D A 2.° B I E N A L

COMISSÃO ARTfSTICA DA 2.0 EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL DE ARQUITETURA

JURI DE S E L E ç Ã O DE ARTES PLASTICAS

JURI DE SELEÇÃO DE ARQUITETURA

Antonio Bento Antonio Joaquim de Almeida Carlos Pinto Alves Flavio de Carvalho José Simeão Leal Lourival Gomes Machado Mario Pedrosa Niomar Moniz Sodré Ruy Bloem Sergio Milliet T arsila do Amoral

Eduardo Kneese de Mello Francisco Beck Giuseppina Pirro Oswaldo Arthur Bratke

Antonio Bento Flavio de Aquino Geraldo Ferraz Sergio Milliet Thomaz Santo Rosa

Eduardo Kneese de Mello Francisco Beck Mario Henrique Glicerio Torres Oswaldo Arthur Bratke Salvador Candia

IX

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DEPARTAMENTOS DA 2. a BIENAL

Secretario G e r o I: Arturo Profili

Arquivos e Secretario: Mario Rosa Sabatelli

Mario Teresa Lara Campos

I rene Eunice Sabatini

o plono e o supervlsao dos interiores do Palácio dos Na­e do Palácio dos Estados ficaram a cargo dos arquitetos Jacob Ruchti e Giancarlo Fongaro.

o catálogo geral da exposição foi realizado pela EDIAM, Edições Americanos de Arte e Arquitetura, sob a direção de Dante Paglia, e impresso nos oficinas da I M P R E S em São Paulo.

o cartaz para a propaganda da 2.°_ Bienal de São Paulo é de autoria do pintor Antonio Bandeira e a capo do catálogo foi ideada por Danilo Di Prete.

XI

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APRESENTAÇÃO

A primeira Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo teve, a orientá-la, a dedicaçãO'

e o entusiasmo de Francisco Matarazzo Sobrinho, idealizador dêsse notável empreendimento interna­cional no campo da arte. A segunda Bienal, que agora se instala, encontra Francisco Matarazzo Sobrinho afastado, por licença, da Presidência do Museu de Arte Moderna, por haver sido convocado pelos governos do Estado e do Municipio para exer­cer altas funções a que o indicavam, naturalmen­te, as suas qualidades de administrador e o seu es­pírito público: as de Presidente da Comissão do IV Centenário. Cabe-me, assim, como Presidente em exercício do Museu de Arte Moderna de São Paulo, a honra de entregar ao ~úblico a segunda Bienal. Do êxito da primeira exposição diz bem o resultado a que se chegou na segunda: 40 países representados, 16 sa­las restrospectivas, cerca de 500 trabalhos de ar­tistas espontâneos assinalam o alcance, dia a dia maior, do empreendimento. Não seria justo, portan-

- to, que se deixasse de salientar aquí quanto a Bie­nal deve ao seu idealizador, o qual, embora de lon­ge, nunca se furtou a cooperar com a Diretoria do' Museu de Arte Moderna na tarefa de organização e orientação dp.sta segunda mostra. A Diretoria da Museu de Arte Moderna de São Pau­lo extende também, por seu intermédio, os seU3 agradecimentos ao Governo Federal, ao Governo do Estado de São Paulo e ao do Município pelo apoio que deram ao empreendimento, sem o qual seria difícil o êxito dêste.

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Cabe-me também agradecer à Comissão do IV Cen­tenário por haver honrado a segunda Bienal com o seu patrocínio, colocando-a como ponto inicial das comemorações do quarto século darçidade. Esses agradecimentos extendem-se igualmente aos artistas que compareceram à exposição com os seus trabalhos, aos delegados estrangeiros, aos críticos dos juris de seleção e de premiação, e bem assim aos dedicados funcionários do Museu de Arte Moderna.

RUY BLOEM Presidente, em exercício, do Museu de Arte Moderna de São Paula

XIV

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N T R O D U ç' Â 6

N o prefácio do catálogo da primeira Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, expli­

cava Lourival Gomes M achada que a exposição se organizaria a fim de "colocar a arte moderna bra­sileira em vivo contato com a arte do resto do mun­do, ao mesmo tempo que para São Paulo se busca­ria conquista a posição de centro artístico mun­dial". O êxito da primeira Bienal provou que seus orga-· nizadores não tinham super-avaliado as suas possi­bilidades. Ambos os ob1etivos se alcançaram. Dos resultados do contato íntimo entre a arte nacional e a estrangeira teremos conhecimento através das exposições futuras, cujo nível estético por certo se elevará paulatinamente. Quanto à conquista para São Paulo de uma posição relevante no mundo ar­tístico mundial, já a segunda Bienal, pelo volume e a qualidade das obras apresentadas, nos confirma ter sido visado com justeza o alvo. Durante a nossa estada em Veneza, tivemos a opor­tunidade de uma longa e profícua conversa com os comissários dos diversos paíse..s. Submetemos à sua apreciação um plano novo, destinado não só a per­mitir que cada delegação pudesse oferecer-nos um panorama mais completo de suas atividades artís­ticas, mas ainda apresentar-nos, em salas especiais, a súmula de sua maior contribuição para a evolu­ção da arte contemporilnea. Sugerimos que cada país, ao lado de seus 10vens artistas, enviasse a São Paulo um conjunto significativo do movimen­to em que se havia realçado particularmente ou uma amostra da obra de seu artista de maior re­nome universal.

xv

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Aceita a idéia, solicitou-se, desde logo, de comum acôrdo com. os comissários, às diferentes adminis­trações encarregadas da organização das exposições no estrangeiro que anuissem em colaborar no plano proposto. Assim se obteve da França o envio de uma seleção das obras mais famosas do cubismo, da Itália uma expressiva síntese do futurismo, da Bélgica, da Austria, do Luxemburgo e da Noruega, a organização de salas de seus mais conhecidos expressionistas, da Alemanha uma exposição Klee, da Inglaterra um con1unto Moore, da Suíça, uma amostra da obra de Hodler, dos Estados Unidos uma série substancial de Calder, da Holanda uma repre­sentação do movimento "De Sti1l", etc. sem falar na sala Picasso, em. que pela primeira vez na América Latina se reunem cerca de 80 telas do grande má ... gico do modernismo, entre as quais a famosa "Guer­nica", que tamanha celeuma levantou. Tem-se igualmente uma valiosa amostra da arte pan-americana, com importantes contribuições do México, Argentina, Haiti, Uruguai, o que permitirá aos criticos estrangeiros uma apreciação mais pro­fun.da e extensa da situação das artes plásticas em nosso hemisfério. Cumpre ainda observar que em certames da natu­reza da Bienal, não se ofereceu 1amais essa opor­tunidade de se admirar uma série de obras susce­tíveis de exemplificar, quase didàticamente, a his­tória do movimento moderno, desde o início de nosso século, pelo menos. É um privilégio de que se beneficia o público brasileiro e que os organiza­dores da segunda Bienal do Museu de Arte Moder­na de São Paulo se sentem orgulhosos em lhe haver proporcionado. Não será completo o panorama. Faltam os fauvistas, os dadaistas, os chamados pri­mitivistas e mais algumas sub-escolas interessan­tes. Tão variadas foram as soluções trazidas à arte nestes últimos cincoenta anos que não haveria or­ganização capaz de colecioná-las tôclas sem auxi­lios financeiros astronômicos. Entretanto, as gran­des salas especializadas são aqui completadas pe­las obras avulsas e o público sem maiores dificul­dades encontrará no imenso mostruário da segun-

XVI

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da Bienal exemplos perfeitos de tôdas as tendén­cias estéticas. Não cabe nesta nota introdutória uma análise his­tórica da arte moderna. Não faltam livros sôbre o assunto, mesmo na reduzida literatura crítica na­cional. Uma cousa, porém, saltará aos olhos desde logo, a predominllncia do espírito de liberdade. Ao lado das soluções abstratas e concretistas, as solu­ções figurativistas. Ao lado do expressionismo que exprime pela deformação, o cubismo que se compraz na construção geométrica. Junto à tentativa de pintar o sonho e revelar o mundo do inconsciente, a ambição de descrever objetivamente o mundo da realidade. Crítica social, participação, evasão, fan­tasias, ciência, tôda a cultura de nossa época, caóti­ca, contraditória, atraente e hostil a um tempo, se espelha nessa arte discutida e discutível, polêmica quase sempre, construtiva por vezes, mas viva, pre­sente, que não podemos mais ignorar. Uma arte que solicita permanentemente de nós uma tomada de consciência, uma aceitação ou uma recusa. Que nunca nos autoriza a assumir atitudes de confor­tável indiferença. A arte moderna pode ser uma gargalhada sarcástica, exibir-nos uma vontade ir­reprimível de fuga, pode apresentar-nos um gesto paciente de colaboração, revelar-nos uma experién­cia de sintonização científica. Ela inquieta e per­turba. Não raro conforta. Não é sempre uma ex­pressão necessária. Daí sua fôrça, sua afirmação, sua razão de ser.

Os organizadores da segunda Bienal hão-de consi­derar-se amplamente recompensados de seus esfor­ços se tiverem conseguido, com a presente exposi­ção internacional, despertar no pÚblico o desejo de penetrar e compreender melhor o mundo tão rico e fecundo da arte de nossos dias.

SERGIO MILLJET

XVII

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REGULAMENTO D A 2.a B I E N A L

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I.

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A 2.0 Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, exposição internacional de artes plósticas, inaugurar­se-á em Novembro de 1953, prolongando-se até Feve­reiro de 1954, o fim de integrar-se nas manifestações culturais do IV Centenario da Fundação da Cidade de São Paulo.

2 A Diretoria Executiva do Museu de Arte Moderna de São Paulo estabeleceró o programo do exposição, cujo administração e direção ficarão 00 seu exclusivo cui­dado, e poderá no medida das necessidades, nomeaI" prepostos, quer individuais, quer representados por en­tidades, com poderes definidos no ato da nomeação e extinguíveis a juizo da Diretoria.

3 No plano geral da organização 'da Bienal fica prevista a Exposição Internacional de Arquitetura (E.I.A'>. Participarão da II Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo: a) artistas de qualquer nacionalidade, residentes ou não

no país, que, submetendo-se às normas regulamentares, apresentarem obras e os tiverem aceitos pelo Juri de Seleção;

b) artistas que Integrem representações de cada país, cuja organização decorra de solicitação expresso da diretoria do M.A.M.;

c) artistas que, a juizo da diretoria do M.A.M., sejam con­vidados expressamente.

4 Os artistas que espontâneamente apresentarem seus trabalhos ao Juri de Seleção, poderão fazê-lo com um máximo de 5 obras de pintura ou escultura, de 8 de desenho ou gravura, devendo satisfazer as seguintes condições:

al Os artistas incumbir-se-ão de fazer chegar suas obras à sede ou ao posto de recepção da Bienal, que s6 responderó pelos despesas de desembalagem e reembolagm;

b) As obras deverão estar em perfeito estado e convenien­temente apresentadas ao chegarem à séde da Bienal que, embora se comprometa a dispensar o maior cuidado no manuseio e colocação dos peças, nãa ossumiró por elos

XXI

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responsobilidade alguma, cabendo aos artistas o facul­dade de segurá-los por próprio conto;

c) As obras deverão chegar à séde do Bienal até o diG 30 de agosto de 1953;

d) A. obras de pintura não deverão ultrapassar 120 cms. de largura, permitindo-se, não obstante, o compensação de tamanho entre os obras do mesmo artista; em qual-quer coso, 05 trabalhos deverão ser apresentados prontos poro exposição com baguetes ou molduras; e os dese­nhos, guaches e gravuras possivelmente protegidos por vidro; recomendo-se aos escultores evitar o remessa de obras em gêsso, terracota ou vidro;

.) Cada obro deverá vir acompanhado de uma via do ficho de inscrição, devendo os outros duas vias, juntamente com o ficho de identidade do artista, ser remetidos à Secre-tario do Bienal até o dia 1.0 de Maio de 1953.

5 Poro efeito de premiação, excluir-se-ão os artistas )0

falecidos, solvo os que já tenham remetidos suas obras poro o exposição. Considerar-se-ão em igualdade de condições com os brasileiros, poro efeito de premia­ção, os artistas estrangeiros residentes no país há mais de dois anos.

6 As representações de cada país, organizados por enti­dades oficiais ou particulares, serão solicitadas pelo M.A.M. e por. elos responderá um comissário nomeado pelo entidade organizadoro da representação. Os co­missários poderão sub estabelecer seus poderes à dire­ção do mesmo Museu.

7 A Bienal fará funcionar um posto de recepção, no porto de Santos, Estado de São Paulo, Brasil, o fim de facilitar o recepção dos obras que forem remetidos por via marítimo, e outro em São Paulo, poro os obras que chegarem por via aéreo.

S Nas fichas de inscrição das obras, deverá constar, ex­pressamente, se o artista os põe à vendo e se con­corre aos prêmios de aquisição, ficando entendido que somente concorrerá aos prêmios de valor iguol ou su­perior 00 fixado paro o vendo. Em coso algum, essa declaração poderá ser anulado por outro posterior, nem poderá ser aumentado o preço declarado inicialmente.

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9 Na Secretaria da Bienal, funcionará uma seçãa espe­cialmente destinada à venda das obras e que cobrará uma comissão de 10% sôbre o mantante líquido das aquisições.

10 Haverá um Juri de Seleção e um Juri de Premiação. Constituem o Juri de Seleçãa o Presidente do Museu de Arte Moderna de São Poulo ou pessoa por êle creden­ciada, dois membros indicados pela Diretoria do mes­mo Museu e dois membros escolhidos pelos artistas concorrentes. Na ficha de inscrição o concarrente de­verá indicar, em ordem de preferência, os nomes dos dois artistas que elege para membros do Juri de Se­leçãa e que serão escolhidos por maioria de votos.

11 Constituem o Juri de Premiação o Diretor Técnico do Museu de Arte Moderna de São Paula, o mais votado dos dois membros eleitos pelos artistas e um número ímpar de críticos de nomeada internacional, a critéria da Diretoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo, podendo ser escolhidos entre os comissários das repre­sentações dos países participantes.

12 Das resoluções dos júris não cabe recurso.

13 O Juri de Seleção concluirá seus trabalhos 60 dias an­tes da inauguração da Bienal. O Juri de Premiação reunir-se-á antes da inauguração, comunicando suas decisões para a atribuição dos prêmios até 15 dias após a abertura da exposição.

14 Ficam instituidos para a II Bienal, sem prejuizo de outros,

a) os seguinte. pr'mios regulamentare.: melhor pintor estrangeiro {obras

apresentadas>: ..•......... Cr$ 100.000,00 melhor pintor nacional {obra.

apresentadash ..•......... Cr$ 100.000,00 melhor escultor estrangeiro (obra.

apresentadas>: ..•......... Cr$ 100.000,00 melhor escultor nacional (obras

apresentadas>: ..•......... Cr$ 100.000,00 melhor gravador estrangeiro -

(obrai apresentadas>: Cr$ 50.000,00

xxm

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melhor gravador nacional {obras apresentadasl: ............ Cr$ 50.000,00

melhor desenhista estrangeiro -{obras apresentados>: Cr$ 50.000,00

melhor desenhista nacional (obrai apresentadasl: ..... Cr$ 50.000,00

b) "Prêmio IV Centenário de São Paulo" - Tendo em visto os comemorações do IV Centenário do Fundação do Cidade de São Paulo, fica instituido, em caráter excepcional, êste prêmio na valor de Cr$ 200.000,00, poro o artista, nacional ou es­trangeiro, presente à exposição, e cujo obro, em seu conjunto, seja reconhecido, por moioria abso­luto de votos do Juri, como de maior significação.

c) Todos os demais prêmios, posteriormente instituidos, o serão sob cláusula de aquisição, passando os obras pre­miadas à propriedade do Museu de Arte Moderna d. São Paulo.

d) o Juri poderá abstêr-se de conferir um ou mais prê­mios como também poderá subdividí-Ios.

15 Pelo simples assinatura do ficho de inscrição, os artis­tas submetem-se impllcitamente à observância dêste regulamento, e à irrecorrível decisão dos juris, confe­rindo plenos poderes à Diretoria do Museu de Arte Moderno de São Paulo no tocante à colocação dos suas obras no recinto do exposição.

16 Os eventuais adiamentos ou prorrogações, que só pode­rão ser determinados pelo direção do Bienal, não alte­rarão nem restringirão o vigor do presente regulamento.

NOTA: Todos os prêmios serão pagos op6s O encerramento da exposição, deduzindo-se, sempre, os taxas legais. conforme as normas vigentes na época.

São Paulo, Moia de 1952

XXIV

RUY BLOEM Presidente em exer­cicio do M. A. M.

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REGULAMENTO DA 2.a E X P O 5 I ç Ã O

INTERNACIONAL DE ARQUITETURA

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Integrando o 2. 0 Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo, realizo-se, simultâneamente, o Exposição Internacional de Arquitetura. (E.LA.).

2 A direção artístico do E.LA. será exercido por uma comissão composto por elementos ou representantes do Diretoria do Museu de Arte Moderno de São Paulo e por dois arquitetos ou pessoas de reconhecido compe­tência no especialidade, indicados pelos departamentos do Rio de Janeiro e de São Paulo do Instituto dos Arquitetos do Brasil.

3 Poderão participar do 2. 0 E.LA. do Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo: a) arquitetos de qualquer nacionalidade; b) escolas de arquitetura oficialmente reconhecidas.

4 Cada arquiteto poderá enviar, no máximo, três traba­lhos, unicamente de obras executados, indicando no ficho de inscrição em que categorias seus trabalhos deverão ser incluidos, poro efeito de premiação.

5 Os trabalhos poderão ser apresentados individualmente ou em equipe.

6 Os trabalhos deverão ser apresentados em fotografias em bronco e preto ou fotocópias de desenhos. ~ livre o tamanho e o número de fotografias, sendo, contudo, limitado o espaço disponível poro cada trabalho o três metros quadrados de painel.

7 Não será permitido, em hipótese alguma, o envio de maquetes e fotografias em côres ou luminosos.

8 Poro efeito de premiação, excluir-se-ão os arquitetos já falecidos, solvo os que já tenham remetido os suas obras poro o exposição.

9 Os arquitetos e os escolas de arquitetura deverão fazer chegar os trabalhos acompanhados de uma via do ficho de inscrição, em três vias, devendo duas vias, juntamen­te com o ficho de identidade do concorrente, ser reme­tidos à Secretario do Bienal (E. LA'> até o dia 15 de julho de 1953. À mesmo Secretario, deverão ser reme­tidos, acompanhados do terceiro via, os trabalhos até o dia 15 de agosto de 1953, prazo máximo irrevogável.

XXVII

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10 A Bienal (E.I.A') se responsabilizará, apenas, pelas des­pesas de desembalagem dos trabalhos, ficando, os que forem aceitos e expostos, após a realização da 2.0

E.I.A., de propriedade do Museu de Arte Moderna de São Paulo, como parte integrante do seu acêrvo.

11 As escolas de arquitetura participarão, nas seguintes condições:

a) às escolas seró proposto um único temo, a ser desenvol­vido pelos alunos individualmente ou em equipe;

b) o tema será proposto em linhas gerais, devendo ser de­senvolvido de acôrdo com os tendências e condições de cada país e a orientaçõo adotada pela escola;

c) cada escola poderá apresentar sàmente um trabalho, ficando reservado 00 mesmo um espaço máximo de nove metros quadrados;

d) os trabalhos poderõo ser apresentados em des.enhos origi­nais, em branco e preto. fotocópias ou fotografias.

12 Ficam instituidos para a 2.0 E.I.A., sem prejuizo de outros, os seguintes prêmios:

a) PR~MIOS PARA PROBLEMAS ESPECIFICOS. Atri­buidos ao melhor trabalho exposto em cada uma das seguintes categorias:

1 . habitação individual. 2. habitação coletiva. 3 . edifícios para fins religiosos. 4. casa de espetáculo. S . edifício para fins esportivos. 6. edifício para fins comerciais. 7. edifícios para fins industriais. 8. edifício público. 9. hospitais.

1 O • escolas. 11 . problemas urbanísticos (só serão admitidos, 12. problemas vários (serão inscritos nesta cote­

nesta categoria, trabalhas em que tenha sido levado em conta o solução dos vários proble­mas de uma comunidade ou zona urbana). gorio os trabalhos que não se enquadrarem em qualquer uma das categorias anteriores}.

XXVIII

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b) PREMIO PARA UM JOVEM ARQUITETO:

Cr$ 50.000,00 - Atribuido a um jovem arquiteto - que no momento de inscrever-se não tenha com­pletado 35 anos - pelo trabalho ou conjunto de trabalhos expostos.

c) PREMIO A ESCOLA DE ARQUITETURA: Cr$ 50.000,00 - Ao melhor trabalho desta cate­goria serão conferidos dois prêmios, sendo um hono­rífico (diploma) atribuido à escola e outro em di­nheiro, (além de um diplomo) ao autor ou autores do trabalho.

J 3 Haverá um Jurí de Seleçãa e um Jurí de Premiaçãa.

J 4 O Jurí de Seleção será constituido pelo Presidente do Museu de Arte Moderno de São Paulo ou pessoa por êle credenciada e, no mínimo, por mais dois aquitetos de reconhecida competência, indicados pela diretoria do I.A.B. do Rio de Janeiro e São Paulo.

15 O Jurí de Premiação será constitui do por um represen­tante da Diretoria do Museu de Arte Moderna de São Paulo e, no mínimo, por mais dois elementos de reno­me internacional, indicados pela direção do E.I.A.

16 Os nomes dos compoentes dos jurís serão divulgados até o dia 1.0 de junho de 1953.

J 7 Das decisões dos juris não cabe recurso.

18 O Jurí poderá abster-se de conferir um ou mais prê­mios, como, também, poderá subdividí-Ios.

19 Os casos omissos no presente regulamento serão decidi­dos de acôrdo com o disposto nos normas gerais da 2. 6

Bienal do Museu de Arte Modenra de São Paulo. Na hipótese de tais normas não se aplicarem à situação especifico, serão elas resolvidas pela direção do E.I.A., de cujas decisões não caberá recurso.

NOTA: Todos os prêmios serõo pagos após o encerramento da exposiçõo, deduzidas as taxas legais conforme as nor­mas vigentes na época.

XXIX

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20 Pela simples assinatura da ficha de inscrição, os que participarem da 2.0 E.I.A. sujeitam-se à observância dêste regulamento, conferindo plenos poderes à dire­ção da E.I.A. no tocante à colocação dos seus trabalhos no recinto da exposição.

TEMA PARA AS ESCOLAS DE ARQUITETURA - O tema que os estudantes desenvolverão para concorrer ao prêmio para escola de arquitetura é o seguinte:

CENTRO CIVICO PARA UM GRUPO RESIDENCIAL DE 10.000 HABITANTES.

Deverão ser apresentados:

a) plano geral do centro; b) projeto do edifício principal; c> integração do centro no grupo residencial.

Cada escola resolverá naturalmente o problema de acôrda com as condições regionais do seu país.

A seleção do projeta apresentado por cada escola ao concurso, deverá ser feita por voto comum dos estu­dantes e dos professores.

Para tôdas as outros normas, a Direção da E.I.A. reco­menda a observôncia dos artigos 11 e 12 (parág. c) do regulamento da 2.0 Exposição Internacional de Arquitetura.

São Paulo, Maio de 1952.

:xxx

RUY BLOEM Presidente em exer­cício do M. A. M.

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L 1ST A DE PRÊMIOS

PR~MIOS

Os prêmios mencionados como aquisição, no formo do disposto nos normas gerais, revertem o obro premiado à pleno propriedade do Museu de Arte Moderno de São Paulo. Por jovem, poro efeito de premiação, entende-se aquele artista nascido depois de I. o de janeiro de 1923. O Júri poderá abster-se de conferir um ou mais premiaS, como também poderá subdividi-los. (art. 14 por. d) do Regulamento)

REGULAMENTARES

Prêmio IV Centenário de São Paulo 200.000,00 Prêmio poro o melhor pintor estrangeiro 100.000,00 Prêmio poro o melhor pintor nacional 100.000,00 Prêmio poro o melhor escultor estrangeiro 100.000,00 Prêmio poro o melhor escultor nocionol 100.000,00 Prêmio poro o melhor desenhista estrangeiro 50.000,00 Prêmio poro o melhor desenhista nacional 50.000,00 Prêmio poro o melhor gravador estrangeiro 50.000,00 Prêmio poro o melhor gravador naCional 50.000,00

XXXI

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PRI:MIOS DE AQUISiÇÃO

PINTURA

Fundo de oquisição B. E. 100.000,00

Aquisição nacional (Prêmio Caixa Econômi-nômica Federal de São Paulo) 50.000,00

Aquisição estrangeiro (Prêmio Metalúrgico Motarozzo SI A)

Aquisição Livre (Prêmio Moinho Santista)

Aquisição livre (Prêmio Jockey Club de São Paulo)

Aquisição poro jovem estrangeiro (Prêmio Felicio Lanzara)

Aquisição poro jovem nacional (Prêmio Probell

Aquisição livre (Prêmio Vidro Plano Ind. Paulista Ltda.>

Aquisição livre (Prêmio Metalgráfica Giorgi)

Aquisição poro jovem nacional (Prêmio Flavio de Carvalho)

Aquisição poro jovem nacional (Prêmio Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro)

Aquisição poro jovem nacional (Prêmio Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro)

ESCULTURA

Aquisição nacional (Prêmio Caixa Econômico Federal de São Paulo)

XXXII

50.000,00

50.000,00

50.000,00

30.000,00

30.000,00

30.000,00

25.000,00

20.000,00

20.000,00

20.000,00

50.000,00

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Aquisição estrongeiro (Prêmio Jockey Club de São Paulo)

Aquisição livre (Prêmio Cio. Sul América Terrestre Marítimos Acidentes)

Aquisição jovem estrangeiro <prêmio Cio. de Seguros do Bahia) .

Aquisição jovem nacional Prêmio Ziro Ramenzonj)

Aquisição nacional (Prêmio Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro)

DESENHO Aquisição nacional (Prêmio Nadir Figuei-

50.000,00

50.000,00

30.000,00

30.000,00

20.000,00

redo SI AJ 15.000,00

Aquisição estrangeiro (Prêmio Cristais Prado) 15.000,00

Aquisição jovem nacional (Prêmio Carmen Dolores Barboza) 10.000,00

Aquisição livre (Prêmio Arno SI AJ 10.000,00

GRAVURA Aquisição estrangeiro (Prêmio Inês F. Car­

raro) (conjunto)

Aquisição nacional (Prêmio Nené Poci Medicj) (conjunto)

Aquisição livre (Prêmio Cristais Prado) (con­junto)

Aquisição nacional (Prêmio Carmen Dolores Barbozo) (conjunto)

Aquisição jovem nocional (Prêmio Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro) (con­junto)

Aquisição jovem nacional (Prêmio Museu de Arte Moderno do Rio de Janeiro) (con­junto)

XXXIII

20.000,00

20.000,00

15.000,00

15.000,00

5.000,00

5.000,00

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PR~MIOS ESPECIAIS

Prêmio FIAT (Torino) para artista brasileiro que realize viagem à Itólia) 1.000.000,00

Prêmios italianos de São Paulo (destina-se a artista italiano, não residente no Brasil e que não tenha sido contemplado com alguns dos prêmios acima) 30.000,00

Prêmio Câmara Italiana de Comércio de São Paulo (obedece às mesmas condi-ções do anterior) 32.000,00

Todos os demais premlOS, posteriormente ins­tituídos, se compreendem como sob clóusula de aquisição, revertendo a obra premiada à plena propriedade do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

II EXPOSiÇÃO INTERNACIONAL DE AR­QUITETURA

Cato 1 (habitação individual) Prêmio Pigna­tari Administração Ind. e Comércio S/A.

Categ. 2 (habitação coletiva) Prêmio Socie­dade de Engenharia e Construções SECLA

Categ. 3 (edifício para fins religiosos) Prêmio Silverio Ceglia

Categ. 4 (Casa de espetóculo) Prêmio Mon­teiro Wigderowitz - Motneiro Ltda.

Categ. 5 (edifício para fins esportivos) Prê­mio Cavalcanti e Junqueira SI A

Categ. 6 (edifício para fins comerciais) Prê­mio Cio. Gessy Ifldustrial SI A

Categ. 7 (edifício para fins industriais) Prê­mio Construtora Martins Engel Ltda.

Categ. 8 (edifício público) Prêmio Marcos Gasparian

Categ. 9 (hospitais) Prêmio Jafet

XXXIV

50.000,00

50.000,00

50.000,00

50.000,00

50.000,00

50.000,00

50.000,00

50.000,00 50.000,00

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Categ. 10 (escolas) Prêmio Universidade de São Paulo

Categ. 11 (problemas urbaní sticos) Categ. 12 (problemas vórios) Prêmio Cio. Bra­

sileiro de Povimentação e Obras Prêmio poro Jovem Arquiteto (Prêmio João

José Abdalla) Concurso internacional poro escolas de arqui-

tetura (Prêmio Metalúrgico Mata-rozzo S/A

Prêmio Construtora Anchieta S/ A.

xxxv

50.000,00 50.000,00

50.000,00

50.000,000

50.000,00 50.000,00

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PAíSES PARTICIPANTES

ALEMANHA ARGENTINA ÁUSTRIA BÉLGICA BOUVIA BRASIL CANADÁ C H I L E CUBA DINAMARCA EG I TO ESPANHA ESTADOS UNIDOS FINLÂNDIA FRANÇA GRÃ BRETANHA HOLANDA INDONÉSIA ISRAEL ITÁLI A IUGOSLÁVIA JAPÃO LUXEMBURGO MÉXICO NICARÁGUA NORUEGA PARAGUAI PERU PORTUGAL REPÚBLICA DOMINICANA SU IÇA URUGUAI VENEZUELA

XXXVII

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ADVERTÊNCIA

N a relação das obras usou-se a ordem cronológica, poro as salas especiais, e a ordem alfabética, para os ar­tistas das salas gerais.

Quando indicado na obro, o ano da execução segue-se ao título. As dimensões são dadas em centímetros e seguem-se à data de execuçõo ou à técni­ca usada, conforme o caso. Dos esculturas, menciono-se apenas a altura.

N ão havendo outras indicações, entende-se que as pinturas são a óleo sôbre tela. Os desenhos, salvo indi­caçôo em contrário, são o lápis sôbre papel.

A s obras que não tra­gam indicação de proprietário, entendem-se como de propriedade do artista.

A s datas que se se­guem ao nome do artista referem-se oos anos de nascimento e morte.

o presente CG"tólogo foi encerrado a 5 de Dezembro de 1953, a fim de poder ser entregue ao público no dia da inauguração da segunda Bie­nal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em virtude de fatores indepen­dentes da vontade da Comissão orga­nizadora, algumas obras deixam de nele figuror, o que se corrigirá oportunamente mediante o acréscimo de uma adendo.

XXXIX

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BRASIL

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Sala especial EL YSEU VISCONTI

organizada pelo sr. José Simeão Leal

P resos às fórmulas dos velhos mestres ro­mânticos e naturalistas, os artistas brasi­

leiros não se tinham apercebido até a primeira dé­cada do Século XX de um dos mai~ fecundos' mo­vimentos renovadores da arte Européia - o Impres­sionismo. Pintores como Pedro América, Victor Mei­relles e Almeida Junior, de importância fundamen­tal na história, da nossa arte, mantiveram-se a êle completamente, alheios. E é curioso notar que foi o francês Manet, em contacto com a intensidade lu­minosa de{ nossa terra, que marcou a passagem en­tre a nossa escola e o naturalismo tão ao nosso gos­to. E é, ainda, com Visconti, de origem italiana, que se inicia a arte moderna brasileira, rompendo com um academismo esteril no seu artificialismo, sem sentido num país novo e ávido de novas formas de expressão. Foi Visconti o primeiro impressionista que tivemos, abrindo um vasto ,campo de pesquisas e identificando-se com tôdas as correntes artísticas atuais. Nascido na Italia (Salerno), em 30 de junho de 1867, Elyseu ,1)' Angelo Visconti veio para o Brasil na companhia de seus pais, quando ainda não havia completado um ano de idade. Foram seus mestres, Victor Meirelles, José Maria Medeiros, Henrique Ber­nardelli e Rodolfo Amoedo. Em 1892, ganha o prê­mio de viagem à Europa indo, no ano seguinte, fi-; xar-se em Paris. Alí, inscrito no Concurso de Admis­são à Escola de Belas Artes, obtem o 7.° lugar, en­tre 456 candidatos. Frequenta, ao mesmo tempo, a Escola de Artes Decorativas e, em Madrid, exercita­se copiando Velasquez, no Museu do Prado. Regressando a Paris, instala-se no atelier de "Puvis de Chavannes", em Neully, e começa a trabalhar, em 1906, na decoração do Teatro Municipal do Rio

2

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BRASil

Elyseu Visconti

de Janeiro. Não se limita, apenas, a essa tarefa; datam, dessa época, inúmeras de suas telas; espe­cialmente, paisagens de S. Hubert e do Jardim de Luxemburgo. Nomeado professor da Escola Nacional de Belas Artes, retorna ao Brasil, expondo, antes, em Paris, os trabalhos destinados ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1913, demitindo-se daquele cargo, embarca, novamente, para a França, onde irá en­cetar novo trabalho - a decoração do "Foyer", do mesmo Teatro Municipal. Terminada a primeira guerra mundial, volta Visconti para o Brasil, quando realizou a decoração do vestíbulo do Conselho Muni­cipal do Distrito Federal, e o painel representativo da "Assinatura da Primitiva Constituição Republi­cana", onde figuram 63 constituintes em tamanho natural. Seguem-se anos de persistente e tenaz atividade, vindo o mestre a falecer em seu atelier, no Rio de Janeiro, no dia 15 de outubro de 1944. A análise da obra de Elyseu Visconti, indica o pintor, inicialmente, voltado para "academias" de modelo vivo e paisagens, passando a preocupar-se com a representação da figura humana na paisagem, ele­mentos que se intercalam, muitas vezes, em suas telas. No contacto com o renascimento vêm "Giu­ventú", "Recompensa de S. Sebastião", e "Oreadas", obras de evidente inspiração "Boticelliana", onde a graça, a beleza e a poesia se traduzem na linearida­de do traço. Ainda nesta fase, terão início as ex­periências pré-impressionistas: os estudos para o Teatro Municipal conduzirão o artista a pesquisas dentro das diversas técnicas em voga, decidindo-se êle pelo Impressionismo, processo que pela dissocia­ção dos tons permitirá atingir a desejada leveza do conjunto. E o espírito inovador de Visconti levou-o a juntar ao Impressionismo, a fatura linear "Boti­celliana" para a execução daquela obra. No Brasil, o pintor lança-se a novas técnicas. Os primeiros trabalhos aqui realizados revelam uma influência "Pontilhista", como por exemplo "A Rosa"

3

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BRASIL Elyseu Visconti

(1909>. Pouco a pouco, as cores vivas de nossa terra vão-se impondo à sua sensibilidade. Sua arte tende, agora, para um realismo impregnado de atmosfera brasileira. Dessa época, contam-se muitos de seus melhores retratos e paisagens. Quando volta a Pa­ris para executar a segunda encomenda para o Tea­tro Municipal, é no impressionismo que irá obter a unidade necessária à obra anteriormente iniciada. A última fase de sua vida artística condensa-se no néo-realismo com acentuada procura de atmosfera e luminosidade. Cenas de família, retratos, auto­retratos, crianças brincando, são alguns dos temas escolhidos. E', também, o chamado "Período de Teresópolis".

Jose SIMEÃO LEAL

1 "MUSETTE". Teresópolis, 1895. 0,26 x 0,35. Cole­ção Affonso Visconti.

2 AUTO-RETRATO, 1898. Pastel, 0,33 x 0,41. Coleção Viuva Visconti.

S "GIOVENTú", Paris, 1899. 0,49 x 0,65. Patrimônio do Museu Nacional de Belas Artes.

4 AUTO-RETRATO, 1901. 0,48 x 0,64. Coleção To­bias Visconti.

5 "LOUISE". Rio de Janeiro, 1911. 0,40 x 0,51. Co­leção Viuva Visconti.

6 ESPERANÇA. Paris, 1916. 0,65 x 0,81. Coleção Tobias Visconti.

"I ESBOÇO, St. Hubert, 1916. 0,32 x 0,41. Coleção Prof. Henrique Cavalleiro.

8 FLORES DA RUA. Paris, 1916. 0,65 x 0,81. Cole­ção Viuva Visconti.

9 MEDITANDO (RETRATO DE YVONE). Paris, 1916. 0,54 x 0,65. Coleção José Mariano Neto.

4

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BRASIL

Elyseu Visconti

10 PAISAGEM DE ST. HUBERT, 1916. 0,54 x 0,65. Coleção Viuva Visconti.

11 PAISAGEM DE ST. HUBERT, 1916. 0,28 x 0,35. Coleção Affonso Visconti.

12 "L'ADIEU". Paris, 1917. 0,95 x 1,25. Coleção Waldemar Eduardo Magalhães.

13 A CASA DE LOUISE - PAISAGEM DE ST. HU­BERT. Paris, 1917. 03,8 x 0,32. Coleção Prof. Henrique Cavalleiro.

14 PAISAGEM DE ST. HUBERT. Paris, 1917. 0,95 x 1,22. Coleção Viuva Visconti.

15 CURA DE SOL. Paris, 1920. 1,30 x 1,58. Coleção Viuva Visconti.

16 RETRATO DE YVONE, 1922. 0,38 x 0,51. Coleção Prof. Henrique Cavalleiro.

17 RETRATO DE YVONE, 1922. 0,27 x 0,37. Coleção Prof. Henrique Cavalleiro.

18 RETRATO DE AFFONSO, 1922. 0,26 x 0,35. Cole­

ção Affonso Visconti.

19 "LOUISE". Rio de Janeiro, 1922. 0,65 x 0,81. Cole­ção Viuva Visconti.

20 DESPEDIDA. Rio de iJaneiro,1922. 0,90 x 1,18. Co­Coleção Viuva Visconti.

21 AFETOS. Rio de Janeiro, 1923. 0,51 x 0,61. Cole­

ção Viuva Visconti.

22 LADEIRA DOS TABAJARAS. Rio de Janeiro, 1923.

0,30 x 0,43. Coleção Affonso Visconti. '23 MINHA CASA DE CAMPO. Teresópolis, 1929. 0,51

x 0,61. Coleção Viuva Visconti.

24 VILA RICA. Copacabana, 1932. 0,72 x 1,42. Cole­

ção Museu da Cidade do Rio de Janeiro.

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BRASIL

Elyseu Visconti

25 A REVOADA DOS POMBOS. Rio de Janeiro, 1932, 0,52 x 0,53. Patrimônio do Ministério da Educação e Cultura.

26 RETRATO DE AFFONSO. Rio de Janeiro, 1934. 0,57 x 0,70. Coleção Affonso Visconti.

27 PAISAGEM. Rio de Janeiro, 1934. 0,63 x 0,81. Co­leção Viuva Visconti.

28 AUTO-RETRATO, 1938. 0,54 x 0,65. Coleção Prof. Henrique Cavalleiro.

29 NO JARDIM, PAISAGEM DE TERESóPOLIS, 1939. 0,50 x 0,61. Coleção Viuva Visconti.

30 UM NINHO. Teresópolis, 1940. 0,56 x 0,68. Cole­ção Viuva Visconti.

31 EVOCAÇAO. Teresópolis, 1940. 0,63 x 0,75. Cole­ção Viuva Visconti.

32 SOB A FOLHAGEM, 1943. 0,59 x 0,81. Coleção José Mariano Netto.

33 TR:ltS MARIAS, 1943. 0,51 x 0,65. Coleção Viuva Visconti.

34 ROUPA ESTENDIDA. Teresópolis,1944. 0,61 x 0,81. Coleção Viuva Visconti.

85 MEU NETO. Teresópolis, 1944. 0,37 x 0,51. Coleção Tobias Visconti.

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Sala especial

A PAISAGEM BRASILEIRA ATÉ 1900 organizado por Rodrigo Mello Franco de Andrade

A pintura de paisagem no Brasil, em sua parte mais valiosa, foi até recentemente obra de

estrangeiros. Aos artistas portuguêses que vieram ao nosso país, no período do povoamento e da colonização, faltava a tradição de paisagistas. As primeiras representações de aspetos da terra brasi­leira não são obras de pintura lusitana: são "pros­pectos" e panoramas convencionais devidos a car­tógrafos e engenheiros. A espessura das florestas; virgens do interior e a alva extensão das praias do litoral do Brasil, se foram objeto de descrição dos cronistas na fase seguinte ao descobrimento, terão impressionado os pintores vindos da metrópole, mas sem inspirá-los como artistas plásticos. Coube ao holandês Frans Post, que acompanhou o Conde João Maurício de Nassau, em sua aventura americana, o destino de pioneiro e mestre até hoje sem par dos paisagistas de nossa terra. Embora não fôsse pintor que, no gênero, alcançasse a qua­lidade de seus patrícios e contemporâneos Jacob Van Ruisdael e Hobbema, sua obra tem a impor­tância singular, na história da pintura, de consti­tuir, como assinala um crítico autorizado, "a pri­meira reação artística de um ocidental deante do exotismo" . Cessado o breve domínio holandês, em território bra­sileiro, não parece que tenham ficado aqui pinturas de Post, de onde se pudesse originar uma escola de paisagistas nacionais. O Conde Maurício terá carre­gado, ao regressar à Europa, com seus trastes e pa­pagaios, uma por uma das tábuas e telas em que, sob encomenda ou espontaneamente, o conterrâneo tinha fixado aspetos do Brasil. Somente depois de decorridos mais de dois séculos principiaram a re-

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BRASIL paisagem brasileira

tornar a nosso país, pouco a pouco, pela mão de colecionadores beneméritos, as obras de Frans Posto Os artistas luso-brasileiros, durante todo o período colonial, se aplicaram quase exclusivamente à pin­tura religiosa e aos retratos. Alguma paisagem por­ventura introduzida como "fundo" a suas obras, de um gênero e do outro, é cenário inexpressivo de convenção, sem nenhuma relação com qualquer as­peto da natureza em nosso país. Se se encontra, excepcionalmente, vista autêntica de terra brasileira em nossa pintura anterior ao Século XIX, será obra ingênua de arte popular e não de nossos mestres coloniais abalisados, ainda dos que se manifestaram mais espontâneos e ver­sáteis. Todavia, - sejam embora de fatura deficiente ou mesmo rude -, essas obras genuinas possuem às vêzes valor plástico e não puramente documentário. No domínio da pintura erudita, quem sucedeu a Frans Post, a distância de mais de século e meio, como autor de paisagens brasileiras, foi o francês Nicolas Antoine Taunay. Com a sensibilidade pe­culiar a um petit maitre patrício e contemporâneo de Fragonnard, advertido senãoimbuido, depois da Revolução, dos postulados artísticos de David, êle fixou memoràvelmente alguns aspetos do Rio de Ja­neiro em obras de pequenas dimensões, utilizando uma técnica apurada para exprimir as emoções que sentiu diante da natureza tropical. Pôsto que tivesse sido o professor principal de pin­tura em nOSSa Academia de Belas Arte, cujas ati­vidades então se iniciavam, Nicolas Taunay não dei­xou discípulos à sua altura, nem mesmo quem lhe refletisse a influência entre nós. Permaneceu, aliás, pouco tempo no Brasil, sucedendo-lhe o filho, Felix Emile Taunay, que se aclimou muito bem ao nosso país, mas infelizmente não herdara o talento pater­no e, se produziu paisagens de proporções consi­deràvelmente maiores, estas foram sempre de qua­lidade bastante inferior.

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De orif,'em também estrangeira, embora sua forma­ção artística se tenha feito inteiramente no Brasil, na mesma Academia de Belas Artes onde logo se tornou professor da cadeira de paisagem, foi o pin­tor Augusto Müller, que pintou, no gênero, obras talvez a reclamar aprêço maior do que têm merê­cido. Depois dêle, o aluno formado em nossa Aca­demia e que se tornou principalmente paisa­gista já nascera no Brasil: Agostinho da Mota. Laureado, porém, com prêmio de viagem à Europa, estudou na Itália com professor francês e refletiu em sua pintura mais êsse ecletismo acadêmico, de atelier franco-italiano, que genuino sentimento de identificação com a paisagem brasileira. Mais numerosas que as suas foram as obras do mes­mo gênero produzidas contemporaneamente no Bra­sil por diversos pintores franceses (um dos quais discípulo de Corot, - Henri Nicolas Vinet) e, sobre­tudo, pelo italiano Facchinetti, paisagista da Serra da Mantiqueira, de São Tomé das Letras e outras altitudes nas quais se comprazia. Nosso mestre Vitor Meireles os teria superado na paisagem brasileira, pelas aptidões incontestavel­mente superiores que possuia, se a princípio as en­comendas de quadros de batalhas o não tivessem desviado do gênero e, mais tarde, as necessidades de dinheiro não o forçassem a compôr um panorama colossal do Rio de Janeiro ao gôsto popular, para-­exibição com entradas pagas, trabalho braçal que terá incompatibilizado sua sensibilidade com o ofí­cio de paisagista. O italiano De Martino, que posteriormente se tor­nou pintor oficial da Côrte de Sua Majestade Bri­tânica, deixou 343 telas no Brasil, segundo um in­formante meticuloso, celebrizando-se no papel de marinhista brasileiro. Ao alemão Jorge Grimm, en­tretanto, nossa pintura de paisagem ficou a dever muito mais que a De Martino, pois a êle se filiam todos ou quase todos os paisagistas nacionais

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que apareceram desde Os últimos anos do Século passado até o advento do movimento modernista. .. De seus discípulos diretos, o mais dotado talvez, Batista Castagneto, deixou obra principalmente de marinhista. Mais famoso, porém, como paisagista foi Antônio Parreiras, cuja produção, por ter sido realizada já no decurso do novecentos, só pôde ser representada na presente exposição por poucas telas pintadas ainda ao expirar do Século XIX, nas mes­mas circunstâncias que J. Batista da Costa.

RODRIGO MELLO FRANCO DE ANDRADE

FRANS POST, holandês (1612-1680)

1 PAISAGEM DE PERNAMBUCO. óleo sôbre ma­deira, 0,38 x 0,57, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

2 PAISAGEM DE PARAíBA. óleo sôbre madeira, 0,45 x 0,54, assinado, sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

S INTERIOR DE PERNAMBUCO. óleo sôbre ma­deira, 0,34 x 0,51, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

4 PAISAGEM DE PERNAMBUCO. óleo sôbre ma­deira, 0,,33 x 0,41, assinado, sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

5 PAISAGEM DE PERNAMBUCO. óleo sôbre ma­deira, 0,33 x 0,46, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

6 PAISAGEM DE PERNAMBUCO. óleo sôbre ma­deira, 0,36 x 0,46, assinado, sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

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BRASIL

paisagem brasileira

7 VISTA DE UM ENGENHO DE AÇUCAR. óleo sôbre madeira, 0,76 x 0,50. Ministério das Rel~ ções Exteriores, Rio de Janeiro.

S UMA FAZENDA EM PERNAMBUCO. óleo sôbre tela, 0,65 x 0,89. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

AUTOR DESCONHECIDO

9 MEMóRIA DO TRIUNFO SOBRE OS íNDIOS DE GARAÇU EM 1930. óleo sôbre madeira, 2,24 x 1,47, sem assinatura, 1729. Igreja Matriz de São Cosme e São Damião, Igaruçu, Pernambuco.

10 MEMóRIA DA FUNDAÇAO DA IGREJA MATRIZ DE S. COSME E S. DAMIAO E DA VILA DE IGARAÇU. óleo sôbre madeira, 2,41 x 1,46, sem assinatura, 1729. Igreja Matriz de São Cosme e São Damião, Igaraçu, Pernambuco.

11 MEMóRIA DO MILAGRE NO TEMPO DOS SA­QUES DOS HOLANDESES. óleo sôbre madeira, 2,41 x 1,46, sem assinatura, 1729. Igreja Matriz de São Cosme e São Damião, Igaraçu, Pernambuco.

12 MEMóRIA DO MILAGRE QUE EVITOU A PES­TE DE 1685-1686. óleo sôbre madeira, 2,43 x 1,47, sem assinatura, 1729. Igreja Matriz de São Cosme e São Damião, Igaraçu, Pernambuco.

13 MILAGRES DA SENHORA DOS RE~IOS A

AGOSTINHO PEREIRA DA SILVA. óleo sôbre tela, 1,10 x 1,26, sem assinatura, 1749. Capela de Monte Serrat, Salvador, Baia.

14 VISITA VOTIVA DO SENADO DA CAMARA A ERMIDA DA GRAÇA. óleo sôbre tela, 1,90 x 2,90,

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3.0 quartel do seco XVIII. Igreja da Graça, Sal­vador, Baia.

15 TENTAÇAO E SALVAÇAO DE UM FRADE. óleo sôbre madeira, 1,56 x 1,31, sem assinatura, seco XVIII. Convento de Santo Antônio de Igaraçu, Pernambuco.

16 SAO FRANCISCO DE ASSIS OFERECENDO UM HABITO. óleo sôbre madeira, 1,53 x 0,81, sem assi­natura, seco XVIII. Convento de Santo Antônio de Igaraçu, Pernambuco.

17 SAO FRANCISCO DE ASSIS COM A CRUZ. óleo sôbre madeira, 1,37 x 0,85, sem assinatura, seco XVIII. Convento de Santo Antônio de Igaraçu, Pernam­buco.

18 SAO FRANCISCO DE ASSIS FALANDO AOS PASSAROS. óleo sôbre madeira, 1,36 x 0,71, sem assinatura, seco XVIII. Convento de Santo Antô­nio de Igaraçu, Pernambuco.

FRANCISCO MUZZI, italiano (sec. XVIII-XIX)

19 INC1l:NDIO DA IGREJA DO PARTO. óleo sôbre tela, 1 x 1,25, sem assinatura e sem data. Cole­ção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

20 RECONSTRUÇAO DA IGREJA DO PARTO óleo sôbre tela, 1 x 1,25, sem assinatura e sem data. Coleção Raymtmdo de Castro Maya, Rio de Ja­neiro.

AUTOR DESCONHECIDO

21 VISTA DE OURO PRETO. óleo sôbre tela, sem assinatura e sem data. Museu da Inconfidência, Ouro Preto.

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BRASIL paisagem brasileira

JEAN BAPTISTE DEBRET, francês (1'768-1848)

2% OUTEIRO DA GLóRIA. Guache, 30 x 35. Cole­ção Jan de Almeida Prado, São Paulo.

FAl\IPON 28 VISTA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela,

0,44 x 0,67, assinado, 1829. Museu Antônio Parrei­ras, Niterói

24 VISTA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,44 x 0,67, sem assinatura e sem data. Museu An­tônio Parreiras, Niterói.

NICOLAS ANTOINE TAUNAY, francês (1'755-1830)

25 VISTA DO RIO DE JANEIRO TIRADA DO ALTO DA BOA VISTA. óleo sôbre tela, 0,51 x 0,65, sem assinatura e sem data. Coleção Raymundo de Cas­tro Maya, Rio de Janeiro.

26 VISTA DA GLóRIA. óleo sôbre tela, 0,36 x 0,47, assinado, sem data. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

2'7 PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,35 x 0,51, assinado "Taunay", sem data. Museu da Cidade, Rio de Janeiro.

MONVOISIN, francês (1'794-18'70)

28 VISTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO TIRA­DA DA GLóRIA. óleo sôbre tela, 0,47 x 0,65, sem data. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

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BRASIL paisagem braslleira

AUTOR DESCONHECIDO

29 BAtA DO RIO DE JANEIRO. óleo sObre tela. 0.75 x 1,29. sem assinatura e sem data. Museu da Cidade. Rio de Janeiro.

J. L. PAILURE, francês

80 VISTA DE SAO PAULO. Aquarela. 0.70 x 0.50. 1821. Coleção Jan de Almeida Prado. São Paulo.

81 VISTA DE SAO PAULO. Aquarela. 0,50 x 0.80. 11121. Coleção Jan de Almeida Prado.

I. C. HORNBROOK

82 VISTA DA BAtA COM A GLóRIA DO OUTEIRO. óleo sObre tela. 0.72 x 0.75. assinado. 1838. Coleção Raymundo de Castro Maya.

FELIX EMILE TAUNAY, francês (1795-1881)

88 MATA REDUZIDA A CARVAO. óleo sôbre tela. 1.35 x 1.95. sem assinatura e sem data. Museu Na­cional de Belas Artes. Rio de· Janeiro.

ABRARAM LOUIS BUVELOT, francês (1814-1883)

84 VISTA DA GAMBOA. óleo sObre madeira. 0,38 x 0.45. assinado "L. Buvelot". sem data. Museu Na­cional de Belas Artes. Rio de Janeiro.

AUTOR DESCONHECIDO

85 PANORAMA DA PRAIA DE BOTAFOGO POR VOLTA DE 1841. óleo sôbre tela, 0,64 x 2,26, sem

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BRASIL

paisagem brasileira "

assinatura e sem data. Coleção Raymundo de .1,

Castro Maya, Rio de Janeiro.

BERTICHEN

36 BAíA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,42, assinado "C. Bertichen", 1845. Museu da Cidade, Rio de Janeiro.

37 A GLÓRIA EM 1846. óleo sôbre tela, 0,78 x 1,28, assinado "Bertichen", 1846. Coleção da Irmandade da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro.

38 VISTA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO TIRA­DA DA ILHA FISCAL. óleo sôbre tela, 0,80 x 1,47, assinado, sem data. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

CH. MARTIN

39 ENTRADA DA BARRA. óleo sôbre tela, 0,27 x 0,38 assinado, 1848. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

AUTOR DESCONHECIDO

40 VISTA DA GLóRIA DO OUTEIRO POR VOLTA DE 1850. óleo sôbre tela, 0,25 x 0,34, sem assinatura e sem data. Coleção Raymundo de Castro Maya, Rio de Janeiro.

SESPE

41 ASPECTO DO RIO POR VOLTA DE 1860. óleo sôbre madeira, 0,48 x 0,66. Coleção da Irmandade da Glória do Outeiro, Rio de Janeiro.

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BRASIL paisagem brasileira

LmGI STALLONE

42 LARGO DO PAÇO. óleo sôbre tela, 0,71 x 1,13, assinado, 1865. Museu da Cidade, Rio. de Janeiro.

HENRI NICOLAS VINET, francês (181'7-18'76) 43 CLAREIRA NA FLORESTA EM CANTAGALO.

óleo sôbre tela, 1,06 x 1,56, assinado, 1864. Coleção Guilherme Guinle, Rio de Janeiro.

44 FAZENDA DO ESTADO DO RIO. óleo sôbre tela, 0,74 x 1,08, assinado. Coleção Guilherme Guinle, Rio de Janeiro.

45 CASCATINHA DA TIJUCA. óleo sõbre cartão, 0,38 x 0,32, assinado "N. Vinet", sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

46 ENTRADA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre car­tão, 0,26 x 0,41, assinado "Vinet", 1872. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

47 NOITE DE LUAR. 0,30 x 0,39 assinado "Vinet", sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

NICOLAU FACCHINETTI, italiano (1824-1900)

48 SAO TO~ DAS LETRAS. óleo sôbre madeira, 0,55 x 0,94, sem assinatura e sem data. Museu Na­cional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

49 PANORAMA DA GUANABARA. óleo sôbre tela, 1 x 3,18, assinado, sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

50 LAGOA RODRIGO DE FREITAS. óleo sôbre ma­deira, 0,21 x 0,63, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

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BRASIL "'­

paisagem brasileira "

" 51 VISTA DA ENTRADA DA BAíA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela colada sôbre madeira, 0,22 x 0,72, assinado, sem data. Museu Antônio Parreiras, Niterói.

52 FAZENDA DE FRIBURGO. óleo sôbre madeira, assinado, 1880. Museu Antônio Parreiras, Nitreó1.

VICTOR MEIRELLES DE LIMA, brasileiro (1932-1903)

53 VISTA DO MORRO DE SANTO ANTONIO SOBRE O LARGO DO ROCIO. óleo sôbre tela, 0,90 x 1,95, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

54 ENTRADA DA BARRA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,57 x 1,95, sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Ja­neiro.

55 MORRO DO SENADO. óleo sôbre tela, 1,00 x 1,00,

sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

56 MORRO DO CASTELO. óleo sôbre tela, 1,00 x 1,00,

sem assinatura e sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

57 VISTA SOBRE A CANDELARIA. óleo sôbre tela, 0,51 x 0,62, sem assinatura e sem data. Museu Na­cional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

V ANDEN PEEREBOON

58 FAZENDA GARAGUASSú. Aquarela, 0,30 x 0,50. Coleção Jan de Almeida Prado, São Paulo.

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BRASIL paisagem brasileira "

GEORGE GRIMM, alemão (1846-1887)

59 PAISAGEM (ENCOSTA DO MORRO DO CAVA­LAO, NITERóI). óleo sôbre tela, 0,36 x 0,57, assi­nado "G. Grimm", 1883. Museu Antônio Parrei­

ras, Niterói.

60 ROCHEDO DA BOA VIAGEM. óleo sôbre tela, 0,84 x 0,61, assinado "G. Grimm", 1884. Museu An­tônio Parreiras, Niterói.

AUGUSTO RODRIGUES DUARTE (1848-1888)

61 PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO, COPACABA­NA. óleo sôbre tela, 0,28 x 0,50, assinado, sem data. Museu Antônio Parreiras, Niterói.

ALMEIDA JUNIOR, brasileiro (1850-1899)

62 PAISAGEM. óleo sôbre tela, 0,64 x 0,85, assinado, 1894. Coleção Celina Guinle de Paula Machado, Rio de Janeiro.

TELLES JUNIOR, brasileiro (1851-1914)

63 ESTRADA DOS RE~DIOS. óleo sôbre tela, 0,40 x 0,60, 1889. Museu do Estado, Recife, Pernam­buco.

64 PAISAGEM DE CAMARAGIBE. óleo sôbre tela, 0,44 x 0,49, 1895. Museu do Estado, Recife, Per­nambuco.

65 PAISAGEM NA MADALENA (FUNDOS DA CASA DO PINTOR). óleo sôbre tela, 0,31 x 0,52. 1896. Museu do Estado, Recife, Pernambuco.

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BRASIL

paisagem brasileira

66 DENDEZEIRO. óleo sôbre cartão, 0,36 x 0,50, sem data. Museu do Estado, Recife, Pernambuco.

67 CAJUEIRO CAíDO (VENDA GRANDE). óleo sôbre cartão, 0,37 x 0,50, sem data. Museu do Estado, Recife, Pernambuco.

FRANCISCO AURÉLIO DE FIGUEIREDO E MELLO, brasileiro (1854-1916)

68 PICO DO ITACOLOMí. óleo sôbre tela, 0,51 x 0,71, assinado "F. Aurélio", 1894. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

ANTôNIO FIRMINO MONTEIRO (1855-1888)

69 VISTA DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,26 x 0,50, assinado "F. Monteiro", 1884. Museu Antônio Parreiras, Niterôi.

JOÃO BAPTISTA PAGANI, italiano (1856-1891)

70 PAISAGEM DE BARBACENA. óleo sôbre tela, 0,49 x 0,65, assinado "B. Pagani", 1889. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

ANTôNIO PARREIRAS, brasileiro (1860-1937)

71 GRAGOATA. óleo sôbre tela, 1,38 x 2,84, assinado "A. Parreiras", 1886. Museu Nacional de Belas Ar­tes, Rio de Janeiro.

72 TRECHO DO LARGO DA LAPA (primeiro óleo pintado pelo artista). Óleo sôbre tela, 0,20 x 0,29, assinado, 1883. Museu Antônio Parreiras, Niterói.

73 ESCOLA AO AR LIVRE, TERESÓPOLIS. óleo sô­bre tela, 1 x 1,50, assinado, 1892. Museu Antônio Parreiras, Niterói.

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74 TRANQUEffiA, BARRA MANSA. óleo sôbre ma­deira, 0,26 x 0,46, assinado, 1900. Museu Antônio Parreiras, Niterói.

