igreja luterana 1985 nº4

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IV TRIMESTRE 1 985 r , IGf{EJA lUTEf{t\f\lt\ SEMtNARIO CONCORO~

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O Reino de Deus

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  • IV TRIMESTRE

    1985

    r ,

    IGf{EJAlUTEf{t\f\lt\

    SEMtNARIO CONCORO~

  • EXPEDIENTE

    IGREJA LUTERANA

    Revista Teolgico-Pastoralda Igreja Evanglica Luteranado Brasil

    Ano: 45

    Nmeros:IV Trimestrede 1985

    Assinaturaanual:No exteriorUS$ 11Tiragem:400

    REDAO CENTRAL

    Departamentode Comunicao da IELBRev. Nilo L. FigurCaixa Postal 3019, 90.000 Porto Alegre, RS.Fone 32-2111, a quem devem ser remetidos osmanuscritos, cartas, crticas e .;ugestes.

    CONSELHO REDATORIAL

    Johannes H. Rottmann,coordenadorAcir RaymannVilsol1 Scholz

    EXPEDiO E ENCOMENDAS:

    Concrdia Editora Ltda.Av. So Pedro, 639Cx. Postal 323090.000 Porto Alegre, RS

  • ESTUDOS

    o REINO DE DEUSDR. MARTIM C. WARTH

    Secretrio Executivo do Departamentode Ensino (DE) da I.E.L.B.

    1

    A. A compreensodo reino1. Reino e anti-reino

    O apstoloPaulo descreveo reinoquando diz: "O reino de Deus con-siste em poder" (1 Co4.20).1 Estepoder uma extensodo "poder deDeus para a salvaode todo aqueleque cr" (Rm 1.16).2 Jesus afirmao poder do reino de Deus quandofala do "evangelho do reino deDeus" (Lc 16.16), do "mistrio doreino de Deus" (Mc 4.11), das "cha-ves do reino dos cus" (Mt 16.19),edos "filhos do reino" (Mt 13.38).

    No era necessrioque Joo ex-plicasseo que era o reino dos cus(que sinnimode reino de Deus oureino de Cristo) ao iniciar o seu mi-nistrio no deserto da Judia, di-zendo: "Arrependei-vos,porque est

    prximo o reino dos cus" (Mt 3.2).Era a antiga esperana do reino.Este agora estava "prximo".

    O povo de Israel conheciaa amea-a do anti-reino que se fazia sentirnas foras criadas por Deus e queestavam em revolta contra Deus:3Satans,o mundo ao redor deles, e8. sua prpria revolta interior. Poressa razo Deus prepara Israel paraaceitar o verdadeiro e nico poder,o reino de Deus, quando lhes ensinao Shem:. "Ouve, Israel, o Senhornosso Des o nico Senhor!" (Dt6.4). O Shemera o "jugo do reino",pois exiMa humildade em vista do"dia da ira" do futuro (Dt 31.17;81110.5).4 Mas o jugo suave,poiso rei chamacom amor e d a liber-dade.5 O reino de-Deus o triunfograciosodo rei em ns.6

    145

  • Havia duas conotaesde certezano Shem: 1. a certeza de que oreino de Deus coincide com a cria-o, o sustentode todas as coisasnanatureza7,e o governo de Deus nasordens da criao; 2. &. certeza deque "o Senhor se tornou rei ao seupovo amado" (Dt 33.5), quandoMoi-ss proclamou a Leis que refletia agrande e final Aliana de Deus como povo: "Eu sou o teu Deus. Tu so meu povo!" (Lv 26.12). Em am-bos os casoso reino de Deus no eraaparenteu. O anti-reino se manifesta-va ccntinuamentedentro e fora dopovo de Israel, dentro e fora de cadaum dos "restantes" (Is 10.21) dopovo.

    Por essa razo o Shern tambmtinha duas conotaesde esperana:1. que Deus interferisse na histriapara tornar sua Aliana efetiva e fi-nal: era a esperanapelo Servo, pe-lo M9ssi8s, que estabeleceria aAliana pela vitria sobre o anti-reinoJO e pela vinda do seu reinonos coraes (Ez 37.26; Hb 8.10;2 Co 6.16); 2. que Deus finalmentedemonstrasseo seu reino pela trans-formao escatolgicade sua cria-oll.

    O anti-reino sempre procurouconfundi!'e destruir o reino. Assima histria do povo de Israel a his-tria de suas confusesquanto aoreino de Deus. O Shem se tornouuma identificao de poder poltico,social e racial at hoje. O Shempassou a ser usado como anti-reinoem Israel e na histria da igrejaquando se procurou institucionalizaro reino de Deus de uma ou outraforma. O Shem usado como anti-reino toda vez que a igreja procura"domesticar a Deus e conquistar oreino de Deus para transform-Ioemsua colnia eclesistica"12.O Shem

    146

    usadocomoanti-reinotoda vez queo cristo desautorizaDeus com o pe-cado13ou quando toma o poder namo para resolver os assuntos deDeus no mundo14

    Na confusode Israel com o anti-reino havia semprea voz dos profe-tas que pregavama vinda do reino:"Do Senhor o reino" (SI 22.28;103.19; 145.13), "Constitu o meuRei: Tu s meu filho, eu hoje te ge-rei" (SI 2.6,7), "Vem o teu rei, justoe salvador" (Zc 9.9), "Os teus olhos,"ero o rei" (Is 33.17), "Os santosdo Altissimo recebero o reino!"(Dn 7.18).

    2. "Buscai em primeiro lugar oseu reino" (Mt 6.33).

    Apesar de o reino de Deus estarsemprepresenteele ainda espera-do ansiosamente.O reino de Deusprecisa continuar a vir por causadaameaacontinua do anti-reino. En-quanto houyer anti-reino a yinda doreino de Deus uma necessidadeeuma esperana15.S se completaro reino quando Deus destruir o anti-reino na ressurreio dos mortos.Por isso cada vitria do reino deDeus sobre o pecadoem ns umaparticipao na ressurreioj rea-lizada em Cristo16.Por essa razo"o reino dos cusestprximo" (Mt3.2; 4.17; 10.7; Lc 10.9; 21.31)quando Joo pode apontar para J e-sus e dizer: "Eis o Cordeiro de Deus.que tira o pecado do cosmos!" (Jo1.29).

    O cosmosno anti-reino17, maspode tornar-se sempre que o reinofica em segundolugar. Todas as coi-sas do mundo pertencemao reino deDeus,mas as coisasno devemexer-cer o reino. O reino de Deus. Porisso diz Jesus: "Buscai em primeiro

  • ,~~~-reinotodavezque~::'izaDeuscomo pe-,_:~.tomao poderna

    ~::,--e1'os assuntosde

    ~~e Israelcomo anti-o :~~'~'::e a voz dosprofe-':.~::a vindado reino:- :; reino" (SI 22.28;

    "Constitu o meu~:ilho,eu hoje te ge-'.-emo teurei, justo:i ,9), "Os teusolhos

    =, 33.17),"Os santos:'e:eberoo reino!"

    ,-~ primeirolugar o::vIt6.33).

    :e::10 de Deus estarH - e de ainda espera-

    e, O reino de Deus::' a vir por causada" :10 anti-reino.En-~::ti-reinoa vindadoe 'J,manecessidadee

    S se completar:J:::usdestruiro anti-

    ~~:~::'eiodos mortos.~~itria do reino dee:aeloemns uma

    ., :'essurreioj rea-~::8.Por essarazo- , estprximo"(Mt

    Lc 10.9; 21.31), ::.:::apontarpara J e-

    :::: J CordeirodeDeus,'-'" ~~,do cosmos!"(Jo

    E : 2 anti-reinol7,mas"'.- ::::npreque o reino~-~~::::gar.Todasascoi-

    : e:~:encemaoreinode~:,:~snodevemexer-

    ~e::--,o de Deus.Por3..:scaiem primeiro

    lugar o seureino e a suajustia,etodasestascoisasvos seroacres-centadas"(Mt 6.33;Lc 12.31).Pa-ra quembuscao reino de Deus ocosmosvem de presente;mas paraquem busca o cosmoso reino deDeuslhe sertirado (Mt 21.43).

    Paulo diz aos que receberamoreino:"Tudo vosso!"(1 Co 3.21)e"todasas coisasme solcitas,masnemtodasconvm"(1 Co 6.12). Oimportanteele acrescentaquandodiz: "Todasas coisasme solcitas,mas eu no me deixarei dominarpor nenhumadelas" (1 Co 6.12),poissDeus Deusparaos "filhosdo reino".

    ReinodeDeus poder, domnio.Nadapoderdominarmaisdo queoreinode Deus.Se o cosmose "todasestascoisas"(Mt 6.33; 1 Co 6.12)dominarem,no h mais reino deDeus. Mas ondehouver reino deDeus,ali tambm"tudo vosso"e"nenhumacoisa de si mesmaim-pura" (Rm 14.14),ali "todasas coi-sasme solcitas"at ondeconvm(1 Co 6.12),pois "todasestascoisasvos seroacrescentadas"(Mt 6.33;Lc 12.31).

    "Buscaiem primeirolugar o seureino"implicaemliberdadedomun-do, liberdade de "todas estascoi-sas"18Isto no significaumadistn-cia externado mundo,poisprecisa-mos viver nele, mas uma distnciainterna19.O reinodeDeussserea-liza no cosmos,no homemque estinseridonas ordensda cria020.

    Quandoo homemestno reinodeDeus,Deuspodeensin-Iaa respei-tar osreinose asordensnocosmos21.Pois como"filho do reino" (Mt 13.38)o homemaceitao "jugo" da l-tima autoridadede Deus,comoex-pressono Shem,e aceitalivrementeas autoridadessecundriasqueDeus

    colocouno mundocomosuas"ms-ca1'as"22.Por essarazoLutero falaem doisreinosou doisgovernosdeDeus,o da esquerda,que o dasordens,do cosmos,e secular,e oda direita,aue o espiritual,o reinoda graade Deusquesempre"estprximo",

    3. "O reino de Deusestdentroem vs (entrevs)" (Lc 17.21)

    Se a ordemera "buscaio seurei-no", entoestereino estavase ma-nifestando.De fato Joo diz: "Okairs (tempo) est cumpridoe oreino de Deus est prximo;arre-pendei-vose credeno evangelho!"(Me 1.15). Joo colocao reino deDeus dentro da histria quandoafirma que o kairs, o tempodeDeus, estavarealizadono chronosdo cosmos,o tempodo mund023

    O "reino de Deus estprximo",de maneiratal que possvel"bus-car o seu reino". E Joo, para nodeixardvidas,apontaparaa nicamaneirade "buscaro seureino",di-zendo:"AEependei-vose credenoevangelho!"

    Claro,no possvelsimplesmenteir e "buscar"o reino.Houvequemquisessetomaro reinodoscus"poresforo"(Mt 11.12).Mas o reino "dado" (Lc 12.32), "herdado"(1Co 6.9; 15.50;GI 5.21;Ef 5.5; Tg1.5), "recebido"(Hb 12.28): hnecessIdadede um chamadopara oreino (1 Ts 2.12).Para "ver o reinode Deus" necessrio"nascerdenovo" (Jo 3.3)24.Para "ver o Rei"(Is 33.17) necessrioreceberumrgoespecfico,o rgoda f25.Af um domde Deusquesurgenoarrependimento,quandose nascedenovo pelo poderde Deus no evan-

    147

  • gelho (Rm 1.16,17). Nicodemos a-prendeu que este novo nascimentoseria pela gua e pelo Esprit026.Joo batizava com gua, mas s J e-sus podia batizar "com o EspritoSanto" (Jo 1.33). Desta forma,quando "o reino est prximo" atra-vs do "evangelho do reino" Deuslana mo da minha existncia e amodifica para continuamente "bus-car o seu reino" pela f27.

    Desta forma ambas as traduesda palavra grega ents de Lc 17.21fazem sentido: "o reino de Deus estdentro de vs" ou "o reino de Deusest entre VS"28.O reino est "en-tre vs" porque o "evangelho doreino de Deus" (Lc 16.16) est sen-do anunciadoentre eles. Palavra doevangelhoe sacramentosso o sinalvisvel da presenado reino "entrevs". Inclusive os milagres de Jesusso ilustraesda presenado reinode Deus "entre VS"29.Mas o reinoest "em vs", porque somentequando o ~vangelhorenasce o ho-mem e cria a f "em vs" que seestabeleceo reino.

    Por isso que Paulo pode dizerque "o reino de Deus consiste empoder" (1 Co 4.20) e que "o reinode Deus justia, paz, e alegria noEsprito Santo" (Rm 14.17).H umanova justia onde Deus estabeleceoseu reino. a justia alheia queCristo conquistou pela sua morte eressurreio, e que nos atribuidapela f.

    Onde o reino de Deus esth paz.A paz a de Deus com o homem,ea do homem com o seu prximo.Mas especialmente a paz da cons-tante luta no prprio homem: a pazem que o Esprito se impe carnee exerce o domnio30.Onde est apaz de Cristo a carne j no podedominar31.As manifestaesda car-

    148

    ne so dominadas ou perdoadasquando o homem est no reino deDeus. Na realidade h necessidadecontnua de arrependimentoe per-do, mas tambmh vitrias do Es-prito que domina a carne.

    Esta a paz do reino de Deus,onde Deus Esprito Santo restringe"as obras da carne" (Gl 5.19.21) eproduz "o fruto do Esprito" (Gl 5.22-23).Neste "fruto do Esprito" es-t tambma "alegria" (Fp 4.4) quepermite ao "filho do reino" viverG.mavida feliz no mundo secularonde "tudo vosso", mas onde eleguardadistnciainterna "dascoisas".H alegria autntica, tambm nomundo, quando Deus Deus.

