igreja lusitana católica apostólica evangélica comunhão ... · o texto de mateus para este...
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Nº 95 - junho / 2017
Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica Comunhão Anglicana
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04 - Presbítero Carlos - Coleta do Bom Pastor
11 - Presbítero Carlos
18 - Bispo Fernando
25 - Presbítero Carlos
PRESIDÊNCIA
DOS CULTOS
Senhor Criador de todas as coisas: vimos à Tua presença para suplicar ajuda para os que sofrem de doenças do corpo ou da mente. Sabemos que as enfermidades favorecem momen-tos de reflexão e de uma maior apro-ximação de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio. Mas apelamos para a tua misericórdia e pedimos que estendas a Tua mão sobre os que se encontram doentes, e que faças a sua fé e confiança brotarem fortes nos seus corações. Amém.
OREMOS PELOS
DOENTES
02 – Rui Pedro Soares
07 – Fernando Miguel Neves
08 – Luís Gomes
11 – Joana Grifo
17 – Telmo Fernando Silva
19 – Jorge Henrique Fernandes
19 – Eduarda Arbiol
19 – Andreia Gonçalves
22 – Maria Emília Silva
25 – Maria Irene Arbiol
PARABÉNS!
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DIA
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O que se passou no
Dia de Pentecostes
está apenas narrado
no livro dos Actos
dos Apóstolos. Dos
quatro evangelistas,
o que mais referên-
cia faz ao Espírito
Santo é S. João, embora use por vezes apenas a palavra Espírito ou
Espírito de Verdade.
Por isso as leituras do Dia de Pentecostes incluem sempre os Actos dos
Apóstolos sendo o Evangelho escolhido da narrativa de S. João. Este
ano, o nosso calendário litúrgico indica-nos o encontro de Jesus com os
seus discípulos, após a sua ressurreição, na tarde do primeiro dia da
semana. Depois de ter saudado os seus discípulos e de lhes mostrar as
mãos e o peito, Jesus transmitiu-lhes um mandato: Assim como o Pai
me enviou, também eu vos envio.
De seguida, Jesus soprou sobre os discípulos e disse: recebam o Espíri-
to Santo. Mas este sopro não foi compreendido por todos. Somente
João se refere a ele ao apresentar-nos o encontro de Jesus com os seus
discípulos. Todos os outros evangelistas omitiram o sopro, provavel-
mente por não o terem compreendido. E porque não o compreenderam
cada um dos discípulos foi para as suas tarefas do quotidiano.
Apesar de ocupados com as tarefas quotidianas, os discípulos criaram o
hábito de se reunirem no primeiro dia da semana. E no dia da Festa do
Pentecostes, que coincide com o primeiro dia da semana, estavam
todos reunidos no mesmo lugar. De repente ouviu-se um barulho vindo
do céu e apareceram uma espécie de línguas de fogo que desceram
sobre cada um deles. Lucas diz-nos que os discípulos, com este sinal
visível, ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras
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línguas. A multidão ficou maravilhada e perguntavam uns aos outros: estes
homens não são todos da Galileia?
Alguns, porém, começaram a fazer troça dos discípulos comentando que esta-
riam bêbados. Foi então que Pedro levantando-se fez o seu primeiro sermão
baseando-se no livro do profeta Joel e dando depois o seu testemunho de
Jesus.
Celebrar a Festa do Pentecostes é celebrar uma festa do presente. O Espírito
Santo derramado pelos discípulos transformou-os em testemunhas da ressur-
reição de Jesus. Por isso, todos os que aceitam a fé cristã devem orar pedindo
a Deus que derrame o Espírito Santo para lhes dar as energias necessárias
para ser também testemunha da ressurreição.