75 RUA DE NITERóI. óleo sôbre madeira, assinado, 1900. Coleção Viuva Antônio Parreiras, Niterói.

mpÓLITO BOAVENTURA CARON (1862-1892)

76 PRAIA DA BOA VIAGEM. Óleo sôbre tela, 0,50 x 0,75. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

DOMINGOS GARCIA Y VASQUEZ, espanhol (1912)

77 PESCA. óleo sôbre tela, 0,54 x 0,87, assinado "Vasquez", 1883. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

JOliO BATISTA CASTAGNETO, italiano (1862-1900)

78 PRAIA DE SANTA LUZIA. óleo sôbre tela, 0,56 x 0,99, assinado "Castagneto", 1884. Museu Nacio­nal de Belas Artes, Rio de Janeiro.

79 PEDRAS A BJ!iiRA-MAR. óleo sôbre tela, 0,28 x 0,51, assinado "J. B. Castagneto", 1886. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

ANTôNIO RAPBAEL PINTO BANDEIRA, brasileiro (1863-1896)

80 PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,28 x 0,35, assinado "Bandeira", 1884. Museu Na­cional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

81 VISTA DE NITERóI. óleo sôbre tela, 0,32 x 0,54,

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BRASIL paisagem brasileira

assinado "Bande!ra", sem data. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

82 MORRO DO MORCEGO. óleo sObre tela, assinado, sem data. Museu AntOnio Parreiras, Niterói.

83 PAISAGEM, 1890. Museu Antônio Parreiras, Ni­teróI.

JOAO BATISTA DA COSTA, braslleiro (1865-1926)

84 BARRANCO. óleo sObre madeira, 0,25 x 0,36, assi­nado "J. Baptista", 1894. Museu Nacional de Be­las Artés, Rio de Janeiro.

85 POESIA DA TARDE. óleo sObre tela, 0,73 x 1,26, assinado "J. Baptista", 1895. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.

86 CASA DO BARAO DO RIO BRANCO EMPETRó­POLIS. óleo sObre tela, 1,18 x 0,88. Ministério das Relações Exteriores, Rio de Janeiro.

8'7 REVOLTA DA ARMADA EM 1894. óleo sObre tela, 0,63 x 1,97, assinado "J. Baptista", 1894. Museu da Cidade, Rio de Janeiro.

88 VISTA DA CASA DO TREM. óleo sObre madeira, 0,16 x 0,16 x 0,34, assinado "J. Baptista", 1889. Museu da Cidade, Rio de Janeiro.

Os quadros qu,e se seguem, tendo sido incluldos quando já o catálogo se achava no pré lo, deixam de ser numerados, figurando entretanto na exposlçõo na ordem cronológica adotado.

BENRY NICOLAS VINET, francês (181'7-18'76)

VISTA DE STA. TEREZA. óleo sôbre tela, 0,33 x 0,44. 1960, assinado "N. Vinet".

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BRASIL

paisagem brasileira

VISTA DO RIO COM O ,PAO DE ASSUCAR. óleo sô­bre tela, 0,33 x 0,42, sem data e sem assinatura.

, AGOSTINHO DA l\IOTA, português

PAISAGEM DO MORRO DO SENADO. óleo sôbre tela, 0,77 x 0,96, sem data, assinado "A. Mota".

ANTONIO FIRMINO MONTEIRO (1855-1888)

VISTA DA TIJUCA. óleo sôbre tela, 0,90 x 0,76, sem data, assinado "F. M.".

DOMINGOS GARCIA Y VASQUES, espanhol (1912)

VISTA DO MORRO DA VIUVA. óleo sôbre tela, 0,55 x 0,36, assiado "D. G. Vasques", 1882.

JOAO BATISTA DA COSTA, brasileiro (1865-1926)

LEME. óleo sôbre tela, 0,48 x 0,63, sem data, assinado "J. Batista". Coleção Viuva Galneo Martins.

AUTOR DESCONHECIDO IGREJA E PRAIA DA GLóRIA. óleo sôbre tela, 0,85

x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Museu Histórico Nacional.

LAPA DO DESTERRO - ARCO;DA CARIOCA - LA­GOA DO BOQUEffiAO. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Museu Histó­rico Nacional.

PESCA DA BALEIA NA GUANABARA. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Mu­seu Histórico e Nacional.

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BRASIL

paisagem brasileira

CHEGADA DA CóRTE PORTUGUESA AO RIO DE JANEIRO. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Museu Histórico e Nacional.

REVISTA MILITAR NO LARGO DO PAÇO. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Museu Histórico Nacional.

FESTA VENEZIANA EM HONRA AO PRíNCIPE RE­GENTE. óleo sôbre tela, 0,85 x 1,14, sem data e sem assinatura. Coleção Museu Histórico Nacional.

FRANS POST, holandês (1612-1680)

PAISAGEM. óleo sôbre tela. Coleção Otales Mar­condes.

AUGUSTO MULLER

VISTA DO RIO DE JANEmO. óleo sôbre tela, assi­nado. Coleção Otales Marcondes.

RELAÇÃO DOS EXPOSITORES

Mlnisterlo das Relações Exteriores - Rio de Janeiro 2 telas Museu Nacional de Belas Artes - Rio de Janeiro 29 telas Museu Blstorlco Nacional - Rio de Janeiro 6 telas Museu do Estado - Recife - Pernambuco 5 telas Museu Antonio Parreiras - Niterol, Rio de Janeiro 13 telas Museu da Inconfidência - Ouro Preto - Minas Gerais 1 tela Museu da Cidade - Rio de Janeiro 6 telas Convento Sto. Antonio - Igarassú, Pernambuco 4 telas Matriz de S. Cosme e ,Damião - Igarassú, Pernambuco 4 telas Irmandade da Gloria - Rio de Janeiro 2 telas Igreja da Graça - Salvador, Baía 1 tela Capela de Mont Serrat - Salvador Baía 1 tela Dr. Raymundo de Castro Maya - Rio de Janeiro 11 telas Viuva Galeno Martins - Rio de Janeiro 6 telas Dr. GuUherme Guinle - Rio de Janeiro 2 telas Dr. Otales Marcondes - São Paulo 2 telas D. Celina Guedes de Paulo Machado - Rio de Janeiro 1 tela

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SALA GERAL Artistas brasileiros e estrangeiros resi­dentes no Brasil que espontôneamente se apresentaram ao Júri de Seleção.

C om os lotes disponíveis a uma seleção aten­ta, buscou-se compor a representação brasi­

leira. O que se obteve na filtragem árdua parece­nos . servir para estabelecer uma linha definidora basta'!1te dos máximos de nossas artes plásticas, ao fim de trinta anos depois das inquietações renova­doras da Semana de 22. Bem ou regularmente, as correntes dominantes se acham representadas em três centenas de trabalhos, em que se devem dis­tinguir as indicações de estabilidade e de pesquisa. O balanço sustenta bem a média de nossas possibi­lidades nas artes plásticas, não obstante o recuo de certos inscritos, o desencontro de algumas contri-buições possivelmente mais fortes. . A modestia da representação obtida deve ser com­preendida como resultante diréta do meio artístico ainda sem um seguro desenvolvimento. Na pintura erudita, muito poucos elementos de produção inter­vêm polarizando uma ponderável originalidade, bas­tante expressiva, complementar como tem sido a ar­te de nossos pintores e escultores, no acompanhar as indicações das escolas e das correntes, nos cen­tros mais avançados. Para êsses, a informação e a exemplificação desempenham, sem dúvida, uma função corretora, na ausência de intensidade de tra­balho e de respeito a tradições mais consistentes, aptas a determinarem a autonomia de uma expres­são plástica na fôrça do amadurecimento. Realmente, poderíamos ter uma representação me­lhor. Acontece, porém, que temos superestimado ocorrências da vida artística brasileira que ao fim se revelam menos significantes do que de início se afi­guravam; a arte tem sido expediente fácil de mui­tos; pretexto de outros; ambições frustradas pelas dificuldades que lhe são inerentes e em que a per-

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BRASIL pintura

sistência consumiria tôda a vida. Muito pode ser atribuido a instabilidades de nossa formação, mas ainda em certos indivíduos, a debilidade decorre da falta de uma. consciência adstrita à convicção pro­funda com que cabe aplicar-se, na produção da arte, a larga expansão, a liberdade, dialeticamente reali­zadora da necessidade vital voltada para uma for­m que pode ser apenas forma, e também mais contéudo do que forma. O que importaria não fôra fazer um caminho, mas sentir a necessidade irredu­tível de realizá-lo. Verificamos que não pode ainda haver esta profunda consciência, na maior parte dos interessados. Daí tantas incertezas no vocabulário, na fraseologia, na linguagem de nossos pintores e escultores. Poderiamos citar alguns artistas em que essa cons­ciência e essa necessidade vital transparecem, pore­jantes. Mas seria focalizar por demais a individua­lização. Em matéria tão controvertida como ado 1uizo crí­tico sôbre a obra de arte, não há tranquilidade no dever cumprido, mas sobra a certeza, embora menos tranquilizadora, de que buscamos por nossa vez ser­vir a uma orientação, em nível mais elevado, como o implica um balanço da arte brasileira de nosso te1p.po.

GERALDO FERRAZ

pintura TARSILA DO AMARAL

1 FOTOGRAFIA, 1953. 81 x 65. 2 MARINHA, 1953. 100 Xi 70. S MERCADO, 1953. 87 x 70. 4 POVOAÇAO, 1953. 73 x 60. 5 SUBURBIO, 1953. 60 x 45.

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BRASIL pintura

OSWALD DE ANDRADE FILHO (1914)

6 PAIXAO DE JECA TATO, 1953. 92 x 73. 6 a BANDEIRA DO DIVINO, 1953. óleo sôbre tela.

100 x 0,80.

ZACHARIAS AUTUORI (1899)

7 CATEDRAL IMAGINARIA, 1952. 72 x 42.

8 CIDADE, 1952. 72 x 47.

JOSi!: SILVEIRA D'AVILA (1924)

9 CONVERSAÇAO N.o 2, 1953. 73 x 92.

10 O EQUILIBRISTA, 1953. 81 x 100.

LULA CARDOSO AYRES (1910)

11 PASSARO VERMELHO, 1952. Têmpera sôbre car­tão. 70 x 50.

12 PINTURA N.o 1, 1953. Têmpera sôbre cartão. 100 x 70.

13 PINTURA N.o 2, 1953. Têmpera sôbre carãto. 100 x 70.

ARMANDO BALLONI (1901)

14 A LAVADEIRA, 1953. 100 x 81. 15 BAILARINA, 1953. 100 x 81. 16 NATUREZA MORTA, 1952. 92 x 73.

ANTONIO BANDEIRA (1922)

17 A GRANDE CIDADE AZULADA, 1953. 100 x 80. 18 ARVORES NO CREPÚSCULO LILAS, 1953. 100 x 80.

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BRASIL

pintura

19 CIDADE, 1953. 100 x 80. 20 NATIVIDADE, 1953. 192 x 80. 21 O JARDIM VERMELHO, 1953. 100 x 80.

EMYGDIO DE BARROS (1895)

22 PAISAGEM, 1, 1952. 73 x 91. 23 PAISAGEM, 4, 1953. 76 x 92.

GERALDO DE BARROS (1923)

24 CONJUGAÇÃO DE DOIS GRUPOS EM TRIAN­GULOS, 1953. Esmalte sôbre kelmite. 61 x 61.

25 DESCONTINUIDADE, 1953. Esmalte sôbre kelmite. 61 x 61.

26 MOVIMENTO CONTRA MOVIMENTO EM BRAN­CO E AZUL, 1953. Esmalte sôbre klemite. 61 x 61.

27 TENSÃO FORMAL, 1953. Esmalte sôbre kelmite. 61 x 61.

UBI BAVA (1913)

28 COMPOSIÇÃO 1, VARIAÇõES SOBRE O MESMO TEMA, 1952. 75 x 63.

29 COMPOSIÇÃO 4, 1953. 63 x 76. 30 COMPOSICÃO 5, 1953. 76 x 63.

PAULO BECKER (1927)

31 COMPOSIÇÃO, 1953. 74 x 74. 32 MOLEQUE, 1953. 45 x 72. 33 RUA, 1953. 74 x 74.

SUZANA IGAR DO AMARAL BERLINCK (1915)

34 COMPOSIÇãO MíSTICA, 1953. 81 x 62.

2'7

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BRASIL

p)ntura

HENRIQUE BOESE (1897)

35 COMPOSIÇAO 4, 60 x 49. 36 PAISAGEM, 1953. 88 x 66.

ALDO BONADEI (1906)

37 COMPOSIÇAO B, 1953. 110 x 80.

38 COMPOSIÇAO C, 1953. 100 x 80.

39 COMPOSIÇAO D, 1953. 110 x 80.

40 COMPOSIÇAO E, 1953. 110 x 80.

TIZIANA BONAZZOLA (1921)

41 OURO PRETO, 52 x 72.

42 TRABALHADORES. 52 x 72.

FLAVIO DE CARVALHO (1918)

43 RETRATO DA PIANISTA YARA BERNETE, 1953. 92 x 73.

44 RETRATO DO ANTROPóLAGO PAUL RIVET, 1952. 92 x 73.

45 RETRATO DO COMPOSITOR CAMARGO GUAR­NIERI, 1953. 100 x 70.

46 RETRATO DO HOMEM PAUL RIVET, 1952. 100 x 70.

47 RETRATO DO POETA MURILO MENDES, 1951. 100 x 70.

ALOíSIO CARVAO (1918)

48 COMPOSIÇAO N.o 21, óleo sôbre madeira. 49 COMPOSIÇAO N.o 36, 1953. óleo sôbre madeira.

120 x 60.

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BRASIL pintura

LOTHAR CHAROUX (1912)

50 COMPOSIÇAO, 1953. 51 x 40.

LYGIA CLARK (1920)

51 COMPOSIÇAO, 1953. 106 x 89.

52 COMPOSIÇAO, 1953. 811 x 116.

53 COMPOSIÇAO, 1953. 100 x 100.

GERMANA DE ANGELiS

54 COMPOSIÇAO, 1953. 54 x 73.

EMILIANO DE CAVALCANTI (1897)

55 MULHER COM CRIANÇAS, 1953. 116 x 90. 56 MULHER DO PANAMA, 1951. 88 x 105. D. !solina

Portugal. 57 MULHERES NA VARANDA, 1953. 74 x 95. 58 PAISAGEM MARíTIMA, 1953. 59 PESCADORES, 114 x 161. Museu de Arte Moder­

na, São Paulo.

DANILO DI PRETE (1911)

60 BOIS NA PRAIA, 1953. 104 x 74. 61 CANDOMBL~, 1953. 112 x76 62 NATUREZA MORTA, 1953. 78 x 65. 63 O COLAR DE P~OLAS, 1953. 67 x 83 64 O PEIXE, 1953. 70 x 80.

CíCERO DIAS (1908)

65 ABISMO DA VERDURA, 1950. 116 x 73. 66 ABSTRAÇAO, 1951. 116 x 81

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BRASIL

pintura

JACQUES DOUCHEZ (1921)

67 :ÉPOCA, 1953. 81 x 65. 68 MERIDIANOS, 1953. 81 x 54. 69 RELAÇÕES INCERTAS, 1953. 81 x 65. 70 COMPOSIÇÃO 1, EM CINZA, 1953. O x70 71 COMPOSIÇÃO EM AMARELO, 1953 75 x 54. 72 COMPOSIÇÃO EM AZUL, 1953. 110 x 90 73 COMPOSIÇÃO EM VERMELHO, 1953. 75 x 54.

SANSON FLEXOR (1907)

74 EURITMIA, n.O 1, 1952/53. 180 x 80. 75 EURITMIA, n.O 2, 1953. 60 x 150. 76 PROGRESSÃO n.O 1, 1953. 60 x 150. 77 PROGRESSÃO n.o2, 1953. 67 x 150. 78 RITMO ASSIMl!:TRICO, 1952/53. 134 x 60.

MAURO FRANCINI (1924)

79 COMPOSIÇÃO 1, 1953. 45 x 35. 80 COMPOSIÇÃO 4, 1953. 90 x 82. 81 COMPOSIÇÃO 5, 1953. 90 x 82.

VITTORIO GOBBIS (1894)

82 CAJÚS, 1953. 92 x 73. 83 CAMINHO DA PENHA, VITóRIA, ESPíRITO

MILTON GOLDRING (1918)

84 NúMERO 11, 1952. 146 x 89. 85 NÚMERO 13, 1952. 162 x 114. 86 NúMERO 14, 1952. 146 x 114.

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BRASIL

pintura

KUENH HEINZ (1908)

87 COMPOSIÇÃO 1, 1953. 75 x 92. 88 COMPOSIÇÃO 3, 1953. 75 x 92. 89 COMPOSIÇÃO 4, 1953. 75 x 92.

CLARA HETENYI (1919)

90 NATUREZA MORTA, 1952. óleo sôbre nor­dex. 60 x 44.

91 NATUREZA MORTA, 1953. óleo sôbre nor­dex. 60 x 45.

TADASHI KAMINAGAI (1898)

92 PINTURA 1, 1953. 83 x 95. 93 PINTURA 2, 1953. 83 x 95. 94 PINTURA 4, 1953. 83 x 95. 95 PINTURA 5, 1953. 83 x 95.

FRANS KRAJCBERG (1921)

96 MARIPOSAS NOTURNAS, 1953. 65 x 81. 97 PICADA, 1952. 65 x 100.

EMERIC LANYI (1907)

98 PESCADORES, 1952. 73 x 92.

LUCETTE LARIBE (1918)

99 BAIANAS DO BONFIN, 1953. 130 x 80.

RENÉ LEFEVRE (1907)

100 MARACATú, 1935. 81 x 60. 101 MARACATú, 1925. 81 x 65.

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BRASIL

pintura

DÉA CAMPOS LEMOS (1925)

102 COMPOSIÇAO, BICICLETA, 1953. 103 x 123. 103 CONSTRUÇAO, MAQUINAS, 1953. 81 x 125.

'\

WALTER LEWY (1905)

104 PINTURA, 1952. 110 x 75. 105 PINTURA, 1953. 75 x 120. 106 PINTURA, 1953. 75 x 130. 107 PINTURA, 1953. 75 x 120.

MANABU MABE (1924)

108 COMPOSIÇAO, 1953. 107 x 80. 109 NATUREZA MORTA 2,1953. 80 x 67.

PHILLIPPE MAECK (1928)

110 PAISAGEM, 1953. 100 x 65. 111 PAISAGEM, 1953. 90 x 80.

ALOYSIO SERGIO MAGALHAES

112 COMPOSIÇAO 2, 1953. 85 x 70. 113 PAISAGEM, 1952. 85 x 70.

EMERIC MARCIER (1916)

114 PARABOLA DOS CEGOS, 1952/53. 150 x 335.

RAMIRO MARTINS (1917)

115 COMPOSIÇAO, 1951. 75 x 50. 116 FORMAS, 1953. 100 x 81.

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BRASIL

pintura

117 INVENÇAO, 1953. 81 x 65. 118 PINTURA, 1953. 65 x 54. 119 RITMO, 1952. 146 x 97.

POLLY Me DONELL

120 CRUCIFICAÇAO, 1953. 46 x 37. 121 NOSSA SENHORA DAS DORES, 1953. 68 x 28. 122 VIA SACRA, 1953. 120 x 130.

CAETANO MIAMI

123 CAVALO, 1953. 60 x 70. 124 FIGURAS, 1953. 60 x 70. 125 PAESE, 1953. 60 x 70.

YOLANDA MOHALYI

126 FIM DE PESCA, 1953. Guache sôbre papel. 110 x 130.

127 IVANAS, 1953. Têmpera sôbre papel. 110 x 130. 128 NA FEIRA DE SANT'ANA, 1952. Aquarela sôbre

papel. 110 x 130. 129 só, 1953. Têmpera sôbre papel. 110 x 130.

RAYMUNDO JOSÉ NOGUEIRA (1909)

130 COMPOSIÇAO I, ,1952. 65 x 64.

131 COMPOSIÇAO 2, 1952. 93 x 65.

132 COMPOSIÇAO 3, 1952. 81 x 65.

GASTONE NOVELLI (1925)

133 COMPOSIÇAO 2, 1953. Óleo sôbre nordex. 64 x 84

134 COMPOSIÇAO 4, 1953. 100 x 74.

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BRASIL pintura

MARIANNE OVERBECK (1903)

135 CRIANÇA EM FUNDO AZUL, 1952/53. 85 x 73. 136 MULHER SENTADA, 1953. 100 x 70.

DARCY PENTEADO (1926)

137 CABEÇA I, 1953. 57 x 77. 138 CABEÇA 2, 1953. ,77 x 103.

139 CABEÇA 3, 1953. 57 x 77.

140 FIGURAS, 1953. 57 x 77.

WEGA NEY GOMES PINTO (1916)

141 COMPOSIÇAO N.D 3, 1953. 60 x 73.

KARL PLATTNER (1919)

142 CAVALO NO ESPAÇO, 1953. 188 x 96. 143 COMPOSIÇAO, 1953. 76 x 76. 144 MATERNIDADE,1953. 112 x 57. 145 MULHERES NA PRAIA, 1951. Têmpera.

160 x 95. 146 VENDEDORA DE FRUTAS, 1953. 90 x 190.

BELLA KARAWAEWA PRADO (1918)

147 COMPOSIÇAO 4, 1953. 81 x 60. 148 COMPOSIÇAO 5, 1953. 81 x 60.

ANTONIO PRADO NETO (1927)

149 COMPOSIÇAO, 1952/53. Cartão prensado. 81 x 60. 150 COMPOSIÇAO, 1952/53. Cartão prensado. 81 x 60.

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BRASIL pintura

HEITOR DOS PRAZERES (1902)

151 CHORO CARIOCA, 1953. 67 x 56. 152 FREVO PERNAMBUCANO, 1953. 85 x 62. 153 JOGO NO BARRACO, 1953. 85 x 62. 154 JOGUINHO EM FAMíLIA, 1953. 72 x 62.

LEOPOLDO RAIMO (1912)

155 COMPOSIÇAO COM CURVAS, 1953. 80 x 65. 156 COMPOSIÇAO COM LINHAS, 1952. 80 x 57. 157 RiTMO PENDULAR, 1953. 92 x 65.

MARIA HELENA ANDRÉS RIBEIRO (1922)

158 COMPOSIÇAO 1, 1953. 73 x 60. 159 COMPOSIÇAO 2, 1953. 55 x 46.

PAULO RISSONE (1925)

160 COMPOSIÇAO 1, 1952. Masonite. 100 x 65.

161 COMPOSIÇAO 2, 1952. Masonite. 100 x 65.

162 COMPOSIÇAO 3, 1952. Masonite. 68 x 65.

163 COMPOSIÇAO 4, 1952. Masonite. 68 x 102.

FERNANDO ROMANI (1913)

164 A MULHER FERIDA, 1953. 61 x 50. 165 LEITURA, 1953. 61 x 50.

LUIZ SAClLOTTO (1924)

166 ELEMENTOS ALTERNADOS, 1953. 42 x 42. 167 ESPffiAIS TURBINADAS EM OPOSIÇAO, 1953.

62 x 62. 168 GRUPOS ARTICULADOS, 1953. 96 x 62.

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BRASIL pintura

FIRMINO FERNANDES SALDANHA (1905)

169 CABEÇA DE TOURO ,1953. 65 x 54. 170 FIGURA, 1949. 73 x 60.

IONE SALDANHA (1921)

171 COMPOSIÇAO, 1953. 66 x 82.

172 PAISAGEM 2, 1952. 65 x 81.

173 PAISAGEM 3, 1953. 60 x 73.

ZÉLIA SALGADO (1909)

174 COMPOSIÇAO, 1953. 60 x 73.

FRANK SCHAEFFER (1917)

175 PAISAGEM, 1953. Papel 67 x 84. 176 PAISAGEM, 1953. Papel 67 x 84. 177 PAISAGEM, 1953. Papel 67 x 84.

IVAN FERREIRA SERPA (1923)

178 QUADRADOS COM RiTMOS RESULTANTES. 1953. 100 x 100.

179 RiTMOS RESULTANTES, 1953 69 x 89. 180 RiTMOS RESULTANTES COM DOMINANTES

VERMELHO-AMARELO, 1953. 90 x 120. 181 RiTMOS RESULTANTES COM DOMINANTES

AMARELO-LARANJA, 1953. 90 x 100. 182 RiTMOS RESULTANTES COM DOMINANTES

SOB FUNDO PRETO, 1953. 100 x 100.

DJANIRA DA MOTA E SILVA (1914)

183 COMPOSIÇAO, 1953. 116 x 81.

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BRASIL

pintura

184 NATUREZA MORTA EM SANTA TEREZA, 1953. 100 x 73.

JOSÉ ANTONIO DA SILVA (1909)

185 A S1l:CA DO CAFll:, 1952. 64 x 80. 186 ABANDONO DO CAMPO, 1952. 57 x 70. 187 CAMPEIRO HABILIDOSO, 1952. 57 x 72. 188 SOCORRO AOS FLAGELADOS DO NORDESTE,

1953. 69 x 83.

JOSÉ FÁBIO BARBOSA DA SILVA (1934)

189 COMPOSIÇAO INDíGENA, 1953. 55 x 38. 190 TEMA íNDIO, 1953. 55 x 38.

ELISA MARTINS DA SILVEIRA (1912)

191 BUMBA MEU BOI, 1953. 69 x 54. 192 CENA DE TEATRO, 1953. 80 x 60. 193 CRIANÇA BRINCANDO, 1953. 98 x 82. 194 PRAÇA, 1953. 100 x 82. 195 PROCISSAO, 1953. 98 x 82.

PAULO SZENTKUTI

196 NOITE ,1952. 105 x 86.

197 RETRATO, 1951 97 x 77.

WALTER SHIGETO TANAKA

198 NATUREZA MORTA, 1953. 69x 84. 199 PAISAGEM, 1953. 75 x 95.

ROBERT TATIN 200 BRASIL, 1953. 46 x 33.

201 CASAMENTO, 1953. 65 x 50.

37

(1920)

(1916)

(1902)

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BRASIL pintura

ALBERTO TEIXEIRA (1925)

202 COMPOSIÇãO. Aquarela. 50x 70. 203 COMPOSIÇÃO EM QUADRADO, 1953. Aquarela.

50 x 70.

ORLANDO TERUZ (1902)

204 COMPOSIÇãO,1950. 120 x 100.

MARILIA GIANNETTI TORRES (1925)

205 COMPOSIÇãO 4, 1953. 73 x 54. 206 COMPOSIÇãO 5, 1953. 61 x 64.

ANTONIO VARGAS (1914)

207 OUTONAL, 1953. 100 x 64.

208 P1l::GASO GONIOFLEXO, 1952. 90 x 63.

DECIO VIEIRA (1922)

209 F. 109, 1953. 997 x 130. 210 F. 110,1953. 87 x 130.

211 CASAS, 1953. 45 x 65.

212 CASAS, 1953. 71 x 65.

213 CASAS, 1953. 46 x 81.

214 CASAS, 1953. 86 x 130.

ALFREDO VOLPI

215 MENINA, 1951. 116 x 73.

(1896)

ANATOL WLADYSLAW (1913)

216 COMPOSIÇãO COM DIAGONAIS DOMINANTES, 1953. 54 x 65.

38

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BRASIL pintura - escultura

217 COMPOSIÇAO EM RETANGULOS, 1953. 59 x 73. 218 PINTURA, 1953. 59 x 73.

ALEXANDRE WOLLNER (1928)

219 COMPOSIÇAO COM TRIANGULO PROPORCIO­NAL, 1953. Esmalte sôbre kelmite. 61 x 61.

220 MOVIMENTO CONTRA MOVIMENTO NO SIS­TEMA ESPIRAL, 1953. Esmalte sôbre kelmite. 61 x 61.

SADA YAZIMA (1921)

221 FLOR, 1953. 81 x 60. 222 SONHO PERDIDO, 1953. 81 x 60.

SIN-ITffiO YAZIMA (191'7)

223 COMPOSIÇAO N.o 1, 1953. 76 x 88. 224 COMPOSIÇAO N.o 2, 1953. 76 x 88.

MARIO ZANINI (190'7)

225 COMPOSIÇAO, 1953. 80 x 70.

* * * ABRABAM PALANTIK (1928)

226 SEQut:NCIA EM DOIS TEMPOS, N.o 6. 1953. Aparelho composto de dispositivos elétricos, criando formas coloridas em movimento.

escultura

AFONSO DUARTE ANGELICO (1914)

1 ANCHIETA. Grés vidrado. 100. 2 MANOEL DA NóBREGA. Grés vidrado. 100.

39

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BRASIL

escultura

AMILCAR DE CASTRO (1920)

3 ESCULTURA, 1952. Cobre.

ALFREDO CESCHIATTI (1918)

4 COMPOSIÇAO,1953. Bronze. 5 CONTORSIONISTA, 1953. Bronze. 6 PEIXE, 1953. Bronze. 7 TR!:S GRAÇAS, 1952. Bronze.

MARIO CRAVO JUNIOR (1923)

8 AMARALINA, 1952. Escultura em madeira. 200. 9 CANGACEIRO, 1953. Escultura em madeira. 250.

lO OMULÚ, 1953. Escultura em madeira. 180. 11 TOCADOR DE BERIMBAU, 1952. Escultura em

madeira. 300.

MILAN DUSEK (1924)

12 FIGURA, 1952. Pedra sabão.

SONIA EBLING (1922)

13 MULHER EM P~, 1953. Bronze. 70.

CAETANO FRACCAROLI (1911)

14 FAMíLIA, 1952. Gesso. 130. 15 FECUNDAÇAO, 1953. Gesso metalizado. 52. 16 MíSTICA N.o 2, 1953. Madeira e aluminio. 150

TEREZA D' AMICO FOURPOME

17 DUAS FIGURAS. Gesso. 60.

40

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BRASIL

escultura

18 MAE E FILHO. Gesso. 70.

BRUNO GIORGI (1905)

19 ESTUDO, 1952. Pedra sabão. 60. 20 MAE PRETA, 1952/53. Madeira. 115. 21 MONTANHA, 1952/53. Granito. 115. 22 ONDINA, 1949. Bronze. 23 SAO JORGE, 1953. Bronze.

BILDA GOLTZ (1908)

24 FORMA RITMADA, 1952. Escultura montada sô­bre pedra. 50.

JULIO GUERRA (1912)

25 BAILARINA, 1953. Cimento. 26 IMAGEM, 1953. Bronze. 27 MAE E FILHO, 1953. Bronze. 28 QUITANDEIRA, 1953. Bronze.

FELICIA LEIRNER (1904)

29 ESTUDO, 1953, Bronze, 150.

EMANUEL MANASSE (1909) 30 A JUMENTA, 1953. Bronze. 150.

MAR.IA MARTINS (1900)

31 BENDITA SEJAS TU, TERRA FECUNDA, 1950. Bronze. 80.

32 CHEIA DE GRAÇA, 1953. Gesso. 150. 33 ORPHEUS, 1952. Bronze. 18. 34 "TUE-T1l:TE", 1950. Bronze. 80. 35 YEMANJA, 1953. Estanho. 50.

41

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BRASIL

escultura

MOUSSIA PINTO ALVES (1910)

36 CAVALO, 1953. Bronze. 37 CONSTRUÇAO EM LINHAS CURVAS, 1952. Bron­

ze. 90. 38 O HOMEM E A TERRA, 1952. Cimento. 120.

POLA REZENDE (1906)

89 ABANDONADOS, 1952. Bronze. 70. 40 CABEÇA DE COLONO, 1952. Bronze. 45. 41 CABEÇA DE NONNEMBERG, 1952. Bronze. 51.

ZELIA SALGADO (1909)

42 FORMA PARA JARDIM, 1951. Bronze. 200. 43 FORMA EM ALUMíNIO, 1953. Alumínio. 82 .

. YVONE THOMESCU

44 FIGURA, 1953. Gesso. 150.

CACIPORÉ TORRES (1932)

45 FIGURA, 1953. Gesso. 180. 46 FIGURA, 1953. Gesso. 70. 47 FIGURA, 1953. Bronze. 60. 48 4 PATAS, 1953. Bronze. 60.

MARY VIEIRA (1927)

49 COLUNA CENTRIMENTAL, 1953. Aço cromado. 200.

50 CUBO EM ESPAÇOS ABERTOS, 1952. Metal. 15. 51 EQUILíBRIO, 1952/53. Prata. 80.

42

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BRASIL escultura - desenho

52 PONTO DE ENCONTRO, 1952/53. Mármore. 6. 53 TENSAO E EXPANSAO, 1953. Prata.

FRANZ JOSEF WEISSMANN (1915)

54 ESCULTURA, 1952/53. Cobre.

desenho

CABmÉ (HEITOR BERNABO) (1911)

1 DESENHO 1, 1953. 70 x 53. 2 DESENHO 2, 1953. 39 x 55. 3 DESENHO 3, 1953. 39 x 55.

ANÉSIA PACHECO e CHAVES (1930)

4 CACTUS, 1953. Carvão e guache. 105 x 80. S CONSTRUÇAO, 1953. Carvão e guache 88 x 81.

6 FORMAS, 1953. Carvão e guache. 75 x 100.

LISA FICKER (1879)

7 COMPOSIÇAO 1, 1953. 95 x 125. 8 COMPOSIÇAO 6, 1953. 67 x 80. 9 COMPOSIÇAO 7, 1952. 79 x 88.

GEZA HELLER (1902) 10 EVOLUÇAO, 1952. 65 x 80. 11 LARANJEffiAS, RIO DE JANEffiO, 1953. 50 x 60. 12 NO PORTO DE SANTOS, 1953. Bico de pena.

50 x 60.

13 PAISAGEM COM IGREJA, 1951. 50 x 60.

43

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BRASIL

desenho

ARNALDO PEDROSO D. HORTA (1914)

14 FOLHAGENS I, 1953. 60 x 45.

15 FOLHAGENS 2, 1953. 60 x 45. 16 FOLHAGENS 3, 1953. 60 x 45.

17 FOLHAGENS 4, 1953. 60 x 45.

18 FOLHAGENS 5, 1953. 60 x 45.

19 FOLHAGENS 6, 1953. 60 x 45.

ALDEMIR MARTINS (1922)

20 CANGACEIRO, 1953. Nanquim. 90 x 73. 21 CANGACEIRO, 1953. Nanquim. 90 x 73. 22 GALO, 1953. Desenho colorido. 90 x 73. 23 PEIXE, 1953. Desenho colorido. 90 x 73. 24 RENDEIRA, 1953. Nanquim. 90 x 73. 25 RENDEIRA, 1953. Nanquim. 90 x 73.

ELIZABETH NOBILING (1902)

26 ANJO, 1953. 40 x 60. 27 COMPOSIÇÃO, 1953. 40 x 60. 28 COMPOSIÇÃO, 1953. 4 Ox 60. 29 COMPOSIÇÃO, 1953. 40 x 60. 30 VISITAÇÃO,1953. 40 x 60.

FAIGA OSTROWER (1920)

31 FORMAS RITMICAS, 1953. 60 x 45.

32 KRONOS, 1953. Nanquim. 50 x 60.

CARLOS DA SILVA PRADO (1908)

33 CARAPICUIBA, 1953. 46 x 55.

44

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BRASIL

desenho - gravura

34 FUTEBOL NO QUINTAL, 1953. 41 x 47. 35 PERSEGUIÇAO, 1953. 45 x 57.

AUGUSTO RODRIGUES

36 DESENHO, 1953. 58 x 64.

37 DESENHO, 1953. 55 x 48. 38 DESENHO, 1953. 75 x 105.

39 DESENHO, 1953. 47 x 52. 40 DESENHO, 1953. 89 x 115.

41 DESENHO, 1953. 50 x 52.

42 DESENHO, 1953. 65 x 56.

43 DESENHO, 1953. 50 x 59.

(1913)

HILDE WEBER ABRAMO

44 CABEÇA, 1953. 63 x 53. 45 MENINA COM GATO, 1953. 57 x 73. 46 ° BICHO, 1953. 60 x 50. 47 ° SONHO, 1953. 60. x 50.

OSWALD DE ANDRADE FILHO (1914)

48 ° BEIJO, 1953. Carvão sõbre papel.

gravura

LIVIO ABRAMO (1903)

1 COMPOSIÇAO 1, 1953. Xilografia. 50 x 60. 2 COMPOSIÇAO 2, 1953. Xilografia. 50 x 60. S GRAVURA 1, 1953. Xilografia. 50 x 60.

4 GRAVURA 2, 1953. Xilografia. 50 x 60.

5 GRAVURA 3, 1953. Xilografia. 50 x 60.

45

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BRASIL

gravura

6 GRAVURA 4, 1953. Xilografia. 50 x 60. 7 MACUMBA 1, 1953. Xilografia. 50 x 60. 8 MACUMBA 2, 1953. Xilografia. 50 x 60.

VERA BOCAYUVA (1920)

9 COMPOSIÇAO, 1953. 44 x 52. 10 COMPOSrçAO 2, 1953. 68 x 58. 11 TRAPEZISTA, 1951. 48 x 65.

MARINA CARAM (1925)

12 A MENINA E A POMBA, 1953. Litografia 51 x 39. 13 DUAS CASAS EM MONTMARTRE, 1952. Litogra­

fia. 47 x 50. 14 "LE MOULIN DE LA GALETTE", 1952. Litografia.

47 x 50.

15 MENINA LomA, 1952. Litografia. 51 x 39. 16 OPERARIO, 1953. Litografia. 77 x 59.

GRACIELA FUENZALIDA (1916)

17 LADAINHA, 1950. Xilografia. 22 x 30. 18 MISTÉRIO DOLOROSO, 1949. Xilografia. 19 x 29.

19 PASTORES DE NATAL, 1949. Xilografia. 10 x 20.

20 VIA SACRA 4, 1948. XUografia. 22 x 30.

21 VIA SACRA 9, 1948. XUo~afia. 22 x 30.

22 VIA SACRA 12, 1948. Xilografia. 22 x 30.

OSWALDO GOELDI (1895)

2S CAMINHO ABANDONADO, 1953. 70 x 72. 24 GATO, 1953. 42 x 58. 2/'S LUGAR DO CRIME, 1953. 42 XI 58.

46

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BRASIL gravura

26 MAM,1953. 42 x 58.

27 NOTURNO, 1952. 42 x 58.

28 NUVENS PRETAS, 1953. 42 x 58.

29 O INCENDIARIO, 1953. 42 x 58.

30 O SOLITARIO, 1952. 42 x 58.

MARCELO GRASSMANN (1925)

31 INCUBOS SECUBOS N.O 1, 1953. Xilografia. 60 x 45.

32 INCUBOS SECUBOS N.o 2, 1953. Xilografia. 34 x 53.

33 INCUBOS SECUBOS N.O 3, 1953. Xliografia. 34 x 53.

34 INCUBOS SECUBOS N.o 4, 1953. Xilografia. 34 x 53.

35 INCUBOS SECUBOS N.O 5, 1953. Xilografia. 60 x 45.

36 INCUBOS SECUBOS N.O 6, 1953. Xilografia. 34 x 53.

37 INCUBOS SECUBOS N.o 7, 1953. Xilografia. 34 x 53.

38 INCUBOS SECUBOS N.O 8, 1953. Xilografia. 60 x 45.

ODETTO GUERSONl (1916)

39 CAIS DOURADO, 1953. Xilografia. 30 x 40.

40 COMPOSIÇAO 2, 1953. Xilografia. 30 x 40. 41 COMPOSIÇAO 3, 1953. Xilografia. 30 x 40

42 COMPOSIÇAO COM PEIXES, 1953. Xilografia.

40 x 25.

47

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BRASIL

gravura

KARL HEINZ HANSEN (1915)

43 BANDEIRANTES, 1953. Xilografia. 64 x 90. 44 CIRCO, 1953. Xilografia. 64 x 90. 45 CRUCIFICAÇAO, 1953. Xilografia. 44 x 90. 46 ESCARNEO, 1953. Xilografia. 64 x 90. 47 LIMA0, 1953. Xilografia. 64 x 90. 48 SAO FRANCISCO, 1953. Xilografia. 6 4x 90.

GISELDA KLINGER (1928)

49 ESTUDO, 1953. 76 x 46. 50 FIGURA, 1953. 72 x 57. 51 FIGURA, 1953. 77 x 57.

POTY LAZZAROTTO (1924)

52 GRAVURA, 1953. 38 x 53.

53 GRAVURA, 1953. 38 x 53.

54 GRAVURA, 1953. 38 x 53.

55 GRAVURA, 1953. 38 x 53.

56 GRAVURA, 1953. 50 x 70.

57 GRAVURA, 1953. 50 x 70.

58 LITOGRAFIA, 1953. 50 x 70.

AHMÉS DE PAULA MACHADO (1921)

59 CARNAVAL, 1953. Agua forte. 57 x 46. 60 PAISAGEM, 1953. Agua forte. 53 x 40. 61 REALEJO, 1952. Agua forte. 52 x 39.

FAIGA OSTROWER (1920)

62 COMPOSIÇAO EM LUZ E SOMBRA, 1953. Agua forte. 40 x 50.

48

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BRASIL

gravura

63 FLORESTA, 1953. Xilografia. 30 x 43. 64 FORMA, 1953. Agua tinta colorida. 45 x 50. 65 PAISAGEM MONTANHOSA, 1953. Xilografia colo­

rida. 40 x 55. 66 PROMETEUS, 1953. Agua tinta colorida. 40 x 50. 67 TRONCOS, 1953. Xilografia colorida. 43 x 55.

MIZABEL PEDROSA (1927)

68 A DANÇA DOS HERDEIROS, 1953. Xilogravura. 30 x 50.

69 ESTAÇAO DE ôNIBUS, 1953. Agua tinta. 30 x 40. 70 LAVADEIRAS, 1953. Agua-tinta. 50 x 60. 71 MERCADO NO SERTAO, 1953. Xilografia. 20 x 30.

ARTBUR LUIZ PIZA (1928)

72 GRAVURA 4, 1952. 53 x 68. 7S GRAVURA 5, 1953. 53 x 68. 74 GRAVURA 6, 1953. 53 x 68.

75 GRAVURA 7, 1953. 53 x 68.

76 GRAVURA 8, 1953. 53 x 68.

ESTELLA TUSCHNIEDER (1931)

77 A LOUCA, 1952. Litografia. 40 x 37. 78 DESCARREGANDO, 1953. Litografia. 78 x 64. 79 MULHERES, 1953, Litografia. 78 x 64.

49

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ESTRANGEIROS ESPONTÂNEOS

Artistas estrangeiros, nãa residen,tes no Brasil, que se apresentaram es­pontôneamente ao júri de seleçãa

pintura

CARLOS W. ALISERIS (1899) (Uruguai)

1 O cmco, O BARCO E A CIDADE, 1953. 50 x 44. 2 SONHO DO BRASIL, 1953. 150 x 117.

JUAN DEL PRETE (189'7) (Argentina)

S ABSTRAÇAO I, 1953. 120 x 92. 4 ABSTRAÇAO 2, 1953. 115 x 90.

NINO DI SALVATORE (1924) (Itália)

5 BIOLOGIA CELULAR, 1953. 90 x 110. 6 FORMA CONCRETA ORGANICA, 1953. 117 x ,100.

HYTlRIS D1:METRE (1921) (Grécia)

'7 O CAMINHO DA ESPERANÇA 2, 1953 109 x 74. 8 O CAMINHO DA ESPERANÇA 2, 1953. 108 x 67.

ENRICO DONATI (1909) (U. S. A.)

9 PAISAGEM LUNAR, PRETO E LINHA PRETA, 1952. 152 x 152

50

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ESTRANGEIROS ESPONTÂNEOS

10 PAISAGEM LUNAR, PRETO E TERRA-COTA, 1943. 152 x 152

WALDEMAR HANSEN ELENBAAS (1912) (Holanda)

11 MULHER SENTADA, 1952. 40 x 49. 12 OASIS, 1953 40 x 48. 13 PASSARO ENGAIOLADO, 1951. 50 x 65 14 PERIGO PRóXIMO, 1951. 50 x 65 15 "STAR SffiP", 1952. 51 x 39 ..

RAQUEL FORNER (1902) (Argentina)

16 A MENTIRA, 1953. 80 x 60. 17 ESTANDARTES, 1951. 94 x 74.

JEAN GAITIS (1923) (Grécia)

18 CANÇAO DO C:6:U, 1952. .109 x 72. 19 CANÇAO DO CORPO, 1952. 109 x 72.

A. KONTOPOULOS (Grécia)

20 FORMAÇAO, 1953. 120 x 100. 21 NASCIMENTO DE UMA ESTRUTURA, 1953.

180 x 95.

22 HOJE, 1952. 82 x 131.

LlNCOLN PRESNO (1917) (Uruguai)

51

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ESTRANGEI ROS ESPONTÂNEOS

23 NATUREZA MORTA, 1953. 82 x 65.

BERNARD ROMEIN (1894) (Irlanda)

24 DESESP1!;RO, 1952. 78 x 96. 25 EXECUÇAO, 1952. 105 x 76. 26 INUNDAÇAO, 1953. 77 x 115.

JEAN-CLAUDE STEHLI (1928) (Suiça)

27 NATUREZA MORTA, 1953. 77 x 64.

PASQUALE VITIELLO (1912)

(Itália)

28 AUTO-RETRATO, 1952. 50 x 63.

escultura

HERMANN JEANNERET (1886) (França)

1 CAVALO, 1946. Ferro forjado e esculpido.

desenho

LUIS ALBERTO SOLARI (1909) (Uruguai)

1 DESENHO, 1952. 51 x 40.

52

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ESTRANGEIROS ESPONTÂNEOS

2 MASCARAS CONVERSANDO, 1952. 65 x 49. 3 O URSO E A DAMA, 1951. 41 X 31. 4 TRl!:S MASCARAS, 1951. 43 X 30.

gravura

1 CHEGADA. 60 X 45.

l\UNNA CITRON (U. S. A.)

2 PESCANDO EMBAIXO DA PONTE, 45 x 37.

3 CARNE, 1951. Aqua-tinta. 56 x 38.

DADI (1933) (Suíça)

4 "l!:TRETAT", 1952. Litografia. 56 x 38.

5 MEU JARDIM, 1951. Agua-forte. 56 x 38.

6 PAISAGEM. Aqua-tinta. 56 x 38.

7 PAISAGEM DE GORDES, 1952. Agua-forte. 56 x 38.

8 PAISAGEM DO JURA, 1951. Xilogravura.

9 SANTA MARGARIDA, 1952. Agua-forte. 56 x 38.

DANIEL DEN DIKKENBOER «1918)

10 CAFf:: EM PARIS, 1952. Litografia. 36 x 30. U DEPOIS DA NOITE, 1952. Litografia. 42 x 34. 12 NAVIOS DE NOITE, 1952. 44 x 30. IS RIO, 1953. Litografia. 42 x 34. 14 TARDE, 1953. Litografia. 42 x 34.

53

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ESTRANGEI ROS ESPONTÂNEOS

L~O MAILLET (1902) (Suiça)

15 A BATERIA, 1948/9. Agua-forte e nqua-tinta. 21 x 29.

16 AUBADE, 1948. Agua-forte e aqua-tinta. 24 x 28. 17 JOGO DE VIOUO, 1947. Aqua-tinta. 28 x 23. 18 VIOLONCELISTA, 1946. Agua-forte colorida. 28

x 23.

EUTIl\IIO PAPADIMITRIOU (Grécia)

19 AGAMEMNON E CASSANDRA, 1952. Xilografia, 50 x 70.

20 CAIN E ABEL, 1953. Xilografia. 50 x 60. 21 FLUIDEZ, 1952. Buril. 50 x 60. 22 LAMPADAS E PETRóLEO. 1952. Xilografia. 50 x 70. 28 MAÇAS SOBRE A MESA, 1951. Xilografia. 50 x 70. 24 NATUREZA MORTA COM LIMA0, 1951. Xilogra-

fia. 50 x 70.

25 VISTA DO PORTO, 1952. Buril. 50 x 60.

ISA PIZZONI (1921) (Itália)

26 MATERNIDADE, 1952. Técnica mixta. 35 x 27. 27 MATERNIDADE, 1952. Técnica mixta. 35 x 27. 28 MATERNIDADE, 1953. Técnica mixta. 35 x 27. 29 MATERNIDADE, 1953. Técnica Mixta. 37 x 27.

80 PAISAGEM, 1950. 50 x 70.

54

DEMETRE TIMIAKOS (Grécia)

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ALEMANHA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA ALEMANHA

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P aul Klee destaca-se no meio da delegação alemã. Suas sessenta e cinco ,obras dão idéia

de sua produção entre 1918 e 1940. Paul Klee nasceu na Suíça, onde também se criou e morreu. Sua mãe era suíça, mas êle permanece!, alemão durante tôda a vida, e foi na Alemanha que trabalhou e ensinou. E na Alemanha sua arte tem suas origens. Não obstante pareça original, única no seu gênero, nova, ela está intimamente ligada ao romantismo de Novalis, Jean Paul e Th. Hoff­mann. Klee mostra a mesma altivez irônica, a mesma negação de tudo o que é monumental e pa­tetivo. Com a sua engenhosa variedade de formas e côres e seus tamanhos modestos, Klee expressa, como o fizeram os românticos em contos e can­ções, profundos e sábios conhecimentos. Pela primeira vez, depois de séculos, a arte figura­tiva alemã alcançou, através de Klee, o reconheci­mento, a compreensão e a simpatia de outras na­ções, como sempre a conseguiu a nossa música. Os amigos da arte· de Paul Klee espalham-se pelo mundo inteiro. Ao lado de Paul Klee, apresenta-se o presidente da Academia de Berlim-Oeste, Carl Hofer, hoje com 70 anos de idade, com um bom número de quadros, todos posteriores a 1945. Trazem todos a marca do pavor da catástrofe - o homem torna-se uma máscara, um fastasma anêmico, perdido num mun­do de horrores. O escultor Heiliger e o pintor Heldt são também da parte ocidental de Berlim. Na escultura reflete-se a grande influência que Henry Moore exerce, desde 1945, sôbre os artistas alemães. Heiliger, não obs­tante, infundiu d abstração sua maneira própria. Heldt pinta paisagens urbanas, sem contudo re­produzí-las realisticamente, e se percebe terem nascido entre as ruinas de Berlim. As paredes das altas casas sem vizinhos são os planos abstratos da composição dos seus quadros. Berke e Fassbender, ambos originários da Rhe­nania, possuem a harmônica paleta de sua pátria

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ALEMANHA

Paul Klee

junto a uma sólida estrutura abstrata do quadro. Pankok, de Düsseldorf, é um desenhista que, exclu­sivamente com efeitos de branco e preto, continua no caminho do mais genuino expressionismo. Quatro artistas representam a éscola de Munich .

. O escultor Brenninger procura uma simplificação arcaica das formas. Fietz, nascido em Breslau, con­trapõe com precisão e nitidez os elementos gráfi­cos aos pitorescos. Os quadros abstratos de West­pfhal parecem paisagens fantásticas, representan­do vastos acontecimentos com grande sensibilidade de côres. Weires voltou muito tarde da Rússia onde foi prisioneiro de guerra: seus quadros refle­tem, como um sonho, a aventura do oriente. Arnold Fiedler expressa gràficamente a realidade de Hamburg sua cidade natal, num gênero que lembra Paul Klee. Rolf Nesch emigrou para a No­ruega e se afirmou, depois da guerra, com trabalhos gráficos de grandes dimensões. Aproveitando ar­tisticamente o relêvo da impressão, êle empresta a cada fôlha um caráter original através da diver­sidade de tons.

LUDWIG GROTE

Sala Especial

PAUL K L E E

1 ERMIDA, 1918. Guache sôbre tela. 18 x 25. Fun­dação Klee, Berna.

2 ILHA DOS PASSAROS, 1921. Aquarela. 28 x 44. Fundação Klee, Berna.

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ALEMANHA Paulo Klee

8 NA SOLIDAO, 1921. Aquarela. 22 x 30. Funda­ção Klee, Berna.

4 TRANSPARENTE E PERSPll:CTICO, 1921. Técni­ca mista sôbre papel. 25 x 29. Espólio Paul Klee, Berna.

5 QUADRO DO BOUDOIR, 1922. Aquarela. 31 x 48. Fundação Klee, Berna.

6 SEPARAÇAO A NOITE, 1922. Aquarela. 33 x 23. Espólio Paul Klee, Berna.

7 LOCALIDADE ATINGIDA, 1922. Aquarela. 33 x

23. Fundação Klee, Berna.

8 FLORA CóSMICA, 1923. Guache. 25 x 35. Fun­dação Klee, Berna.

9 LAGRIMAS DE SANGUE, 1923. óleo sôbre pape­lão. 17 x 32. Fundação Klee, Berna.

10 PAISAGEM DO MAR DO NORTE, 1923. Aqua­rela. 30 x 47. Fundação Klee, Berna.

11 CANTO DO PASSARO ZOMBETEIRO, 1924. Aquarela. 27 x 39. Fundação Klee, Berna.

12 A PAGEM, 1929. Técnica sôbre papel. Fundação Klee, Berna.

18 CARNAVAL NA SERRA, 1924. Técnica mixta sô­bre papel. 24 x 31. Fundação Klee, Berna.

14 QUADRO DE PAREDE, 1924. Guache sôbre tela. 48 x 44. EspÓlio Paul Klee, Berna.

15 A INVENTORA DO NINHO, 1925. Guache. 27 x

22. Fundação Klee, Berna. 16 NAVIOS A VELA, 1927. Aquarela. 22 x 30. Fun­

dação Klee, Berna. 17 PAISAGEM EM FORMAÇAO, 1928. Técnica mix-

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ALEMANHA Paul Klee

ta sôbre papel. 26 x 34. Fundação Klee, Berna. 18 PAISAGEM All:REA DE UMA ILHA-MONTA-

NHA. 1929. Técnica mixta sôbre tela. Fundação Klee, Berna.

19 Gll:NESE FISIONÔMICA, 1929. Aquarela. 32 x 34. Espólio Paul Klee.

20 O LUGAR DOS Gll:MEOS, 1929. Aquarela. 27 x 30. Fundação KIee, Berna.

21 ANIMAL FAREJANDO, 1930. Técnica mixta sô­bre papel. 32 x 47.

22 NATUREZA MORTA ARABE, 1930. 27 x 45. Fundação Klee, Berna.

23 O TAGARELA, 1930. Aquarela. 42 x 43 Espólio Paul Klee, Berna.

24 MEDIÇAO iNDIVIDUALIZADA DE ALTURA DAS SITUAÇõES, 1930. óleo sôbre papel. 47 x 35. Fundação Klee, Berna.

25 PROFETA, 1940. Técnica mixta sôbre papel. 61 x 47. Espólio Paul KIee, Berna.

26 PffiAMIDE, 1930. Aquarela. 31 x 22. Espólio Paul Klee, Berna.

27 NAVIOS (DOIS MAiS UM), 1931. Tinta de cOr. 27 x 48. Espólio Paul Klee, Berna.

28 ARVORES EM OUTUBRO, 1931. Técnica mixta sObre papel. 36 x 47. Fundação KIee, Berna.

29 EM CHAMAS, 1931. Técnica mixta sôbre papel. 37 x 54. Fundação Klee, Berna.

30 QUARTO EXPOSTO AO NORTE, 1932. Aquarela. 3 x 54. Fundação Klee, Berna.

31 ATRAVl!:S DE UMA JANELA, 1932. óleo sObre tecido. 30 x 52. Espólio Paul KIee, Berna.

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ALEMANHA

Paul Klee

32 CREPúSCULO NO PARQUE, 1932. Guache sôbre tela. 34 x 62. Espólio Paul Klee, Berna.

33 PASTOR KOHL, 1932. Guache sôbre fibra. 51 x 65. Espólio Paul Klee, Berna.

34 O PASSO, 1932. Guache sôbre tela. 71 x 77. Es­pólio Paul Klee, Berna.

35 OLHAR DE UM NEGRO, 1933. Técnica mixta Sô­bre papel. 50 x 37. Fundação Klee, Berna.

36 TRIANGULOS EM FOCO. 1933. óleo sôbre pa­pelão, 35 x 52. Fundação Klee, Berna.

37 MULHER JOVEM NO JARDIM, 1933. Guache. 24 x 45. Espólio Paul Klee, Berna.

38 UMA JOVEM, 1934. Aquarela. 48 x 31. Espólio Paul Klee, Berna.

39 FRUTA SOFRENDO, 1934. Aquarela. 30 x 46.

40 O CRIADOR, 1934. Guache sôbre tela. 41 x 52. Fundação Klee, Berna.

41 ARRANJO VISTOSO, 1935. óleo sôbre papel. 48 x 51. Fundação Klee, Berna.

42 CALiGULA, 1936. Aquarela. 49 x 24. Fundação Klee, Berna.

43 FIGURA, 1937. Guache sôbre tela. 18 x 25. Fun­dação Klee, Berna.

44 OLHAR DO VERMELHO, 1937. Guache sObre tela. 46 x 48. Espólio Paul Klee, Berna .

. 45 NATUREZA MORTA COM CACOS, 1937. Guache sôbre tela. 48 x 48. Espólio Paul Klee, Berna.

46 PALHAÇO NA CAMA, 1937. Guache. 27 x 48. Fundação Klee, Berna.

47 A JOVEM ESPORTIVA, 1938. Guache. 54 x 34. Espólio Paul Klee, Berna.

60

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ALEMANHA

Paul Klee

48 CETICISMO EM FRENTE AO TOURO, 1938. Gua­che. 45 x 63. Espólio Paul Klee, Berna.

49 BRUXAS DA TERRA. 1938. óleo sôbre papel. 49 x 31. Fundação Paul Klee, Berna.

50 SENHOR AXEL OTEL, 1938. Aquarela. 62 x 48. Espólio Paul Klee, Berna.

51 CHAMAS DE VELAS, 1939. Técnica mixta sôbre papel japonês. 49 x 33. Espólio Paul KIee, Berna.

52 NINFA NA HORTA, 1939. Guacho sôbre tela. 33 x 52. Fundação Klee, Berna.

53 GRITADOR DUPLO, 1939. óleo sôbre papel. 29 x 21. Espólio Paul KIee, Berna.

54 ROCHAS NA CORRENTEZA, 1939. Guache sôbre tela. 48 x 44. Espólio Paul Klee, Berna.

55 A COBRA VEM VINDO, 1939. óleo sôbre papel. 29 x 21. Espólio Paul KIee, Berna.

56 PLÁSTICA DE ONDAS, 1939. Guache sôbre tela. 70 x 70. Espólio Paul Klee, Berna.

57 MOÇAS DE ÓCULOS, 1939. Guache e lapis. 50 x 32. Espólio Paul KIee, Berna.

58 GERMINAÇAO PAnTICA, 1939. Guache. 25 x 48. Fundação KIee, Berna.

59 MULHER CHORANDO, 1939. Aquarela. 33 x 21. Espólio Paul Klee, Berna.

60 SEM TíTULO, 1939. Técnica mixta sôbre tela. 56 x 25. Espólio Paul Klee, Berna.

61 TOCADOR DE TAMBORES, 1940. Guache. 34 x 21. Fundação Klee, Berna.

62 DEPOIS DA VIOL:ttNCIA, 1940. Guache. 48 x 32. Espólio Paul Klee, Berna.

61

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ALEMANHA pintura

63 FLORES CREPUSCULARES, 1940. Guache sôbre tela. 33 x 78. Espólio Paul Klee, Berna.

64 MORTE E CHAMAS, 1940. Guache sôbre tela. 42 x 40. Fundação Klee, Berna.

65 SEM TíTULO, 1940. Técnica mixta sôbre papel. 53 x 37. Fundação Klee, Berna.

SALA GERAL

pintura

BUBERT BERKE (1908)

1 ESPIRITUAL, 1953. Técnica mixta sôbre papel. 49 x 64.

2 RITMO DE JAZZ, 1952. Técnica mixta sôbre pa­pel. 64 x 49.

B TROMBETA DE JAZZ, 1952. Técnica mixta sôbre papel. 64 x 49.

JOSEPB FASSBENDER (1908)

4 Y I, 1953. Técnica mixta sôbre papel. 70 x 90.

5 Y 2, 1953. Técnica mixta sôbre papel. 61 x 92.

6 Y 3, 1953. Técnica mixta sôbre papel. 58 x 91.

ARNOLD FIEDLER (1900)

7 METRóPOLE A NOITE, 1953. Óleo sôbre fibra. 59 x 79.

62

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ALEMANHA pintura

8 NATUREZA MORTA COM JARRO, 1950. óleo

sôbre papelão. 61 x 47.

9 ARRANHA-CWS A NOITE, 1952. óleo sôbre fibra. 49 x 98.

GERBARD FlETZ (1910)

10 1952-150. óleo sôbre fibra. 86 x 110.

