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IGREJA EVANGÉLICA BATISTA DE VIRADOURO Pr. José Antônio Corrêa OS GRANDES DESAFIOS DA IGREJA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

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IGREJA EVANGÉLICA BATISTA DE VIRADOURO Pr. José Antônio Corrêa

OS GRANDES DESAFIOS

DA IGREJA

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

OS GRANDES DESAFIOS DA IGREJA

Extraído: http://www.jesuscristovive.net

LIÇÃO 1 – CUMPRINDO AS BEM AVENTURANÇAS, MT 5.1-12

INTRODUÇÃO: Um dos grandes desafios da Igreja é o cumprimento das bem-aventuranças, ensinadas por Jesus

Cristo, pois é pela sua prática que os cristãos farão valer a diferença entre os que servem a Deus e os que não o

servem, entre a luz e as trevas.

I – ELAS CORRESPONDEM AO ENSINO DE JESUS NO MONTE – (VV 1,2)

O Sermão do Monte está entre os ensinos de Jesus mais conhecidos, porém, o menos compreendido e pouco

obedecido. Apesar de o texto básico abranger apenas os doze primeiros versículos do capítulo cinco, queremos

discorrer abreviadamente sobre o sermão até o capítulo 7.29, para que tenhamos uma visão mais ampla do significado

das bem-aventuranças.

1. O público alvo dos ensinos de Jesus no monte – "Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se,

aproximaram-se dele os seus discípulos" – O Mestre se dirige aos seus seguidores, pois quer que eles sejam e façam o

que ensina. Na sua doutrina está contido o dever do arrependimento, da transformação mental e da retidão, elementos

essenciais do Reino de Deus. Muitos estudiosos das Escrituras relacionam este acontecimento com o que ocorreu no

Monte Sinai. Sendo assim, o texto chave é: "Não vos assemelheis, pois, a eles" (Mt 6.8), que nos faz lembrar de Lv

18.3: "Não fareis segundo as obras da terra do Egito". Da mesma forma como a lei de Moisés traçava um contraste

entre o povo de Deus e as nações pagãs, assim, o sermão do monte contrasta o comportamento do cristão com o do

não cristão.

2. A importância dos ensinos de Jesus no monte – "... e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:" – A relevância dos

ensinos de Jesus no monte para a vida moderna, pode ser notada quando analisamos o seu conteúdo:

• O caráter cristão (Mt 5.3-12) – Mostra-nos que a felicidade do cristão é em decorrência da prática destes ensinos em

relação a Deus e aos homens;

• A influência do cristão (Mt 5.13-16) – Pela comparação com o sal e a luz podemos entender que o cristão deve

exercer forte influência sobre a sociedade corrompida;

• A justiça do cristão (Mt 5.17-48) – A grandeza do reino de Deus se mede pela conformidade com os ensinamentos

morais da Lei e dos profetas, os quais Jesus veio cumprir;

• A piedade do cristão (Mt 6.1-18) – Esta deve sobressair pela verdade e sinceridade dos filhos de Deus;

• A ambição do cristão (Mt 6.19-34) – A nossa nova ambição deve ser buscar a glória de Deus, despojando-nos da

nossa própria;

• Os relacionamentos do cristão (Mt 7.1-20) – Novos relacionamentos surgem e os antigos são modificados, quando

nos relacionamos adequadamente com o Senhor;

• Uma dedicação cristã (Mt 7.21-29) – Melhor que chamar Jesus de Senhor é cuidarmos no que dizemos e no que

fazemos.

II – ELAS SÃO A PRÁTICA CRISTÃ NA TERRA – (VV 3-12)

As bem-aventuranças descrevem o caráter equilibrado e diversificado do povo cristão. Assim como o fruto do Espírito

Santo deve se expressar no caráter cristão, as bem-aventuranças devem permear toda a sua conduta diária:

1. "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus" (v 3) – A palavra pobre significa,

literalmente, passar necessidades materiais. No entanto, a pessoa pobre, muitas vezes não tinha em quem confiar a não

ser em Deus, por isso, o termo pobreza recebeu, gradualmente, forma espiritual, adquirindo a ideia de humildade e

dependência de Deus (Sl 34.6). O "pobre de espírito" é aquele que reconhece a própria falência diante de Deus,

merecedor da ira e do juízo divinos. Nada a oferecer, nada a reivindicar, nada com que comprar o favor dos céus. No

entanto, são ricos por que o reino lhes pertence.

2. "Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados" (v 4) – É um interessante paradoxo: "Felizes

os tristes". É a tristeza do arrependimento que produz alegria (At 15.3). Exatamente o contrário daqueles que vivem

uma alegria, por causa de motivos mundanos. "Ai de vós que agora rides!" (Lc 6.25). O salmista chorava porque os

homens desprezavam a lei do Senhor (Sl 119.136). Paulo chorava por causa dos perturbadores do evangelho (Fp 3.18).

Na glória seremos consolados, pois o pecado não mais existirá e, Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima (Ap

7.17).

3. "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (v 5) – O significado de manso é uma pessoa

"gentil", "atenciosa", "cortês". Sabemos que é relativamente fácil ser honesto diante de Deus e se reconhecer pecador

diante Dele. No entanto, como é difícil permitir que alguém diga uma cousa dessas de nós. Segundo o Dr. Lloyde-

Jones, "A mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na

conduta para com os outros". Embora os mansos sejam despojados e privados dos seus direitos pelos homens, são eles

que reinarão com Cristo e possuirão a terra (Sl 37.11).

4. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos" (v 6) – A justiça tem pelo

menos três aspectos nas Escrituras:

1) – Legal – É a justificação, um relacionamento correto com Deus. Os Judeus buscaram a lei da justiça e não

alcançaram. Procuraram estabelecer a sua própria justiça e não se sujeitaram à que vem de Deus por meio de Jesus

Cristo (Rm 9.30-33; 10.1-4).

2) – A justiça moral – É a justiça de caráter e de conduta que agrada a Deus (Jó 1.1).

3) – A justiça social – Refere-se à busca por meio da libertação do homem da opressão, promoção dos direitos civis,

da justa aplicação da lei nos tribunais, da integridade nos negócios e nos relacionamentos familiares.

5. "Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (v 7) – A misericórdia e

compaixão pelo semelhante, sempre envolve dor, miséria e desespero em consequência do pecado. Jesus não

especificou os tipos de pessoas a quem devemos exercer misericórdia, pois Deus é misericordioso para com todos.

Portanto, como seus filhos, devemos fazer o mesmo (Mt 5.45; Lc 6.36). Felizes os que exercem misericórdia, pois

Deus os tratará assim também.

6. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus" (v 8) – Refere-se a uma pureza interior. A

mesma solicitada por Davi, após cometer pecado (Sl 51.6,7). Jesus questionou a "pureza" dos fariseus porque era

apenas exterior (Lc 11.39). Uma pureza de coração adequada é descrita no Salmo 24.4: "Aquele que é limpo de mãos

e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente". No nosso relacionamento com

Deus e com os homens, devemos estar livres de falsidade, demonstrando uma vida transparente. Somente os puros de

coração verão a Deus (Sl 15.1,2).

7. "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus" (v 9) – Os seguidores de

Jesus devem ser pacificadores, no que tange à Igreja e à sociedade. Jamais devemos ser responsáveis por conflitos. O

cristão deve buscar a paz e segui-la (Hb 12.14; 1Pe 3.11), e sempre que for possível tela com todos os homens (Rm

12.18). Os pacificadores serão chamados filhos de Deus, pois se empenharam em fazer o mesmo que o seu Pai celeste

fez (Cl 1.20). Por fim, o discípulo de Jesus entrará na glória confiante porque a sua tristeza momentânea dará lugar a

uma grande alegria, pelo fato de ter sido perseguido por causa da justiça divina (v 10). A sua felicidade justificará o

tempo suportado em injúria, perseguição e mentiras por causa do nome de Jesus Cristo (v 11). Jesus então diz:

"Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram

antes de vós" (v 12).

CONCLUSÃO: A felicidade do cristão não está em possuir coisas nem em ser um vencedor neste mundo. Pelo

contrário, perderá muitas vezes, para conquistar algo superior. Felizes são os que cumprem os mandamentos do

Senhor, que sabem estabelecer a diferença entre os filhos de Deus e os filhos da ira vindoura. Os bem-aventurados

possuirão o Reino dos céus, serão consolados, herdarão a terra, serão fartos, alcançarão misericórdia, verão a Deus,

serão chamados filhos de Deus, receberão grande galardão nos céus.

LIÇÃO 2 – COMPROMETENDO-SE COM MISSÕES – “HÁ FOME NA TERRA”, MT 14.13-24

INTRODUÇÃO: O cristão não vive sozinho, num vácuo. Ele é membro da raça humana, criado por Deus e

regenerado por Cristo. Por isso, deve informar-se da realidade de um mundo carente de Deus. O

panorama das necessidades mundiais é gigantesco. O nosso objetivo ao escrever esta lição é conhecer alguns aspectos

da situação mundial, para que sintamos o impacto das necessidades urgentes e venhamos a agir em termos

práticos. Entendemos que quando estudamos um tema deste nível: "Comprometendo-se com missões: Há fome na

terra!", não podemos fazê-lo sem considerar os desafios que a humanidade apresenta. Mt 14.14, nos ensina o seguinte:

"E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela curou os seus

enfermos". Como igreja, precisamos chegar a uma perspectiva realista dos acontecimentos importantes que ocorrem

hoje em nossa volta. Sabemos que não somente a fome física se multiplicou de uma maneira devastadora em todas as

partes do globo, mas, também, a fome espiritual cresce a cada dia numa grande escala, em todas as partes da terra.

Então vejamos:

I – MISSÕES É UMA CONTINUAÇÃO DA OBRA DE CRISTO

"Jesus, porém lhes disse: Não e mister que vão, dai-lhes vos de comer" - Mt 14.16 - De acordo com o texto, os

discípulos tinham três grandes desafios a vencer naquele momento: A escassez de alimento, insuficiência de recursos e

a multidão faminta no meio do deserto. Examinando as escrituras, vemos que tanto nos dias de Jesus, como no tempo

presente, as necessidades espirituais da humanidade são as mesmas. Jesus não nos chamou somente para estar com ele

desfrutando da sua presença, mas também, para ir a todos os povos e nações da terra para anunciar o arrependimento e

a remissão de pecados em seu nome (Lc 24.47; Jo. 17,18).

1. A situação do mundo nos dias atuais (Mc 16.15) – Existem 6,5 bilhões de habitantes sobre a terra, dos quais dois

bilhões não têm acesso a um testemunho efetivo do evangelho. Existe um lugar onde vive uma grande concentração

de grupos étnicos, essa região é chamada janela 10/40. Se traçarmos no mapa mundial uma linha 40 graus acima do

norte do Equador, e traçarmos outra linha 10 graus abaixo do norte, encontraremos uma janela que abarca 60 países.

Ali vivem os mais pobres da terra; a área menos evangelizada, onde existe o menor número de missionários. É onde se

encontra um bilhão de mulçumanos; 938 milhões secularistas, 820 milhões hindus, 400 milhões budistas, 383 milhões

maoístas, 176 milhões de grupos étnicos tribais animistas. Nestas regiões tão resistentes a pregação do evangelho, é

onde a Bíblia tem sido menos traduzida. Das 6.858 línguas faladas no mundo somente 366 línguas têm a Bíblia inteira

traduzida, 928 tem o NT, 918 apenas porções do NT, 4.646 línguas não têm a Bíblia traduzida. Sem sombra de dúvida,

o crescimento de falsas religiões e a escassez da Palavra de Deus é uma grande evidencia da fome espiritual que reina

em nossos dias.