Carlos Duarte, Presbítero
O texto de Mateus para este Domingo fala-nos da ida dos onze discípulos
para a Galileia, após a Ressurreição de Jesus, de acordo com o que Ele disse-
ra às mulheres que o encontraram ressuscitado junto do seu ex-túmulo. De
notar que essa visão de Jesus ressuscitado aprece nos textos bíblicos enuncia-
do de modo diferente: como tendo ocorrido face aos seus discípulos e face a
cerca de 500 pessoas. Embora pareça contraditória, me interrogo se não
somos nós que nos equivocamos quando pensamos nos seus discípulos como
os onze apóstolos. Afinal de contas, as mulheres a quem Ele apareceu eram
também suas discípulas e em várias partes dos livros do Novo Testamento há
relatos de milhares de pessoas que seguiam Jesus. Nada nos impede então de
pensar que de facto os onze apóstolos faziam parte dessas 500 pessoas a
quem Jesus ressuscitado apareceu e com eles falou. Isso me parece reforçado
de as Suas palavras terem sido de instigar os seus discípulos a divulgar a Boa
Nova. Ainda que tivessem sido os apóstolos aqueles que receberam o Espírito
Santo, a responsabilidade da pregação é de qualquer dos convertidos por eles,
DOMINGO DA TRINDADE 11 DE JUNHO
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ou seja, todos nós. E que devemos
pregar? 1 Que Jesus derrotou a
morte ressuscitando; 2- Que o amor
de Jesus pela humanidade não aca-
bou pois continua connosco (e com
cada um de nós) até ao final dos
tempos.
Clara Oliveira
O texto evangélico que a Igreja nos propõe neste dia muito cristãos quase que
conhecem de cor. Mas por vezes, nem sempre aquilo que conhecemos de cor
é o que mais sentimos ou é aquilo pelo qual mais refletimos. A passagem é
curta, apenas cinco versículos, mas convém determo-nos um pouco em casa
um.
Jo, 15,12: “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os
amei.”. Este é o principal propósito da vinda de Jesus: transmitir o sentimento
do amor à humanidade, em oposição ao anterior sentimento do “olho por olho
e dente por dente”. O amor é base de toda a boa relação com o outro, em opo-
sição à guerra e ao ódio. Todos nós sabemos que onde existe amor, não
entram sentimentos de maior pobreza de espírito.
Jo, 15,13: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos
seus amigos.” Jesus ensina-nos ainda que o expoente máximo do amor é amar
tanto os outros ao ponto de, se necessário, oferecermos a nossa vida por eles.
Ele próprio é exemplo disso, quando deu a sua vida para redenção da huma-
nidade e muitos outros mártires se lhe seguiram, oferecendo a sua vida por
amor ao próprio Jesus, o qual não aceitaram negar.
Jo, 15,14-15: “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno. Já não
os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez
S. BARNABÉ, APÓSTOLO 12 DE JUNHO
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disso, eu os tenho chamado amigos,
porque tudo o que ouvi de meu Pai
eu tornei conhecido a vocês.” Jesus
considera também que o amigo ouve
o seu amigo. Segue os seus conse-
lhos, principalmente se o seu amigo
for influente, demonstrar imparciali-
dade e se inspirar em bons valores. Jesus quer demonstrar aos seus “amigos”
que os ensinamentos e conselhos que lhes dá vêm do alto, vêm do Pai e ape-
nas Ele conhece o Pai e sabe quais as Suas intenções. Por isso, se os seus
amigos querem ir ao Pai, se querem conhecer o Pai, então devem seguir os
Seus conselhos e devem seguir os seus preceitos de amor.
Jo, 15,16-17: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e
darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai conceda a vocês o que
pedirem em meu nome. Este é o meu mandamento: amem-se uns aos outros.”
Jesus afirma ainda que foi Ele quem escolheu os seus amigos, porque sabia
que do trabalho evangélico daqueles amigos iria sair muito fruto. Por isso os
enviou, para proclamarem por todo o mundo a boa nova da salvação em Seu
nome, com base no amor uns dos outros e amando também esse mundo. E
como aos discípulos, a nós também nos envia e nos fala constantemente.
Cabe-nos criar as condições para que o possamos escutar.
Neste dia, a Igreja Lusitana, recorda ainda São Barnabé, um dos primeiros
profetas e professores da igreja em Antioquia (Atos 13:1). Lucas fala dele
como um "bom homem" (Atos 11:24). Ele nasceu de pais judeus, da tribo de
Levi. Sua tia era mãe de João Marcos (Colossenses 4:10), amplamente reco-
nhecido como o autor do Evangelho de Marcos.
