igualdade racial

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Carmem Sílvia Moretzsohn Rocha Doutoranda em Ciências Sociais – UERJ Professora de Sociologia e Sociologia do Trabalho 1

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IGUALDADE RACIALCarmem Sílvia Moretzsohn RochaDoutoranda em Ciências Sociais - UERJProfessora de Sociologia e Sociologia do Trabalho

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Page 1: Igualdade Racial

Carmem Sílvia Moretzsohn RochaDoutoranda em Ciências Sociais – UERJ

Professora de Sociologia e Sociologia do Trabalho

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IGUALDADE RACIAL

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Aqui Ninguém é Branco!

“A ideia é perguntar que novas perspectivas apareceriam, em uma releitura de elementos da tradição cultural brasileira, quando a branquitude – cujo prestígio se exerce silenciosamente no cotidiano – é colocada no centro do cenário junto com seu fiel escudeiro, a mestiçagem”.

• “A invisibilização do branco brasileiro no discurso púbico, assim a valorização da mestiçagem, são a forma tradicional de representar as relações raciais pelas quais o Brasil é conhecido internacionalmente”.

Liv Sovik

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Todo canto de liberdade vem do cárcere.

O Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (LAESER) , criado em Fevereiro de 2006, é um Laboratório de Pesquisa oficialmente vinculado ao Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Contexto de Surgimento do LAESER No Brasil, tradicionalmente, o tema das relações raciais vem sendo encarado como um tema de menor importância. Tal modo de compreensão não se fundamenta apenas no mito da democracia racial, mas também reflete as dificuldades para uma plena incorporação da população descendente dos antigos escravos em todos os quadrantes da vida nacional.

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http://www.laeser.ie.ufrj.br

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Os objetivos principais do Tempo em Curso vêm a ser:

Acompanhamento das assimetrias de cor ou raçae gênero, presentes nos indicadores do mercado de trabalho brasileiro, tal como captados pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e disponibilizada gratuitamente, em seu formato de microdados, na página deste órgão (www.ibge.gov.br)

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  15 anos ou mais 25 anos ou mais  

Ano Brancos Negros Total Brancos Negros Total

1995 6,37 4,29 5,48 6,15 3,91 5,24

1996 6,5 4,49 5,65 6,25 4,12 5,40

1997 6,65 4,53 5,74 6,41 4,13 5,47

1998 6,81 4,71 5,91 6,55 4,26 5,61

1999 6,94 4,87 6,04 6,62 4,38 5,69

2001 7,21 5,18 6,32 6,86 4,66 5,93

2002 7,36 5,42 6,5 7,00 4,88 6,10

2003 7,57 5,61 6,68 7,19 5,03 6,24

2004 7,65 5,8 6,79 7,28 5,22 6,36

2005 7,79 5,97 6,92 7,42 5,38 6,48

2006 8,00 6,16 7,12 7,66 5,60 6,70

2007 8,11 6,32 7,24 7,80 5,78 6,85

Média de anos de estudos da população

Fonte: Censo Demográfico, IBGE / Tabulações do LAESER IE-UFRJ

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Segundo Carvano e Paixão (2008) as pesquisas demográficas oficiais consideraram “população negra” os que se declaram ter a cor ou raça preta e a cor ou raça parda pelos seguintes motivos:

em primeiro lugar os indicadores sociais desses dois grupos humanos são semelhantes;

em segundo, porque os pardos usualmente enfrentam preconceitos de cor e barreiras de realização socioeconômica assim como os de cor ou raça preta;

em terceiro, por estar em consonância com uma perspectiva política do movimento negro que tem se dedicado à luta pela igualdade racial no Brasil.

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A exclusão é um desperdício

O problema está na desproporção com relação à população, na desqualificação profissional, nas dificuldades de acesso a patamares mais altos do mundo dos negócios.

Nas contas do economista Marcelo Paixão, diretor de graduação do Instituto de Economia da UFRJ, os empregadores negros representam 21% da população urbana economicamente ativa - na população total, porém, a parcela de negros vai a 45,6%.

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A noção de desigualdade racial remonta à mensuração das diferenças entre negros e brancos, entendendo que “para atingir uma situação de igualdade racial completa, é necessário que os dois grupos raciais (brancos e não-brancos) se distribuam igualmente na hierarquia social eeconômica”. Hasenbalg e Silva

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“faz-se necessário redefinir os horizontes de igualdade de oportunidades, de condições e de resultados, fazendo dispor, entre outros, de políticas explícitas de inclusão racial.

A redução da desigualdade entre brasileiros brancos e brasileiros afro-descendentes apresenta-se como prioridade para constituirmos uma sociedade democrática, livre, economicamente eficiente e socialmente justa”.

Ricardo Henriques

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Universidade Federal Fluminense (UFF)

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