U 1952-L 67. óleo sôbre fibra. 78 x 100.

12 1953-3. óleo sôbre tela. 86 x 91.

WERNER HELDT (19M)

13 NATUREZA MORTA A JANELA I, 1948. 80 x 95.

14 NATUREZA MORTA A JANELA II, 1953. 56 x 98.

CARL HOFER (1878)

15 PAR DANÇANDO, 1947. 90 x 70

16 DAFNIS E CLÓE, 1952. 90 x 70.

17 FIGURA DE Plt COM PANO, 1953. 100 x 60.

18 JOVEM PENTEANDO-SE, 1953. 100 x 65.

19 O PRESO, 1953. 100 x 75.

20 PULANDO A CORDA, 1953. 110 x 66.

BEINZ TROKES

21 CAMPOS E ESTRADAS, 1952. 69 x 87.

22 D'" AS 1001 NOITES", 1952. 69 x 89.

23 REFLEXOS SUBMARINOS, 1953. 69 x 89.

63

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ALEMANHA pintura - desenho

ERNEST WEIERS (1909)

24: NOVEMBRO, 1951. óleo sõbre madeira. 52 x 44.

25 PAISAGEM DA BESSARABIA, 1950. 44 x 49.

26 RúSSIA, 1951. óleo sõbre madeira. 40 x 32.

CONRAD WESTPFABL (1891)

27 CENA HERÓICA, 1953. 60 x 100. 28 LENDA ORIENTAL, 1953. 65 x 92. 29 MONUMENTO DE SINAIS, 1953. 65 x 93.

escultura

GEORG BRENNINGER (1909)

1 A MAE, 1953. Concreto. 165. 2 MENINO, 1951. Bronze. 105. 3 MENINO DEITADO, 1951. Bronze. 26,5.

BERNHARD BEILIGER (1915)

4: CABEÇA DE CARL HOFER, 1952. Concreto. 5 SINAL, 1952-52. Mármore.

6 SERAFIM, 1951. Concreto. 63.

desenho

OTTO PANKOK (1893)

1 ALDEIA SOBRE ABISMOS, 1952. 116 x 94.

2 CAMINHO NA FLORESTA, 1952. 126 x 94. 3 SOL SOBRE AS ROCHAS, 1952. 116 x 97.

64

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ALEMANHA gravura

gravura

ROLF NESOU (1893)

1 ANJO, 1953. Gravura sôbre metal. 61,5 x 48.

2 A NORA, 1953. Gravura sôbre metal. 57 x 43.

S TOCADOR DE VIOLAO, 1953. Gravura sôbre me­tal. 63 x 44,5.

, FLOR ATOMICA, 1953. Gravura sôbre metal. 57 x 46.

65

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A R G E N T N A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA SUB-SECRETA­RIA DE DIFUSÃO 00 MINISTÉRIO DAS RELA­ÇÕES EXTERIORES DA REPÚBLICA ARGENTINA

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ARGENTINA

A arte argentina de hOje participa das corren­tes estéticas universais, com características

próprias, conquistadas por indivíduos cujos nomes são amplamente conhecidos e valorizados em todo o mundo. Criou-se, desta forma, uma determinante nacional que, mesmo nos casos das obras pertencen­tes a escolas mais ecléticas ou fechadas, permite re­conhecer fàcilmente essas criações como integran­tes de uma, estética claramente variada e positiva­mente portadora de uma hierarquia relevante: a: artlP argentina. Sumamente rica em suas manifestações, baseada na ampla geografia de uma paisagem dimensional, ali­mentada por vivências originadas no extenso mapa espiritual de um ambiente de renovação e progresso, escapa, necessàriamente, sua visão integral a qual­quer tentativa mais ou menos feliz de síntese. Há um aviso urgente a ser posto no umbral da pre­sente seleção: ela deseja cumprir uma missão cor­dial, representando o afeto e solidariedade dos ar­tistas argentinos em relação a seus irmãos da Amé­rica e do mundo. Espírito de solidariedade que é a resultante do sen­timento unânime da nova Argentina. O ideal jus­ticialista, ao hierarquizar o trabalho dos artistas ar­gentinos com inúmeras medidas de estímulo e be­nefício, contribuíu sobremaneira para o bem estar dos criadores. Isso permite a entrega de sua mensagem como uma oferta de paz e de beleza a todos os povos do mun­do e, neste caso tão particularmente agradável, a êsse povo a quem tantos laços de história e amiza­de nos unem: ao povo do Brasil.

pintura

ALBl:RTO ALTALEF (1913) 1 CALIGRAFIA, 1953. 115 x 80.

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ARGENTINA

pintura

LUIS BARRAGAN (1914)

2 FIGURA, 1953. 74 x 44.

S HOMEM E MULHER, 1953. 77 x 98.

MARIN BLASZKO (1920)

4 GRANDE RiTMO, 1953. 40 x 90.

GERMAlNE DERBECQ (1899)

õ A TORRE, 1953. 110 x 145.

6 ESPANHOLA, 1953. 126 x 97.

'% PINTURA, 1953. 60 x 83.

8 PINTURA, 1953. 75 x 60.

SARAU GRILO (1920)

ALFREDO ULlTO (1923)

9 ANEDOTA SOBRE VERMELHO, 1953. 70 x 50.

GYULA KOSICE (1924)

10 PLANOS E COR LIBERADOS (PINTURA MADl),

1953. 80 x 44.

RAUL LOZZA (1911)

11 ESTRUTURA EM AMARELO, 1953. Esmalte po­

lido. 120 x 120.

12 MURAL PERCEPTISTA, 1953. Esmalte polido. 120 x 120.

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ARGENTINA

pintura

TOMAS MALDONADO (1922)

13 CONSTRUÇAO COM ELEMENTOS IGUAIS, 1953. 100 x 70.

14 15 ELEMENTOS, 11 ESPAÇOS, 1953. 50 x 150.

ROSARIO MORENO (1918)

15 FIGURA, 1953. 50 x 70. 16 MULHERES DO TRIGO, 1953. 100 x 70.

FERNANDES MURO (1920)

1'7 PINTURA, 1953. 100 x 100.

BENICIO NU~EZ

18 FABULA, DIABO E MULHER, 1953. Têmpera. 77 x 60.

19 TRAJETóRIA DO MITO, 1953. Têmpera. 77 x 60.

MIGUEL OCAMPO (1924)

20 PINTURA, 1953. 100 x 100. 21 PINTURA, 1953. 81 x 65.

RAFAEL ONETTO (1915)

22 NATUREZA MORTA, 1953. 35 x 60. 23 PAISAGEM, 1953. 35 x 50.

24 REU:VO, 1953. 53 x 43.

25 REU:VO, 1953. 110 x 70.

69

JUAN OTANO (1914)

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ARGENTINA

pintura

ORLANDO PIERRI (1913)

26 MILHO VERDE, 1953. 73 x 60.

27 O AFIADOR, 1953. 162 x 97.

LIDY PRATI (1922)

28 REFEIU:NCIA SENSíVEL DE UM ESPAÇO DE­FINIDO, 1953. 100 x 70.

29 VIBRAÇAO AO INFINITO, 1953. 80 x 31l.

LEOPOLDO PRESAS (1953)

30 COMPOSIÇAO, 1953. Têmpera. 140 x 100.

31 FIGURA, 1953. 150 x 100.

RAUL RUSSO (1912)

32 FIGURAS, 1953. 100 x 70.

33 O RIACHO, 1953. 100 x 70.

IDEAL SANCHEZ (1916)

34 BAILARINA, 1953. 81 x 70.

35 NATUREZA MORTA, 1953. 190 x 100.

BRUNO VERNIER (1914)

36 CAÇADOR DE PAPAGAIOS, 1953. 122 x 75.

37 MASCARAS AO SOL, 1953. 122 x 75.

70

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ARGENTINA

escultura

escultura

JULIAN ALTHABE (1911)

1 ESPAÇOS ASSIMtI'RICAMENTE CRUZADOS, 1953. Aço. 75.

2 PINTURA ESPACIAL, 1953. Aço. 60.

LIBERO BADII (1916)

S DANÇA, 1953. Pedra. 107. 4 TORSO, 1953. Ferro. 70.

MARTIN BLASZKO (1920)

/S ARCO, 1952. Madeira. 65.

PABLO CURATELLA MANES (1890) 6 A TERRA ARGENTINA, 1936. Bronze. 100. "I O DRAGA0, 1926. Gesso. 110.

CLAUDIO GmOLA (1923) 8 ESPECIALIDADE PLANIMtI'RICA, 1953. Bronze.

25.

9 ESPECIALIDADE PLANI~CA, 1953. Alumí­nio. 100.

ENNIO IOMMI (1926) 10 ESTRUTURA COMPREENDIDA EM UM RETAN­

GULO, 1953. Aço e bronze. 40.

11 VOLUME ASSIMILADO AO RITMO LINEAR, 1953. Aço. 135.

GYULA KOSICE (1924) 12 LEVITAÇAO EM ESPIRAL, (ESCULTURA MADí),

1953. Bronze e esmalte. 72.

71

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ÁUSTR A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA GALERIA KUNST DER GEGENWART, SALZBURG.

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ÁUSTRIA

C ontemporaneamente ao advento da revolu­ção "cubista" em Paris, entre 1907 e 1908,

verificou-se também, entre os artistas vienenses e austriacos em geral. uma transformação no desen­volvimento não menos importante do que a que ocor­reu na Capital ocidental. E' importante salientar que as obras tanto daquela época como de hoje, na Austria, ainda que inde­pendentes e não imitativas, têm estreita relação com o mundo, como é natural que aconteça em uma grande potência cultural. O "novo funcionalismo" na arquitetura constitue uma notável contribuição austríaca ao desenvolvi­mento geral da arte; os seus iniciadores, otto Wagner, Adolf Loos e Joseph Hoftmann executa­ram, já anteriormente à primeira guerra mundial, obras que ainda hoje se destacam e têm demons­trado seu integral valor. No campo da pintura, Oskar Kokoschka tornou-se um dos fundadores do movimento que se designa por "expressionismo". A vontade de expressar, de confiar, a humildade sem limites que se manifesta na obra de Kokoschka são tipicamente austríacas: só muito raramente tem aparecido na Austria, obras que, como na Alemanha, servem de instrumento de exaltação das necessidades sociais; ao contrário, na arte contemporânea austríaca o elemento expres­sivo supera a individualidade, a fim de atingir o metafísico e o religioso. Acrescente-se a isto que a Austria, êsse País que sempre acolheu tôdas as influencias do exterior, demonstrou possuir uma capacidade particular de aperfeiçoar, esclarecer e amadurecer os elementos estrangeiros adotados: ao absorvê-los, ela associa, portanto, a sua tendência à cultura. A síntese dêsses dois elementos caracteriza, também, a arte contemporânea austríaca, cuja vitalidade e legitimidade estão demonstradas nas obras dos ar­tistas aquí representados.

DR. ERNESTO K6ELLER

13

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ÁUSTRIA

Oskar Kokoschka

Sala especial

OSKAR KOKOSCHKA

pintura

1 RETRATO DE UM VELHO, 1907-08. 68 x 61.

Neue Gallerie Wolfgang Gurlitt, Museum der Stadt,

Linz, Austria.

2 TENTAÇAO, 1911. 80 x 127. Osterreichische Gal­

lerie, Viena.

S RETRATO DO PROFESSOR CARL MOLL, 1913.

128 x 95. Osterreichische Gallerie, Viena.

4, OS DOIS AMIGOS, 1917-18. Neue Gallerie Wolf­

gang Gurlitt, Museum der Stadt Linz, Austria.

5 NO FEMININO DEITADO, 1922. Aquarela. 52 x 70.

Osterreichische Gallerie, Viena.

6 RETRATO DO DR. JULIUS SZEPS, 1923. 74 x

59. Osterreichische Gallerie, Viena.

7 RETRATO DE MARCEL VON NEMES, 1929. 135 x 95. Neue Gallerie Wolfgang, Gurlitt, Museum der

Stadt Linz, Austria.

8 PAISAGEM DO PORTO DE PRAGA, 1937. 90 x 116. Osterreichische Gallerie, Viena.

9 RETRATO DO PRESIDENTE FEDERAL DR. THEODOR KORNER. 100 x 80. Verlag Wolfgang Gurlitt Linz-MÜllchen, Alemanha.

74

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ÁUSTRIA

Oskar Kokoschka

gravura

1 RETRATO DE PAUL SCHEERBART, 1909. Zinco-grafia.

2 RETRATO DE ADOLFO LOOS, 1910. Zincografia. 3 RETRATO DE MAX BERG. Zincografia. 4 RETRATO DE KARL KRAUS, 1910. Zinoografia. 5 RETRATO DE HERWARTH WALDEN, 1912. Zin-

cografia. 6 ENCONTRO, 1914. Litografia. 7 GALO E GALINHA, 1925. Agua forte. 8 CIGANA, 1925. Agua forte.

9 DUAS PESSOAS, 1925. Agua forte.

10 JOVEM LENDO. Litografia.

11 RETRATO DA SENHORITA GITTA W., 1953. colorido.

SALA GERAL

P i n t u r a

GUSTAV KURT BECK (1902)

1 CANAL DO DANúBIO EM VIENA, 1948. 80 x 100.

2 COMPOSIÇAO EM CINZA E PRETO, 1953.

3 COMPOSIÇAO COM FORMAS ABSTRATAS, 1953. 100 x 133.

4 FRAGMENTOS FLUTUANTES, 1953. 65 x 55.

75

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ÁUSTRIA

pintura

MARIA BILJAN-BILGER (191%)

5 COMPOSIÇAO FIGURATIVA. I, 1953. Aquarela. 62 x 90.

6 COMPOSIÇAO FIGURATIVA U, 1953. Aquarela. 62 x 90.

7 COMPOSIÇAO FIGURATIVA IH, 1953. Aquarela. 62 x 90.

S COMPOSIÇAO FIGURATIVA IV, 1953. Aquarela. 62 x 90.

9 PLANTAS EXóTICAS SENDO TRANSPORTADAS,

1953. Tapeçaria. 200 x 200. Wiener Gobelinma­nifaktur, Viena.

WOLFGANG BUTTER (1928)

10 CONVERSA JUNTO AO MURO, 1950. óleo sôbre madeira. 50 x 74. Sra. Milena von Dedovich, Viena.

11 PAISAGEM COM FOLHAS VERMELHAS, 1953. Aquarela. 13 x 19.

OTTO E. KRASNITZKY (1914)

12 CIDADE, 1953. Aquarela. 49 x 75.

13 COMPOSIÇAO EM CORES, 1953. Aquarela. 38 x 51.

14 NATUREZA MORTA COM BONECA, 1952. Guache sôbre eternit. 28 x 38.

15 PIRAMIDES, 1952. Aquarela. 38 x 50.

16 TRAPEZOIDE E TRIANGULO, 1952. Guache sô­bre eternit. 28 x 38.

76

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ÁUSTRIA

pintura

ANTON LEBMDEN (1929)

1'1 ANIMAIS E HOMENS, 1953. Têmpera e óleo. 68 x 97.

18 FOSSO DE CASCALHO, 1953. Aquarela. 21 x 30. 19 NATUREZA MORTA COM PEDRAS PRECIOSAS,

1951-52. Têmpera e óleo. 49 x 28. 20 PAISAGEM, 1951. Aquarela. 21 x 30. 21 RETRATO DE FAMíLIA, 1951-52. Aquarela.

21 x 30.

JOSEPB MlKL (1929)

22 CONSTRUÇAO I, 1952. óleo sôbre madeira. 106 173.

28 CONSTRUÇAO II, 1952. óleo sôbre madeira. 86 x 105.

24 CONSTRUÇAO III, 1953. óleo sôbre madeira. 120 x 170.

25 COMPOSIÇAO RíTMICA, 1953. 103 x 103.

26 NOTURNO, 1953. óleo sôbre madeira. 100 x 80.

SLA VI SOUCEK (1898)

2'7 INSTRUMENTO PARA MEDffi O ESPAÇO MUN­DIAL, 1952. Guache. 46 x 62.

28 TENTATIVA DE VOO NO "INTER-ESSE", 1952. Guache. 46 x 62.

29 VOO PARA O CENTRO, 1952. Guache. 49 x 42 Gallerie Kunst der Gegenwart, Salzburg.

CARL UNGER (1915)

80 AS MARGENS DO DANúBIO, 1953. 91 x 120 .

. 77

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31 BEIRA MAR, 1951. 41 x 57. 32 BETSAB~,~ 1953. 150 x 99.

ÁUSTRIA

pintura - escultura

33 ORLA DA FLORESTA, 1949. 46 x 50. 34 PAISAGEM DO DANÚBIO, 1953. 80 x 121. 35 PAISAGEM DE ARVORES, 1952. Aquarela. 31 x 48. 36 PRAIA, 1951. 50 x 50.

escultura

WANDER BERTONI (1925)

1 COMPOSIÇAO I: CICLO, 1952. Madeira. 200. 2 COMPOSIÇAO lI: CRUZ, 1952. Madeira. 40. 3 COMPOSIÇAO IIl: CICLO, 1952. Madeira. 60. 4 CONC:I!:RTO, 1950. Madeira. 150. 5 MULHER PENTEANDO-SE, 1946. Arenite. 60. 6 TOCADOR DE BANDOLIM, 1948. Bronze. 40.

MARIA BILJA-BILGER (1912)

7 MULHER CARREGANDO AGUA, 1952. Terracota. 37.

8 RETRATO I, 1953. Terracota. 40. 9 RETRATO lI, 1953. Terracota. 40.

RUDOLF HOFLEHNER (1916)

10 ARTISTA I, 1953. Ferro. 25. 11 ARTISTA H, 1953. Ferro. 35. 12 ARTISTA IIl, 1953. Ferro. 30. 13 FIGURA, 1953. Ferro. 30. 14 FIGURAÇAO, 1953. Ferro. 25. 15 MONUMENTO, 1953. Ferro. 32.

78

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ÁUSTRIA

escultura - desenho

BEINZ LEINFELLNER (1911)

16 A CONSTRUÇAO, 1952. Bronze. 17 BEATRIX, 1952. Bronze. 30. 18 CABEÇA, 1948. Mármore. 19 DANÇARINAS, 1950. Bronze. 20 DUAS FIGURAS SENTADAS, 1953. Bronze. 21 MUSICISTAS, 1950. Bronze. 22 RETRATO DE DUAS MENINAS. Bronze. 23 RETRATO DE UMA JOVEM, 1947. Bronze. 25. 24 RETRATO DE UMA JOVEM SENHORA, 1953.

Bronze. 40.

desenho

GUSTAV KURT BECK (1902)

1 NATUREZA MORTA COM FRUTEIRA E PEIXES,

1951. 36 x 50.

WOLFGANG BUTTER (1928)

2 CABEÇA DE MENINA COM PÁSSAROS E FLORES. 3 CABEÇA DE INSETO, 1953. 15 x 22. 4 CAÇA AOS INSETOS, 1953. 15 x 22. 5 DOIS INSETOS, 1953. 18 x 25. 6 DUPLA CABEÇA. 15 x 13. '7 FEITICEIRA, 1952. 15 x 11. 8 MULHER COM MASCARA E ESP:t!:LHO, 1952.

11 x 18. 9 PAISAGEM COM BORBOLETA, 1952. 11 x 34.

10 PEQUENA COMPOSIÇAO. 11 PICADAS DE INSETOS, 1951. 32 x 15.

'79

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ÁUSTRIA

desenho

OTTO E. KRASNITZKY (1914)

12 " A VICON", 1953. Bico de pena. 49 x 75.

13 COMPOSIÇAO COM BALõES, 1953. Bico de pena. 49 x 75.

H EQUILIBRISTA, 1953. Bico de pena. 49 x 75.

ANTONIO LEHMDEN (1929)

15 PEIXE A S1!:CO. 21 x 33.

HELNZ LEINFELLNER (1911)

16 CABEÇA DE MoçA. Nanquim.

1'7 MULHERES SENTADAS. Nanquim.

18 RETRATO DO COMPOSITOR HAUER. Nanquim.

JOSEPH MIKL (1929)

19 COMPOSIÇAO CONSTRUTIVA, 1952. 55 x 23.

20 DUAS FORMAS, 1953. 54 x 40.

21 FIGURA COM CONSTRUÇAO EM CORES, 1953. 35 x 33.

22 Nú I, 1952. Desenho colorido. 49 x 34.

23 Nú lI, 1952. Desenho colorido. 49 x 29.

24 Nú IlI, 1952. Desenho colorido. 42 x 29.

ALFONS ORTNER (1907)

25 MONTANHA, 1952. Bico de pena.

26 RECORDAÇAO DE VENEZA, 1952. Bico de pena.

27 x 39.

80

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ÁUSTRIA

gravura

,gravura

GUSTAV KURT BECK (1902)

1 NATUREZA MORTA COM, DOIS PEIXES, 1951. Linogravura, 44 x 35.

2 RECORDAÇAO DE UMA. CIDADE AMERICANA, 1951. Linogravura. 60 x 35.

8 RUA ESTREITA. Linogravura.

KURT MOLDOV AN (1918)

4: CARANGUEJO E BORBOLETA, 1953. Litografia. 42 x 55.

I) CAVALO DE cmco, 1953. Litografia. 42 x 55. 6 O GALO. Litografia. "I PALHAÇO DE cmco Litografia. S PLANTAS TROPICAIS, 1953. Litografia. 54 x 37.

SLA VI SOUCEK (1898)

9 ACONTECIMENTO COSMICO, 1953. Linogravura. 34 x 52.

10 COMPOSIÇAO EM CINZA E PRETO, 1952. Lino­gravura. 49 x 34.

11 COMPOSIÇAO EM T~S CORES, 1952. Linogra­vura. 34 x 54.

12 DISPUTA, 1953. Gravura colorida. 32 x 47. 18 EXPLICAÇAO, 1953. Linogravura. 49 x 34.

CARL UNGER (1915)

14 PAISAGEM DE MONTANHAS, 1953. Litografia. 50 x 62.

81

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B É L G C A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISn­RIO DE INSTRUÇÃO PÚBLICA DA B~LGICA

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BÉLGICA

Com algumas raras exceções, a guerra 1940-1945 não trouxe nenhuma modificação profunda na evolu­

ção da pintura na Bélgica, nem na atitude dos pintores belgas. Nenhuma inesperada ou surpreendente mudança, provocada pela própria tormenta, se apresentou. A Bél­gica, encruzilhada e plataforma giratória das grandes correntes artísticas, tanto latinas quanto germânicas, che­aara a assimilar todas as tendências e todos os estilos ":modernos, sem perder seu gênio próprio, solidamente en­raizada numa tradição de seis séculos. A perda sofrida pela arte belga, com a morte de alguns de seus mais ilustres representantes - George Minne, Valerius de Saedeleer, Gustave van de Woestijne, Frits van den Berghe, Gustave de Smet, James Ensor, Cons­tant Permeke, Hippolyte Daeye - é bem mais grave do que o mal que a guerra poderia ter causado ao espírito e ao moral de nossos artistas. A escola de Laethem Saint-Martin, a célebre colônia de artistas, com seus dois grupos, que sucessivamente dominaram a arte flamenga do século vinte, foi muito duramente atingida. Os surrealis­tas, que, pelas razões que ninguém ignora, eram banidos de tôdas as cimalhas, durante a ocupação, trabalharam ininterruptamente, não sem sofrer, no entanto, as conse­quências de um isolamento forçado de quatro anos. René Magritte, o primeij'o e o mais ortodoxo dos pintores sur­realistas belgas, não cessou de nos espantar pela fantasia desorientadora de sua imaginação e p/!1la riqueza de seu vocabulário de imagens. Paul Delvaux, em quem a crítica saudou, muito judiciosamente, "o único acont6Cimento da pintura belga, desde o nascimento do expressionismo fla­mengo" (quer dizer, desde 1917, aproximadamente), saiu dessa prova engrandecido e fortalecido. Desde já se classifica entre os maiores de sua época. Entre os moços que se afirmaram depois da libertação, citemos primeiro o grupo da "Jovem pintura belga". Provindos, de um lado, do "animismo", apoiando-se no expressionismo flamengo e no surrealismo internacional, tanto quanto no cubismo e na jovem pintura francesa, constituem uma equipe muito heterogênea, em que tôdas as pesquisas, tôdas as inqUietações, tôdas as emoções e tôdas as esperanças se encontram. A arte que realizam, de uma técnica tão hábil quanto variada, baseada numa longa tradição artesanal, oscila entre a abstração geo-

Numeram-se extra as páginas do prefacio da Bélgica por ter sido o mesmo enviado quando a paginação do catálogo estava encerrada.

82 b

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BÉLGICA

métrica pura, o não-figurativismo orgânico e o mais sintético expressionismo. Pela imaginação tansbordante, pelo colorido subjetivo e pela visão muito pessoal do "fato plástico" impuseram-se entre os melhores artistas belgas de nossa época. Quanto a James Ensor, pertence à raça dos libertadores, a essa categoria de homens fortes que jamais fazem escola, mas que criam um clima favorável, no qual as gerações seguintes respirarão mais livremente. Fonte viva que a arte belga rejeitou, pioneiro que partiu muito cedo, precursor reconhecido tarde demais, Ensor combateu em duas frentes, ao mesmo tempo, destruindo e construin­do, alternativamente. Pela palavra, pela pena, e pelo pincel, apressou "les finales crevaisons grenouilleres des pompiers matamoresques" de seu tempo. Simultanea­mente, com a mesma coragem, e com uma clarividência de visionário, atacou o problema da renovação da pintu­ra esgotando-se nobremente, durante os vinte anos em que permaneceu desconhecido. Vindo do realismo, conseguiu, desde o infeio, dar a seu estilo um humanismo profundo. Aliás, o elemento humano continuará a ser sua peocupação dominante, mesmo nos momentos mais transbordantes de fantasia burlesca. Em seguida, passando da sombra à claridade, alcançará, numa ascenção fulminante, os ápices do mais brilhante impres­sionismo. Depois, quebrando seu próprio arco-íris, dele se serve para fantasiar um mundo alucínante de fantoches desencadeados, de máscaras triviais, de esqueletos agita­dos e de monstros hilariantes sóbre os quais a morte reina com melancolia. Pioneiro do expressionismo, Ensor levará suas investiga­ções sóbre a pintura - como testemunho e mensagem - até os confins do surrealismo. Com meio século de antecedência, êsse colorista inato, êsse desenhista excelen­te, criou um estilo que se baseia, todo êle, nesta propoSição: a expressão determina a forma e a cór. Ensor, que honra os velhos pintores flamengos, que saúda Bruegel, o grande irmão sensível e clarividente, que admira Rubens, o animador de Watteau e Delacroi3:, é talvez o único grande pintor que a Flandres deu ao mundo, desde a morte do mestre do "Combate das Amazonas".

fMILE LANGUI

82 c

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r I

BÉLGICA

Sala especial

JAMES ENSOR

1 JUDAS ATIRANDO OS DINHEIROS NO TEM­PLO, 1880. 60 x 50. Coleção Mlle. Juliene Boo­gaerts, Bruxelles.

2 O PINTOR FINCH NAS DUNAS, 1880. 27 x 35. Coleção Roland Leten, Gand.

3 A DAMA COM LEQUE, 1880. 132 x 83. Coleção J. Jansen, Anvers.

4 BOULEVARD VAN ISEGHEM SOB A NEVE, 1881. 32 x 26. Coleção MIle. Julienne Boogaerts, Bruxelles.

5 TECIDOS E LEQUES, 1881. 40 x 50. Coleção Mlle. Julienne Boogaerts, Bruxelles.

6 NATUREZA MORTA COM PERAS, 1881. 40 x 50. Coleção Philippe Dotremont, Bruxelles.

7 O ANTIQUARIO. Tela. 85,5 x 42,5. Coleção Ro­bert Desprechins, St. Denis - Westrem.

8 RETRATO DO PINTOR FINCH, 1882. 110 x 95. Coleção J. Jansen, Anvers.

9 O PINTOR G. VOGELS NO SEU ATELIER, 1883. 54 x 42. Coleção Jules Mathijs, Gand.

10 O CRISTO ATORMENTADO, 1887. 55 x 70. Cole­ção particular, Bruxelles.

11 MASCARAS, 1889. 59 x 72. Musée Royal des Beaux-Arts, Anvers.

83

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BÉLGICA

James Ensor

12 O FRASCO AZUL, 1890. 50 x 60. Coleção C. Jussiant, Anvers.

13 A VIRGEM CONSOLADORA, 1892. 40 x 38. Cole­ção Auguste Taevernier, Gand.

14 FLORES E LEGUMES, 1895. 79 x 98. Musée Royal des Beaux-Arts, Anvers.

15 AS MASCARAS E A MORTE, 1897. 100 x 78. Mu­sée des Beaux-Arts, Liêge.

16 RETRATO DE ENSOR COM MASCARAS, 1899. 120 x 80. Coleção C. Jussiant, Anvers.

1'1 A VIRGEM E OS DOADORES MASCARADOS, 1904. 40 x 35. Coleção MIle. Julienne Boogaerts, Bruxelles.

18 J.\IINHA MAE MORTA, 1915. A. S. B. L. Les Amis de James Ensor, Bruxelles.

19 NATUREZA MORTA, 1935. 26 x 20. Coleção par­ticular, Bruxelles.

20 NATUREZA MORTA E A MEDALHA, 1935. Cole­ção DoU Ledel, Bruxelles.

21 INTERIOR COM TR:I!:S RETRATOS, 1938. 50 x 60. Coleção MIle. Julienne Boogaerts, Bruxelles.

22 AZALÉAS, 67 x 89. Musée Royal des Beaux-Arts, Anvers.

23 NATUREZA MORTA COM FLORES, 54 x 66. Musée communal, Amsterdam.

24 AS DUAS NUVENS. 44 x 54. Coleção Gustave van Geluwe, Bruxelles.

25 AS DALIAS. 63 x 48. Coleção Gustave van Ge­luwe, Bruxelles.

26 GRANDE MARINHA. 160 x 112. Coleção Baron Henri de Broqueville, Bruxelles.

84

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B~LGICA

pintura

SALA GERAL

GASTON BERTRAND (1910)

1 A VIDA, 1950. 81 x 65. Coleção MareeI La Haye, BruxeIles.

2 FOLGUEDOS NA PRAIA. 100 x 150. 3 PARA UM JARDIM DE DEUS, 1953. 81 x 65. <1 PARALELAS, 1952. 146 x 97. 5 PINTURA, 146 x 97.

ANNE BONNET (1908)

6 A PARTIDA. 65 x 80. 7 CIDADE BRANCA. 100 x 80. Musées Royaux des

Beaux-Arts. Bruxelles. 8 GANDRIA, 100 x 80. 9 NOTURNO. 65 x 80.

10 PLANTAS TROPICAIS. 116 x 89. Musée des Beaux-Arts, Liêge.

11 COMPOSIÇAO 1. 12 COMPOSIÇAO 2. 13 COMPOSIÇAO 3.

14 CABINES.

JEAN BURSSENS (1925)

JAN COBBAERT (1909)

15 COMPOSIÇAO. 170 Xi 100. 16 MAR DO NORTE. 100 x 165. 17 NAVIOS. 70 x 90. 18 NOITE AZUL. 100 x 160.

85

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BÉLGICA

pintura

JAN COX (1919)

19 A POLPA. 95 x 140. M. Curt Valentin. 20 DUPLO RETRATO. 102 x 160. M. Curt Valentin. 21 FATO DE CABRAS, 1953. 100 x 130. M. Curt Va-

lentin.

JO DELAHAUT (1911)

22 ADINA. 97 x 130.

28 GRENADE. 196 x 152.

24 POMAL. 97 x 130.

25 RAMO. 97 x 130.

26 SCREA. 97 x 130.

JEAN DUBOSQ (1928)

27 A AGONIA DOS SURDOS. 170 x 170. 28 A MÚSICA DE CAMERA. 50 x 80. 29 ALCOOLS. 100 x 60. 80 ATROPOS, 100 x 85. 81 JESS, 100 x 60.

HENRI HEERBRANT (1913)

82 ABóBODA. Guache e pastel. 50 x 40. 83 DENTES DE: SERRA. 32 x 25. 34 LíNGUA MORTA. 40 x 30. 85 óCULOS PRETOS. 61 x 45. M. Urvater, Bruxelles. 86 TERRA DE SOMBRA. Pastel sôbre tela. 60 x 50.

RUDOLF MEERBERGEN (1908)

87 A UNIAO ABSTRATA, 1953. 100 x 80.

86

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BÉLGICA

38 A RONDA BRANCA. 200 x 115. 39 ESPAÇO 140 x 120. 40 O VOTO. 140 x 120.

pintura

41 OS SINAIS DO HORIZONTE. 100 x 80.

MARC MENDELSON (1915)

42 CONTINUIDADE DE ESPíRITO. 57 x 105. 43 ESPAÇO HORIZONTAL. 81 x 100. 44 LIMITES DA NOITE. 155 x 170. 45 MOVIMENTO LATERAL. 92 x 73. 46 SERENIDADE AZUL. 120 x 152. M. Georges L.

Niels, Bruxelles.

ANTOINE MORTIER (1908)

47 A FUGA PARA O EGITO. 162 x 114. 48 AS CRIANÇAS PERDIDAS. 162 x 114. 49 INSPIRADO NUM NÚ. 162 x 97.

SUZANNE VAN DAMME

50 A MEMóRIA VISíVEL, 1952. 65 x 44. 51 A RONDA DOS SINAIS, 1951. 33 x 50. 52 A SURPRESA DAS LINHAS, 1953. 100 x 73. 58 O CíRCULO ENCANTADO, 1953. 110 x 95. 54 O OUTRO CLIMA, 1950. 120 x 120.

LOUlS VAN LINT (1909) 55 CALMA E DINAMISMO, 1953. 125 x 140. 56 COMPOSIÇAO, 1952. 73 x 132. 57 COMPOSIÇAO, 1953. 25 x 40. 58 PARADA, 1952. 40 x 50. 59 VERAO, 1953. 67 x 85.

87

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BÉLGICA

escultura - desenho

escultura

WILLY ANTBOONS (1911)

1 CATEDRAL HUMANA. Madeira. 160.

2 FAMíLIA. Madeira. 100.

S NASCIMENTO. Pedra branca. 100.

ROEL DBAESE

4 PASSARO. Mármore. 100.

5 SEREIA 2. Mármore. 100.

6 SEREIA 2. Mármore. 113.

(1921)

NADINE EFFRONT (1901)

7 A MULHER FLECHA, 1952. Alumínio. 180 x 80. S O PEIXE JERÔNIMO, 1952. Bronze. 35 x 15.

9 PASSARO, 1952. Alumínio. 80 x 65.

RIK WOUTERS

10 BUSTO DE JAMES ENSOR. Bronze. Coleção Ma­

dame Nel de Carniêre-Wouters, Overijse.

desenho

JAN BURSSENS (1925)

1 COMPOSIÇAO 4. Nanquim. 2 COMPOSIÇAO 5.

88

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B~LGICA

desenho - gravura

JAN COX (1919)

3 A POLPA. 64 x 90. M. Curt Valentim.

" O MURO. 69 x 102. M. Curt Valentin.

PAUL FRANCK (1918) 5 FANAL VERMELHO. Guache. 6 RADIAÇãO. Nanquim.

ANTOINE MORTIER (1908)

7 INSPIRADO NUM Nú Nanquim. 75 x 50. S MULHER EM P~. Nanquim. 75 x 50.

JAN SAVERYS (1924)

9 DESENHO 1. Giz.

10 DESENHO 2. Giz.

11 DESENHO 3. Giz. 12 DESENHO 4. Giz.

13 DESENHO 5. Giz.

14 DESENHO 6. Giz.

15 DESENHO 7. Giz.

gravura

PIERRE ALECBINSKY (1927)

1 A BOLA DE JOGO. Agua forte. 24 x 34. 2 A NOITE. Agua forte. 23 x 30. 3 A ROSA DO DESERTO, Litografia. 28 x 32. " ALGUMA COUSA DE UM MUNDO. Agua forte.

24 x 35.

89

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BÉLGICA

gravura

5 AS SOMBRAS. Água forte. 24 x 35. 6 ESCRITA. Água forte. 15 x 35.

JAN SAVERYS (1924)

7 OS GESTOS. Litografia. 28 x 32. 8 PEÇAS DE CONVICÇAQ. Água forte. 21 x 27. 9 POEMA DE DOTREMONT. Água forte. 25 x 35.

PAUL FRANCK (1918)

10 ÁGUA, TERRA E CÉU. Água forte. 11 ESTATICO, Monotipia. 12 MOURISCO. Água forte. 13 SINAL GUERREIRO. Buril. 14 TEST MULSUMANO. Água forte.

90

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B o L í V A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉ­RIO DA EDUCAÇÃO E O DIRETOR DA ESCOLA NACIONAL DE BELAS ARTES DE LA PAZ

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BOLfVIA pintura

P ela primeira vez, a pintura boliviana dese­ja apresentar-se, com um acento de auten­

ticidade, num certame internacional da mais alta categoria. As razões são claras. Nossa pintura esteve governada, até agora, pela vontade de sub­meter a realidade a estruturas estéticas, sem trans­formá-la. Não somente isso, como a própria reali­dade, diminuida por um convencional folclorismo, que limitava possibilidades, fechava o caminho ao que se apôia no substancial e afastava a arte de suas mais profundas harmonias. O movimento atual da jovem pintura boliviana contem uma ânsia de recuperação. Restitue à tarefa criadora seu ardor, e deseja vivamente expressar, com uma inspiração livre e uma lucidez maior, a integração do homem em seu ambiente e seus dramas. Nesta mostra está implíCita esta condição de alvorada. Uma no­va aurora, uma claridade poderosa no velho cená­rio de culturas primitivas, com uma profunda tra­dição artística, e onde o homem se constrói a si mesmo, sustentando-se por seu espírito, atingido pe­los altos ventos e as adversidades.

OSCAR CERRUTO

pintura

MARIA ESTBER BALLIVIAN DE PERRIN (192'7)

1 CARINHO, 1953. 92 x 75. 2 COMPOSIÇAO, 1953. 92 x 75. S FIGURAS, 1953. 92 x 75. 4 RITMOS, 1953. 92 x 75.

JORGE CARRASCO NÚRES DEL PRADO (1919)

5 COMPOSIÇAO, 1953. 100 x 70.

92

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6 COMPOSIÇAO, 1953. 100 x 70. 7 O ABRAÇO, 1953. 100 x 70. S O PEIXINHO, 1952. 100 x 70. 9 PINTURA, 1953. 100 x 70.

BOUVIA pintura

RAUL CALDERON SORIA (19Z1)

10 ABSTRAÇAO, 1953. 100 x 70. 11 ABSTRAÇAO, 1953. 100 x 70. 12 ABSTRAÇAO, 1953. 100 x 70. 18 COMPOSIÇAO, 1953. Têmpera. 60 x 45. 14 COMPOSIÇAO, 1953. Têmpera. 60 x 45.

MARIO CAMPUZANO GUERRA (1914)

15 COMPOSIÇAO, 1953. 70 x 50. 16 COMPOSIÇAO, 1953. 70 x 50. 17 COMPOSIÇAO, 1953. 110 x 74.

ENRIQUE GEUER (1918)

18 FIGURAS, 1953 Pastel. 88 x 82. 19 MONTANHAS, 1953. 109 x 86. 20 PAISAGEM, 1952. 68 x 65. 21 PAR, 1952. 108 x 92.

JOSE OSTRIA GARRON (19Z4)

22 ADOLESCEN'TE, 1952. 62 x 47. Sr. Mario Car-rasco.

28 COMPOSIÇAO, 1953. 76 x 54. 24 HORA DO ALMoçO, 1952. 62 x 47. 25 O ABRAÇO, 1953. 76 x 54. 26 TERNURA, 1953. 76 x 54.

93

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BOUVIA pintura - escultura

MARIA LUISA DE PACHECO (1920)

27 COMPOSIÇAO, 1953. 100 x 81. 28 COMPOSIÇAO, 1953. 100 x 70.

29 FIGURA, 1953. 85 x 70.

30 LAGO TITICACA, 1953. 100 x 81.

ARMANDO PACHECO PEREIRA (1910)

31 DUAS MULHERES, 1952. 87 x 68.

32 COMPObIÇAO, 1953. 66 x 51.

33 HOMENS DOS ANDES, 1952. 120 x 108.

34 NATUREZA MORTA, 1952. 51 x 76.

35 PAISAGEM, 1953. 84 x 68.

FREDY VELASCO MEDINA (1925)

36 COMPOSIÇAO, 1953. 60 x 45.

37 COMPOSIÇAO, 1953. 60 x 45.

38 COMPOSIÇAO, 1953. 60 x 45.

39 COMPOSIÇAO, 1953. 60 x 45.

escultura

FAUSTO AÓIZ

1 WANACO SALTANDO. Madeira. 23.

MARINA NÚl'lEZ DEL PRADO

2 MADONA COM MENINO. Granito negro. 68. 3 SURIMANI. Granito negro. 59. 4 URPILA. Granito negro. 59.

94

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BOlíVIA

gravura

gravura

GENARO IBA~EZ (1900)

1 ARQUEOLOGIA BOLIVIANA, 1953. Agua forte. 32 x 25.

2 COMPOSIÇAO. 1953. Xilografia. 43 x 38.

3 NATUREZA MORTA, 1953. Xilografia. 42 x 53. 4 PATIO DAS LARANJEIRAS, 1952. Agua furte.

(11 x 45.

95

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CANADÁ DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA GALERIA NACIONAL DO CANADÁ

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CANADÁ

A segunda contribuição do Canadá à Biena"t de São Paulo, a pedido de seus organizado­

res brasileiros, foi preparada dentro de uma orientação estritamente contemporânea. A t e n de, por conseguinte, às características da produção a­tual dos pintores canadenses, que corresponde tanto ao ambiente nacional como ao espírito universal de hoje. Embora esta seleção Seja amplamente repre­sentativa da arte canadense de nossos dias, deve-se levar em conta a falta de muitos nomes importan­tes, por motivo de ausência ou por estarem os ar­tistas em vésperas de partir para a Europa, beni­ficiando-se de bolsas de estudo recentemente esta­belecidas pelo governo canadense. Neste caso se encontram Alfred Pellan, o "enfant terrible" da nossa arte, nos últimos dez anos, e Stanley Cos­grove, um dos principais expoentes do "classicismo moderno". Dado o espaço de que dispomos, nlto cabe aquí uma análise, mesmo superficial, da pre­sente exposição. No entanto, devemos salientar o faio evidente da arte canadense estar agora em processo de vigoroso e rápido desenvolvimento. E' o que se comprova pelo aparecimento de novos cen­tros de arte, acompanhando o crescimento econô­mico e político de várias regiões de um país de­masiado grande e variado para comportar um único centro cosmopolita. No início dêste século, surgiu em Toronto, onde ainda sua influência se faz sentir, o Grupo dos Sete, o primeiro movimento nacional de pintura. De Toronto e cercanias provêm diver­sos dentre os principais artistas desta exposição, co­mo David MUne e Will Ogilvie, e alguns interes­santes "novos canadenses", como Jaqueline Gilson, Oscar Cahén e Kali. O segundo movimento come­çou em Montreal, por volta de 1939, e essa escola cosmopolita ainda se acha em plena atividade, tendo produzido diversos estilos, como os que aquí se apre­sentam: o surrealismo gaulês de Borduas, Bellefleur, Domouchel e Dallaire, o expressionismo germânico

9'7

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CANADÁ

de Brandtner e Muhlstock, o abstracionismo ca­racteristtco de Marian Scott e Michael Forster, e o classicismo sereno de Roberts e Jeanne Rheaume. Bem mais recente é o advento de uma nova escola de pintura em Vancouver, na costa oeste do Canadá. Aí um grupo ativo de pintores entrega-se a expe­ri~ncias mais audaciosas do que tem sido comum, no Canadá, até agora. O acento dominante nessa' arte é o frescor juvenil de visão, como se v~ nas atraentes abstrações de Binning, é também a exuberante rea­lização não-objetiva de Lionel Thomas e Takao Ta­nabe e ainda a sensivel vitalidade de MoU?! Bobak, Jack Shadbolt e Joseph Plaskett. Mas Vancouver não é o único centro de atividade. Outros interes­santes movimentos já estão se m.anifestando em outras províncias do oeste; Winnipeg contribuiu com o efervescente estilo de Richard Bowman,· e as pro­víncias maritimas prOduziram o misticismo de MUZer Britain e a precisão onírica de Alexander ColvilZe (por infelicidade ausente desta exposição). E outros há que serão sem dúvida apresentadas na próxima Bienal. Uma das revistas populares americanas que repro­duziu recentemente um grupo de pinturas cana­denses e apreciou o desenvolvimento da arte do Ca­nadá em relação com o ambiente local de saudáveZ provincialismo, terminou o seu comentário com a pergunta, "Para onde irá, agora, a arte canadense?" O provincianismo não é mais possível, e a resposta do escritor à sua própria pergunta parece a única ad­missível: "Pouco importa, para qualquer lugar .•• Numa época de rápido enriquecimento e ampZos ho­rizontes, a arte canadense poderá apresentar tõdas as surpresas".

R. H. HUBBARD

98

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CANADÁ

pintura

pintura

LÉON BELLEFLEUR (1910)

1 QUIMERAS AQUATICAS, N.o 2. 70 x 8!. 2 EQUAÇAO, FANTASMA COM FOLHAS DE

LEITE. 65,5 x 77.

BERTRAN CUARLES BINNING (1909)

3 ABASTECEDOR DE NAVIOS, 1950. óleo sôbre masonite. 79 x 63,5.

4 DÓRICO MODERNO. 1950. Óleo sôbre masonite. 79 x 63,5.

5 NAVIOS ALTOS. Óleo sôbre cartão. 120 x 5!. 6 QUATRO NAVIOS EM TEMPO INSTAVEL.

52 x 76.

MOLLY LAMB BOBAK (19ZZ)

., NATUREZA MORTA COM PASSARO COR DE LARANJA, 1951. 50 x 68,5.

8 DORA. óleo sôbre masonite. 66 x 56.

PAUL-EMILE BOURDUAS (1905)

9 PARAQUEDAS VEGETAIS, 1947. 82 x 110. 10 SEM NOME, 1949. 56 x 48. 11 SOLIDAO MINERAL, 1949. 56 x 48.

RICUARD BOWMAN (1918)

12 "KINETOGRAPH" 20, 1952. Óleo, esmalte e laca fosforescente. 101,5 x 106,5.

99

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CANADÁ pintura

18 "KINETOGRAPH" 29, c. 1953. óleo, esmalte e laca fosforescente. 142 x 106.

FRITZ BRANDTNER (1896)

14 NOITE DE INVERNO NA CIDADE. 76 x 62.

MILLER BRITTAIN (1912)

15 CABEÇA BRANCA E Cl!:U AMARELO, 1952. Gua­che. 44 x 63.

16 FIGURAS SOBRE FUNDO PRETO, 1962. Guache. 46 x 66.

OSCAR CABEN (1916)

17 "REQUIEM", c. 1953. Oleo sObre masonite. 122 :li: 92.

JEAN-PBILIPPE DALLAIRE (1916)

18 NATUREZA MORTA NUMA LAREffiA. 92 x 127.

ALBERT DUMOUCBEL (1916)

19 A DO VESTIDO DE ESMERALDA, 1953. óleo sõbre masonite. 51,5 x 75,5.

20 OS BUBOES DO SOL SE ALONGAM, 1953. 96,5 x 70.

MICBAEL FORSTER (1907)

21 COMPOSIÇAO, 1949. Oleo sõbre papel. 93 x 84,5. 22 GNOMO PARA EXCITAÇÕES, 1949. óleo sõbre

papel. 93 x 84,5.

100

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CANADÁ

pintura

JACQUELINE GILSON (1912)

2S O PINHEIRO, 1950. Oleo sôbre masonite. 50 x 61.

24 A FRUTEffiA BRANCA, 1952. Oleo sôbre maso­

nite. 77 x 51.

EDWARD JOBN BUGBES (1913)

25 FAZENDA PERTO DE COURTENAY, BRITISH

COLUMBIA, 1949. 76 x 96,5. The Vancouver Art

Gallery.

26 FILA DA CANTINA, KISKA, 1945. 101,5 x 123.

The National Gallerv of Canadá..

KALI (BANNA WEYNEROWSKI) (1918)

27 VERAO INDIANO. 73 x 91. 28 NATUREZA MORTA VERMELHA, 55,5 x 44,5.

29 VIDA DE CAMPO, 60 x 101.

DAVID MILNE (1882)

so ARVORE NO PANTANO, I, 1952. Têmpera. 37 x 51.

SI MONTANHAS COBERTAS DE MATAS, IV, 1951.

Têmpera. 36,5 x 53.5. 82 PONTOS E ILHAS, I, 1950. Têmpera. 36,5 x 45,5.

8S TENTADOR COM COSM:S:TICOS. 1952. Têmpera.

36,5 x 53,5.

LUIS MUBLSTOCK (1904)

84 a 39 PINTURAS NAO-OBJETIV AS.

101

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CANADÁ

pintura

WILLIAM A. OGILVIE (1901)

40 CREPUSCULO, BAlA DE GEORGIAN, 1953. Guache. 34 x 51.

41 NOITE, BAlA DE GEORGIAN, 1953. Guache. 38 x 56.

JOSEPH PLASKETl' (1918)

42 O ARTISTA E "MICHELMAS DAISIES". 78 x 89,5.

43 O PINHEIRO, c. 1953. óleo sôbre papel. 76 x 46.

JEANNE RHÉAUME (1915)

44 FLORES A JANELA, 1951. 89 x 68,5. 45 NÚ EM REPOUSO, 1951. 89 x 63,5.

GOODRIDGE ROBERTS (1904)

46 ARCHIE COM CAMISA AZUL. 91,5 x 61. 47 ATALHO PELA MATA. óleo sôbre masonite. 79

x 122 .

48 CICLAME NA MESA. 96 x 76.

MARIAN SCOTT (1906)

49 GR'QPO N.o 11, 1953. 51 x 66. 50 GRUPO N.o 14, 1952-3. 63,5 x 76.

JACK SHADBOLT (1909)

51 EXPLORADORES DE INSETOS, 1950. Tinta e guache. 61 x 77,5.

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CANADÁ pintura

62 LEMBRANÇA DE UM PINHEIRO, 1952. Tinta e guache. 56 x 75.

53 NO FUNDO DO MAR. 1953. Tinta e guache. 66,5 x 99.

TAKAO TANABE

54 FRAGMENTO 12: OSSO DE MONSTRO. óleo sô­bre masonite. 91,5 x 122.

55 FRAGMENTO 35. 79 x 119,5.

LIONEL THOMAS (1915)

56 LAGO NO FUNDO DE UM PRECIPíCIO, 1949. 119 x 69,5.

57 O DITADOR, 1949. 105 x 125,5. 58 OLHOS VIGILANTES, 1953. 76 x 90.

103

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C H L E DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA FACUL­DADE DE CI~NCIAS E ARTES PLÁSTI­CAS DA UNIVERSIDADE DO CHILE.

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C H I L E

O envio chileno à 1.& Bienal de São Paulo pretendeu dar uma visão de conjunto das

mais significativas creações plásticas do presente século, considerando as diversas tendências que se manifestaram entre nós. Foi assim que ali fi­guram, nas seções de pintura, escultura, desenho e gravura, representantes de estilos que continuam diretamente o espírito do século XX, ao lado de ar­tistas que se identificam com a vanguarda do pre­sente. Não se podia, pois, exigir, em tais condições, muita homogeneidade estilística. Contudo, a sele­ção de obras de escultura revelou, melhor do que a de pintura, as características comuns que, em sua diversidade, enlaçam Os numerosos componentes do vigoroso movimento chileno da atualidade, neste ra­mo da arte. Este segundo envio foi constituido baseando-se em artistas jovens, que não sàmente representam o re­sultado do ensino plástico oficial, dirigido no Chile pela Universidade do Estado, com um critério modernista, mas também o fruto de esforços indepen­dentes que, à margem das escolas, se orientam na procura de uma expressão original. Não obstante a variada procedência destes creadores, poder-se-á perceber neles a presenÇa de traços que Os ligam e que provêm dos aspectos particulares que caracte­rizam as artes plásticas chilenas. Com efeito, não houve em nosso país nenhum movimento artístico que tendesse a estabelecer uma completa indepen­dência em relação à Europa. Nada de semelhante se produziu, também, no campo geral da cultura chilena, que tradicionalmente tem estado aberta às influências do mundo exterior. Poder-se-ia dizer que a característica permanente do país é buscar sua originalidade sem forçá-la, por intermédio de um processo de intensos e livres intercâmbios cul­turais. Esperamos que o reduzido grupo de- artistas que agora expõem na 2.& Bienal de São Paulo, com-

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C H I L E

pintura

provem a intenção universalista da arte chilena e nossa profunda devoção à cauSa de confraternidade espiritual entre as nações da América.

pintura

LUIS OY ARZUN PENA Secretário da Faculdade de Ciências e Artes Plasticas e do Instituto de Extensão de

Artes Plásticas.

GRAClELA ARANIS BRIGNONl

1 INTERIOR. 108 x 87.

2 PAISAGEM, 1944. 77 x 66.

a PAISAGEM, 1944. 79 x 70.

OSCAR ARA0

JOS}t BALMES (1927)

4 A FRUTEIRA, 1953. 89 x 105.

S COZINHA A GAS, 1951. 97 x 91.

6 LAVATÓRIO DE "ATELIER", 1953. 98 x 106.

GRAClA BARRIOS (192'7)

'7 A MENINA DAS VIOLETAS, 1952. 88 x 124.

8 PESCADORES, 1952. 90 x 75.

HECTOR CACERES (1900)

9 FIGURA, 1942. 84 x 75.

lOS

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C H I L E pintura

10 LENÇO VERMELHO, 1939. 50 x 58. 11 VITRINA, 1942. 84 x 75.

SERGIO MONTECINO (1916) 12 FIGURA, 100 x 120. 13 MAGNóLIAS. 67 x 75. 14 PERFIL DE CRIANÇA. 78 x 88.

MATILDE PEREZ (1916)

15 PROJETO PARA TAPEÇARIA. 86 x 70.

ISRAEL ROA (1909)

16 CRIANÇA ASTUTA. 96 x 120. 17 CRIANÇAS NA PRAIA. 115 x 130. 18 HOMENAGEM AO CHORO. 123 x 150.

RAUL SANTELICES (1916)

19 NO PALCO. 98 x 118.

MARIA LUISA SE~ORET

20 NATUREZA MORTA. 72 x 93.

RAMON VERGARA (1923)

21 COMPOSIÇAO. 94 x 67.

REINALDO VILASE~OR (1925)

22 FIGURA COM LUVAS VERMELHAS. 74 x 84. 23 FIGURAS. 86 x 100. 24 FIGURAS NO CAno 70 x 79.

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C H I L E

escultura

escultura

LUCIA ALARCON

1 LUZ. 2 SOMBRA.

LILY GARAFULIC (1914)

3 FIGURA 4 MULHER.

SERGIO MALLOL (1922)

5 AGORA. 6 CABEÇA EM REPOUSO. 7 DAVID. 8 GINASTA. 9 MULHER E CRIANÇA.

10 FORQUILHA CINZENTA. 11 INCLINAÇAO.

desenho

JORGE SAN MARTIN

IVAN LAMBERG (1930)

1 BURLESQUE, 1952. 52 x 66. 2 ORFEO, 60 x 80. S SARABANDA, 1952. 52 x 66.

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C H I L E

desenho

LILY GARAFULIC (1914)

4 A GALINHA, 55 x 40. 5 DESENHISTAS, 1953. 52 x 40. 6 ° SONHO, 1952. 52 x 40. 7 PAISAGEM DE SANTIAGO, 1953. 52 x 40.

8 CRIANÇA, 1953. 34 x 37. 9 CRIANÇA, 1953. 32 x 41.

10 CRIANÇAS, 1953. 29 x 41.

LUCY LORTSCH

DRACO MATURANA

11 MATERNIDADE, 1953. 48 x 69.

FRANCISCO OTTA (1908)

12 SAO FRANCISCO, 1953. 41 x 52.

13 ROSTO DE VELHO, 1950. 40 x 51. 14 ROSTO ARCAICO, 1953. 41 x 52. 15 PEIXE, 1953. 45 x 5:&.

gravura

MARTA COLVIN

1 ESTUDO PARA ESCULTURA, 1. Monotipia. 2 ESTUDO PARA ESCULTURA, 2. Monotipia. 3 ESTUDO PARA ESCULTURA, 3. Monotipia. 4 ESTUDO PARA ESCULTURA, 4. Monotipia.

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c U 8 A

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c U B A

Q uando, na primeira Bienal paulista, apre­sentamos uma pequena coleção de pintura

cubana, dissemos que "na juventude em que se en­contra, deparamos com indícios de que chegará a uma vigorosa maturidade, não só através da obra dêstes poucos artistas que hoje se apresentam no Brasil, como também pelo esfôrço dos jovens que cada dia a êles se unem, com novos brios, engran­decendo assim o campo de projeção da pintura de Cuba". O novo conjunto foi ampliado para esta se­gunda ocasião, acrescentando-se valores novos, que acabam de iniciar-se com fôrça e definição pessoais. Incluiram-se também obras de dois jovens que re­presentam as diretrizes mais progressistas dentro da escultura moderna do país. Se existe uma característica geral da arte cubana, no momento, é a ausência de provincianismo, no que o têrmo significa de atraso e obstáculo a novas idéias. Na arte cubana atual há um éco constante de movimentos universais, uma repercussão de solu­ções e diretrizes de muitas outras partes. Na ilha antilhana, porém, o éco adquire nova resso­nância e se reveste de uma substância muito pes­soal. Os que conhecem de perto a obra de cada um dêstes artistas sabem que não acolhem por man­dado da moda os movimentos da arte universal mas que os adaptam gradualmente, fazendo-os e­voluir dentro de sua sensibilidade, como homens que respondem ao desenvolvimento da cultura de seu tempo. Cada obra é, pois, consequência de uma descoberta anterior, de um processo de assimilação e depura­ção de idéias universais adaptadas e transforma­das pelo ambiente cubano. Essa adaptação se efe­tua primeiro na côr, que reflete festivamente a luz das Antilhas, na constante transparência de sua atmosfera. Depois vêm sutis variações do tema nacional. Isto, mesmo nos que seguem correntes não figurativas, se

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c U B A pintura

comprova numa hábil tradução plástica de ele­mentos abstratos que às vezes se detêm na vegetação, analisando as sutis nervuras de uma folha de ma­langa e outras no caleidoscópio dos vidros colori­dos dos interiores cubanos, que lhes emprestam seu jôgo geométrico e vivaz. Dissemos, antes, ao apresentar um número reduzido de pintores cubanos, que "pode ser encontrada, na preocupação formalista de todos êles, um profun­do desdém pelo convencional, pelo anedótico; um ódio pelo superficial e turístico". A arte cubana não aborda os temas por fóra, mas por dentro, da pró­pria medula, com êsse "espírito rebelde, buliçoso e irônico", que assinalamos em nossa introdução anterior. Desta vez já o público brasileiro estará um pouco mais familiarizado com a mensagem de alegria e colorido que lhe envia Cuba com êstes pintores. Haverá, assim, uma relação espiritual um pouco maior entre os dois povos e é nisso que a Bienal terá logrado seu melhor propósito.

P i n t U T a

JOSi GOMES - SICRE Diretor do Secçõo de Artes Visuais do União Ponamericano

F. I. AZEVEDO 1 DESEMBARQUE DE COLOMBO EM CUBA, 1944.

160 x 102. José Gomes Sicre. 2 PASTORIL. 1952. 30 x 40.

CUNDO BERMUDEZ 3 SEXTETO DE HAVANA, 1953.

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CUBA pintura

MARIO CARRE~O

4 ENCONTRO INESPERADO, 1952. 131 x 200. 5 ESPAÇO NO TEMPO, 1952. 61 x 153. 6 GEMAS DE SANGUE, 1953. 106 x 79. 7 MEIO-DIA LUNAR, 1952. 79 x 61. 8 ~S FORMAS NEGRAS, 1953. 61 x 53. 9 SINFONIA EM AMARELO, 1952. 91 x 76.

10 TRóPICO DO CANCER, 1953. 106 x 79.

SANDU DARIE

11 CONSTRUÇAO, 1952. óleo sôbre madeira. 12 ESTRUTURA PITóRICA, 1950. 13 ESTRUTURA PITóRICA, 1951. 14 ANDANTE, 1952. 74 x 94.