Barnabé era natural de Chipre, onde possuía terras (Atos 4:36-37), que ven-
deu, doando o dinheiro para a igreja em Jerusalém. Quando Paulo regressou a
Jerusalém, depois de sua conversão, Barnabé o levou até os apóstolos (Atos
9:27). A prosperidade da igreja em Antioquia levou os apóstolos e irmãos em
Jerusalém a enviar Barnabé para lá a fim de supervisioná-la. Ele achou o tra-
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balho tão extenso e pesado que foi para Tarso em busca de Paulo para ajudá-
lo. Paulo retornou com ele para Antioquia e trabalhou com ele durante um
ano inteiro (Atos 11:25-26). No final deste período, os dois foram enviados
até Jerusalém (A.D. 44) com as contribuições que a igreja de Antioquia havia
feito para os membros mais pobres da igreja de Jerusalém (Atos 11:28-30).
Rafael Coelho,adaptado de pt.wikipedia.org
Jesus, sendo Mestre, definiu-se a si mesmo com muitas comparações. Eu sou:
a Porta, a água vida, a videira, o
caminho, a verdade, a vida…etc. Mas
há uma comparação que também será
repetida, além dos ensinos à multi-
dão, também nas recomendações da
Última Ceia: o Pão. Companheiros
significa aqueles com quem come-
mos o pão (com pane) e pão significa
alimento indispensável à vida – não é preciso comida de luxo. Os ensinos são
para todos, mas aprofundar o sentido é antes de mais para os apóstolos. Por
vezes os ouvintes são obrigados a pensar, mas outras vezes, para evitar dúvi-
das tudo é explicado ao pormenor mais profundo e inesperado.
Para muitos judeus o pão milagroso era o maná, que Moisés fizera descer do
céu. Não entenderam que isso era alimento para o corpo e mais importante
seria a noção de alimento para a alma. Só esse tem consequências para a eter-
nidade. O outro alimento é útil apenas para os anos de vida na terra…
Jesus ao preparar esta noção, de alimento novo para os doze, na última refei-
ção no Cenáculo, estava a comparar com o seu sangue, isto é o amor que
sofre pelos outros. É a morte (e Ressurreição) que dá vida. Não é só pão em
comum, é também comungar das mesmas ideias, da mesma doutrina, das
INSTITUIÇÃO DA SAGRADA COMUNHÃO - 15 DE JUNHO
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mesmas ações, dos mesmos perigos, da mesma Fé, da mesma coragem, do
mesmo auxílio. Comer a mesma carne e beber o mesmo sangue não tem o
sentido “canibal”… É alimentar o próximo e não “alimentar-se dele, oprimir,
abusar”. Significa comunhão íntima, Sagrada, que através de Jesus (Oh
espanto nosso!) se torna também comunhão com o Pai.
É a partir desta nova interpretação, nova visão, que Jesus de modo paradoxal,
transforma a Páscoa Judaica, na Páscoa Cristã. Já não apenas uma celebração
de Moisés, centrada no passado, mas agora é comemoração centrada em
Jesus, e promessa de vitória futura, definitiva e gloriosa. A conversa simples
foi inovadora e teve sentido profético. Tudo devemos centrar em Jesus, pois o
extraordinário é que Ele tudo fez centrando em nós a sua missão.
Um ponto importante, para terminar. O Batismo público de Jesus foi o início
do seu trabalho. A Última Ceia e os ensinos a ela associados são o fim da sua
missão. Daí serem considerados sacramentos. Toda uma missão, sem falhas.
Jorge Barros, Pastor
“E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgar-
rados e errantes, como ovelhas que não têm pastor.”
Para podermos meditar sobre este texto de Mateus, não é muito justo esque-
cermos que tudo começa no versículo 34. Estas palavras de Jesus são uma
resposta tranquila e calma aos provocadores do farisaísmo, e à velha arma da
difamação: “talvez afinal Ele seja mais demónio que os demónios, e com a
colaboração deles faz o que faz…”. Esta ofensa faz com que Jesus apresente
a origem do seu “programa” de compaixão. À compaixão profissional dos
fariseus, o Senhor da Verdadeira Compaixão, contrapõem uma compaixão
verdadeira porque necessária. Uma compaixão que não se pode ler nos
manuais, nem nos catecismos piedosos, que ultrapassa a própria Lei, e todas
11º DOMINGO COMUM - 18 DE JUNHO
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as leis, e que tem
o seu fundamento
mais profundo na
ansiedade huma-
na. Com Cristo
nasce a compai-
xão que surge da
observação direta
da realidade e
não da teoria.