    B. O reino cria a igreja

    1. Reino de Deus e igreja

    Reino de Deus no se identificacom a igIeja32.Quando Jesus mostraem Mt 18 como tratar com um ir-mo que erra, no fim ele pode di-zer: "Dize-o igreja!" (Mt 18.17).Ele no poderia ter dito: "Dize-o aoreino!"

    O reino "est prximo" e o es-criba "no est longe do reino deDeus" (Mc 12.34). Mas a igreja "edifkada" (Mt 16.18; 1 Co 14.4),ela tem "temor" (At 5.11), "asso-lada" (At 8.3); a igreja "ora" (At12.5), "se rene" (At 14.27).

    O reino de Deus uma ao, opoder de Deus, pelo qual transformacoraespela f. A igreja a co-munho de todos aqueles nos quaisDeus reina pela f33.Reino , por-tanto, anterior igreja. Reino cria,convoca,rene a igreja. O reino criaum povo de Deus daquelesque eram"no-povo"34.

    Reino uma relaovertical, pois

    ~

  • :::-r:inadasou perdoadas::-_::nemestno reino de::-salidadeh necessidade

    ::: arrependimentoe per-=:-:10mh vitriasdo Es--:::ninaa carne.-::azdo reino de Deus,'::spritoSantorestringe

    =-:: carne" (Gl 5.19.21)e:::--"todo Esprito" (Gl 5.

    :-o- "frutodo Esprito"es-:.."alegria"(Fp 4.4) que"filho do reino" viver

    ::slizno mundo secular: 2 vosso",mas ondeele::"=.::iainterna"dascoisas".:.. ::u.tntica,tambm no:::,:'0 Deus Deus.

    _. cria a igreja

    ::'sDeuse igreja

    ::Jeusno se identifica- : QuandoJesusmostra.::-::10tratar comum ir-

    "--:-:.... no fim ele podedi--:i igreja!" (Mt 18.17)... ::::-:3. ter dito: "Dize-oao

    ::::tprximo" e o es-::::: longedo reino de

    __~:::_34). Mas a igreja :,t 16.18;1 Co 14.4),

    =_:::-., (At 5.11), "asso-: : a igreja "ora" (At

    -::-.:'::-.e" (At 14.27)._-::-::Jeus umaao, o

    :::::: -::eloqualtransforma>::.:" ::2. A igreja a co-E: . :::)3 aquelesnos quais

    . ",::c. f33 Reino , por-:::-.:::- igreja. Reino cria,'='.. :: 3. igreja.O reinocria

    ::>_:.3daquelesqueeram

    -:.. ::-elaovertical,pois

    Deusreina35; enquantoque igreja uma relaopropriamentehbrizon-tal, pois a "comunhodossantos".Mesmoassimas ConfissesLutera-nas fazemuma certaequaoentreo reinoe a igreja36, porquea igreja o lugaremqueDeusexerceo seurein037Ao mesmotempoa igrejao meiopeloqualo reino reconhe-cid038. Por isso reino de Deus acausada igreja e, ao mesmotempo,reino a proclamao,o qurigma,da igreja.

    2 . A proclamaodo reino

    o reinode Deusno se auto-pro-clama. o poderexercidopor Deusnoscoraesem queele,peloevan-l!elho,criou o milagreda f. umreino espiritual: mistrio(Mt 13.11:Mc 4.11;Lc 8.10),

    Desdeo tempode Joo "vemsen-do anunciadoo evangelhodo reinode Deus" (Lc 16.16).Jesus mesmoproclamouo reino no SermodoMonte,atravsdos seusmilagreseDormeiodasparbolas(Lc 21.31)..Tesus chamoue preparouos seusdiscpulos(At 1.3) paraque fossem"apstolos",i. e., enviadosparapre-gar "que estprximoo reino dosrus" (Mt 10.7: Lc 10.9). Paulo"falava ousadamente,dissertandoepersuadindo,com respeitoao reinode Deus" (At 19.8)e, em suaresi-dncia em Roma, fez duranteumdi8 todo "uma exposioem teste-munhodornodeDeus"(At 28.23).

    a igreja que estcomprometidaDorDeusparatestemunhardo reinode Deus.A igrejanoproduzo rei-no. nemo introduzno mundo. SDeuso faz. Mas a igreja testemu-nha de um reino j existente.Eladevesero novo"ServoIsrael",deveser o "mrtir" pelo seutestemunho

    do reino39Jesus mesmo,o Rei-Mes-sias-Servo,anunciaesta funoaosseus discpulosreunidos antes daAscenso:"Recebereispoder,- aodescersobrevso EspritoSanto,-e sereisminhastestemunhas!"(At1.8).

    Todo aaueleque participado po-der do reinode Deuspelaf tam-bm testemunhadestereino. Nopodehaver reino semmanifestaodessereinar na vida de cadadia.Comoo cristovive nas ordensdomundo, l que,de algumaforma, necessrioquesurjao testemunhoa respeitodo poder do "evangelhodo reino" (Lc 16.16). O "filho doreino" um sal e uma luz, assimaue "nopodeestarescurono lugarem que ele est" (ReinholdSchnei-der).

    3. As chavesdo reino

    singularo fato de queJesuste-nhadado"aschavesdo reino"a Pe-dra (Mc 16.19)e a todosos discpu-los (Mc 18.18). So os "filhos doreino"e membrosda igreja (Mc 18.17) quereceberamestas"chavesdoreino". Nada mais do (mea pro-clamaodo reinoemsituaoespe-cfica.Quandoem f o reinovemaalgum.o cu se abre.Quandoemdesfo reino no acontecemais. ocuse fe2haparaalgumespecfico

    A verificaoevidentedo reino feita por,um arrependimentomani-festadoe pelaf expressana vida eno culto.As marcasdo reinosoasmesmasda igreja:Palavrado evan-gelhodo reinoe os sac:ramentos.co-mo atuantesna consolaodo" ir-mos40 S pela confissoda f 0;pelavivnciadoreino queas "ena-ves do reino" podemser acionadas.

    149

    - .- ~--- ~--- -_. -- .-- -- . - -~-- ~--. - -

  • c. o reino e a IiturgiaA palavra "liturgia" significa "ser-

    vio prestado a uma autoridade"."Liturgia do reino de Deus" feriaento a manifestao do secvo aoseu Rei, expressa em todas as for-mas de culto ao longo de toda suaexistncia no reino de Deus. Co"-siste na sua conformidadecom Cris-to e na prtica da teololtia da cruz.

    Para Lutero a "teologia da cruz"nada mais era do que "abandona"tudo e altarrar-se pela f somenteem C:risto"41.A conformidade COElCristo acontecepela f quando, co-mo o Servo, tambm os servos ou"filbos do reino" assumemo reino ereieitam (o que sofrimento) o anti-reino em si e fora deles.

    Isto aconteceno uso dirio do ba-tismo, quando h "um constantemorrer e ressuscitar com Cristo"42.Pois para Lutero "o reino no des-cansa, mas 'varre'" e limpa conti.-nuamente4BPor essa razo o reino'indano , mas est continuamenteprxim044quando se ope ao anti-leino.

    O Servo-Messiasj venceu o anti-reino na cruz e revelou o reino porsua ressurreio.Ele "tira o pecad)do cosmos"agora pelo perdoe pelanova justia do reino que se ope aoanti-reino. Mas a revelaofinal doreino s vir pela ressurreiofinal.Por enquantovivemosuma "teologiada cruz" num reino de Deus em ouetudo ainc.a est "sub contrario"45.

    Assim adcramosum Deus que novemos. Cremos num Deus que aten-de as oraes sem responder.Aquise concentra a "teologia da cruz"QUe.mesmo "sub contrario", confir-ma a certeza de que se est sob oreino de Deus e de que o Rei atendeas oraesdos "filhos do reino". Es-

    150

    ta uma certeza da f. Lutero porisso falou que "considerarDeus ver-dadeiro scb todas as circunstncias a forma mais elevada de culto, amais elevada religio"46.

    Esta "liturgia" ao Rei se pratica na"Ordem de Culto" das nossas igre-ias. Cada domingo praticamos a"teologia da cruz" que nos prepara1'3ravivermos o reino de Deus pormais uma semana47.Vamos exami-nar esta "liturgia" ao Rei.

    1. O Shem

    A liturgia do culto inicia com aspalavras de "posse" que caracteri-zam a "teologiada cruz": "Em nomedo Pai, e do Filho, e do Esprito San-to". E a congregaoconfirma o"jugo" do Shem com um vigoroso"Amm". a aceitaodo reino deDeus, demonstradatambm pelo si-nal da cruz, que pode ser feito emcada um ou pelo pastoy48. a re-peti trinitria do Shem antigo:"Ouve, Israel, o Senhor nossoDeus. um nico Senhor!"

    O nico Senhor, o Senhor daAliana. manifestou-se em Cristo,seu Filho, e nos introduziu no seureino pelo Esprito Santo. A confis-S8.0trinitria do nico Senhor ape-nas o enfoque da sua manifestaosoteriolgica:aponta para o domnioatravs da crUz.

    2. O servo se prepara para a"liturgia" ao Rei

    Aceitar o' "jugo" do Shem de-clarar-se servo. mais do que serservo: humilhar-se como pedinte.Lembramos do anti-reino que nostorna pecadores.Pedimos que o Reiperdoe e nos aceite sempre como:::ervosdo reino de Deus.

  • SEM!NAR!O CONCOROlA_-:c:~':=2da f. Lutero por

    000",:0. :x.siderar Deus ver-~:~s.sas circunstncias

    - :>: elevadade culto, a._ ::::igio"46.

    ~_,,"ao Rei se praticana~ .~ -::0:;" das nossas igre-- ::::~:'gopraticamos a

    que nos prepara.: : reino de Deus por

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    : Senhor nossoDeus,.::s:J-wr!".::~:

  • na f e nos preparar para a vida noreino.

    g. Por isso seguea afirmaodoCredo. a nossa resposta palavrade poder do reino. No culto de SantaCeia o Credo Niceno, que res~altaespecialmenteo reino de Deus quan-do diz, iniciando com o Shem:"Creio em um s Deus E em umsSenhor Jesus Cristo cujo reinono ter fim. E no Esprito Santo,Senhor e Doador da vida... e navida do mundo vindouro. Amm."

    h. O Hino do Sermo introduz otema da mensagemdo pastor C1.Ievai falar da vida no reino de Deusnaauela semana.

    O pastor encerra com o Voto que~firma o reino de Deus sobre cadaum dos ouvintes: "A paz de Deus...guardaros vossoscoracese as vos-sas mntesem Cristo Jesus." O im-portante que a paz do reino deDeus domine e controle o anti-reinoem ns para que a mensagemou-vida possa ser praticada na "litur-~tia"ao Rei durante toda a semana.

    i. Isto exatamenteo que a con-

  • .:ndo.Na hora dasOfertasj "filho do reino" de-

    :::amentea sua "liturgia"=devolve uma parte im-==uiloque Deus lhe deu~>,:rar."Estas coisas" que:Jeus no so dele,no o:::le pode dispor "destas'':::-.tariamentepara o tra-",~~ode Deus.::-2.zomuitas congrega-

    :~j ;;0 que teu, Senhor,=-=~Lar.Est ao teu dispor~tedar. faze a f vi-::: corao;tambmmul-::-t ~ e orao." uma de-

    :'.: ;;esprito voluntrio"-:C11 ns o anti-reino e

    : S pode opor ao reino~ t2.mbma confirmao- :'.i5tnciainterna" das

    :',,,~~J.o.

    --.::.:ia Geral, que pode ser:.:::-e a perspectiva do

    "' Dara o mundo todo.': c-eino.Comeacom o="O.:S, ma~nficoem po-

    : =- -::::1 misericrdia... ro-- .~~:taresem ns a tua

    '=:::0)... ; rege e ~over-., :. " estendeo teu rei-

    : _" por autoridadessu-;::ooernoe na famlia,

    ::J) anti-reino e das..:c':'.:pecado.J aue bus-:'.::.-:i::-olugar o reino de

    ::.."::licamos por "todas.~nos so acrescenta-

    _ : ,-.:stento,o corpo, a

    :' :::nos em nome de-: e reina contilto e3s.~to,um s Deus

    :-::'.fim." Assim a:')mea e termina

    2

    com o Shem: "Ouve, Israel, o Se-nhor nossoDeus o nico Senhor!"

    -t4. O Sacramentodo reino

    a. Esta hora do Santo Batismo,se houver. o grande sacramentoda tomada de posse do reino "emnome do Pai, e do Filho, e do Es-prito Santo".

    Se no houver ou depois do Ba-tismo se~e o sacramento de con-firmao do reino: a Santa Ceia. OPrefcio eleva os pensamentos aoRei que na Santa Ceia nos quer dartudo o que tem, inclusiveo seu corpoe o seu sangue,para nos levar pazdo seu reino. O Prefcio introduz oSanctus com a colocaodo Shem:';6 Senhor, santo Pai, onipotente,eternoDeus" s digno do louvor queos homens e os anjos te do.

    b. O Sanctus reune textos queressaltam a "liturgia" ao Rei dosreis. Comea com 1s 6.3: "Santo,santo, santo o Senhor dos Exrci-LOS; toda a terra est cheia da suaglria." Segueo SI 118.26:"Benditoo que vem em nome do Senhor",acrescido do "Rosana (o Senhorajuda) nas alturas" de Mt 21.9 eMc 11.10.

    c. A Oraodo ReiEsta a oraodo prprio Senhor

    do reino, como a ensinouno Sermodo Monte (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4).Mas o Shem aqui extremamenteabrandado-garaum consolo:1nvoca-se o "Pai nosso,que estsnos cus".Jesus explica: "Vinde a mim todosos que estais cansadose sobrecarre-gados,e eu vos aliviarei. Tomai so-bre vs o meu ju~o, e aprendei demim, porque sou manso e humildede corao;e achareisdescansoparaas vossasalmas. Porque o meu jugo suave e o meu fardo leve" (Mt

    11.28-30). Este o ju~o suave doShem de Jesus: quando o evange-lho do reino estabelecepela f o rei-no em ns ento o Rei nos dirigecomoum Pai que nos ama, que per-doa, que justifica e abenoa.