LUIZ MARTINEZ PEDRO

15 COMPOSIÇAO EM AZUL, 1953. 71 x 50. 17 CRESCENDO, 1953. 48 x 75. 18 ESPAÇO AZUL, 1952. 90 x 75. 19 JARDIM IMAGINARIO I, 1952. 74 x 94. 20 JARDIM lMAGINARIO II, 1952. 75 x 90. 21 OPUS I, 1953. a4 x 103. 22 OPUS II, 1953. 90 x 60. 23 PAISAGEM IMAGINARIA, 1953. 75 x 90. 24 TEMPO EM AZUL, 1952. 160 x 100.

RAFAEL MORENO

25 BOM RETIRO, 1943. 70 x 63. 26 "CULATA DE LlNEA", 1944. 70 x 60. 27 O ENGENHO, 1944. 100 x 56.

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c U B A pintura

AMELIA PELAEZ Y DEL CASAL

28 FIGURA, 1949.

29 NATUREZA MORTA, 1950.

30 PESCADO, 1950.

RENI: PORTOCARRERO

31 ALTAR DE XANGO, 1953. Têmpera (plaka). 44 x 16.

32 FESTA DE BALALAO, 1953. Têmpera (plaka). 56 x 76.

33 FESTA DE COLOMA, 1953. Têmpera (plaka). 52 x 38.

34 FIGURAS NO ESPAÇO, 1953. Têmpera (plaka). 44 x 76.

35 O BAZAR, 1953. Têmpera (plaka). 52 x 38.

36 OS AVELÓRIOS, 1953. Têmpera (plaka). 45 x 31.

37 YEMA YA, 3953. Têmpera (plaka). 44 x 25.

escultura

ROBERTO ESTOPISAN VERA

1 PEIXES, 1953. Madeira. 105. 2 PESCADOR, 1953. Madeira. 80.

ALFREDO LOZANO

3 FIGURA E PAISAGEM, 1952. Ferro. 18. 4 PESCADOR, 1950. Bronze. 17.

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c U B A

desenho - gravura

desenho

RAUL M1LIAN

1 ABSTRAÇAO N.O I, 1953. Nanquim. 38 x 27.

2 ABSTRAÇAO N.o 2, 1953. Nanquim. 38 x 27.

3 ABSTRAÇAO N.o 3, 1953. Nanquim. 38 x 57.

4 ABSTRAÇAO N.o 4, 1953. Nanquim. 38 x 27.

5 ABSTRAÇAO N.O 5, 1953. Nanquim. 38 x 27.

gravura

ROLANDO LOPEZ DIRUBE

1 GRAVURA N.o I, 1953. Xilografia. 66 x 50.

2 GRAVURA N.o 2, 1953. Xilografia. 66 x 50.

3 GRAVURA N.o 3, 1953. Xilografia. 66 x 50.

4 GRAVURA N.o 4, 1953. Xilografia. 66 x 50.

5 GRAVURA N.o 5, 1953. Xilografia. 66 x 50.

6 GRAVURA N.o 6, 1953. Xilografia. 66 x 50.

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DINAMARCA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO AR­TrSTICA PARA EXPOSiÇÕES NO EXTERIOR DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DA DINAMARCA

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DINAMARCA

A arte dinamarquesa acenta numa tradição de duzentos anos, uma evolução que vem des­

de a segunda metade do século XVIII. A Acade­mia de Belas Artes de Copenhague, capital da Di­namarca, foi fundada em 1754. Desde então, exis­tiu uma arte que se sentia e se sabia dinamarquesa. Como em outros países, a arte dinamarquesa man­teve valiosos contatos com a vida artística dos gran­des países da Europa, sofrendo, sobretudo, influ­ências que lhe vinham, ocasionalmente, da França. Foi decisiva, no século XIX, a influência exercida pelo pintor C. W. Eckersberg (1783-1853). Educado na concepção e na técnica do século XVIII, con­seguiu renovar-se, após muitos anos de estudo em Paris, 1unto ao pintor J. L. David, criando uma pin­tura baseada na observação fiel da natureza e acen­tuando, ao mesmo tempo, a forma e o tom local. Teve vários discípulos e foi consagrado pai da pin­tura dinamarquesa. A arte escultórica dinamarquesa chegou mais rá­pidamente ao ponto culminante, com Thorvaldsen <1770-1844). Em Roma, então um dos centros prin­cipais da arte mundial, passou a maior parte de sua vida e foi aí que se pôs à frente da escultura, como representante do apogeu do movimento clás­sico romano. A concepção de Eckersberg da pintura, que mais do que qualquer outra contribuiu, para libertar as qua­lidades dinamarquesas, na pintura de nosso país, tornou-se uma tradição que perdurou até o fim do século. Quando esta tradião se esgotou, foram os pintores L. Tuxen (1853-1927) e P. S. Kroyer (1853-1909) que novamente procuraram em Paris uma renovação. Romperam definitivamente com a tra­dição do século XVIII e foi com êles, e os pintores que adotaram a nova concepção da pintura, que o naturalismo, comportando a descrição da socie­dade contemporânea e a pintura ao ar livre, se in­troduziu na Dinamarca. Kroyer sem dúvida tinha o gênio da pintura. Pela sua observação da luz

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DINAMARCA

vtsta como valor pitórico, e por ter sabido, melhor do que ninguém, exprimir a poesia da noite de verão nórdica, colocou-se entre os primeiros pintores eu­ropeus de seu tempo. pouco depois surgiu em Paris a pintura sintética. Esse movimento que, em 1890, se tornou conhecido pelo nome de simbolismo, manifestou-se ao redor"de Paul Gauguin. O simbolismo não tardou a divulgar-se na Dinamarca, onde encontrou na pessoa de J. F. Willumsen, pintor e escultor (nascido em 1863), um representante independente e original. Willumsen criou suas primeiras obras sintéticas durante o in­verno de 1889-90, em Copenhague, e quando, em março de 1890, foi se estabelecer por alguns anos em Paris, mergulhou, sem hesitar, no estilo e no espírito do simbolismo. As obras de pintura e es­cultura executada por Willumsen em Paris, em 1890, nô-lo mostram como uma das personalidades mais marcantes do simbolismo. Era então um re­novador, e ainda temos que render homenagem ao papel preponderante que desempenhou na evolução geral da pintura. Encontram-se, entre suas obras dêsse período, quadros que mostram, de maneira explícita a afinidade do simbolismo com o impres­sionismo, quadros nos quais realizou o principio do instantâneo. Willumsen atingiu a idade avançada de- 90 anos, produzindo sempre. Sua arte não cessou de se ba­sear na noção simbólica: não fez senão mudar de caráter, no percurso de sua longa vida, segundo os problemas artísticos a serem resolvidos e as influ­ências que lhe vinham do estrangeiro ou os acon­tecimentos cotidianos. No início do século abandonou as pesquisas simbo­lístas e a pintura estilizada para voltar á concepção clássica do renascencimento, determinada pelo es­paço em perspectiva, os planos e as formas. Todavia, em 1911, durante uma estada na Espanha, a luz ofuscante e a riqueza de côres dos países do sul levou-o a se aproximar do fauvismo, de-:Matisse

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DINAMARCA

e seus companheiros. A côr tornou-se, então, o fa­tor decisivo da sua arte, e, sob a influência de Goya e de El Greco, criou uma pintura de extases, na qual uma violenta síntese transpõe a ocorrência de que nasce a obra d~ arte para um plano de rea­lidade sobrenatural. A obra de Willumsen é variada. Entre seus motivos encontra-se a montanha. De quando em quando costumava ir aos Alpes, contemplar os cimos e neles descobrir o reflexo dos movimentos do seu íntimo, uma afirmação do caminho que procurava, voltan­do sempre reconfortado. Em 1929, Veneza revelou­se a êle. A mistura de lenda e de uma realidade existente e cheia de vida, que lá encontrou, obcecou-o, e desde então não cessou de pintar Venezas, telas em que procurou, com sua força dramática, transpor a rea­lidade (tal qual a via) para o plano do irreal. Dir­se-ia que quís pôr à prova a fôrça da imaginação, para vêr se. a fantasia e os meios artísticos mais fortes e agressivos conseguiriam mostrar-se mais possantes do que a realidade imediata e acessível a tôda gente. A arte do século XX - "a arte moderna", como a designamos - começa na Dinamarca por volta de 1908, com os pintores Harald Giersing (1881-1927), e Sigurd Swane (nascido em 1879). Esta arte en­controu sua expressão nos anos de 1916-18, época em que o expressionismo e o cubismo provocaram uma tempestade no mundo artístico dinamarquês. Entre os pintores que figuram nesta exposição, Jens Sondergaard (nascido em 1895) e Ebba Carstensen (nascido em 1885) representam o expressionismo no que êle tem de mais característico. Pela sua fatura e pelos seus assuntos, Jens Son­dergaard, ocupa um lugar preponderante nesta es­cola. Grande colorista, sabe, na sua pintura (espécie de arte regional), refletir seu país, o espírito de seus homens e de sua natureza. Mogens Zieler (nascido em 1905) distingue-se pela ironia e o humor: na sua pintura literária, orien-

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DINAMARCA

tada para o lado decorativo, empresta aos objetos uma força plástica que os realça de maneira im­pressionante. Ao encontrário de Zieler, Knud Aggen (nascido em 1895) volta-se para a pintura realista, que uma nova geração de pintores opõe ao surrealismo e à pintura imaginativa, então em voga. Entre êsses jovens pintores acha-se Henry Heerup (nascido- eni! 1907) o qual, entretanto, logo se afastou do grupo., SeuS'< quadros apresentam uma mistura estranha de abundante fantasia, de ingenuidade voluntária e grande superioridade artística. Trata-se, na nossa opinião, de uma manifestação da arte dita popular que pelo menos em nosso país, é excepcional. Poul Bjorklund (nascido em 1909) e Dan Sterup­Hansen (nascido em 1918) pertencem a geração mais jovem. Bjorklund, ora mostrando uma gran­de sensibilidade, que pode tornar-se excessiva, na sua reGeptividade diante do que observa, ora usando meios de violenta expressão, tanto pela côr como pela forma. Sterup-Hansen, pesquisador que anali­sa sempre os efeitos artísticos da côr, da forma e do espaço, orientou-se, nos últimos anos, para uma expressão abstrata, cada vez mais pronunciada. E' a Thorvaldsen que cabe a honra de haver criado o instinto seguro dos valores plásticoS: que deveriam dominar, durante todo o século XIX, a arte escul­tárica dinamarquesa. A própria geração de escul­tores, que por volta de 1880, contribuiu para a vi­tória do naturalismo, dêle tirou seu gosto dos ritmos, da medida clássica e da ,delicadeza artística. E' pre­ciso esperar o aparecimento, em 1880, de um grupo mais jovem de escultores naturalistas para se ver, graças a influências vindas da França, a ruptura definitiva de sua hegemonia. A arte escultórica tdinamarquesa do século XIX foi criada de um lado por Kai Nielsen (1882-1924), que indicou o caminho a seguir, a fim de se chegar a uma escultura em pedra, plenamente adequada à natureza da matéria e, de outro lado, por Einar Utzon-Frank (nascido em 1880), que criou uma es-

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DINAMARCA

tética metódica, no que se refere ao bronze. Pela sua atividade como professor na Academia de Belas Artes, utzon-Frank foi o escultor que, mais do que ninguém, influiu na eScultura dinamarquesa do nosso século. Entre os escultores representados nesta exposição, Gehard Henning (nascido na Suécia, em 1880Jr em virtude de sua nítida preferência pela forma espa­cial plena, é o que mais se aproxima de Kai Nielsen. Henning teve uma evolução pouco banal. A princí­pio pintor e desenhista, estreiou como escultor com peças de formato reduzido, grupo de figuras polt­crônicas que executou na Manufatura Real de Por­celanas de Copenhague. Nesses trabalhos vê-se re­nascer, com uma vida magnificamente cintilante, as graças e encantos do período rococó. Em se­guida apareceram os grupos de figuras em formato maior, nos quais, num alegre jogo de movimentos e de rítmos complexos, abandonou-se inteiramente ao seu sensualismo. Adotou, enfim, o grande for­mato e mostrou que sabe tratar com a mesma fa­cilidade espiritual a masSas pesadas, sem com isso nada perder sua fina sensibilidade diante do mo­delado da forma. Na arte dinamarquesa ninguém melhor do que êle soube exprimir, tão intimamente e de maneira! tão ersuasiva, a mulher. Johannes C. Bjerg (nascido em 1886) foi iniciado no cubismo durante seus anos de estudo em Paris, na mocidade. Foi o cubismo, com efeito, que lhe abriu os olhos para; o livre jogo dos ritmos. A estátua do Abissínio é uma das obras principais de sua geração. Adem Fischer (nascido em 1888), morou em Paris durante vinte anos, aí criando uma escultura cubista de grande interêsse. Posteriormente, culti­vou uma forma plástica menos severa, acentuando­lhe SObretudo o volume espacial. Erling Frederiksen (nascido em 1910), embora cul­tivando a escultura, é pintor. Tanto na escultura, quanto na pintura a descrição fiel da realidade o preocupa.

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SIGURD SCHUL TZ Diretor do Museu Thorvoldsen

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DINAMARCA

Sala especial

J. F. WI LLUMSEM

1 MEDO DA NATUREZA DEPOIS DA TEMPESTA­DE, N.o 2, 1916. Têmpera. 194 x 169.

2 O PALACIO LOREDAN COM O TRAGHETTO, VENEZA, 1926. 81 x 65. Propriedade do Estado.

S A PRAÇA DE SAO MARCOS, VENEZA, VISAO NOTURNA, 1929. 86 x 96.

4 O PALACIO BALBI, NO GRANDE CANAL, VE­NEZA, TEMPESTADE LONGíNQUA, A NOITE, 1930. 92 x 73. Propriedade do Estado.

5 MúSICA SOBRE A AGUA, PERTO DA PRAÇA SAO MARCOS A NOITE, 1931. 73 x 92. Proprie­dade do Estado.

6 MúSICA NA PRAÇA DE SAO MARCOS, A TARDE, 1931. 73 x 92. Propriedade do Estado.

7 O PALACIO AZUL, VISAO, 1931/35. 73 x 92. Pro­priedade do Estado.

8 AUTO-RETRATO, DE BLUSA, DIANTE DE UMA TELA NAO INICIADA, 1933. 119 x 117. Proprie­dade do Estado.

9 O PALACIO DARIO, VENEZA, 1934. 92 x 73. Pro­priedade do Estado.

10 O MONTE-BRANCO, EFEITO DE NUVENS, 1936. 126 x 151. Propriedade do Estado.

11 . NASCER DO SOL NA MONTANHA, 1936. 126 x 151. Propriedade do Estado.

12 úLTIMA LUZ SOBRE O MONTE-BRANCO, 1938. 126 x 150. Propriedade do Estado.

13 BRUMAS E PLACAS DE NEVE NAS MONTANHAS, 1938. 136 x 150. Propriedade do Estado.

122

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DINAMARCA pintura

SALA GERAL

pintura

KNUD AGGER (1895) 1 AGRUPAMENTO, 1949. 122 x 66. M. Sten Agger,

Herlev. 2 DIANTE DA LAREffiA, 1951. 133 x 112. M. Aage

H. Joergensen, Esbjerg. 3 MULHER COM CHAPltU PRETO, 1939. 120 x 70.

Margrethe Hagner, Vejle. 4, O FAROL DE HEOJEN, 1934. 102 x 120. Musée

de Skagen. I) RETRATO DE UMA LAREIRA, 1951. 102 x 120.

Musée de Skagen.

POUL BJOERKLUND (1908) 6 AGRUPAMENTO SOBRE UM TAMBORETE DE

ESCULTOR, 1953. 70 x 95. M. Ib Andersen, Co­penhague.

7 AUTO-RETRATO, 1950. 120 x 70. M. Ib Ande\"­sen, Copenhague.

g MULHER DOS BOSQUES, 1948. 145 x 70. 9 RETRATO DE KIRSTEN BJOERKLUND, autor,

1949. 145 x 70. Margrethe Hagner, Vejle.

EBBA CARSTENSEN (1885)

10 A NOITE, 1952. 135 x 115. 11 INTERIOR DE UMA FLORESTA, 1949. 135 x 115. 12 POR DO SOL, 1952. 135 x 160.

123

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DINAMARCA

pintura

HENRY HEERUP (1907)

13 ADORAÇAO, 1952. 56 x 78. 14 DUENDE COMPLEXO, 1950. 71 x 95. 15 FEITICEIRA BATENDO NUM MENINO, 1952.

72 x 83. 16 QUADRO ABSTRATO, 1950. 103 x 118. 17 VELHA VENDEDORA ESPANHOLA, 1952. 71 x

95.

JENS SOENDERGAARD (1895)

18 DOMINGO, 1951. 150 x 135. 19 HOMEM E MULHER ANDANDO, 1951. 135 x 140. 20 MULHER EM p:G; E MULHER SENTADA, 1949.

159 x 110. 21 PAISAGEM DE INVERNO, 1946. 136 x 153. 22 PRIMAVERA, 1948. 141 x 153.

DAN STERUP-HANSEN (1918)

23 AGRUPAMENTO, 1946. 70 x 100. M. Knud Nelle­mose, Copenhague.

24 AGRUPAMENTO AMARELO, 1948. 60 x 70. M. Albert Knudsen, Copenhague.

25 AGRUPAMENTO AO SOL, 1948. 80 x 100. 26 O PIANO, 1948. 47 x 61. M. Ellegaard Chr1sten­

sen, Skagen. 27 PEQUENO RETRATO DO ARTISTA, 1948. 30

x 40. M. Knud Nellemose, Copenhague.

MOGENS ZIELER (1905)

28 A FLORESTA MORRENDO, 1943. 84 x 58. M. I. Zieler, Copenhague.

29 CAVALHEIROS VERMELHOS, 1952. 48 x 92. 30 FUGA NOTURNA, 1953. 90 x 122.

124

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DINAMARCA pintura - escultura

31 OS MEUS, 1952. 120 x 68. 32 REUNIAO NO ATELIER, 1947. 92 x 120. M. I.

Zieler, Copenhague.

escultura

JOHANNES C. BJERG (1886)

1 O ETíOPE, 1914. Bronze. 185. 2 O VENCEDOR. Bronze dourado ao fogo, plinto e

pedra. M. Chr. Kampmann, Copenhague. 3 POMONA, 1948. Bronze. 190.

ADAM FISCHER (1888)

4 JOVEM CRETENSE, 1953. Grés chamotado polí­cromo (Saxbo). 132.

5 PEPITA, busto em Grés chamotado polícromo. 54. 6 SENHORA, 1942. Grés chamotado policromo. 6!l.

M. G. A. Hagemann, Bersjoeholm, Suécia. 7 SICILIANA, 1952. Terra-cota. 44.

ERLING FREDERIKSEN (1910) 8 CABEÇA DE GATO, 1939. Bronze. 20,5. 9 ELLEN, 1952. Bronze. 38.

10 ERNA, 1934. Bronze. 78. 11 UFFE, 1946. Bronze. 23.

GERHARD HENNING (1880)

12 MoçA, 1936. Bronze. 42. 13 MOÇA DEITADA, 1936. Bronze. 34. 14 MoçA EM Plt, 1948. Bronze. 21,4. 15 RAPTO A CAVALO, 1930. Bronze. 59.

125

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E G T O DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MU­SEU DE ARTE MODERNA DO CAIRO

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E G I TO

pintura

pintura

ZEINAB AB DEL HAMlD (1919)

1 FEIRA EM TOLEDO. Aquarela sôbre cartão. 80 x 61.

2 PORTO DE MALAGA. Aquarela sôbre cartão. 80 x 61.

B. ABDALLAB (1917)

3 COMPOSIÇAO N.o 1. 100 x 81. 4 COMPOSIÇAO N.o 2. 100 x 81.

C. BADARO (1913)

Õ AS DUAS AMIGAS. óleo sôbre madeira. 86 x 72.

E. BRANDANI

6 RETRATO. óleo sôbre cartão. 40 x 52.

SIMAIKA BURCBARD (1908)

7 A CRECHE DE SAINT ROCHE. óleo sôbre ma-­deira. 100 x 80.

S A NOIVA DE SIDI MOBARE. óleo sôbre madei­ra. 85 x 65 .

9 FELLAHA DE SAWAGUI. óleo sôbre madeira. 100 x 75.

10 SOB O Cl!:U DE PARIS. óleo sôbre madeira. 95 x 80.

127

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EGITO

pintura

M. CANAAN (1919)

11 O Bl!:BADO. óleo sôbre cartão. 55 x 71.

A. DE RIZ (1908)

12 O MORTO. Óleo sôbre cartão. 35 x 45.

WANLY EDHEM (1909)

18 O CAMARIM DAS BAILARINAS. óleo sôbre cartão. 50 x 70.

14 OS SALTIMBANCOS. óleo sôbre madeira. 78 x 61.

NAGUI EFFAT (1904)

15 JOVENS. Guache. 115 x 94.

I. EFLATOUN (1924)

16 DESCENDENTE DE HATCHEPS~. Óleo sôbre madeira. 50 x 30.

1'7 PAISAGEM. 50 x 65. 18 TECELOES DE NAGADA. 65 x 110.

EL GAZZAAR (1925)

19 O LOUCO VERDE. Óleo sôbre vidro.

EETAMAD EL TARABOULSY 20 PRAIA SIDI BICHR. 60 x 70.

TAHIA HALIM-ABDALA (1919)

21 MATERNIDADE. 100 x 81.

128

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E G I T O pintura

E. BAMMOUDA (1919)

22 A ILHA FELIZ. 92 x 73. 23 IGREJA COR DE LARANJA. 100 x 81. 24 PAISAGEM AZUL. 92 x 73.

BAMED NADA (1924)

25 OS PASSAROS. óleo sôbre vidro. 26 RETRATO DA STA. I. FAHMY. Óleo sôbre car­

tão. 100 x 70.

27 RETRATO DE PHILIP D'ARCHOT. óleo sôbre cartão. 100 x 70.

G. PUZANT 28 MULHER AGACHADA. óleo sôbre cartão. 50 x 40.

AYAD RACHEB

29 EM DIREÇAO DO MATADOURO. Guache sôbre vidro. 80 x 60.

30 FLIRT ENTRE CAMELOS. Guache sôbre vidro. 55 x 75.

31 PROCISSAO. Guache sôbre vidro. 80 x 60.

SAMIR RAFFI (1926)

32 . LUA DO EGITO. Óleo sôbre cartão. 33 SUDANISTA COM PEIXES. Óleo sôbre cartão.

WANLY SEIF EL DINE (190'7)

34 FLAUTISTA. óleo sôbre madeira. 60 x 80.

129

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E G I TO

pintura

35 PESCADORES NO LAGO D'EDKOU. óleo sôbre

madeira.

OAZBIA SERRI (1925)

36 AS DUAS MULHERES. óleo sôbre madeira. 99 x 73.

87 O DIA DE LIMPEZA NA ITALIA. óleo sôbre

cartão.

88 OS ESCRAVOS DO CANAL DE SUEZ. óleo sôbre

cartão.

YOUSSEF SIDA (1922)

39 "CANDY DOLL". óleo sôbre cartão. 70 x 60.

40 .. OLDMAN RIVER". óleo sôbre cartão. 50 x 60.

CARLOS SUARES (1892)

41 A COROAÇAO DA VffiGEM. óleo sôbre madei­

ra. 56 x 47.

42 O SANTO. óleo sôbre madeira. 58 x 39.

E. O. TERNI (1900)

43 O ETERNO FEMININO. 81 x 61.

K. YOUSSEF (1923)

44 BAHLOUL. óleo sôbre cartão. 100 x 70.

45 OS GALOS AZUIS. óleo sôbre cartão. 100 x 70.

130

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E G I TO

escultura

escultura

GABY CREMlSI

1 CABEÇA.

MAHMOUD MOUSSA (1913)

2 MATERNIDADE.

desenho

EL GAZZAAR (1925)

1 o CEIFEIRO AZIZA. Colorido sôbre vidro.

SUZY GREEN -VITERBO (1905)

2 "MOULED" 50 x 70.

131

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ESPANHA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA "BIENAL HISPANOAMERICANA DE ARTE", DE MADRI

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ESPANHA

E mbora a parte da Espanha, na arte con­temporânea, seja das que não precisam ser

realçadas, pois uma resenha dos movimentos cha­mados de vanguarda confere ao nosso país um lugar de primeiro plano, é curioso que, entre os múltiplos "ismos", nenhum pode ser considerado. es­pecificamente espanhol. Talvez porque a indomável independência espanhola foge dos marcos normati­vos, talvez porque o proverbial individualismo ibérico é o que menos obedece a uma diSCiplina de escola. Na realidade, o fenômeno é contrário: pOis se não são os espanhóis amigos de uma ordem severa, pode suceder que, em sua marcha para a aventura, se ve-1am logo seguidos por estranhos, e despertem com uma escola atrás: de si. Cubismo, futurismo, expres­sionismo, "fauves", purismo e pintura metafísica são movimentos, são têrmos que imediatamente aplica­mos à arte de tal ou qual país, mesmo que traços dessas escolas possam agitar-se entre artistas de tô­das as partes. Por outro lado, não é por mera coin­cidência que se a subversão artística da Europa de há oitenta anos atrás teve que surgir dos G01las, do Museu do Prado, não é casual que entre os nomes principais dos movimentos de vanguarda - de Juan Gris a Pfcasso, a Miró, a Dalí e a tantos mais - se encontrem, em sua maioria, os espanhóis. Insubor­nàvelmente espanhóis, qualquer que se1a sua resi­dência, seu renome e o tropel de seus seguidores. Não era fácil, pois, apresentar em São Paulo uma determinada escola espanhOla. E apresentar êsses grandes nomes, parecia tarefa ociosa, não tanto pe­lo fato de quase nenhuma obra estar em nossas mãos quanto por serem figuras já do conhecimento de todos, pioneiros que, com sua personalidade, rea­lizaram o movimento mundial contemporâneo. Como organizadores da Bienal Hispanoamericana de Arte, e graças à frutífera colaboração iniciada com a Presidência da Bienal paulista, devíamos le- . var em conta os resultados de nosso primeiro cer-

133

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ESPANHA pintura

tame, celebrado em Madri e Barcelona, no Inver­no de 1951-52, como expoente da atividade artística em nossa pátria. Nossa seleção é encabeçada pelo escultor Rebull e .0 pintor Benjamin Palencici, vencedores de nossos grandes prêmios. Com êles formam a ala de honra o mestre Vázquez Díaz, distinguido com o grande prêmio para a obra completa de um artista e o escultor Angel Ferrant. Devido complemento dessas figuras e prova da con­tinuidade da nossa Bienal, não podiam faltar nessa lista as jovens gerações que, em Madrid e Barcelona, em Zaragoza, em Bilbao e por todo o âmbito hispâ­nico, vêm suscitando a atenção do público. As via­gens de' estudo pelo estrangeiro, a preparação· das exposições periódicas individuais, a contribuição às exibições internacionais cada vez mais frequentes, privaram-nos, talvez, da inclusão de alguns dos jo­vens mais cotados e interessantes. Contudo, o con­junto que apr~sentamos reflete com bastante exatt­dão as diversas tendências da arte que praticam nossos jovens, e a documenta, de certo modo,' com seus valores mais significativos, demonstrando, ao meSmO tempo, que a tão falada divergência entre a arte central e a arte periférica da Espanha não vai além da aparência, do estilo. Se outróra a lição do Prado pôde constituir um grupo à parte dos pintores madrilenhos, hoje o livro do Museu de Montjuich, aberto a todo o mundo por um Picasso e um Miró, demonstra até que ponto são fieis à sua clara raiz ibérica os artistas jovens de tôda a Espanha.

JUAH RAM6H MASOLlVER Secretório Gerol Delegodo da Bie­nal Hisponoamericana de Arte.

13<1

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pintura

1 CACHORRO, 1953. 117 x 95. 2 MENINA, 1953. 61 x 81. S PALHAÇO, 1952. 100 x 81.

ESPANHA pintura

MARCOS ALEU

4 SOLTANDO PASSAROS, 1953. 193 x 160. 5 TOCADOR DE ACORDEON, 1953. 100 x 130.

6 CABAÇAS. 7 CASTELA. 8 FóSSEIS. 9 O GRANDE FóSSIL.

10 O MONSTRO.

FRANCISCO ARIAS (1911)

SALVADOR AULESTIA (1916)

11 ECTOPLASMAS LUNARES, 1952. 73 x 92. 12 GINETE, 1953. 73 x 60. 1S INTERIOR DE UMA CASA DESHABITADA,

1950.· 60 x 72. 14 METAGNOSIA VEGETAL, 1953. 100 x 81. 15 NATUREZA MORTA, 1953. 61 x 50.

Jose CABALLERO (1915) 16 INTERIOR COM OBJETOS, 1953. 17 INTERIOR COM CADEIRA, 1953. 18 MULHERES ASSOBIANDO PARA ATRAiR O

VENTO, 1950. 19 O FANTASMA DA DUQUESA DE ALBA E UM

CAVALO DE FEL, 1951. 20 PAISAGEM MARíTIMA, 1953.

135

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ESPANHA

pintura

MODESTO CIRUEWS (1925)

21 FIGURA EXóTICA, 1949. 51 x 65. 22 FIGURA SENTADA, 1949. 51 x 65. 23 JOGRAL, 1949. 60 x 73. 24 NATUREZA, 1951. 50 x 40. 25 NO, 1950. 73 x 60.

F. FORNELLS-PLA (1921)

26 COMPOSIÇAO, 1952. 73 x 92. 27 FIGURA, 1952. 73 x 92. 28 PERFIL, 1952. 54 x 65.

LUIS GARCIA OCHOA (1920)

29 A CASA BRANCA, 1951. 110 x 90. 30 ALDEIA CASTELHANA, 1951. 110 x 90. 81 ACAMPAMENTO, 1951. 110 x 90. 82 AVENIDA EM MADRt, 1951. 110 x 90. 33 JARDIM BOTANICO, 1952. 110 x 90.

JOSI: BURTUNA (1913)

84 COMPOSIÇAO COM FLORES, 1952. 65 x 92. 85 "CORTIGIANA", 1953. 65 x 92. 36 JtGLOGA, 1951. 100 x 81. 87 LEITURA, 1952. 100 x 81. 38 PRIMAVERA, 1953. 65 x 92.

JUAN GUILLERMO (1916)

89 CONCURSO HíPICO, 1952. 100 x 85. 40 EIRAS DE JADRAQUE, 1952. 100 x 81. 41 IGREJA DE JADRAQUE, 1952. 62 x 96. 42 PANORAMA DE JADRAQUE, 1952. 100 x 81. 4S VELHA ESTAÇAO, 1952. 100 x 85.

136

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ESPANHA pintura

ANTONIO LAGO RIBERA 44 CASTELA.

SANTIAGO LAGUNAS (1912) 45 A FLORESTA, 1950. 146 x 83. 46 ANJO CAíDO, 1950. 160 x 100. 47 "ERINNERUNG", 1950. 77 x 58. 48 NOTURNO, 1950. 204 x 139. 49 VIOLENTO-IDíLICO, 1850. 81 x 100.

MANUEL MAMP ASO (1924)

50 AZUL. 51 COMPOSIÇAO. 51 a VERDES E R:S:DES, 1951. 52 VERMELHO.

MANOLO MILLARES

53 ABORíGENE DE BALI, 1952. 61 x 50.

M ABSTRAÇAO MARíTIMA, 1952. 61 x 50.

GREGORIO DEL OLMO

55 AUTO-RETRATO.

56 FIGURA EM VERDE.

57 NÚ.

58 PAISAGEM.

59 RETRATO. Propriedade particular.

BENJAMiN PALENCIA

60 AMANHECER NO MOINHO.

61 ARBUSTO FLORIDO.

62 CAMINHANTE, 1952.

63 CARVALHOS, 1951.

64 CASTELA, O V ALE DE AMBL:s:B.

137

(1927)

(1921)

(19OZ)

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ESPANHA

pintura

65 INTERIOR DE MEU MOINHO. 66 NATUREZA MORTA COM P:tSSEGOS, 1951. 67 OS CHOUPOS, 1950. 68 PAISAGEM COM CESTA DE AMORAS. 69 PAISAGEM DA NUVEM BRANCA. 70 SERRA DE MALAGA. 71 VISTA DE TOLEDO, 1953.

ENRIQUE PLANASDURA

72 COMPOSIÇAO 1.001, 1953. 190 x 114.

78 COMPOSIÇAO 1.002, 1953. 190 x 114.

74 COMPOSIÇAO 1.003, 1953. 190 x 114.

75 COMPOSIÇAO 1.004, 1953. 190 x 114.

76 COMPOSIÇAO 1.005, 1593. 190 x 114.

(1921)

ISABEL PONS 76 a FUNERAL BAIANO A UMA NATUREZA MORTA,

1953.

AGUSTtN REDONDELA (1922)

77 CENA DE TOURADA. 78 HERNANI 79 HOMEM ARRUMANDO CASAS. 80 NATUREZA MORTA COM MELANCIA. 81 PAISAGEM DA IGREJA.

RAMÓN ROGENT (1920)

82 A CADEIRA DE BALANÇO. 1951. 65 x 81.

88 ABRAÇO, 1952. 81 x 100.

M CANTORES NEGROS, 1952. 61 x 50.

85 FAMíLIA, 1953. 85 x 81.

86 PORTO MEDITERRANEO, 1950. 54 x 46.

138

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ESPANHA

pintura

SANTl SURÓS (1909)

87 "l!:CURIE". 92 x 65.

88 JOGADORES DE CARTAS. 100 x 81.

89 MONTANHA. 81 x 85. 90 PIEDADE. 100 x 65. 91 nNIA VEGETAL. 81 x 60.

ANTONIO TAPIES (1923)

92 ALENTO NOTURNO. 130 x 97. 9S ASIA, 1951. 100 x 81.

94 O FOGO ENCANTADO, 1950. 73 x 92. 95 OS HOMENS, 1951. 130 x 97. 96 O TOURO, 1951. 100 x 81.

97 MÚSICO, 1953. 98 "CHIA", 1953. 99 PASSARO, 1953. 100 PINTURA 1953.

ANTONIO R. VALDIVIESO

DANIEL V AZQUEZ DlAZ (1882)

101 CASAS DO PAíS BASCO, 1927. 102 JUAN GRIS, 1906. lOS MINHA JANELA PARA O JARDIM. 104 O ATELIER DE JUAN GRIS, 1912. 105 O BIDASOA. 106 O POETA ADRIANO DEL VALLE DE ITALICA. 107 RETRATO DO PINTOR WINTHUYSEN, 1933 .

• 108 UNAMUNO, 1920.

139

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ESPANHA escultura

escultura

ANGEL FERRANT (1891)

1 ESTATICO TRANSFORMAVEL, 1953. Ferro e madeira. 300. Museo Nacional de Arte Contem­poraneo, Madri.

2 METAMORFOSE DO PERSONAGEM EM SEU AMBIENTE, 1952. Pastas pol1cromas sôbre madei­ra. 94.

8 MoÇAS ABRAÇADAS, 1952. Pastas policromas.

25. 4 MULHER DE cmco, 1952. Pastas policromas,

53. I) MURAL TRANSFORMA VEL, 1952. Cortiça e ma­

deira. 150. 6 Nú SOBRE VERDE, 1952. Pastas polícromas Sô­

bre madeira. 86. "I POSIÇOES DE UM MAMíFERO, 1953. Madeira.

100.

CARLOS FERREIRA (1914)

8 CRANEO, 1953. Mármore. 35. 9 FECUNDAÇAO. Mármore. 48.

10 HOMENAGEM AOS ESCULTORES GREGOS. Es­tuque. 250.

11 TORSO. Estuque. 110. 12 TORSO. Pedra. 50.

EUDALDO SERRA (1911)

18 AS TR:a:S GRAÇAS. 1953. Grés metalizado. 40.

140

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ESPANHA escul tura

14 BISONTE, 1952. Grés metalizado. 40. 15 CENTAURO, 1953. Grés metalizado. 140. 18 TORSO, 1939. Bronze sôbre mármore. 65.

JOS~ Ma. SUBIRACHS (19Z7)

17 A MULHER DE LOT, 1935. Estuque. 90. 18 CHORONA, 1953. Terra-cota. 65. 19 HOMEM E MULHER, 1953. Terra-cota. 42. 20 MATERNIDADE, 1953. Terra-cota. 43.

JUAN REBULL (1899)

21 CABEÇA. Bronze. 40. CoI. G. Mat, Barcelona. 22 "CABEÇA DE BILHA". Bronze. 60. CoI. E. Isem

Dalmau, Barcelona. 2S CONCHA, 1951. Pedra de Paris. 40. U CRISTINA, 1953. Alabastro. 60. Col E. Isem

Dalmau, Barcelona. 25 ELVIRETA, 1950. Pedra de Paris. 60. Col. Sra. J.

Jover, Barcelona. 28 "LA PASTORETA", 1951. Bronze. 140. Cidade de

Reus (Tarragona). 21 NU RECLINADO, 1950. Bronze. CoI. Victor de Im­

bert, Barcelona.

141

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ESTADOS UNIDOS DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MU­SEU De ARTE MODERNA DE NEW YORK

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ESTADOS UNIDOS

N a 1.a Bienal os Estados Unidos foram repre­sentados por uma ampla exposição cole­

tiva, que abrangeu a obra de cinquentá e oito pin­tores, escultores e gravadores. Embora em absoluto não fosse completa, essa exposição apresentou uma breve introduÇ.ão à. arte do Século XX, nos Estados Unidos. Se, em 1951, a secção norte-americana podia ser considerada uma visão panorâmica, êste ano nossa representação caracteriza-se por uma série de "cLo­se-ups". Porque, atendendo à sugestão da Direto­ria da Bienal, reduziu-se o número de artistas par­ticipantes a fim de se aumentar o número de obra representativas de cada um. Acolhemos com pra­zer êste pedido da Bienal, pois o Museu de Arte Moderna de New York acredita que esta forma de exposição, selecionada e concentrada, é a que me­lhor serVe aos interêsses do artista, quando êste se apresenta a um público não familiarizado com a sua obra. 2ste mesmo critério orientará nossas se­leções para as futuras Bienais, embora artistas ho­je apresentados numa técnica ou gênero artísticos, possam amanhã ser apresentados em outro. Espe­ramos que, dêste modo, o conhecimento de nossos artistas, no estrangeiro, será grandemente ampliado e aprofundado. 2ste ano dezesseis artistas repre­sentados com pinturas, desenho ou gravura, foram escolhidos para ilustrar a variedade de estilos e pontos de vista que caracterizam a arte contempo­rânea dos Estados Unidos. 2ste grupo inclue tan­to artistas já famosos, quanto jovem ainda no iní­cio de suas carreiras. O mais velho dentre êles é o realista Bem Shahn:. (nascido· em 1898) que, desde 1930, tem sido um crítico observador da nossa so­ciedade. Os mais moços são Corbett (nascido em 1919), e Glasco (nascido em 1925), dois talentos al­tamente independentes, que apareceram depois da guerra. Baziotes, de Kooning, Tomlin e Mother­well, embora possam diferir no seu estilo pessoal,

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ESTADOS UNIDOS

Alexander Calder

são todos expoentes do "expressionismo abstrato", uma nova tendência que, surgindo pouco antes da guerra, continua ainda ho1e a angariar adeptos. Outras modalidades de expressionismo ,ão ilustra­das por Bloom, um dos mais talentosos membros da Escola de Boston, e também por Lebrun, que mora e trabalha no litoral oeste. Nos últimos anos as artes gráficas vêm sendo ex­ploradas, nos Estados Unidos, com incomparável vi­gor e interêsse. A seleção de gravura dêste ano apresenta uma idéia do nível de seus estilos e processos. Além da representação coletiva, a Diretoria da Bie­nal pediu-nos uma exposição mais significativa de um artista de primeiro plano. Assim sendo, orga­ntzámos uma exposição individual do escultor Ale­xQ,nder Calder, cu1as raras qualidades criadoras 1á Zhe deram fama internacionl. O Museu de Arte Modern de Nero York tem o pra­zer de colaborar, novamente, nêste terreno de in­tercambio cultural, principalmente porque nossa contribuição à 1. a Bienal foi precursora de um pro­grama oficial de exposições de alcance internacio­nal, que o Museu de Nero York iniciou êste ano.

RENE' D'HARNONCOURT Diretor do Museu de Arte Moderna de New York

Solo especial

AlEXANDER CAlDER

1 CAVALO, 1928. Escultura em madeira. 39,4. Mu­seum of Modem Art, New York.

2 PASSARa, 1928. Fio de arame. 28, Museum of Modem Art, New York.

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ESTADOS UNIDOS

Alexander Calder

3 PORCA, 1928. Fio de arame. 43,2. Museum of Modem Art, New York.

4 ACROBATAS, 1929. Fio de arame. 83,8. Contem­porary Arts Associat1on of Houston, Houston, Texas.

5 TOTEM, 1929. Escultura em madeira. 165,I.

6 AQUARIO, 1929. Fio de arame. 47,7. Mrs. Ph1lip Clafin, Poughkeepsie, New York.

"I JOSEPHlNE BAKER AZTECA, 1930. Fio de arame. 152,5.

8 CAÇA0, 1930. Escultura .em madeira. 80.

9 PEQUENO UNIVERSO, 1931. Construção de arame. 90,2.

10 PLUMAS, 1931. Mobile fixo. 100,3.

11 "CALDERBERRY BUSH", 1932. Mobile fixo. 203,4. Mr. and Mrs. James Johnson Sweeney, New

York. 12 ARCO DUPLO E ESFERA, 1932. Berkshire

Museum. 13 CíRCULOS E ESFERAS, 1932. Mobile fixo. 156,8.

14 DANÇARINOS E ESFERAS, 1936. Mobile moto-rizado, 72,4.

15 GmRALTAR, 1936. Stabile. 132.

16 CORDA ESTICADA, 1937. Mobile fixo. 274,3.

17 A BALEIA, 1937. Stabile. 198. Museum of Mo­dem Art, New York.

18 GRANDE ARANHA, 1939-40. Mobile fixo. 259. Herbert Matter, New York.

19 MOD:&:LO PARA ANIMAL PRETO, 1940. Stabile.

77,5.

20 CINCO FOLHAS, 1940. Mobile fixo. 223,6.

21 ESTR:&:LA DA MANHA, 1943. Stabile. 203,2.

145

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ESTADOS UNIDOS

Alexander Calder

22 QUATRO PENDULATI, 1943. Mobile motorizado. 94.

23 O RATO, 1945. Mobile fixo. 45,1. 24 O VERMELHO DOMINA, 1946/47. Mobile fixo.

156,2. 25 1 VERMELHO, 4 PRETOS MAIS X BRANCOS,

1946-47. Mobile suspenso, 678,4. 26 TRAÇAS lII, 1948. Mobile fixo. 132,1. 27 FAIA NEGRA, 1948. Mobile fixo. 98,7. Curt Va­

lentin Gallery, New York. 28 TORRE BIFURCADA, 1950. Construção mural,

204,4. Curt Valentin GalIery, New York. 29 LíRIO VERMELHO, 1950. Mobile fixo. 276,8. 30 CONSTELAÇAO, 1950. Construção mural. 99.

Curt Valentin Gallery, New York. 31 32 DISCOS, 1951. Mobile fixo. 243,9. Curt Valen­

tin Gallery, New York. 32 GRANDE GONGO VERMELHO, AMARELO E

AZUL, 1951. Mobile suspenso. 309,8. 33 LAOCOONTE, 1952. Mobile fixo. 231,2. 34 VIUV A, 1952. Mobile fixo. 213,4. Curt Valentin

Gallery, New York. 35 NOVO VELHO UNIVERSO, 1953. Mobile suspenso.

191,9. Curt Valentin GalIery, New York.

36 POLíGONOS DUPLOS VERMELHOS, 1953. Mobile suspenso. 236,2. Curt Valeritin Gallery, New York.

37 HASTE AMARELA COM PEDRA, 1953. Mobile fixo. 129,5. Curt Valentin· Gallery, New York.

88 TR:t!:S TRIANGULOS, 1953. Stabile. 59,7. Curt Valentin Gallery, New York.

39 53 PONTOS PRETOS, 1953. Mobile suspenso. 1'72,7.

146

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ESTADOS UNIDOS

Alexander Calder - pintura

40 AHAB, 1953. Mobile suspenso. 376. 41 S DE LATAO, 1953. Mobile fixo. 47. Curt Valen­

tin Gallery, New York. 42 TRIANGULO PRETO, 1953. Mobile fixo. 49,5. Curt

Valentin Gallery, New York. 43 BASE VERMELHA, 1953. Mobile fixo. 33. Curt

Valentin Gallery, New York. 44 PEQUENO MOBILE PARA CANTO DE MESA, 1943.

Mobile giratório. 55,9. Curt Valentin Gallery, New York.

45 MOBILE BRANCO. 150. Museu de Arte Moderna, São Paulo.

SALA GERAL

pintura

WILLIAl\1 BAZIOTES (1912)

1 A REDE, 1953. 50,2 x 102,3. Kootz Gallery, New York.

2 ESP:a;LHO DA NOITE, 1947. 121,9 x 152,4. Mrs. D. RockefeIler, 111, New York.

S FANTASMA, 1951. 152,4 x 183,5. Kootz Gallery, New York.

4 FANTASIA LUNAR, 1952. 121,9 x 91,5. Mrs. Ber­bard Gimbel, New York.

6 NOITE NA FLORESTA, 1953. 182,8 x 91,4. Stanley J. Wolf, Great Neck, New York.

HYMAN BLOOM (1913)

6 A NOIVA, 1941. 51,5 x 126,4. Museum of Modern Art, New York.

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E 5 T A O O 5 UN I DOS pintura

"I A SINAGOGA, 1940. 165,7 x 118,7 Museum of Mo­dem Art, New York.

8 CADAVER FEMININO VISTO DE COSTAS, 1947. 172,6 x 91,4. Durlacher Brothers, New York.

9 MAPA DO TESOURO, 1945. 106,7 x 81,2. Addison Gallery of Amerlcan Art, Phillips Academy, Ando­ver, Massachussets.

10 O RABINO, 1947. 127 x 91,4. Mr. and Mrs. Earle Ludgin, Chicago, minois.

WILLEM DE KOONING (1904) 11 DUAS MULHERES, 1952. Pastel. 45,7 x 53,3. Sid­

ney Janis Gallery, New York. 12 MULHER E BICICLETA, 1952-53. 194,3 x 124,5.

Sidney Janis Gallery, New York. 13 ORESTES, 1947. 65,7 x 94. Mr. John Stephan,

New York. 14 PINTURA, 1951-52. 76,2 x 96,5. Dr. Jack Green­

baum, New York. 15 SEXTA-FEIRA NEGRA, 1947. 137,1 x 96,5. Mrs. H.

Gates Lloyd, Haverford, Pennsylvania. De uma série de estudos sóbre o tema da Cru­

cflicaç40: 16 CARRASCOS, 1949. Duco. 91,4 x 204. Jacques

Sel1gman & Co., New York. 1"1 FIGURAS SOBRE A CRUZ COM LANTERNA, 1950.

Duco. 243,9 x 121,9. Jacques Sel1gmann & Co., New York.

18 MORTALHA SOBRE O BRAÇO DA CRUZ, 1950. Duco. 91,5 x 306. Jacques Sel1gmann & Co., New York.

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ESTADOS UNIDOS

pintura - desenho

Estudos de animais para a armadura dos sol­dados:

19 MATA-MATA, 1948. Caseina. 62,2 x 79,9. Mrs.

Rico Lebrun, Pasadena, Cal1fornia. 20 FIGURA ENCOURAÇADA, 1950. Duco. 30,5 x 91,4.

Donald and Esther Bear Collection, Santa Barbara, Califomia.

BRADLEY WALKER BOMLIN (1899-1953)

21 NúMERO 5, 1952-53. 206 x 116,9. Mrs. Betty Par­sons Gallery, New York.

22 NúMERO 6, 1951. Betty Parsons Gallery, New York.

23 NúMERO 9, em louvor de Gertrude Stein, 1950. 124,5 x 259,1. Mrs. John D. Rockefeller In, New York.

24 NúMERO lO, 1952-53. 182,9 x 259,1. Munson-Wil­liams-Proctor Institute, utica, New York.

25 NúMERO 13, 1952-53. 116,8 x 90,2. Betty Parsons Gallery, New York.

desenho

EDWARD CORBETT (1919)

1 NúMERO 5. Giz. 66 x 50,9. Grace Borgenicht Gallery, New' York.

2 NUMERO 11: Giz. 88,4 x 57,8. Museum oí Mo­dern Art, New York.

3 NúMERO 15. Giz e caseina. 68,5 x 35,5. Museum oí Modem Art, New York.

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ESTADOS UNIDOS

desenho

4 NÚMERO 16. Giz. 58,4 x 37,5. Grace Borgenicht Gallery, New York.

5 NúMERO 18. Giz. 59 x 46,4. Grace Borgenicht Gallery, New York.

JOSEPH GLASCO (1925)

6 CABEÇA, 1951. Nanquim. 101,6 x 67,3. Catherine

Viviano Gallery, New York.

7 CAVALO, 1953. Nanquim. 39,3 x 49,5. Catherine Gallery New York.

8 FIGURA RECLINADA, 1949. Nanquim. 49,S x 64,8. Catherine Viviano Gallery, New York.

9 GRANDE GATO SENTADO, 1949. Nanquim. 101,6 x 66,7. Museum of Modem Art, New York.

10 MULHER SE VESTINDO, 1953. Nanquim. 49,5 x 39,3. Catherine Viviano Gallery, New York.

ROBERT MOTHERWELL (1915)

11 A ESCADA DE JACO, 1943. Nanquim. 36,2 x 72,4. Kootz Gallery, New York.

12 CANDELABRO JUDAICO, 1952. Nanquim. 55,9 x 71,1. Kootz Gallery, New York.

13 DECALOGO, A ESCADA DE JACO E A SARÇA ARDENTE, 1951. Nanquim. 55,9 x 71,1. Kootz Gallery, New York.

14 A PEGA, 1592. Nanquim. 71,1 x 55,9. Kootz Gal­lery, New York.

15 O CAVALETE, 1952. Nanquim, papel colado. 76,2 x 50,8. Kootz Gallery, New York.

150

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ESTADOS UNIDOS desenho - gravura

BEN SHAHN (1898)

16 ACROBACIA EM BICICLETA, 1950. Nanquim.

63,S x 96,S Downtown Gallery, New York.

17 CLARINETAS, 1951. Nanquim. 63,S x 96,S. Mrs.

Walter Paepke, Chicago.

18 DANÇARINOS, 1947. Nanquim. 628 x 45,7. Mrs.

Howland SOby, West Hartford, Connecticut.

19 MENINA PULANDO CORDA, 1943. Nanquim.

55,9 x 76,2. James Thrall SOby, New York.

20 SUZANA E OS ANCIAOS, 1947. Nanquim e aqua­

rela. 55,9 x 76,2. Edward Wormley, New York.

gravura

LEONARD BASKIN (1922)

1 LAGOSTIM FRANCl!:S, 1951. Xilografia. 49,8 x 62,8. Boris Mirski Art Gallery, Boston, Mas­

sachussets.

2 HOMEM DA PAZ, 1952. Xilografia, 151,1 x 77,7.

Grace Borgenicht Gallery, New York.

RALSTON CRAWFORD (1906)

S PAISAGEM DE COLôNIA, 1951. Litografia colorida. 38 x 53,8. Downtown Gallery, New York.

4 "ELEVATED" N.o 1 DA 3.& AVENIDA, 1952. Lito­

grafia colorida. 26,4 x 441. Downtown Gallery,

New York.

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ESTADOS UNIDOS

gravura

SEONG MOY (1921)

5 INSCRIÇAO DE T'CHAO PAll: N.o I, 1950. Xilografia colorida 61,3 x 19,2. New Gallery, New York.

6 Yl!:N SHANG, 1952. Xilografia colorida. 44,9 x 26,9 New Gallery, New York.

GABOR PETERDI (1915)

7 ARAUTO DO DESPERTAR, 1951. Agua forte, gravura, "offset", colorida. 50,2 x 60,4. Grace Bor­genich Gallery, New York.

8 GERMINAÇAO, 1950-52. Agua-forte, gravura "of­set" colorida. Grace Borgenich, New York.

ALTON PICKENS (1917)

9 PASTORAL, 1947. Agua forte, 29, 5x 59,7. Mu­seum of Modem Art, New York.

10 SATURNO E FAMíLIA, 1953. Agua forte e aqua­tinta. 29,8 x 59,4. Curt Valentin Gallery, New York.

SYLVIA WALD (1914)

11 CONSTELAÇAO DO ESPíRITO, 1952. Gravura co­lorida sôbre seda. 38,8 x 52. National Serigraph Society, New York.

12 ENTRE DIMENSÕES, 1950. Gravura colorida sôbre seda. 52 x 38. Museum of Modem Art, New York.

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A

FINLANDIA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA ASSO­CIAÇÃO DOS ARTISTAS FINLAND~SES

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FINLÂNDIA

A Finlândia participa, pela primeira vez, da 2.a Bienal de São Paulo. Por causa de difi­

culdades diversas, que se 'apresentaram durante a organização, a coleção exposta é relativamente pouco numerosa, constando somente de 40 obras. Mas esperamos que, mesmo assim, demonstre o es­fôrço feito pelo nosso país e nossos artistas para corresponder ao amável convite que lhes foi dirigido. A Finlândia está relativamente distante dos grandes centros artísticos e, por êsse motivo, sua arte assu­me um aspecto intensamente nacional, caracteriza­do por côres bastante sombrias, cinzentas e discre­tas, um sentimento íntimo da natureza e uma espé­cie de monumentalidade. tsses traços são particu­larmente evidentes na produção arcaizante e realis­ta do primeiro período do pintor Juho Rissanen, nas­cido em 1873 e falecido em 1950. A mesma traje­tória nacional foi seguida por Veikko Vionoja (nas­cido em 1909), que participa, com suas obras, da 2.& Bienal. Seus retratos maciços e sérios, seus in­teriores e suas paisagens representam a vida de campo finlandêsa, como se apresenta em Ostrobot­nia, a região natal do artista. Por volta de 1912, a arte finlandêsa estava domina­da por dois grupos bastante característicos, o grupo "Septem", cujo interêsse se concentrava em tôrno do impressionismo, um movimento bem estranho ao caráter nacional finlandês, e o grupo de "Novembre", expressionista, duma violência vulcânica, que se alicerçava mais solidamente em raizes nacionais. O pintor de maior prestígio e a personalidade mais forte dêsse grupo é Tyko Sallinen (nascido em 1891), que participa igualmente da 2.& Bienal. Suas obras em tons raros, em cinza escuro, exprimem alguma cousa essencial da paisagem finlandêsa. A influência das correntes da arte continental, no entanto, também se fez sentir em nossa arte, e, nestes últimos anos, tornou-se mais pronunciada. Entre os artistas que a ela se prenderam, podemos

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FINLÂNDIA

pintura

citar Aarre Heinonen, (nascido em 1906), reitor da Escola da Academia de Belas Artes da Finlândia, que participa da presente exposição. De formação aca­dêmica belga, êle representa, na nossa arte, um cro­matismo refinado e pitoresco. Nossa escultura parte igualmente de um realismo nacional, mas, desde logo, se orienta para as formas esculturais puras, inspirando-se na antiguidade e nas realizações arcaicas. Mikko Hovi (nascido em 1908) pertence à geração mais nova dos nossos escul­tores. O desenho artístico finlandês é representado, na ex­posição, por Hans Bjorklind (nascido' em 1908), [na Colliander (nascida em 1905) e E. Mether-Borgs­trôm (nascida em 1917)

pintura

K. KOROMA

Presidente do Associaçõo dos artista. pintores e comissó­rios do seçõa finlandesa.

AARRE HEINONEN (1906)

1 NATUREZA MORTA. 55 x 33. 2 NATUREZA MORTA COM PINCEIS. 38 x 55. 3 PAISAGEM. 80 x 100. 4 PAISAGEM DA LAPONIA. 81 x 100. 5 PERSONAGEM. 100 x 73.

VAIN() KAMPPURI (1891)

6 NATUREZA MORTA COM MAÇAS. 47 x 55. Mr. Sorsismo.

7 OFERENDA DE FUMAÇA. Coleção do Ateneum.

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FINLÂNDIA pintura - escultura

8 PAISAGEM DE INVERNO. 34 x 46. Associação dos Artistas Finlandeses.

9 PONTE. 50 x 60. Mr. Turtola. 10 VISTA DE UMA RUA. 46 x 54. Associação dos

Artistas Finlandeess.

11 GRANJA. 62 x 96. 12 INTERIOR. 81 x 96. 13 ORAÇOES. 84 x 98.

VEIKKO VIONOJA (1909)

14 OS TRABALHADORES NA GRANJA. 82 x 108. 15 PAISAGEM. 116 x 58.

escultura

MIKKO HOVI (1879)

1 A MACAQUINHA. Bronze. 40. 2 A MAE E O FILHO. Bronze. 34. S A TERRA NUTRIZ. Bronze. 27. 4 OS AMIGOS. Bronze. 32. 5 RUMBA. Bronze. 33.

KAUKO RASANEN (1926)

6 A PASSEIO. Bronze. 68. 7 ANGULOS REPETIDOS. Bronze. 16. 8 JOVEM COM OS CABELOS CAíDOS NA TESTA.

Bronze. 30. 9 JUVENTUDE. Bronze. 68.

10 REPOUSO. Bronze. 20.

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FRANÇA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA "ASSO­CIATION FRANÇAISE D'ACTION ARTISTIQUE"

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FRANÇA

F oi o desejo, expressado pelos organizadores brasileiros da Bienal de São Paulo, de vêr,

na secção reservada à França, uma retrospecti­Va do cubismo, que nos serviu de base, por assim dizer, para a composição desta mostra. Aliás, desde o momento em que seu núcleo principal deveria ser a arte de Braque, Picasso, La FreSnaye, Léger, Vil­lon, Delaunay, Gleizes, tornou-se necessário, para evitar qualquer disparate e assegurar ao conjunto apresentado pela França uma indispensável harmo­nia, não trazer a São Paulo, dentre os inúmeros jo­vens artistas hoje em atividade, a não ser aqueles cuja arte tem alguma afinidade com o cubismo, o prolonga, o desenvolve, dele extrai suas consequên­cias, excluindo os que o recusam ou reagem contra êle, e que poderão ser objeto das próximas mani­festações francesas, nas futuras bienais de São Pau­lo. Um programa, portanto, se impôs, naturalmen­te: de um lado a comemoração dêsse prodigioso mo­vimento, que teve a França por teatro, no período de 1907 a 1925, e que a história conhece sob o no­me de cubismo; de outro, a apresentação da ativi­dade dos artistas que, entre os da nova geração,se consideram seus seguidores e fazem frutificar-lhe os ensinamentos fecundos; enfim, para lançar, de qualquer maneira, uma ponte entre êsse passado e êste presente, a exposição da arte de um mestre, mais jovem que os fundadores do cubismo, cuja in­fltiênéia sofreu, muito mais velho que os jovens de hoje, sôbre os quais exerce uma ação imensa, e que, por assim dizer, transmitiu a êstes a mensagem da­queles: o grande, o puro, o genial Henri Laurens. Assim, o viSitante da Bienal de São Paulo poderá não sómente contemplar quadros, desenhos, escul­turas, papeis coladoS, gravuras, de qualidade supe­rior, e às vezes sublime, como poderá tomar conhe­cimento, igualmente, de um dos fenómenos que constituem uma das razões fundamentais da fecun­didade da arte francesa: a liberdade. Liberdade na

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FRANÇA

elaboração da arte cubista, pelos seus primeiros adeptos, e na sua interpretação, por seus filhos espirituais. E', na realidade, essenciaL acentuar que o cubismo não foi nem uma capela nem uma doutrina. Ela­borado, ao mesmo tempo, por pintores que não se conheciam pessoalmente e que reuniram, depois, suas pesquisas semelhantes - Picasso, Braque, De­launay, Lhote, Léger - o cubismo teve, desde o iní­cio, diversos "focos" principais - "atelier" de Picas­so, no Bateau-Lavoir de Montmartre, de Gleizes, em Courbevoie, dos irmãos Villon, em Puteaux, de De­launay, na Rue des Grands Augustins - onde to­ma formas multiplas, mais gráficas, em um, mais coloridas, em outro, tendendo às vezeS! para a abs­tração, fiel, outras vezes, às aparéncias da natureza. Nada mais variado do que esta arte, que foi se mo­dificando, de 1911 a 1914, o que é suficiente para provar o êrro dos que nela julgam ver a ilustração de uma teoria. O cubismo é tão pouco teórico, preocupa-se tão pouco em sê-lo, que os cubistas, ao contrário dos futuristas, nunCa pensaram em re­digir um manifesto. A teoria neles não precede a obra; segue-se a esta, e não a segue a não ser para explicá-la. Foi a incompreensão do pÚblico que levou dois pintores - Gleizes e Metzinger­a dizer, por escrito, o que pretendiam fazer com o pincel, e um escritor ~ Guillaume Appolinaire -a defender os amigos cu bis tas atacados. O cubismo não é nem o fruto de uma estética preconcebida, nem a vontade teórica de um grupo, mas o produ­to de uma época que se expressou, para sempre, através dele. E é também o espírito de nossa épo­ca que se incarna nas obras dos jovens artistas - pintores e escultores - que se anunciam osten­sivamente cubistas, julgando que um homem do sé­culo XX não tem o direito de repelir o ensinamento de uma arte que é a própria arte do século, e, ain­da mais, um dos muito raros acontecimentos depois dos quais não se pode mais trabalhar como antes. Por isso, não se trata para êles, felizmente, de co-

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FRANÇA

piá-lo literalmente, mas de seguir-lhe o espírito. Não são suas formas que éles imitam, é em sua estética e em sua ética que se inspiram. Esta úl­tima resume-se em algumas palavras: liberdade, audácia, desprendimento da natureza, invenção. A primeira envolve uma nova concepção do eSpaço e da luz, uma nova interpretação do desenho, da c6r e da forma, uma idéia nova do quadro. São ésses Os denominadores comuns de artistas, aliás muito diversos, figurativos, como PicasSo e Marchand, abs­tratos, como Bazaine e Manessier, sensíveis, enfim, a outras influéncias, "fauves", surrealistas, até mes­mo expressionistas, segundo os indivíduos. A uni­lormidadenão reina, pois, na brigada dos que re­ceberam a herança do cubismo. Mas éles nilo per­tencem menos, por isso, à mesma raça espiritual e artística, e revelam, igualmente, um fIar de famí­lia", comparados aos cubistas, o que, conforme es­peramos, garante a harmonia, na seleção das obras francesas expostas na 2.a Bienal de São Paulo. E será, talvez, por tais motivos que essas obras apre­sentarão aos nosos longínquos amigos brasileiros uma imagem do povo que as criou. Harmonia e audácia, audácia na harmonia, não estará af, na verdade, tMa a tradição artística trancesa, das ba­sílicas romanas às catedrais goticas, dos paláciOS e parques do século XIV às pinturas impressionistas e às esculturas de Bodin? Nilo estará nisso, em suma, tMa a França?