Hoje Ele lê no grande livro da vida das multidões, aquilo que elas necessita-
vam. Não foi preciso que alguém o obrigasse a olhar para realidade para que
Ele a dominasse de frente e sem medo. Mateus, propõe-nos este Cristo num
caminho de coragem, e este correr em todas as direções para cidades e
aldeias numa espécie de missão urgente de anúncio de um Reino, que estando
por outros anunciado lá para o fim de todas as coisas, Ele nos quer dizer que
está já entre nós. Hoje é-nos anunciado um Reino onde começam todas as
coisas. Repetimos, o Reino que Cristo traz consigo do ventre de Deus é o
Reino do agora, do já, do aqui; um Reino que teve o seu anúncio mais real
numa das mais belas palavras do Senhor na Cruz: “Hoje mesmo estarás comi-
go no Paraíso”. Hoje !!! Ao olhar para as multidões, Cristo entende o que nós
não percebemos…achamos que estamos bem, achamos que temos tudo, que
nada necessitamos, que temos as chaves e abrimos e fechamos, que somos
nós que curamos as enfermidades dos outros, que expulsamos os demónios
dos outros, que limpamos a lepra dos outros, que ressuscitamos os mortos dos
outros, que expulsamos os demónios dos outros, como se pudéssemos fazer
isso tudo por nós próprios, com poderes estranhos, supra-humanos e assim
sermos muito bem considerados pelos humildes, pelos pobres e pelos que se
sentem nas mãos dos poderosos de toda a espécie e pelos que têm medo de
tudo e de todos. Fazendo um esforço para curar os outros e fazendo de conta
que não se trata de nós mesmos, como se tudo fosse piedosamente para os
outros e nada nos dissesse respeito. Por causa destas palavras de Jesus, quan-
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tos se têm apresentado ao mundo como se fossem os novos Messias?! Mas
nunca, nunca, podemos ignorar o mais realista das palavras do Senhor, é que
podemos fazer o que quer que seja, até estas coisas extraordinárias e milagres
inexplicáveis, mas não podemos esquecer que enquanto não formos levados
desta vida até diante d`Ele não passamos de uma multidão desgarrada e
errante à procura do caminho e não passaremos de um povo na constante pro-
cura do seu pastor! Diz-me Senhor que nos aceitas hoje no Teu Reino, e a
mim desgarrado e perdido à Tua procura, ajuda-me proclamar de graça e o
que de graça me foi anunciado: que já chegou o teu Reino. Amen.
José Manuel Cerqueira, Pastor
A festa do nascimento de João Batista leva-nos a pensar no amor proveniente
de Deus e na importância das suas preparações para o acolhermos devida-
mente e com fruto. Deus prepara o nascimento de João quando um anjo anun-
cia a Zacarias que a sua mulher, idosa e estéril, vai ter um filho, cujo nasci-
mento alegrará a muitos, inesperadamente, o nome da criança não é Zacarias,
mas João, cujo significado é “Deus faz graça”, João é enviado a preparar os
caminhos do Senhor, o “ano de graça” do Senhor, a vinda de Jesus, como o
agricultor prepara o terreno antes de lhe lançar a semente, assim Deus prepara
os tempos e os corações para receberem os seus dons. É por isso que have-
mos de viver vigilantes, de estar
atentos à ação de Deus em nós e nos
outros, para a sabermos discernir no
meio dos acontecimentos humanos e
nas mais variadas situações da nossa
vida. João ajuda-nos a estarmos
atentos a Jesus e ao que Ele quer
fazer em nós e no nosso mundo.
João acreditou e indicou Jesus aos
NATIVIDADE DE S. JOÃO BAPTISTA - 24 DE JUNHO
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que o seguiam: “depois de mim, virá alguém maior do que eu…”.