    (1) "Santificado seja o teu no-me" o primeiro pedido que se ligatotalmente ao Shem: o nome deDeus Deus mesmo. "Santificado" o que foi colocado parte parareverncia profunda. Assim o Se-nhor do reino deve ser reconhecidocomoaqueleque "o nico Senhor",que tem o domnio, e que o ter pa-ra sempre sobre qualquer forma deanti-reino. a declaraoda nossaconfiana no Senhor do reino pelaf e por uma vida que viva o reinode Deus.

    (2) "Venha o teu reino" o pe-dido por realizaodo reino que "es-t prximo", mas que sempreaindacontinua sendo ameaadopelo anti-reino em ns, em nosso prximo eno cosmos. o pedido por expansodo reino e por sua realizaofinal eescatolgica.O reino vem pela pala-vra do ;'evangelho do reino" queprecisa ser testemunhadano mundopelos "filhos do reino".. o nossopedido pela grande misso para oreino da graa e pelo reino final daglria dos cus.

    (3) "Faa-se a tua vontade" ocomplementodo pedido pelo reino.Se deve haver um "reino dos cus"na terra necessrioque a vontadedo Senh0r do reino seja cumpridana terra comoj cumprida somen-te no cu. um pedido por nossoprprio enquadramento no reino,onde precisamosantes de mais nadade um "esprito voluntrio" paradeixar Deus ser Deus em nossasvi-das.

    153

  • (4) "O ponoSsode cadadianosd hoje" uma das petiesmaishumanas.Mostraa dignidadeda vi-da e do corpohumanono reino deDeus.Mostraque,umavezquebus-camosem primeiro lugar o reinode Deus,"todasestascoisasvos se-ro acrescentadas".Agorasomosen-sinadospelo Senhordo reino a pe-dir tambmpor "todasestascoisas"que soboase valiosasna vida hu-mana. bom e necessriotermoshomensinteligentes,ricos,saudveise influentesno reinodeDeus,desdeque saibamconservara devidadis-tncia,noexterna(porque neces-srioo envolvimentoco'mo cosmos),mas interna (porquenada "destascoisas"nosdevedominarquandoes-tamosno reino e sobo domniodoRei).

    (5) "E perdoa-nos" a petiodaqueleque, segundoo SermodoMonte, "humildede esprito",que"tem fome e sedede iustia" (Mt5.3,6),que "pobre" (Lc 6.20), eque vive em necessidadede ser li-bertadode tudo que anti-reinodentro e fora dele. Em arrependi-mentoo "filho do reino"apelaparao Rei que"tira o pecadodocosmos",para que afasteo pecadopeloper-doe o dominepor meiodeum "es-prito voluntrio"por meiodo qualo cristoquer viver o reino e per-doar os outros.

    (6) "E no nos deixescair emtentao" o pedidopor clarezaepor firmeza.Clarezano sentidodeno confundirmosreino com anti-reino.Firmezano sentidodequepre-valeasempreo "espritovolunt-rio" quese opea todatentaodoanti-reino. o pedidopelo "buscaremprimeirolugaro seureino",sempermitir que "estascoisas"criadas

    154

    se tornemanti-reinoe assumamodomnioem nossavida.

    (7) "Mas livra-nosdo mal" apetiocontraa criaturaerradaquese arvorouem anti-reino.Satanscriatura de Deus ( o diabo deDeus),masque dedicadoao mal,a tudoque contrao reinodeDeus.a mal tambmestdentrode nspela nossacorrupooriginal.Pedi-mosque o Rei nos livre de todo omal do anti-reino,para que possa-mosviver a "liturgia" do Rei agorano mundoe depoisna eternidade.

    Isto vem expressona doxologiaquesegue:"Poisteu o reino,o po-der e a glriaparasempre.Amm."O Pai pode atender nossa oraoporque o Rei, o Senhordo Reino:ele dominacompoder,ele nos go-vernacomsuagraa,e nospreparouuma glria eternaem seu amor.

    d. A msagrados elementos,i. e. do po e do vinho, determinao seuusoespecialparaa SantaCeia.Ao repetiraspalavrasda instituiojunta-sea Palavraaoelementoe ce-lebra-seo sacramento.

    NestaceiadoseureinoJesuslem-bra a Alianade Deus(o novoTes-tamentono seusangue)queestabe-leceu o reino de Deus.A Alianaera: "Eu sou o teu Deus; tu s omeupovo!"Mas o anti-reinotornou"o povo" "no-povo". Deus aindaera Deus,mas para condenaodono-povo.O descendentedo povo,oServo-Messiastevede colocara suavidano lugarda mortedono-povo.Estasuafidelidade AlianatornouJesuso "Autore Consumadordaf"(Hb 12.2). Assim a nova Aliana,seladacom a mortee o sanguedoFilho de Deus,estabelecequepode-mosserpovode Deuspelaf na fi-delidadede Jesus Cristo.

  • s.~1ti-reinoe assumam o: :10ssavida.=' livra-nos do mal" a~:s.a criatura errada que2m anti-reino. Satans

    Deus ( o diabo de: :Ie dedicadoao mal,

    =contrao reino de Deus.':2m est dentro de ns: ::Tupo original. Pedi-?2i nos livre de todo o

    ::-:'eino,para que possa-_ "liturgia" do Rei agora:- iepois na eternidade.

    2xpressona doxologiao :Jis teu o reino, o po-

    oCo T:arasempre.Amm.".c "tender nossa orao?2i. o Senhor do Reino:::m poder, ele nos go-

    =-0 graa,e nos preparou=~2rnaem seu amor.

    o 'clgraodos elementos,2 do vinho, determina2:ial para a Santa Ceia.

    ,: ::"lavras da instituioO--~'aao elementoe ce-

    :-::=mento.. ,': seu reino Jesus lem-.:- ::.=Deus (o novo Tes-

    o o sangue)que estabe-:~eDeus. A Aliana: teu Deus; tu s o

    ~::so anti-reino tornou,-:::)vo". Deus ainda

    ::.. : ::ara condenaodo:':'::,:ndentedo povo, o-","e de colocar a sua':- :'l1ortedo no-povo.

    o_ =-:::~:': Aliana tornou:' Consumadorda f"

    '. ::'0:', a nova Aliana,=0' : :-te e o sangue do:':,~s.b2Ieceque pode-

    -=- ::::::,uspela f na fi-=' Cristo.

    Por isso agora Jesus oferece tudoo que tem: a sua vida, o seu corpo eo seu sangue na Santa Ceia, comopenhor do novo Testamentoestabe-lecido por sua fidelidade e recebidopela f que nos implantadae sus-tentadapelo Esprito Santo no sacra-mento. Receber o sacramento "emmemria" de Jesus faz-Io na cer-teza da f neste "evangelhodo rei-no".

    e. O Pax Domini deseja que "apaz do Senhor seja convosco parasempre".. a saudaoque pede,pe-la participaona Santa Ceia, o rei-no contnuo sobre o anti-reino emns. Paz somente h quando Deusreina em nossoscoraespela f.

    O Agnus Dei a invocao do"Cordeiro de Deus que tira o pecadodo cosmos". Roga-se que seja com-passivo,pois ainda h anti-reino quepe o pecadono cosmos.Roga-sequed a paz que acontecequando o rei-no se sobrepeao anti-reino em ns.

    f. A Distribuio da Santa Ceiamostraque um ato comunitriodaigreja. Recebe-seo reino quando serecebecom f a Ceia. O comerfsicolembra que naquele lugar e naquelekairs de Deus o reino "est prxi-mo", pois recebemoso perdo quereconcilia com Deus e com o prxi-mo.

    g. O Nunc Dimittis nos faz dizercom Simeo (Lc 2.29-32) que "vi-mos" a salvaoe o reino, Deus nosdeu os olhos da f para "vermos oRei" (Is 33.17). Agora podemosvol-tar s atividades dirias nas ordensdo mundo, na certeza de que Deusreina tambm em nossos coraes.Buscamosem primeiro lugar o reinode Deus: agora podemosvoltar para"todas estas coisas" que Deus nosconcedeu,na certezade que tambmsobre "estascoisas"Deus o Senhor.

    A Ao de Graas o louvor dos"filhos do reino" pela alegria de te-rem recebido novas foras do reinopara viver no meio do anti-reino.Sua participaona Ceia foi a rea-firmao da nova Aliana que Deusrealizou em Cristo e que nos confir-mou pela f.

    Quandoestamos,comoSimeo,comos olhos abertos para "ver a salva-o" e para "ver o rei", ento esta-mos tambm prontos para duas coi-sas: 1. estamosprontos para procla-mar, testemunhare louvar, comoSi-meo, o reino perante todos, atra-vs de nossa confisso da f, atra-vs de nossavida de amor ao prxi-mo, e atravs de nosso testemunhoda esperanacrist; 2. estamostam-bm prontos para enfrentar o anti-mundo em ns e fora de ns, paraviver a "teologiada cruz", e para noservir e sofrer podermosna f pas-sar pela prpria morte ressurreioe ao reino eterno de Deus no cu.

    5. A Concluso da "liturgia"ao Rei

    Na Saudao se volta ao Shem:o Senhor do reino "seja convosco",com o povo e seu pastor. O "espritovoluntrio" do "filho do reino" ma-nifesto no Benedicamus:o povo acei-ta o "jugo suave", louva ao Senhore d graas a Deus. Na Bno tr-plice o Rei reafirma o seu reino nopovo. Ele d "a paz" do constantedomnio e:;da luta contra o anti-reinoem ns e ao nossoredor. O povo con-firma a bnode Aro (Nm 6.24-26)com um vigoroso "Amm": esta apaz que precisamos,a paz do reinode Deus.

    Assim preparadose fortalecidosos"filhos do reino" se tornam testemu-nhas do Senhor Jesus, ou como diz

    155

  • Lutero, ns "nos tornamos 'Cristos'para Os outros"49quando servimosoprximo. E no servir o prximo ser-vimos ao prprio Rei, porque, comoLutero entende,"na mscarade nos-so prximo Cristo anda pelo mun-do"5().

    D. O reino proclamado:"Venhaoteu reino" (Mt 6.10)- "Marnatha!" (1 Co 16.22).

    1. A grande misso

    "Venha o teu reino" a oraoque o prprio Rei ensinou.Ns pode-mos orar pelo reino, mas no pode-mos faz-Io vir, no podemosintro-duzi-Io no mund051Isto privilgiodo prprio Rei. Lutero entendeque"'a vinda do reino a ns' ocorre deduas maneiras: primeiro aqui, notempo, mediante a palavra e a f;em seguida, na eternidade,pela re-velao"52.

    A orao,porisso,se refere primei-ro a nossa existncia presente: queo reino "atue entre ns e junto ans", assim que "sejamosparte da-queles entre os quais... o seu reinoest em vigor"53.Mas Lutero sabeque nesta orao est incluida tam-bm a grande misso do reino: queo reino "marche poderosamentepelomundo universo"54.

    Ora, como no presente sculo oreino 80mentevem "mediante a pa-lavra e a f", a tarefa dos "filhos doreino" ser sempre a de serem "tes-temunhas" com o Senhor Jesus (At1.28; Lc 24.48). A ordem do reino "Ide por todo o cosmose pregai oevangelho (do reino) a toda criatu-ia!" (Mc 16.15).

    O reino vem quando pela prega-o do evangelho o Esprito Santoconcedeo "arrependimentopara re-

    156

    misso de pecados" eLc 24.47), equando pelo batismo "em nome doPai e do Filho e do Esprito Santo"o Rei toma posse das naes e asintegra como discpulos (Mt 28.19)e os torna "filhos do reino" (Mt 13.38).

    O reino vem quando cada discpu-lo serve de multiplicador do reino,i. e. quando o reino realmente"atuaentre ns e junto a ns" para, pelagrande misso de cada testemunha,o reino "marche poderosamentepe-lo mundo universo"55

    Quando o Rei envia os "filhos doreino" ao mundo isto significa sem-pre diviso: ou Deus estabeleceoreino pela f, ou o homemrejeita oreino pela desf. Mas no pode ha-ver acomodaode domnio: s podehaver diviso entre reino e anti-reino56."O que limpa a viso da f,cegaa viso da desf"57.

    2 . O grande domnio

    Apesar de Jesus dizer a Pilatos:"O meu reino no deste mundo"(Jo 18.36)e afirmar aosfariseusque"no vem o reino de Deus com vi-svel aparncia!" (Lc 17.20); apesarde Paulo avisar os romanosde que"o reino de Deus no comidanembebida" (Rm 14.17); apesar de Je-sus advertir mesmoos seus discpu-los de que no basta dizer "Senhor,Senhor!" para "entrar no reino doscus", o prprio Salvador ensinaques entra no reino dos cus "aqueleque faz'.a vontade de meu Pai queestnos cus!" (Mt 7.21). No bastaouvir as palavras de Jesus: neces-srio pratic-Ias (Mt 7.24).