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BERNARD DORIVAL

Conservador do Museu Nacio­nal de Arte Modema de Paris

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FRANÇA

Sala especial

CUBISMO

P i n t u r ci

GEORGES BRAQUE (1881)

1 GRANDE Nú, 1908. 140 x 99. Mme. Cuttoli, Paris.

2 OS INSTRUMENTOS MUSICAIS, 1908. 60 x 50. S O "SACRlt COEUR", 1910. 55 x 38. Coleção par­

ticular, Paris. 4 NATUREZA MORTA, 1911. 33 x 41. Musée de

Strasbourg. 5 O VIOLINO, 1912. 73 x 60. Coleção particular,

Paris. 6 A PENTEADEIRA, 1912. 55 x 38. M. André Lhote, 7 A MULHER COM GUITARRA, 1912. 128 x 73.

Coleção particular, Paris. 8 COMPOSIÇAO COM O AZ DE PAUS, 1913. Musée

National d'Art Moderne, Paris. 9 PAPEL COLADO, 1914. 52 x 37. M. Antoine Cou­

trot, Paris.

ROBERT DELAUNAY (1885-1941)

10 AUTO-RETRATO, 1908. 72 x 59. Mme. Delaunay, Paris.

11 AS TRltS GRAÇAS, ESTUDO PARA A "A CIDA­DE DE PARIS", 1912. 209 x 160. Mme. Delanay.

12 A TORRE EIFEL, 1911. 116 x 97. Mme. Coutrot, Paris.

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FRANÇA

cubismo

13 AS JANELAS, 1911. 46 x 40. M. Jean Cassou. Paris.

14 A EQUIPE DE CARDIFF, 1913. 195 x 132. Musée d'Eindhoven.

MARCEL DUCHAMP (1887)

15 OS JOGADORES DE XADR:l!:S, 1911. 50 x 61. M. Jacques Villon, Paris.

ALBERT GLEIZES (1881-1953)

16 RETRATO DE JACQUES NAYRAL, 1911. 180 x 130. Mme. Albert Gleizes, St. Rémy de Provence.

17 O PORTO, 1912. 89 x 116. Mme. Lignieres. Duchamp-Villon, Paris.

18 RETRATO DE FLORENT SCHMITT, 1914. 200 x 150. Mme. Bourdon, Paris.

lUAN GRIS (1887-1927)

19 O CAF:l!: DA MANHA, 1910-15. 92 x 73. Musée National d'Art Moderne, Paris.

20 NATUREZA MORTA, 1912. 73 .. x 60. Coleção par­ticular., Paris.

21 FIGURA DE MULHER, 1917. 116 x 72. Coleção particular, Paris.

AUGUSTE HERBIN (1882)

22 A PONTE NOVA, 1910. 16 x 26. M. Henri-Pierre Roehé, Paris.

23 RUA DE UMA ALDEIA, 1910. 16 x 28. M. Henri­Pierre Roehé, Paris.

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FRANÇA cubismo

ROGER DE LA FRESNAYE (1885-1925)

24 A ITALIANA DE PERFIL, ESBOÇO, 1911. Cole­ção particular, Paris.

25 PAISAGEM DE MEULAN, ESBOÇO, 1912. 60 x 63. Coleção particular, Paris.

26 JOANA D' ARC, 1912. 200 x 100. Coleção parti­cular, Paris.

27 O HOMEM SENTADO, 1913. 130 x 165. Coleção particular, Paris.

MARIE LAURENCIN (1885)

28 AS DUAS IRMAS, 1910. 50 x 63. M. Henri-Pierre Roehé, Paris.

FERNAND LÉGER (1881)

29 A FUMAÇA SOBRE OS TELHADOS, 1910. 46 x 30 OS TELHADOS DE PARIS, 1912. 92 x 73. 31 A PASSAGEM DE NíVEL, 1912. 92 x 73. 32 ESBOÇO PARA "A MULHER EM AZUL", 1912.

130 x 85. 33 O DIA 14 DE JULHO, 1914. 67 x 70. 34 CONTRASTES DE FORMAS, 1914. 80 x 65. Co­

leção particular, Paris. 35 A MULHER DE VERMELHO E VERDE, 1914.

Musée National d'M Moderne, Paris.

ANDRE' LHOTE (1885)

36 A BACANTE, 1910. 105 x 105. 37 NATUREZA MORTA COM LEQUE, 1911. 73 x 48. 38 RETRATO, 1913. 160 x 82.

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FRANÇA

cubismo

LOUlS MARCOUSSIS (1883-1941)

89 O "SACR~ COEUR", 1910. 27 x 35. Galerie de Berri, Paris.

40 O BAR DO PORTO, 1913. 82 x 66. Galerie de Berri, Paris.

41 NATUREZA MORTA, 1914. 84 x 42. Mme. Bour­don, Paris.

42 O VIOLAO, 1918. Mme. Bourdon, Paris.

JEAN METZINGER (1883)

43 O VESTIDO VERDE, 1912. 162 x 97.

FRANCIS PICABIA (1879)

44 A CIDADE DE PARIS. 1911. 73 x 92. M. Ko­chnitzky, BruxeIles.

45 UDNIE, JOVEM AMERICANA, 1913. Musée Na­tional d'Art Moderne Paris.

PABLO PICASSO (1881)

46 O HOMEM SENTADO, 1908. Coleção particular, Roubaix.

47 CABEÇA DE MULHER, 1909. Guache. Coleção particular, Paris.

48 CABEÇA DE HOMEM, 1909. Guache. 63 x 47. M. Henri-Pierre Roché, Paris.

49 NATUREZA MORTA, 1911. 46 x 33. M. Georges SaIles, Paris.

50 COPO E JORNAL, 1912. 35 x 24. M. André Lho­te, Paris.

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FRANÇA

cubismo

51 CABEÇA DE HOMEM, 1913. ~ x 46. Galerie Jeanne Bucher, Paris.

52 CABEÇA DE UMA JOVEM, 1913. 65 x 46. Mme. Cuttoli, Paris.

53 VIOLINO E COPO DE CERVEJA, 1914. 81 x 75. Musée National d'Art MOderne, Paris.

54 PAPEL COLADO, 1913. Coleção Particular, Paris. 55 PAPEL COLADO, 1914. M. A. Coutrot, Paris.

SONIA TERK DELAUNAY (1885)

56 O BAILE BULLIER, 1913. 98 x 388. Musée Na­tional d'Art Moderne, Paris.

JACQUES VILLON (1875)

57 RETRATO DO ESCULTOR RAYMOND-VILLON, 1911. 35 x 26. Musée National d'Art Moderne, Paris.

escultura

CONSTANTIN BRANCUSI (1876)

1 A MUSA ADORMECIDA, 1909. Bronze. 27. Mu­sée National d'Art Moderne, Paris.

RAYMOND DUCHAMP-VILLON (1876-1918)

2 A DANÇA, 1911. Bronze. 57. M. Jacques Villon, Paris.

3 BAUDELAIRE, 1911. Bronze. 69. M. Jacques Vil­lon, Paris.

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FRANCA cubismo

4, OS AMANTES, 1913. Bronze. 34. M. Jacques Vil­lon, Paris.

5 A MULHER SENTADA, 1914. Bronze. 69. M. Jacques Villon, Paris.

6 CABEÇA DE CAVALO, 1914. Chumbo. M. Jac­ques Villon, Paris.

ROGER DE LA FRESNAYE (1885-1918)

'1 A ITALIANA, 1911. Go.lerie Maeght, Paris.

JACQUES LIPCHlTZ (1891)

8 MARINHEIRO COM VIOLAO, 1914. Bronze. 79. Musée National d'Art Moderne, Paris.

OSSIP ZADKINE (1890)

9 CABEÇA DE HOMEM, 1914. Pedra. 39. M. Zad­kine, Paris.

desenho

ROGER DE LA FRESNAYE (1885-1925)

1 ESTUDO DE NúS, 1913. Desenho a bico de pena. 33 x 21. Musée National d' Art Moderne, Paris.

2 COPOS E GARRAFA, 1914. 17 x 20. Musée Na­tional d'Art Moderne, Paris.

FERNAND LEGER (1881)

S ESTUDO DE NúS, 1906 M. Fernand Léger, Paris.

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FRANÇA cubismo - Henri Laurens

4 ESTUDO DE NOS, 1906. M. Fernand Léger, Paris.

PABLO PICASSO (1881)

5 CABEÇA DE MULHER, 1909. 61 x 47. Mme. Coutrot, Paris.

JACQUES VILLON (1875)

6 MINHA IRMA MADALENA, 1912. 313 x 465. Cole­leção particular, Paris.

7 OS LUTADORES, 1912. 28 x 37. Coleção parti­cular, Paris.

8 RETRATO DO ATOR F. BARR1:, 1913. 57 x 47. Coleção particular, Paris.

9 OS DIAMANTES ROUBADOS, 1914. 45 x 35. Co­leção particular, Paris.

Sala especial

HENRI LAURENS

escultura

1 MULHER COM LEQUE, 1919. Bronze. 60. Z INSTRUMENTOS DE MúSICA, BAIXO R~O,

1928. Bronze. 140. S A NEGRA, 1934. Bronze. 90.

4 A SEREIA, 1944. Bronze. 110.

5 O ARC"i.NJO FULMINADO, 1946. Bronze. 140.

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FRANÇA Henri Laurens-Adam

6 ° OUTONO, 1948. Bronze. 170. 7 A LUA, 1948. Bronze. 94. 8 AMPHION, 1953. Bronze. 40. 9 FIGURA COM HARPA. Bronze. 40.

Sala espeoial

HENRI-GEORGES ADAM

escultura

1 ° MORTO, 1942. Gêsso. 200. 2 MULHER ADORMECIDA, 1945. Bronze. 120. 3 ANIMAL COM CHIFRES, 1946. Bronze. 60.

4 CANTARO, 1950. Bronze. 60.

gravura

1 JANEIRO, 1952. Buril. 76 x 56. 2 15 DE JANEIRO, 1952. Buril. 76 x 56. 3 FEVEREIRO, 1952. Buril. 76 x 56. 4 15 DE FEVEREIRO, 1952. Buril. 76 x 56. 5 MARÇO, 1951. Buril. 76 x 56.

6 ABRIL, 1951. Buril. 76 x 56.

7 MAIO, 1951. Buril. 76 x 56.

8 JUNHO, 1951. Buril. 76 x 56. 9 JULHO, 1951. Buril. 76 x 56.

10 AGOSTO, 1951. Buril. 76 x 56. 11 SETEMBRO, 1952. Buril. 76 x 56.

12 OUTUBRO, 1952. Buril. 76 x 56. 13 15 DE OUTUBRO, 1952. Buril. 76 x 56.

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FRANÇA

Adam - Richier

14 NOVEMBRO, 1952. Buril. 76 x 56.

15 DEZEMBRO, 1952. Buril. 76 x 56.

16 O DIA, 1951. Buril. 76 x 56.

17 A NOITE, 1951. Buril. 76 x 56.

18 A DAMA COM DADOS, 1951. Buril. 76 x 56.

tapeçaria

1 A DAMA DE COPAS, 1949. 350 x 280. 2 DANAll:, 1947. 200 x 257. 3 DOMINÓ, 1948. 4 MULHER ADORMECIDA, 1948. 5 SOMBRAS PRETAS, 1950. 10m2.

Sala especial

GERMAINE RICHIER

escultura

1 O CHUMBO, 1951. Bronze. 125. 2 O DOM QUIXOTE DA FLORESTA, 1952. Bronze.

230. 3 O OGRE, 1952. Bronze. 83. 4 A TOURADA, 1953. Bronze. 113.

gravura

1 ILUSTRAÇAO PARA "CONTRE-TERRE", de René de Solier, 1953. Agua-forte.

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FRANÇA pintura

SALA GERAL

pintura

JEAN BAZAINE (1904)

1 A ARVORE EM CRUZ, 1952. 116 x 89.

2 A CHAMA E O MERGULHADOR, 1953. 195 x 130.

S A TERRA E o CW, 1950. 195 x 130.

4 CHICAGO, 1953. 146 x 97.

5 O INVERNO, 1951. 130 x 97. Coleção particular, Paris.

HONORE' MARIUS BERARD (1896)

6 OPUS 612.

7 OPUS 554.

3 OPUS 675, 1953.

9 OPUS 676, 1953.

10 "PASSACAILLE POUR ORGUES", 1937.

ROGER CHASTEL (1897)

11 A VIGíLIA, 1952.

12 "LE BISTROT", 1951.

13 NATUREZA MORTA, 1953.

14 ° DIALOGO DO MEIO-DIA. 1950-51.

15 VASILHA E LIMA0, 1947.

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FRANÇA pintura

MAURICE ESTEVE (1904)

16 ESTUFA, 1953. 89 x 116. 17 MEDRANO, 1953. 116 x 81. 18 O RINGUE, 1952. 116 x 89. 19 O TROF'l:U, 1952. 116 x 89. 20 PARIS HA 2.000 ANOS, 1951.

LÉON GISCHIA (1904)

21 A PINTORA, 1948. 97 x 130. 22 A SEREIA, 1951. 89 x 146. 23 AS PERSIANAS FECHADAS, 1953. 89 x 116. 24 MENINA JUNTO AO CAVALETE, 1952. 81 x 100. 25 NATUREZA MORTA COM CABAÇA, 1953. 81 x

100.

CHARLES LAPICQUE (1898)

26 A BOlA, 1952. 131 x 97. 27 A MAlU! BAIXA, 1951. 81 x 117. 28 CLAUDIUS, 1950. 92 x 73. 29 DANÇA MACABRA, 1948. 146 x 97. 30 FAZENDA NA BRETAGNE, 1947. 65 x 100.

ALFRED MANESSIER (1911)

31 A COROA DE ESPINHOS, 1950. 163 x 98. Musée National d' Art Moderne, Paris.

32 ES~A DE ESPINHOS, 1952. 60 x 60. M. R. Haas, Paris.

33 ESTlU!LA DA MANHA, 1953. 50 x 50. RDbert Jay, Paris.

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FRANÇA pintura

34 MAGNIFICAT DAS COLHEITAS, 1952. 220 x 100, M. Philippe Leclercq, Hem.

85 RECOLHIMENTO NOTURNO N.o 2, 1952. 200 x 100.

ANDRE' MARCHAND (1907)

36 A BANHISTA, 1952. 100 x 81. 37 A FONTE, 1946. 130 x 195. 38 A JANELA, 1952. 195 x 130. 89 A NpITE NO JARDIM, 1948. 130 x 195. 40 O TOURO EM CAMARGUE, 1951. 81 x 100.

EDOUARD PIGNON (1905)

41 A OLIVEIRA AO CREPÚSCULO, 1953. 195 x 130. 42 MATERNIDADE, 1953. 190 x 215. 43 NÚ COM OLIVEIRA, 1953. 195 x 130. Coleção

particular, Oslo. 44 O OPERÁRIO MORTO, 1952. 300 x 240. 45 OSTENDE, 1949. 195 x 140.

GÉRARD SCHNEIDER (1896)

46 OPUS 26 B, 1953. 189 x 116. 47 OPUS 30 B, 1953. 130 x 162. 48 OPUS 402, 1949. Cola e óleo. 130 x 195. 49 OPUS 404, 1952. 130 x 195. 50 OPUS 507, 1952. 89 x 116.

GUSTAVE SINGIER (1909)

51 INTERIOR FLAMENGO, 1951. 170 x 150. M. Vil­liers, Paris.

52 O PORTO NÓRDICO, 1952. M. R. Haas, Paris.

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FRANÇA

53 OS ASTRONAUTAS, 1953. 92 x 73. M PASSEIO TRISTE, 1953. 81 x 65.

pintura

55 VISTA DO PORTO, 1950 170 x 152. M. Marcelle Levi, Turin.

56 30 DE ABRIL, 1951. 57 MAIO, 1950.

PIERRE SOULAGES (1919)

58 28 DE JULHO, 1953. 59 7 DE AGOSTO, 1953. 60 21 DE AGOSTO, 1953.

NICOLAS DE STAEL (1914)

61 A LUA, 1953. Coleção particular, Paris. 62 GARRAFAS NO ATELIER, 1953. 200 x 350. 63 OS MUSICISTAS, 1953. 162 x 114. Coleção par­

ticular, Paris. 64 PRAIA, 1952. 81 x 65. 65 PAISAGEM, 1952. 65 x 81.

ARPAD SZENES

66 DANÇA HÚNGARA, 1953. 50 x 100. 67 O BANQUETE, 1952. 200 x 40. 68 OS CAVALOS A CORRER, AS MENINAS A SAL­

T AR. 1953. 80 x 100. 69 OS TR1tS PARQUES, 1952. 80 x 100.

MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA (1908)

70 AS TORRES DE VIDRO, 1953. 160 x 130. 71 BORBOLETAS, 1951. 60 x 120.

173

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FRANÇA

pintura - gravura

72 COMPOSIÇAO, 1953. 97 x 130. 73 COMPOSIÇAO, 1953. 97 x 130. 74 SILVESTRE, 1953. 60 x 120.

gravura

ROGER CHASTEL (189'7)

1 A CORUJA, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAl-. RE"" DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

2 A CORUJA, O CORVO E O GAVIAO, ILUSTRA­ÇAO PARA o "BESTIAffiE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

3 CAVALOS, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAlRE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

4 GATOS, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAIRE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

5 o LEAO, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAmE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

6 o LOBO, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAmE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

7 O PASSARINHO, ILUSTRAÇAO PARA O "BES­TIAIRE", DE PAUL LUARD, 1947. Agua-forte.

8 O SAPO, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAIRE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

9 O URSO, ILUSTRAÇAO PARA O "BESTIAmE", DE PAUL ELUARD, 1947. Agua-forte.

10 A VENDEDORA DE LIMOES, 1940. Agua-forte.

PIERRE COURTIN (1921)

11 1947-1948. Buril.

174

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FRANÇA gravura

12 16 DE FEVEREIRO, 1949. Buril. 13 JANEIRO, 1950. Buril. 14 OUTUBRO, 1951. Buril. 15 18 DE NOVEMBRO, 1951. Buril. 16 20 DE MARÇO, 1953. Buril. 1'7 30 DE ABRIL, 1953. Buril.

ALFRED MANESSIER (1911)

18 a 24 A PASCOA. Litografias.

ANDRE MARCHAND (1907)

25 A PRIMAVERA, ILUSTRAÇAO PARA "LES NOURRITURES TERRESTRES", DE ANDR~

GIDE. Litografia. 32 x 25. 26 AS PERAS, ILUSTRAÇAO PARA "LES NOURRI­

TURES TERRESTRES", DE ANDM GIDE. Litografia. 32 x 25.

2'7 MARIA TERESA, ILUSTRAÇAO PARA "LE VI­SIONAffiE", DE JULIEN GREEN. Litografia.

28 O C~U, A NOITE, ILUSTRAÇAO PARA "LES

NOURRITURES TERRESTRES", DE ANDR~

GIDE. Litografia. 32 x 25. 29 O SALAO DE BAILE, ILUSTRAÇAO PARA "LE

VISIONAffiE", DE JULIEN pREEN. Litografia.

JEAN SIGNOVERT (1921)

30 A GRADE, 1953. Agua-forte. 48 x 31. 31 DANÇA, 1953. Agua-forte colorida. 32 x 25. 32 FORMAS NO CREPÚSCULO, 1952. Agua-forte

colorida. 36 x 24.

1'75

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FRANÇA gravura

33 HARMONIA AZUL, 1953. Água-forte colorida. 45 x 30.

34 HARMONIA OCRE, 1953. Água-forte colorida. 50 x 32.

35 O ATELIER, 1953. Agua-forte. 45 X 28. 36 OS DANÇARINOS, 1952. Água-forte colorida.

GUSTAVE SINGIER (1909)

37 A ABELHA, 1948. Água-forte. 18 x 24. 38 CORDEIRO MíSTICO, 1946. Água-forte. 18 x 13. 39 DANAÉ, 1947. Agua-forte. 18 x 13. 40 a 44 S~RIE DE GRAVURAS PARA ILUSTRAR

"QUATRAINS", DE CAMILLE BOURNIQUEL, 1948. Buril.

ROGER VIEILLARD (1907)

45 A IDADE DE FERRO, 1949. Buril. 40 x 30. 46 BABILôNIA, 1942. Buril. 42 x 20. 47 COMBATE PELA CIDADE, 1953. Burij. 26 x 36. 48 MÚSICA E DANÇA, 1950. Buril. 34 x 44. 49 TEMPLO DA LIBERDADE, 1939. Buril. 24 x 38. 50 VIDA NO CAMPO, 1950. 17 x 11. 51 USINAS EM ARGENTEUIL, 1953. Buril. 40 x 28.

176

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Sala especial

PABLO PICASSO

A exposzçao Pablo Picasso, apresentada "hors concours", é patrocinada pelo Museu de Arte

Moderna de São Paulo, que contou com a colabo­ração e a direta orientação do artista. Este desig­nou como organizador e comissário o Sr. Maurice Jardot. O Museu de Arte Moderna de São Paulo agradece a generosa cooperação prestada pelos se­guintes museus galerias e colecionadores, que amà­velmente emprestaram obras para a exposição:

André Lefevre, Paris; Curt Valentim Gallery, New York; D. H. Kahanweiller, Paris; Dr. Reber, Lausan­ne; F. Gygl, Lausanne; Frua de Angell, Milano; Galerie L. Lelris, Paris; Galerle Rosengart, Lucer­ne; Illgeborg Eichmann, Zurich; Joseph Paulitzer Jr., St. Louis, Missouri; Mme. Marie Cutoll, Paris; Musée National d'Art Moderne, Paris; Museum of Modern Art, New York; Nelson Rockfeller, New York; Vicomtesse de Noailles, Paris; Victor W. Gant, New York; Paul Rosenberg, New York; Ro­lano Penrose, Londres; The Art Institut, Chicago.

1 FIGURA DE PÉ, 1908. 119 x 90. Viscondessa de Noailles, Paris.

2 OS PAES, 1909. 65 x 81. Coleção D. H. Kahnwei­ler, Paris.

2 a NO, 1910. 98,5 x 77. Coleção Pierre Matisse, New York.

177

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PABLO PICASSO

3 NATUREZA MORTA COM CADEIRA QUADRADA, 1911-12. 27 x 35.

4 HOMEM COM VIOLINO, 1913. 121,6 x 45. curt Valentin Gallery, New York.

5 MULHER SENTADA NUMA POLTRONA, 1913. 150 x 100. Coleção Ingeborg Eichmann, Zooch.

6 OS JOGADORES DE CARTAS, 1914. 108 x 89. Museum of Modem Art, New York.

"I HOMEM COM CACHIMBO, 1916. 130 x 89. The Art Institute of Chicago, Chicago.

8 MULHER SENTADA DE FRENTE, 1920. 116 x 73. Coleção Ingeborg Eichmann, Zooch.

9 PAISAGEM. 1920. 51.6 x 69. 10 JANELA ABERTA EM PARIS. 1920. 161.5 x 107,5.

Paul Rosenbreg & Co. New York. 11 MATERNIDADE. 1921. 162 x 997. 12 NATUREZA MORTA COM VIOLAO, 1922. 83 x

102,5. Galerie Rosengart. Lucerne. 13. A FLAUTA DE PAN. 1923. 201.5 x 171.5. 14 AS TR1!:S GRAÇAS, 1924. 197 x 147,5. 15 ARLEQUIM MúSICO. 1924. 130 x 97. Coleção Dr.

Reber. Lausanne. 16 COMPOSIÇAO. 1924. 77 x 105. Coleção F. Gygi. 16& NATUREZA MORTA ESTRELADA. 1952. 1.30 x 87.

Coleção Paul Rosemberg. New York. 1"1 A DANÇA. 1925. 211,5 x 141. 18 VIOLAO, 1926. 96 x 123,5. 19 FIGURA, 1927. 128 x 95,5. 20 MULHER NUMA POLTRONA, 1927. 128,5 x 96. 21 MINOTAURO CORRENDO, 1928. 159,5 x 128,5. 22 CABEÇA DE MULHER, 1928. 54 x 54. 23 BANHISTA DE ~,1929. 192,5 x 126,5. 24 MULHER NUMA POLTRONA, 1929. 192,5 x 126,5.

178

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PABLO PICASSO

25 NATUREZA MORTA SOBRE UMA MESA, 1931. 195 x 130.

26 ° ESPl!:LHO, 1932. 128,5 x 96. 27 FIGURA EM CADEIRA VERMELHA, 1932. 128

x 96.

28 TRl!:S MULHERES A BEIRA-MAR, 1932. 80,5 x 99. 29 CABEÇA DE GESSO E FRUTEIRA, 1933. 81 x 100.

Coleção Joseph Pulitzer Jr., St. Louis, Missouri.

30 A MUSA, 1935. 130 x 162. Musée d'Art Moderne, Paris.

81 INTERIOR COM JOVEM DESENHANDO, 1935.

128,5 x 192,5. Coleção Nelson A. Rockfeller, New York.

82 INTERIOR COM PERSONAGEM DORMINDO, 1936. 97 x 130. Coleção Frua de Angeli, Milano.

88 RETRATO DE MULHER, 1937. 91,5 x 64. S4 MULHER CHORANDO, 1937. 61 x 50. Coleção

Roland Penrose, London.

85 GUERNICA, 1937. 380 x 850. 86 ° GATO, 1938-39. 97 x 129. Coleção Frua de An­

geli, Milano. 87 MULHER EM FRENTE AO MAR, 1939. 92 x 54.

Galerie Louiise Leiris, Paris.

88 O COutTE VERDE, 1940. 75 x 54. Galerie Loulse Leiris, Paris.

39 AS ENGUIAS DO MAR, 1940. 73 x 92. Coleção André Lefêvre, Paris.

40 A MULHER DE COU!TE AZUL, 1941. 92 x 60. Coleção André Lefêvre, Paris.

41 NÚ, 1941. 92 x 65. Galerie Louise Leiris, Paris. 42 O CHOURIÇO, 1941. 92 x 65. Galerie Louise

Leirls, Paris.

1'79

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PABLO PICASSO

43 NATUREZA MORTA COM CAVEIRA DE BOI, 1942. 130 x 97. Coelção André Lefêvre, Paris.

44 OS PRIMEmOS PASSOS, 1943. 128,5 x 96. Ste­phen & Clark, New York.

45 VISTA DE PARIS, 1945. 73 x 92. 46 A GRANDE LAGOSTA VERMELHA, 1948. 81 x

100. Curt Valentin Gallery, New York. 47 MULHER NUMA POLTRONA, 1949. 100 x 81.

Galerie Louise Leiris, Paris. 48 RETRATO DE UM PINTOR SEGUNDO EL GRECO,

1950. 100 x 81. Galerie Rosengart, Lausanne. 49 MATERNIDADE COM LARANJA, 1951. 115 x 88. 50 NATUREZA MORTA COM CAVEIRA DE CABRA,

1952. 89 x 116. 51 FIGURA (O GRANDE INQUISIDOR). Coleção

Mme. Marie Cuttoli, Paris.

180

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GRÃ-BRETANHA REPRESENTAÇÃO ORGANIZADA PELO BRITISH COUNCIL E SELECIONADA POR SIR PHILlP HEN­DY, PRESIDENTE DO COMITÉ DE BELAS ARTES DO BRITISH COUNCIL, DIRETOR DA GALERIA NA­CIONAL DE LONDRES SIR HERBERT READ, D. S. O., M. c., D. LlTT.; SIR JOHN ROTHENSTEIN, C. B. E., PH. D., DIRETOR DA GALERIE TATE, LONDRES; LlLlAN SOMMERVILLE, DIRETORA DE BELAS AR­TES DO BRITISH COUNCIL. COMISSÁRIO: SIR HERBERT READ, D. S. O., M. c., D. LlTT.. COMIS­SÁRIO ASSISTENTE (ADMINISTRATIVO): MR. LEO-NARD S. DOWNES, DIRETOR DE SOCIEDADE BRA­SILEIRA DE CULTURA INGL~SA, SÃO PAULO.

181

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GRÃ-BRETANHA

A Bienal de São Paulo, da mesma forma que a de Veneza, é um acontecimento regular,

permitindo, portanto, aos países participantes rea­lizarem uma série de exposições, cada qual repre­sentando certo aspecto da sua vida artística (em vez de uma exposição miscelânea que sacrificasse a clareza para o bem do inconcludente>. Assim, o British Council resolveu limitar sua contribuição para a exposição de 1953-4 às obras de seis artis­tas - cinco pintores e um escultor. O escultor -Henry Moore - já goza de fama internacional, sendo de se presumir que o caráter geral do seu trabalho tenha-se tornado conhecido na América do Sul através de diversas publicações. Nosso ob­jetivo, nesta ocasião, foi enviar uma coleção de es­culturas e desenhos de Henry Moore cobrindo os últimos vinte e cinco anos de desenvolvimento -a maior parte de sua carreira artística. Está re­presentada a maioria de suas obras em pedra e metal, mas infelizmente tiveram de ser excluídos seus trabalhos em madeira, por ser o material pre­judicado pelas mudanças de clima. O trabalho de Moore sempre se destacou por imanente vitalidade, e não tanto por beleza superficial; e tal vitalidade se exterioriza nas mais variadas formas, do figu­rativo ao abstrato, tôdas elas unidas por um espí­rito creativo constante e vigoroso. Todos os cinco pintores pertencem ao movimento especificamente moderno, e apresentam tendências à abstração. Todos nasceram no século XX - o mais jovem, Patrick Heron, tem trinta e três anos de idade. Dois são de origem galesa, um é escocês, um irlandês e um inglês. Portanto, representam êles nossas principais estirpes raciais. Notar-se-ão influências da escola de Paris, mas cada um con­tribui com algo fortemente individual. Contudo, é

o catálogo da Grã-Bretanha 1á foi enviado traduzido. A pe­dido do Brttish Oounctl, não se fez nenhuma modificação na tTaduç40 oficial, bem como se conservou a ordem cronológi­ca, na indicação das obras de cada Ilrtista. Por motivos téc­nicos, porém, deu-se numeração separada à sala de pintura.

182

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GRÃ-BRETANHA

Henry Moore

duvidoso que surja alguma coisa que possa ser con­siderada caracteristicamente britânica - o movi­mento moderno dificilmente pode ser . enquadrado nos limites artificiais de nacionalidade: é um fe­nômeno universal, mas universal no seu individua­lismo. Os indivíduos aprendem uns com os outros, mas aprendem como expressar melhor sua própria visão da realidade. Cada um dêstes artistas pode orgulhar-se de ter criado suas próprias formas sim­bólicas, dentro do idioma moderno.

Sala especial

HENRY MOORE

escultura

HERBERT READ

1 FIGURA RECLINADA, 1927. Concreto. 62. 2 FIGURA EM CONCRETO, 1929. 41. S MENINA DE MAOS POSTAS, 1930. Alabastro de

Cumberland. 40. 4 COMPOSIÇAO, 1931. Alabastro de Cumberland.

33. 5 COMPOSIÇAO, 1933. Concreto. 59. 6 MAE E CRIANÇA, 1936. Pedra de Ancaster. 45. 7 FORMA QUADRADA, 1936. Pedra de Hornton cas-

tanha. 50. 8 FIGURA RECLINADA, 1939. Bronze. 28. 9 A CESTA-PASSARO, 1939. Lignum vitae e fios.

32. 10 ° ELMO, 1940. Bronze. 28. 11 GRUPO DE FAMtLIA, 1947. Bronze. 39. 12 FIGURA EM Pl'!:, 1950. Bronze. 220.

183

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GRÃ-BRETANHA

Henry Moore

13 FIGURA RECLINADA, 1950. Bronze. 43. 14 FORMAS INTERNAS E EXTERNAS, 1950. Gesso.

198. 15 FIGURA RECLINADA (FORMAS INTERNAS E

EXTERNAS), 1951. Bronze. 51. 16 CABEÇA DE ANIMAL, 1951. Bronze. 30. 17 MAE E CRIANÇA SENTADAS, 1952. Bronze. 41. 18 ELMO (OMBROS E CABEÇA), 1952. Bronze. 17. 19 TRltS FIGURAS EM P1!:, 1952. Bronze. 26. 20 CABEÇA DE CABRA, 1952. Bronze. 21. 21 GUERREffiO, 1952/53. Bronze. 20. 22 MAQUETTE PARA O ALTO REL1!:VO DO EDI­

FíCIO "TIME-LIFE", EM LONDRES, 1952-53 39. 24 DUAS FIGURAS SENTADAS (REI E RAINHA),

1952-53. Bronze. 164. 25 CABEÇA, 1953. Bronze. 25 26 FIGURA RECLINADA, 1953. Bronze. 97. 27 DUAS MAQUETES PARA MADONA COM O ME­

NINO, 1943. Bronze. 28 CINCO MAQUETES PARA FIGURAS RECLINA­

DAS, 1945-1952. Bronze. 29 QUATRO MAQUETES PARA FIGURAS EM Pll:,

1952.

desenho

(em sua maior parte combinando o emprégo de tinta, lápis, cera, giz e aquarela)

80 MULHER SENTADA, 1928. 56 x 36. 81 DESENHO DE UMA FIGURA PARA ESCULTURA

EM METAL, 1931. 47 x 22.

184

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GRÃ-BRETANHA

Henry Moore

32 FIGURAS EM P1: E SENTADAS, 1932. 35 x 42. 33 FIGURA RECLINADA, 1933. 28 x 38. 34 FIGURA RECLINADA E ID1:IAS PARA ESCUL­

TURA, 1933. 56 x 38.

35 ID1:IAS PARA ESCULTURA, 1936. 57 x 38. 36 ID1:IAS PARA DUAS COMPOSIÇOES, 193~

38 x 53. 37 ID1:IAS PARA ESCULTURA, 1936. 37 x 56. 38 DESENHO, 1936. 36 x 44. 39 DUAS FORMAS EM PEDRA, 1936. 49 x 34. 40 PEDRAS NUMA PAISAGEM, 1936. 55 x 37. 4l IDl::IAS PARA ESCULTURA EM METAL, 1937.

38 x 56. 42 DESENHO PARA ESCULTURA (FIGURAS RE­

CLINADAS), 1938. 38 x 56. 43 IDEIAS PARA ESCULTURA, 1938. 38 X 56. 44 FIGURAS RECLINADAS (DESENHO PARA ES­

CULTURA), 1939. 28 X 39.

45 FIGURAS RECLINADAS (DESENHO PARA ES­CULTURA EM CHUMBO), 1939. 28 x 38.

46 FIGURA SENTADA E FORMAS PONTEAGU­DAS, 1939. 43 x 25.

47 3 DE SETEMBRO DE 1939. 30 x 40.

48 DUAS CABEÇAS (DESENHOS PARA ESCULTU­RA EM METAL, FORMAS EXTERNAS E INTER­NAS), 1939. 28 x 38.

49 DUAS FIGURAS EM P1: (DESENHO PARA ES­CULTURA, COMBINANDO MADEIRA E ME­TAL), 1940. 51 x 38.

50 FIGURAS EM P1: (DESENHO PARA ESCUL­TURA), 1940. 28 x 38.

51 FIGURAS EM PE, 1940. 43 x 25.

185

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GRÃ-BRETANHA Henry Moore

52 FIGURAS EM Pll:: (ESTUDOS PARA ESCUI,TU­RA EM MADEffiA E METAL), 1940. 25 x 43.

53 DESENHOS PARA ESCULTURA (FIGURAS EM Pll::), 1940. 37 x 25.

M IDll::IAS PARA ESCULTURA EM MADEIRA, 1940. 28 x 38.

55 TR:1!:S FIGURAS SENTADAS, 1940. 28 x 38.

56 DUAS MULHERES NUM BANCO EM UM ABRI­GO ANTI-A:1!:REO, 1940. 44 X 40.

51 DUAS MULHERES NUM ABRIGO ANTI-All::REO, 1941. 48 X 46.

58 PERSPECTIVA DO METRO COMO ABRIGO ANTI-A:1!:REO, 1941. 45 X 42.

59 DUAS FIGURAS ADORMECIDAS, 1941. 39 X 54.

60 GRUPO DE FIGURAS, 1942. 33 X 55. 61 TR:1!:S MULHERES E UMA CRIANÇA, 1942.

22 X 17. 62 FIGURAS E ROCHAS, 1942. 22 X 17 • 68 FIGURAS RECLINADAS (DESENHO PARA ES­

CULTURA) 1944. 40 X 56. 64 FIGURAS EM Pll:: E ROCHAS AO FUNDO, 1946.

38 X 56. 65 FIGURAS SENTADAS, 1948. 54 X 57. 66 DUAS MULHERES NUM INTERIOR, 1948. 52

X 57.

61 QUATRO FIGURAS NUM CENARIO, 1948. 56 X 76.

68 OITO VARIAÇõES DE FIGURAS NUM CENA­RIO, 1950. 57 X 39.

69 FIGURA RECLINADA NUM CENARIO. 1951. 57 x 40.

186

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GRÃ-BRETANHA pintura

SALA GERAL

pintura

CER! RICHARDS (1903)

1 INTERIOR COM MÚSICA DE ALBENIZ, 1949. 99,1 x 101,6.

2 INTERIOR AZUL CORTADO POR UMA FAIXA VERMELHA, 1949. 106,7 x 88,9.

8 INTERIOR AZUL COM DADOS, 1949. 90,8 x 115,6. 4, SOMBRAS NUM QUARTO, 1950. 91,5 x 116,8. 5 TRAFALGAR SQUARE, 1951. 113,7 x 151,1. 6 TRAFALGAR SQUARE, COMPOSIÇAO, 1951.

50,8 x 50,8. "I LUZ DO SOL, 1951. 114,3 x 152,4. 8 TRAFALGAR SQUARE, 1952. 55,9 x 71,1. 9 PRESENÇA DO CRUCIFIXO, 1951/53. 127 x 101,6.

10 VóRTEX AZUL ENTRE CORES PRIMARIAS, 1952-53. 101,6 x 127.

11 BEETHOVEN E SANTA CECíLIA, 1953. 114,3 x 88,9.

12 HOMENAGEM A BEETHOVEN, 1953. 127 x 101,6.

MERLYN EV ANS (1910)

18 O SEPULTAMENTO, 1942. 101,6 x 127. 14 "PAESAGGIO TRAGICO", 1944. 96,7 x 114,3. 15 FANTASIA NOTURNA, 1945. 101,6 x 76,3. 16 OS REFUGIADOS, 1946. 106,7 x 81,3. 1"1 O CONFLITO, 1949. 101,6 x 127. 18 O COMíCIO, 1951. 122 x 203,3.

18"1

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GRÃ-BRETANHA

pintura

19 PAISAGEM INDUSTRIAL, 1952. 81,3 x 175,3. 20 INTERIOR AMPLO, 1952. 101,6 x 127. 21 FIGURAS A JANELA, 1952. 101,6 x 101,6. 22 CONSTRUÇAO NO CAIS, MANHA, 1953. 83,8

x 91,5. 23 ARMAZEM AO ENTARDECER, 1953. 71,1 x 91,5. 24 CONSTRUÇAO NO CAIS, TARDE, 1953. 83. 5 x 90.

WILLIAM SCOTT (1913)

25 BAtA, 1951. 57,2 x 99,1. 26 NATUREZA MORTA COM MESA, 1951. 142,2

x 182,9. 27 COMPOSIÇAO EM PRETO, BRANCO E VERME­

LHO, 1952. 65,4 x 81,3.

28 BAíA, 1952. 61 x 91,5.

29 NATUREZA MORTA COM UMA FRIGIDEffiA, 1952. 56,9 x 66,1.

30 NATUREZA MORTA, PRETO E CINZENTO. 1952. 1,1 x 91,5.

31 PAISAGEM OCRE, PRETA E BRANCA, 1953. 50,8 x 61,6.

32 COMPOSIÇAO EM PRETO, AMARELO E BRAN­CO, 1953. 101,6 x 127,6.

33 FORMAS CINZAS, PRETAS E BRANCAS, 1953. 114,3 x 152,4.

34 COMPOSIÇAO EM VERDE, PRETO E BRANCO, 1953. 76,8 x 102,3.

35 FORMAS PRETAS E BRANCAS, 19á3. 72,4 x 91,5.

86 COMPOSIÇAO EM LARANJA, PRETO E BRAN­CO, 1953. 12,9 x 121,9.

188

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GRÃ-BRETANHA

pintura

WILLIAM GEAR (1915)

37 ESTUDO PRIMAVERIL, 1951. 991,5 x 6I. 38 FESTA DE VERAO, 1951. 101,6 x 71,1. 39 PAISAGEM N.o I, 1951/52. 121,9 x 81,3. 40 SEBE EM NOVEMBRO, 1951-52. 101,6 x 71,1. 41 ARMAÇAO (VERAO) , 1952. 121,9 x 81,3. 42 ESTUDO DE UMA SEBE, 1952. 54,6 x 64,8. 43 CONSTRUÇAO VERTICAL, 1952. 54,6 x 64,8. 44 TRONCOS OUTONAIS, 1952. 88,9 x 116,8. 45 ARMAÇAO, 1952-53. 100,4 x 81,3. 46 ESTUDO DE TRONCOS, 1953. 38,1 x 61. 47 TRONCOS VERMELHOS E AMARELOS, 1953.

72,4 x 100,4. 48 TRONCO AMARELO, 1953. 38 x 71.

PATRICK HERON (1920)

49 BALANÇA DE PEIXARIA, 1948. 40,7 x 50,8. SO JUNQUILHOS E A VELEIRA, 1949. 71,1 x 91,5. 51 PEIXE NA SACADA, 1950. 91,5 x 43,8. 52 AUTO-RETRATO, 1951. 50,8 x 40,7. 53 JANELA COM SACADA, PÚRPURA E NEGRO,

1951. 91,5 x 50,8. 54 JANELA PARA O MAR, AMARELO E AZUL,

1951. 50,8 x 101,6. 55 HELLESVEAN, ST. IVES, 1952. 40,7 x 50,8. 56 ABSTRAÇAO, VERMELHO E NEGRO, 1952. 91,5

x 44,2. 57 BAlA ANILADA, 1952. 45,1 x 121,9. 58 NÚ ESCURO, 1952. 91,5 x 44,2. 59 A MESA BRANCA, 1951. 71,1 x 91,5. 60 JOGANDO XADREZ, VERMELHO E AMARELO.

1953. 76,3 x 50,8.

189

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HOLANDA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINIST~RIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA HOLANDA

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HOLANDA

J á viu, à sua frente, ao erguer os olhos de seu trabalho, um' quadro de Mondrian?

E' bem possível que, de início, não se comova. Mas, após certo tempo, você sentirá a necessidade de mexer na peça em que trabalha, de se desfazer dêsse velho armário Luiz XIV, de abandonar alguns objetos inúteis, de caiar o teto e as paredes. O quadro de Mondrian põe ordem na peça, exige cla­ridade em volta dele, começa pouco a pouco a re­organizar sua vida; talvez com maior ou menor êxito, segundo a pessôa. O movimento dos néoplasticistas, chamado "De Stijl" ("0 Estilo") (1917-1931> compreendia a pintura, a arquitetura, o mobiliário, a tipografia, a música e a literatura. Três pintores estavam na vanguarda do movimento: Mondrian, van Doesburg, van der Leck. Van Doesburg (1883-1931> era o apóstolo do movi­mento, Mondrian, (1872-1944) sem dúvida seu maior pintor. Tendo evoluído através do naturalismo e do expressionismo, torna-se cubista em 1909, mas, em 1917, chega a um ponto em que lhe é necessário abandonar a representação do mundo exterior e compor suas telas apenas com três elementos plás­ticos: linha, superfície, côr pura. Desde então, conhece unicamente a linha reta, a su­perfície retangular as côres primárias, o vermelho, azul e amarelo, ao lado do branco e do preto. Abandona a composição dos cubistas que, usando o objeto para deformá-lo, concentravam a maior den­sidade no centro do quadro. Os quadros de Mondrian tornam-se centrifugais, têm tendência a transbordar da moldura e a es­tender-se pela parede, por tôda a sala. Quisemos expor, com os quadros de Mondrian, a obra de sete pintores vivos: Van der Leck (nascido em 1876) e Vordemberge Gildewart (nascido em 1899) participaram do mo·

191

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HOLANDA Pieter Mondrian

vimento "De Stijl", e estão ainda próximos da arte de Mondrian; Ouborg (nascido em 1893) e Benner (nascido em 1901) sofreram a influência do ex­pressionismo, de maneira tôda pessoal, com forte tendência para a arte abstrata, como, de resto, a pintora Frieda Hunziker (nascida em 1907). Os outros: Appel (nascido em 1921), Constant (nas­cido em 1920), Corneille (nascido em 1922), com pouco mais de trinta anos, provêm do movimento internacional do experimentalismo, no qual desem­penharam papel preponderante. Em nossa época pode-se julgar a arte segundo três critêrios: a vitalidade, a personalidade, a clareza. A maioria das pinturas escolhidas atende a êsses três critérios.

SANDBERG Comissário Governomental da Delegação Holandesa

Sala especial

PIETER MONDRIAN

1 NATUREZA MORTA COM POTE DE GENGIBRE, 1910. 991 x 120. Coleção Slijper Blaricum.

2 NATUREZA MORTA COM POTE DE GENGIBRE, 1910. 65 x 75. Coleção Slijper Blaricum.

S PAISAGEM, 1910. 63 x 78. Coleção Slijper Bla­ricum.

" COMPOSIÇAO EM PRETO E BRANCO, 1910/14. 81 x 61. Cole~ão Mart Stam, Amsterdam.

5 ARVORE CINZA PRATEADO, 1911. 79 x 107. Coleção Slijper Blaricum.

192

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HOLANDA Pieter Mondrian

6 COMPOSIÇAO COM MACIEIRA FLORIDA. 1911. 78 x 106. Municipal Museum.. Haia.

7 COMPOSIÇAO N.o 3 CINZA E AMARELO. 1912. 94 x 80. Coleção Slijper Blaricum.

8 COMPOSIÇAO EM OVAL. 1914. 113 x 885. Cole­ção Slijper Blaricum.

9 COMPOSIÇAO N.O 6. 1914. 87 x 60. Coleção Slij­per Blaricum.

10 COMPOSIÇAO COM CUBISMO OVAL. 1914. 140 x 101. Municipal Museum. Amsterdam.

11 COMPOSIÇAO EM AZUL. 1917. 50 x 44. State Museum Kroller Muller.

12 COMPOSIÇAO COM BLOCOS. 1917. 8 x 61. Mu­nicipal Museum. Hala.

13 COMPOSIÇAO DE FORMA LOSANGULAR. 1919. 60 x 60. State Museum Kroeller Müller.

14 COMPOSIÇAO. 1920. 52 x 60. Coleção van den Muijzenberg, Amsterdam.

15 COMPOSIÇAO. 1921. 80 x 50; Coleção Charley Toorop, Bergen.

16 COMPOSIÇAO, 1922. 42 x 50. Municipal Museum. Amsterdam.

17 COMPOSIÇAO, ·1928. 45 x 45. Coleção Mart Stam. Amsterdam.

18 COMPOSIÇAO. 1929. Coleção Karsten, Amster-damo

19 COMPOSIÇAO. 1933. Coleção Merkelbach, Ams­terdam.

20 COMPOSIÇAO "BOOGI-WOOGI". 1942/43. 126 x 126. New York.

193

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HOLANDA

pintura

SALA GERAL

P i n t u r a

C. KAREL APPEL (1921)

1 BRADO DA LIBERDADE, 1948. 100 x 79. Muni­cipal Museum, Amsterdam.

2 COMPOSIÇAO, 1953. 102 x 110. Coleção H. Smeets, Weetr.

li CRIANÇA ~ ANIMAL 3, 1950. 110 x 157.

4 CRIANÇAS FAZENDO PERGUNTAS, 1949. 100 x 60. Municipal Museum, Amsterdam.

5 VIVA, 1949. 82 x 129.

G. BENNER (1896)

6 COMPOSIÇAO COM FLORES, 1952/53. 60 x 50. 7 COMPOSIÇAO COM FLORES, 1952/53. 60 x 50.

8 COMPOSIÇAO COM MAR AMEAÇADOR, 1952/53. 70 x 90.

9 COMPOSIÇAO COM NAVIOS, 1952/53. 61 x 75. óleo sôbre madeira.

10 PAISAGEM DA FRíSIA, 1952/53. 86 x 110.

CORNEILLE (1922)

11 COMPOSIÇAO, 1951. 55 x 55. 12 COMPOSIÇAO N.O 5, 1951. 82 x 112. 13 COMPOSIÇAO COM FRUTOS MARíTIMOS, 1949.

110 x 90.

194

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HOLANDA

pintura

14 JOVEM NEGRA NUM QUARTO, 1951. 65 x 54.

15 RITMO ALEGRE DA CIDADE, 1949. 58 x 49. Municipal Museum, Amsterdam.

16 TRIANGULOS EM AÇAO. 46 x 57.

VAN DAERBURG

17 COMPOSIÇAO, 1917. 61 x 41. Municipal Museum,

Amsterdam.

18 COMPOSIÇAO, 1924. 61 x 41. Municipal Museum,

Amsterdam. 19 COMPOSIÇAO. Mrs. van Daerburg, Paris.

20 COMPOSIÇAO. Mrs. van Daerburg, Paris.

FRIEDRICH VORDEMBERGE GILDEWART (1899)

21 COMPOSIÇAO 99, 1935. 80 x 100.

22 COMPOSIÇAO 115, 1939/40. 100 x 80.

28 COMPOSIÇAO 129, 1941. 110 x 145.

24 COMPOSIÇAO 158, 1946. 100 x 130.

25 COMPOSIÇAO 170, 1948. Díptico. 80 x 100 e 50 x 100.

26 COMPOSIÇAO 176, 1949. 100 x 100.

FRIEDA HUNZIKER (1908)

27 CABRAS, 1953. 100 x 75.

28 CABRAS ATRAS DE CERCAS, 1953. 90 x 70.

29 ILHA, 1952. 70 x 90.

80 INSETOS, 1953. 60 x 80. 81 O MUNDO DAS PLANTAS, 1952. 90 x 70.

195

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HOLANDA

pintura

B. A. VAN DER ZECK (1876)

.32 COMPOSIÇAO, 1918/20. 101 x 100. Municipal Museum, Amsterdam.

33 COMPOSIÇAO GEOMJj:TRICA, 1917. 95 x 102.

State Museum Krôller-Müller. 34 FAMíLIA, 1921. 112 x 85. State Museum Krôller­

Müller. 35 O ESCRITOR. 1923. 98 x 54. State Museum

KrÔller-Müller.

36 TRABALHO PORTUARIO, 1916. 89 x 240. State Museum KrÔller-Müller.

P. OUBORG (1893)

37 ESCUTANDO EM MOVIMENTO, 1948. 60 x 90. 38 EXPULSANDO, 1952. 76 x 105. 39 FIGURA, 1947. 52 x 44. N. Tergast, Haia. 40 O SINAL, 1947. 51 x 65. Municipal Museum, Haia. 41 PAISAGEM, 1947. 51 x 65. Municipal Museum,

Amsterdam. 42 Tru;;S EM MOVIMENTO, 1949. 52 x 70.

196

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INDONÉSIA

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INDONÉSIA

P ela primeira vez, a Indonésia estará represen­tada na Bienal de Arte Moderna da cidade de

S. Paulo. Embora seja esta representação pequena e despretensiosa, desejamos apresentar ao mundo o resultado dos esforços feitos por nossos jovens ar­tistas, em seu período inicial, no sentido de acom­panhar o movimento mundial de arte moderna. Al­guns esclarecimentos sôbre a pintura na Indonésia ajudarão, certamente, a compreensão do espírito e dos antecedentes históricos dos trabalhos daqueles jovens. Sabe-se relativamente pouco sôbre a pintura na Indonésia até o século XIX. Acredita-se, no entan­to, que essa forma de expressão artística destacou-se durante o predomínio da cultura "dongson". Os mais antigos trabalhos de pintura que possuimos estão exclusivamente relacionados com as tradições religiosas, representando cenas e episódios da anti­ga mitologia indú. São épicos e panorâmicos, encer­rando em uma só tela vários episódios do "Ra­mayana" ou do "Mahabharata". Vêem-se, alí, deuses e deusas, heróis e demônios e animais re­presentados segundo normas convencionais. Tra­tam da luta entre o Bem e o Mal, das recompen­sas do Céu e dos sofrimentos do Inferno. A maioria dessas antigas pinturas foi executada em aquarela sôbre tecidos finos, algodão, sêda e, em certos ca­sos, pergaminho. São inteiramente bi-dimensionais, o corpo do homem do animal, e os fenômenos da natureza estão ali representados com muito pouco realismo. Por ou­tro lado, aos objetos da natureza - árvores, nuvens e montanhas - é dado frequentemente aspecto hu­mano, expressando o antigo conceito do animismo. Vemos, assim, que essa arte tem muito pouco a vêr com as do mundo Ocidental. Com o advento do século XX, os intelectuais in­donésios defrontaram-se com um maior número de ocasiões para entrar em contacto com os artistas

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INDONÉSIA

do Ocidente. Este horizonte mais amplo produziu um verdadeiro renascimento do espírito do nosso povo, e com êle, o amadurecimento da consciência nacional. Um dos precursores da arte moderna na Indonésia foi Raden Saleh, que viveu entre 1816 e 1880; tendo-se revelado ao mundo através do Ocidente. E' considerado o primeiro pintor indonésio a expres­sar nas suas telas uma apreciação crítica da arte ocidental. Os jovens que o sucederam não conse­guiram, no entanto, produzir algo de realmente novo. Os trabalhos que nos deixou aquele período são, na maior parte dos casos, fáceis imitações da pintura ocidental, faltando-lhes compreensão dos valores artísticos do estrangeiro e esfôrço, no sentido de interpretar a cultura indonésia. Essq. época ficou sendo conhecida como a da "arte para turistas", pois uma das suas razões de ser era o comércio. Podemos situar o aparecimento da escola moderna na Indonésia em 1938, ano da fundação de duas associações artísticas, uma sob a direção de Sudjo­jonO, a outra, situada, em Jogjakarta, sob a orien­tação de Affundi e conhecida como "pelukis Rak­jat". Apesar de fieis discípulos da escola ocidental, a­queles dois mestres foram úteis na medida em que procuraram inculcar no aluno a consciência de sua personalidade, tentando, desta maneira, livrá-lo do anonimato que o sufocava na escola precedente. Tiveram igualmente o mérito de não deixar que seus alunos, ao estudarem a pintura das escolas oci­dentais, perdessem de vista os valores culturais tn­donésios. Salientavam êles que o desenvolvimento da nova arte Indonésia devia permanecer indepen­dente, apesar de empregar técnicas importadas do Ocidente. Dentre os artistas que surgiram durante a última guerra e a revolução, salientam-se: Hendra Ngan­tung, Basuki Resobowo, Mochtar, Apin, Sundoro, Trubus, Kerton, Baharudin e Sudarso. Estes artis­tas deixaram completamente de lado a antiga reli-

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INDONÉSIA

pintura

gzao indú e seus motivos artístico-religiosos, para buscar motivos de inspiração na vida diária da mo­derna Indonésia, pintando cenas do festival do ar­roz, da dança do cavalo, tão típica da região de Java, ou das corridas de touros da região de Madu­ra. Essas pinturas, executadas quer com aquarela, nas côres vivas e chocantes dos trópicos, quer com o suave pastel, dão-nos a impressão de tremenda vitalidade, movimento e calor. Depois da declaração da independência, o desenvol­vimento da arte na Indonésia tem sido estimulado pelo Govêrno, que proporciona meios para o estudo das belas artes. Muitos artistas indonésios foram enviados para estudar na Europa. Através de maior conhecimento da arte, sob todos os seus aspectos, origens e conteúdo histórico, receberam os jovens artistas enorme impulso. Assim, apesar da arte moderna na Indonésia ainda se encontrar na fase inicial, possúi dinamismo e está rapidamente adaptando as técnicas modernas à interpretação de nossa cultura. Por intermédio desta participação na Bienal de Arte Moderna da Cidade de São Paulo, desejamos dar aos nossos jo­vens artistas mais uma oportunidade para adqui­rir a cultura e a experiência que muito 0$ aiudarão na conquista de seus ideais.

A cultura "DONGSON", orignárla da China do Sul e da Indonésia, chegou ao seu apogeu no principio da Idade do Bronze ou seja, 600 AC e Influenciou conslderàvelmen­te a s.rte Indonésia. Caracterlzava-a um estilo altamente decorativo e ornamental, de concepção puramente estétca, ep contraste com a antiga arte simbólica da Indonésia.

P i n t u r a

AFFANDI 1 MAE. 2 MUNTITI.

200

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INDONÉSIA

pintura

AGUSDJAJA

3 BAILARINA.

4 BANDUG.

ri MINHA ESPOSA.

OTTA DJAJA

6 QUARTO.

7 REPOUSO.

DULLAH

8 HOMEM COM GALINHA.

9 RUA DE DJAKARTA.

USMAN EFFENDI

10 CASA.

11 ARVORE.

HAMDRIJO

12 SONHO DE CRIANÇA.

HARJADIS

13 AUTO-RETRATO.

14 MINHA ESPOSA.

HENDRA

15 AUTO-RETRATO.

16 MINHA ESPOSA.

201

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26

BANDUNG.

CRIANÇA.

CRIANÇAS.

MAE E FILHO.

BARCO A VELA.

ARROZAL.

MENINA.

MULHER.

MONTANHAS.

BEZERRO

INDONÉSIA pintura

KARTONO"i

KUSNADI

NASBAR

NASJAB

BENK NGANTUNG

B. RESOBOWO

RULIATI

RUSLI

SASONGKO

202

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INDONÉSIA

pintura

SHOLIHIN

27 IDAH.

28 IDAH RELASE.

29 SENHORA NAH.

SJAHRI

SO BARCO A VELA.