Por todas estas razões, a festa de hoje é um dia de alegria para a Igreja. E,
todavia, João foi um profeta austero, que pregou a penitência com uma lin-
guagem pouco amável: “Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera
que está para vir? Produzi, pois, frutos dignos de conversão e não vos iludais
a vós mesmos, dizendo: “Temos por pai a Abraão!” (Mt 3, 7-8). O profeta
exortava a uma penitência que se torna alegria, alegria da purificação, alegria
da vinda do Senhor.
A missão de João Batista é, de certo modo, a missão de todo o crente, prepa-
rar a vinda do Senhor, o que é mais do que simplesmente anunciar. É preciso
colocarmos ao serviço de Jesus não só as nossas palavras, mas também a nos-
sa vida enquanto seres conscientes do nosso pecado.
Jorge Filipe Fernandes, adaptado de www.dehonianos.org
Jesus começa por afirmar, aos seus discípulos: “Não tenhais medo dos
homens!”
É uma afirmação que continua a fazer o maior sentido nos dias de hoje. Parti-
cularmente a nós como seus discípulos, em que assistimos a um sem número
de provocações por parte daqueles que nos querem assustar e que nos querem
fazer desacreditar na possibilidade de vivermos num mundo cheio de paz e de
amor.
O que somos chamados a fazer, é a confiar. Uma confiança que vem de Jesus
e da sua presença, em nós. Nós não seremos apóstolos, nem testemunhas do
evangelho, se não formos capazes de viver, antes mais, na certeza da presen-
ça do Cristo Ressuscitado entre nós. Este é o anúncio que somos chamados a
fazer, o anúncio da sua Ressurreição!
E por isso o medo vai-se dissipando, porque é a mensagem da Ressurreição
que ilumina a nossa própria vida. Nós não temos medo porque Jesus está con-
nosco! Às vezes, é o facto de anunciarmos Jesus que nos dá uma consciência
12º DOMINGO COMUM - 25 DE JUNHO
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mais viva da sua presença em nós. Outras
vezes, é mais a convicção da sua presença
de Ressuscitado entre nós que, depois de a
meditarmos e orarmos, nos dá força e âni-
mo para O anunciarmos.
Mas, quer numa situação, quer em outra, a
realidade que vivemos e não podemos
deixar de manifestar é sempre a mesma,
que é a vitória de Jesus Cristo sobre a
morte, a Boa Nova de Evangelho! Quanto
mais experimentamos na nossa vida esta
Ressurreição de Cristo, melhor e mais facilmente a comunicamos sem medo.
Jesus Cristo venceu a morte! A sua vida ressuscitada e ressuscitadora, a efu-
são do seu Espírito, nunca mais acaba! “Não temais os que matam o corpo,
mas que não podem matar a alma.” Estas palavras são, mais uma vez, pala-
vras que ecoam e ressoam na vida e na experiência vivida, não só pelas pri-
meiras comunidades cristãs, como também por nós, hoje em dia.
As duas afirmações aqui transcritas, uma no início, outra no fim, são verda-
des muito grandes que é bom lembrar e celebrar!
Pedro Fernandes
A Igreja celebra Pedro e Paulo no mesmo dia porque trabalharam na unidade
da fé e na diversidade de modalidades. A sua força apostólica estava na fé em
Jesus. Pedro e Paulo não se diferem pelo apego à tradição ou inovação, mas
pelo campo. Ambos têm a tradição que preserva e a inovação que assume
caminhos novos. Ambos vivem da fé.
Ambos sofrem por causa do Evangelho. Herodes prende Pedro, e Paulo está
preso em Roma com a consciência de ter combatido o bom combate e guar-
S. PEDRO E S. PAULO, APÓSTOLOS - 29 DE JUNHO
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dado e fé. Ambos sabem que o Senhor
esteve sempre com eles.
O ensinamento desta festa é a abertura à
tradição e o acolhimento da novidade
para ser fiel. Eles são colunas da Igreja,
mas também dão rumos. Há tendência
de voltar à tradição pela tradição ou ir à
novidade pela novidade.