2. A fome dentro do contexto Bíblico - Quando falamos de fome, não falamos de algo que seja desconhecido.

Em Gn. 12.10, encontramos a primeira menção bíblica sobre o tema. O povo de Deus, no AT, enfrentou situações

extremas por falta de alimentos, que foram produzidas por conflitos políticos (2Reis 6.24,25), ou juízo divino por

causa da desobediência do seu povo (Jr 14,15; 38.9), manifestando autoridade sobre a natureza (Sl. 105.16). A

igreja primitiva também enfrentou as dificuldades da fome, de maneira que os que tinham mais recursos, socorriam os

irmãos pobres da Judéia (At 11.28). Hoje, em todos os lugares onde o evangelho está sendo

anunciado, enfrentamos diariamente os mesmo desafios.

3. A fome dentro do panorama mundial - Segundo os dados da ONU, a fome tornou-se um problema de

grande abrangência em todas as nações. A cada dia 100 mil pessoas morrem por falta de alimento. A cada sete

segundos, morre uma criança de fome. Em 2002, 840 milhões de pessoas morreram de fome. Quase 800 milhões de

homens, mulheres e crianças de todo o mundo sofre de desnutrição aguda e crônica. Na Ásia, 70% de sua população

morre de fome. O Continente Africano, conhecido como o mais pobre do mundo, vive em total miséria, tendo

40% de seus habitantes em completo desespero por insuficiência de alimento. Diante de todos

estes acontecimentos, sem sombra de dúvida, a responsabilidade da igreja do Senhor, não é menor que dos discípulos

no passado.

II – MISSÕES É UM DESAFIO CADA VEZ MAIOR, (Mt 15.32-39)

Coxos, cegos, mudos, aleijados, e muitos outros que foram colocados aos seus pés eram pessoas com necessidades

específicas que exerciam um trabalho exaustivo e demorado, tanto que eles ficaram três dias com o Senhor e os seus

discípulos no deserto. Realmente é surpreendente a pergunta que os discípulos fizeram a Jesus, depois de haver

participado de um trabalho de tal magnitude. Como puderam esquecer tão rápido a primeira multiplicação. Nesta

segunda multiplicação, embora tendo mais recursos, com sete pães e alguns peixes, não tiveram a visão de trazê-los a

Jesus para serem multiplicados. Infelizmente em muitos lugares esta mesma realidade se aplica literalmente a

Igreja dos últimos dias.

1- A Igreja, agência missionária de Deus na terra (Ef 3.10) - No livro de Atos, nos capítulos 1-13, onde a história

está registrada encontramos uma verdadeira explosão evangelística, tendo Antioquia como quartel general, que

evangelizava, implantava igrejas, formava e enviavam obreiros. Este é o padrão de Deus, e o seu eterno propósito.

Nada deteve a marcha dos seus servos no passado: Perseguição, provas, falta de recursos. Hoje todos os povos da terra

estão famintos à espera da palavra de Deus, no entanto, a igreja está agindo exatamente como os discípulos cuja única

preocupação é saber de onde virão os recursos, ao invés de fazer uso deles.

2. A Igreja deve permanecer fiel no cumprimento de sua missão (At 9.31) - Edificada por Cristo (Mt 16.18),

nada na terra é mais valioso e importante para Deus que a sua santa igreja. Ele entregou o seu próprio filho, que na

sua morte pagou um alto preço por ela (Ef 5.26,27). Jesus reuniu a igreja e lhe deu todos os recursos para continuar

a obra que ele iniciou (Ef 4.11,12 e 1Co 12.28).

3. O êxito da Igreja depende da obediência e fidelidade de seus membros - Como corpo de Cristo e seus membros

em particular, um dia cada um de nós prestaremos contas ao Senhor. Em Mt 25.14,15, vemos como é grande nossa

responsabilidade. O talento da parábola representa nossos dons, aptidões, recursos, tempo e oportunidade para servir

ao Senhor e expandir seu reino. Os talentos que Jesus nos confiou são para que possamos administrá-los fielmente até

que ele venha.

III – MISSÕES É O DESAFIO FINAL - Mt 14.19

Humanamente falando, quando analisamos Mt 14.16, a incumbência que os discípulos receberam de alimentar a

multidão faminta, parecia uma missão impossível. Por outro lado, aprendemos aqui que, em Jesus, encontramos o

programa completo de Deus para alimentar os famintos (Jo 6.33). As nossas limitações humanas ou financeiras, não

vão impedir jamais a realização da obra de Deus e o empreendimento missionário.

1. O instrumento de Deus para alcançar os perdidos (Jo. 4.35) - É provável que os primeiros discípulos nem

conhecessem a palavra estratégia. No entanto, vemos que nos três anos de convivência com Jesus, aprenderam que,

para alcançar os perdidos, era preciso ir para o lugar certo e na hora certa. No deserto, às margens do mar da Galileia,

foi que tiveram o privilégio de servir pela segunda vez a 4 mil homens fora mulheres e crianças. Este é o plano

missionário de Deus que deve ser o enfoque de nossa vida cristã (Jo 15.16).

2. Uma tarefa inacabada (Rm 10.13-15) - O que devemos fazer diante de uma responsabilidade tão grande? Qual é o

nosso papel para que o reino de Deus possa ser estabelecido nas 100 tribos brasileiras que não têm a Bíblia traduzida

na sua própria língua? Nós que somos membros ativos de uma igreja, o que podemos fazer para que a grande

comissão seja cumprida e os povos da Ásia, América latina, África e Oceania, ouçam a Palavra de Deus? O trabalho

missionário não é responsabilidade de um departamento da igreja. Na multiplicação dos pães, Jesus não delegou o

trabalho somente a um discípulo. Repartir o pão exigia a participação e a cooperação de todos. De outra maneira, seria

impossível alimentar a multidão. A evangelização do mundo não poderá jamais ser feita se não vivermos e seguirmos

os mesmo princípios.

3. Os resultados da nossa missão (Mt 14.19) - Graças a Deus, a história de missões no passado e no presente está

repleta de heroísmo e ousadia. A presença constante de Jesus em nossas vidas é a garantia da nossa vitória (Mt 28.19).

Sabemos que o trabalho missionário exige renúncia e uma entrega incondicional ao Senhor. Louvamos a Deus pela

vida de muitos nas igrejas que têm respondido positivamente ao "Ide" de Jesus, preparando, enviando e sustentado

homens e mulheres que Deus tem chamado para lançar a foice em mais de 2 bilhões de hastes de trigo, que estão

maduros para a colheita e que um dia estará diante do Trono do Cordeiro (Ap 5.9; 7.9).

CONCLUSÃO: Quero terminar esta lição fazendo algumas perguntas, sabendo que certamente não obterei as

respostas imediatamente. Porém, o meu desejo é que cada um de nós possamos refletir antes de qualquer resposta. O

que nos reserva o amanhã? Que diremos do nosso futuro como igreja? Será que continuaremos preparando,

sustentando e enviando mais missionários? Como serão os programas das juntas de missões, agências e organizações

missionárias neste século? Será que missões não passará de mais um modismo religioso? Sabemos, com certeza, que

independente da resposta que tivermos como igreja o espírito missionário de Deus continuará fluindo da sua natureza

sublime. Seu amor e misericórdia reinarão universalmente. Assim como Jesus usou os discípulos para alimentar a

multidão no deserto e proveu aos missionários através dos séculos, igualmente ele nos capacitará, a mim e a você, para

que façamos parte significativa da historia de missões do nosso tempo.

LIÇÃO 3 – RESPONDENDO A CHAMADA DO SENHOR, AT 13.1-5; 16.9-10

INTRODUÇÃO: Os planos de Deus são eternos e o Senhor decidiu nos envolver na tarefa de proclamação do

evangelho às nações. Cabe à Igreja, conscientemente, cumprir a missão de Cristo na terra e motivar aos que já estão no

campo e a outros a atenderem a chamada. A negligência nesta área tem sido um dos grandes obstáculos para o avanço

do evangelho até aos confins da terra.

I – A QUEM O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA?

1. Aos salvos - É importantíssimo que seja o requisito primário daqueles que estão sendo chamados para obra

missionária. Estes devem ter uma experiência do novo nascimento, já que uma das grandes necessidades da obra

missionária é a evangelização do mundo. Como convidarão outros a fazerem parte do reino celeste se não têm esta

convicção? (Jo 3.3). Os salvos jamais dirão não ao chamado do Senhor (At 9.15,16; 16.9,10).

2. Aos servos - Todo cristão, antes de receber o chamado, já deve ser prático e disponível para servir na igreja local,

servindo aos irmãos. Muitos se tornam missionários quando estão fazendo o curso de missões, outros quando entram

no avião, mas ser servo é uma vida prática que não se acaba enquanto estivermos nesta terra. Conheço muitos que são

chamados, mas não são servos. O maior exemplo de servo é Jesus Cristo (Fp. 2.6-8). O servo está mais relacionado

com seu caráter do que com seu carisma. É cheio do Espírito Santo para trabalhar (At. 6.3), e cheio do fruto do

Espírito (Gl. 5.22). Muitos têm carisma, mas não são servos na seara do Mestre, usam seus dons mais para se

projetarem do que para servirem ao Rei dos reis. Na igreja de Antioquia havia um grupo de obreiros que serviam ao

Senhor: "E, servindo eles ao Senhor" (At.13.2). Esta ação está antes da chamada para o campo transcultural que o

Espírito Santo fez a Paulo e Barnabé, que serviram sem pensar em recompensa do homem, e sim por gratidão por tudo

que Jesus fizera (1Co 15.58).

3. Toda a Igreja - É verdade que nem todos irão ao campo, mas todos devem estar conscientes da chamada de Deus

para ser "sal" e "luz" para as nações (Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta chamada é para levar o evangelho até aos confins da

terra. Como uma igreja pode atender ao chamado do Senhor? Sendo obediente em orar, preparar, enviar e sustentar

aos que estão sendo chamados para irem aos campos (At 13.3). Em Rm 10.15, está bem clara a responsabilidade da

igreja em atender ao seu chamado: "Como pregarão se não forem enviados?...". Quando a igreja prepara, envia e

sustenta o missionário, cumpre o chamado de Deus. Muitas igrejas continuam insensíveis. Imagine se Paulo e

Barnabé, na hora de serem enviados, encontrassem obstáculos por parte da igreja para saírem? Temos mais de 160 mil

igrejas evangélicas no Brasil, e podemos dizer que a maioria não tem atendido ao chamado do Senhor às nações (Mc.

16.15). Muitos crentes acham que o chamado é somente para aqueles que estão indo ao campo. Nunca se envolvem

com o chamado orando, apoiando e contribuindo (Fp. 4.14 -18). Se você não faz parte desta chamada, reveja os

subtópicos 1 e 2, acima (Veja também At. 4.31-35).

II - COMO O SENHOR CHAMA PARA A SUA OBRA

1. Pela sua Palavra - A maneira mais segura que temos de provar nossa chamada é por meio da palavra de Deus,

embora Ele também fale de várias maneiras: Sonho, visão (At. 16.9), profecia, nos cultos missionários etc. Todo

crente, em primeiro lugar, deve ler a Bíblia para ter vida, e depois para ensinar e pregar. Quando olhamos a ordem de

Jesus em Mc. 16.15, como nos sentimos? Creio que o chamado deve começar por este sentimento de compromisso

pela Palavra de Deus, já que o nosso sentimento muitas vezes é vulnerável e pode logo se apagar com as lutas,

projetos e provas do dia a dia. Aquele que está obedecendo ao chamado do Senhor deve colocar em primeiro plano o

reino de Deus (Mt. 6.33).