    Isso demonstraque, emborao rei-no de Deus seja espiritual e que "es-t dentro de vs" (Lc 17.21), estereino s pode ter domnio quando

    ----....-----.--....-- ..-.,. =

  • - ~ -- - ---~- ---~-

    ~ecados" (Lc 24.47), e: batismo "em nome do

    =-:::-.0 e do Esprito Santo"::- Dossedas naes e as-:-,:J discpulos (Mt 28.19)-:'ilhos do reino" (Mt 13.

    --:-m quandocadadiscpu-_ multiplicador do reino,: J reino realmente "atua~:')Dto a ns" para, pela.'~D de cada testemunha,~=.~:hepoderosamentepe-.:-,i-,-erso"55

    :Sei envia os "filhos do-, ,:.ndoisto significa sem-

    CJu Deus estabeleceo:'= ou o homem rejeita o==:'.Mas no pode ha-c:so de domnio: s pode

    entre reino e anti-_ ,e limpa a viso da f,

    , ::'3. desf"57.

    domnio

    ';esus dizer a Pilatos:.:._ no deste mundo"

    c :.:'icmaraosfariseus que: ~einode Deus com vi-__,,:.. (Lc 17.20); apesar

    .. :-:-.~.os romanos de que="_:sno comidanem

    =. ~';',17):apesar de Je-. :'.esmoos seus discpu-=-': ::asta dizer "Senhor,=..: =...entrar no reino dos

    : .: Salvadorensinaque:"':::0 dos cus "aquele

    ::.:=.iede meu Pai que,~It 7.21). No basta

    _,.0'3 de Jesus: neces-C. (Mt 7.24).

    .:::..::==. que, emborao rei-~. c. espirituale que "es-

    --:3- (Lc 17.21), este::' -:er domnio quando

    envolve o mundo secular. Ora, jcomea pelo Rei que irrompeu nahistria do mundo na noite de Be-lm58. E seus discpulos sentem oimpacto do reino em seus corposquandoDeus lhes concede"um novoesprito", quandosabemda sua "me-tnoia/arrependimento",quando pe-dem por um "esprito voluntrio" elivre e recebem uma nova vontadepara "servir ao Senhor com alegria"(SI 100.2).

    Cada discpulo sentecomoo "bus-car em primeiro lugar o seu reino"exerceum grandedomniosobre"to-das estas coisas" na nova vida de"filho do reino". "O homementra nomundo de Deus apenascomohspe-de, mas convidadopelo Senhor doreino para empresas gigantescas"59,como "o privilgio de partilhar per-do e amor"oo.

    Cada discpulo testemunha econfessaa sua f num culto que temc2ntos, msica, louvor, palavras eofertas fsicas. Toda sua vida atin-,Q'idaquando realmente "o reino doscus est prximo" e vem na suaexistncia pesoal e comunitria.

    Onde comeoueste grande dom-nio da liberdade na vida do disc-pulo o reino tambm se manifestana famlia, no bairro, na cidade,nopas; nos negcios,no trabalho, noJazer, no amor. Toda vida tica docristo se realiza na vida concretadentro da sua vocao, nas ordensda criao,onde vive e atua. De al-guma forma o seu prximo podernotar que comeouo grande dom-nio da liberdade do reino de Deusem sua vida, pois o "filho do reino"se torna "parcleto", i. e. ele est disposio do seu Rei, servindo aoseu prxim061.

    Claro, no haver nunca um reinode Deus institucionalizado no mun-

    do, o reino nunca se torna secular62,comoentendiaa igreja no tempo deConstantin063e como se revela na"Cidade de Deus" de Agostinho.No haver nunca um reino de Deusutpico da Soberania de Deus comoo pretendia Calvino em Genebra.No haver nunca um milnio comoo sonhamas seitas ou como preten-dem os perfeccionistasde qualquercor partidria ou religiosa.

    O reino no "a revoluo e atransfiguraototal, global e estru-tural destarealidade,do homeme docosmos,purificados de todos os ma-les e repletosda realidadede Deus",se isto for pensado em termos dopresentesculo e suas instituies64.A igreja no "est implantando oreino de Deus" quando "cuida dohomem total", quando anuncia"evangelhocom po, com justia so-cial, com os direitos do homem", co-mo querem alguns lderes religio-SOS65.Tais homens esto batalhandopelo mundo em que deve reinar arazo,e no pelo reino de Deus emque reina o "evangelhodo reino"66.No haver nunca um reino de Deusinstitucona1zado como pretendeuma teologiada libertaocom Deusou um marxismo sem Deus. Nunca"poderemosconquistaro reino. e fa-z-Io nossa colnia eclesistica"67.No reino nopodemosconvidar Deusa subscrever os nossos planos68.

    "Nenhuma instituio humana oreino de Deus"69,nem mesmoa nos-sa igreja organizada. bom lembrarque "nem tudo que se chama igreja patrocinadopelo reino"70.A insti-tuio no mundo "reino da moesquerda" de Deus, onde o evange-lho ilumina as conscincias71mas arazo decide.Por estar sujeito ra-zo fcil tornar-se anti-reino, por-que "nada do que foi criado por

    157

  • Deus est protegido contra esta de-monizao"72.Toda vez que decidi-mos pela razo o que o evangelhodeve decidir, ou quando decidimospelo evangelho o que a razo devedecidir73ns estamo" passando doreino para o anti-reino. Assim,quando Israel pensavaque o SUcessode Deus dependiadeles,estavamer-rados74.Os dois reinos de Deus, oda esquerda ou secular, e o da di-reita ou espiritual, se completammutuamente:enquanto o casamentocria novos membrospara o reino eas autoridades conservama paz econtrolam muito do anti-reino. aigreja usa o evanQ'elhopara instruire confortar as conscinciasdos (1)edevem decidir no mundo da raz075.

    Sempre permanecerum anti-rei-no Que no permitir a vinda totaldo reino no presente sculo. poreC'sarazi'ioO apstoloPaulo enfati72muito intensamenteao seu discnnloTito (2.11-14) que o reino de D2USsemnre estar "prximo", mas nuef, vir definitivamente ra manifes-t'ic;oescatoJgka"da iJlria do nos-so R:randeDeus e Salvador T esu~Cristo". En(1l1antoisso O grande do-mnio do reino em ns conti:r.uaraf;'l7ercom aue "vivamosno n-resent0sculo. justa e piedosamente".SerurDaeducacocontnua com vitrias.auando pelo reino conseR:uimosr'-neo-ar "a impiedade e as paix(ip"mundanas",quando o ~randedom-nio da liberdadeno Senhor conseO'uederrotar semprede novo o anti-reinoaue diariamente se manifesta emnfs e contra ns. Apesar do grandedomnio que o reino j exerC>2navida do cristo.o reino vai continuara ser comoum modestogro de mos-tarda. Mas um gro que tem fu-turo.

    158

    3. O grande futuro

    Quando Jesus ensinou os seus dis-cpulos a orar "Venha o teu reino"(Mt 6.10), ele estavalhes ensinandouma frmula muito prxima de"Marna-ta". Normalmente "Mar-118-ta" traduzido por "Vem, Se-nhor!" (1 Co 16.22), como paralelodo "Vem. Senhor Jesus!" de Apo-calipse 22.20. H algumasvariantesaue permitem tradues diferentes:"Maran-ath" (o nossoDeus vem),"Marn-atha" (o nosso Deus veio,ou nossoDeus o sinal). Quando setraduz como "sina1",valorizam-seasletras "Aleph" e "Thau" do aramai-co (hebraico), aue correspondemao"Alfa e mega" do grego. Entoo'Marn-ath"ainda teria o sentidode "Vem, Senhor", mas conl a co-notc>coque lhe d o Apocalipse1.8,onde Deus diz: "Eu sou o Alfa emega, aqueleaue , que era e Queh6, de vir. o Todo-PodelOso":ou A:pn.6 (d. 22.13): "Tudo est feito.Eu sou o Alfa e o mega, o princ-pio e o fim. Eu, a quem tem Sr12darei de graa da fonte da pp:uadavida."

    Todos os que agora tem "fome efede de justia" (Mt 5.6) j podemser fartos no reino de Deus "median-te a pala"vTae a f"76.Mas Lutero891:edaquela segundamanifestaodo reino. "na eternidade,pela reve-lao", quando Deus Quer dar parasempre "de graa da fonte da R:uada vida". Este o grande futurodos "filhos",doreino", quandona gl-ria futura do reino o Rei "lhes en-xugar dos olhos toda lgrima, e :lmorte j no existir, j no haverluto, nem pranto, nem dor, porqueas primeiras coisas (estas coisas!)pas:oaram"(Ap 21.4).

    Maranata. Vem, Senhor Jesus.

  • ,,,::::'e futuro

    c: o -,::, ensinouos seus dis-,o.~' "Venha o teu reino"16.22), como paralelo.':::,horJesus!" de Apo-

    H algumasvariantes__. tradues diferentes:

    - ',0" (o nossoDeus vem),, (o nosso Deus veio,

    ~".:" o sinal). Quando se: ..sinal". valorizam-seas

    o ::" e "Thau" do aramai-, , aue correspondemao"'ga" do gre~o. Ento

    " ainda teria o sentido::-:-:'.hor", mas com a co-~:~:ed o Apocalipse1.8.

    ::iz: "Eu sou o Alfa e

  • press (Reprinted by Permission), s/d,PP. 41. 42 e 45.

    12WilliamJ. Danker. "Foreword", P. 8de F. W. Danker, The Kingdom inAction. St. Louis: Concordia, 1965.

    13Danker,p. 15: "Sin is primarily andessentially an attempt to make Godirrelevant, unnecessary,and the gravestsin of all is that we try to make Godlike the idea."

    HVicedom, p, 21: "This reign thusfunctions in a manner opposite to theway things are done on earth." p. 25:"Thus the kingdom of God is also re-moved from every human attempt tomold it.,. '0, P. 26: "Basically theKingdom is a gift, .,. it cannot teforced on anyone." P. 139: "Today webave a Christianity that shies awayfl'om sUffering, which still goes ondreaming of a Christianized world,appea]s to the rights of man and thefreedomof conscienceand wants ta putthem into operation . o... Elert,Structm:e,p. 502: "In general, however,the determination to keep away fromthe use of force in the service af thechurch was one of the inalienablecharacteristics of Lutheranism, simplybecauseLutheranism did not want theicJentity of the kingdom of Christ\vlth thechurch to be lost."

    15Regin Prenter, Creation and Re-demption. Philadelphia: Fortress Press,1967.P. 299: "So long as man is beingcalled to repentance, the kingdom ofGod has not yet fully come.... butrepentanc'e is itself the way to th.ekingdom of God," - Elert, Glaube, p.537: "Es ist uns gegenwaertig,wie unsdas ewige Leben gegenwaertigisto Ater.es ist immer unvollendet,... " - Flert,Structure, p. 497:"Becausethis kingdomDever is but always comes into beingand is active,... "

    16:2:1ert,Structure, p. 506: "Thereforeevery victory over sin is at the sametime a beginning of the resurrection."Elert entende que Lutera afirma que oreino a ressurreiode Cristo, da qualtambm os cristos participam pela f.Assim "os cristos so o reino".

    1Flert, Structure, p. 503. Elert en-tende que o "Te Deum" expande o rei-no "para o csmico", quando exulta

    160

    "Tu s o Rei da glria, Cristo" ...Os cus e a terra esto cheios da ma-jestade da tua glria."

    18Danker, p, 45: " ... the seriousresponsibility of training people forfreedom, ." the receipt of a new scaleof values and of fresh patterns ofthinking whose expression will evakethe criticism of the worldo"

    lPaul Althaus, The Ethics of MartinLuiher. Philadelphia: Fortress Press,1972, P. 64: "Luther recognizes - asClement of Alexandria did earlierthat the freedom from the world ofwhich J'esus speaks does not consist ofoutward but af inner distance." p. 65:", .. even when Wehave possessions,oursoul remains free of them. , .. Lutherrecognized that Jesus never speaks ofa restructuring 01' reordering af thisworld but rather only of the personal

    2oFranzmann. P. 174: "Jesus bindsthem to the orders of this world whil'ethe world stands,"

    21Danker, p. 28: ';, .. because He isKing of kings, He can direct His peopleto honor the king."

    22CMI. 126 (4 mandamento): "Deusassinou primeiro lugar a esseestado(os pais). Determinou,na verdade,queseja seu representante na terra." -Althaus, P. 55: "Gad wants the govern-ment of the world to be a symbol oftrue salvation and of his kingdom ofheaven, like a pantomime ar a mask."

    23Prenter, p. 298: "Ho kairos is thehistorical situation for the appearanceof the kingdom of God in this world."

    24Franzmann. P. 226: "He will giveus eyesto see the Kingdom where mensee it not ... '

    25Martim C. Warth, "Your Eyes WillSee the King", Concordia Journal III(September 1977),pp, 196-197.

    2GAp VII. 13: "".0 reino de Cristo justia. do corao e dom do EspritoSanto." - Ap XXVII, 27: " ... visto oreino de Deus ser justia e vida noscoraes... '0

    2Danker, p. 27: o'For the Kingdomdrawing near means simply this, thatthe claiming hand of God is reachingout with determined grip on myexistence...

  • ?: da glria, Cristo",..:. terra estocheiosda ma-"..:.aglria."