Celebrando S. Pedro e S. Paulo, cele-
bramos a ação de Deus em Jesus para implantar o seu Reino no mundo. Pedro
e Paulo implantaram a Igreja de Deus em dois mundos diferentes, o mundo
judeu e o mundo pagão. Missão diferente, mas o mesmo fim. Diferente é o
modo de compreender a fé. Isso enriquece. O judaísmo tende ao ritualismo; o
paganismo tende a um modo mais livre de vida. A Igreja enriquece-se com
esses dois modos de entender.
Eles fundam-se na fé. Pedro e Paulo vivem Jesus. Mesmo passando na boca
do leão, foram salvos e preservados. Deram a vida por Jesus. Eles falavam
alto para todos ouvirem, e tinham o que dizer sobre Deus. E eu? E tu? O que
temos feito no que toca a nossa fé em Deus?
Pai: consolida a minha fé, a exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo que, no
meio das provações, souberam dar testemunho consumado de adesão a Jesus.
José Manuel Santos, adaptado
O Livro de Deuteronómio
Autor: Moisés escreveu o livro de Deuteronómio, e este é na verdade uma
coleção dos seus sermões a Israel pouco antes de atravessarem o Jordão.
“Estas são as palavras que Moisés...” (1:1). Outra pessoa (possivelmente
Josué) talvez tenha escrito o último capítulo.
LER A BÍBLIA
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Quando foi escrito: Estes sermões foram proferidos durante o período de 40
dias antes de Israel entrar na Terra Prometida. O primeiro sermão foi proferi-
do no primeiro dia do décimo primeiro mês (1:3), e os israelitas atravessaram
o Jordão 70 dias depois, no décimo dia do primeiro mês (Josué 4:19). Sub-
traia 30 dias de luto após a morte de Moisés (Deuteronómio 34:8) e sobram
40 dias. O ano era 1410 A.C.
Propósito: Uma nova geração de israelitas estava prestes a entrar na Terra
Prometida. Esta multidão não tinha experimentado o milagre no Mar Verme-
lho ou escutado a Lei que foi dada no Sinai, e estavam prestes a entrar numa
nova terra. O livro de Deuteronómio foi dado para lembrá-los da Lei de Deus
e do Seu poder.
Versículos-chave: “Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem dimi-
nuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus,
que eu vos mando” (Deuteronómio 4:2).
“Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o
SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as
tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as
ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te e levantando-te” (Deuteronómio 6:4-7).
“Disse-lhes: Aplicai o vosso coração a todas as palavras que hoje testifico
entre vós, para que as recomendeis a vossos filhos, para que tenham cuidado
de cumprir todas as palavras desta lei. Porque esta palavra não vos é vã, antes
é a vossa vida; e por esta mesma palavra prolongareis os dias na terra a qual,
passando o Jordão, ides a possuir” (Deuteronómio 32:46-47).
Resumo: Os Israelitas devem lembrar-se de quatro coisas: a fidelidade de
Deus, a santidade de Deus, as bênçãos de Deus e as advertências de Deus.
Os três primeiros capítulos recapitulam a viagem desde a saída do Egito até à
sua localização atual, Moabe. O Capítulo 4 é um chamado à obediência, a ser
fiel ao Deus que lhes foi fiel. Os Capítulos 5 a 26 são uma repetição da lei.
Os dez mandamentos, assim como leis sobre sacrifícios e dias especiais e o
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resto da lei são dados à nova geração. Bênçãos são prometidas aos que obe-
decem (5:29; 6:17-19, 11:13-15) e fome é prometida àqueles que infringem a
lei (11:16-17). O tema de bênção e maldição continua nos capítulos 27-30.
Esta parte do livro termina com uma escolha bem definida que é apresentada
a Israel: “... te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição” . O
desejo de Deus para o Seu povo encontra-se no que Ele recomenda: “escolhe
pois a vida” (30:19). Nos capítulos finais, Moisés exorta o povo; comissiona
aquele que irá substituí-lo, Josué; regista uma canção e dá a bênção final a
cada uma das tribos de Israel. O Capítulo 34 relata as circunstâncias da morte
de Moisés. Ele subiu ao cume de Pisga, onde o Senhor mostrou-lhe a Terra
Prometida na qual que ele não poderia entrar. Aos 120 anos, mas ainda com
boa visão e força da juventude, Moisés morreu na presença do Senhor. O
livro de Deuteronómio termina com um curto obituário sobre este grande pro-
feta.