SI CASA.

S2 GALINHAS.

SUDARSO

SS RIO.

SUDIARDJO

S4 O MUNDO DOS SONHOS.

S5 PRISIONEIRO POLíTICO.

S. SUDJOJONO

S6 A ESCOLHA DO VESTIDO.

S7 MAE.

S8 PASTEL.

TRISNO SUMARDJO

S9 BALI.

SUPINI

40 MoçA PENSATIVA.

203

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INDONÉSIA

pintura

SUROMO

41 MINHA ESt'óSA.

TRUBUS

42 AUTO-RETRATO .

43 DUAS CRIANÇAS.

44 SR. s.

ZAINI

45 CRIANÇAS.

46 MOCIDADE.

47 VELHO.

204

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S R A E L DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉ­RIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DE ISRAEL

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ISRAEL

O renascimento da vida nacional judaica, em sua terra ancestral, berço de sua cultura,

e o processo de enraizamento no solo pátrio estão se refletindo em todos os campos da vida cultural do país. Essa extraordinária revolução na vida do povo judaico pode ser percebida, também, nas artes plásticas, nas obras dos jovens pintores e escultores de Israel. O problema duma arte nacional judaica, suas fina­nalidades e tendências, apresentou-se aos pintores e escultores recém-imigrados, para a então ainda cha­mada Palestina, em 1906, com a chegada do Profes­sor Boris Schatz e a fundação da Escola de Belas Artes Bezalel, em Jerusalém. Desde então tem-se desenvolvido muito a expressão artística do país. O problema que os artistas de Israel enfrentam é duplo: conservar e desenvolver as tradições e re­cordações trazidas dos países estrangeiros e, por outro lado, encontrar uma expressão artística ade­quada e justa para a nova vida e o espírito cria­dor que se manifesta, hoje, em tantos campos di­versos, em Israel. As obras enviadas para a Segunda Bienal de São Paulo refletem êste empenho dos artistas de Israel em encontrar seu estilo e sua expressão. Colocqm êles os fundamentos, para desenvolvimento futuro, das artes plásticas do país, buscando sua inspiração em duas fontes: uma o país mesmo, sua energia fervilhante, suas realizações surpreendentes, a sega dos imigrantes, a conquista do deserto, a erecção de vilas e cidades; a outra, o mundo de formas e cô­res criado pela vanguarda artística mundial. A paisagem marcante de Israel, a claridade do sol mediterrâneo, os contornos variados e a infinita­mente rica paleta de côres que se oferecem ao olhar, desde a Galiléia, no Norte, até Elat, no Sul, exer­cem, evidentemente, uma influência profunda sôbre a arte dos pintores. É' de se notar, porém, que grande proporção dêsses jovens artistas se viram

206

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ISRAEL

pintura

atraidos mais pela concepção moderna de formas e coloridos do que pela tradição impressionista da geração precedente. É verdade que nossos artistas não conseguiram, ain­da, criar um estilo que esteja profundamente arrai­gado ao solo do país e aberto, ao mesmo tempo, à influência das tendências e do espírito de nossa épo­ca. No entanto, a obra de alguns jovens já põe em evidência os primeiros sinais da vitalidade de uma tal escola. O grupo de pintores cujas telas foram enviadas a esta exposição representam a corrente moderna da arte de Israel. As pinturas expostas são, em sua maioria, de artistas ainda jovens, componentes da nova geração. Entre êles, porém, encontram-se alguns que, apesar de pertencerem à geração precedente, foram os precursores dessa nova tendência na vida artística do país. Para os pintores participantes da Segunda Bienal de São Paulo, gente 10vem, aberta à influência do exterior, há grande interêsse em travar conhecimen­to com a arte do continente americano, especial­mente do Brasil. Esperamos, por êste motivo, que os contatos ora estabelecidos poderão futuramente en­riquecer as fontes de inspiração dos pintores de Israel.

pintura

MORDEKHAI ARDOH Diretor do Deportomento de Artes Plósticos do Ministério do Educação de I s r o e I

PINHAS ABRAMOVITZ (1909)

1 COMPOSIÇAO, 1951. 61 x 46. 2 NATUREZA MORTA, 1952. 60 x 80. S NO BALCAO, 1952. 73 x 100. 4 PAISAGEM NO ACRE, 1952. 55 x 46.

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ISRAEL

pintura

ABARON KABANA (1905)

5 FIGURAS AO REDOR DA MESA, 19951. 50 x 65. Museum Tel-Aviv.

6 IN MEMORIAM DE "IZKOR", 1952. 120 x 160. 7 O SACRIFíCIO DE ISAAC, 1951. 73 x 60. Mr.

Raban. 8 TR:I!:S FIGURAS ENCMTADAS COM A LUA,

1950. 73 x 92. 9 UMA VISITA, 1951. 38 x 61.

ARIE LUBIN (1897)

10 AS BANHISTAS, 1952. 41 x 92.

11 CAFlt ARABE, 1952. 46 x 54.

12 CAFlt ARABE, 1952. 65.x 100.

18 ZAFFED, 1952. 60 x 73.

ABRABAM NATON (1906)

14 DAVID E SAUL, 1951. 100 x 75.

15 ENCONTRO, 1952. 55 x 73.

16 PESCADORES NO KINNERETH, 1951. 100 x 130.

AVSBALOM OKSCHI (1916)

17 ACRE, 1951. 65 x 100. 18 ACRE, 1952. 100 x 135. 19 BOTES DE PESCADORES NO ACRE, 1951.

95 x 75. 20 PAISAGEM COM CúPULAS DE MESQUITAS,

1951. 82 x 67.

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ISRAEL pintura

JEHlEL KRIZE (1909)

21 COMPOSIÇÃO, 1953. Guache. 50 x 70. 22 JAFFA, 1953. Guache. 50 x 70. 23 NOS BAIRROS POBRES, 1953. Guache. 50 x 70. 24 PELOTIQUEIROS EM JAFFA, 1951. Guache.

50 x 70. 25 RUINAS NA ALDEIA, 1953. Guache. 50 x 70.

JOBANAN SIMON (1905)

26 A FAMíLIA DE CAMPONESES, 1952. 75 x 120. 27 CHUVA EM MAABARA, 1952. 95 x 135. 28 MENINOS NO CHUVEIRO, 1951. 64 x 94. Mu­

seum Tel-Aviv.

MARCEL JANCO (1895)

29 HERMON E AHULA, 1952. 73 x 92. 30 JAFFA DESTRUIDA, 1952. 80 x 100. 31 LINHA NO ESPAÇO, 1951. 66 x 82. 32 MONTANHAS E ADMIRAÇAO, 1951. 73 x 92.

MORDEBKBAI ARIELI (1909)

33 FIGURA A CAMINHO DA PORTA, 1952. Guache. 50 x 60.

34 INTERIOR, 1952. Guache. 50 x 60. 35 NATUREZA MORTA, 1952. Guache. 50 x 60.

SBMUEL RAAYONI (1905)

36 ABSTRATO, 1952. Guache. 53 x 36. 37 FIGURAS, 1952. Guache. 37 x 56.

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ISRAEL pintura

38 NATUREZA MORTA, 1953. Guache. 44 x 59. 39 NO ATELIER, 1952. Guache. 3 8x 55.

YAACOV EISENSCER (1896)

40 BAtA DE JAFFA, 1952. Guache. 70 x 60. U JAFFA, 1952. Guache. 50 x 64. 42 PAISAGEM DE ZAFFED, 1951. Guache. 50 x 64.

YAACOV WEXLER (1912)

43 DUAS FIGURAS EM VERDE, 1952. 116 x 89. « FIGURAS NUMA PAISAGEM, 1951. 46 x 38. 45 INTERIOR, 1951. 81 x 65. 46 MULHER SENTADA, 1952. 150 x 80. 4'7 NÚ, 1952. 73 x 50.

ZVI MEIROVITZ (1911)

48 MULHER ORIENTAL EM F'mIAS. 1951. 71 x 118. 49 NATUREZA MORTA, 1952. 60 x 80. 50 SOLIDAO, 1951. 70 x 115.

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T Á L A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA "BIENNALE DI VENEZIA", POR INCUMB~NCIA DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES E DO MINISTÉRIO DA INSTRUÇÃO PÚBLICA, E SELECIONADA PELOS MEMBROS ITALIANOS DA JUNTA INTERNACIO­NAL DE PERITOS DA BIENAL DE VENEZA: CAR­LOS GIULlO ARGAN, INSPETOR CENTRAL DA DI­REÇÃO GERAL DE BELAS ARTES DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; GIUSEPPE FIOCCO, PROFESSOR DE HISTÓRIA DA ARTE NA UNIVERSIDADE DE FLO­RENÇA; LUCIANO MINGUZZI, ESCULTOR; RODOL­FO PALLUCCHINI, PROFESSOR DE HISTóRIA DA ARTE NA UNIVERSIDADE DE BOLONHA; CARLO ALBERTO PETRUCCI, DIRETOR DA CALCOGRAFIA NACIONAL DE ROMA; GINO SEVERINI, PINTOR.

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S a la e s p e c ia I

FUTURISMO

ITÁLIA

Q uando Umberto Boccioni foi a Paris, em 1902, os princípios do cubismo ainda não tinham si­

do inventados e apenas um ano depois da chegada de Severini - que para lá foi ainda em 1906, no ano da morte de Cézanne - Picasso executou "Les de­moiselles d' Avignon", primeira antecipação das fór­mulas cubistas e, sobretudo, início de uma nova época figumtiva. Giacomo Balla já regressara da capital francesa, em 1898, e não muito tempo depois Boccioni e Severini encontraram-se no seu atelier, por onde passou também Sironi. O ensino de Balla, todavia, como testemunham seus inícios pictóricos, não passou da aplicação dos princípios divisionistas. Sua orientação ainda continuava no rumo das ex­periências do post-impressionismo e não se ar.risca­va em aventuras de uma revolução mais ousada. O tempo amadureceu, porém, mais urgentes impul­sos construtivos e não é improvável que as dis­cussões no ateUer de Balla deixassem alguns ras­tros nessas almas jovens e arrojadas. Em 1907, Boccioni escreveu no seu diário: "Quero pintar tudo que é novo, fruto de nossa época industrial", e quando, dois anos depois, encontrou em Milão, Fi­lippo Tommaso Marinetti, achou, nas suas abrasa­das e tumultuosas afirmações, novo estímulo para exaltar-se em seu propósito. E' o ano do primeiro cubismo analítico de Braque e de Picasso, e no seguinte, em 1910, Kandinsky já se entrega à poética das formas abstratas. O dia 11 de Fevereiro de 1910 é justamente a data em que Boccioni, Carrá, Russolo, Balla e Severini assinam o "Manifesto dos pintores futuristas", que foi lido e distribuído a 8 de Março, do palco do Teatro Chiarella, de Turim. Se­guiu-se, a 11 de Abril o "Manifesto técnico da pin­tura futurista" e, a 11 d~ abril de 1912, o "Manifesto

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I T ÁL IA

futurismo

técnico da escultura futurista", assinado por Boccio­ni. Além disso Boccioni, Carra, Russolo, Balla e Severini haviam assinado, em Fevereiro, de 1912, o prefácio do catálogo da primeira exposiçãó de

. pintura futurista realizada na Galeria Bernheim, em Paris. Eis os documentos fundamentais, além dos escritos de Boccioni, sôbre a poética figurativa futurista. No desejo de "contribuir para a indispensável reno­vação de todas as expressões de arte, travavam uma luta cerrada contra todos os artistas e tôdas as instituições que, embora disfarçados em trajes falsamente modernos, continuavam emaranhados na tradição, no academismo e, principalmente, numa repugnante preguiça intelectual". Um gesto já não era para êles "um momento parado no dinamismo universal", mas devia tornar-se" decididamente, a sensação dinâmica e, portanto, eterna". Afirma­vam, também, que assim como em todos os domi­nios do pensamento humano, à imovel obscuridade do dogma sucedeu-se a esclarecida pesquisa indi­vidual, é necessário que na nossa arte a tradição acadêmica seja substituída por uma corrente vivi­ficante de liberdade individual". Por êste caminho acreditavam "entrar novamente na vida" e criar um novo lirismo. Em resumo a estética futurista partia das premis­sas do impressionismo, do qual admirava o lirismo e o movimento, e afirmava que "não podia e~stir pintura sem divisionismo": mas, para o pintor mo­derno, devia ser isso "complementarismo congênito" Tudo se torna movimento na arte futurista, no mes­mo instante em que se verifica um fenômeno análogo ao que foi instaurado pelo cubismo, rejeitado, porém, pelo futurismo, com firmeza. Um quadro devia ser "a síntese do que se recorda e do que se vê", e conservar "a simultaneidade dos estados da alma". Quando dizem isso ou quando falam da "desloca­ção e da desagregação dos objetos" ou de represen­tar "o ritmo particular de cada objeto" e a sua

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ITÁLIA

futurismo

"fôrça interior", ou então, também, a; "síntese dos diferentes ritmos abstratos de cada objeto", os fu­turistas não estão muito longe das intenções que inspiram os cubistas. Existe, todavia, uma pro­funda diferença quer no resultado artístico, quer na linguagem que usavam e no fato, observado com perspicácia por Boccioni, de que é muito perigoso, na arte, "passar ao conceito, como querem fazer os cubtstas, quando falta em nós a identidade entre a realidade exterior e a interior". De fato, a esté­tica cubista é estática, racionalista ("é um processo racional que vive na relatividade, não num absoluto intuitivo") e embora se possa adaptar também ao cubismo a afirmação de Boccioni, de que "a reali­dade não é o objeto, mas a transfiguração por que ele passa, ao identificar-se com o assunto", é bom recordar que a intenção de Boccioni excedia os li­mites da atitude futurista para atingir uma atitude figurativa moderna de maior alcance. De qual­quer modo, era natural que se travasse uma polê­mica com os vizinhos cubistas, justamente quando o futurismo ia conquistando as suas mais espetacu­lares vitórias e era publicado o volume "Sôbre o Cubismo", de Gleizes e Metzinger. Aliás, o pro­blema espaço-tempo, de onde partiram os cubistas, não era de todo alheio aos futuristas; nem o proble­ma espaço-luz, que foi a dinâmica dos impressionis­tas. Ao examinar, porém, as obras que nos deixaram, po­demos especificar várias interferências de cultura: cromatismos divisionistas, deduções simbolistas, ten­dências "libertll", solicitações expressionistas, absor­vidas na resultante estilística dos maiores artistas. De tal forma, que sempre vale a pena não desprezar a crônica para se contentar com as qualidades poéticas que cada trabalho encerra e expressa. En­tão, as derivações e as ascendências já não impor­tam, porque os resultados que se alcançam atingem o domínio da civilização artística. A seleção que aquí figura, ainda mais riy?,rosa na

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ITÁL I A

futurismo

escolha dos artistas do que na das obras, oferece exemplos duradouros, não somente por tudo que dizem nos limites de cada quadro, mas também pe­lo que sugeriram aos artistas que lhes sucederam, com dotes de inteligência e de poesia. Pouco durou, aliás, a época futurista. Aderiram ao movimento: em 1912, Giacomo Prampolini, quando estava na Academia de Roma; em 1915, Ardengo Softici, que, dois anos antes, na revista "La Voce", escrevera dois violentos artigos contra o movimento; em 1914, Ottone Rosai e Achille Funi; em 1915, Mario Sironi, que, em 1910, recusara assinar o manifesto. Outros nomes pOderiam ser 'indicados, mas pertencem às chamadas "segunda geração" e "terceira geração" dos futuristas, que continuam até os nossos dias, e não interessam a esta representação, a qual se limita ao período heróico do movimento: aquele que deu algumas sujestões a Delaunay e a Léger, estimu­lou també7Tli o "radiantismo" de Larionov, o "conS­trutivismo" de Tatlin, o "suprematismo" de Malevitch 6 o "Vorticismo" de Wyndham Lewis, todos ativos em 1913. As obras dos primeiros futuristas elevam realmente ao plano da poesia o ato pelo qual, segundo a obser­vação de Boccioni, o artista devia "viver o objeto na sua manifestação", "dar a forma simultânea que desabrocha do drama do objeto no seu ambten­te'J. Portanto, e com tôda razão, os futuristas po­diam intervir na história de uma civilização: reen­contrar experiências úteis, na áspera agitação de um passado recente e desenvolvê-las em novas pers­pectivas, mediante uma articulação da linguagem numa expressão mais particular. Não foi somente uma nova dimensão estilística que Boccioni pro­pôs, mas uma nova dimensão dos conteúdos. O futurismo foi o primeiro que notou a necessidade de uma regeneração total da cultura figurativa italiana e embora se admita o erro de partir de uma ideologia polêmica, ao invés de um conceito, formal, fOl~ também o primeiro que, depois do deS--

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IT ÁL I A

futurismo

têrro do século XIX, reconduziu a Italia ao centro em que se forjavam os destinos artísticos da Euro­pa. A contribuição oferecida por êsse empreendimento não se pode ignorar, pois algumas obras dêsse pe­ríodo, também muito intenso do ponto de vista mo­ral, permanecem na história de vários artistas como axiomas que os caracterizam. Só o novo destêrro "imperialista" da terceira e quarta década do sécu­lo podia subverter a realidade autêntica dêsses con­selhos e substituir a audácia artística pela audácia belicosa. Só as novas gerações, porém, podiam des­fazer essas tramas e ponderar novamente, no seu próprio sentido, as preciosas indicações que nos le­gara essa concepção, romântica na sua essência. "Vamos colocar o espectador no centro do quadro" escreveu Boccioni, e, modificando uma frase de Cé­zanne "os contornos do objeto fogem para uma periferia ambiente, de que somos o centro ... " Ainda hoje somos nós o centro da obra; nós, com todo o nosso entusiasmo, tôda a nossa humanidade e tôda a nossa consciência.

UMBRO APOLLONIO

pintura

GIACOMO BALLA (1871)

1 INJEÇAO DE FUTURISMO, 1913-14. 80 x 114. Coleção Benedetta Marinetti, Roma.

2 ESCOVA RINDO-SE, 1913-14. 70 x 100. Coleção particular, Milão.

S MERCÚRIO PASSA DIANTE DO SOL, 1914. Car­tão. 123 x 100. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

4 ESTUDO PARA "AUTOMOVEL EM CORRIDA", 1914. 55 x 73,5.

5 DEMONSTRAÇAO, 1915. 74,5 x 100.

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I T ÁL I A

futurismo

UMBERTO BOCCIONI (1882-1916)

6 ESTADOS DE ALMA. Estudo para "As despedi­das", 1911. 70 x 95. Galeria de Arte Moderna, Milão.

7 ESTADOS DE ALMA. Estudo para "Os que par­tem", 1911. 70 x 95. Galeria de Arte Moderna, Milão.

8 ESTADOS DE ALMA. "Os que ficam", 1911. 70 x 95. Coleção Nelson A. Rockefeller, New kork.

9 ESTUDO DE MULHER, 1911. 135 x 95. Galeria de Arte Moderna, Milão.

10 MAnRIA, 1912. 225 x 150. Coleção Gianni Mat­tioli, Milão.

11 ELASTICIDADE, 1912. 100 x 100. Coleção par­ticular, Milão.

12 CONSTRUÇAO ESPffiAL, 1914. 95 x 95. Galeria de Arte Moderna, Milão.

CARLO CARRA (1881)

13 O QUE ME DISSE O BONDE, 1911. 52 x 67. Co­leção Eugenio Ventura, Florença.

14 RITMOS DE OBJETOS, 1911. 52 x 67. Coleção Emílio Jesi, Milão.

15 A MULHER E O ABSINTO, 1911/12. 67 x 52. Coleção Eugenio Ventura, Florença.

16 A GALERIA DE MILAO, 1912. 90 x 50. Coleção Mattioli, Milão.

17 CAVALO E CAVALEffiO, 1914-15. Colagem. 39 x 68. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

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IT ÁL IA

futurismo

ACHILLE FUNI (1890)

18 AUTO-RETRATO, 1913. Guache. 110 x 65. Cole­ção Adriano Pallini, Milão.

19 COMPOSIÇAO: UM HOMEM DESCE DE UM BONDE, 1914. 118 x 132. Galeria de Arte Mo­derna, Milão.

ENRICO PRAMPOLINI (1894)

20 MULHER A JANELA, 1914. Cartão. 50 x 65. Co­leção Vittorio Orazi, Roma.

OTTONE ROSAI (1895)

21 DINAMISMO - "BAR SAN MARCO", 1912. Cartão 57 x 52. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

22 GARRAFA ZANG TUMB TUMB, 1912. 45 x 35. Coleção particular, Milão.

LUlGI RUSSOLO (1885-1947)

23 SOLIDEZ DA mVOA, 1912. 10 x 65. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

24 O PERFUME, 64,S x 6.5,5. Coleção Benedetta Ma­rinetti, Roma.

GINO SEVERINI (1883)

25 BAILARINA EM AZUL. 1912. 61 x 46. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

26 DINAMISMO DE UMA BAILARINA, 19912. 61 x 46. Coleção particular, Milão.

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IT ÁL IA

futurismo

27 NORD-SUD, 1912. 49 x 65. Coleção Emilio Jesi, Milão.

28 EXPANSAO CENTRíFUGA DA LUZ, 1914. 61 x 50. Coleção particular, Milão.

29 A GUERRA, 1914. 93 x 939. Coleção particular, Milão.

MARIO SIRONI (1885)

30 COMPOSIÇAO, 1912. Lapis e guache. 48 x 32. Galeria "TI Milione", Milão.

31 FIGURA, Tinta. 19 x 13. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

32 PLASTICA DE UMA CABEÇA, 1913. Têmpera. 30 2 22. Galeria "TI Milione", Milão.

33 AUTO-RETRATO, 1913. 53 x 49. Galeria de Arte Moderna, Milão.

34 COMPOSIÇAO FUTURISTA, 1914. 71 x 78. Cole­ção particular.

ARDENGO SOFFICI (1879)

35 UMA POBRE, 1913. 65 x 48. Coleção Gianni Mat­tioli, Milão.

36 TIPOGRAFIA, 1914. Pintura e colagem. _ 54 x 65. Coleção Frua de Angeli, Milão.

37 FRUTAS E LICORES, 1915. 65 x 54. Coleção Gianni Mattioli, Milão.

escultura

UMBERTO BOCCIONI (1882-1916)

38 DESENVOLVIMENTO DE UMA GARRAFA NO ES­PAÇO, 1912. Bronze. 44. Galeria de Arte Moder­na, Milão.

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I T ÁL I A

futurismo

89 DESGRACIOSO, 1912. Bronze. Coleção Benedetta Marinetti, Roma.

40 FORMAS ÚNICAS DA CONTINUIDADE NO ES­PAÇO, 1913. Bronze. 112. Galeria de Arte Mo­derna, Milão.

S A L A GERAL

A partir do início dêste século, também na Itália, como em tôda parte, verificaram-se profundas transformações na linguagem artística e renega­ram-se todos os processos que correspondem a uma simples habilidade técnica. O artista já não devia ser dominado pelo objeto, mas devia subordinar tô­da expressão às sugestões da sua experiência ínti­ma. Esta nova atitude do artista perante o mundo circunstante caracterizou e continua a caracterizar todos os aspectos da cultura figurativa moderna. Justamente para esclarecer os desenvolvimentos dês­se fenômeno, a representação italiana na grande Bienal de São Paulo quís, êste ano, apresentar uma documentação do Futurismo: o movimento de que resultou a renovação artística de nossa terra. Foi uma renovação muito combatida, que despertou violentas reações, certamente semelhantes às que fo­ram causadas pelo cubismo na França, onde, em 1912, chegaram a interpelar o Govêrno, na Câmara dos Deputados, sôbre o que era considerado "ma­nifestação de caráter francamente anti-artístico e anti-nacional". Com o Futurismo - quer pela qualidade das obras dos vários artistas, quer pelas consequências de suas proposições teóricas - a Itália voltou a ter o indispensável contato com a consciência ar­tística europeia e, portanto, não obstante algumas explosões destruidoras, o resultado foi incontestàvel-

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I T ÁL I A

pintura

mente construtivo. Hoje aparece-nos êle, nitida­mente, em seu significado histórico, e o interêsse que desperta em todo o mundo - os museus da Europa e da América rivalizam para adquirir as obras futuristas - certificam a validade de sua ação. A par dêsse grupo de trabalhos, escolhidos dentre os mais característicos do período culminante, que finalizou ao iniciar-se a primeira guerra mundial, e cujos autores ainda figuram entre os mais cé­lebres e insignes da arte moderna, a Itália expõe uma série de obras de artistas de idade e formação diferentes; uns têm mais de sessenta anos, outros apenas trinta, mas todos, por uma feição ou por outra, se interessam profundamente pela visão fi­gurativa de hoje, quer dizer, não baixaram ao nível dos que recusam penetrar e interpretar uma civi­lização que nunca foi imóvel. Este sentimento, que sempre os torna atuais, participando dêsse movi­mento fatal que marca qualquer ato do espírito, deveria ser o indício da validade das suas obras. Só com a fôrça da poesia podem-se derrubar as barreiras que dividem as gerações, e somente graças a ela é possível resistir ao assalto das idades se­guintes. A organização das grandes exposições, com o intui­to de oferecer um panorama sintomático da cultura contemporânea, não pode deixar de levar em conta os fenômenos mais relevantes que se verificam no campo estético. Portanto, os exemplos que aqui estão documentados, no domínio da pintura como no da escultura ou da gravura, são testemunhos qualificados da atividade artística italiana. Seria, contudo, imprudente supor que os artistas aqui presentes exemplificam tôdas as variedades de ima­gens que se podem observar: são apenas algumas das provas mais instrutivas que constituem a nossa atividade figurativa. Estou, porém, convencido de que podem resistir a um confronto com os colegas de outros países e, mais uma vez, vão assegurar a

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IT ÁL IA

pintura

unidade de desenvolvimento e de intenções que os guia: já conseguiram, aliás, notável êxito no es­trangeiro. A cultura italiana, depois da segunda guerra mun­dial, progrediu muito, por ter sido despojada de todo equívoco retórico: tõdas as formas de expressão puderam desenvolver-se em plena liberdade e mui­tos artistas de valor, postos à margem, conseguiram recuperar seus lugares de primeiro plano. Da mes­ma forma, novos fermentos vieram juntar-se aos motivos de inspiração e um fervor de atividade, tanto nos velhos como nos jovens, criou em tôda parte obras notáveis, cuja perfeição foi logo reco­nhecida. A Bienal de Veneza, em suas exposições, procura salientar os acontecimentos mais importan­tes de nossa história figurativa e alegra-se em con­tribuir para o seu conhecimento, também no Brasil, onde se realiza outra reunião internacional, em que os valores autênticos da arte contemporânea se jun­tam, para oferecer ao mundo a mais alta mensagem de poesia. Os que a levam da Itália merecem ser tncumbidos desta grande tarefa pela autoridade de seus nomes e o interêsse de suas realizações.

Seno GIOVAHHI POHTI Presidente da Bienal de Veneza

pintura

1 A PERSIANA, 1953. 86 x 127.

2 ARRABALDE, 1953. 65 x 85.

S LIVRO· AMARELO, 1952. 127 x 152.

AFRO (1912)

" O CARIMBO VERMELHO, 1953. 150 x 200. 5 O SOFA, 1953. 160 x 212.

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ITÁLIA

pintura

RENATO BffiOLLI (1906)

6 A ILHA PORTO-BUSO. 1951. 77 x 108. 7 A REDE CHEIA. 1950/52. 67 x 110. 8 CANAL ESCURO. 1953. 200 x 180. 9 MAR E PAÚL. 1953. 200 x 180.

10 VINHEIRO. 1952. 135 x 70.

FELICE CASORATI (1886)

11 CRIANÇA NO ATELIER. 1952. 165 x 80.

12 MULHER DEITADA. 1949. 51 x 66. Coleção Enzo Cagnassone. Turino.

13 NATUREZA MORTA COM LIMÕES. 1950. 85 x 50. Coleção Endco Vallecchi. Florença.

14 NATUREZA MORTA COM PERAS E PíFAROS. 1953. 60 x 50.

15 O ESPANTALHO. 1948. 90 x 65. Coleção Lino Toso. Veneza.

16 OVOS SOBRE O TAPETE. 1948. óleo sôbre ma­deira. 48 x 50. Coleção Ornella Buzzl. Alexandria.

17 SOMBRAS. 1951. 49 x 85. Coleção Giorgio Chia­don Cassoni. Roma.

BRUNO CASSINARI (1912)

18 A NOITE. 1952. 100 x 200. 19 ATELIER. 1953. 120 x 105. 20 "LA GRAN MADRE". 1953. 130 x 75. 21 NATUREZA VIVA. 1953. 70 x 100. 22 O SIU:NCIO DO MAR. 1953. 75 x 110. 23 O VERAO EM GROPPARELLO. 1953. 100 x 140. 24 SAUDADE DO MAR. 1953. 100 x 140.

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I T ÁL IA

pintura

MINO MACCARI (1898)

25 AS FÉRIAS. óleo sôbre madeira. 50 x 70. 26 BRUXAS, 1950. óleo sôbre madeira. 50 x 70. 27 CONVERSAÇAO, 1953. 40 x 60. 28 LIB];:LULAS, 1953. 40 x 60. 29 MADAME VERDOUX, 1953. 60 x 40. 30 SENHORAS, 1953. óleo sôbre madeira. 40 x 60. 31 SEREIAS, 1953. óleo sôbre madeira. 55 x 40.

MARIO MAFAI (1902)

32 BANCO DE FLORES, 1952. 100 x 80. 33 ESTRADA DE SUBÚRBIO, 1951. 100 x 200. 34 PAISAGEM ROMANA, 1953. 50 x 70. 35 PIMENTõES, 1952. 50 x 75. 36 ROSAS, 1952. 50 x 70.

MATTIA MORENI (1920)

37 AS DOCES COLINAS DE BRISIGHELLA, 1953. 150 x 257.

38 ENTRE MOITAS NA MINA ,1953. 100 x 120. 39 MOITAS NA COLINA BANHADA PELO SOL, 1953.

108 x 140. 40 POR DO SOL (SEMPRE A MESMA COISA), 1953.

100 x 140.

ENNIO MORLOTTI (1910)

41 FIGURA EM VERDE, 1952. 120 x 100. 42 GRANDE Nú, 1952. 100 x 150. 43 LA V ADEIRAS, 1952. 150 x 110. 44 NÚ NA PAISAGEM, 1952. 130 x 130. 45 NÚ NA PAISAGEM, 1952. 100 x 140.

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ITÁL IA

pintura

ENRICO PAULUCCI (1901)

46 CONTO MARíTIMO, 1953. 160 x 97. 4'7 GRANDE PORTO, 1953.97 x 146. 48 PEQUENO PORTO, 1953. 54 x 73. 49 VALE, 1952. 75 x 90. 50 PORTO AZUL, 1952. 100 x 65.

OTTONE ROSAI (1895)

51 ANTIGO MOSTEIRO, 1953. 50 x 70. 52 AUTO-RETRATO, 1953. 65 x 50. 53 COCHEIRO, 1953. 65 x 50. M COLINA SOBRE AS CASAS, 1953. 70 x 50. 55 CONSTRUÇÕES, 1953. 65 x 50. 56 FIGURAS NA TABERNA, 1953. 70 x 50. 57 PAREDE, 1953. 45 x 60.

BRUNO SAETTI (1902)

58 COMPOSI(:AO, 1952. Afresco. 82 x 67. 59 FIGURA, Afresco. 80 x 60. 60 JOVENS E CRAVO, 1947. Afresco. 76 x 99. Co-

leção Mario di Frattina, Veneza. 61 MAE, 1950-53. 94 x 74. 62 MAE, 1951. AFRESCO. 106 x 63. 63 PAISAGEM AO SOL, 1952. 50 x 69. 64 PAISAGEM AO SOL, 1953. Afresco. 499 x 63.

GIUSEPPE SANTOMASO (190'7)

65 A HORA DAS CIGARRAS, 1953. 120 x 150. 66 ARPIAO DO ADIGE, 1953. 110 x 70. 67 BATE-ESTACAS, 1953. 110 x 70.

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IT ÁLIA

pintura

68 CEIFEIRA DIANTE DA PAREDE CAIADA, 1953. 120 x 150.

69 MADRUGADA SOBRE AS FOICES, 1953. 150 x 120.

MARIO SIRONl (1885)

70 A LEI DOS NúMEROS, 1951. 50 x 69. U COMPOSIÇAO COM CASA ESCURA, 1952. 50 x 60. 72 COMPOSrçAO COM FORMAS FIGURATIVAS

VERTICAIS, 1951. 60 x 70. 73 COMPOSIÇAO COM UM TRANSEUNTE, 1953.

70 x 100. 74 COMPOSIÇAO EM ESCURO, 1952. 50 x 70. 75 COMPOSIÇAO EM VERMELHO COM UM CA­

VALO BRANCO, 1952, 100 x 80. 76 COMPOSIÇAO EM VERDE ESCURO, 1953. 75 x 90.

ATANASIO SOLDATI (1896-1953)

77 ANALOGIA, 1949-50. 80 x 100. 78 COMPOSIÇAO. 46 x 33. 79 COMPOSIÇAO. 23 x 39. Coleção Renato Carrain,

Veneza. 80 COMPOSIÇAO, 1952. 100 x 65. 81 ESTRADA TRANSVERSAL, 1947. 116 x 62. 82 POR QUE?, 1952. 62 x 100.

EMILIO VEDOVA (1919)

83 CICLO DA NATUREZA N.o 3: PALMARIA, 1953. Têmpera. 145 x 190.

84 CICLO DA NATUREZA N.o 7, 1953. Têmpera. 145 x 190.

226

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IT ÁL IA

pintura - escultura

85 CICLO DA NATUREZA N.o 10, 1953. Têmpera. 15 x 190.

86 CICLO DO PROTESTO N.O 6: PARA UM PRO­TESTO, 1953. Têmpera. 145 x 190.

87 CICLO DO PROTESTO N.O 8: OS ESTALEIROS DO MUNDO SAO TRISTES, 1953. Têmpera. 145 x 190.

escultura

AGENORE FABBRI (1911)

1 A MAE, 1952. Terra-cota com reflexos. 120. 2 BRIGA DE CAES, 1952. 70. S CAO FERIDO NA GUERRA, 1952. Terra-cota po­

Ucroma. 70. 4 CAVALO, 1952. Bronze colorido. 60. 5 MOÇO DURANTE A GUERRA, 1952. Terra-cota

poUcroma. 140.

PERICLE FAZZINI (1913)

6 ACROBATAS, 1946. Bronze. 75. 7 BUSTO DE HOMEM, 1951. Bronze. 70. 8 GATO, ,1953. Bronze. 43. 9 HOMEM GRITANDO, 1952. Bronze. 57.

10 PASTOR DO LACIO, 1953. Bronze. 25.

MARINO MARINI (1901)

11 CAVALEIRO, 1950. Madeira. 170.

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ITÁLIA

escultura - desenho

12 ERSíLIA, 1931-1949. Madeira colorida. 130. 13 G~E CAVALO, 1951. Bronze.Coleção Francisco

Matarazzo Sobrinho, São Paulo. 14 O TOURO, 1951. Bronze. 60. 15 PEQUENO BRONZE. Coleção Valentin Gallery,

New York. 16 POMONA, 1949. Bronze. 160. n RETRATO DE STRAWINSKY, 1950. Bron­

ze. 30.

MARCELLO MASCHERINI (1906)

18 CRISTO ESCARNECIDO, 1953. Madeira. 300. 19 FIGURA (FRAGMENTO), 1952. Bronze. 180. 20 HOMEM COM UM CAO, 1952. Bronze. 96. 21 MULHER NÚA RINDO, 1953. Bronze. 180. 22 PEQUENO FAUNO, 1950. Bronze. 93.

ALBERTO VIANI (1906)

23 Nú, 1952. Mármore. 130. Galeria de Arte Mo­derna, Veneza.

desenho

FRANCESCO CARNEV ALI (1892)

1 CASAS NA ENCOSTA DA COLINA, 1953. 23 x 16. 2 CREPúSCULO DE VERAO NO CAMPO, 1953. 23

x 16. 3 ESTRADA QUE LEVA A CIDADE, 1591. 24 x 17. 4 HORTA NUM DECLIVE, 1951. 24 x 16. 5 UMA ESTRADA, 1951. 23 x 16.

228

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I T ÁL I A

des enh,o

FABRIZIO CLERICI (1919)

6 COUVE, 1946. 49 x 36. 7 OS ADVOGADOS DO DIABO, 1947. 49 X 37. 8 OS DESGRAÇADOS, 1947. 49 x 37. 9 OS PERCURSOS IMPOSSíVEIS, 1952. Bico de

pena. 43 x 31. lO RECORDAÇAO DA ITALIA, 1945. 49 x 37.

LEONOR FINI

11 CABEÇA, 1952. Nanquim. 53 x 37. 12 CABEÇA, 1953. Nanquim. 43 x 29. 18 CABEÇA INCLINADA, 1953. Nanquim. 31 x 38. 14 CABEÇA DE MULHER, 1953. Nanquim. 43 x 31.

15 ESFINGE, 1952. 40 x 32.

ALBERTO GERARDI (1889)

16 CABEÇA DE MULHER, 1953. Ponta de prata. 27 x 21.

17 ESTUDO PARA UMA MADONA, 1953. Ponta de prata. Gabinetto Nazionale delle Stampe e dei Di­segni, Roma.

18 MOÇA ROMANA, 1953. Ponta de prata. 299 x 21. 19 NOVIÇA CARMELITA, 1948. Ponta de prata. 22 x

19. Coleção Margherita Sarfatti, Roma. 20 RETRATO DE SENHORA, 1948. Ponta de prata.

22 x 19.

MARINO MARINI (1901)

21 GRANDE DESENHO, 1953. 200 x 187.

229

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I T ÁL IA

desenho - gravura

LUIGI SPAZZAPAN (1890)

22 A PALESTRA, 1945. Nanquim. 36 x 48. 28 ESTUDO PARA A CABEÇA DE UM SANTO, 1953.

Nanquim. 48 x 36. 24 ESTUDO PARA O ERMITAO, 1950. Nanquim.

72 x 48. 25 ESTUDO PARA UM RETRATO, 1946. Nanquim.

36 x 48. 26 TOUREIRO, 1953. Nanquim. 72 x 48.

ERNESTO TRECCANI (1920)

27 CRIANÇAS DA CALABRIA N.O I, 1953. 43 x 31. 28 CRIANÇAS DA CALABRIA N.o 2, 1953. Desenho

colorido. 29 x 34.

29 CRIANÇAS DA CALABRIA N.O 3, 1953. Desenho colorido. 48 x 32.

80 CRIANÇAS DA CALABRIA N.o 4, 1953. 31 x 30.

81 CRIANÇAS DA CALABRIA N.O 5, 1953. Desenho colorido. 44 x 32.

gravura

NUNZIO GULINO (1920)

1 BORGO MERCATALE, Urbino, 1953. Agua forte. 19 x 24.

2 O MERCATALE DE URBINO, 1952. Agua forte. 14 x 27,5.

8 PAISAGEM N.o 1: URBINO, 1953. Agua forte. 29 x 19.

230

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IT ÁL I A

gravura

4 PAISAGEM N.o 2: URBINO, 1933. Água forte.

19 x 23.

5 PAISAGEM N.O 3: URBINO, 1953. Água forte,

18,5 x 28,5. 6 CASAS SOB O MONTE, 1952. Água forte. 31

x 35,3.

PAOLO MANARESI (1908)

7 MULHER JUNTO DA ESTUFA, 1951. Agua forte. 26 x 30.

8 VISAO NOTURNA N.o 2, 1953. Água forte. 33 x 42,5.

9 VIMO NOTURNA N.o 2, 1953. Água forte. 33 x 42,5.

10 VISAO NOTURNA N.o 3, 1953. Água forte. 29,5 x 51,7.

GIORGIO MORANDI (1890)

11 FLORES, 1931. Água forte. 22,5 x 19. Coleção par­ticular, Milão.

12 JASMINS NUM VASO, 1937. Água forte. 31,5 x 24,9. Coleção particular, Milão.

13 NATUREZA MORTA, 1915. Água forte. 15,3 x 12,4. Coleção particular, Milão.

14 NATUREZA MORTA, 1917. Água forte. 23,5 x 18,7. Coleção particular, Milão.

15 NATUREZA MORTA, 1929. Água forte. 23,7 x 29,8. Coleção particular, Milão.

16 NATUREZA MORTA. 1930. Água forte. 19,5 x 30. Coleção particular, Milão.

231

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I T ÁL IA

gravura

17 NATUREZA MORTA, 1930. Agua forte. 19,5 x 30. Coleção particular, Milão.

18 NATUREZA MORTA, 1931. Agua forte. 17,4 x 19,5. Coleção particular, Milão.

19 NATUREZA MORTA, 1933. Agua forte. 23,6 x 22,8. 20 NATUREZA MORTA, 1933. Agua forte, 25,1 x 23,5.

Coleção particular, Milão. 21 NATUREZA MORTA, 1933. Agua forte. 23, 8x 24,2.

Coleção particular, Milão. 22 NATUREZA MORTA, 1942. Agua forte. 26,7 x 26,7.

Coleção particular, Milão. 28 NATUREZA MORTA, 1942. Agua forte. 27 x 30,5.

Coleção particular, Milão. 24 NATUREZA MORTA COM FLORES, 1928. Agua

forte. 24,4 x 16,6. Coleção particular, Milão. 25 NATUREZA MORTA COM FLORES, 1928. Agua

forte. 24,4 x 16,6. Coleção praticular, Milão. 26 NATUREZA MORTA COM ROSAS, 1936. Agua

forte. 31,7 x 24,9. Coleção particUlar, Milão. 27 NATUREZA MORTA COM VASOS, 1931. Agua

forte. 24,3 x 29,1. Cnleção particular, Milão. 28 NATUREZA MORTA COM VASOS, 1931. Agua

forte. 24,5 x 28,9. Coleção particular, Milão. 29 PAISAGEM, 1927. Agua forte. 23,3 x 28,9. Cole­

ção particular, Milão.

80 PAISAGEM. Agua forte. 22,8 x 34,8. Coleção par­ticular, Milão.

31 PAISAGEM, 1922. Agua forte. 19,9 x 17,7. Coleção particular, Milão.

32 PAISAGEM,1932. Agua forte. 24,7 x 29,5. Coleção particular, Milão.

82a PAISAGEM, 1937. Agua forte. 24,8 x 17,2.

232

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ITÁLIA gravura

33 PAISAGEM COM ESTRADA BRANCA, 1933. Agua forte, 20,9 x 30,1. Coleção particular, Milão.

34 VASO COM FLORES, 1924. Agua-forte. 23,6 x 20.

NUNZIO SCHIAV ARELLO (1918)

35 ALUNOS BRINCANDO, 1953. Agua-forte. 29,5 x 21.

86 MASCARAS, 1953. Agua forte. 45,5 x 35,5. 87 MULHERES LAVANDO CRIANÇAS, 1953. Agua

forte. 31 x 23. 38 MULHERES NO CAMPO, 1952. Agua forte. 38,5 x 29. 39 PESCADORES E BARCO, 1953. Agua forte. 31 x 23.

LUIGI SPACAL (190'7)

40 A CIDADE AO ESPELHO, 1953. Xilografia. 33 x 44

41 ARRABALDES DA CIDADE, 1953. Linografia. 40 x 51,5.

42 MELODIAS DA NOITE, 1953. Linografia. 52 x 39. 43 NO TEMPLO, 1953. Xilografia. 44, 5 x 31. 44 PEQUENO SANTUARIO, 1953. Linografia. 52 x 39.

POMPEO VECCHIATI (1911)

45 ANA, 1952. Monotipia. 79 x 47,5. 46 LAGUNA DE VENEZA, 1952. Monotipia. 48 x 79. 47 OS NINHOS DAS SIBAS, 1953. Monotipia. 48

x 78. 48 PEIXES. 1952. Monotipia. 75 x 105. 49 PESCADORES, 1953. Monotipia. 47,5 x 79.

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IUGOSLÁVIA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO PARA RELAÇÕES CULTURAIS COM O EXTERIOR

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C ourbet salientava que nunca pintou anjos porque jamais os viu. E Goya, " o último dos

velhos mestres e primeiro mestre contemporâ­neo", escreve, no prefácio dos "Caprichos", que merece atenção o artista capaz de apresentar aos nossos olhos as formas e os movimentos surgidos unicamente em sua fantasia. petar Lubarda seguiu o caminho lógico: de Courbet a Goya, da matéria ao espírito. Primeiro foi pintor da matéria, vigorosa, espessa e sonora. A seguir, de­pois de dominar a materialidade do mundo exterior, depois de ter encontrado, para ela, elevada expressão artística, deteve-se na sua emanação, na sua essência humana. Este mundo, para Lubarda, é, antes de tudo, o tor­rão natal, a rocha montenegrina, símbolo imenso de epopéia. Os contornos fa; __ tásticos das montanhas e rochas irradiam, nas telas de LUbarda, solene quie­tude, sol e limpidez; delas se eleva, emocionante, uma aspiração de algo mais elevado e mais huma­no. O pintor iugoslavo Predrag Milosavljevic disse a respeito dêsse mundo de Lubarda: "Região plúmbea .. alcantilada, fundida em rocha du­ra, calcáreo maciço, através de cujas costelas agudas e enorme espinha ou queima o solou geme o vento. Essa rocha que se estende além do horizonte, seus montes enormes, qual montanha, como essa região é diversa do verde. do ameno, do dadivoso. Ninguém como o pintor, curioso de tôdas as mara­vilhas e belezas do nosso mundo, ninguém como êle . .. como Lubarda . .. sente tal necessidade de con­quistar esta natureza, de envolvê-la em seu olhar, de alegrar-se com ela, de abraçá-la, de nela ficar. Dos seus píncaros a vista é imensa, ao invés de dez montanhas vêem-se centenas, ao invés de um pen­samento brota uma multidão deles". Ante as obras de )Petar Lubarda não hà lugar para dogmatização, sobretudo não há lugar para uma su­perficial comparação de suas obras com a pintura abstrata. Algumas telas "abstratas" de Lubarda são

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IUGUSLÁVIA

Petar Lubarda

e~ooços de concepções determinadas e contêm todos os ritmos e tôdas as emoções de quadro completa­mente acabado. Lubarda jamais pinta com a inten­ção de ser irreal, mas sim com o anseio de encontrar uma nova, uma verdadeira expressão para a sensa­ção que lhe proporciona a realidade. Essa expressão sempre é pintura de alto valor e êle frequentemente está mais próximo da música que da literatura. Mas o que tem Lubarda de mais seu, o que mais o diferencia de outros é o seu sentimento da vida e sua concepção dela. Nos acordes de azul, branco e amarelo-ouro, vermelho e verde há tanto vigor, ju­ventude e otimismo que logo sentimos o pintor da na­tureza iugoslava e do seu ambiente social. Isto va­le, também, para as telas que, como expressão nova, podem parecer estranhas. Mas aprendamos a não observar apenas a superfície do quadro, seu lado formal, e sim a compreender sua essência, os senti­mentos e conflitos internos que o pintor expressou em arabescos vivazes e harmonias emocionantes.

MIODRAG PROTIC

Sala especial

PETAR LUBARDA

1 A LUTA. 186 x 147.

2 ANIMAIS ENRAIVECIDOS, 1953. 185 x 48. 3 A ARVORE SECA. 63 x 80. 4 AVE DE RAPINA. 100 x 81. 5 BATALHA (COMPOSIÇAO 1), 1953. 195 x 147. 6 BESTA FANTASTICA. 195 x 110.

7 COMPOSIÇAO. 100 x 81.

8 COMPOSIÇAO 2, 1953. 195 x 148.

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IUGUSLÁVIA

pintura.

9 COMPOSIÇAO 3, 1953. 195 x 148. 10 COMPOSIÇAO 4, 1953. 195 x 100. 11 COMPOSIÇAO 5, 1953. 185 x 147. 12 CORVO, 1953. 195 x 147. 13 DEFESA, 1953. 195 x 147. 14 NO ESPAÇO, 1953. 146 x 115. 15 FOGO. 100 x 81. 16 MEDUSA. 100 x 80. 17 NOITE DE LUAR 2, 1953. 170 x 148. 18 O "GUSLAR", 1953. 195 x 148. 19 O TOURO E A LUA. 175 x 146. 20 PAISAGEM, 1953. 185 x 148. 21 RITMO 1. 81 x 1.00 22 RITMO 2. 81 x 100. 28 ROCHAS, 1953. 185 x 148. 24 SOBRE O VERMELHO. 176 x 145. 25 TRAG:S:DIA, 1953. 100 x 81.

237

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J A PÃO DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA KOKU­SAI BUNKA SHINKOKAI (SOCIEDADE PA­RA RELAÇÕES INTERNACIONAIS, TÓQUIO)

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JAPÃO

pintura

N a intenção de participar da melhor maneira possível da 2.& Bienal de São Paulo, a Koku­

sai Bunka Shinkokai (Sociedade para Relações Internacionais Culturais) organizou uma Comissão composta dos mais acatados críticos do Japão, a fim de que procedesse a uma seleção, entre os artistas modernos nippônicos~ das obras a serem apresenta­das. A Comissão, após várias reuniões, escolheu seis pin­tores, considerando-os os mais indicados para re­presentar o Japão nesta Exposição. Todos êsses ar­tistas têm produzido, ininterruptamente, trabalhos ricos em originalidade e são reconhecidos como fi­guras centrais da escola aquí apresentada. Levando em conta as características pessoais de cada pintor, espera a Comissão organizadora que o aspecto geral da nova geração japonesa, no pano­rama artístico mundial, possa ser apreciado conve­nientemente, por intermédio das peças expostas. Quanto às gravuras, não somente se exibem as que obedecem à antiga técnica japonesa da xilografia, como também se procura mostrar as realizações alcançadas nas técnicas recém introduzidas no Ja­pão, da água-forte, da meia-tinta e da aqua-tinta.

pintura

leHIRO FUKUZAVA

1 DEVORADOR DE SONHOS. 116 x 89.

2 GUERRA. 162 x 114.

3 PARAISO VERDE 1. 162 x 114.

4 PARAISO VERDE 2. 116 x 80.

S PAZ. 162 x 114.

238

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JAPÃO pintura

KIGAI CAWAGUCBI

6 AURÉOLA, 1952-53. 30 x 73.

7 COMPOSIÇAO, 1953. 113 x 78.

8 MASSA, 1953. 92 x 73.

9 PRAIA NO VERAO, 1952. 62 x 20,5.

SBONAN MIZUKOSBI

10 ANTRO DOS TIGRES: NASCIMENTO DOS FI­LHOTES, 1952. 140 x 210.

11 BROTOS DE BAMBO E LAMAÇAL, 1953. 78 x 95.

TARO OJtAMOTO

12 A ALEGRIA, 1953. 127 x 109.

13 COMPOSIÇAO, 1952. 236 x 192.

14 MoçA E CACHORRO, 1953. 116 x 96.

MASAO TSUB.UOKA

15 ANJO, 1951. 52 x 69.

16 COMPLICAÇAO NO ESCURO, 1949. 128 x 160.

17 MENDIGO A BErnA DA ESTRADA, 1950. 86 x 98.

NORIYUKI USBUIMA

18 INICIO DE PRIMAVERA, 1952. 64 x 96.

19 TARDE, 1952. 66 x 96.

ZO TEMPO DE COLHEITA, 1953. 66 x 96.

240

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JAPÃO

pintura - gravura

KAORU YAMAGUCHI

21 AGUA, CAMPO E NEVE, 1952. 82 x 104. 22 UMA RAINHA ~ COROADA, 1953. 98 x 109. 23 UM MENINO E UM CORVO, 1953. 52 x 69. 24 CORVOS, CEDROS E AGUA, 1953. 72 x 96.

gravura

UMETARO AZECHI (1902)

1 A AMBIÇAO DE CONQUISTAR UM CUME, 1953. Xilografia, 71 x 52.

2 AR DA MONTANHA, 1953. Xilografia. 71 x 52. 3 CONTEMPLAÇAO DE UMA CENA GLACIAL, 1953. 4 ROCHAS FASCINANTES, 1953. 71 x 52. l) UM VELHO NUMA CABANA DE MONTANHA,

Xilografia, 71 x 52.

CHIMEI HAMADA (1916)

6 EM CIMA DO SOL FLEXíVEL, 1953. 37 x 32. 7 ELEGIA DE UM RECRUTA (SENTINELA>, 1952.

40 x 45. 8 ELEGIA DE UM RECRUTA (SOMBRAS DE UM

CANHAO), 1952. 44 x 38. 9 HOMEM, 1952. 44 x 38.

10 PAISAGEM, 1951. 44 x 38.

DALLlAN YASU HIRATA (1914)

11 ABRAÇO, 1951. Xilografia. 69 x 51. 12 BALLET, 1952. Xilografia. 64 x 46.

241

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JAPÃO

gravura

13 CONSTELAÇAO, 1935, Xilografia. 64 x 46.

UNlcm HIRATSUKA (1895)

14 JARDIM PARA A CERIMONIA DO CBA DO TEMPLO DE GINKAKUSI (KIOTO), 1952. Xilografia. 64 x 48.

15 A MONTANHA DAISEN AO CREPÚSCULO, 1952. 69 x 64.

13 O TEMPLO DE SANJU-SANGENDO (Kioto), 1951. Xilografia. 64 x 48.

17 VISTA A TARDE DA ILHA DE SAKURAJIMA, 1953. Xilografia. 64 x 48.

18 VISTA AO CREPÚSCULO DO RIO EDOGAWA, 1952. Xilografia. 64 x 48.

FUMIO KITAOKA (1918)

19 MULHER AGACHADA, 1953. Xilografia. 48 x 66. 20 ROSTO, 1953. Xilografia. 48 x 66. 21 SENTIMENTALISMO NUMA NOITE DE CHUVA,

1953. Xilografia. 64 x 78. 22 UMA RUA, 1953. Xilografia. 64 x 78. 23 VESTIDO AZUL, 1593. Xilografia 64 x 78 .

TETSURO KOMAI. (1920)

24 UM FESTIVAL NO FUNDO DO MAR, 1953. 32 x 46.

25 UM PEIXE NOTURNO, 1953. 32 x 46. 26 UM PRESENTE DA LUA, 1953. 32 x 46. 27 UM QUARTO NO PORAO, 1953. 32 x 46. 28 UMA S~RIE DE GRAVURAS COLORIDAS, 1953.

32 x 46.

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JAPÃO

gravura

SEMPAN MAEKAWA (1888)

29 DANÇA, 1953. Xilografia. 64 x 44. 30 PRIMAVERA nPIDA A. 1953. Xilografia. 64 x 44. 31 PRIMA VERA T~PIDA B. 1953. Xilografia. 64 x 44. 32 NEVE, 1953. Xilografia. 64 x 44. 33 UMA FILHA AO NORTE DO JAPAO, 1953. Xilo­

grafia. 64 x 44.

SHIKO MUNAKATA (190S)

34 ANJO ALEGRE, 1953. Xilografia. 64 x 128. 85 ANJO CELESTE, 1953. Xilografia. 64 x 128. 86 ANJO DA DANÇA, 1953. Xilografia. 64 x 128. 87 ANJO DE CORO, 1953. Xilografia. 64 x 128. 38 ANJO VOANDO, 1953. Xilografia. 64 x 128.

KIYOSHI SAlTO (1907)

89 EXTASE, 1953. Xilografia. 54 x 98. 40 HANIW A N.o 1, 1953. Xilografia. 68 x 128. 41 HANIWA N.o 2, 1953. Xilografia. 86 x 128. 42 CERAMICA, 1953. Xilografia. 54 x 98. 43 OUTONO, 1953. Xilografia. 54 x 98.

JUNICHIRO SEKINO (1914)

44 A ARVORE ENTERRADA, 1952. Aquatinta. 45 BARULHOS NO OUVIDO (A e B), 1953. Aqua-

tinta. 66 x 51. 46 PANO PRETO E CONCHAS, 1953. Xilografia. 47 VIDAS AO MAR, 1953. Xilografia. 78 x66. 48 VITóRIA DE "COLLESURA", 1952. Aquatinta.

66 x 51.

243

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JAPÃO

gravura

TAKUMI SHINAGAWA (1912)

49 ARTISTA, 1953. Xilografia. 74 x 52. 50 CIDADE, 1953. Xilografia. 74 x 52. 51 O CORPO TINHA TAMB:€M UM ROSTO, 1953.

Xilografia. 74 x 52. 52 SONHO AO MEIO-DIA, 1953. Xilografia. 74 x 52. 53 UM RETRATO, 1953. Xilografia. 74 x 52.

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LUXEMBURGO DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA DIREÇÃO DOS MU­SEUS DO ESTADO DO GRÃ DUCADO DE LUXEMBURGO

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LUXEMBURGO

P ioneiro da arte moderna, no Luxemburgo, e seu maior representante é, sem dúvida,

Joseh Kutter. Nasceu em 1894 e pertence à ge­ração de artistas que começaram a se manifestar depois da primeira guerra mundial, no momento preciso em que, nos países do norte da Europa, qua­se tôda a vanguarda ligava-se ao expressionismo. No entanto, se Kutter também se tornou expressio­nista, êle não o é à maneira dos alemães, nem à maneira de um flamengo como Permeke. Sua preo­cupação com a forma é bem maior que a dos ale­mães e utiliza uma paleta mais' rica, mais florida que Permeke. Não é nem primitivo nem rústico; mais vigoroso que brutal, se conhece as perturba­ções da alma, não as traduz 1amais num estilo ator­mentado ou caótico. Nele as tendências expressio­nistas são sempre contrabalançadas por uma forte inclinação para a pintura pura. Por isso, sua arte tem ligações com a arte francesa e, ao mesmo tempo, com as artes alemã e flamenga, refletindo assim, nitidamente, a situação cultural do Luxem­burgo, no período entre as duas guerras. -Falecido em 1941, Kutter não teve discípúlds. Aque­les que se agruparam ao seu redor, em sua maior parte só se afirmaram após a libertação, exprimin­do-se de maneira bem diversa da sua. Alguns sen­tiram a atração do expreSSionismo, atração porém que pouco tempo durou. As pesqUisas da vanguar­da francesa, entretanto, os influenciaram de ma-; neira decisiva, e, seduzidos pelo "irrealismo" e o não-figurativo, substttuem decididamente, em suas últimas obras, a eloquência da forma pela eloquên­cia da imagem.

JOSEPH-EMILE MULLER

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LUXEMBURGO

pintura.

pintura

WILL DAHLEM (1916)

1 ESTALEIRO MAR1TIMO, 1953. 130 x 97. 2 GUINDASTE NO PORTO DE ZEEBRUGES,

1953. 60 x 75. 3 VOO DE ANDORINHA, 1953. 118 x 89.

BENRI KILLIENBOURG (1926)

4 O PORTO, 95l. 195 x 120. 5 A PARTIDA, 1953. 91 x 125.

FRÃNÇOIS GILLEN (1914)

6 COMPOSIÇAO, 1953. 120 x 100. 7 PAISAGEM, 1953. Guache. 60 x 80. S PAISAGEM, 1953. Guache. 60 x 80.

WILL KESSELER (1899)

9 A MESA AMARELA, 1953. óleo sõbre papel. 54 x 65.

10 A SESTA, 1953. óleo sõbre papel. 46 x 54. 11 MULHERES COM TARTARUGA, 1953. Oleo sõ­

bre papel. 54 x 65.

JOSEPH KUTTER (1894-1941)

12 AS CASAS AZUIS, 1930. 92 x 125. Propriedade dos filhos do artista.

13 AS CRIANÇAS NO ATELIER, 1938. 125 x 90. Propriedade dos filhos do artista.

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LUXEMBURGO

pintura-escultura

14 CABEÇA DE PALHAÇO, 1937. 60'x 50. Proprie­dade dos filhos do artista.

15 CARNAVAL, 1933. 125 x 100. Propriedade dos filhos do artista.

16 DESEMBARCADOURO NA HOLANDA, 1939-40. 80 x 100. Propriedade dos filhos do artista.

17 INTERIOR, 50 x 65. Propriedade dos filhos do artista.

18 O PESCADOR, 1933. 125. x 100. Propriedade dos filhos do artista.

JOSEPH PROBST (1911)

19 AJUDA RECíPROCA, 1953. 107 x 137.

20 CONSTRUÇAO, 1953. 107 x 137.

21 EMPRESA, 1952. 100 x 125.

MICHEL STOFFEL (1903)

22 COMPOSIÇAO I, 1953. 98 x 81.

23 COMPOSIÇAO 2, 1953. óleo sôbre unalit. 60 x 71.

24 COMPOSIÇAO 3, 1953. óleo sôbre unalit. 60 x 71.

escultura

LUCIEN WERCOLLIER (1908)

1 DANÇA,1953. Gêsso. 103.

2 GERMINAÇAO, 1952. Gêsso. 57.

S o FAUNO, 1953. Gêsso. 70.