2. Pela nossa entrega pessoal - Por que será que faltam missionários para evangelizar as nações? Eu creio que um dos

motivos é porque poucos se oferecem para atender ao chamado. Apesar das igrejas estarem cheias e orando, não temos

visto tantos resultados satisfatórios na entrega pessoal. Veja se na sua oração você se coloca na brecha, ou coloca

outro na brecha e depois manda Deus fazer a obra dele. A oração serve para pedir a Deus que nos envolva no seu

plano. Vejo muitos obreiros almejando cargos de destaque na igreja, ou seja, amam mais a posição que o servir ao

Senhor. Isaías era um profeta de Deus e já estava envolvido no ministério, mas após sua experiência em ver a

santidade de Deus se ofereceu para uma missão que custou a sua própria vida. O texto de Isaías 6.8 diz: "Depois disto

ouvi a voz do Senhor que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" Você gostaria de escutar esta voz? Leia as

estatísticas dos países que têm menos de 5% de evangélicos e veja se você pode escutar esta voz. Depois responda:

"Eis-me aqui, envia-me a mim". Muitos dizem que foram chamados, mas até hoje estão envolvidos nos seus próprios

projetos, demonstrando desobediência à sua Palavra. Deus não aceita desculpas quando chama (Jr. 1.6-8).

3. Pelo envolvimento da igreja local - Hoje muitos vão à igreja, assistem os cultos, escutam a palavra e ao saírem,

continuam do mesmo jeito, sem se envolver com a igreja local que é o corpo de Cristo (1Co. 12.12). Do percurso de

casa à igreja passam por cima de um montão de pessoas necessitadas do evangelho, mas fazem como o sacerdote e o

levita (Lc. 10.31,32), e acham que por participar do culto já cumpriram com a obrigação. Outros ficam de igreja em

igreja dizendo que são missionários, sem produzirem frutos. Um dos grandes problemas do campo é o relacionamento

de obreiros sem caráter. A igreja local é um campo de preparação para os que atenderam à chamada para missão

transcultural. Ali pode se formar o caráter e desenvolver o ministério. Um bom obreiro se conhece pelo serviço

prestado à igreja local, além de seu preparo intelectual. Existe uma infinidade de trabalhos fora dos horários dos

cultos, tais como: Cantar nos hospitais para os doentes, pregar fora da igreja, visitar as viúvas e os fracos. Paulo fazia

parte do corpo ministerial da igreja local de Antioquia quando foi chamado para sair ao campo (At. 13.1).

III – OS PRIVILÉGIOS DE SERMOS CHAMADOS PELO SENHOR

1. Nos faz participantes do projeto de Deus - A obra do Senhor não é fruto de um pensamento humano. Deus na sua

misericórdia nos fez participantes de sua obra que já tinha em mente antes mesmo que existíssemos. Apesar de ser um

projeto majestoso e glorioso Ele nos envolveu, embora sejamos falhos e imperfeitos. Ao escrever esta lição, meu

coração se enche de gozo ao ver que faço parte deste projeto eterno de Deus, visto que os projetos humanos serão

envelhecidos ou substituídos e até esquecidos. Ele continua chamando homens e mulheres para fazerem parte deste

projeto.

2. Nos leva a viver primeiro o Reino de Deus - Os que decidiram atender o chamado de Deus deverão saber com

muita clareza que o Reino de Deus está acima de todos os reinos. Quando obedeço ao Senhor e ao seu chamado não

tem como deixar seu Reino em segundo plano. A chamada implica em perder, sacrificar e renunciar muitos benefícios

que nosso ego deseja (Lc. 14.26,27). Creio que o nosso gozo é fazer a vontade de Deus, independente das perdas que

tivermos neste mundo (Fp 4.4-6).

3. Nos torna embaixadores de Cristo - Quero começar este tópico perguntando: Você gostaria de ser um embaixador

de seu país? Posso imaginar que sim, pois esta posição é bastante cobiçada devido ao salário, a autoridade, as

vantagens, o tornar-se um homem público etc. Ser embaixador de Cristo não tem tantas vantagens neste mundo. Para

enxergar esta posição privilegiada na obra de Deus precisa-se enxergar a beleza de Cristo e de seu reino que não é

"comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). Muitas vezes seremos perseguidos,

não teremos os privilégios que este mundo tem, porém, receberemos do Senhor a recompensa. Quais são as diferenças

entre o embaixador terreno e o celestial? O primeiro, representa o governo da respectiva nação e trata dos problemas

que concernem este reino e recebe suas recompensas na terra, o segundo é representante de nosso Rei Jesus e será,

naquele dia, galardoado recebendo honra diante de Deus (1Co 3.13,14; 4.5).

CONCLUSÃO: Ainda que Deus chame pessoalmente o crente para a obra transcultural, já deveremos estar fazendo a

obra que foi designada à Igreja, quando Ele se dignar a chamar. Que sejamos obedientes como igreja, sabendo que Ele

merece toda nossa entrega. Afinal, ele nos deu o exemplo de obediência. Se você ainda não foi chamado pessoalmente

para o campo transcultural, espero que esteja cumprindo, juntamente com a sua igreja local, o seu chamado,

evangelizando sua cidade e apoiando, sustentando e orando pelos que estão indo aos confins da terra (Fp 4.14). Assim

será mais fácil atender seu chamado pessoal para o campo transcultural quando acontecer, já que não existem motivos

para justificar o não atendimento ao chamado de Deus, pois o que Ele fez por nós está acima de qualquer um dos

nossos planos nesta terra (Jo 3.16).

LIÇÃO 4 – PROVENDO AS NECESSIDADES DOS MISSIONÁRIOS, 1CO 9.4-14

INTRODUÇÃO: Para o início da reflexão sugiro uma releitura pausada e atenta das palavras do Senhor por meio do

apóstolo Paulo no texto básico desta lição, no qual o vemos clara e contundentemente, defendendo o direito dos

obreiros quanto ao seu sustento. Creio que se formos sinceros com o texto, ouvindo-o atentamente, iremos aprender

sobre este assunto. A passagem citada se aplica não somente aos missionários, mas também aos obreiros e pastores em

geral: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho" (v 14).

I – O MISSIONÁRIO É IGUAL A TODOS OS HOMENS, (Rm 3.23)

Infelizmente se criou no meio evangélico o mito de que o missionário é quase um super herói, ou no mínimo, um tipo

de pessoa especial com mais dons, mais resistência física, mental e espiritual. Diante de Deus, somos todos igualmente

indignos e pecadores. Vejo por experiência própria e também pelo meu entender das Escrituras, uma realidade até

contrária a essa ideia. A Palavra nos diz que Deus não escolheu muitos sábios, nem poderosos e nem nobres, mas sim

as coisas loucas, fracas e até as desprezíveis, as que não são para confundir os que são, pois afinal, sem sua graça,

nenhum de nós é coisa alguma. Somos fracos para que toda a glória seja somente dEle.

1. A fraqueza do missionário Moisés - Até mesmo Moisés, após ter tido um encontro com o Senhor no episódio da

"sarça ardente" e presenciado as pragas no Egito, a travessia do Mar Vermelho e visto inúmeros milagres no deserto,

teve seus momentos de fraqueza, angústia e desejo de desistir, dizendo a Deus que seu fardo era muito pesado e que

ele não tinha gerado aquele povo (Nu 11.11-15).

2. As necessidades do missionário Jesus - Jesus, nosso Supremo e Todo Poderoso Deus, na forma humana, tinha

suas necessidades. Sentiu fome, sede, dor e até angústia, porém, ao contrário de muitos, não se envergonhou de ser

mantido por mulheres.

3. A condição do missionário contemporâneo - É um ser humano e não um super-homem. Se homens como Moisés

e o Senhor Jesus demonstraram sua humanidade em períodos de suas vidas, será que com os missionários teria que ser

diferente? Amados, somos carentes? Confusos? Muitas vezes falhamos? Sim, somos simples instrumentos de barro,

que se dispõe a carregar o precioso perfume da salvação.

II – O MISSIONÁRIO JUNTAMENTE COM A SUA CASA SERVE AO SENHOR – (Js 24.15)

1. O cuidado integral do missionário - O sustento e o cuidado dispensados aos missionários, influenciarão positiva

ou negativamente as futuras gerações, dependendo do comportamento da Igreja que envia seus membros para o

campo. Já se percebe em nossos jovens os resultados negativos por causa do tratamento inadequado aos missionários.

Nossos melhores e mais capacitados jovens não estão dispostos a seguir a vocação religiosa por verem tantos

missionários que, ao final de uma vida de dedicação e serviço na obra, chegaram à velhice sem quase nenhuma

dignidade. Missões é sim uma obra de fé e dependência de Deus, porém nas Escrituras vemos Deus suprindo as

necessidades dos seus obreiros por meio do seu povo. Um exemplo disso é que apenas uma tribo foi separada para o

cuidado do templo e das coisas do Senhor, mas onze tribos foram separadas para prover as necessidades dos Levitas.

2. Seus filhos com necessidades físicas, emocionais e espirituais – Os filhos dos missionários, por extensão, são

também missionários enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais. Precisam de amigos, médicos, seguro,

etc. O aniversário do filho do missionário não deve ser diferente do aniversário das outras crianças da igreja. Precisam

de roupas e devem viver uma infância com emoção. Pense bem nisso.

III – OS QUE FORAM ENVIADOS TÊM NECESSIDADES PESSOAIS (Fp 4.18)

É necessário salientar que o missionário necessita de segurança quanto ao seu futuro (aposentadoria) e o de sua

família. O ano de 1997 foi um marco missionário no Brasil. A partir do Comibam (Congreso Misionero

Iberoamericano) em São Paulo centenas de líderes e igrejas foram despertados para a tarefa do envio de obreiros à

evangelização mundial. Agora em 2007 no Comibam – Granada, percebemos um novo enfoque no agir e pensar das

missões Latino-Americanas. Somos unânimes em reconhecer que realmente devemos enviar obreiros para alcançar o

mundo com o evangelho da salvação e da vida, porém percebemos que nossa tarefa não é somente enviá-los. Aqueles

que levam a mensagem devem receber a capacitação e cuidados adequados para que seu desempenho seja eficaz.

1. O missionário é um obreiro, portanto, digno de seu salário - Mesmo que seja por meio de um sistema ainda

inadequado como o nosso SUS, qualquer trabalhador brasileiro tem direito a aposentadoria e cuidados de saúde. Será

que aqueles que deixaram suas famílias, seu país e igrejas, obedecendo a Palavra de Deus não devem receber também

os mesmos cuidados? (Lc 18.29).

2. O missionário é como um vaso de barro - Nestas primeiras duas décadas de missões brasileiras, pudemos

observar dezenas de jovens que corajosamente se lançaram ao mundo com o coração aberto, e gastaram os melhores

anos de sua vida no serviço do mestre. Com o passar dos anos, os filhos crescem e as enfermidades aparecem. Assim,

o missionário conscientiza-se, embora um pouco tarde, que também adoece e envelhece. Deu o melhor de si, porém,

retorna como soldado ferido. É nesse momento, que mais necessita de um ombro para chorar, um médico para curar,

umas férias para descansar, pois regressou cansado e completamente fora do contexto de seu país e da sua igreja.

Porém, como demonstrar fraqueza? Como desapontar a igreja que nutre altas expectativas para a chegada do

missionário? As conferências já estão agendadas, pois muitos querem ouvir as experiências dos campos. Ninguém

imagina ver um soldado cansado ou ferido. Mas, e quando o soldado foi atingido na batalha? Se os horrores da

"guerra" afetaram sua mente de forma tão intensa que este já não consegue mais se expressar com tanta motivação e

clareza? Será que isso é possível acontecer com nossos missionários? Infelizmente, por diferentes fatores, nossa curta

história de missões brasileira tem demonstrado que sim. Voltando vitoriosos ou feridos, regressando de vez, ou de

férias, para tratamento ou reciclagem, qual deve ser o papel do povo de Deus diante de tantos desafios para que

sejamos uma Igreja missionária? Fica a reflexão: O missionário precisa da Igreja na sua retaguarda.