PEREGRINO
Nesta edição, cabe à nossa irmã, em Cristo, Maria Aurora (Mirora), partilhar
o seu parecer e o seu sentimento, no que diz respeito à sua
participação nesta iniciativa.
Comecei a assistir ao estudo do 1º Livro com muito agrado
e ainda assisti a uma sessão do 2º Livro. Interrompi, por-
que adoeci e só regressei há pouco tempo. Terei de voltar a
faltar para o fim do tratamento.
Entretanto, tenho estado a ler os Livros que não li, junta-
mente com os meus Amigos e Colegas de Curso (Maria Emília, Maria João,
Serafim, Maria Isabel, José Henrique e Pedro Miguel).
Porém, o resultado, para mim, não é o mesmo…ficarei menos esclarecida…
mas com mais saúde.
O QUE ACONTECEU…!
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Mas, em S. Paulo aos Romanos 8 28, lê-se “Ora nós sabemos que, aos que
amam a Deus, todas as coisas lhes contribuem para o seu bem…
Bem-haja a todos que por mim rezaram e desejaram a minha saúde.
Vossa irmã em Jesus Cristo.
Maria Aurora Fernandes
BAZAR
No primeiro sábado de Maio, mais propriamente dia 6, aconteceu, como é
hábito há já muitos anos, o Bazar da Primavera da nossa Paróquia.
Foi um momento de grande
partilha, convivência e cheio
da presença do Espírito Santo,
com a visita de cerca de 90
pessoas, entre crianças,
jovens e adultos, de diversas
paróquias da Igreja Lusitana,
do Arciprestado do Norte, que
nos deram o prazer e a honra
da sua visita.
Um dos momentos altos foi o sorteio de uma Ceia de Cristo, da autoria da
nossa irmã em Cristo, Berta Cardoso, sendo a feliz comtemplada a nossa
irmã, na Fé, Maria Aurora.
É uma atividade de vital importância para a angariação de fundos, que permi-
ta o desenvolvimento do trabalho da nossa comunidade na prossecução da
Missão da paróquia, em particular, e da Igreja, em geral.
“Quem sou eu e quem é o meu povo, para te podermos oferecer todas estas
coisas? Pois é de ti que tudo vem e nada te poderíamos oferecer, se não nos
viesse das tuas mãos.” (1Crónicas 29,14)
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FESTA DO DIA DA MÃE
Este ano, como não podia dei-
xar de ser, a nossa Escola
Dominical teve a sua interven-
ção na homenagem às mães no
domingo 7 de maio.
De facto, quisemos fazer algo
inovador mas adaptado à idade
das nossas crianças visto que,
na sua maioria, são bastante pequenas.
Representamos diversos momentos da vida de uma mãe com o seu filho, des-
de a gravidez até ao final da vida académica do filho.
Para demonstrarmos a continuação dessas gerações, exemplificamos, com
várias famílias inseridas na nossa comunidade que são exemplo disso, todo o
percurso de relação de uma mãe com os seus filhos até à separação física.
Por fim, queremos agradecer a quem tornou tudo isto possível. Ao Zé Manel
com a música; à D. Mirora e ao Zé Henrique, à D. Carolina e ao António Sil-
va, à Rosa Maria e à Graça Ferreira e à Maria da Graça, pela participação
destes neste momento especial. Aos nossos jovens que tanto se empenharam
para que tudo corresse bem e, principalmente, a todas as mães.
Um Feliz Dia da Mãe!
Mariana Cunha - Escola Dominical Paróquia do Redentor
25.º ANIVERSÁRIO DMIL
No passado fim-de-semana de 20 e 21 de Maio, o DMIL comemorou o seu
25.º Aniversário de existência.
A direção do DMIL levou a cabo um programa diversificado que preencheu o
dia de sábado e o domingo até à hora de almoço, sob o tema: “Mulheres tes-
temunhas de Jesus”. Foi um tempo muito bem vivido e participado, que con-
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tou com a presença de cerca de 35
pessoas, vindas do Arciprestado do
Sul.