    :J. 45: " ... the serious- . of training people for:::tereceiptof a new scale

    :':-'.dof fresh patterns of:'.:se expressionwill evoke__ af the world."::.s.US, The Ethics of Martin::.delphia: Fortress press,"Luther recognizes- as.".:exandriadid earlier -

    '~~jam from the world of,:::eaksdoesnot consistof

    . :'::inner distance."p. 65:

    .-:-::',l,'ehavepossessions,our: ::reeof them.... Luther'~:.t Jesus neverspeaksof-::'.s or reorderingof this

    c -::er only of the personald', p, 174: "Jesus binds

    , ::dersof this worldwhile

    28: "... becauseHe is2e candirectRis people

    - :O:::'1g."

    .;,'mandamento):"Deus=.::rolugar a esseestado

    :.-::ninou,na verdade,que::'sentante na terra." -:: ..Godwantsthe govern-~ .-:rld to be a symbolof

    - ~_:1dof his kingdomofo -: 3.ntomimeor a mask."

    '298: "IIo Imiros is the:::n for the appearance

    - .... ) f Godin this world,"D. 226:"He will give

    ::"eKingdomwheremen

    ',-,'"rth,"Your EyesWillConcordiaJ oumaI III

    pp. 196-197.", ..o reino de Cristo

    .=:.:3.0e domdo Esprito- S:XVII, 27: " ... visto o

    "_ ser justia e vida nos

    "For the Kingdorn=.e:.nssimply this, that

    - .::'::::of God is reaching:.~'e:::-'.:nedgrip on my

    3

    28PauIM. Bretscher,"Luke 17:20-21in Recent Investigations".ConcordiaTheologicalMonthly XXII (Dec 1951),895-907.Bretscheranalisaas duaspos-sibilidadesde traduoda palavragre-ga ents.

    29JohnBright,The Kingdomof God.The Biblical Conceptand Its Meaningfor the Church.New York+Nashville:AbmgdonPress,1953,p. 217:"The mi-raeleswereillustrationsof the fact thatin Christ the new agewas eventhenintruding... "

    aOElert,Glanhe,p. 537: "Es st dasReich eines Fri-edens,der paradoxer-weise nur in siegreichem Kampfbesteht."

    31Schlink.p. 197:"Thereis no peaceandno neutralgroundbetweenthe twokingdoms.... This battle is foughtwith everyman as a prize... Eventhough he now exerciseshis rule inseemingweaknessthrough Word andsacrament,yet Christ'svi-ctoryoverthedevil'sIngdomis assured."

    32Rottmann,p. 32: "... os dois con-ceitosno socompletamenteidnticos.Basile'a theou e ekkIesia no so amesmacoisa.No coincidemna procla-maode Jesus... "

    33MrioL. Rehfeldt, O Desenvolvi-mentodo Conceitode Igreja de Luteroat 1521.PortoAlegre:Concrdia,1966.D. 11: "Esta Palavrade Deusquecria,sustentae governaa igreja... ". P. 12:"... a igreja o conjunto,a comunhodosque Dossuemesta f."

    :HDanker.18/19.p. 27: "The Churchis createdby the Kingdom,and whatis createdis a neWIsrael... "

    35Franzmann,197.36ADVII, 16: "Demais,a igreja o

    reino de Cristo... " H uma ressalvaQuandoMelanchthonexcluido reinoosimpios que exteriormenteesto naigreja. Portanto reino se encontrasna verdadeiraigreja universal, "poisQuereinode Cristo s'empreaquiloqueele vivifica por seu Esprito,quer es-teja revelado.quer estejacobertopelacruz." Ap VII, 18.- Elert. Structure,p. 501: "... provldedthat the churchproclaimsthe Gospel- the church isthe kingdomof Christ." Por isso naKirchenordnungdo duqueHenriqueda

    Saxnia, 1539,se l: "Onde o SantoEvangelhovema umacidadeou vila...esto reino doscus... " (PP. 501/2).

    37Althaus,p. 46: "Christianityis thusboth the place in which Christ exer-ciseshis governmentandthe means... "

    3sBruceM. Metzger,"The Teachingof the New TestamentConcerningtheChurch",ConcordiaTheologicalMonthlYXXXIV (March 1963),147-155.P, 155:"The Church is not identicalwith thekingdomof God, but is the meansthrough whi:chGod's sovereigntywiUb/.:lacknowledged.'

    39Bright,p. 233: "The Church iscalled to take up the destinyof thetrue Israel,ServantIsrael, and becomethe missionarypeopleof the Kingdomof God."- Vicedom,p. 136s.: "... themembersof Gcd's congregationshouldbe His witnesses."P. 137: "For thatreason through the suffering ofChristians their rnessageand theirsuffering become a martyrlon, awitnessof the truth."

    40Althaus,p. 46: "Christ'sgovernmentby wayof the forgivenessof sinscomesto men through Christianity in thepreachedword, the sacraments,andbrotherlyconsolation."

    4lWalther vou Loewenich,Luther's'rheologyof the Cross. Minneapolis.AugsburgPublishing House. 1976,P.120.LoewenichcitaLut-ero:WA I, 101,19ss. Nas citaesde Lutero usam-seas seguint'esabreviaes:WA para"W,eimarAusgabe".W2para a segundaediode Walch ou "St. Louis",e LWpara "Luther'sWorks".

    42Loewenich,P. 122.Citao de Lu-tero: WA VI, 534,31ss;LW 36,69.

    43Elert,Structure,p. 498.CitaodeLutero: WA 15,729,18.

    HElert. Structure,P. 497.45Loewrich,P. 141.46Loewenich,P. 142.Citaode Lute-

    ro: WA 43,399,28ss;LW 4, 366.HMartin Luther, The GermanMass

    and Orderof Service.1526.~W 53,51-90. p. 62: The liturgical orders "areessential.'. for the immatureand theyoung... so that they may become...readyto defendtheir faith and in due

    161

  • time to teach othersand to lnCreaSethe kingdomof Christ."

    48Elert,Structure,p. 497.Elert enten-de queo sinal da cruzpara Lutero o"smbolodo reino de Cristo na cruz"ou o smbolodo "reino de Cristo co-berto pela cruz". WA 31 lI, 428,8. Asegundaexpr.ess'o de Melanchthonem Ao IV, 18.

    49MartinE. Marty,"Lutheron Ethics:Man Free and Slave", in AccentsinLuther'sTheology,ed.ReinoO. Kadai.st. Louis: Concordia,1967,pp. 199-229.p. 221:"You are, in Luther'sword, tobe 'as Christ' ar evento be 'a Christ'to the n.eighbor."

    50RelmutThielicke,TheologicalEthics.Volume1: FoundationsGrand Rapids:Eerdmans,1979,p. 21:"It is the Saviorwho goesabout the earth maskedasmy neighbor."

    31W. Arndt, "The New TestamentTeaching on the Kingdom of God",Concordia Theological l\'Ionthly XXI(Jan. 1950),8-29,p. 16:"Wecan indeedpray for the comingof the kingdom,but we cannot usher it in ourselves.God Rimself must act and begin Risrule."

    52CMlII, 53.53CMlII, 50.

    54CMlII, 52.55CMIrI, 50e 52.56Vicedom,28.Franzmann,p. 79.57Franzmann,p. 122.38Franzmann,p. 22.59Danker,p. 15.6oDanker,p. 37.61Althaus,p. 71.62Elert,Structure,p. 495.Elert, Glau-

    b.e.p. 537.6:JAlthaus,p. 60.64LeonardoBoff, "... Fao novas to-

    dasas coisas:Reinode Deuse Utopia",CEI Suplementono 6 (Dez.1973),pp.18-26,p. 21.

    65Manoelde Mello Silva, "Evangelhocom Po", entrevistaem CEI Supl'e-menton9 6 (Dez.1973),pp. 27-40,pp.32/33.

    66Vicedom.p. 142.67Dank.er,p. 8.68Bright,p. 236.69Danker,p. 29.Althaus,p. 46.Bright,

    P. 145.Rottmann,29.7oDanker.p. 29.71Althaus,p. 61.72Vicedom,p.19. um pronuncia-

    mentode Karl Reim.73Althaus.p. 58.74Danker.P. 32.75Althaus,PP. 59 e 80.76CMrIr, 53.

    I CORNTIOS 13

    REV. ERNI WALTER SEIBERT

    INTRODUAO

    Um dos textos mais bonitos doNovo Testamento o do captulo 13da Primeira Carta de Paulo aos Co-rntios. Ele chamado"O Salmo doAmor" e j serviu de inspiraopa-ra milhares de cristos em suas vi-das. Ao mesmotempo, este captulofoi inmeras vezes mal interpretadoe mal usado. Ele j serviu comoin-troduode novelasromnticase co-

    162

    mo texto de cartas de casaisapaixo-nados. Afinal, amor foi e continuasendouma das palavras mais usadase mais abusadasdo vocabulrio dequalquer idioma.

    Queremo;:"neste trabalho, fazerum resumo exegticodo texto de 1Corntios 13. No pretendemosesgo-tar o assunto.1 Corntios 13faz par-te de um contexto maior da Cartaaos Corntios que inicia com o ca-ptulo 12 e se estendeat o captulo

  • :_ e 52.28. Franzmann,P. 79.

    ~-.::-_.p. 122.=-.:1. p. 22.: 15.:. 37.;:. 71.

    ;-:;cture,p. 495. Elert, Glau-

    :. 60.

    30ff, " ... Fao novas to-"' Reinode Deuse Utopia",,,:"-:0 n'! 6 (Dez.1973),pp.

    :::~}Iello Silva, "Evangelho

  • amorern, nem o amor filem, mastrata-sede um amor,domde Deus,que tem seu comparativono amorque Deustevepeloshomens.

    "Ainda queeu fale as lnguasdoshomense dos anjos". Para muitoscorntioso falar emlnguase, espe-cialmente,na lngua dos anjos,erao pontomximoqueum cristopo-deriaatingL.',Haviaproblemasentreos corntiosexatamentesobre esteassunto.Alguns corntiosjulgavampossuiro domde falar em lnguas.Mas, em vez de edificao,esteas-suntoestavatrazendoconfuso.Pau-lo diz que falar em lnguas,em si,nada,

    "Se no tiver amor",A ausnciado amorfaz comqueo domdasln-guasno seja nada.O amor Deusmostrousobremaneiraquandodeuseuprpriofilho Jesus Cristo mor-te paraser o Salvadordoshomens.Estegrandeamorde Deusem Cris-to, que salva,este amor a molamestrado amordo cristopeloseusemelhante.Se falar em lnguas,mesmoquesejalnguadeanjos,nofor direcionadopara a salvao,en-to para nada serve.Desdeo pri-meiro versculoj aprendemosqueo amor a que Paulo se refere oamorque Deusconcedeaoscristospela f em Cristo Jesus. Este amorfaz comqueo cupenetrena terra,faz comqueo mundoqueh de virpenetrenu mundoem quevivemos.

    "Sereicomoo bronzequesoa,oucomoo cmbaloque retine."A ex-pressobronzeque soa lembraumi:r::strumentode percussocomo ogongo,o qual batidomasnopodeformar uma melodia.No h melo-dia, mas apenasrudo quandoal-gumfalaemlnguase notransmi-te o amorde Deusem Cristo.

    164

    The tom-tomnoiseof gongsOrtambourines was a familiaraccompanimentof somepaganrites andprocessionsat Corinth,muchusedby theDyonisiuscultand by the votariesof Cybele.Speaking'in tongues',even withangelic words such as somerabbis liked to think weregrantedto exaltedspirits,is nobetter (xiv. 6 f.), if it makesaman absorbedin himselfandindifferentto bis fellow-worship-pers. So with prophecy andknowledge."1

    Convmnotarque o apstolousaa primeirapessoado singular,comoque apontandoparasi mesmocomoum exemplo.Mas o que elediz temvalidadepara todoscomoveremosmaisadia::tenestetrabalho.

    "Ainda que eu tenhao dom deprofetizare conheatodosos mist-riose todaa cincia".O originalgre-gotemmaiso sentidode "aindaqueeu tenhaprofecia",emvezde "domde profetizar".A profeciaera consi-deradacomo um dom superioraosimplesfalar em lnguas.Na profe-ciahaviaumapenetraonosmist-riosdeDeus.A profeCia,osmistriose a cincia(conhecimento)estoin-timamenteinterligados.Era necess-rio conhecerosmistriosparapoderprofetiz-Ias,anunci-Ios.O domdaprofeciahaviasidocitadopeloaps-tolono captulo12.10,28. Pois bem,mesmoquealgumtivessetudoisto,semo amor,aqueleamorque Deusrevelou2m Cristo para a salvaodoshomens,semamor,de nadava-lem todosestesdons.

    "Ainda que eu tenhatamanhafao pontode transportarmontes,seno tiver amor,nadaserei." A f, qualo apstoloaquiserefere,no a f salvadora. antesumaf es-

  • 4 - 9: O amor paciente, benigno,o ~morno ardeem cimes.noseufana. no se ensoberbece.no seconduzinconvenientemente,nqo pro-CUraos seusinteresses.nose exas-pera,nosel'essentedomal: n'bsealegracoma iniust(~a,masreQ"ozHa-s~coma' verdade:tudo sofre.tua,..('1,. tudo espera.tudo suporta. Oamor jamais acaba;mas, havendolwofedas, desanarecero:havendoHn
  • presena em diversas situaes. Oapstolo apresentadiversas qualida-des do amor.