CONCLUSÃO: É hora de despertarmos para uma nova tomada de posição. Nós somos responsáveis pela vida

daqueles que enviamos ao campo missionário. Somos a igreja na retaguarda. Se formos negligentes, a obra sofrerá o

dano. Lembremos das necessidades básicas dos enviados para pregar o evangelho, pois fazem jus ao seu salário.

LIÇÃO 5 – TORNANDO-SE FIEL MANTENEDOR, FP 4.10-20

INTRODUÇÃO: Foi Deus quem criou o trabalho missionário e estabeleceu as devidas regras para esta atividade. Ele

escolheu uns para irem e outros para enviarem e sustentarem os que vão. Tudo pode funcionar perfeitamente bem, se

cada um cumprir com a sua responsabilidade: Quem vai deve ser fiel no desenvolver o seu trabalho e quem fica deve

ser fiel também no desempenho de suas funções. Deus se responsabiliza por aquilo que ultrapassa nossas forças e nos

capacita para fazer o que Ele quer que façamos. Paulo é um exemplo para os missionários, e a Igreja de Filipos para as

igrejas de nossos dias. Jesus em seu tempo disse: "A seara é grande e são poucos os ceifeiros". Vinte séculos depois a

situação ainda não mudou. A seara continua grande e os ceifeiros continuam poucos. Mas, a ordem de Deus continua a

mesma e Ele escolheu a Igreja para cumprir com a sua vontade.

I - O MANTENEDOR FIEL - (Fp 4.10-14)

De que maneira podemos nos manter fieis como mantenedores?

1. Fiel para com Deus (Fp 4.13) - A Igreja pode escolher ser fiel ou infiel. Diante de Deus, existem apenas estas duas

posições. Mas fiel em quê? Há muitas igrejas que ainda não entenderam o que foi ensinado na Bíblia sobre Missões. E

enquanto isto não acontecer elas continuarão infiéis. A Bíblia diz em Lucas 16.10: "Quem é fiel no mínimo, também é

fiel no muito". Logo, quem é infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos administradores dos bens

que Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia prestaremos contas de tudo o que tivermos feito e da maneira

como realizamos.

2. Fiel para com o missionário (Fp 4.10-12) - Em segundo lugar, uma igreja que é fiel à Deus será fiel para com o

missionário. Ele sai para o campo confiando em Deus e não simplesmente em sua igreja. Os valores nunca devem ser

invertidos. Mas antes de sair para o campo, existe um acordo entre a igreja e o missionário. Este compromisso é feito

no sentido de suprir suas necessidades para que ele tenha total liberdade de fazer o seu trabalho. Isto implica no

sustento em oração (espiritual), em finanças (econômico), e em demonstração de amor (psicológico). Paulo

reconheceu o que a igreja fiel de Filipos fez por ele. A Bíblia não fala das finanças oferecidas pela igreja de Antioquia

a Paulo e Barnabé, porém se supõe que ela os tenha ajudado senão eles não teriam saído para o campo. Paulo foi um

fazedor de tendas, mas recebeu também ajuda para as suas necessidades e para a obra. Muitas igrejas têm abandonado

seus missionários no campo. Quando surge alguma coisa, que supõem ser mais importante, colocam missões em

último plano. Quando isto acontece é porque a igreja perdeu o objetivo pelo qual foi criada por Deus e pelo qual

existe.

3. Fiel para com os perdidos (Fp 4.14; Rm 10.11-15) - O alvo da obra missionária é levar o Evangelho de Cristo aos

perdidos para que eles tenham a oportunidade de serem salvos. O alvo de Deus é salvar os perdidos. Jesus disse certa

vez: "Eu vim para buscar e salvar o perdido" (Lc 19.10). Porém, para que o Evangelho chegue até ao perdido, se faz

necessário que a "Grande Comissão" seja cumprida. O perdido está clamando. Será que a Igreja está escutando este

clamor? Às vezes não conseguimos atingir a visão missionária completa (Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da terra

- Rm 1.8). Hoje a Igreja poderá negligenciar sua responsabilidade, mas qual será a resposta que ela dará a Cristo? Que

desculpas teremos naquele dia?

II - A IGREJA E MISSÕES - (Fp 4.15-16)

O que acontece com as grandes e ricas igrejas em relação a missões?

1. As megas igrejas e missões - Desde os tempos antigos temos pequenas e grandes igrejas. Todas fazem parte do

Reino de Deus. Os cristãos formam o Corpo de Cristo (como ilustrado por Paulo em 1Co 12.1-27). Assim a Igreja

universal de Cristo não é uma denominação, mas o conjunto de pessoas salvas. As megas igrejas estão preocupadas

com status, aparência, sonorização, prédios, lazer etc. Se olharmos o tempo de Paulo, poderemos fazer a comparação

entre a igreja de Corinto e a de Filipos (uma mega e outra pequena, uma que contribuiu e outra que ficou inativa). A

obra missionária tem sido feita pelas pequenas igrejas e raras exceções, por algumas grandes em todo o mundo.

Assim, a maior parte do Corpo está paralisada e os perdidos continuam como ovelhas gritando com todo o vigor por

socorro, caminhando para o matadouro.

2. A visão missionária das megas igrejas – É uma visão muito curta. Não conseguem ver além deste século presente.

Têm muitos membros, muita influência e muitos recursos, mas uma pequena visão missionária. Estão acostumados a

ver o mundo com outros olhos e assim, a perspectiva de ser um missionário e de se submeter a todos os desafios

oriundos deste trabalho está fora de cogitação. Estamos vivendo uma época de sensacionalismo espiritual. É bom

termos muitas conferências missionárias, trazermos muitos missionários para visitar nossa igreja, ouvirmos sobre

todos os problemas que estão presentes no campo etc. Mas isto já não motiva mais a igreja brasileira a fazer missões,

pois após a conferência tudo é esquecido. A igreja está mais voltada para suas necessidades locais do que para a obra

missionária. Já ouvi de algumas onde aconteceram mais de 15 conferências missionárias, mas até hoje não têm nem

sequer um missionário no campo. Não investem nenhum real nos confins da terra. A visão missionária deve fazer

parte da vida do cristão, os líderes evangélicos são responsáveis por disseminar esta visão (Ez 3.16-27).

3. O investimento das megas igrejas - São os cristãos que devem administrar todas as coisas que Deus criou. Desde

o começo foi assim. No Éden, Deus colocou Adão como Seu administrador. O problema é que o homem não se

conforma com o papel de administrador e quer ser proprietário, esquecendo que ele mesmo é propriedade de Deus.

Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus administradores e espera que administrem de acordo com

a Sua vontade, ou seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas. Conheci uma igreja de muitos

recursos, que ofereceu aos obreiros celular e carro novo, custeados pela mesma. Estive lá e perguntei ao seu pastor

quantos missionários tinham no campo. Ele respondeu: Nenhum. Perguntei quanto investiam em Missões? Novamente

ele me respondeu: Nada. Ouvi o caso de outra igreja muito próspera, que nos finais de semana alugava os restaurantes

mais caros da cidade e levava todos os membros para desfrutar do que Deus lhes tinha dado. Faziam tudo isto sem

nenhuma preocupação com a obra missionária transcultural. Friso transcultural porque reconheço que trabalham bem

em Jerusalém e Judéia, mas nem chegam a sair para Samaria, e confins da terra nem pensar! Um dia tudo isto vai

findar e cada um terá que prestar contas a Deus. Sabemos muito bem o que se passou na parábola dos talentos (Mt

25.15-30).

III - A NECESSIDADE DA AGÊNCIA MISSIONÁRIA (Fp 4.17-20)

Quais as vantagens e desvantagens das agências missionárias?

1. Qual a razão pela qual surgiram as agências missionárias - Jesus disse a seus discípulos para irem por todo o

mundo e pregar o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). E assim eles o fizeram no começo seguindo a orientação do

Mestre. Foi a própria Igreja de Antioquia quem enviou Paulo e Barnabé. Depois dos primeiros tempos, a coisa

começou a piorar até que chegaram a um período chamado "Era das trevas". Já havia muitos anos que o evangelho de

Cristo estava no mundo, porém seus discípulos tinham perdido o alvo inicial. O que fazer para despertar a Igreja e

levá-la de volta às suas origens? Eles não sabiam o que fazer ou não o queriam fazer, e assim escolheram um caminho

mais fácil, considerando uma grande lista de vantagens que trariam para a Igreja local. Foi neste clima que nasceram

as agências missionárias.

2. Qual o papel das agências missionárias - Normalmente o papel das agências missionárias é de ajudar a Igreja a

desenvolver a visão e consequentemente a obra missionária. Elas podem e devem agir de diversas maneiras, a fim de

alcançarem este objetivo, podendo ser: Especialização, treinamentos, acompanhamento do trabalho, transmissão de

todas as informações necessárias à Igreja, canalização do sustento dos missionários etc. Todo este trabalho deveria ser

desempenhado pela igreja, por meio do seu departamento missionário. Ao que parece, a agência veio para ocupar este

lugar. No entanto, deveria pautar suas decisões de acordo com a Igreja, o que na realidade não acontece, pois ela ficou

responsável por enviar o candidato à agência, assim como o seu sustento. Desta forma, não tem nenhuma ação direta

no campo missionário, pelo contrário, tornou-se um departamento das agências.

Muitas vezes temos um trabalho deficiente, pois até mesmo na formação do missionário pela agência, falta o trabalho

conjunto, visto que a igreja nem sempre envia os melhores e nem na hora certa. Para muitos, basta uma profecia e

como o campo está tão necessitado, enviam o missionário o mais rápido possível. Infelizmente nem sempre este

missionário está preparado para ir ao campo, ainda tem muito que vencer: No caráter, testemunho cristão e

conhecimento bíblico. O resultado é uma catástrofe que prejudica o campo, o missionário, a igreja e a agência. Por

outro lado, o acompanhamento e ajuda ao missionário é deficiente, pois a Igreja espera que a agência faça alguma

coisa e vice-versa.

3. As agências e a visão missionária da Igreja - A visão é o leme que pode conduzir o barco. Assim, sem visão

missionária é impossível fazer a obra. A igreja deve buscar sua visão missionária em Deus e em Sua Palavra, podendo

desenvolvê-la de várias maneiras. Enquanto não enxergar a agência como uma intermediária entre ela e o campo, esta

visão não se desenvolverá como deve, pois acaba abdicando de todos os seus deveres e responsabilidades em favor da

Agência. Se olharmos para o mundo em que vivemos, podemos descobrir quanta ignorância ainda temos a respeito do

trabalho missionário. Quantas igrejas não conhecem nem mesmo as estatísticas mundiais a respeito do evangelho? Por

que elas não fazem isto? Porque pensam que isto é problema das Agências. Se olharmos para a visão missionária de

nossas igrejas, decadente a cada dia e pela quantidade de agências que cada dia aumenta, vamos começar a abrir mais

os nossos olhos. As agências já não conseguem motivar a visão missionária na igreja como deveriam.

CONCLUSÃO: A proposição de Jesus é: "Vem e vê" (Jo 1.39; Jo 1.46). Se você vir, ninguém poderá mudar esta

realidade e nem eliminar o impacto que isto te causará, e nos outros por meio de você. Creio que cada Igreja deveria

ser uma agência. Não basta vermos os erros, é preciso saber como corrigi-los. Precisamos voltar à genuína visão

missionária, cujo interesse principal é a salvação de almas. Que missões seja algo mais que um prédio, um sonho, uma

conferência etc. Nós morreremos, mas missões continuarão. O que será feito pelos outros amanhã, vai depender do

que fizermos hoje. Sejamos conscientes disto e deixemos uma herança missionária mais promissora para aqueles que

nos substituirão um dia.