As atividades decorreram na Paró-
quia do Bom Pastor, em Vila Nova
de Gaia. A nossa paróquia esteve
representada pelo seu Pároco e,
segundo o que o RR conseguiu apu-
rar, pelas nossas irmãs, em Cristo,
Isabel Silva, Margarida Teixeira, Margarida Barbosa, Maria da Graça e Tere-
sa Fernandes e pelas jovens Beatriz e Mariana.
O RR aproveita a ocasião para felicitar o DMIL e faz votos para que este
departamento continue a dar, por muitos e bons anos, um testemunho claro e
importantíssimo de Jesus.
“Mulher exemplar não é fácil de encontrar; ela vale muito mais que as
joias!” (Provérbios 31,10)
Dia 1 a 3 Novena de Oração – “Venha o Teu Reino” – Tempo de Oração e Evangelização
Dia 3 11h às 17h – Encontro de Oração, Louvor e Convívio
Lisboa – Catedral de S. Paulo
Dia 4 10h - Escola Dominical
10h - Encontro de Reflexão Bíblica
11h - Culto Eucarístico (Coleta do Bom Pastor, distribuição mealheiros)
Dia 7, 14, 21, 28 Oração da Manhã – Torne – 9h
JUNHO - AGENDA PAROQUIAL E DIOCESANA
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Dia 9 21h - Peregrino (Grupo Jovem)
Dia 11 10h - Escola Dominical
11h - Culto Eucarístico
Dia 15 13h - Gincana Bíblica da Escola Dominical – “Caminhar c/ Jesus” – Parque de S. Roque
Dia 16 21h - Peregrino
Dia 17 15h - Abertura Loja Social c/ Oração breve da Tarde
17h - Peregrino
Dia 18 10h - Escola Dominical
11h - Culto Eucarístico
Dia 25 10h - Escola Dominical (Fim do Ano Letivo)
10h - Encontro de Reflexão Bíblica
11h - Culto Eucarístico
Uma nota final
De há alguns meses a esta parte, o RR tem o gosto de ter acrescentado à sua
“fileira de colaboradores permanentes” o Pastor Jorge Barros e o Irmão em
Cristo, Rafael Coelho. Nesta edição de junho, mais dois colaboradores se jun-
tam ao grupo: o Pastor José Manuel Cerqueira e a Escola Dominical do
Redentor.
Fica assim composto, por agora, o grupo de colaboradores permanentes do
RR: Carlos Duarte, Clara Oliveira, Escola Dominical do Redentor, Jorge
Filipe Fernandes, José Manuel Cerqueira, José Manuel Santos, Jorge Bar-
ros, Pedro Fernandes e Rafael Coelho.
O RR agradece a disponibilidade de todos, e roga a Deus que o trabalho de
cada um para a concretização deste jornal seja para Seu Louvor e Honra e
para divulgação da Sua Palavra.
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ACTIVIDADES REGULARES DA PARÓQUIA
Templo - Rua Visconde de Bóbeda
Área social - Rua Barão de S. Cosme, 223
Cultos Dominicais - 11 horas
Escola Dominical - 2 classes (crianças e jovens) - Domingos, 10 horas
Loja Social - 3º sábado de cada mês - 15h
Propriedade: Paróquia do Redentor ♦ Equipa Redatorial: Jorge Filipe Fernandes, José Manuel Santos,
Pedro Miguel Fernandes ♦ Redação: Rua Barão de S. Cosme, 223 4000-503 PORTO ♦ Periodicidade:
Mensal ♦ Contactos: www.paroquiaredentor.org; [email protected]; [email protected]
♦ O conteúdo dos diferentes artigos deste Boletim é da responsabilidade dos seus autores, e não
representa necessariamente a posição da Paróquia do Redentor ou da Igreja Lusitana.
ÚLT
IMA P
AG
INA
Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada
no Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos
do Espírito Santo.
O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava
como uma tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre
o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que
transforma o que toca. João Batista, que “caminha diante do Senhor
com o espírito e o poder de Elias” (Lc 1,17), anuncia o Cristo como
aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16),
esse Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à terra, e quanto
desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49).
É sob a forma de línguas “que se diriam de fogo”, que o Espírito Santo
pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si. A
tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais
expressivos da ação do Espírito Santo. “Não extingais o Espírito” (1Ts
5,19).