    "O amor paciente, benigno".Pacincia e benignidadeso aualida-des do prprio Senhor Deus. emDeus aue temosperfeito exemplodepacincia e benignidade (Rm 2.4).De Deus o cristo recebeo amo'"e otransmite ao seu semelhante.TendoEsteamor de Deus o cristo aprendea ser pacientee benigno.Novamentecitamos Lutero. conforme foi citadopelo comentarista Kretzmann: "Tnthe first place. love is long-suffer-ino'.that is, patient, is not hastv andauick to wrath. revenge,impatienr'2,and to insist upOn its own ri}"hts:but is patient and suffers the vn-rio'hteousandweak until they finallvcome."11

    "O amor no arde em cimes".Ppra o homem natural amor e cil;-mes :mdam juntos.6O cime p. re-sultado da m vontade do homem.da sua natureza corrompidapelo re-rado. O cime demonstraum amorpossessivo.egoista, aue pensa mai"em si do aue naauele aue p o'hietor'le seu amor. O amor no ciumentopleo'ra-secom o outro. auer o bemdo outro e no estcom os olhos '1.701tadosconstantementepara si rne~mo.

    "No se ufana. no se enso"berre-ce". O ufanar-se e a soberba s:=;o0Vlseaue sinnimos. Paulo ('ita psoberba em 1 Conntios 4.6. 18. 19:5.2: 8.1. Na lngua alem;:;traduz-seo encoberrecer-sepor "aufbJasen".anueleaue se encheprocurandoana-rentar mais do aue realmente. Co-mo o amor no se dirip'ea si mas aoprximo, nele no h ufanismo e so-berba.

    "N~ose conduz inconvenientemen-te". Quem tem o amor a~8Peno secomporta mal. Poderamos Quase

    166

    transliterar o original dizendo aueauem tem esteamor no age fora do"esauema". O amor agpeprocedede Deus e leva o cristo a fazer avontade de Deus.

    "No procura os seus interesses".O egoismo a maneiracomoprocedeo homemnatural. Cuidar em primei-ro lugar de seus prprios interesses a maneira do homemnatural 3Q'ir.Quando o homem convertidoe a"'ecom agpe ento ele no procura oque seu, mas procura fazer a von-tade de Deus auxiliando o seu seme-lhante.

    "No se exaspera". No facil-mente provocado.

    "No se ressentedo mal", A estuma demonstrao muito forte doverdadeiroamor. Mesmoaue alg-umpratique o mal contra a pessoa.eleno leva em conta o mal. O perdoest presente.

    "No se alegracoma injustia,masregozija-secom a verdade". A inius-tia prevalece ali onde o corao ;"'deseja,a ama,onde o coraose ale-o'racom ela, ondeo coraonpo aP"Ha Deus. Mas o corao que ama aDeus. tem sua alegria na verdade.Iniustia e alegria no estoem rOD-traposio neste texto como se fos-sem idias opostas.O apstoloC1llermostrar apenaso aue acontece('omo coracosemo amor de Deus e nua1O prazer do coraoaue amaa Deus.6Paulo usa estasmesmaspalavr~::;emRomanos2.8. onde ele tamrm psaos conceitosde injustia e verdade.

    Nos versiculos4-6 o apstolomos-trou o aue no aconteceauando namor est presente.Afl'ora ele pa",,"l f'llar o aue acontececom a pre-senca do amor.

    "Tudo sofre". O amor agpe su-porta at o sofrer para aue o amorde Deus seja transmitido.No capi'tu-

    fr

  • - - -- ---- - --

    o original dizendo que::;:teamor no agefora do

    O amor agpeprocede~evao cristo a fazer aDeus.

    :":1'aos seus intere::ses". 2. maneiracomoprocede2.:'-1ral.Cuidar em primei-, seus prprios interesses~do homemnatural ae:ir..::nem convertidoe a

  • vemos como em espelho, obscura-mente, ento veremos face a face;agora conheo em parte, ento co-nhecerei como tambm sou conheci-do.

    Aqui Paulo amplia o pensamentoexpressono versculo 10 e o ilustra.O falar como menino no tem nada!l ver com a glossolalia.A compara-do de Paulo quer mostrar aue comona infncia se tem um conhecimentolimitado. assimtambm a nossasi-tuao agora. Na "parousa" estare-mos completamentecom Deus e ~entenderemossem as limitaes dea9'ora.Assim como da infncia paraa idade adulta aconteceum amach,recimento do conhecimento, 8ssimtambm ser com o nosso conheci-mentode agorapara a situaoaprsa "parousia".

    No versiculo 12 se d a passMemdo tratamento para a primeira 1"PS-soa do plural. At ali Paulo f~larl1"aprimeira pessoado singular, Hol'-"l'e apenas uma curta exceSS80noversiculo 9. Esta transio inclui ri'!-ria cristo em cada vez que ele uti~Jiza o "eu" nos versculosanterioresA experincia de Paulo ('om o;:IO'pe a experincia de cada cris-to.

    Quando o apstolodiz aue "agoravemoscomoem espelho",ele n8.0es-t8.se referindo a um conhecero~scu-]"0 r>ol'Y'o (lue atravsde uma vidraaF;ill haciada. O ponto de comnaraco aue aprendemos,vemos.por meioria palavrade Deus e no face;:>fanpEm NmerJs 12.6-8temosum relator'l1e1~OSaiuda na compreenso.M0i.c,psfalou com Deus e aprendeu de'Deus face a face. O povo::mrendiaatravs da palavra.

    Interessante observar que o ter-mo original traduzido por "obscura-mente" aingmati. Quase que po-

    168

    deramos transliterar dizendo queagora temo.:::um conhecimentoenig-mtico, obscuro.

    "Agora conheo em parte, entoconhecereicomotambmsou conhe-cido." Deus na sua onicincia nosconhece inteiramente, em todos osdetalhes.Nada a nossorespeitoestoculto aos olhos de Deus. Assim na"parousia" ser o nosso conhecimen-to de Deus.13: Agora, pois, permanecema f, aesperanae o amor,estestrs: pormo maior deste o amor.

    "Nun". agora, lgico e no tem-poral. "Agora" no est em contras-te com depois,com o futuro, mas um agora conclusivo.A f e a espe-rana em certo sentido tambm soeternosporque eterno o objeto de-12s.O Deus em que cremose a gl-ria futura que esperamosso eter-nos. A f e a esperana,no entanto,se completamna "parousa".O amor maior que ambos estes dons. Oamor est presentena f e na espe-rana. Mas o amor no ser modifi-cado. Ser o mesmo amor, s quesem os obstculosque este mundopecador lhe antepem. Por isto, omaior dos trs o amor.

    Pelo fato de o amor ser chamadomaior dom, houve quem quizesseafirmar por isto que ele era maisimportante que a f para a salva-odo pecador.No podemosconcor-dar com esta afirmativa. Valem aspalavrasda Apologia da ConfissodeAugsburgo sobre este assunto, dasquais'.nosvalemospara concluir estetrabalho.

    CONCLUSO

    Objetam, porm, que o amor posto acima da f e da esperan-a. Pois Paulo diz: "O maior des-

  • -::ansliterardizendoque::' um conhecimentoenig-;:~'ro.::nheo em parte, ento:omotambmsouconhe-',:; na sua onicincianos::::iramente,em todos os;=-daa nossorespeitoest:~os de Deus.Assim na:::ro nossoconhecimen-

    pois,perIllanecema f, a:' iJ amor,estestrs:porm'-;te o amor.c ::-ra, lgicoe notem-, ::c." noestem contras-- :::. como futuro,mas.: ::dusivo.A f e a espe-:::::To sentidotambmso",:2 eternoo objetode-,.C 2m quecremose a gl-: -=eesperamosso eter-

    : :, esperana,no entanto,:...-::::la"parousa".O amor-'-?.mbosestesdons. O

    -= ;-:;2ntena f e na espe-: s.mornosermodifi-: mesmoamor,s que

    :-: :',Jos que este mundo.~ :-:tepem.Por isto, o'.:-~ o amor.

    : ::o amorser chamado:-.cmvequem quizesse

    :- :;:0 que ele era mais-=-2 a f para a salva-

    --:::: ~opodemosconcor-e. sfirmativa.Valem as

    ;,_j~::~)logiadaConfissode:'-::::-e esteassunto,das

    :....:::':-,:sparaconcluireste

    ~: ::CLUSAO

    -:::-m,que o amor - c ::af e da esperan-

    - ::.:.:: diz: "O maiordes-

    tes o amor." Ora, razovelque a virtudemximae princi-pal justifique, embora Paulo,neste lugar, fale propriamentedo amorao prximo,significan-do queo amor o maiorpor termuitssimosfrutos.F e esperan-atmqueverapenascomDeusMas o amortemserviosinfini-tos fora, para com os homens.Todavia,concedemosinteiramen-te aosadversriosqueo amoraDeuse ao prximo a virtudemxima,poisqueo preceitosu-premo este:"Amarso SenhorDeus." Mas comoinferirodaque o amorjustifica?A virtudemxima,dizem,justifica. Pelocontrrio:Assim como nem amaior ou primeira lei justifica,assim tambmno justifica avirtudemximada lei. O quej'ustifica aquelavirtude queaprendea Cristo,quenoscomu-nica os mritosde Cristo,virtude pela qual recebemosgraaepaz de Deus.Mas estavirtudea f. Pois, comomuitasvezessedisse,f no apenasnotcia,seno,muito mais,quererrece-ber ou aprenderaquiloque seoferecena promessareferenteaCristo.9

    NOTAS

    lJames Moffat, The First Epistle ofPaul to the Corinthians (London:Hodd-esand StoughtonLimited, 1959),p. 192.

    2SpirosZodhiates,To Loveis to Live(Grand Rapids,Michigan: William B.Eerdmans Publishing Company,1967)D. 41

    3PauI E. Kretzmann,Popular Com-mentaryof the Bible,The NewTesta-ment, 11, (st. Louis, Mo.: ConcordiaPublishingHause,1922),p. 51.

    4R.C.H. Lenski, The Interpretationof 8t. Paul's First and SecondEpistleto the Corinthians (Columbus,Ohio:WartburgPress,1946),p. 551.

    5Kretzmann,OP. cit., p. 151.6Lenski,op.cit., P. 559.7AdolfSchlatter,Die Kjorintherbriefe

    (Stuttgart:CalwerVerlag,1950),P. 164.8Lenski,op. cit.. p. 567.9"Apologiada Confissode Augsbur-

    go", Livro de Concrdia,IV, 225-227,(S'aLeapoldo.Porto Alegre: EditoraSinada],Editora Concrdia,1980).

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    Lenski, R.C.H. The Interpretationof8t. Paul's First and SecondEpistleto the Corinthians.Columbus,Ohio:WartburgPress.1946.

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    Zodhiates.Spiros. To Love is to Live.Grand Rapids, Michigan: WilllamB. E-erdmansPublishingCompany,1967.

    169

  • APONTAMENTOS SOBRE A CRISTOLOGIADE LUTERO

    REV. VILSON SCHOLZ

    1. Lutero no escreveunenhumtratadocristolgico modade Ata-nsioou Anselmode Canturia.Eraexes-etae pregador. Dos livros doAntigo Testamento,interpretou,en-tre outros,os Salmos,Gnesis,Pro-fetasMenores,Isaas;do Novo Tes-tamento,Romanos,Glatas,1 Joo,Tito, Filemone 1 Timteo.No es-creveucomentriosobreos evange-lhos. Comopregador,tomoutextosdetodaa Escritura.No entanto,seussermesse dividemnumaproporode trinta baseadosemtextosdo No-vo Testamentoparaum baseadoemtexto do Antigo Testamento. DossermessobretextosdeiNovo Tes-tamento,setentae cinco por centose baseiamnos evangelhose o res-tanten.,?sepstolas.

    2. Toda a produoliterria deLutero , num certosentido,cristo-logia aplicada.Seu lema era: Nihilnisi Christuspraedicandus("nadaano ser Cristo deveser pregado").O que Lutero dissedas Escrituras(noDe ServoArbitrio,1525)seapli-ca em grandepartetambma seusprpriosescritos:ToIle Christumescripturis,quid ampliusin illis in-venies?("Tira Cristo das Escriturase quemaisencontrarsnelas?")WA18,606.

    3. Mesmo rejeitando o mtodoescolsticodefazer teologia,favore-cendoem contrapartidao trabalhocomo textooriginal(algoqueo Re-formadoraprendeucomoshumanis-tas), Lutero noabriu moda cris-tologiadogmticatradicional.Retevea terminologiadogmtica(o termo

    170

    homoousios,por exemplo).No por-que fosseterminologiabblica (nemsempre), masporqueexpressadeforma resumidao sentidode dife-rentestextosbblicos.Luteronoti-nha dvidasde que Cristo verda-deiroDeuseverdadeirohomem,duasnaturezas(a divina e a humana)euma s pessoa(Cristo).

    4. Dois aspectosda cristologiadogmticaforamenfatizadospor Lu-tero: 1. a humilhaode Cristo (Fp2) consisteno no-usodo poderdi-vino de Cristoe seestendea todaavidado Salvador;2. Cristo Senhortambm se.gundosua humanidade(Rm 1.2). Pela nfasena unio per-sonalise a decorrentecommunicatioidiomatum,Lutero insistiu na pre-senareal de Cristo (tambmse-gundo sua humanidade!)na santaceia.