LIÇÃO 6 – AJUDANDO NA EXPANSÃO DO REINO DE DEUS, MT 5.13-16

INTRODUÇÃO: O propósito da Igreja é levar Jesus, aonde Ele não foi anunciado até os limites de toda terra, a fim

de alcançar um povo que o adore de verdade e para sempre (Rm 15.20-21). Alcançando este fim seremos vitoriosos. A

igreja é o exército de Deus e cada crente é um soldado comissionado por Cristo, inserido e continuamente treinado

para esta grande luta: Contribuindo (dízimos e ofertas), intercedendo (orando e jejuando), discipulando,

evangelizando. Assim a "expansão" do Reino se dá, não porque o Reino de Deus precise aumentar, pois tudo e todas

as coisas já estão sob o domínio do Senhor. Ele já é o Soberano. Mas pelas Suas misericórdias e justiça ele quer que de

todos os lugares tenham a oportunidade de conhecê-lo e servi-lo, Portanto, estudemos aqui como devemos marchar

para esta conquista.

I – MARCHANDO COMO O SAL DA TERRA (Mt 5.13)

Assim como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam conter sal (Lv 2.13), também hoje, devemos "salgar" a terra,

levando Jesus a todos os povos, línguas e nações, a fim de salvá-los (Ap. 7.9).

1. Uma marcha purificadora – "Os judeus chamavam a Lei de sal da terra" (G. Klock). Jesus chama a Igreja de "sal

da terra". Isto significa que temos o Espírito Santo e somos o agente purificador de cada povo, em todos os

continentes. Mas o que temos pedido ao Senhor para purificar: somente a nós mesmos? O Senhor quer que sejamos

abençoadores e Ele quer que peçamos corajosamente: "Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os confins da

terra por tua possessão" (Sl 2.8). Outra questão é: Até onde queremos ir? Será que é possível a um sal salgar somente a

superfície, ou seja, se eu tenho salgado apenas a superfície, sou eu um sal? Está escrito: "Pede-me" e "Ide". Depois de

pedirmos, devemos ir e conquistar.

2. Uma marcha coordenada – Para onde estamos marchando? Não marchamos para sermos vistos e aplaudidos,

Estamos marchando a marcha da conquista, onde provavelmente passaremos despercebidos, porém Deus nos

contemplará. Estamos em uma marcha para fora da igreja, para a família, o vizinho, o bairro, a cidade, o país, enfim,

toda terra. Mas não um após o outro, e sim coordenadamente. Para isso, a igreja é estruturada em departamentos. Deus

distribui dons espirituais para o serviço (1Co 12.4-11). Uns vão e outros ficam, mas cada qual com a sua função e

todos dentro da mesma missão! Por isso a Igreja é comparada a um corpo, pois agimos coordenadamente para um

mesmo fim (1Co 12.20).

II – MARCHANDO COMO A LUZ DO MUNDO (Mt 5.14-15)

"Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia" (1Ts 5.5a). Costumeiramente, o mal busca momento oportuno

para agir, e ele o faz à noite, em oculto, mas para nós que renascemos em Cristo, a noite é passada, andemos como de

dia, sempre, pois onde há luz, não há treva alguma.

1. Uma marcha que ilumina – No princípio "disse Deus: Haja luz" (Gn 1.4a). Deus quis começar toda a criação a

partir da luz. A "luz" foi também prerrogativa para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus 4.16,17a, está

escrito figuradamente: "O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na

região e sombra da morte a luz raiou...". Jesus é a luz, a Igreja também. Abstenha-se de toda a aparência do mal. Ande

como sábio, vigilante, consciente de que é filho da luz, porque ela tudo manifesta. Seja como um frasco cheio de

azeite, pois assim manter-se-á aceso. Portanto, "... enchei-vos do Espírito Santo" (Ef 5.18). Mantendo a luz sempre

acesa "dá luz a todos que estão na casa" (Mt 5.14). O alcance do seu brilho vai além das fronteiras, para alguém que

anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no vício, em pecado, sozinho. Deixe a tua luz brilhar para que "... anuncieis

as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2.9b).

2. Uma marcha "calorosa" – A luz transmite não somente brilho, mas também calor. Talvez, hoje, o que as pessoas

mais precisam seja deste calor santo, humano, puro e sincero, cheio de toda benignidade e afetividade, pois para os

que estão longe a Igreja é como uma estrela a brilhar (Fp 2.15) e todos percebem a sua beleza. Porém, aos que estão

perto devemos ser calorosos e afetuosos, sem malícia. O "cego" pode não ver a sua luz, entretanto pode sentir o seu

calor à sua proximidade. Que tipo de tratamento temos oferecido aos nossos irmãos e ao próximo? Um trato cheio de

amor, alegria, paz, longanimidade...? (Gl 5.22). A nossa marcha vai até os confins de toda terra, mas deve penetrar até

os limites da alma e do espírito humano, pois é uma marcha de amor ao próximo!

III – MARCHANDO POR MEIO DAS BOAS OBRAS (Mt 5.16)

"Bendizei ao Senhor, todas as suas obras..." (Sl 103.22a). Pode-se avançar, a cada dia, por meio das ações e

testemunho de vida. Na verdade, as obras são o "marketing", a propaganda da verdadeira fé.

1. Uma marcha que frutifica – Não importa o tamanho ou a quantidade de obras que se faça, mas sim, que estas

correspondam àquilo que o Senhor depositou em nossas mãos, pois se formos fiéis Ele colocará mais e mais sob a

nossa responsabilidade, mas se não, ele tirará (Mt 25.20-21; 24-28). Contudo, já está na hora de começarmos a sonhar,

buscar, planejar e executar obras maiores (Jo 14.12). Convém destacar que obra é algo real, não fictício e nem

aferível. Obra significa "ação". Em outras palavras obrar é servir. Jesus atraia multidões porque realizava muitas obras

e estando diante delas, plantava a semente (Mt 4.24,25; 5.1-2). A boa obra deve gerar bons frutos, como uma boa

figueira deve frutificar (Mt 7.17). Não podemos nos contentar apenas com algumas vistosas folhas e belas flores, isto é

muito perigoso (Mc 11.12-14, 20-21). O Apóstolo em 2Pe 1.5-8 nos dá um grande ensinamento para que não sejamos

inativos (ociosos) e nem infrutuosos (estéreis).

2. Uma marcha de louvor – Atualmente há inúmeras organizações que cuidam dos excluídos, dos doentes e dos

necessitados, mas no íntimo a preocupação é ter uma boa imagem diante do povo. Mas a igreja deve realizar boas

obras para honra, glória e louvor a Deus. Na verdade, o próprio serviço é um ato de louvor que gera frutos, pois os

beneficiados "veem" o fluir de Deus em meio a obra e glorificam-no. São impactados o suficiente para reconhecerem o

quanto o Senhor é real e digno de toda adoração e também passam a servi-lo. Ou seja, através da vida da igreja, os

pecadores reconhecerão o verdadeiro Deus e o engrandecerão, o exaltarão por tudo aquilo que Ele tem e é! "Nisto é

glorificado o meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos" (Jo 15.8).

CONCLUSÃO: Enquanto marchamos para a vitória, glorificamos a Deus que sempre cuida de nós. "... tudo o que o

homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). O resultado da ajuda, ou serviço que frutifica, será a benção do Senhor!

O favor de Deus será derramado em nossas vidas e de nossas famílias abundantemente. Tenha fé, amor e alegria ao

ajudar e você obterá a grande recompensa da Graça de Deus: Bênçãos espirituais e temporais. "Buscai, antes, o Reino

de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Lc 12.31).

LIÇÃO 7 – COMBATENDO A DECADÊNCIA MORAL, EF 5.8-17

INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, a decadência moral tem crescido assustadoramente em nossa sociedade e no meio

de nossas famílias. A insubmissão, a falta de respeito, o egoísmo, a trapaça, a prostituição, a sensualidade e tantos

outros costumes que estão fora do padrão moral bíblico começam a dominar nossos lares. É preciso retomar os

princípios estabelecidos pela palavra e combater tais evidências. Em Efésios 5.1 somos admoestados a sermos

imitadores de Deus. No entanto, para imitá-lo temos que andar com Ele e conhecê-lo. O próprio Jesus declara que

erramos por não conhecermos as escrituras (Mt. 22.29) e nem o poder de Deus (Mc 12.24; 27).

I - COMBATENDO A IMORALIDADE

A passagem de Gl 5.19-21 descreve bem como se encontra decadente nosso país, nossas famílias, nosso local de

trabalho, nossa justiça etc. A TV prega uma liberdade desenfreada: Homossexualismo, sensualidade, troca de casais,

prostituição, falta de respeito, o início da vida sexual cada vez mais cedo e sem qualquer compromisso, como se fosse

algo muito natural. Novos padrões morais vão sendo incorporados a essa nova geração que não se preocupa com a

moralidade e os bons costumes. A justiça corrompida e ameaçada se rende a oferta vantajosa. Como combater a

imoralidade?

1. Andando como filhos da luz (Ef 5.8b) – Para esta caminhada é necessária uma conduta que reflete retidão,

compartilhando da natureza de Cristo na "plenitude de Deus" (Ef 3.19) e consiste em participar da sua natureza moral

(Mt 5.48). Como filhos de Deus, é inconcebível pronunciarmos conversas torpes que são vistas como conduta

vergonhosa e tão pouco de palavras vãs que são as piadinhas indecentes nas quais a imoralidade se torna uma espécie

de humor negro. "... pelo contrário, ações de graças..." (Ef 5.4). Em nossas conversas, devemos bendizer e louvar a

Deus, a fim de que nossos irmãos em Cristo, amigos, vizinhos e familiares sejam edificados. Vivendo um evangelho

autêntico, atrairemos muitos para Cristo, refletindo assim o testemunho sincero do crente em Jesus.

2. Praticando o fruto do Espírito – O fruto do Espírito entra em oposição com a situação que atinge a todas as áreas

sociais. A prática desse fruto afasta do crente toda ação do maligno, quando exerço caridade contagio com amor de

Cristo os perdidos, quando manifesto o gozo do Senhor mostro ao mundo que é possível uma verdadeira alegria sem

maquiá-la com as obras da carne. A cada fruto exercido alcançamos qualidades do próprio Pai, como justiça,

santidade, amor etc.

II - COMBATENDO AS OBRAS INFRUTUOSAS DAS TREVAS

1. Com a palavra de Deus (1Co 5.13) - Quando o crente não reprova as obras da carne citadas em Gálatas 5.19-21,

silenciosamente as aprova e isso de certo modo é comunhão com o mal. Devemos combater as obras da carne

veementemente, deixando a luz do Espírito brilhar em bondade e verdade, a fim de demonstrar o que são as obras

infrutuosas das trevas. Devendo manter bom senso ao falar de certos assuntos, evitando descrevê-los com detalhes. A

maneira mais eficaz do crente combater tais obras é viver a Palavra de Deus demonstrando assim seu testemunho e

caráter irrepreensível (2Tm 4.2).

2. Condenando e denunciando suas obras – "Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz,

porque a luz tudo manifesta" (v 13). O crente ataca o terreno das trevas com as "armas da luz". "... os praticantes

dessas obras são levados a ver quão odiosa é a natureza real de tais coisas; portanto tudo quanto é desvendado, em

suas cores autênticas, deixa de ser secreto e passa a pertencer à natureza da luz". (Salmond) A maneira mais correta

e coerente de se tratar com os praticantes das trevas é mostrar com amor, a luz por meio da Palavra de Deus, para que

a salvação penetre em seus corações. De acordo com Jo 1.4-12, aqueles que recebem a Jesus são iluminados por Ele,

tornando-se participantes de Sua natureza, aptos para habitar no reino da luz.