248

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LUXEMBURGO desenho

desenho

FRANÇOIS KINNEN (1905)

1 COMPOSIÇAO, 1953. Nanquim. 34 x 49. 2 CRESCIMENTO, 1953. Nanquim. 39 x 49. 3 FIGURAS, 1952. Nanquim. 39 x 50. 4 MANIFESTAÇAO, 1952. Nanquim. 39 x 49. 5 O CIRCO, 1953. Nanquim. 28 x 22.

249

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MÉXICO

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MEXICO

N a sequência de grandes mestres que, nos últi­mos anos, tornaram conhecida a pintura

mexicana, Tamayo figura entre os mais recentes. Sem abandonar a linha de ampla participação que caracteriza os seus predecessores, soube libertar-se da rígida imposição do assunto, tratando-o com uma fantasia trágica extremamente impressionante. Os grandes pintores mexicanos apelaram em geral para o expressionismo a fim de manifestar sua crí­tica social ou política, ou ainda, mais simplesmente, para mostrar-nos a vida cotidiana e heróica de seu povo. Tamayo aproxima-se do surrealismo, con­servando embora, no desenho, o caráter tipicamen­te mexicano. É, porém, no colorido que êsse pintor se afasta mais da tradiç&o e renova a pintura de seu país. Sua paleta é bem filtrada, sua invenção cromática mui­to rica. Com êle se aboliu os acordes demasiado crús, da predileção de um Orozco, por exemplo. O Museu de Arte Moderna de São Paulo insistiu junto à Galeria Knoedler, de New York, para trazer a São Paulo uma amostra dessa pintura que tanto êxito alcançou em Paris, em 1951. E' com alegria que a apresenta agora ao público da 2.a Bienal.

Sala Especial

RUFINO TAMAYO

1 BORBOLETAS, 1944. 114 x 93.

2 O RELóGIO PRETO, 1945. 81 x 59.

S TELHADOS, 1945. 76 x 58. Coleção Pierre Matisse.

4 AUTO-RETRATO, 1946. 181 x 130. Coleção Pierre Matisse.

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M~XICO

Rufino Tamayo

5 DANÇARINA DENTRO DA NOITE, 1946. 180 x 127. 6 HOMEM ASSUSTADO COM A AVIAÇAO, 1946.

107 x 86. Coleção Pierre Matisse. 7 PASSAGEIROS EM ATRAZO, 1946. 96 x 84. 8 HOMEM CORRENDO, 1947. 102 x 76. 9 MULHER CANTANDO, 1948. 186 x 132.

10 CONSTRUÇAO, 1948. 101 x 76. 11 CAÇADORAS DE MARIPOSAS, 1948/49. 96 x 76. 12 HOMEM APANHANDO UM PASSARO, 1949. 105

x 76. 18 CAÇADORAS DE MARIPOSAS, 1949. 14 SERENATA A LUA, 1949. 106 x 76. 15 FIRMAMENTO, 1950. 197 x 131. 16 FIGURA BRANCA, 1950. 196 x 131. 17 NAMORADOS CONTEMPLANDO A LUA, 1950.

101 x 81. 18 MULHER PERSEGUIDA, 1950. 100 x 81. 19 ESCULTURA DE MULHER, 1950. 100 x 81. 20 FIGURAS DANÇANDO, 1950. 65 x 81. 21 MULHER EM MOVIMENTO, 1951. 80 x 105. 22 HOMEM COM P ASSAROS, 1952. 55 x 82. Coleção

Pierre Matisse.

SALA GERAL Organizada pelo T aller de Grafica Popular, Mexica

gravura

IGNACIO AGUlRRE

1 TREM REVOLUCIONARIO. 46 x 35. 2 ZAPATA. 44 x 28.

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MEXICO

gravura

RAUL ANGUIANO

3 A MULHER E O VULCAO. Litografia. 54 x 44. 4 ANDAIMES. Litografia. 56 x 47. 5 CHANUK. Litografia. 47 x 33.

ALBERTO BELTRAN

6 O FUGITIVO. 41 x 30. 7 O TROVADOR DA CARAVANA. 13 x 18. S TROCA DO GOV:Il:RNO EM CHAMULA. 18 x 11.

ROBERTO BERDECIO

9 A MENINA DO COQUE. Litografia. 50 x 38. 10 A MENINA DO PEDREGAL. Litografia. 42 x 41. 11 PAISAGEM DE TEPOZTLAN. Litografia. 56 x 48.

ANGEL BRACHO

12 A PONTE E O TILICHERO. 59 x 47. 13 A VITóRIA DE QUETZALCOATL. Litografia.

60 x 40. 14 PAISAGEM. 49 x 31. 15 PAISAGEM DE NAYARIT. Litografia. 30 x 24.

ARTURO G. BUSTOS 16 A DOR. Litografia. 43 x 25. 17 O FUGITIVO. 41 x 30. 18 ZAPATA. 58 x 30.

CELIA CALDERóN DE LA B.

19 CABEÇA DE MULHER. 11 x 9.

253

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MEXICO

gravura

20 E NóS O QUE? 21 x 16. 21 MULHER COSTURANDO. Litografia. 18 x 30.

ELIZABETH CATLETT

22 CAMAREIRA NEGRA. Litografia. 52 x 30. 23 COLHEITEIRA DE ALGODAO 45 x 43. 24 RAFAELA. Litografia. 23 x 15.

ERASTO CORT:tS JUAREZ

25 A IRRIGAÇAO. 39 x 30. 26 BANANAIS DE URUAPAN. 25 x 18. 27 O CELEIRO. 29 x 24.

JESúS ESCOBEDO

28 CABEÇA DE CAVALO. Litografia. 30 x 24. 29 DISCRIMINAÇAO. Litografia. 38 x 29.

OSCAR FRIAS

SO LAGO DE ATITLAN. Litografia. 44 x 31. SI LAGO DO Ml:XICO. Litografia. 43 x 31.

ANDR:tA GÕMEZ

S2 DUAS ESPANHAS. 42 x 31. SS FAZENDO OMELETES. 13 x 9. 84 MAE CONTRA A GUERRA. 30 x 40.

S5 JUDAS. 28 x 22. 86 PIA0. 21 x 8,5.

254

ELENA HUERTA

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MEXICO

gravura

LORENZO JIMENEZ

37 CABEÇA DE MULHER. 29 x 25. 38 CARREGADOR DE TIJOLOS. Litografia. 24 x 33.

39 FIDALGO. 60 x 52. 40 JOSl!: VERD!. 59 x 43. 41 O CARROSSEL. 42 x 30.

LEOPOLDO MÉNDEZ

ADOLFO MEXIAC

42 MULHERES Bl!:BADAS. 28 x 22. 43 NO CAMINHA0. 28 x 23. 44 PESCADORES DE PATZCUARO. 28 x 21.

FRANCISCO MORA

45 HOMENAGEM AOS MINEIROS. 43 x 40. 46 A PRESA DO FALCAO. 55,5 x 45. 47 O MILHO. 62 x 48.

PABLO O'HIGGINS

48 CAMPONESA DE HONOLULU. Litografia. 47 x 33·

49 MULHERES LAVANDO ROUPA. Litografia. 45 x 34.

50 TRABALHADORES DE HONOLULU. Litografia. 47 x 33.

FANNY RABEL

51 A S1l:CA. 38 x 29.

255

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MEXICO

gravura

52 CALABOUÇOS DE DEFUNTO. Litografia. 53 x 45. 53 NA RUA. Litografia. 45 x 39.

MARIANA YAMPOLSKY

54 O MESQUITAL. 18 x 11. 55 ARANDO. 18 x 9. 56 AGUA PARA O POVO. 45 x 55.

256

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NICARÁGUA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA NICARÁGUA

As póginos relativas à Delegaçõo da Nicarógua têm numeraçõo especial por ter sido o respectivo texto envio­do com atrazo, quando a paginação geral do católogo jó se encontrava encerrada.

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NICARÁGUA

pintura

pintura

ERNESTO BROWN

1 A OFERENDA. 50 x 80.

2 COBRE E VERDURAS. 67 x 42.

8 PAISAGEM. 58 x 42.

ASILIA GUlLLÉN

4 O RIO COCO, 1953. 70 x 30.

5 PAISAGEM DE MANAGUA, 1953. 55 x 45.

6 PORTO DE MOYOGALPA, 1953. 70 x 30.

7 FIGURA, 1953. 50 x 40.

8 PAISAGEM, 1952. 50 x 40.

9 \ PAISAGEM. 40 x 50.

OMAR DE LEÕN

ARMANDO MORALES

10 A LUA E A SOMBRA. 64 x 50.

11 ABSTRAÇAO. 38 x 30.

12 FIGURAS DE ORIGEM ESCURA. 64 x 50.

RODRlGO PdALBA

18 CABEÇA. 45 x 35.

14 CRIANÇA E AMA. 48 x 60.

15 DESCIDA DA CRUZ. 85 x 65.

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NICARÁGUA pintura

16 íNDIA, 48 x 60.

17 NO BAILE DEI SAO JERÔNIMO. 35 x 43.

18 FANTASIA POPULAR, 1950. 60 x 44 •

19 RELIGIAO, 1950. 60 x 44.

20 51MBOLOS, 1950. 60 x 44.

256-c

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NORUEGA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO REAL MINIS­nRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DA NORUEGA

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NORUEGA Edvard Munch

Solo Especial

EDVARD MUNCH

M unch nasceu em Loyten, a 12 de dezembro de 1863, e faleceu em Oslo, no dia 23 de ;a­

neiro de 1944. • Foi nesta cidade, onde desde jovem veio a residir, que em 1879 começou a estudar engenharia. Sua saúde precária, porém, obrigou-o a abandonar a es­cola e foi então que sentiu sua inclinação para a pintura. Começou a desenhar modêlo vivo na Esco­la Real de Desenho, a partir do outono de 1881, às noites, sob ti direção do escultor Julius Middelthun. Até a primavera de 1886, dedicou-se a êste curso. A partir de 1882, frequentou uma escola livre de pintura, onde Christian Krogh corrigia seus traba­lhos. Durante o verão de 1884, esteve numa "aca­demia ao ar livre", em Modum, sob a direção do pin­tor Frits Thaulow. Em 1883, exp6s, pela primeira vez, no Salão Nacional, onde figurou todos os anos, até 1891. Por ocasião desta última exposição, Munch desligou-se do naturalismo e abriu caminho, com o pastel "Nús", (motivo que mais tarde repetiu em "Ciume") para o simbolismo da Noruega. Em 1889, realizou sua primeira exposição individual. Esteve·­pela primeira vez em Paris, na primavera de -1885, por três semanas. Retornou à França, durante os invernos, de 1889 a 1892, com bolsa do govêrno, pas­sando o primeiro inverno em Paris, como aluno de Léon Bonnat, e os demais principalmente em Nice. Os trabalhos de Munch desta época demonstram claràmente o seu interêsse pela pintura francesa mais avançada. A partir de 1889, Munch pintava, durante os verões, geralmente em sua terra e de preferência em Asgardsstrand, cuja natureza não só constituiu o ponto de partida de sua pintura de pai­sagem, como se tornou o fundo das composições fantásticas de conteúdo literátario a que se dedicou, a partir de 1889. Estas formaram, até "0 friso da,

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NORUEGA

Edvard Munch vida", sua expressão plástica, abrangendo 22 motivos do poema do amor, da vida e da morte. O primeiro dêstes quadros foi exposto em Berlim, em 1892, cau­sando sensação. Tornou-se imediatamente o "ca_ so" Munch, provocando uma mudança radical na vi­da artística alemã da época e constituindo uma das razões da criação da "Berlimer Sezession". Estavam lançados os fundamentos de sua reputação interna­cional, que foi crescendo a partir de 1892, levando-o Oi permanecer durante uma série de anos na Alema­nha. Com o decorrer do tempo a influência revolu­cionária de Munch, na arte alemã, teve papel, igual­mente, na criação do chamado grupo "me Brucke" Mas, nos anos de 1895 a 97, esteve também em Paris. Aí trabalhou sobretudo em arte gráfica, à quaZ co­meçou a dedicar-se desde 1893. De resto, a vida de Munch era movimentada, nessa época. Constante­mente estava de viagem, ora na Alemanha, ora na França e Itália. Esta vida irreq~ieta e enervante, cheia de trabalho sobrehumano, terminou com um colapso físico e meses de internamento numa clíni­ca de Copenhagen. Na primavera de 1909, Munch retornou definitiva­mente d Noruega. Durante os primeiros anos morou em Kragero, onde executou os esboços para grandes murais do auditório da Universidade de Oslo, os qua4. foram apresentados ao público em 1916. Após tef mudado diversas vezes de local de residência, fixa-se finalmente em Oslo, 16ra da cidade, na sua vila "Ekel1l'. Aí viveu até sua morte. Não obstante as muitas viagens ainda empreendidas, sua vida, após 1909, ficou intimamente ligada d .No..) ruega, o que se reflete bem na sua pintura. Em 1912, foi convidado a tomar parte numa exposição em Colonia, onde também Cezanne, Gauguin, e van Gogh estiveram representados, com uma série de trabalhos. Grandes exposições Munch foram igual­mente realizadas em ZUrich, Berlim e Mannheim, para mencionar sómente algumas. Em 1927 a Galeria Nacional de Berlim organizou a primeira retrospecti-

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NORUEGA

Edvard Munch va de tôda sua obra. Depois da última guerra uma sé­rie de grandes exposições Munch têm sido realizadas no estrangeiro, como por exemplO em Paris e Zurich. Além disso uma exposição Munch percorreu os Esta­dos Unidos, durante algum tempo. Munch é o· único pintor norueguês de real fama in­ternacional e além disso um inovador, tendo aberto novos caminhos à arte. O livro de Skira, em três vo­lumes, sôbre pintura moderna tem ,o titula de "Ma­tisse-Munch-Rouault". Os três principais represen­tantes do expressionismo, na arte atual, estão, aí co­locados lado a lado. Não é sómente na qualidade; de pintor, que Munch é atualmente reconhecido como sendo um criador de novos rumos, mas igualmente como artista gráfico, pois tanto na água-forte como na xilografia e lito­grafia, deu-n.os o melhor do seu trabalho. A enor­me obra que deixou é testemunho impressionante da sua inteira dedicação à arte, que para Munch era necessidade vital.

pintura

1 RETRATO DE UM PINTOR, 1885. 190 x 100. Sr. Thomas Olsen, Oslo.

2 MINHA TIA NA CADEIRA DE BALANÇO, 1884. 47 x 41. Dr. Harry Ftt, Oslo.

S O BEIJO, 1892. 72 x 59. Sra. Constance Onstand, Oslo.

4 NOITE ESTRELADA, 1894. 135 x 140. Sr. Joh. H. Anfresen, Oslo.

5 RETRATO DO SR. CHRISTEN SANDBERG, 1902. 210 x 146. Oslo Kommunes Kunstsamlinger.

6 ANOITECER EM ASGARDSSTRAND, 1902. 90 x 174. Oslo Kommunes Kunstsamlinger.

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NORUEGA t,~--~~------~-­

Edvard Munch

7 AUTO-RETRATO, 1904. 69 x 44. 8 MoçAS NA PONTE, 1905. Sr. Ragnar Moltzau,

Oslo. 9 Nú, 1906. 81 x 66. Sr. P. C. Hansson, Oslo.

10 MOTIVO DE KRAGERO, 1911/12. 120 x 110. Sr. Thomas Olsen, Oslo.

11 MULHER NúA, DEITADA NA PRAIA, 1915. 63 x 74. Sr. Thomas Olsen, Oslo.

12 ARANDO A TERRA, 1916. 85 x 111. Sr. Thomas Olsen, Oslo.

18 SENHORA SENTADA, 1916. 136 x 110. 14 HOMEM SENTADO, 1918. 65 x 100. Sr. Thomas

Olsen, Oslo. 15 NOITE ESTRELADA, 1923. 119 x 140. 16 AUTO-RETRATO, 1926. 90 x 68. Sr. Thomas 01-

sen, Oslo. 17 AUTO-RETRATO ENTRE RELóGIO E CAMA,

1940. 150 x 120. Oslo Kommunes Kunstsamliger. 18 ANOITECER NA AVENIDA KARL JOHAN, 1892.

85 x 123. Rasmus Meyers SamIlnger, Bergen. 19 CASTANHEIROS EM FLOR, 1904. 66 x 77. Sr.

Aril Wahlstrôm.

gravura

1 A MORTE E A DONZELA, 1894. Ponta sêca. 2 O VAMPffiO, 1894. Ponta sêca. 8 MoçA DE CAMI~OLA JUNTO A JANELA, 1894.

Ponta sêca. 4 MoçA DOENTE. Ponta sêca. 1894. 5 B01!:MIA DE KRISTIANIA, 1895. Agua-forte e

ponta sêca.

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NORUEGA Edvard Munch

8 BO:l!:MIA DE KRISTIANIA, 1895. Agua-forte e ponta sêca.

7 T:l!:TE A T:l!:TE, 1895. Agua-forte e ponta sêca. 8 LUAR, 1895. Ponta sêca e âgua forte. 9 MoçAS TOMANDO BANHO, 1895. Ponta sêea e

âgua forte. 10 DEPOIS DA NOITADA, 1895. Ponta sêéa e âgua

forte. 11 MADONA, 1895. Ponta sêca e âgua forte. 1Z DOIS NAMORADOS NA PRAIA 2, 1895. Agua

forte, âgua tinta e ponta sêca. 18 MULHER 2, 1895. Agua forte. âgua tinta e ponta

sêca. 14 O BEIJO, 1895. Agua forte, âgua tinta e ponta

sêca. 15 AUTO-RETRATO. 1895. Litografia. 18 Nü, 1896. Agua forte e ponta sêca. 17 MOÇA DOENTE, 1896. Litografia. 18 .. ANGSTGEFUHL", 1896. Xilografia em côres. 19 CINZAS, 1896. Litografia. 20 AGONIA, 1896. Litografia. 21 CAMARA MORTUARIA, 1896. Litografia. 22 AUGUST STRINDBERG, 1896. Litografia. 28 STEPHAN MALLARM:l!:, 1896. Litografia. 24 LUAR, 1896. Xilografia em côres. 25 ANOITECER, 1896. Xilografia em côres. 28 SIGBJORN OBSTFELDER, 1897. Agua forte e

ponta sêca. 27 O BEIJO, 1897. Xilografia. 28 MULHERES NA PRAIA. 1898. Xilografia em

cOres. 29 CINZAS, 1899. Litografia.

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NORUEGA Edvard Munch

30 A MULHER, 1899. Litografia em cOres e xilogra-fia.

S! O VELHO MARUJO, 1899. Xilografia. 32 MOÇAS TOMANDO BANHO, 1899. Xilografia. 33 DOIS SERES HUMANOS, 1899. Xilografia em

cOres. 34 ANOITECER, 1901. Xillografia em côres.

35 POTZDAMER PLATZ, 1902. Ponta sêca e água tinta.

36 POTZDAMER PLATZ, 1902. Ponta sêca e água tinta.

37 BAR "DIE HOPFENBLUTE", 1902. Ponta sêca.

38 HENRIK IBSEN, 1902. Litografia em côres e xilografia.

39 EVA MUDOCCI E BELLA EDV ARDS, 1902. Lito­grafia.

40 O BROCHE. 1902. Litografia.

41 A MORTl'E DE MARAT, 1906/07. Litografia em

cOres. 42 PAISAGEM NORUEGUESA, 1906/09. Ponta sêca.

43 AUTO-RETRATO COM CIGARRO, 1908/09. Lito-grafia.

44 LEOA DEITADA, 1908/09. Litografia.

45 AUTO-RETRATO, UI11. Xilografia.

46 MoçAS NA PONTE, 1912. 'Litografia.

47 CroME, 1896.

48 CroME, 1896.

49 MADONA, 1902.

50 O VAMPIRO.

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NORUEGA

S A L A G E R A L

A Noruega apresenta, junto com a secção de­dicada a Edvard Munch, uma coleção de tra­

balhos de artistas contemporâneos, compreendendo 9 pintores, 5 artistas gráficos e 5 escultores. Os 9 pintores apresentam diversas tendincias que se podem observar na pintura norueguesa atual, não tendo sido incluídos, porém, trabalhos dos mais jo­vens (como por exemplo os não-figurativos). O mais velho, Henrik Sôrensen, é considerado o mais ~mportante dos pintores vivos noruegueses. Assim como Jean Heiberg, Axel Bevold e Per Krohg, per­tencentes à mesma geração, Sôrensen fez sua forma­ção artística em Paris, como aluno de HenríMatisse. Foi, porém, grandemente influenciado pela antiga arte popUlar norueguesa, tendo sua pintura um for­te caráter nacional. Sôrensen, da mesma forma que muitos dos seus contempordneos, executou murais, especialmente o da parede de fundo da sala central do edifício da Prefeitura de Oslo. Em certa oposição à sensibilidade romdntica de Sôrensen, a arte de Jean Heiberg é acentuadamente lírica e de construção leve e clara. Per Krohg, de temperamento mais realista, contendo, entretanto, certo sentido na"ativo-decorativo cheio de fantasia, executou uma série de murais em edifício~ públicos, entre os quais os da sala do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nero York. Tanto Heiberg como Krohg são atualmente professores da Acade­mia Nacional de Belas Artes. O primeiro déste grupo de muralistas modernos no­ruegueses foi, aliás, Axel Bevold, cujo primeiro tra­balho são os murais do Edifício da Bolsa de Bergen. Mais tarde participou, juntamente com os pintores mencionados, da decoração da Prefeitura de Oslo. Durante 25 anos foi professor da Academia de Belas Artes. Entre os pintores um pouco mais jovens, temos 'o

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NORUEGA

muralista Alf Rolfsen que executou, como trabalho principal, os murais do novo crematório de Oslo, e Aage Storstein, igualmente professor da Academia, que pintou afrescos na Prefeitura de Oslo. Erling Engel, Kai Fiell e Alexander Schultz dedi­cam-se principalmente à pintura de cavalete, se­guindo tri3s tendi3ncias diversas. São sobretudo co­loristas, podendo-se reconhecer em Ke1 Fiell um narrador romdntico, tendo contatos tanto com o realismo como com a arte popular norueguesa. Erling Enger é um fino intérprete da natureza e do homem e Alexander Schultz parece continuar, atra­vés do seu próprio lirismo, a maneira clássica de compor de Jean Heiberg. Nos últimos dez a quinze anos, a arte gráfica teve forte impulso na Noruega, estando ligada em parte à pintura, como bem o demonstra o frequente em­pri3go de côres. Apresentamos trabalhos de Harald Kihle, que é acentuadamente romântico, e tem algu­ma ligação com Henrik Sôrensen, Kare Espolin John­son que se dedica, aliás, principalmente ao desenho, com forte expressão mística da natureza e Paul René Gauguin, neto do grande pintor franci3s, cheio de fantasia e forte personalidade. Por fim, temos dois representantes dos artistas jovens, Ludvig Eikaas e Knut Rumohr, ambos tendendo para a arte não­figurativa. Entre os escultores, notamos em Ornulf Bast e Per Hurum afinidades com a tendi3ncia plástica clás­sica ou francesa. Gunnar Janson encontrou uma forma pesada e austera, tipicamente norueguesa, enquanto Per Palle Storm procurou, com grande mérito e fôrça, reviver as antigas tradições num estilo naturalista, sendo igualmente professor da Academia. Os artistas plásticos noruegueses, honrados com o convite que lhes foi dirigido, agradecem sinceramen­te e sentem-se orgulhosos de poderem participar di3ste importantíssimo acontecimento artístico inter­nacional, que é a 2.& Bienal de São Paulo.

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NORUEGA pintura

pintura

ERLING ENGER (1899)

1 ANIMAL SAGRADO. Sr. Richard Furuholmen. 2 FLORESTA. S VELHA FAZENDA. Sr. H. Hafsten.

KAI FJELL (1901)

4: APRESENTAÇAO. Sr. Salve Staubo. õ CARRETEIRO FúNEBRE. Sr. V. A. Fog. 6 NOS BASTIDORES. Sr. H. Hafsten.

7 NO PORTO. 8 REGATA.

JEAN BEmERG (1884)

9 RETRATO DO DIRETOR BANS AAL. Norsk Follf.emuseum.

PER KROBG (1889)

10 CAFJ: DA MANHA. Sr. Jôrge W. Cappelen. 11 MoçA NA PONTE.

12 SENHORA DE VERMELHO. Sr. Knut Mittet.

AXEL REVOm (1881)

18 EXPORTAÇAO DE PEIXE. Firma O. Mustad & Sôn, Oslo.

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NORUEGA pintura

14 PESCADORES DAS ILHAS LOFOTEN. Dois es­boços para os afrescos do Edifício da Bolsa de Bergen.

1~ PRIMAVERA.

ALF ROIFSEN (1895)

16 a 19 Projeto para decoração do Novo Crematório de Oslo: esboços, em escala 1:4, para os afrescos da nave lateral oriental. Sr. J. Sejersted Bôdtker.

ALEXANDER SCHUITZ (1901)

20 CRIANÇA LENDO.

21 FLORES. Pintor Chrix Dahl.

22 INVERNO. Sra. Else Schultz.

AAGE STORSTEIN (1900)

23 ESTUDO DE PORMENOR DE UM DOS MURAIS PARA O EDIFíCIO DA PREFEITURA DE OSLO.

24 PAISAGEM, HOLMSBU. Sr. Thor Breien.

25 TRANSPORTE DE PEDRAS. Sra. I. C. Heuch Bugge.

HENRIK SORENSEN (1882)

26 ASIA: O' EUROPA, QUE TEUS PECADOS NAO TE ANIQUILEM. Dr. Sven Oluf Sôrensen.

27 CORES DE OUTONO. Dr. Sven Oluf Sôrensen.

28 O CARVALHO. Dr. Sven Oluf Sôrensen.

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NORUEGA escultura - gravura

escultura

ORNUIF BAST (1907)

1 MAE E CRIANÇA. Bronze. 2 MENINO E CAVALO. Bronze.

STINIUS FREDRIKSEN (1902)

S GRUPO. Bronze.

PER BURUM (1910)

4 4 ESTUDOS DE ANIMAIS. Bronze. S ESBoçO PARA O MONUMNETO CHR. KROHG,

Em colaboração com Asbjorg Borgfeldt. Bronze.

GUNNAR JANSON (1901)

6 Nú. Bronze. "I O PINTOR LEON AURDAL. Bronze.

PER PAILE STORM (1910)

8 CARREGADOR DE CAL. Cera. 9 GALOS DE BRIGA JAPONESES. Bronze.

gravura

LUDVIG EIKAAS (1920)

1 A FOLHA. Xilografia em cõres.

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NORUEGA gravura

2 A RUA. Xilografia. S CABEÇA DE HOMEM. Xilogravura. 4 COPO E FLORES. Litografia.

PAUL RENE' GAUGUIN (1911)

5 CHINA. Xilogravura em côres. 6 HIPOCAMPO. Xilografia em côres. 7 PASSAROS. Xilografia em côres. 8 RETRATO DE MOÇA. Xilografia em côres.

KARE ESPOLIN JOHNSON (1907)

9 FAMíLIA DE FINNMARK. Propriedade particular. 10 HOMEM VELHO NO BARCO. Propriedade par­

ticular. 11 MONTANImS DE FINNMARK. Finnmarksvidda. 12 O SONHO. Propriedade particular.

HARALD KlHLE (190S)

13 PAISAGEM DE TELE~K. 14 TOSANDO CARNEIROS. 15 TRANSPORTE DE TOROS.

KNUT RUMOBR (1916)

16 COMPLEXO. Xilografia em côres. 17 COMPOSIÇAO. Xilografia em cõres 18 FIGURAS. Xilografia em côres. 19 O CANTO DOS PASSAROS. Xilografia em

eôres.

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P A R A G U A DELEGAÇÃO ORGA'NIZADA PELO CENTRO DE

ARTISTAS PLÁSTICOS DO PARAGUAI, ASSUNÇÃO

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PARAGUAI pintura.

U m fato que dificilmente pode ser posto em. dúvida, ao lado de outros fatores prepon­

derantes, é a poderosa influência que exerce a situação geográfica de um país em sua formação artística. De acôrdo com êsse princípio, o Paraguai, bastante distante do mar, sofre os entraves e aufe­re as vantagens inerentes à sua posição mediterrâ­nea, posição que, pode-se dizer, criou na formação dos artistas um espírito de rebeldia, de certa inde­pendência, impelindo-os a não adotar sem reser­vas as diretrizes vindas dos centros de influência de climas ,estranhos. De modo que, embora res­peitando as realizações e inquietações estéticas do momento, e por elas se interessando, trabalham sem esquecer que, em sua pátria, existe um rico veio ainda pouco explorado. Assim, pois, tanto os "ve­teranos" como os "novos" buscam, afanosamente, o caminho que os aproxime da alma de seu povo.

pintura

PABLO ALBORNO (1879)

1 A PROMESSA, 1945. 2 LAPACHO COR DE ROSA EM FLOR, 1951. 87

x 75.

JAIME BESTARD (1892) S FLOR DE CAMALOTE, 1952. 110 x 100. 4 LAVADEffiAS, 1949. 91 x 72.

OLGA BLINDER DE SCHW ATZMAN (1921) 5 A VIELA, 1952. óleo sôbre cartão telado. 50 x 60. 6 ROSAS, 1952. óleo sôbre cartão telado. 51 x 61.

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PARAGUAI pintura - escultura

ALICIA BRAVARD (1916)

7 PAISAGEM, 1953. 50 x 68. 8 PAISAGEM INDíGENA, 1953. 60 x 75.

OFELIA ECHAGfiE VERA DE KUNOS (1910)

9 CASCA DE LARANJA, 1952. 67 x 100.

ROBERTO HOLDEN JARA (1900)

10 íNDIA, 1951. 40 x 50. 11 íNDIA CHULUPí, 1951. 34 x 49.

EDITH JIMENEZ (1925)

12 PAISAGEM, 1953. 93 x 74. 13 PARA O RIO, 1953. 80 x 60.

ADAM KUNOS (1893)

14 APE-AI~, 1951. 45 x 58. 15 PúLPITO, 1951. 105 x 72.

e seu lt ura JOSE L. PARODI (1915)

1 ESPIRAL DE FUMO, 1952. Madeira. 100.

VICENTE POLLAROLO (1905)

2 GUARANí, 1953. Giz. 150.

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P E R U DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA DIREÇÃO DE EDUCAÇÃO ARTlSTICA E EXTENSÃO CULTURAL

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P E R U

N ão é possível afirmar que a pintura do perú iá seja efetivamente pintura peruana. O

movimento denominado indianista, adepto em suas convicções da estética da Escola Mexi­cana, representou, na sua época, há cerca de vinte e cinco anos, a primeira tentativa de condensar na arte a fisionomia peculiar a êste país de sur­preendentes contrastes culturais, sociais, hist6ricos e geográficos. José Sabogal, cu1a obra xilográfica está incluida nesta exposição, foi o condutor e mes­tre dessa corrente. A p.ssa e~cola pMence um am­plo setor de pintores do perú atual. Simultanea­mente, outro grupo propôs-se criar livremente, con­siderando que nossa pátria participa da chamada cultura ocidental e, em conseQuência. sua arte se liga li arte européia. Grau, Ugarte, Quispez, Sprin­gett, Dávila, etc. incluem-se nesta última tendência. No entanto - e é fácil observá-lo na presente expo­sição - o tempo atenuou a paixão da polêmica inicial. Os indianistas abrandaram o ímpeto de seu regio­lismo e deram a suas idéias ares mais universais, enquanto os "europeistas" receberam em seu espí­rito a gravitação da herança da arte-hispânica e a fôrça excepcional da paisagem pátria - singulaT! como poucas - da costa, da serra e das selvas peruanas. Processa-se hoje uma síntese. Os pin­tores do nosso país, também os escultores, vão apurando o sentido da sua obra, no intuíto de chegar a uma consolidação definitiva, como ex­pressão típica de uma cultura, conjugação da oci­dental e da aut6ctone, com caracteres prÓ1Jrios, originais. Percebo que se acham a caminho de magnífico resultado, mas não me atrevo a dizer, premonit6ria e audazmente, quando tal conquista será alcançada.

SEBASTIAN SALA%AR BONDY

274

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P E R U pintura

pintura

JUAN BARRETO (1913)

1 COMPOSIÇAO. 2 NATURE9A MORTA. S NATUREZA MORTA.

CARLOS AITOR CASTILLO (1913)

4 COMPOSIÇAO, 1953. 70 x 90. S VELHA COXEANDO, 1951. 70 x 90.

J. ALBERTO DAVlLA (1912)

6 COMPOSIÇAO, 1951. 92 x 65. 7 MARINA, 1953. 92 x 65. 8 PUCUSANA, 1952. 92 x 65.

CRISTINA GALVEZ (1918)

9 COMPOSIÇAO, 1952. 74 x 64. 10 DESENHO, 1952. 74 x 64. 11 DESENHO, 1951. 66 x 52.

EMILIO GOYBURU (1897)

12 A LUZ RACHADA. lS HOMENAGEM AO VIOLETA, 1953. 70 x 90. 14 LOCUÇAO ENFATICA.

RICARDO GRAU (1907)

15 FIGURA COM GAIOLA, 1953. 100 x 85 •

275

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P E R U

pintura

16 FIGURA NA PRAIA, 1953. 112 x 85. 17 NATUREZA MORTA, 1953. 85 x 74. 18 NATUREZA MORTA COM FIGURA, :!.953. 120

x 100.

S~RVULO GUTIÉRREZ (1914)

19 DORIS, 1953. 110 x 91. 20 MARIA, 1953. 117 x 99. 21 NATUREZA MORTA, 1953. 153 x 117.

ENRIQUE KLEISER (1901)

22 BOTES. 28 FIGURA, 1953. 120 x 70.

CARLOS QUlZPEZ AZIN (1908)

24 ATELIER, 1949. 45 x 65. 25 COMPOSIÇAO, 1952. 35 x 43. 26 MULHERES DE cmco.

RICARDO SANCHEZ (1912)

27 FIGURA, 1952. 46 x 46. 28 FIGURA E CAVALOS, 1952. 46 x 46. 29 MATERNIDADE, 1952. 44 x 46. 80 MULHER E CRIANÇA, 1953. 81 x 68.

GUIDO STRAZZA (1922)

81 A ESTR:G:LA E SUA ATMOSFERA, 1952. 81 x 66. 82 "CADA ANO HAY QUE GANARLE A LA TIER­

RA", 1952. Composição. 182 x 114.

276

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P E R U

pintura - escultura

33 MACHUPICCHU, 1953. Paisagem. 81 x 66. 34 SE O RIO NAO CHEGA TUDO SERA ARRUI­

NADO, 1953. Composição. 182 x 114.

JUAN MANUEL UGARTE ELÉSPERU (19l1)

35 MESTIÇA VENDEDORA DE FRUTAS, 1952. 92 x 73.

36 POMBAL, 1953. 81 x 100. 37 SEMENTE, 1953. 81 x 100.

ADOLFO WINTERNITZ (1906)

38 ADRIANA, 1953. 85 x 100. 39 BENEDICTUS, 1950. 85 x 5. Sr. S. Herz Lima. 40 O ANJO DOS MORIBUNDOS, 1953. 100 x 90.

escultura

CRISTINA GALVEZ (1918) 1 FIGURA, 1950. Couro. 70. 2 MULHER, 1949. Couro. 70.

JORGE PIQUERAS (1925)

3 4 FIGURAS, 1951. Alumínio. 50. 4 ROSA NEGRA, 1951. Alumínio. 50. 5 TOTEM, 1953. Alumínio. 70.

JOAQUIN ROCAREY (1923)

6 FIGURA, 1952. Alumínio. 30.

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'% FLAUTISTA, 1952. Bronze. 26. 8 ~IO, 1952. Bronze. 32.

P E R U

escul tura

9 TIU:S GRAÇAS, 1952. Bronze. 40.

LUIS VALDETTARO (1906)

10 MENINA MESTIÇA, 1952. Mármore. 43. 11 PIEDADE, 1953. Madeira. 50.

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PORTUGAL DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO POR­TUGUESA DO IV CENTENÁRIO DE SÃO PAULO

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PORTUGAL

P ortugal, que viveu em comunhão intensa com a arte clássica, e que nela teve altíssi­

mos valores, soube encarar com confiança e en­corajar mesmo os inconformistas que, insurgindo­se contra os cânones estabelecidos, trouxeram a audaz mensagem de novas formas de expressão emocional. Foi em 1914, com o orfismo, que se registrou em Portugal o primeiro movimento coletivo de rebeldia artística. Grupos de jovens aderindo às novas cor­rentes comunicaram-lhes o vigor das suas persona­lidades, permitindo, assim, o robustecimento de uma orientação que viria afinal a impôr-se incon­testàvelmente. Participou Portugal já da la. Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Com mais tempo des­ta vez, procurou-se que os trabalhos a serem ex­postos agora fôssem realmente, quanto possível, bem representativos dos valores da arte moderna no país. Para êsse efeito, obteve-se, na pintura, a colaboração de artistas que vão desde os precurso­res até à novíssima geração dos que exibem as pri­meiras obras, mas já revelam o poder de expressão das suas individualidades; não esquecendo, natu­ralmente, aqueles que se encontram na plenitude das suas faculdades criadoras. Na escultura e na faiança os nomes que concor­rem são de artistas já consagrados. Apresentando-se à 2.3. Bienal de São Paulo, Portu­gal, solidário com as demais nações, traz ao Brasil a sua significativa contribuição nesta livre e inquie­ta procura de novos meios de expressão plástica, que caracteriza a arte moderna. A colônia portuguêsa radicada no Brasil não verá com indiferença esta delegação artística que envia o seu país, materialmente distante, mas sempre presente no seu saudosismo.

ALFREDO LENCASTRE VEIGA Delegado no Brasil do Comissão do IV Centenário de São Paulo

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PORTUGAL pintura

pintura

SARAH AFFONSO (1899)

1 CARROSSEL, 1936. 2 CORETO, 1937. 3 ESTAMPA POPULAR. 4 PROCISSAO. 5 SEREIA.

JOSE' JULIO ANDRADE DOS SANTOS (1916)

6 BARCOS NO RIO, 1952. Têmpera sôbre papel. 7 CASAS E BARCOS, 1952. Têmpera sôbre cartão. 8 PAISAGEM (CAIS), 1953. Têmpera sôbre papel. 9 VELAS, 1952. Têmpera sôbre papel.

10 VELAS, 1953.

FERNANDO AZEVEDO (1923)

11 A GRUTA DE ARLEQUIM, 1951. Óleo sôbre madeira.

12 O~IA, 1951. Óleo sôbre madeira. Sr. Jorge de Sena.

13 PERSONAGENS PRECIOSOS, 1950-51. Sr. José Augusto Franga.

MANOEL BENTES (1885)

14 ALFAMA, Lisbôa, 1948. 15 FLORES, 1947. Óleo sôbre papel. 16 FLORES, 1948. Óleo sôbre papel. 17 ROMARIA, 1947. Óleo sôbre papel. 18 TEMPO úMIDO, CASA DE LISBOA, 1947.

281

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PORTUGAL

pintura

CARLOS BOTELHO (1899)

19 "FAIAN", LISBOA, 1953. 20 LISBOA, 1953. 21 LISBOA, 1953. 22 TIPO DE LISBOA, 1953. 28 TIPO DE LISBOA, 1953.

MARIO ELOY (1900-1950)

24 AUTO-RETRATO, 43 x 50. Secretariado Nacional de Informação, Lisbôa.

25 BAILARICO, 110 x 90. Sr. Francisco Lage. 26 O POETA E O ANJO. Museu Nacional de Arte

Contemporânea, LisbOa.

ESTRELA FARIA (1910)

27 PERTURBAÇAO, 1953. 280 x 130.

28 PINTURA, 1953. 50 x 60.

29 PINTURA, 50 x 70.

AUGUSTO GOMES (1910)

80 A COSTUREIRA, 1953.

SI AS VISITAS, 1953. óleo sôbre cartão.

82 INTERIOR, 1953.

DORDIO GOMES (1890)

S8 AUTO-RETRATO:

84 CAVALOS.

85 O GANHADEIRO.

282

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PORTUGAL pintura

EDUARDO LUIZ GOMES (1932)

36 1 PINTURA, 1953. 37 2 PINTURA, 1953.

FERNANDO LANHAS (1923)

38 A5 1948. Aquarela sôbre papel.

39 AS, 1952. Aquarela sôbre papel. 40 07, 1949. óleo sôbre cartão. 41 013, 1952. óleo sôbre cartão. 42 014, 1952. óleo sôbre cartão.

QUERUBIM LAPA (1926)

43 LOLITA, 1952.

44 MULHERES AO VENTO, 1952.

45 O ESPELHO PARTIDO, 1951.

46 REGRESSO, 1953.

FERNANDO LEMOS (1926)

47 AMBIENTES,1951. Guache sôbre papel.

48 CORES NATURAIS, 1951. Guache sôbre papel.

49 SUGESTAO, 1951. Guache sôbre papel.

MARCELINO MACEDO VESPEIRA (1925)

50· BAILADEIRA, 1949.

51 GRUTA DO SONO, 1950. óleo sôbre madeira.

52 HOMENAGEM A CARMEN AMAYA, 1951.

53 NOCTiVOLO, 1951. óleo sôbre madeira.

54 SIMUNIS, 1949. óleo sôbre madeira.

283

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PORTUGAL pintura

JOAO NAVARRO HOGAN (1914)

55 ALTO DOS SETE MOINHOS, 1952. 56 INTERIOR, 1951. 57 NATUREZA MORTA, 1943. 58 NOTURNO, 1952. 59 PEDREIRA, 1952.

JORGE DE OLIVEIRA (1924)

60 ABANDONO, 1952. 61 EPOP:tIA, 1951. óleo sôbre madeira. 62 NOTURNO, 1952. óleo sôbre madeira. 63 PUBERDADE, 1952.

ANTONIO PEDRO (1909)

64 ENCONTRO A BEIRA DA ANGÚSTIA. 65 NÚ NUM DIVA COM GULA. óleo sôbre madeira. 66 TRíPTICO SOLTO DE MODltl,O, 1943 óleo sô-

bre madeira.

67 TRIPTlCO SOLTO DE MOD~LO, 1943. óleo sO-bre madeira.

68 TRíPTICO SOLTO DE MOD~LO, 1943. óleo sO-bre madeira.

JULIO POMAR (1926)

69 A VIDA OU A MORTE, 1953. 70 MENINOS NUM JARDIM, 1951. 71 O ALMoçO, 1946-50. óeo sôbre masonite. 72 VENDEDEffiAS DE ESTRELAS, 1951.

MILY POSSOZ (1889)

73 A PINHA, 1950.

284

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PORTUGAL pintura

74 A PONTE DUARTE PACHECO, LISBOA, 1953. 75 A PORTA DO NÓ, Vila Vicoca, Portugal. 1952. 76 ALDEIA PORTUGUESA N.o n, 1952. 77 FLORES, 1953.

JULIO RESENDE (1917)

78 MULHERES, 1953. 79 O RAPAZ DO GUARDA-CHUVA, 1963. 80 PINTURA, 1953. 81 RIBEIRA, 1953.

ROLANDO DE SA' NOGUEIRA (1921)

82 CABEÇA DE MULHER, 1951. 83 CABEÇA DE RAPARIGA, 1952. 84 FAMíLIA DE VENDEDORES, 1952. Guache sôbre

cartão. 85 NATUREZA MORTA, 1952. 86 RETRATO, 1953.

GUILHERME SANTA RITA

87 ORFEU NOS INFERNOS. 88 PINTURA.

FRANCISCO SMITH (1881)

89 MENTON GARAV AN, 1950. 90 PROCISSAO, 1949. 91 V ARINAS (Lisbôa) , 1949.

AMADEO DE SOUZA CARDOSO (1887-1918)

92 FORTE, 1913. 50 x 50. Propriedade da viuva do artista.

285

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PORTUGAL pintura - escultura.

93 MOINHO, 19917. 61 x 50. Propriedade da viuva do artista.

94 VIOLINO, MORANGO E BONECA, 1916. 85 x 70. Propriedade da viuva do artista.

escultura

SALVADOR D'EÇA BARATA FEYO (1902)

1 ANTERO DE QUENTAL, 1941. Bronze. 80. 2 JOVEM INGLESA. Bronze. 50. S JOVEM LATINA. Bronze. 50. 4 MULHER E ARVORE, 1946. Bronze. 130.

ANTONIO DUARTE (1912)

5 ESCULTURA, 1952. Mármore de sintra. 6 ESCULTURA, 1952. Mármore de sintra. 7 TRONCO, 1951-52. Mármore azul de sintra.

FERNANDO FERNANDES DA SILVA

8 A LóGICA E O SILOGISMO. Cimento. 9 DUPLA INTENÇAO. Bronze.

FRANCISCO FRANCO

10 A CABEÇA DO PROFESSOR REINALDO DOS SANTOS.

ANTONIO AUGUSTO LAGOA BENRIQUES (1923)

11 CABEÇA, 1952. Bronze.

286

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PORTUGAL

escultura - desenho

CANTO DA MAIA (1890)

12 FAMíLIA, 1942. Barro colorido. Baixo relêvo. 13 MATERNIDADE, 1948. Barro. 14 NAUFRAGIO, 1943. Barro. 15 NOSSA SENHORA DAS DORES, 1949. Barro. 16 . TOILETE, 1947. Barro.

s. MARTINS CORREIA (1910)

1"1 BUSTO. Pedra. 18 O JOVEM, 1953. Bronze. 19 RAPARIGA PORTUGUESA. Pedra.

VASCO PEREmA DA CONCEIÇAO (1914) 20 ESCULTURA, 1952. Mármore. 21 ESCULTURA,1953. Concreto metalizado. 22 ESCULTURA, 1953. Concreto metalizado.

SORGE VIEIRA (1922)

23 CAVALO, 1953. Terracota. 24 MAQUETE PARA O MONUMENTO AO PRISIO-

NEIRO POLlTICO DESCONHECIDO, 1952. Bronze. 25 MULHER AS CAVALITAS, 1952. Terracota. 26 MULHER AO COLO, 1951. Terracota. 2"1 MULHER EM PI!:, 1953. Terracota.

desenho

FERNANDO LEMOS (1926)

1 DESENHO, 1953. Nanquim. 2 DESENHO, 1953. Nanquim.

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PORTUGAL . desenho - gravura

LIMA DE FREITAS (192'7)

S FESTA POPULAR, 1951. Bico de pena. 4 MATANÇA DOS INOCENTES, 1952. Bico de pena. 5 MICROCOSMOS, 1950. Bico de pena. 6 OS MONSTROS MORIBUNDOS, 1953. Bico de

pena. 7 TEMPOS MODERNOS, 1951. Bico de pena.

JOAO ABEL MANTA (1928)

8 DESENHO, 1950. Nanquim. 9 DESENHO, 1951. Nanquim.

10 DESENHO, 1951. Nanquim. 11 DESENHO, 1951. Nanquim.

J. MARTINS CORREIA (1910)

12 ESCULTURA, 1953. Lápis branco.

JULIO DOS REIS PEREIRA

13 INTERIOR, 1953. Nanquim. 14 INTERIOR, 1953. Nanquim. 15 S:a:RIE "POETA", 1952. Nanql!im. 16 S1l:RIE "POETA", 1952. Nanquim. 1'7 S1l:RIE "POETA", 1953. Nanquim.

gravura

JULIO POMAR (1926Q

1 A EXPLOSAO, 1951. Litografia. 2 AS MAES, 1951. Linóleo. S FAM1LIA, 1951. Linóleo. 4 RAPARIGA COM POMBAS, 1951. Litografia.

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I

REPÚBLICA DOMINICANA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA DIREÇÃO GERAL DAS BELAS ARTES DA REPÚBLICA DOMINICANA

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REPÚBLICA DOMINICANA pintura

P oderia dizer-se que as artes plásticas em São Domingos têm uma relativa 1uventude,

pois ainda que desde longínquos dias existissem manifestações espontâneas, reveladoras da sensi­bilidade dominicana que as cultivava, foi durante as duas últimas décadas que a pintura e a escul­tura adquiriram o notável desenvolvimento que as põem em autêntica posse de seu destino, incorpo­rando-as à renovadora corrente artística que hoje prevalece, em grande parte, dos países latino-ame­ricanos. Mesmo não se ousando afirmar que, em pintura, não existe uma escola americana definida, salvo no caso excepcional do México - pois foi na litera­tura, especialmente na poesia, que a America Lati­na alcançou maturidade e tradição, - entre a pa­ciente e determinada técnica de Colson e a "erup­ção violenta e humana de Cabral", desfila e ascen­de uma geração de 10vens pintores, entre êles Mo­rel, Suro, Hernández Ortega, Noemí Mella, etc, que vai criando em São Domingos, um movimento de trajetória inconfundível, no processo plástico do nosso hemisfério. Uma demonstração magistr.al das conquistas alcan­çadas pela República Dominicana, neste campo das belas artes, nós a encontramos na brilhante amostra com que se apresenta à 2.& Bienal de São Paulo.

pintura

ARIS AZAR Diretor gerol dos Belos Artes

MOUNNIA L. ANDRE (1911)

1 AO LARGO, 1951-53. 61 x 6I. 2 MARli; ALTA, 1951-53. 62 x 73.

290

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REPÚBLICA DOMINICANA

pintura

MANUEL DEL CABRAL (190'7)

3 CAVALO EM CHAMAS, 1951. 100 x 81. 4 NUVEM DE TORMENTA, 1951. 81 x 65. 5 O DESTRUIDO, 1951. 100 x 81. 6 OS CONDENADOS. 7 PAISAGEM, 951. 73 x 60.

8 8 DE JULHO. 9 SHANGRI-LA.

JOSE FULOP (1900)

LILIANA GARCIA CAMBIER (1929)

10 CABEÇA. Aquarela. 11 NEGRINHA.

JOSE GAUSACHS ARMENGOL (1889)

12 AS TrutS GRAÇAS. 13 NOTURNO, 1953. 20 x ~6.

MARIO GRULLON (1918)

14 CARNAVAL.

MARIANELA JIMENEZ R. (1925)

15 PINHEIROS PROFUNDOS.

16 TRONCOS NO OUTONO.

SILVANO LORA

17 CENA, 1953. 22 x 18.

291

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REPÚBLICA DOMINICANA pintura - escultura

NOEMI ALTAGRACIA MELLA CUELLO (1929)

18 NATUREZA MORTA. Guache. 19 ELEMENTOS. Guache. 20 PINTURA. Guache.

YORY MOREL TAVAREZ (1906)

21 RONDA NOTURNA.

ELIGIO PICHARDO (1930)

22 OS APOSTOLOS. 23 VENDEDORES DE FLORES.

ROSARIO PUENTE JULIA (1894)

24 FLORES. Aquarela.

25 PAISAGEM. 26 PAISAGEM.

escultura

NIDIA SERRA (1928)

--ANTONIO PRATS VENTOS (1925)

1 CABEÇA DE TAMBORILEmO, 1950. Madeira.

292

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s u ç A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO DE­PARTAMENTO DO INTERIOR E A COMIS­SÃO DE ARTES DA FEDERAÇÃO HELVÉTICA

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SUIÇA

A representação suíça à 2.a Bienal de São Paulo focaliza, desta vez, como figura central,

um de seus maiores pintores dos tempos mo­dernos: Ferdinand Hodler, o artista que - como Gauguin, Van Gogh, Munch, e simultâneamente com êles - empreendeu a superação do naturalismo na pintura, tanto na Suíça como, além de suas fron­teiras, nos países de língua alemã. A obra dêsse pintor corporificou, desde os fins da oitava década do século passado, a consciência da forma na arte moderna: sentido da bi-dimensionalidade da super­fície pictórica, ritmização da composição, liberação do conteúdo simbólico da côr, concentração da ex­pressão espiritual. Festejando atualmente a Suíça o centenário de nascimento do artista - como a Holanda o de Van Gogh - êste conjunto de qua­dros de Hodler só pode dar uma impressão apro­ximativa da sua maior criação artística: uma nova pintura monumental. Em compensação, coloca em primeiro plano outro grupo de obras: as paisagens fortemente sintéticas, com as quais Hodler ofereceu uma nova interpretação da natureza suíça. A se­leção de pinturas suíças mais recentes, que acom­panha a coleção de Hodler, salta por sôbre uma geração. Como em 1951, foi ela colhida na pro­dução dos artistas compreendidos entre os de 35 e 50 anos de idade. Enquanto, porém, há dois anos, realçava o trabalho construtivo abstrato, desta vez projeta a viva concepção da côr e da matéria pic­tórica. Posição central cabe a Max Gubler, cujo radiante esplendor de côres e amplo desenho de arabescos exerceu forte influência sôbre os artistas mais jovens. Max von Mühlenen, o teórico das cô­res, pertencente à nova geração, leva o vigor cro­mático até a completa abstração, ao passo que a. dinâmica e o pastoso tratamento da matéria em MareeI Koncet revelam afinidades. com o expressio­nismo ,do qual derivam também Coghuf, Max Kâmpf e Lermite. Em Serge Brignoni o coloriod se com-

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SUIÇA

Ferdinand Hodler

bina ao conteúdo surrealista, o que só raramente se depara nos artistas de côres exuberantes, tanto na pintura suíça como na internacional. Todos os pintores mencionados, em sua evolução, chegaram naturalmente aos problemas da arte abstrata. AI­betr Chavaz e Gérold Veraguth representam os gru­pos que continuam na trilha da cultura pictórica tradicional.

HEINS KELLER Conservador do Museu de Arte de Winterthur e Membro da Comis­sõo de Arte da Federaçõo Suiça.

Sala especial

FERDINAND HODLER

1 A EMQÇAO, DUAS FIGURAS, 1903. 116 x 88 Propriedade particular.

2 EIGER, MONCH E JUNGFRAU SOB UM ESPES­SO NEVOEIRO, VISTOS DO SCHYNIGE PLAT­TE, 1908. 68 x 92. Propriedade particular.

3 MULHER A PASSEIO, 1909. 127 x 75. Proprie­dade particular.

4 O LAGO DE THOUNE COM A CADEIA DE STOCKHORN, 1910. 83 x 106. Propriedade par­ticular.

li O LAGO Ll1:MAN NA DIREÇAO DO JURA, COM NUVENS COLORIDAS, 1911. 68 x 90. Proprie­dade particular.

6 A HUMANIDADE, 1911. 51 x 155,5. Kunsthaus, Zürich.

7 AUTO-RETRATO, 1916. 61 x 53. Kunthaus, Zürich.

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5 U I ç A

Hodler - pintura

8 GRAMMONT ENSOLARADO, 1917. 65 x 90. particular.

9 RETRATO DO PROF. BEUTTNER, 1917. 64,5 x 54.

10 CABEÇA DE UM "LANSQUENET", 72 x 53, Mu­sée des Beaux Arts, Schaffhause.

11 ESTUDO PARA "OLHAR NO INFINITO". óleo sôbre cartão. 68 x 50. Propriedade particular.

S A L A G E R A L

SERGE BRIGNONI (1903)

1 A MADRUGADA, 1950. 98 x 13l. l O DESABROCHAR, 1937. 54 x 74. S O PANTANAL NO OUTONO, 1950. 74 x 93. 4 PAIS~GEM NA ESPANHA. 46 x 73.

ALBERT CHAVAZ (1907)

5 A MENINA DE COLl!:TE' COR DE ROSA. 85 x 60. Confederação Sulça.

6 A PRIMAVERA, 1951. óleo sôbre pavatex. 71 x 55.

'J HOMENAGEM A FELIX VALLOTTON, 1950. 116 x 73. Confederação Suiça.

MAX GUBLER (1898)

8 DUPLO RETRATO, 1951. 46 x 130. 9 NATUREZA MORTA, 1953. 60 x 50.

10 RETRATO DO ARTISTA COM CHAPl:U, 1951. 162 x 130. Propriedade particular.

11 PAISAGEM DE INVERNO COM SOL, 1952. 130 x 162.

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SUl ç A

pintura

12 PAISAGEM NOTURNA, 1952. 46 x 55. 13 PAISAGEM PRIMAVERIL, 1953. 130 x 162. 14: PEIXE, 1951. 130 x 97.

MAX KAMPF (1912)

15 MúSICOS EXTRAVAGANTES, 1953. óleo de têm­pera sôbre tela. 132 x 300.

MAX von MnHLENEN (1903)

16 CHUVA. 90 x 100. 17 DOMINGO DE MANHA, 1947. óleo sôbre pava-

tex. 125 x 122. Propriedade· particular. 18 MOVIMENTO EM VERDE E AZUL. 100 x 81. 19 PAISAGEM DE INVERNO. 90 x 100. 20 PAISAGEM EM COR DE LARANJA E. VIOLETA.

85 x 100. Propriedade particular. 21 UMA CASCATA NA SOMBRA, 1951. 130 x 100.

CHARLES FRANÇOIS PHILIPPE (1919)

22 CONSTRUQAO SOBRE FUNDO AMARELO, 1953.

50 li: i65. 23 FOLHAS, 1952. 116 x 73. 24 MOVIMENTOS, 1952. 0100 sObre cartão. 38 x 50.

MARCEL PONCET (1894-1953)

25 A TOALHA AZUL, 1947. 59 x 40. Musée des Beaux Arts, Lausanne.

26 POTE BRANCO SOBRE FUNDO VERDE, 1939. 50 x 40. Propriedade particular.

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5 U I ç A

pintura

2'7 RETRATO DE HOMEM, 1928. 73 x 60. Kuns­thalle, Bâle.

28 REI'RATO DE MINHA MAE, 1930. 82 x 65. Musée des Beaux Arts, Lausanne.

JEAN PIERRE SCHMID (LERMlTE) (1920)

29 A POMPA, 1953. 125 x 125. 80 LAGO DESSECADO, 1948. 90 x 185. S1 RETRATO DE UMA CASA TRISTE, 1947. Gua-

che com giz sôbre pavatex. 140 x 95. Bienne. 82 SEU QUARTO, 1947. 70 x 120.

ERNEST STOKER (COGHUF) (1905)

33 A SERRA MORENA. 76 x 76. Propriedade par­ticular.

34 CLAROES NA NOITE. 32 x 50. Propriedade par­ticular.

35 EUGJ!:NIA. .45 x 22 86 OS PINHEIROS, 1937. 120 x 150. Musée dex

Beaux Arts, Bâle.

GEROLD VERAGUTB (1914)

37 O BOTEQUIM VERDE (NICE), 1950. 65 x 8l. 38 OS ROCHEDOS BRANCOS, 1951. 54 x '13. Con­

federçaão Suiça. 89 RUAS DE GENEBRA NO INVERNO, 1952. 92 x 81.

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U R U G U A DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELA COMISSÃO NACIONAL DE BELAS ARTES DO URUGUAI

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URUGUAI

A Comissão Nacional de Belas Artes do Uru­guai entendeu interpretar fielmente o amá­

vel convite do Comité organizador da 2.& Bie­nal de São Paulo, selecionando, para êsse fim, e como envio dos artistas plásticos do país, um con­junto de obras, dentro das tendências que gravitam de modo tão interessante em tôrno da evolução da arte contemporânea. Teve que prescindir, por isso, das obras de outros artistas que não podiam ser enquadrados nes-ses conceitos ultra modernos. Este envio representa, pois, uma parte apenas do que aquí se realiza e se exibe, habitualmente, nos Salões Nacionais de Artes Plásticas ou Galerias de ExpoSição. Escolheu, assim, entre a vasta produção nacional, um núcleo de oitenta e três obras, que podem ser classificadas emt três grupos definidos: O primeiro, composto de treze obras, inclui-se na corrente da chamada arte não-figurativa, e repre­senta, em suas diversas individualidades, as últimas expressões de tendência abstrata, que se têm mani­festado no nosso meio artístico. O segundo conjunto é de alguns alunos do "Atelier" Torres Garcia, reunidos ao redor de seu mestre. A forte influência exercida, em nosso meio, por êsse artista recentemente falecido, pode ser apreciada com clareza nesta coleção de telas que, por si mes­mas, explicam o nome de "Escola de Arte Constru-

. tiva", dado a êsse grupo. O terceiro constitue-se de quadros de diversas ori­entações modernas, que completam a representação oficial. Neste grupo figuram vários artistas que, com personalidade definida, realizaram uma obra vasta em nosso meio. Entre outros, García Reino, Cúneo, Pareja, Martín, etc. Integram, ainda, a re­presentação uruguaia, um conjunto de gravuras de Antonio Frasconi e algumas esculturas.