    5. Como em todo o seu pensa-mentoteolgico,tambmna cristo-logiaLutero se caracterizapor umavisomaisdinmicado queesttica,maisexistencialdo que essencial.assimno casoda relaoentreDeuse Cristo,Ouseja,no tratamentodacistologia dentro do contextodadoutrinatrinitria. Lutero no sepreocupatantocomo relacionamen-to entrenaturezadivina e humana,e mais com a aoeficazde Deusem Cristo. Interessa-lhemais a re-laoentreCristoe o Pai, que umaderevelao.Deus o Deusqueage,revelando-se.Jesus Cristo Deusrevelatus.O textoem Joo, "Quemmev a mimv o Pai", fundamen-tal para Lutero. Revelao,no en-

  • RISTOLOGIA

    REV. VILSON SCHOLZ

    -:::rexemplo).No por-::-~:,inologiabblica (nem~.ss porqueexpressade::-,:c:ao sentidode dife- :iblicos.Luteronoti-:2 que Cristo verda-"2rdadeirohomem,duas::i','inae a humana)e

    ,:s (Cristo).=:::::ectosda cristologia-s:n enfatizadospor Lu-::-=-.ilhaode Cristo (Fp': ::.o-usodo poderdi--: 2 seestendea todaa:.:::r: 2. Cristo Senhor:-_-=-:0 sua humanidade:-=~snfasena unio per-:::.:.:::::Tenteoommunicatio=-'''::21'0insistiu na pre-:::.::Cristo (tambmse--=- ,~"anidade!)na santa

    =:2". todo o seu pensa-tambmna cristo-

    :=::::a1'acterizapor uma:..:-~,::licado queesttica,_,.:.~do queessencial.

    :'s relaoentreDeus'.:.'s.no tratamentoda

    -:::-,:'::J do contextoda=:::-:8..Lutero no se

    ". :)m o relacionamen-.:..::=:=sdivinae humana,::3.coeficazde Deus

    - '=:::-essa-Ihemais a re-"'::::::e o Pai, que uma:::'-=:,.s o Deusqueage,-=:::.:S Cristo Deus

    ::::::::'em Joo, "Quem-= : Pai", fundamen-

    Revelao,no en-

    tanto,s possvelseJesus Cristohomeme Deus.No fosseele ho-mem,no poderiahaver revelao,pois Deus se revela escondendo-seatrs da mscarada humanidade.No fosseele Deus,no seriaDeusquemestariase revelandoe agindoem Cristo. Assim, Lutero enfatizaambas:a divindadee a humanidadede Cristo.No se cansade enfatizara presenado divino (o Verbo) nohumano(a carne). "Je tiefer alsoGott in das Fleisch gezogenwird,desto ntzlicher ist es den Men-schen."

    6. A mesmanfaseno dinmicoe existencialapareceno tratamentoda relaoCristoe o cristo. AquiLutero'd cristologiauma nfasesoteriolgica.Conhecera Cristo nose esgotaem conhecero dogma;conhecera pessoade Cristo. sa-ber, pela f, que Cristo meu Se-nhor (conferir a explicaodo se-gundoartigo,nos Catecismos). Opro me fundamentalem Lutero.Ao tratar de Lucas2.11, por exem-plo,Luteronosecansadeenfatizara importnciado vos em "hoje vosnasceuo Salvador"... Estanooda"maravilhosatroca" (der frhlicheWechseI)j aparecenuma carta aGeorgSpenlein,escritano dia oitode abril de 1516.Aqui Lutero ad-moestaSpenleina dizer: "tu, Domi-ne Ihesu,es iustitiamea,egoautemsum peccatumtuum;tu assumpsistimeum,etdedistimihituUIDjassump-sisti,quodnon eras,et dedistimihi,quodnon eram." Digno de nota tambmo hino "Vs crentes,todos,exultai",que confissovivencialdeLutero.A stimaestrofe esta:"Dizele:permaneceemmim,/ e nose-rs vencido./ Por ti combatoatofim, I pois querover-teunido / amim na maisperfeitaunio/ para

    umaeternasalvao,!juntoaomeuPai querido."

    7. Lutero enfatiza o ChristusVictor, o Cristoquetriunfasobreospoderes(diabo,mundo,mortee in-ferno). Um rpidoexameda expli-caodo segundoartigo do Credonos Catecismosrevelaisto. Notvel tambmque Lutero no escreveunenhum hino sobre a Paixo deCristo.Sua nfaseestna ressurrei-o (vitria) de Cristo. (Mais co-nhecidosso,semdvida,seushinosde Natal.) Lutero no desprezaanoo de satisfactio (desenvolvidaespecialmentepor Anselmono CurDeusHomo),masdeixaclaroque insuficientepara descrevera obrade Cristo. Num sermode tera-feira de Pscoa,baseadoem Lucas24.36-47,Lutero diz: "Und ob mangleich das wort Gnugthuungwoltbehalten und dahin deuten, dasChristus hat fur unser su(e)ndegnug gethan, So ist es doch zuschwach und zu wenig von derGnade Christi geredt, und dasLeiden Christi nicht gnuggeehret,welchemman mus ho(e)her ehregeben,das es nicht allein fur diesu(e)ndegnug gethan,sondernunsauch erlo(e)set von des Tods,Teuffelsund der Hel1engewalt... "(WA 21,264).(Traduo:"E emborase queira reter a palavra "satisfa-o" e interpret-Iano sentidodequeCristofez o suficientepor nossopecado,mesmoassimno diz o su-ficienteda graade Cristoe noda suficientehonra ao sofrimentodeCristo.Estedeverecebermaiorhon-ra, pois no apenas uma satisfa-onelospecados,mastambmnossalvda morte,do diaboe do poderdo inferno... ").

    (Matriapreparadaparaumaaula de Cristologia.)

    171

  • FOI NECESSRIO O NASCIMENTO VIRGINALDE CRISTO?

    REV. W.R. LE ROY

    "E sem dvidaalgumap:rande o mistrioda piedade:Aqueleque se manifestouem carne... "(Timteo 3:16).

    o FATO DECLARADO

    o ensino bblico concernente aesteassuntod nfaseao fato de queo nascimento de Cristo no foi decarter ordinrio, mas de carter so-nrenatural. em virtude do qual Elefni chamado "O Filho de Deus". Oelemento mais importante em rela-

  • TO VIRGINAL

    REV. W.R. LE ROY

    ~. J escolheuparanascer: SomenteEle podiafa-.=. nestaesfera,pois Ele::2eua Sua mee o lu-

    "ascimento. Escolheu:':=~io de um milagre-~::1ascercomum corpo-.:.0 sabiaqueo seunas-~--;.riaa umamortehor-,~,:.nasceremumaman-~~ cordeirinhosacostu-::Jis Eleia ser "O Cor-

    ~:.quetira o pecadodo:: O chamarampelono-e: :: ais Ele ia "salvarb.: :;"uspecados".

    o ~?ogloriosa ()ponto-. :-:".humana.Aqui te-:=:=.: iandocomopresente.: ?ilho, porqueEle nos-~:-:',JSo Filho, semcon-:~.: prpriosinteresses,::-_~=::'J por uma compai-:.:r:: canoscoto necessi-

    "glria celestial,e-'~ Si a humilhaodo

    ::t mesmoo corpo:~:'tamente,grande

    -: -iedade".:--, ::.:.que Jesus no ti-

    -~:'r~stre.Jos no foi, _. ::0 contrrio,Jesus :~ ,~os.Dizerque Je-

    -:: 'in~emnoimplica=. -cnedeDeus",mas

    , ~=.:is. foi apenaso ins-0-. : pelo qual Jesus

    - --:0. isto, ela foi a- =. ::lmanade Cristo.

    .

    A deidadede Cristo veiode cima.Cristofoi o Deuseternomanifestadoem carne.'Jesus - Filho de Deus,Jesus - Filho do homem,as duasnaturezasperfeitasnumas pessoa.Jesus - O Verbo, Deus ouvido!Jesus - A Luz, Deusvisto!Jesus- A Vida, Deussentido!Jesus o milagresupremode todosos scu-los.

    o FATO NEGADO

    A negaodestadoutrinaem nos-sosdiasno devido falta de evi-dnciaescriturstica,nem falta deapoio eclesisticohistrico,mas aversopresentee geral ao sobre-natural.O racionalismo,que da n-fase merarazohumanadeprava-da semreconhecero lugar da f b-blica, a basedetodasasnovasteo-logiasmodernasque negama auto-ridade infalvel das EscriturasSa-gradas,comotambma origeme ocarterda revelaocristhistrica.Estemodernismoteolgicoj seteminfiltrado,e estdominandoo pen-samehtoreligiosoem todasas gran-des denominaesevanglicasquefazemparte do movimentoecum-nico, representadopelo ConclioMundialde Igrejas.

    O ArcebispoDr. A..N. Ramsey,daIgreja Episcopal,e um dosex-presi-dentesdo CMI, disseno "LondonDaily Mail", 2 de outubrode 1964,numa entrevista: "Deve-se, porexemplo,acreditar no NascimentoVirginal?No! possvelcrer-sequeJesus divinosemsecrerno Nasci-mentoVirginal... Creio que per-feitamenteadmissvelqueuma pes-soa se levantena igreja e recite oCredo,mesmoquetenhadvidasso-bre o NascimentoVirginal,contanto

    quecreiano padrode f comoumtodo".

    O famosofalecidobispoJ amesA.Pike, da dioceseepiscopalda Cali-frnia,que bemconhecidoporcau-sa de suadeclaradaincredulidade,etambmuma das principaisfigurasdo atual "amlgamaeclesistico",disse: "Existem diversasfrasesemcredosque no possoafirmar quesejamsentenasde prosaliteralmen-te verdadeira,mas que certamentepossocant-Iascomoumaespciede"canode guerra,que representaconvicesimportantesem termospoticos". realmenteum estranhoconceitoque"homensderaciocnio",e almdisso,bispos,possamcantare recitar,conscientementeaquiloquenopodemconscientementeafirmar,e dizerqueessaprosa,umavezcan-tada,se transforma,ipso facto,empoesia.Ser que a "futura grandeigrejaapstata"serumaigrejasemcredo,ou seruma igreja cantante,emqueo credo,a pregaoe asora-esserocantadas,oferecendoumabasede interpretaosuficientemen-te amplapara receberelementosdetodasasreligiesnocrists,incluin-do blasfemos,racionalistase ateus?

    A Igreja Metodista(EE.UU.) nasuapublicaooficial, "Basic Chris-tian Beliefs" (pg.112-113),atacaapessoade Jesus Cristo,dizendo:"Ahistriado NascimentoVirginal.per-tence poesiada religio".Conti-nuavadizendo:"A histriaregistra-da em Mateus uma explanaoimaginriada traduogregade Isa7:11e isto,comomuitosagoraacre-ditam,foi a origemda doutrinadoNascimentoVirginal, uma histriabelamenteimaginadae baseadaso-bre um textodo VelhoTestamento,cheiade sentidoparao primeiros-culo,mascheiade dificuldadepara

    173

  • o sculovinte". (Obs. Estesmoder-nistastambmnegamquea Palavra"virgem" em Isa. 7:11tenha baseno textohebraico).

    Dr. TheodoreA. Gill, presidentedo Seminrio Teolgico de SanFrancisco,presbiteriano,nosEE.UU.,dissequenopodeafirmara suafno NascimentoVirginal de Cristo.Ele achaque a tarefada igreja dehoje criaruma"novaimagem"detodosos nossosconceitosreligiososincluindoCristo.

    A ConvenoBatistado Sul dosEstadosUnidos,tambmtemseusl-deresmodernistasquenegamo Nas-cimentoVirginal de Cristo,tais co-mo Dr. Duke McCall do SeminrioTeolgicode Louisville; Dr. DaleMoody,professorde TeologiaCristdo mesmoSeminrio,e o Dr. Elliot.

    Esteshomensachamque o Nas-cimentoVirginal de Cristo uma"impossibilidadebiolgica".Por noquereremaceitar a autoridadedaPalavrade Deuspela f, elesestolimitadosno seu pensamentoreli-giosopela sua mera razohumanadepravada,tornandopossvelo seu"racionalismodialtico"que os im-pede de conscientemente,afirmarsua f em certasdoutrinasbblicasque implicamo sobrenatural,maspodemconscientementecant-Iasourecit-Iascomopoesia,que retratamconvicesespirituais.Que hipocri-sia estsendopromovidanestesdiasemnomedo Cristianismo!

    o FATO DEFENDIDO

    Serqueo NascimentoVirginaldeCristo tem significadodoutrinrio?A respostadestapergunta dupla:L a) Do pontode vistada encarna-o,CristotinhadeserconstitudooMessias,o Filho Messinicode Deus.

    174

    Conseqentemente,foi necessanoqueElenascessedumamulher,iden-tficando-secoma raahumana,massemser o fruto da vontadedo ho-mem,porm,nascidodeDeus.O que nascidoda carne carne. (Joo1:13); b) Se Cristo tivessesido ge-radopor homemteriasidoumapes-soa humana,includono Pacto dasObras,e comotal, teria participadoda culpa comumda raa humana.Mas agora,no sendode Ado,ElenoestincludonoPactodasObras,e estlivre da culpado pecado.Es-tandolivre da culpa do pecado,anaturezahumanad'Ele tambmpo-dia conservar-selivre dapoluiodopecado,tantoantescomodepoisdoSeu nascimento; Ir: A Bbliaensina profeticamente,simbolica-mente, tipicamente e claramen-te, que a pessoade Cristo, assimcomoo Seu sacrifcio,foram sempecado,sem mancha,imaculadoseperfeitos.E o sacrifcio,sendofeitopelo"Deus-Homem",tevevaloreter-no e infinitoparasalvartodosquan-tosn'Ele crem.(Joo 1:17,I Pedro1:19,Heb. 10:22,Heb. 10-10-14,Heb.9:14,Heb.7:26,Heb.5:9,I Pedra3:18,Lucas 1:35,Isa. 53:9,Ex. 12:5).