III - COMBATENDO COM PRUDÊNCIA - (V 15)

1. Usando bem cada oportunidade (vs 16). Nos tempos apostólicos, o conceito de remir o tempo, ou seja, aproveitar

as oportunidades era ainda mais importante porque se pensava que a "parousia", ou o segundo advento de Cristo,

aconteceria a qualquer momento. Devemos pensar como os irmãos da igreja primitiva e usar as oportunidades para

falar da boa mensagem de Cristo, seja em um negócio a ser fechado, na repartição pública, na escola ou mesmo em

casa, considerando cada momento precioso para proclamação do evangelho. Quando falamos em levar as novas de

Cristo, queremos enfatizar que é com a vida, atitudes e testemunho cristão, aproveitando todos os momentos para

semearmos o bem. (Ec 11.2).

2. Cumprindo a vontade do Senhor. "... mas entendei qual seja a vontade do Senhor" (v 17) - Nesta passagem o

crente deve caracterizar-se por um pleno conhecimento espiritual, por entendimento e sabedoria, de modo, a saber,

qual é a vontade de Deus. Rm 12.2 "... mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento..." Quanta

sabedoria nestas palavras sagradas! Só é possível conhecer a perfeita vontade de Deus se buscar a renovação da

natureza moral, rejeitando a corrupção do velho homem (Ef 4.23,24). A vontade de Deus é um princípio que a tudo

inclui e aplica-se a todos os aspectos da vida. "... a graça de Deus se manifestou... educando-nos para que, renegadas a

impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século sensata, justa e piedosamente" (Tt 2.11,12).

CONCLUSÃO: A degradação da sociedade atual não serve como modelo e nem tão pouco como desculpa para o

relaxamento de nossa parte, ou para consentirmos em rebaixar nossos padrões morais, e sim, de motivo para

mantermos imaculado o ideal cristão, com tal intensidade que o mundo, ao olhar para nós, veja a luz do Senhor brilhar

em nossos atos, atitudes e relacionamentos.

LIÇÃO 8 – COMBATENDO AS POTESTADES DO MAL, EF 6.10-20

INTRODUÇÃO: Efésios 6 é um capítulo da Bíblia pouco estudado, ou estudado superficialmente. No entanto, é um

dos textos mais abrangentes e claros no que se refere às potestades do mal. Queremos, nesta oportunidade, lembrar a

Igreja deste importante tema, e aproveitar para conscientizar a todos os alunos da EBD do perigo que é dar as costas a

este cruel inimigo chamado diabo.

I – DEVEMOS CONHECER OS CONFLITOS CRISTÃOS

Todos os cristãos terão que enfrentar muitos conflitos para não permanecerem no pecado (Hb 12.4), e continuarem de

pé. Quanto a isto, vejamos algumas recomendações de Paulo:

1. Para vencer estes conflitos precisamos de um poder especial – "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no

Senhor e na força do seu poder" (v. 10) - Após expor a grandeza do propósito de Deus em Cristo Jesus, nos capítulos

anteriores, Paulo diz: "No demais...", e passa a esclarecer que o cristão deve viver um novo padrão, tanto para a vida

pessoal, como para a vida de comunhão entre os irmãos e no seio familiar. No entanto, esclarece que este padrão

elevado só pode ser alcançado com muita batalha espiritual. Em outras palavras, somente pelo poder de Deus,

podemos conquistar tal padrão. Por isso ordena: "Fortalecei-vos no Senhor", comprovando que o cristão não pode

fortalecer a si mesmo. Este poder deve ser recebido continuamente e só pode ser encontrado no Senhor, "na força do

seu poder". Sem Ele, nada podemos fazer (Jo 15.1-5).

2. Para vencer estes conflitos precisamos de armas especiais – "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que

possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo" (v 11) - Seguindo o mesmo pensamento, expõe que a armadura

de Deus é a soma de todas as peças que dão ao cristão condições de lutar e sair vencedor, portanto, deve se vestir dela

(Rm 13.12; 1Ts 5.8). As armas que Paulo menciona, são dadas para que os cristãos possam ficar firmes contra as

ciladas do diabo, "inteligências demoníacas". A palavra "ciladas" aparece em Efésios 4.14, com a ideia de "meios

astutos". Indica que são estratagemas forjados por um inimigo espiritual. São planos sutis contra a alma, daí, a

necessidade de ficar alerta (2Co 2.11).

3. Para vencer estes conflitos precisamos conhecer as características do inimigo – "porque não temos que lutar

contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste

século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (v 12) - A nossa guerra não consiste em

enfrentar o homem e sim, os poderes dos principados, das potestades, dos príncipes das trevas deste século e das

hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. A palavra "contra" aparece no versículo cinco vezes, para

reforçar que contra estes poderes é que somos ordenados a lutar. Vejamos suas características:

. São poderosos - Têm poder e autoridade. São chamados, também, de "dominadores deste mundo tenebroso" (Ef 6.12

- VRA). Estes poderes do mal são de alcance mundial. O diabo disse que podia dar todos os reinos do mundo (Mt

4.8,9). Ele é intitulado por Jesus de o "príncipe deste mundo" (Jo 14.30). O apóstolo João disse que o mundo inteiro

"jaz no maligno" (1Jo 5.19). Isto mostra que Satanás continua exercendo poder considerável.

. São malignos – Não possuem qualquer princípio moral e são totalmente inescrupulosos. Dominam sobre este mundo

tenebroso e odeiam a luz. As trevas e o mal são a sua habitação natural e caracterizam suas ações.

. São astutos – Sugere sagacidade tática com engano engenhoso. Quando se apresenta como "anjo de luz", engana o

cristão com muita facilidade. Assume falsa aparência, mas é perigoso como um lobo (Jo 10.12), ruge como um leão

(1Pe 5.8), é sutil como a serpente (2Co 11.3; Ap 20.2).

As ciladas do diabo tomam muitas formas, mas têm maior êxito quando conseguem convencer as pessoas de que ele

não existe. Isto tem acontecido em nossos dias, quando atribuímos tudo a erros humanos. Substituímos o dom de

discernimento espiritual (1Co 12.10), pela análise psicológica e passamos a ignorar o adversário, o acusador, com seus

dardos inflamados.

II – DEVEMOS VESTIR A ARMADURA DE DEUS

Vimos acima que o que aguarda o cristão é uma batalha ferrenha, a qual terá de enfrentar e sair vitorioso. Portanto,

precisa de ajuda do alto. Deus, sabendo disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que aceitaram o

desafio da guerra contra as potestades infernais:

1. A armadura de combate – "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e,

havendo feito tudo, ficar firmes" (v 13) - Desta forma, há uma transição entre os assuntos apresentados nos capítulos

de 1 a 5, para o capítulo 6. Ou seja, dos lares sem discórdia, dos tempos de saúde, da alegria espiritual para o "dia

mau". O propósito de vestir a armadura de Deus é para "estar firmes contra as astutas ciladas do diabo" e "para que

possais resistir no dia mau". Cristãos instáveis que não têm os pés firmes em Cristo (Sl 40.2), são uma presa fácil para

o diabo. Mas a armadura deve estar completa: "Toda a armadura de Deus". Com ela devemos ficar em pé, andar,

trabalhar e dormir. Devemos vigiar e nunca relaxar, pois o tempo em que os santos dormem é o tempo em que Satanás

trabalha. Temos alguns exemplos: Sansão (Jz 16.19), Noé (Gn 9.21-24), Êutico (At 20.9) e todos os homens (Mt

13.25).

2. As armas de defesa – As armas de defesa proporcionam ao cristão, que está posicionado em Cristo, total garantia

de vitória. As peças que servem para defesa e que compõem a armadura são:

a) – Cinto e couraça - "Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da

justiça" (v 14) – O cinto na verdade não fazia parte da armadura, mas servia para prender a roupa de baixo, dando

garantia de que o "soldado" não sofreria impedimento algum ao andar, marchar e lutar. Hoje, "apertar o cinto",

significa: Preparar-se para enfrentar crises ou uma ação qualquer. O cinto do soldado cristão é a verdade (veja lição

11). A verdade no sentido absoluto: A revelação de Deus em Cristo e nas Escrituras e a sinceridade ou integridade (Sl

15.2). A "couraça da justiça" refere-se à justificação que é a iniciativa graciosa de Deus em fazer com que os

pecadores fiquem de bem consigo por meio de Cristo. Nenhuma proteção espiritual é maior do que um relacionamento

adequado com Deus. Isto nos faz estar em pé diante de Deus, aceitos por Ele e livres de uma consciência acusadora e

de ataques caluniadores do maligno (Rm 8.1; 33,34), cujo nome no hebraico (Satanás) significa "adversário" e no

grego (diabo) "caluniador".

b) – Sandálias - "e calçados os pés na preparação do evangelho da paz" (v 15) – São as botas do soldado cristão.

Aponta para a preparação do evangelho da paz. Estar preparado significa: Estar em prontidão, preparado, firme.

A obra missionária é como um par de sandálias que foi dada à Igreja, a fim de que ela se coloque no caminho e

continue andando (Cl 4.5,6; Is 52.7).

c) – Escudo - "tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno"

(v 16) – Devemos tomá-lo como algo indispensável. O escudo mencionado por Paulo é o longo, medindo 1,2 metros

por 0,75 cm, que cobria o corpo inteiro. Era usado especialmente para se proteger das flechas com fogo na sua ponta.

Os "dardos inflamados do maligno" incluem suas acusações maliciosas que inflamam a nossa consciência,

pensamento de dúvidas, de desobediência, de rebeldia, de malícia e de medo. É pela fé que nos refugiamos em Deus,

tomando posse das suas promessas, em tempos de dúvidas e de depressão.

d) – Capacete - "Tomai também o capacete da salvação..." (v 17a) – O capacete é a "esperança da salvação" (1Ts 5.8).

É a nossa certeza da salvação agora e definitivamente no futuro. Devemos tomá-lo e usá-lo, "pois adorna e protege o

cristão, capacitando-o a levantar a cabeça com confiança e alegria, pelo fato de ser salvo" (Hb 10.22,23) – Charles

Hodge.

3. As armas de ataque – A espada é a única peça da armadura de Deus que pode ser usada tanto para defesa como

para ataque. A oração aparece finalmente, não como parte integrante da armadura, visto que deve permear toda a

nossa guerra espiritual. A palavra como espada do Espírito e a oração no Espírito, são os dois recursos principais que

Deus colocou em nossas mãos (Cl 4.2).

a) – Espada - "... e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (v. 17b) – A palavra "machaira" indica uma espada

curta, logo a nossa luta requer aproximação do alvo a ser atingido.

A espada é do Espírito, portanto, identificada como a Palavra de Deus. Ela é usada pelo Espírito Santo para ferir as

consciências das pessoas e despertá-las espiritualmente com a sua ação penetrante (Hb 4.12). Também é colocada na

nossa boca para resistirmos à tentação (defesa) e para evangelizar (atacar). Apesar da Palavra de Deus ser mais

cortante que espada de dois gumes, o crente que tenta usá-la aos pedaços (somente os textos que lhe interessa), estará

lançando mão de uma "espada quebrada".

b) – Oração - (vv 18-20) – A oração que prevalece é: Oração em todo tempo – regular e constantemente; oração com

toda súplica – de muitas maneiras; oração com toda perseverança – vigilante e fervorosa; oração para todos os santos –

levando em conta a comunhão e a unidade dos santos. A oração deve se estender ao ministério. A Igreja precisa

interceder pelos seus ministros, para que falem somente a Palavra de Deus e o façam com intrepidez.