JOSÉ LUIS ZORRILLA DE SAN MARTIN Diretor do Museu de Belas Artes do Uruguai

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URUGUAI

pintura

pintura

JULIO URUGUAY ALPUY (1919)

1. ARTE CONSTRUTIVA, 1950. 36 x 97. 2 COMPOSIÇAO, 1950. 53 x 42,5. 3 NATUREZA MORTA, 1949. Óleo sôbre cartão.

52 x 44. 4 PINTURA CONSTRUTIVA, 1950. óleo sôbre cartão.

52,5 x 44. 5 PINTURA CONSTRUTIVA, 1948. Oleo sôbre cartão.

64,5 x 83,5.

JOSE PEDRO CASTIGLIOLO (1902)

6 COMPOSIÇAO, 1952. óleo sôbre cartão. 46 x 38. 7 COMPOSIÇAO, 1953. óleo sôbre cartão. 46 x 38.

JOSÉ CUNEO (1889)

8 CURRAL DE PEDRA, 1950. Aqua:rela. 65 x 50. 9 RAMADA, 1953. Aquarela. 56 x 40.

10 NINHO DE JOAO-DE-BARRO, 1953. Aquarela. 40 x 56.

11 OSSAMENTA, 1950. Aquarela. 40 x 56. 12 TERU TEROS, 1953. Aquarela. 65 x 50.

GONZALO FONSECA (1922)

13 ESTRUTURA, 1950. óleo sôbre cartão. 40 x 30. 14 ESTRUTURAÇAO, 1950. óleo sôbre cartão. 57 x 44. 15 FIGURAS, 1950. óleo sôbre carãto. 38,5 x 56. 16 PINTURA, 1950. óleo sôbre cartão. 46 x 37,5.

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URUGUAI

pintura

17 PORTO, BARCO DE RODAS, 1948. óleo sôbre cartão. 54 x 45.

MARIA FREIRE (1919)

18 COMPOSIQAO, 1952. Guache. 73 x 60. 19 COMPOSIÇAO, 1953. Esmalte sôbre madeira.

62 x 47.

OSCAR GARCIA REINO (1908)

20 COMPOSIÇAO, 1952. 100 x 80. 21 CONSTRUÇAO, 1952. 100 x 80. 22 FORMAS EM MOVIMENTO, 1953. óleo sôbre car­

tão. 8 x 70. 23 JOGO ESPACIAL, 1953. Têmpera sôbre papel.

105 x 75. 24 PAISAGEM, 1953. óleo sôbre madeira. 80 x 60.

BENGT BELLGREN (1928)

25 COMPOSIÇAO COM RODAS, 1952. 82 x 55. 26 DUETO FLUTUANTE, 19522. 45 x 53. 27 FIGURAS ANONIMAS, 1952. 45 x 58.

28 OBJETO, 1950. 45 x 58.

29 TIO VIVO, 1952. 73 x 51.

CARLOS A. LLANOS (1930)

30 COMPOSIÇAO ESTRUTURADA. óleo sôbre car-tão. 46 x 62.

31 COMPOSIÇAO ESTRUTURADA. óleo sôbre car-tão. 98 x 69.

32 GRAFISMO, 1953. óleo sôbre cartão. 79 x 49.

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URUGUAI pintura

33 PAISAGEM. óleo sôbre cartão. 53 x 40. 34 PORTO. óleo sôbre cartão. 66 x 49.

ANTONIO LLORENS (1920)

35 COMPOSIÇAO, 1952. óleo sôbre madeira. 122 x 99. 36 COMPOSIÇAO, 1953. Guache. 49 x 30.

VICENTE MARTIN (1911)

37 ALFABETO MARINHO, 1953. 115 x 65. 38 DRAMA LINEAR, 1953. 73 x 60. 39 FUGA DA RAZAO, 1952. 60 x 50. 40 NASCIMENTO cóSMICO, 1952. 50 x 30. 41 NEOLíTICO, 1952. 60 x 80.

FRANCISCO MATTO VILLARõ (1911)

42 ARTE CONSTRUTIVA. óleo sôbre cartão. 42,5 x 43.

43 FORMAS ESTRUTURADAS, 1952. óleo sôbre car-tão. 104 x 80.

44 GRAFISMO. óleo sôbre cartão. 88 x 77. 45 RUA, 1952. óleo sôbre cartão. 40,5 x 47. 46 TAVERNA. óleo sôbre cartão. 52 x 38,5.

AMALIA NIETO (1910)

47 PONTE SOBRE ° SENA, 1951. Oleo sôbre ma­deira. 66 x 84.

48 RUA DO BAIRRO LATINO, 1952. óleo sôbre ma­deira. 51 x 62.

49 RUA DE MONTMART"!t}; (PARIS), 1951. Oleo sôbre cartão. 54 x 64.

303

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URUGUAI pintura

50 RUA SAINT RUSTIQUE ,(PARIS), 1952. óleo sô­bre mad~il"8. 46 x 36.

51 RUA SAINT Sl!:VERIN (PARIS), 1952. óleo sôbre madeira. 51 x 60.

FREDERICO ORCAJO ACURA (1904)

52 COMPOSIÇAO, 1953. 26 x 30.

MIGUEL A. PAREJA PINEYRO (1908)

53 GAUCHO, 1952. Óleo sôbre madeira. 100 x 73.

54 MATERNIDADE, 1950. Óleo sôbre madeira. 100 x 51.

55 MENINA COM GATO, 1950. 100 x 81.

56 MENINA E GALO, 1950. 117 x 73.

57 TROPEffiO, 1952. óleo sôbre madeira. 117 x 80.

AUGUSTO TORRES (1913)

53 COMPOSIÇAO, 1946. Óleo sôbre cartão. 63 x 43. 59 NATUREZA MORTA, 1949. 64 x 52. 60 PORTO, 1953. óleo sôbre cartão. 50 x 42. 61 RETRATO, 1953. 49 x 70. 62 RUA, 1953. óleo sôbre cartão. 40 x 50.

HORACIO TORRES (1924)

63 BARCO, 1951. Óleo sôbre cartão. 104 x 87,5. 64 COMPOSIÇAO, 1949. 63 x 43. 65 ESTRUTURA EM REL1!:VO, 1952. óleo sôbre car­

tão. 104,5 x 84.

80&

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URUGUAI

pintura - escultura

66 FORMA ABSTRATA, 1953. Óleo sôbre cartão. 83 x 71,5.

67 MENINA COM BONECA, 1953. 100 x 80.

SUSANA TURIANSKY (1925)

68 DOIS ATORES, 1953. 120 x 75. 69 MENINA COM POMBA, 1953. Guache. 27 x 49. 70 MENINO COM UM CESTO, 1952. Guache.

49 x 64. 71 MULHER E MENINO, 1952. 60 x 72. 72 NATUREZA MORTA, 1951. 33 x 41.

JULIO VERDIE (1900)

73 EURITMIA N.o 1, 1952. Têmpera. 46 x 61.

JOAQUIM TORRES GARCIA (1874-1948)

74 CA~, 1928. Óleo sôbre cartão. 55 x 53,5. Museu Nacional de Belas Artes.

75 ESTAÇAO, 1928. Óleo sôbre cartão. Museu Na­cional de Belas Artes.

76 PINTURA CONSTRUTIVA, 1927. Óleo sôbre car~::

tão. 73 x 60. Museu Nacional de Belas -Artes. 77 PINTURA CONSTRUTIVA, 1937. Óleo sôbre car­

tão. 108 x 85. Museu ~acional de Belas Artes.

escultura

NERSES CUNANIAN (1919)

1 FORMA, 1952. PEDRA. 27.

ao.

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URUGUAI

escultura - desenho - gravura

2 HEROICA, 1951. PEDRA. 26. 3 MATERNIDADE, 1952. Pedra. 40. 4 MORTE, 1953. Pedra. 25. 5 PANDORA, 1953. Pedra. 36.

desenho

JULIO VERDIE (1900)

1 EUTRAPELIA N.o 2, 1952. Nanquim. 20 x 28. 2 EUTRAPELIA N.o 3. Nanquim. 34,5 x 44. 3 EUTRAPELIA N.o 4. Nanquim. 35 x 45. 4 EUTRAPELIA N.o 5. Nanquim. 32,5 x 42,5. 5 EUTRAPELIA N.O 7. Nanquim. 38 x 45.

gravura

ANTONIO FRASCONl (1919)

1 AMANHECER. Xilografia. 2 AUTO-RETRATO. Xilografia. 3 CAMPO ABERTTO. Xilografia. 4 CHUVA. Xilografia. 5 DUAS FORMAS E UMA PAISAGEM. Xilografia. 6 MONTANHAS DA CALIFORNIA. Xilografia. 7 PESCADOR DE MONTEREY. Xilografia. S RI OLESTE, NOVA YORK. Xilografia.

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VENEZUELA DELEGAÇÃO ORGANIZADA PELO MI­NISTRO DA EDUCAÇÃO DA VENEZUELA

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VENEZUELA

A delegação artística da Venezuela à 2.a Bie­nal de São Paulo está integrada pelos valores

mais puros e sinceros de seu momento plás­tico. A jovem pintura venezuelana, libertando-se finalmente dos ressaibos acadêmicos e seus aciden­tes, do surrealismo artificioso e de um néo-impres­sionismo ultrapasado, que até há pouco retinha sua franca eclosão, entrou na senda luminosa da cria­ção pura, espontânea e honesta. Hector Poleo, de nomeada internacional, passou seu temperamento requintado pelo crivo do expres­sionismo mexicano, antes de fixar sua personaZi-· dade. Uma técnica depurada torna-o irmão espi-, ritual dos primitivos flamengos e italianos do sé­culo XVI. Oswaldo Vigas, dotado de uma bela in-o tuição sensível nas suas composições, mostra-nos a riqueza sensual de sua paleta. Armando Barrio8' alcançou uma grande pureza espiritual em suas sínteses geométricas, das quais se desprende uma harmoniosa ciência da cõr. Manaure expressa sua sensibilidade finíssima em seus quadros abstratos, os quais irradiam uma luz profunda, interior e ir­real. Feliciano Carvallo é o representante do gê­nio popular, sem truques, no seu autêntico e ingê­nuo primitivismo. Mario Abreu, deslumbrante com seu colorido nebuloso, Cruz Diez, desenhista segu­ro de engenhosa candura, e os demais, Sanchez, Bogen, Dora Hensen, Hurtado expõem a expressão, independente e serena da atualidade venezuelana, no seu domínio da plástica pura.

JUAN ROHL

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.,

VENEZUELA pintura

pintura

MARIO ABREU (1918)

1 ESQUELETOS, 1952. óleo sôbre cartão. 100 x 80. 2 RETRATO DE MULHER, 1951. óleo sôbre cartão.

80 x 60. S SOIS E VEGETAIS, 1951. óleo sôbre cartão.

95 x 65.

ARMANDO BARRIOS (1920)

4 COMPOSIÇAO, 1953. 200 x 132.

CARLOS GONZALES BOGEN (1920)

5 PINTURA N.O 1, 1953. Duco sôbre cartão. 6 PINTURA N.o 2, 1953. Duco sôbre madeira. '1 PINTURA N.O 3, 1953. Duco sôbre cartão. 60 x 120.

FELICIANO CARVALHO (1925)

8 íNDIOS E COROMOTO, 1952. óleo sôbre cartão. 130 x 100.

9 MIGUELINA COM GUITARRA, 1952. óleo sôbre cartão. 130 x 90.

CARLOS CRUZ-DIEZ (1923)

10 O DIABO JOM DOMINGO, 1950. Têmpera sôbre cartão. 50 x 39.

11 O VELIDNHO DO 83, 1950. Têmpera sôbre cartão. 56 x 39.

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VENEZUELA

pintura

DORA HERSEN (1924)

12 BRANCO, CINZA E NEGRO, 1953. Duco sObre madeira. 100 x 145.

18 QUADRO N.o 1, 1953. Duco sôbre madeira. 27 x 27.

14 QUADRO N.o 2, 1953. Duco sôbre madeira. 30 x 30.

ANGEL HURTADO (1927)

15 TEMA N.G 1, 1953. Esmalte sôbre cartão. 68 x 104.

16 "TEMA N.o 2, 1953. Têmpera sôbre cartão. 71 x 122.

17 TEMA N.o 3, 1953. Esmalte sôbre cartão. 71 x 122.

MATEO MANAURE (1926)

18 CONTRASTE, 1953. óleo sôbre madeira. 45 x 45.

19 EQUILíBRIO, 1953. óleo sôbre madeira. 50 x 60.

20 FORMAS, 1953. ólêo sôbre madeira. 45 x 45.

HECTOR POLEO (1918)

21 A BODA, 1952. 146 x 114. 22 ANDINOS, 1951. 97 x 146.

23 AFLIÇAO, 1952. 89 x 130.

ANGEL HUMBERTO JAIMES SANCHEZ (1930) ,

24 CACHORRO E DIABOS, 1952.

25 DIVINDADES, 1953. 26 SELVA, 1952.

310

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27 A R1!.:DE, 1953. 28 ° ESCORPIAO, 1952. 29 "YARE", 1953.

VENEZUELA pintura

OSVALDO VIGAS (1926)

311

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ARQUITETURA o catálogo do solo geral de arquitetura nõa é numera­do, pelo fato de se distribuirem os arquitetos em vá­rios solas, de acôrdo com os nove problemas específi­cos arquitetônicos o que concorrem, segundo determi-na o regulamento. ' A exposiçõo do grupo de arquitetos do Museu de Arte Moderna de New York - indicados na pr~sente catá­logo pela abreviatura M. A. M. N. Y. - foi colocado numa divisõo à parte, por ter vindo montado diferen­temente dos outros conjuntos.

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ARQUITETURA

A s idéias que renovam a arquitetura de nossos dias, se revestem de tal vigor que transformam

a nossa época em uma das datas maiores da histó­ria dessa arte. Com efeito, a integração de homem, arte e ciência; a fôrça do poder inventivo; o tipo de relações que a arquitetura mantém com as outras artes expres­sam um estado de espírito, um novo humanismo, dir-se-ia, em uma escala não conhecida desde o Renascimento. No século XIX, a música e a pintura tinham sido capazes de renovar-se e de expressar condignamen­te a sua época - a arquitetura viveu a sua hora mais pretenciosa e vulgar - e escapa do totaZ des­prezo da crítica e da história, por fôrça de um grupo de engenheiros que souberam puramente criar uma poética nova que transcende a técnica para ser arquitetura: Eiffel, Paxton e Roebling. Criava­se a arquitetura contemporânea. A Segunda· Bienal não poderia esquecer êsse movi­mento - e monta a Exposição Internacional de Arquitetura que apresenta as idéias novas, com tra­balhos procedentes de países de cinco continentes - e sente-se satisfeita de exibí-la junto à pintura e escultura, como manifestações do mesmo espírito de cultura do mundo moderno. E' significativo que, dentro da exposição, a atração maior seja a obra de uma das mais nobres figuras da arte contemporânea: Walter Gropius. Sua obra e exemplo, de artista, de professor e de homem, sintetizam a renovação plástica, a integração artís­tica e o espírito de liberdade incondicional que ani­ma o homem de hoje. Sua vida é um testemunho de fé nesse homem. S. Paulo orgulha-se de receber Walter Gropius.

315

SALVADOR CANDIA Diretor-Secretário do Museu de Arte Moderno de São PouJo

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Sala especial

WALTER GROPIUS

I nstituido pela Fundação Andrea e Virgínia Matarazzo, o Prêmio São Paulo para Arqui­

tetura (Cr$ 300.000) foi atribuido pelo Júri especial a Wqlter Gropius. De acôrdo com o que estabele­ceu o Regulamento do Prêmio, o laureado empe­nhar-se-ia em realizar uma exposição da própria obra, em São Paulo. Coincidindo a atribuição do Prêmio com a 2.& Bienal e a 2.& Exposição Inter­n4ciqnal de Arquitetura, os organizadores desta manifestação convidaram a Fundação Andrea e Vtrgittia Matarazzo a apresentar a "Sala Gropius", no quadro da Exposição Internacional de Arquite­tura, visando, assim, não só apresentar ao público brasileiro uma obra de grande prestígio e interêsse, mas sobretudo homenagear uma das maiores per­sonalidades do nosso século. Da organização da exposição, instalada no andar superior do Palácio dos Estados, ao lado da que reune os trabalhos mais recentes e de valor dos arquitetos do mundo inteiro, cuidaram o próprio prof. Walter Gropius, os dirigentes do Institute of Contemporary Art de Boston e os serviços da Fun­daçá(> Andrea e Virginia Matarazzo. A todos êles, a Exposição Internacional de Arquite­tura da 2.& Bienal e o Museu de Arte Moderna de São Paulo expressam seu sincero agradecimento.

AS PRIMEIRAS CONSTRUÇõES 1911-1924

1 A FABRICA FAGUS (1911), com Adolph Meyer. 2 A EXPOSIÇAO DO WERKBUND, Colonia, 1914.

316

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ARQUITETUTRA

Walter Gropius

3 PROJETO PARA A CONCURR1!:NCIA DA "CHICAGO TRIBUNE", 1922.

" O TEATRO MUNICIPAL DE JENA (1924), com Adolph Meyer.

5 PROJETO PARA UMA ACADEMIA DE FILOSO­FIA EM ERLANGEN (1924).

CONSTRUÇõES 1925-1949

6 e 7 BAUHAUS, DESSAU (1925).

8 RESID:E:NCIAS PARA OS PROFESSORES DE BAUHA'US, Dessau (1925).

9 O TEATRO UNIVERSAL, projeto (1927).

10 CENTRO CíVICO DO MUNICíPIO DE HALLE, projeto (1927), (haIl, Museu e Estádio).

11 DEPARTAMENTO DE TRABALHO, Dessau (1928)

12 IMPINGTON COLLEGE (1937) com MaxweIl Fry.

13 EXPOSIÇAO DE METAIS NAO FERROSOS (924) com Joost Schmidt, Berlim.

14 EXPOSIÇAO MUNDIAL DE NEW YORK (939).

15 PROJETO PARA A UNIVERSIDADE HUA TUNG.

16 ESCOLA BURNCOAT PARA 1.200 ALUNOS, Worcester, Massachussets, 1952.

17 ESCOLA "PETER TACHER", Attleboro, Massa­chussets, 1950.

18 PR~DIO PARA ESCRITóRIOS DA SOCIEDADE AMERICANA PARA O PROGRESSO CIENTíFICO, Washington (1952).

31'7

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ARQUITETURA

Walter Gropius

19-20 HARV ARD GRADUATE CENTER - THE AR­CHITECTS COLLABORATIVE 1949, Cambridge, Massachussets, U.S.A.

CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS E FORMAS INDUSTRIAIS

21 STUTTGART, CONSTRUÇAO COM ELEMENTOEl PRÉ-FABRICADOS NO CONJUNTO WEISSENHOF (1927).

22-23 Ai CASA DE COBRE (1931). 24-26 GENERAL PANEL CORPORATION, 1943.

27 AUTOMÓVEIS ADLER 1929-1933.

28 MOVEIS EM SÉRIE, 1929.

29 MÓVEIS PARA SALAS DE AULAS E DORMI­TóRIOS DAS INDúSTRIAS THONET INC.

30 CLARABOIA SEMI-ESFÉRICA EM PLEXIGAS PARA A WASCO FLASHING CO. 1948-1952.

CONJUNTOS RESIDENCIAIS E PLANIFICAÇõES URBANtSTICAS

31 TORTEN DESSAU, 1928. 32 CONJUNTO RESIDENCIAL DE DAMMERSTOCK,

1926.

33 CONJUNTO RESIDENCIAL PARA O INSTITUTO DE PESQUISAS EM TORTEN-DESSAU, 1926.

34-35 CONJUNTO RESIDENCIAL DA SIEMENSSTADT 1929, Berlim.

318

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ARQUITETURA

WaIter Gropius

36 EDIFíCIOS DE APARTAMENTOS À MARGEM DE UM RIO OU LAGO.

37 EXPOSIÇAO DO WERKBUND EM PARIS, 1930, eom MohoIy-Napy.

88 EXPOSIÇAO DE ARQUITETURA, Berlim, 1931.

89 NEW KENSINGTON DEFENSE HOUSING DEVE­LOPMENT, 1943, eom MareeI Breuer.

40 VISTA Al!:REA DA PARTE MERIDIONAL DE CmCAGO.

41 RESIDl!:NCIA FRANK, Pittsburgh, Pa., 1940, eom MareeI Breuer.

(2 RESIDl!:NCIA FORD, LineoIn, Mass., 1939, com MareeI Breuer.

48 RESID:a:NCIA ABELE, Frammingham, Massaehu­ehets, 1939.

44 RESID:a:NCIA GROPIUS, 1939, eom MareeI Breuer.

319

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SEÇÃO GERAL DE ARQUITETURA

ALVAR AALTO (1898)

"SENIOR DORMITÓRIO PARA O MASSACHU­SETTS INSTITUTE OF TECHNOLOGY", 1948.

Cambridge, Massachustts. (M. A. M. N. Y.l

RICHARD L. AECK & ASSOCIATES (1912)

ESTADIO DE FUTEBOL PARA A ESCOLA HE'NRY

GRADY, 1948. Atlanta Georgia. (M. A. M. N. Y.l

ROBERTO CLAUDIO AFLALO (1926)

HABITAÇAO COLETIVA, 1952. São Paulo - Brasil.

GREGORY AIN (1906)

RESID1:NCIA TED WEINE'R, 1952. Fort Worth,

Texas (M. A. M. N. YJ

FRANCO ALBINI (1905)

HOTEL-REFúGIO PIROVANO, 1949. Cervinia -

Itália.

GALERIA DO PALAZZO BIANCO, 1950. Genova - Itália.

FRANCISCO KEIL AMARAL (1920)

REMODELAÇAO DE ESTABELECIMENTO, 1952.

Lisbôa - Portugal.

320

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ARQUITETURA

RUY D'ATHOUGUIA (1917)

HABITAÇÃO INDIVIDUAL, 1952. Cascais. ESCOLA PRIMARIA, 1953. Lisbôa - Portugal.

TENNESSEE VALLEY AUTHORITY

USINA A VAPOR, 1949. JOhnsonville, Tennessee -

DAVID XAVIER AZAMBUJA (1909)

PALA CIO DO GOV~RNO, 1953. Curitiba - Paraná Brasil.

LUCIANO BALDESSARI (1896)

PAVILHAO DA SOCIEDADE ITALIANA E. BREDA NA XXIX FEIRA INTERNACIONAL DE MILAO, 1951. Milão - Itália.

PAVILHAO DA SOCIEDADE ITALIANA E. BREDA NA XX FEIRA INTERNACIONAL DE MILAO, 1952. Milão - Itália.

PAVILHAO DA SOCIEDADE ITALIANA E. BREDA NA XXXI FEIRA INTERNACIONAL DE MILAO, 1953. Milão - Itália.

DONALD BARTHELME (1907)

ESCOLA ELEMENTAR, 1952. West Columbia, Te­xas - U. S. A.

EDWARD BARTHELME & ASSOCIATES (1907)

ESCOLA ELEMENTAR DE WEST COLUMBIA, 1952. West COlumbia, Texas. (M. A. M. N. Y.J

DOMENICO BASCIANO (1911)

CINE - TEATRO, 1951. Casablanca - Marrocos.

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A R QUI T E T URA

PIETRO BELLUSCHI (1899)

EDIFtcIOS PARA ESCRITÓRIOS DO EQUITABLE SAVING AND LOAN ASSOCIATION, 1948. Portland, Oregon. (M. A. M. N: Y.)

SERGIO WLADIMIR BERNARDES (1919)

RESID:mNCIA JADIR DE SOUZA, 1951. Rio de Ja­neiro - Brasil.

RESID:mNCIA PAULO SAMPAIO, 1953. Itaipava, Rio de Janeiro - Brasil.

RESID:mNCIA MARIA CARLOTA MACEDO, 1953. Petrópolis, Rio de Janeiro - BraSil.

MISHA BLACK (1910)

ALEXANDER OmSON (1906)

REGA'I'TA RESTAURANT - FESTIVAL OF BRI­TAIN SOUTH BANK DXHISBITION, 1951. Londres - Grã Bretanha.

WALTER E. BLUM (l925)

RESID:mNCIA E ESTÚDIO, 1952. Great Neck, Nero York - U. S. A.

RAUL A. SICHERO BOURET (1916)

HABITAÇAO COLETIVA, 1952. Montevidéu -Uruguay.

MARCEL BREUDER (l902)

DORMITóRIO DO VASSAR COLLEGE, 1951. Poughkeepsie, Nero York.

322

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ARQUITETURA

RESIDi!:NCIA DE HARRY A. CAESEAR, 1952. Lake­ville, Connecticut. (M. A. M. N. Y.)

ROBERTO BURLE MARX (1909)

JARDIM. RESIDi!:NCIA WALTER MOREIRA SAL­LES, 1948. Rio de Janeiro - Brasil.

JARDIM. RESIDi!:NCIA ODETE MONTEIRO, 1946. Petrópolis, Rio de Janeiro - Brasil.

SANTIAGO AGURTO CALVO (1921)

UNIDADE VECINAL DE MATUTE, 1951. Lima­Perú.

OLAVO REDIG DE CAMPOS (1906)

FLAVIO AMILCAR REGIS (1908)

DAVID XAVIER AZAMBUJA (1909)

SERGIO ROBERTO RODRIGUES (1929)

CENTRO CíVICO DE CURITIBA, 1953. Curitiba, Paraná - Brasil.

OLAVO REDIG DE CAMPOS (1906)

ASSE'MBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PA­RANA, 1953. Curitiba, Paraná - Brasil.

PAULO CANDIOTA

LUCIO COSTA

BELA TOROK

RESIDi!:NCIA PAULO CANDIOTA - Rio de Janeiro - Brasil.

323

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ARQUITETURA

AcmLLE CASTIGLIONI (1918)

PIER GIACOMO CASTIGLIONI (1913)

LUIGI FRATINO (1919)

CONSTRUÇAO DAS SALAS DE EXPOSIÇAO DA SOCIEDADE DE BELAS ARTES DE MILAO, COM UM NOVO EDIFíCIO COMERCIAL, 1952. Milão - Itália.

CELESTINO DE CASTRO (1920)

HABITAÇAO, 1950/2. Porto. - Portugal.

CLAUDIO VICTOR CAVERI (1928)

HABITAÇAO, 1952. Beccar - Argentina.

PETER CELSING (1920)

AS ESTAÇõES SUBTERRANEAS EM ESTOCOLMO NAS LINHAS SUBURBANAS, 1950. Estocolmo - Suécia.

HOLZMEISTER CLEMENS (1886)

PALACIO ATATURK, 1930. Ankara - Turquia.

THE ARCHITECTS COLLABORATIVE

HABITAÇAO, 1949. Belmont, Massachusets -U. S. A.

HARVARD GRADUATE CENTER, 1950. Cambri­dge, Massachusets - U. S. A.

JUNIOR HIGH SCHOOL, 1951. Attlebord, Massa­chusets - U. S. A.

324

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ARQUITETURA

LUIS CONTRUCCI (1913)

CARLOS GONZALEZ LACK (19Z6)

MOINHO DE TRIGO, 1952. Jaguaré, São Paulo -Brasil.

MARIO CORBETT (1901)

RESID1:NCIA MORITZ THOMSEN, 1952. Viena, Califórnia (M. A. MJ N. Y.)

EDUARDO CORONA (19Z1)

GRUPO ESCOLAR VILA ANASTACIO, 1952. São Paulo - Brasil.

GARDNER A. DAILEY -" ASSOCIATES (1895) QUARTEL DA CRUZ VERMELHA, 1948. São

Francisco, Califórnia. (M. A. M. N. Y.)

LUIGI CARLO DANERI (1900)

EDIFíCIO PARA O ESPORTE NAUTICO, 1950. S. Michele di Pagana, Rapallo - Itália.

CHARLE~ EAMES (1907)

CASA DE ESUDO CASE, 1949. Santa Mônica, Califórnia (M. A. M. N. YJ

AARNE ADRIAN ERVI (1910)

CASA DE UMA COMUNIDADE RELIGIOSA, 1951. LoMa - Finlândia.

SEDE DE CLUBE, 1952. Finlândia. OFICINA PARA PRODUÇAO DE FORÇA. Rio Ou­

bulu - Finlândia.

325

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ARQUITETURA

H. K. FERGUSON COMPANY

FRANK L. WHITNEY (1913)

A FABRICA BLUEBONNET, COMPANHIA REFINA­DORA DE PRODUTOS DE MILHO. Corpus Cris­ti, Texas. (M. A. M. N. Y.).

RUSSELL FORESTER (1920)

HABITAÇAO iNDIVIDUAL, 1952. La Jolla, Cali­fórnia - U. S. A.

MIGUEL FORTE (1915)

GALIANO CIAMPAGLIA (1913)

HABITAÇAO, 1953. São Paulo - - Brasil.

OTTO FRANKILD

PREBEN HANSEN

ARNE lUAR

AALBORGHALLEN, 1949. Aalborg - Dinamarca.

ERICK GLEMME (1905)

ARRANJOS FESTIVAIS EM KUNGSTRAEDGAR­DEN. Estocolmo - Suéciá.

JANUARIO GODINHO (1910)

POUSADA DE SALAMONDE, 1951. Salamonde­Portugal.

RESTAURANTE DE CANIÇADA, 1953. Caniçada, Gerez - Portugal.

326

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ARQUITETURA

FRITZ M. GROSS (1922)

PAVILHAO DA EXPOSIÇAO DA MARINHA E EN­G:F;NHARIA, 1953. Londres - Grã-Bretanha.

ROY GROUNDS (1905).

"HENTY HOUSE", 1952. Frankston, Victoria -Austrália.

GlGI GBó (1915)

CONJUNTO DE EDIFíCIOS COMERCIAIS E RESI­DENCrAIS. 1950. Milão - Itália.

BARWELL HAMILTON BARRIS (1903)

RESID:l!:NCIA RALPH JOHNSON, 1951. Los Angeles, Califórnia. (M. A. M. N. Y.)

WALLACE K. BARRISON & CONSULTANTS (1895)

SECRETAIÚA DAS NAÇõES UNIDAS, 1950. New York. (M. A. M. N .. Y-l

BARRISON & ABRAMOVITZ

EDIFíCIO ALCOA, 1952.. Pittsburgh, Pennsylvania. (M. A. M. N. Y.)

CLAUDE E. BOOTON (1905)

EDIFíCIO DA TEXAS COMPANY, 1952. New Orleans, Lousiana - U. S. A.

DAVID BULL BORN (1905)

YOSMITE JUNIOR HIGH SCHOOL, 1951. Fresno, Califórnia - U. S. A.

327

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ARQUITETURA

SUNSHlNE SCHOOL, 1951. Fresno, Califórnia -U. S. A.

HUSON JACKSON (1913)

RESIDtNCIA McGOWIN, 1951. ' Alabama - U. S. A. RESID1!!NCIA GOLDBERG, 1952. Connecticut ~

U. S. A.

ARNE JACOBSEN (1902)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1951. Vedbaek - Di­namarca.

CONJUNTO RESIDENCIAL, 1945. Klampenborg­Dinamarca.

USINA MASSEY-HARRIS, 1953. Copenhague Dinamarca.

JOHN MAC L. JOBANSEN (1920)

RESID:a:NCIA JOHN MAC L. JOHANSEN, 1949. Nero Canaan, Connecticut. (M. A. M. N. Y.)

PHILIP C. JOHNSON (1906)

RESID:a:NCIA GEORGE ONATO, 1951. Irvington on: Hudson, Nero York L.. U. S. A.

RESID:a:NCIA RICHARD HODGSON, 1951. Nero Canaan, Connetfcut - U. S. A.

RESID:a:NCIA PHILIK C. JOHNSON, 1949. Nero Ca­naan, Connecticut. (M. A. M. N. Y-l

KENNEDY, ROCH, DE MARS, ROPSON AND BROWN

HABITAÇAO COLETIVAS EM 100 MEMÓRIAL DRI-VE, 1950. Cambridge, Massachussets. (M. A. M. N. Y-l

328

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ARQUITETURA

EDWARD ABEL KILLINGSWORTH (1917)

RESID:mNCIA E ESTúDIO, 1952. LOs Alamitos, Ca­lifórnia - U. S. A.

LUCJAN KORNGOLD

HABITAÇÃO COLETIVA, 1952. São Paulo - Brasil.

SVENN ESKE KRISTENSEN (1905)

HABITAÇÃO COLETIVA, 1951. Copenhague Dinamarca.

HABITAÇÃO COLETIVA, 1951. Copenhague Dinamarca.

LIVRARIA COLBERG, 1951. Ronne, Bornholm -Dinamarca.

ERNEST J. KUMP (1911)

ESCOLA DE SAN JOSÉ, Califórnia. (M. A. M. N. Y,)

MANUEL LAGINHA (1919)

LABORATóRIOS DE PRODUTOS FARMACEUTI­COS, 1950. Lisbôa - Portugal

CUNHA LEAO MORAIS SOARES

FORTUNATO CABRAL

PALACIO ATLANTICO E PRAÇA D. JOÃO I, 1950. - Portugal.

GENE ROBERT LEEDY (1928)

RESID:mNCIA ST. ARMANDS KEY, 1952. Sarasota, Flórida - U. S. A.

329

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ARQUITETURA

LAURO DA COSTA LIMA (1917)

EDIFtcIO GESSY, 1952. São Paulo - Brasil.

AKE E. LINDQVIST (1944) ESCOLA ELEMENTAR DE ARSTAGARDENS. Esto­

colmo - Suécia.

BENGT LINDROOS (1918) SVEN MARKELIUS (1889)

EDIFtcIO DA UNIAO ESTUDANTIL NO ROYAL INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 1952. Estocol­mo - Suécia.

ARMENIO LOSA (1908) CASSIANO BARBOSA (1911)

CASA DE FERIAS, 1950. Praia do Ofir-Fão :- Por­tugal.

WENDELL B. LOVETT (1922)

RESID:tNCIA WENDELL H. LOVETT, 1951. Belle­vue, Washington - U. S.,A.

JOS~ CARLOS LOUVEIRO (1925)

A MINHA CASA, 1951. Valbom, Goudomar - por­tugal.

MAYNARD LYNDON (1907)

ESCOLA ELEMENTAR DE VISTA, 1950. Vista, Cali­fórnia. (M. A. M. N.Y.)

no

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ARQUITETURA

CARLOS MORALES MACHIAVELLO (1907) EUGENIO MONTAGNE (1914)

ESCRITÓRIO PARA ARQUITETOS ASSOCIADOS, 1953. Lima - Perú.

ARTUR PIRES MARTINS (1914)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1951. Lisbôa - Por­tugal.

ICARO DE CASTRO MELLO (1913)

PISCINA COBERTA, 1952. São Paulo - Brasil,

OSCAR VALDETARO DE TORRES E MELLO (1924)

CENTRO DE INSTRUÇAO DO CORPO DE FUZILEI­ROS NAVAIS, 1951. Ilha do Governador -Brasil.

ERIC MENDELSOHN (1887)

CENTRO DE SAÚDE DE MAIMONIDES, 1950. San Francisco, Califórnia. (M. A. IM. N. YJ

ERIK MOLLER (1909) IGREJA ADVENTISTA, 1943. Copenhague - Dina­

marca.

GIANEMILIO MONTI (1920) PIETRO MONTI (1922)

ANNA MONTI BERTARINI (1923)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1952. Piona, Como -Itália.

HABITAÇAO COLETIVA, 1952. Milão - Itália.

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ARQUITETURA

EDUARDO MINUTO LUGAND (1926) CARLOS A. SABATTE (1926)

FELIPE E. SOLARI (1928)

HABITAÇAO, 1951. Martinez - Argentina.

JORGE MACHADO MOREIRA (1904)

INSTITUTO DE PUERICULTURA DA UNIVERSI­

DADE DO BRASIL, 1953. Rio de Janeiro -Brasil.

EDIFíCIO ANTONIO CEPPAS, 1952. Rio de Janei­

ro - Brasil.

RICHARD J. NEUTRA (1892)

RESIDtNCIA WARREN TREMAINE, 1948. Monte­

cito, Califórnia - U. S. A.

OSCAR NIEMEYER

RESIDtNCIA DAS! CANõAS, 1952. Canôas, Rio de Janeiro - Brasil.

OSCAR NIEMEYER JULIO UCHôA CAVALCANTI

EDUARDO KNEESE DE MELLO ZENON LOTUFO

CONJUNTO PARQUE IBIRAPUERA REALIZADO

PARA AS COMEMORAÇõES DO IV CENTENA­

RIO DA CIDADE DE SAO PAULO, 1953. São Paulo. - Brasil.

332

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ARQUITETURA

HARRY ELWOOD ORMSTON (1908)

RESID1:NCIA E ESTúDIO, 1951. Mclean, Virgínia -U.S.A.

GIANÇARLO PALANTI (1906)

HABITAÇAO COLETIVA, 1950. São Paulo - Brasil

ARNALDO FURQUIM PAOLIELLO (1927)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1953. São Paulo Brasil.

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1952. São Paulo Brasil.

IGOR POLEVITSKY

RESID~NCIA DE MICHAEL HELLER, 1949. Mia­mi, Flórida, (M. ~. M. N. Y.)

ARNOLD JOSEPH PHILIP POWELL (1921) JOHN HIDALGO MOYA (1920)

DUAS RESID~NCIAS, 1949. Chichester, Sussex -Grã-Bretanha.

PROJETO DE RESIDÊNCIAS EM CHURCHILL GARDENS, 1.0 GRUPO WESTMINSTER. Lon­dres - Grã-Bretanha.

"SKYLON", 1951. Londres - Grã-Bretanha.

ZVONIMIR POZGAY (1906)

ESTABELECIMENTO DE BANHOS DE MAR, 1948. Zadar - Iugoslavia.

FLÁVIO AMILCAR REGIS (1908)

CONJUNTO DA JUSTIÇA, 1953. Curitiba, Paraná Brasil.

333

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ARQUITETURA

HANS BERNHARD REICHOW (1952)

CIDADE JARDIM, 1952. Hohnerkamp, Amburgo - Alemanha.

PAULO ANTUNES RmEIRO (1905)

RESID:mNCIA WALLER, 1953. Rio de Janeiro -Brasil.

AGOSTINHO RICCA (1915)

FABRICA DE MOTORES ELÉTRICOS, 1951. Arro­teia - Portugal.

MIGUEL CONRADO ROCA (1913)

EDIFíCIO PARA ESCRITÓRIO E OFICINAS DA ESTRADA DE FERRO GENERAL ROCA. 1946. Buenos Aires - Argentina.

PLANO REGULADOR DA CIDADE, 1950. Corrien­tes - Argentina.

SERGIO ROBERTO RODRIGUES (1929)

EDIFíCIO DAS SECRETARIAS DO ESTADO, 1953. Curitiba, Paraná - Brasil.

LUDWIG MIES VAN DER ROHE (1886)

RESID:mNCIA DO DR. EDITH FARNSWORTH, 1950. Klano, Illinofs.

FABRICA BOILER DO ILLINOIS INSTITUTE OF TECHNOLOGY, 1950. Chicago, Illinois.

334

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ARQUITETURA

EDIFíCIOS DE APARTAMENTOS NA 860 LAKE SHORE DRIVE, 1951. Chicago, Illinois. (M. A. M. N. YJ

JACOB MAURICIO RUCHTI (1917)

IGREJA DA SS. TRINDADE, 1953. São Paulo -Brasil.

PAUL MARVIN RUDOLPH (1918)

CASA DE HÓSPEDES, 1953. Sanivel Island, Flóri­da - U. S. A.

CASA DE INVERNO, 1951. Siesta Key, Florida -U. S. A.

CABANA CLUB, 1953. Siesta Key, Florida - U. S. A.

JULES RUTISHAUSER (1923)

EDIFíCIO ADMINISTRATIVO CIBA. 1952. São Paulo - Brasil.

TURE RYBERG (1888)

G"OSTA NORDIN (1917)

OLOF ELLNER (1919)

EGON JONASON (1920)

CONJUNTO RESIDENCIAL PARA OS FUNCIONA­RIOS DO SOUTHERN HOSPITAL. Estocolmo - Suécia.

SAARINEN, SAARINEN & ASSOCIATES (Eero Saarinen) (1910)

CENTRO TÉCNICO DA GENERAL MOTORS, 1951. Detroit, Michigan. (M. A. M. N. Y.)

aaa

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ARQUITETURA

SAARINEN, SWANSON & SAARINEN

(Eero Saarinen) (1910)

OPERA SHED DO CENTRO DE MÚSICA DE BERKSHIRE, 1947. Stockbridge, Massachu­setts. (MJ A. M. N. Y.)

F. F. SALDANHA (1905)

HOSPITAL DOS MARíTIMOS, 1951. Rio de Janei­ro - Brasil.

SEBASTIÃO FORMOSINHO SANCHEZ (1922)

BLOCOS PARA HABITAÇAO, 1952. Lisbôa - Por­tugal.

KURT SCHLAUSS (1924)

CAMARA DE COMÉRCIO DA ALTA AUSTRIA, 1950. Linz - Austria.

KURT VON SCHMALENSEE (1896)

CREMATORIUM. Norrkoping - Suécia.

SCHWEIKHER & ELTING

RESIDÉNCIA DE LOUIS C. UPTON, 1950. Para­dise Valley, Arizona. (M. A. M. N. Y.)

HANS SCHWIPPERT (1899)

PALACIO DO GOVERNO FEDERAL, 194Q... Ale­manha.

336

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ARQUITETURA

HANS SCHWIPPERT (1899) WILHELM RIPHARN (1889)

EUGEN BLANCK (1901)

EDIFtcIO DA ADMINISTRAÇAO DO QUARTEL DE BOMBEIROS, 1952. Düsseldorf - Ale­manha.

JOSÉ DE ALMEIDA SEGURADO (1933)

FILIPE NOBRE DE FIGUEIREDO (1912)

CONJUNTO DE HABITAÇÕES COLETIVAS, 1952. Lisbôa - Portugal.

HARRY SEIDLER (1923)

RESIDt:NCIA EM TURRAMURRA, 1951. Sydney­Austrália.

RESIDÊNCIA EM CASTLECRAG, 1952. Sydney -Austrália.

RESIDt:NCIA EM KURRAJONG HEIGHTS, 1953. Sydney - Austrália.

UGO SISSA (1913)

LOJA OLIVETTI, 1954. Roma - Itália.

PAOLO SOLERI E MARK MILLS

CASA NO DESERTO, 1951. Cave Greek, Arizona. (M. A. M. N. Y.)

RAPHAEL S. SORIANO (1904)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1949. Los Angeles, Ca­lifórnia - U. S. A.

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ARQUITETURA

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1950. Los Angeles, Ca­lifórnia - U. S. A.

HABITAÇAO COLETIVA E "PENT-HOUSE", 1951. Los Angeles, Califórnia, - U. S. A.

ABELARDO REIDY DE SOUZA (1908)

CONJUNTO RESIDENCIAL, 1952. São Paulo -Brasil.

FREDERICK LAMOND STURROCK (1913)

EDIFíCIO PARA ENTREPOSTO DE FRUTAS, 1951. Cape Town - Africa do Sul.

T~TCBELLE RUDOLPB

RESID~NCIA DE ALBERT SIEGRIST, 1949. Venice, Florida.

RESID~NCIA DE W. R. HEALY, 1950. Sarasota, FlÓrida. (M. A. M. N. Y')

LENNART TBAM (1910)

FABRICA DE CIMENTO. Stora Vika - Suécia.

OLOF TBUNSTRôM (1896)

ESCOLA. Gustavsberg - Suécia.

VARISCO B. TITO (1915)

QUARTEIRAO DE CASAS POPULARES, 1952. Mi­lão - Itália.

GARAGE COM MULTIPLOS ANDARES, 1949. Mi­lão - Itália.

381

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ARQUITETURA

PETER URBAN (1909)

HABITAÇAO COLETIVA, 1952. Mannheim - Ale­manha.

JORN UTZON (1918)

HABITAÇAO INDIVIDUAL 1950. Helleback - Di­namarca.

CARLOS RAUL VILLANUEVA (1900)

HABITAÇAO INDIVIDUAL, 1952. Caracas - Ve­nezuela.

GREGORY WARCHAVCHIK (1896)

HABITAÇAO COLETIVA, 1940. São Paulo - Brasil.

JAN WALLINDER (1915)

SVEN BROLID (1913)

CONJUNTO RESIDENCIAL EM SODRA GULDHE­DEN. Goteborg - Suécia.

WORLEY K. WONG (1912)

JOHN CARDEN CAMPBELL (1914)

CASA DE FÉRIAS, 1953. Mill Valley, Califórnia -u. S. A.

FRANK LLOYD WRIGT (1869)

RESID1!:NCIA DE HERVERT JACOBS, 1948. Midle­ton, Winconsin.

339

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ARQUITETURA

RESIDÊNCIA DE SOL FRIEDMAN, 1949. Pleasent­tville, New York.

LOJA PARA JOHNSON WAX COMPANY, 1948. Racine, WisconSin. (M. A. M. N. Y.J

LLOYD WRIGBT (1891)

CAPELA DE WAYFARER, 1951. Palos Verdes, Cali­fórnia. (M. A. M. N. Y.J

JOBN YEON (1910)

CENTRO DE INFORMAÇõES PARA VISITANTES,

1949. Kortlant, Oregon. (M. A. M. N. Y)

RENZO ZAVANELLA (1900)

AUTOMOTRIZ PANORAMICA DE TURISMO "OM"

ALH 444, 1948. Milão - Itália. PENSILINA "OM" NA FEffiA DE AMOSTRAS DE

MILAO, 1948. Milão - Itália. PAVILHAO "OM" NA FEffiA DE AMOSTRAS DE MI­

LAO, 1953. Milão - Itália.

340

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ESCOLAS DE ARQUITETURA

P or recomendação do júri de premiaçãd da primeira Bienal (1951) foi proposto e instituí­

do, na presente, o concurso para estudantes de es­colas de arquitetura de todos os países, constando da execucão e desenvolvimento de um tema único, de acõrdó com as condições regionais de cada país: Centro Cívico para um grupo Residencial de 10.000 habitantes. Deveriam ser apresentados: a) plano geral do centro; b) projeto do edifício principal; c) integração do centro no grupo resi­dencial. A lista que se segue, representa, em ordem alfabé­tica de países, as escolas concorrentes.

ALEMANHA

SALVADOR CAHDIA Diretor-Secretário ~o Museu de Art·e Mo­derno de São Poulo

Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Berlim. Diretor: Professor K. Dübbers. Autores: Joachim Becker (1928), Anatol Ginelli (1927), Gerahrd Rümmler (1929), Kurt Wolter (1927>-

Faculdade de Arquitetura da Universidade de stutt­gart. Diretor: Professor Rolf Gutbier. Auto­res: Hans Joachim Meyer (1928), Horst Rinne (1927), Jens Peter H~llmer (1926), Gerhard Keller (927), Wolfgang Henning (1927), Veit Omelich (928).

Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Graz. Diretor: Professor K. R. Lorenz. Autores: Fritz Eller (1927), Erich Moser (1930), Robert Walter (1928).

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ARQUITETURA

escolas

AUSTRIA

Seção de Arquitetura da Academia de Belas Artes "do Professor Holzmeister de Viena. Diretor: Ro­bert Eigenberger. Autores: Rupert Falkner (1930), Johann Gsteu (1927), Wilhelm Holzbauer (1930), Toni Schwaighofer (1930). Colabora-dores: Linecker Sepp (1928), Franz Mayerhofer (1913), Zucker Sepp (1930).

Seção de Arquitetura da Academia de· Belas Artes do Professor Welzenbacher de Viena. Diretor: Porfessor Robert Eigenberger. Autores: Karl Põtzl (1929), Ferd Hôlzl (1929),

BÉLGICA

Escola Nacional Superior de Arquitetura e de Artes Decorativas, Bruxelas. Diretor: Léon Stynen. Autores: Robert Moens (1926), Frédérique Se­gers (1929).

BRASIL

Escola de Arquitetura da Universidade de Minas Gerais, Belo Horizonte. Diretor: Anibal Mattos. Autores: Kaulo Humberto Passos Batista (1930), Paulo Ferreira Martins (1927).

Escola de Belas Artes da Universidade do Recife~ Pernambuco. Diretor: Dr. João Alfredo Gon­çalves da Costa Lima. Autores: Reginaldo Luiz Esteves (1930), Augusto Reynaldo Alves (1924), Marcos Domingues da Siiva (1928), Carlos Fal­cão Correia Lima (1928), Luciano Goes Vieira (1925), Lúcio Marinho Estelita (1928).

342

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ARQUITETURA

escolas

Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, Rio de Janeiro, D.; F. Diretor: Paulo Ewerard Nunes Kires. Autores: Phtluvio C. Rodrigues Filho (923), Arnaldo Abaurre (1926), Edgard Medeiros (1918>.

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Univer­sidade de São Paulo. Diretor: Luiz Cintra do Prado. Autores: Ariaki Kato (1931), Léo Quanji Nishikawa (1931), Vittorio Moi!Se Corinaldi (1931).

CANADA

Escola de Arquitetura da Universidade de Toronto, Ontário. Diretor: Professor H. H. Madill. Autor: Ivar Kalmar (1922).

ESPANHA

Escola Superior de Arquitetura de Barcelona. Dire­tor: D. Amadeo Llopart. Autores: .TÓrge Adroer, Ricardo Beascoa, Esteban Harti, Manuel Dar­gallo, José Senillosa, Federtco Correa, Lino Mogne, Ricardo Lorenzo, Luis Salona, Luis Jumch, Valentin Guitart, Rogelio Jardon; Sal­vador Altimir, Emilio Marquina, Antonio Riera.

Escola Superior de Arquitetura de Madrid. Diretor: D. Modesto López otero. Autores: Alunos do último ano da Escola de Arquitetura.

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ARQUITETURA

escolas

ESTADOS UNIDOS

Escola de Arquitetura e Urbanismo do Massachu­setts lnstitute 01 Technology, Cambridge, Massa­chusetts. Diretor: Lawrenee B. Anderson. Autores: Robert Swanson (928), Riehard Dimit (925), Richard Soderlind (929), Richard Donkervoet (930).

Departamento de Arquitetura da Escola de Arte, Pratt lnstitute, New York. Diretor: Olindo Grossl. Autores: Mareei Beaudin (929), Peter Hopf (1929), Paul Kat z(1931), Riehard Korchien (930), Frank MiUer (930), Sidney Paul (930), Robert Prigge (1930), J. Fred Seebach (1923).

Escola de Engenharia e Arquitetura da Universidade de Howard, Washington D. C .. Diretor: Howard Moekey. Autores: William H a d d o n Coxe (920), James Leonard Stanmore (1930), LeO­nord Shermont Ray (1928).

ITALIA

Faculdade de Arquitetura de Milão - Politécnico. Diretor: Piero Portaluppi. Autores: Raffaela Crespi (1929), Vittorio Garatti (1928), Rosanna Monzini (928), Fulvio Raboii (927), Erminia Sain (1929), Nathan Shapira (1926), Emilio Ter­ragni (1928).

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ARQUITETURA

escolas

Faculdade de Arquitetura da Universidade de Ná­poles. Diretor: Alberto Calza Bini. Autor: Giu­seppe Bruno (1930).

JAPAO

Escola de Arquitetura da Universidade de Waseda, Tóquio. Diretor: Koitirô Kimura. Autores: Naibu Akashi (1929), Keizo Arashida (931), Shoichi Atarashi (928), Nobuo Hozumi (1927), Gako !to (926), Setsuo 1to (1930), Hideyuki Lioka (1926), Nobuo Ishida, Seizo Kimura (1929), Tetsuo Kodzu (1929), Kinji Takizawa.

Departamento de Arquitetura da Faculdade de Engenharia da Universidade Nacional de Yo­kohama. Diretor: Dr.Ooka. Autores: Yoshiaki Kudo (1929), Kazunori Nomura (1932), Kazuo Odaka (1931), Kiyoshi Watanabe (1930),

PORTUGAL

Escola Superior de Belas Artes de Lisbôa. Diretor: Paulino Montez. Autor: Luiz dos Santos Castro Lobo (1929).

Escola Superior de Belas Artes do Porto. Diretor: Carlos João Chambers Ramos. Autores: Rui Pimentel Ferreira (1924), Augusto Leite Ama­ral (1930),

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ARQUITETURA

escolas

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Univer­sidade de Buenos Aires. Diretor: Manuel Au­gusto Domínguez. Autores: Celina Castro Riga­nelli (930), Reynaldo J. Leiro (1930), Angel D. Tueor (1929), Jorge A. Moreo (1930).

Escola de Arquitetura da Faculdade de Ciências Matemáticas, Físico-Químicas e Naturais Apli­cadas d Indústria da Universidade Nacional do Litoral, Rosário. Diretor: Rodolfo L. Dezorzi. Autores: Carlos Alberto Morales (1929), Carlos Enrique Vallhonrat Bou (1928),

SUIÇA

Escola de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da Universidade de Lausanne. Diretor: Professor A. Stucky. Autores: Freedy Aubry (1927), J. Jacques Boy de la Tour (1926), Jean Pierre Marti (1925), Max Rlchter (1928).

o Ministério do Educaçãb, Artes e Ciências do Ho­landa solicitou do Bienal de São Paulo autorização poro apresentar, por ocasião do 2.& Exposição In­ternacional de Arquitetura, uma resenho dos obras réalizadas nestes últimos anos em seu país. A Il.a Bienal do Museu de Arte Moderno de São Paulo apresento essa exposição juntamente com o que lhe foi enviado pelo Govêrno do República Fe­deral do Alemanha, em solos especiais, tornando público que não se integram nem uma nem outro no 11.& Exposição Internacional de Arquitetura.

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REPRODUÇOES

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Brasil - KARL PLA1TNER -- MutPlnlcloch:'

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Brasil - OSWALDO GOELDI - Casas

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Brasil ~ BRUNO GIORGI ~ A luta

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Brasil ~ MARCELO GRASSMANN ~ Incubus, Sucubus

Brasil -- SANSÃO FLEXOR - Eurltmlo

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Brasil . __ ALDEMIR MARTINS -- Cangaceiro

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Brasil - JOSÉ ANTONIO DA SILVA - Fazenda

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Brosil - ALFREDO VOLPI - Casas

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Brasil - DI CAVALCANTI - Pescadores - Prop. do Museu de Arte Moderna de São Paulo

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Brasil --- LJV10 ABRAMO - Xilogravura

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Brasil - ARNALDO PEDROSO d'HORT A - Desenho

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Brasil --- CACIPORE TORRES - Figuro com chapéu bonito

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Brasil ~- TARSILA DO AMARAL - Marinha

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Alemanha GEORG BRENNINGER --- Mõe

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Alemanha ~- PAUL KLEE - Lagrimas de sangue

Alemanha ~ PAUL KLEE -- Quarto norte

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Austrio -- OSCAR KOKOSCHI<A - Retrato de homem velho

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Austria - HEINZ LEINFELLNER - Concerto

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Austrío - RUDOLF HOFLEHNER - Construção

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Bélgica - JAMES ENSOR - Retrato de minha mãe morta

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Bélgica - WILLY ANTHOONj -~- Catedral humano

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Bélgica - H. HERhAUT - Abóboda

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Bolivia - MARIA LUISA DE PACHECO - Inverno

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Cuba - MARIO CARRENO ~-~ Trópico de concer

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Espanha -- ANTON 10 T ÃP I ES -- Os homens

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Estados Unidos ~ LEONARD BASKIN -- O ho­mem do paz - Col. Gracc Borgcnicht Gallcry

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Estados Unidos - A. CALDER -- Estrelo do Manhõ

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Estados Unidos - LEBRUN ~~ Armored creaturc Bear CollectJOn

Prop.

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Finlondio ~~~ INA COLLIANDES - Mulher sentada

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França _ PABLO PICASSO - Retrato de mulher

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França - PABLO PICASSO -- Mulher sentado de frente

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França - PABLO PICASSO - Flauta de Pan

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França PABLO PICASSO - Minotauro correndo

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França HENRI LAURENS --- A sereI o

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França _ PABLO PICASSO -~ Natureza morta ~ Prop. Museu de Arte Moderna de New York

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França - GEORGES ADAM - O morto

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França - BRANCUSI - Musa adormecido

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França -- GEORGES BRAQUE - Nu

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França - ROGER DE LA FRESNA YE - Homem sentado

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França - JEAN GRIS - O pequeno olmoco

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França - LÉOf'..1 GISCHIA - A pintora - Prop. Galerie de France

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Franco - ANDRE MARCHAND -- A janela Prop. Particular

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França ~~ GERMAINE RICHIER -- Tauromaqulo

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Grã-Bretanha - MERL YN EVANS - O enterro

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Grã-Bretanha - CERI RICHARD5 - Sombras no quorto

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Grã-Bretanha ~ HENRY MOORE ~ Mulher inclinodc

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Itália -- GIUSEPPE SANTOMASO - AnzóIs

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Itália - UMBERTO BOCCIONI - Maleria

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Itália - MARINO MARINI - Cavaleiro

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Itália - GINO SEVERINI "- A guerra de 1914

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Itália ~ FABRIZIO CLERICI ~ Lembrança da Itália

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lugoslovia - PElAR LUBARDA - Cavalos

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Japõo ~ KAORU Y AMAGUCH I - Aguo, compos, neve

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Luxemburgo ~ JOSEPH KUTTER ~ Cornovol

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Per;' - JUAN BARRETO -- Natureza morta

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Portugal - FERN,~NDO FERNANDES DE SILVA - A lógIca c o silogismo

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Suíça FERDINAND HODLER - Cobeco de soldado.

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Suiço - MAX GUBLER - Paisagem de Inverno com sol

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Uruguai - MIGUEL A. PAREJA - Menina com gota

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Venezuelo - HECTOR POLEO - Aflicão

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Bras;I - MARIA MARTINS _ ESCUltura

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Israel - KAHANA AHARON - O sacrifício de Isaac

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Estados Unidos - WAL TER GROPIUS IThe Archltet Coloborotive) -Harward Graduate Center

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Para suas viagens à Europa

ou ao Prata,

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AIR FRANCE RAPIDEZ

~I SEGURANC, A ~.Ili' i~~~ CON FÔRTO

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grandes problemas científicos e culturais

COMISSÃO 00 r\~ ·CENTEN:.C'O DE SÃO PAULO '- '-

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galeria artesanal lIda. r u C1 Ci r U O cI e i t C1 pc! J n J f1 S o, 274 - I ~ J cf ü '1 C J 5 :; 6 J J . SUO P O u i O

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Em São Paulo - Rua Boa Vista, 104-116 - Te!. 35-110 1

COMPANHIA DE EXPANSÃO ECONOMICA ITALO-AMERICANA

CAPITAL SOCIAL: Cr$ 25.000.000,00

BANCO DO TRABALHO IT ALO-BRASI LEI RO S/A

CAPITAL SOCIAL: Cr$ 80.000.000,00

(Aumento deliberado na Ass. Extraordinaria de dia 4-11-1953)

"ITALBRAS" COMPANHIA DE SEGUROS GERAIS

CAPITAL SOCIAL: Cr$ 8.000.000,00

"PIBRAL" PUBLlCI DADE IT ALO-BRASILEI RA L TDA.

CAPITAL SOCIAL: Cr$ 100.000,00

Em Montevidéu - 25 de Moyo 445 .~ Te!. 9- 10 10

BANCO DEL TRABAJO ITALO-AMERICAN0

CAPITAL AUTORIZADO: Pesos 5.000.000,00

Em Buenos Aires - Balcarce 358 - Te!.34-8200 - 33-6853

UNION COOPERATIVA DE CREDITO DEL PUEBLO PRODUTOR

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DEZEMBRO 1953 FEVEREI-RO 1954

SOB O PATROCINIO DA COMISSÃO DO IV