    O FATO ESCLARECIDO

    Em primeiro lugar, senegarmosadoutrinabblicado NascimentoVir-ginalde Cristo,cessaremosde acre-ditar na "autoridadeda Bblia" ouna "infalibilidadedas Escrituras".Dizerquea Bblia infalvelsomen-te na esferada ticae da religio,masquenoestlivre doserrosco-munsa todosos outroslivros escri-tos peloshomens,lgicae honesta-mente, manteruma posioquenopodeser chamadacristde mo-do algum.Alguns crentes,mal-in-

  • :::-.ente,foi necessrio:,=3edumamulher,iden-'::n a raahumana,mas~;:o da vontadedo ho-

    r:ascidodeDeus.O que.::.carne carne. (Joo, Cristotivessesido ge-::emteriasidoumapes-

    includono Pacto das::.: tal, teria participado:::-....:mda raa humana.=-.~:)sendode Ado,Ele_..ianoPactodasObras,::..::.culpado pecado.Es-:s culpa do pecado,a:":",nad'Ele tambmpo-::--3elivre da poluiodo: antescomodepoisdo::'::-.:0; II: A Bblia:,=:i::amente,simbolica-:=--"entee claramen-~30ade Cristo, assim

    -S.crifcio,foram sem:::a..."'1cha,imaculadose

    . sacrifcio,sendofeito.::-:".em",tevevaloreter--=",Ta salvartodosquan-"':::-,.(Joo 1:17, I Pedra~2.Heb. 10-10-14,Heb.:::Reb.5:9,I Pedra 3:

    .~ Isa. 53:9,Ex. 12:5).

    lARECIDO

    :'D lugar,senegarmosa:-=. do NascimentoVir-

    : :_ cessaremosde acre-- ::'idadeda Bblia" ou:::a:'e das Escrituras".::'::lia infalvelsomen-:'s ticae da religio,7-:. livre doserrosco-:'3 outroslivros escri-

    =-.7=-.3. lgicae honesta-.::-.-:7T uma posioque:::amadacristde mo-

    _z.:.ns crentes,mal-in-

    formadosou iludidos,achamque aBblia contmvrioserrosem por-menoreshistricose em aconteci-mentosexternos,mas,noobstante,contmmuitascoisascertassobreasquaiselesbaseiama sua esperanapresentee eterna.Respondemosaestes,dizendoqueo Cristianismoes-t fundadosobrea obra redentoradeCristoconsumadana Palestinah1900 anos;ser indiferentepara como registrohistricoquedestacaaque-la obra rejeitar o evangelhoemque Cristo nos oferecidocomoonossoSalvadordo pecadoe da irade Deus. Certamente,ento,a au-toridadee a infalibilidadebblicaes-to diretamenteenvolvidasna ques-to da doutrinado NascimentoVir-ginal de Cristo.

    Em segundolugar, a questodoNascimentoVirginal importante,porquedeterminasealgummantmumaposionaturalista(humanista)ou sobrenaturalquanto pessoadeJesus Cristo.Conformeum pontodevista, Jesus de Nazar apenasoprodutosupremodas forasdivinasqueestooperandoemtodomundo,constantemente.Conformeo pontode vista sobrenatural,Jesus entrouno mundo,vindode fora do univer-so, para realizaro que a naturezahumanajamaispoderiafazer.

    ExistemdoiselementosdaverdadeCrist que coexistemlogicamente:apessoasobrenaturaldo nossoSenhorcoexiste logicamente,com a Suaobraredentora,isto , o NascimentoVirginalcoexistelogicamente,comaCruz. Se negarmosum aspectodaverdade,o outro,logicamente,cairpor terra; de onde, se aceitarmosuma parte desta dupla verdadeaoutraseraceitanaturalmente.Hoje,portanto,quemnega o NascimentoVirginal de Cristo, logicamente

    obrigadoa rejeitar o cartersobre-natural de Cristo. Quem acreditana Encarnao,sinceramenteno sen-tido bblico,nopoderejeitaro mi-lagreestupendodo NascimentoVir-ginal.

    Em terceirolugar, a doutrinadoNascimentoVirginal possuiumaim-portnciaemsi mesma,pois,semoregistrodestegrandeacontecimentohistrico haveria algo seriamentefaltando em nossa teologia cristquanto pessoade Cristo.A Igrejade Cristoaindateriamuitaspergun-tas sem respostasquanto origemde Cristo nestemundoe comrefe-rncia relaod'Ele para com osseuspais humanos.Estaramossu-jeitos, comocrentes,constantemen-te, ,sheresiasmais grossasquanto PessoadeCristo,taiscomoo Gnos-ticismoe Marcionismo,se no fosseo registroBblico.A Bblia defineocartere determinao tempoda En-carnaode Cristo.

    Para aquelesque dizemque umhomempodeser crentesemcrernoNascimentoVirginal de Cristo per-mite-medizer que,o nuncater ou-vido acercado NascimentoVirginal uma coisainteiramentediferentedessade rejeit-Ia,depoisde verifi-car que o ensino da PalavradeDeus.A questono sehouvecris-tosprimitivosque nunca ouviramfalar do NascimentoViq~inal,masse houvecristosprimitivosquere-jeitarama histriadomesmo,depoisdeouvi-Ia.E este o pontoemques-to que no podeser provado.Osmodernistasde hoje rejeitamclara-mente a autoridadeBblica, comotudo aquiloque eles tm ouvidoelido acercado NascimentoVirginalconformeo ensinoBblico.Soaps-tatas legtimosda F Crist Hist-rica.

    175

  • CONCLUSO

    Ser que a crenano NascimentoVirginal de Cristo necessriaparatodohomemquedesejeserum cren-te no SenhorJesus?A perguntaesterrada.Quempodedizer,exatamen-te quantoconhecimentoalgumdevapossuirdos fatos acercade Cristoparamanifestara f salvadora?Sa-bemosque existeum conhecimentomnimo, necessrioa respeito deCristo que o homemdeve possuirpara ser um crente,pois somenteDeussabe,exatamente,Quanto ne-cessrio.Que direito temosns dedizer que ningumpodeser crenteem Cristoenquantono tenhaumacompreensocompletaacercade to-dos os fatosBblicosconcernentesaCristo, incluindoo milagreextraor-dinrio do NascimentoVirginal?

    No queremosser mal entendidosnesteponto,Queremosrepetir aquiqueo caso(hipottico,masnomui-to provvel)de algumestar que-rendoaceitaro SenhorJesus comoSalvadorsemter ouvidofalar acer-ca do NascimentoVirginal, umacoisainteiramentediferentedaqueleque j ouviu estahistria,e a re-jeitou, sabendoperfeitamentequeera o ensinoda Palavra de Deus.No devemostratar do NascimentoVirginallevianamente.O homemno salvopelasobras,maspelaf; e af salvadoraimportaem aceitaraJesus Cristo "comoEle nos ofere-cidono evangelho",e faz parteda-quele evangelho,em que Jesus oferecidos nossasalmas,a histriabenditadomilagrerealizadono ven-tre davirgem.Portanto,seum cren-te novo,e supostamente"ignorante",chegaa compreendera histriadoNascimentoVirginal, deveaceit-Iacomf e alegria,pois faz partedo

    li6

    evangelhoque ele temabraado.OEsprito Santo testifica ao espritodohomemrealmenteconvertidoqueo registro Bblico a Palavra deDeuse merecetodaa nossaf e con-fiana.

    Uma coisa clara;mesmoque acrenano NascimentoVirginal noseja possvel (hipoteticamente,-por falta de conhecimento),nemne-cessriaa todocrenteno pontoini-cial da suaconverso,, certamente,necessriaao CristianismoBblico ehistrico. necessriaaotestemunhocoletivoda Igreja. uma partein-tegraldo testemunhodo Novo Tes-tamentoacercade Cristo,e estetes-temunhotem que ser aceitocomoum todo,comoestregistrado,paradar a fora e o valor visadopeloAutor.

    A apresentaoNova Testament-ria de Jesus no umaaglomeraode assuntos,mas um organismo,edaquele organismoo NascimentoVirginal faz parteintegrante,dardocoerncia,lgica e estabilidadenossateologiacrist. Suprimindo-seestaparte, o todo se tornarmaisdifcil paraseraceito.A histriator-na-se incompleta.O registroNovo-Testamentriode Jesus maiscon-vincentequandotomadocomoumtodo.Somenteum Jesus apresen-tadona Palavrade Deus:e esseJ e-susnoentrounestemundopor ge-raoordinriamasfoi concebidonoventreda virgempeloEspritoSan-to.

    Serqueconhecemosa esteJesuscomonossoSalvadorpessoal?Ele o Cristo das Escrituras.Ele entrouna raa pecaminosa,vindo de fora,comoo EternoFilho de Deus,o Se-nhor da Glria; levou sobreSi amaldiopor causadosnossospeca-dose derramouo Seupreciososan-

  • QUANTO TEMPO AINDA RESTA DEANSIOSA ESPERA?

    _2 ele tem abraado. O:'.:J testifica ao espritoe:J.'11enteconvertidoque3~8lico a Palavra de

  • tm uma fora persuasivamuitogrande. comoescreveu\Vilson deSouzaLopes:"Maisdoqueemqual-quer poca,temosantevisto os si-naisdo fim. Cadaacontecimentoquepresenciamossignificamaisumpassoem direo consumaode todasas coisas."

    Porquenose conhecea plenitudedos sinais dos tempos, prudente,outravez, fugir tentaode mar-car a pocaou o tempodeSU:=lvolta.Por exemplo,quandoo pastor daIgreja Presbiterianade ShadySide,em Pittsburg,EUA, h 61 anos,co-meoua pregarpelo rdiotOGOSosdomingos tarde,alcanandomi1h'?-res e mui distantesouvintes,acholl-se queo fim estavaprximoporqueo evangelhodoreinoerapregadopaI'todoo mundo,de acordocoma pro-feciade Mateus24.14.

    No entantoo programaradiofnicodo Rev. H. T. Kerr no significamuitoemvistadaevangelizaoCiuehojeserealizapelosmodernosmeiosde comunicao. Outro exemplo:Quandoa PrimeiraGuerraMundialfoi deflagrada,em1914,um casaldemissionrio,:"que atravessa',-aoAtlntico rumo ao Egito. entendeuaue aquelasituaopoderiaindicara iminentevoltadeCristoe,porestarazo,comeoua evangelizarospas-sageirosdonavio.Ora aquelaguerra,comparadacoma Segundae como

    poderioblicodasnaesmodernas, insignificante."Ficai apercebidos!"

    A vontadede Deusno quedes-cubramosa quehora da noiteesta-mos.A horaemqueo Filho do Ho-memvir tem o saborde surpresa:elevir "a horaemquenocuidais"(Mateus24.44). Isto bastantesau-dvel,pois mantmo discpulodeCristo em :atitudede contnuavigi-Lincia,sempredesobreaviso,aperce-bido,acautelado.Ao mesmo;-empono interromperas suasatividadesnormaise seculares,o aueseriaumerro.As trs parbolascontidasemMateus 24.45-25.30, lanam muitaluz sobreo assunto.A parboladobomservoe do mausalientaa obri-f2'aode estaremfidelidade,a des-peitode umapossveldemora.A 1~a-rboladasdez'"irgensmostra:1 ne-cessidadede estarpreparado,emOT-dem,dir-se-ia,estardocumentado.Aparboladostalentosrevelaa impor-tnciado trabalhode c:=ldaum. deacordocomos donse as oportunida-desrecebidosde Deus.Esta atitLdedevigilnciasemfim e seminte1'va-los satisfazo propsitode Deuse hde manteros fiis normalmenteen-tusiasmados,livres de correrias deL,ltimahorae de procrastin'loma-lvola.

    "Ultimato" n 167

    ABORTO: RESPONDENDO A ALGUTh1AS~UESTES

    "-

    Com uma perseveranadigna demelhorcausa,algumasfeministaseseus movimentosvm-se batendoagressivamentea favordo abortoou

    de sua legalizao,comoum direitoda mulher.

    Dizem algumas:- "Isso umproblemanosso,poisgravidez uma

  • : J das naesmodernas,--~.21

    ebidos!"

    ie Deus no que des-:~:ehora da noite esta-2m que o Filho do Ho-

    :::' o sabor de surpresa:.: :'aem que no cuidais"~-::I. Isto bastantesau-:-:--.sntmo discpulo de::~'Xlede contnua vigi-. c, de sobreaviso,apero?-

    c :,0. Ao mesmo1'empo-- 2~'as suas atividades':.:,lares,o que seria um

    -:arbolascontidas em: ' ::.5 .30, lanam muitac,,o',:nto.A parbola do-: mau salienta a obri-- em fidelidade, a des-. :ssvel demora.A pa---irgensmostra :1 De-

    ::--.sr preparado,em OT-estardocumentado.A

    "e':1tos revela a impor-, c :l:o de cada um. dei Jns e as oportunida-

    ::e Deus. Esta atitude:-'::::fim e sem inteTva-

    :':nsitode Deus e h- ~:'::isnormalmenteen-

    . --::-2S de correrias deprocrastinaoma-

    "Ultimato" n 167

    '\LGUMAS

    como um direito

    - "Isso um:is gravidez uma

    coisaque atingea mulher e s a mu-lher. Ento, aceitar ou no ficargrvida uma questoque ns quetemosde resolver. Ningum pode semeter nisso."

    Vai a um sofisma que predsodesmascararsem d nem piedade,porque ele envolve e comprometedireitos inalienveisde terceiros.Pri-meiro, nenhuma mulher se engravi-da a si mesma, sem a colaboraode um parceiro. Mesmo quando setrata de inseminao artificial -sempre se requer o outro. E, nes+ecaso,alm do parceirobiolgico,ain-da est presenteo mdico,o cientis-ta, o bilogo.Mas o estadode gravi-dez no atinge o parceiro apenasnosentidobiolgico.O homemest lon-ge de ser apenasum orga