CONCLUSÃO: Tratamos de um assunto muito importante para toda a Igreja. Satanás, com as suas hostes malignas,

opera dia e noite, portanto, não podemos ignorar os seus ardis. Só podemos guerrear contra um inimigo se pelo menos

soubermos que ele existe. Também é necessário conhecer suas estratégias, seus planos maléficos e a maneira como

ataca. Desta forma nunca seremos pegos de surpresa. Estejamos alerta, vistamo-nos de toda a armadura de Deus para

ficarmos firmes.

LIÇÃO 9 – PROCLAMANDO A JUSTIÇA, DT 16.18-20

INTRODUÇÃO: Para o mundo, geralmente os fins justificam os meios. No entanto, para os remidos não há prêmio

se não houver retidão, tanto no fim quanto nos meios (Rm 3.8). Não cabe a Igreja favorecer o pobre, nem o rico; e ao

próximo não pode oprimir sendo senhor dele, e nem se rebelar contra ele sendo seu servo (Lv 19.13-15). Proclame o

direito, pois "O ímpio recebe um salário enganoso, mas, para o que semeia justiça, haverá galardão" (Pv 11.18).

Entendamos o quê e de que forma a sociedade, a igreja e Deus representam: a justiça ou a injustiça.

I – HÁ INJUSTIÇA NA SOCIEDADE

Há fome de justiça na terra! Muitos sofrem e apesar de serem imagem e semelhança de Deus, são destratados pelos

governos e sistema social. Como está escrito: "... Porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de

sapatos. Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos". (Am 2.6b-7a).

1. A sociedade rejeita a lei divina – Visto que a Bíblia é a Palavra de Deus e que nas leis humanas não há o requisito

de seguir a Sua vontade, conclui-se que a sociedade, em sua estrutura legal, rejeita a Deus (Os 4.1; Mt 12.30). Em

algumas leis, há uma aparente "coincidência" com a vontade do Pai, mas é por causa da consciência que o ser humano

tem e não por este querer a vontade divina. E cada vez mais a sociedade se rebela não só contra Deus, mas contra si

mesma ao permitir atos como sendo lícitos, que são contrários a esta sua consciência e infelizmente tornam-se

escravos da própria injustiça (Rm 2.14,15). Isso vem acontecendo de forma generalizada, em todo o mundo, contudo,

em alguns lugares mais que em outros. Praticando o pecado eles se tornam injustos (1Sm 8.3). E a banalização daquilo

que é errado, torna-o socialmente "certo" (Lc 16.5-8). Exemplo de Ato de injustiça: "Vi ainda debaixo do sol que no

lugar do juízo reinava a maldade, e no lugar da justiça, maldade ainda". (Ec 3.16; Sl 69.27). Passemos a ver quais são

alguns destes atos:

a) – Preconceito – Devemos lutar contra a injustiça em forma de preconceito, que ganha forma comumente em meio

às anedotas. Principalmente devido ao regionalismo (Jo 1.46; 7.52), por se tratar de família pobre (Mc 6.3) e

diversidade étnica, cor da pele (Lc 9.51-56; At 10.28). Devemos buscar as almas sem preconceito.

b) – Suborno – É poderoso para cegar, corromper e subverter o sábio (Êx 23.8), portanto fuja dele! Uma mulher foi

subornada com falsas promessas (Gn 3.5). Os guardas que vigiavam o túmulo de Jesus também foram subornados (Mt

28.12-15).

c) - Avareza – É poderosa para desviar o homem da fé e trazer muitas dores (1Tm 6.10). Um líder deve aborrecer a

avareza (Êx 18.21). É exemplificada em Acã (Js 7.21).

d) - Parcialidade – Acontece quando tratamos diferentemente pessoas por interesses pessoais ou preferências (Lv

19.15). Devemos tratar a todos igualmente ou proporcionalmente, em casos de disciplina e recompensa, ou seja, com

justiça. A parcialidade pode nos fazer desprezível diante da comunidade (Ml 2.9).

II – IGREJA, CETRO DA JUSTIÇA DE DEUS

Deus é a própria justiça e todos quantos renasceram dele, por intermédio do Senhor Jesus, devem praticar atos de

justiça (1Jo 2.29). Enquanto não for arrebatada ao céu, a Igreja reconhecerá e representará esta justiça abertamente.

1. Reconhecendo a justiça de Deus – Como se pode falar daquilo que não se conhece? Fala-se do que é sabido e

experimentado. O próprio Jesus reconheceu a justiça divina: "Pai justo, (...) eu te conheci..." (Jo 17.25). E os anjos,

assim, declaram: "... Justo és tu..." (Ap 16.5). Antes, a igreja também deve reconhecer a Justiça divina como fizeram o

rei Davi: "... de maneira que serás tido por Justo no teu falar e puro no teu julgar" (Sl 51.4 – ARA) e o apóstolo Paulo

(Rm 3.26). Quão valioso é para os servos reconhecer o padrão da justiça de Deus, pois ela não muda, permanece para

sempre (Sl 119.142). E é sabido que ainda é tempo de buscar e receber de Deus o Seu justo tratamento (Ed 9.15).

Reconheçamos e busquemos esta justiça, a fim de que os oprimidos reconheçam em nós a justiça de Deus!

2. Manifestando a justiça de Deus – É a igreja, a noiva sem mácula, a única que tem o direito de representar a justiça

divina e não pode ocultá-la (Sl 40.9,10). Portanto, não é a política, o governo, a justiça dos homens, nem reis e nem

presidentes, mas somente a Igreja. Pode, então, o servo manifestá-la a outros por meio de seu proceder (Is 33.15). Se

ofendido, não responde com ofensa; em sofrimento, não intimida o opressor, antes se entrega àquele que julga com

reto juízo, conforme o exemplo do Senhor Jesus (1Pe 2.22-23). Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no

trabalho, na rua, diante de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E esta justiça precisa exceder

às dos homens religiosos (Mt 5.20), nascendo primeiramente no coração, para que depois seja manifesta abertamente

(2Cr 29.34; Sl 125.4). Assim, a Igreja semeará a justiça em toda a sociedade!

III – DEUS INTERROMPE O TEMPO DE INJUSTIÇA

A igreja tem o dever de semear a verdadeira justiça em meio a tanta iniquidade, mas Deus é poderoso para cessar a

iniquidade e fazer chover a Sua justiça (Os 10.12).

1. Exemplos do Passado – "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm

a verdade pela injustiça" (Rm 1.18).

a) - No dilúvio – Deus viu os homens totalmente corrompidos e, por causa da grande iniquidade, pôs fim naquela era

de injustiça. Conservou, no entanto, o seu servo Noé e sua família por causa da sua retidão (Gn 6.11-13; 7.1; 9.9);

b) - Na torre de Babel – Os homens ambicionavam o poder e, em seus corações, imaginavam o mal. Era um tempo de

apostasia coletiva. Por conta disso, Deus trouxe a divisão por meio da confusão das línguas (Gn 11.6,7). Até que na

10ª geração, a partir de Sem, falou com Abrão (Gn 12.1);

c) - Em Sodoma e Gomorra – Também por se corromperem os habitantes destas regiões, Deus os castigou, mas

conservou a Ló e sua família (Gn 19.12,16; Jd 7);

d) - No Êxodo – Deus, além de ver a opressão sofrida pelos hebreus, ouve o seu grande clamor e liberta-os por meio

do seu servo Moisés, após 430 anos de escravidão em terra egípcia (Êx 3.7; 12.31; Hb 11.29), preservando os

descendentes de Jacó.

2. "Exemplos" do Futuro – Encontramos na Bíblia textos que nos remetem a um tempo que ainda há de vir, quando

os justos e os ímpios irão prestar contas a Deus por suas obras, respectivamente:

a) - No tribunal de Cristo – Jesus voltará para encontrar-se com sua Igreja nos ares, separando definitivamente os

escolhidos (arrebatados) e distribuirá o galardão a cada um conforme suas obras (Rm 14.10; 2Co 5.10; Mt 24.30,31).

Enquanto isso, os que ficarem, padecerão grande dor e sofrimento (Ap 13). Tempo em que reinará a injustiça e que

Deus derramará os sete últimos flagelos sobre a Terra (Ap 15.1; 16.1).

b) - No juízo Final – Após o milênio, o reinado de Cristo na Terra (Ap 20.4), os tempos de injustiça chegarão ao seu

final, pois o diabo será lançado no lago de fogo e enxofre, onde estarão a besta e o falso profeta e serão para sempre

atormentados. E diante do Grande Trono Branco, estarão os grandes e os pequenos. Os mortos que não tiveram os

seus nomes inscritos no Livro da Vida serão julgados, um a um, segundo as suas obras para condenação eterna. E para

que tudo se complete se fará novo Céu e nova Terra, pois estes serão perfeitamente ajustados ao tempo de justiça

eterna (Ap 20.11-13; 21.1; 2Pe 3.13).

CONCLUSÃO: Deus ouve o clamor dos injustiçados. E para atendê-los, envia a Sua Igreja a todos os povos, para

que tenham esperança, alcancem a fé e aguardem até o fim a promessa de que Jesus voltará para buscar a "noiva", pois

todas as obras que há nesta terra se queimarão (2Pe 3.10-13). Nós somos chamados para semear a justiça de Deus, que

se revela no evangelho (Rm 1.17). Porém, Deus tem o poder de fazer findar o tempo de amargor e sofrimento de um

povo e de toda a terra. E este final acontecerá quando o evangelho do reino for anunciado a todos os povos, como está

escrito em Mateus 24.14: "E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as

gentes, e então virá o fim".

LIÇÃO 10 – RESTAURANDO AS FAMÍLIAS, ÊX 12.3-14

INTRODUÇÃO: A sociedade israelita centralizava a família e aqueles que viviam sozinhos frequentemente eram

necessitados. Por isso, o salmista declara que: "Deus faz com que o solitário more em família." Sl 68.6 (RA). Ao

instituir a Páscoa, Deus ordenou às famílias que se reunissem em seus respectivos lares. Porém, se uma família fosse

pequena, deveria juntar-se à outra com o objetivo de compartilhamento e cuidado, debaixo do sangue do cordeiro.

I – RESTAURAR AS FAMÍLIAS É PROPÓSITO DE DEUS

H. Hendricks, professor de seminário em Dallas – EUA, relatou em seu testemunho o seguinte: "Pelo modo como

minha vida iniciou, eu poderia ter morrido e ido para o inferno que ninguém iria importar-se nem um pouco." No

entanto, teve sua vida transformada quando um humilde servo de Deus propôs em seu coração formar uma classe de

E.B.D. com o objetivo de restaurar almas para Cristo; tornando-se assim, um instrumento de Deus na restauração de

famílias destruídas.

1. Por ser a família uma instituição divina – A família é objeto do amor de Deus (Gn 12.3). Sendo assim, é alvo de

destruição para o inimigo de nossas almas. Por esse motivo, Deus capacitou a Igreja para lutar por ela. Portanto, deve

partir do coração de cada crente o desejo de servir ao Senhor com suas vidas na restauração das famílias.

2. Porque existem problemas diversos na família – Alguns pais com a intenção de "poupar" seus filhos, muitas

vezes, projetam homens e mulheres incapazes de formar uma família saudável, visto que não os educam eficazmente,

não garimpam os tesouros do coração (Pv 22.6). A Igreja deve enfrentar tais problemas com base bíblica; levando a

família a buscar nela a resposta e também orientação para seus problemas (Ef 6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).

3. Porque as pontes entre pais e filhos são construídas nas famílias – Como objeto do amor de Deus, as famílias

sãos as responsáveis pela construção das pontes do amor, da comunicação, da confiança, do carinho, do diálogo e de

outras formas de afeto. No entanto, muitos pais e filhos quebraram essas pontes por não terem mais assuntos ou por

terem abandonado o aconchego familiar.

II - A IGREJA É UM INSTRUMENTO DE DEUS PARA A RESTAURAÇÃO DAS FAMÍLIAS

Deus não deseja que Sua Igreja se isole a ponto de não agir como uma restauradora de lares. Sua função não é somente

pregar a salvação, mas também restaurar famílias. Ela possui virtudes individuais, pois é a habitação corporal do

Espírito Santo, gerando o Seu fruto conforme Gl 5.22 e 23, promovendo assim o fator de equilíbrio social. Só

podemos conhecer o sentido da vida cristã, indo além. Nosso alvo é prosseguir para o alvo (Fp 3.12 a 14).

1. Para que frutifique para Deus (Rm 6.13) – Como igreja, nossa entrega a Cristo implica em consciente

conhecimento de nossa nova identidade Nele, o que nos conduz a produzirmos bons frutos para Seu reino (Rm 7.4). O

evangelho de Marcos 7.20 a 23 nos alerta a respeito dos maus desígnios, os quais promovem a destruição social;

Paulo, no entanto, em Cl 3.5 orienta-nos a fazermos morrer nossa natureza terrena. A igreja é composta por cristãos,

ou seja, seguidores de Cristo, dessa forma devem realizar sua obra restauradora, fazendo uso do fruto do Espírito (Gl

5.22 e 23).

2. Porque Deus quer manter um relacionamento pessoal com as famílias através da igreja – Nossa relação com

Deus é pessoal, não mecânica; fomos criados à imagem de Deus, seres racionais e morais. O propósito para o qual

fomos criados é estar em relacionamento pessoal com Deus, em comunhão com Ele, em amor e por escolha.

3. Porque a igreja é uma exposição concreta de restauração no relacionamento familiar – É ela quem expõe ao

mundo o objetivo de Cristo até Sua volta e quem promove a restauração nas famílias, através da relação espiritual

restaurada entre uma pessoa e outra. (Rm 12.4-5 e 1Co 12.12ª-14).

III – MEIOS PELOS QUAIS A RESTAURAÇÃO FAMILIAR É POSSÍVEL

Deus capacitou Sua Igreja através do Espírito Santo no ministério de restauração. Com esse objetivo, vidas podem ser

transformadas e lares, antes destruídos, restaurados por Jesus. A Igreja possui a bênção de Deus e a unção do Espírito

Santo para que este trabalho seja realizado com autoridade e sucesso.

1. Conhecendo o propósito de restauração através da Bíblia – A Bíblia nos ensina a vivermos de forma moral e

ética, isso implica na subordinação da fé ao amor segundo 1Co 13, tornando-nos disponíveis e combatentes. Tendo a

Bíblia como centro de nossas vidas, passamos a viver nossa fé de forma inteligente, em oração, com o coração e com

coragem, pois ela nos prepara para a vida eterna (1Pe 3.15), mas também tem o objetivo de formar-nos para a vida

terrena (Jo 10.10b).

2. Através da educação, pois somos uma igreja formada por seres humanos que vivem socialmente – Educar é

ter esperança de que não somente no futuro, mas também, no presente, podemos semear a comunhão familiar. Ao

conhecermos leis e regras, não nos fazemos ignorantes quanto à necessidade de buscarmos também o auxílio de

profissionais, tais como psicólogos e terapeutas (de preferência cristãos), sempre que for necessário.

3. A oração é um meio pela qual grandes lutas são vencidas – A igreja tem o importante papel de fazer com que a

oração faça parte da base familiar, ensinando os pais a orarem diariamente com seus filhos. Consequentemente,

quando os mesmos formarem suas famílias, levarão este abençoado costume. A oração pode romper mágoas, dor e

indiferença que possa haver na família, pois é uma ponte entre pais e filhos (Tg 5.16).

CONCLUSÃO: Deus sempre mostra seu cuidado e amor para com todas as famílias, incluindo aquelas que dependem

de outras. Por isso, a Igreja como habitat corporal do Espírito Santo, possui dons, dentre eles o de discernimento, que a

capacita a diferenciar os instintos naturais das ações demoníacas que atingem as famílias, evitando assim a

transferência da origem dos problemas. Daí, como Igreja, devemos fazer uso de nossas virtudes individuais para

promovermos o bem estar social, afinal temos nosso comportamento controlado pelo Espírito Santo. Por esse motivo,

os apóstolos Paulo e Marcos, dirigem-se à Igreja quanto ao fruto do Espírito, para buscá-lo e, aos maus desígnios, para

evitá-los e combatê-los.

LIÇÃO 11 – DEFENDENDO A VERDADE, 3JO 1-15

INTRODUÇÃO: Estamos vivendo época de extrema falsidade entre as pessoas. Todas as camadas da sociedade têm

usado a mentira como uma arma, para todas as situações. No entanto, como veremos nesta lição, a verdade é a arma

mais poderosa que Deus nos deixou. Dizem que "a mentira tem pernas curtas", mas a verdade é uma longa estrada

para a vida eterna. Veremos nesta lição, o dever do cristão de praticar somente a verdade e, ao mesmo tempo, procurar

detectar a mentira que cresce como uma erva daninha, causando sérios prejuízos para a vida cristã. A verdade absoluta

é uma necessidade premente.

I - PRATICANDO A VERDADE (VV 1-8)

Estamos tratando da verdade no sentido absoluto daquilo que é real e completo, em oposição com o que é irreal e

incompleto (Mc 5.33; Ef 4.25). A fé cristã, em particular, é a verdade (Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a

verdade personificada (Jo 14.6), e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13). Paulo chamou a cultura

secular, os bens deste mundo, o sucesso, a fama e o status de "refugo", "esterco", "resto" (Fp 3.8) e Salomão declarou

que todas as coisas são "vaidade" (Ec 1.2). Somente Deus é apresentado na Bíblia, como sendo a realidade, "porque a

lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo" (Jo 1.17), portanto, ele nos trouxe a realidade,

pois verdade é realidade.

1. Por meio de um amor verdadeiro – "O presbítero ao amado Gaio, a quem, na verdade, eu amo" (v 1) – Um amor

verdadeiro não é fantasioso. Não apenas diz que ama, mas doa. Algumas dinâmicas apresentadas no momento dos

louvores, muitas vezes não passam de fantasia e modismo. O apóstolo dá exemplo de amor que se preocupa, interessa

e envolve (1Jo 3.18). Quer de fato saber o estado de seu irmão em Cristo: "Amado, desejo que te vá bem em todas as

coisas... que tenhas saúde... assim como bem vai a tua alma" (v 2).

2. Por meio de um testemunho verdadeiro – "Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da

tua verdade, como tu andas na verdade" (v 3,4) – O cristão deve ter atitudes transparentes. A sua vida deve ser uma

carta aberta, para que possa ser lida por todos. Precisa ser íntegro nos negócios e no exercício do ministério cristão.

Andar na verdade é lançar fora todo comportamento "fariseu", que finge ser o que não é, e nega ser aquilo que de fato

é (Mc 7.6,7). "Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos" (v 5).

3. Por meio de uma cooperação com a verdade – "Portanto, aos tais devemos receber, para que sejamos cooperadores

da verdade" (v 8) – Os cooperadores da verdade se esforçam para disseminar a verdade. Aborrecem a mentira e

combatem-na. Nunca são coniventes com os falsos cristãos na Casa de Deus, pois toda forma de pecado tem como

base a mentira. "Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a

verdade" (1Jo 2.4).

II – DETECTANDO A AUSÊNCIA DA VERDADE

A mentira é falsidade e engano. Essencialmente é a declaração daquilo que se sabe ser uma falsidade, com a intenção

de enganar (Jz 16.10-13). Na Bíblia, as mentiras mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as que promovem

condenação injusta (Dt 19.15), as promessas enganosas (Jr 14.14). A mentira pode ser expressa por meio de palavras

(Pv 6.19), pelo modo de vida (Sl 62.9), por meio do erro (2Ts 2.11), por meio de religião falsa (Rm 1.25). Os

mentirosos têm como pai o diabo. "Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi

homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala

do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8.44). Portanto, vejamos o que a ausência da verdade

causa:

1. Atitudes que suscitam o orgulho – "Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado,

não nos recebe" (v 9) – Diótrefes era um obreiro que desejava ter a primazia entre os irmãos. Queria o primeiro lugar.

Foi este o sentimento de Satanás antes da queda. "Já foi derribada no inferno a tua soberba... tu dizias no teu coração:

Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono... Subirei acima das mais altas nuvens e serei

semelhante ao Altíssimo... levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo" (Is 14.11; 13-15). Aí está uma

grande mentira, Satanás não pode ser semelhante a Deus. No entanto, coloca no coração dos homens este desejo.

"Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros e não buscando a honra que vem só de Deus?" (Jo 5.44).

2. Palavras que fomentam a malícia – "Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra

nós palavras maliciosas" (v 10a) – Há muitos na igreja que jamais sairão do estado no qual se encontram.

Permanecerão no pecado porque não se interessam em conhecer a verdade que os pode libertar (Jo 8.32). São pessoas

"que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3.7). São "crentes" maliciosos,

carregados de toda imoralidade, duros de coração.

3. Comportamento que promove inimizades – "e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que

querem recebê-los, e os lança fora da igreja" (v 10b) – Diótrefes era não apenas orgulhoso e presunçoso, como

também contencioso. Promovia a inimizade entre os irmãos, pois não recebia os cristãos, especialmente os obreiros,

que chegavam de longe, e que precisavam de hospitalidade. Não recebia e impedia os que queriam fazê-lo. Esta não é

a verdade ensinada por Jesus Cristo. Mas, "O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu

vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos,

se fizerdes o que eu vos mando" (Jo 15.12-14).

III – RECONHECENDO A NECESSIDADE DA VERDADE

Paulo caracterizou o falso cristão dos nossos dias dizendo: "e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas"

(2Tm 4.4). Parece que em nenhuma outra época este texto teve tanto cumprimento. Como as pessoas hoje fogem da

verdade! Dão atenção aos modismos de um evangelho pré-fabricado, repleto de facilidades e prazeres da carne.

Por que precisamos praticar e viver em verdade?:

1. É a prova de que temos visto a Deus – "Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem

faz mal não tem visto a Deus" (v 11) – O bem está relacionado com a verdade. Dizem que ela "dói", mas ainda assim é

melhor do que a mentira que mata. Para fazer o bem, precisamos ser verdadeiros em tudo que falamos e praticamos.

Paulo fala da nova vida em Cristo Jesus e mostra as maravilhosas transformações pelas quais o crente deve passar,

depois culmina dizendo: "Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos

membros uns dos outros" (Ef 4.25).

2. É a prova de que estamos vivendo corretamente o cristianismo – "Todos dão testemunho de Demétrio, até a

mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro" (v 12) –

Salomão afirmou que: "Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte" (Pv

16.25). Podemos gastar todos os anos da nossa vida, num tremendo engano, achando que estamos vivendo conforme a

verdade de Deus, mas como será, descobrir, no fim da jornada, que estávamos errados? Precisamos provar nossa

crença, rever nossos conceitos, pois Satanás pode nos iludir com falsos sinais (2Ts 2.9). Nenhuma mentira tem parte

com a verdade (1Jo 2.21), portanto, achar que podemos conviver com a mentira e com a verdade ao mesmo tempo, é

grande engano. Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo e, no final de todas as coisas, entrarmos na morada que Ele

nos prometeu, precisamos nos apartar de tudo que pode ser conceituado como mentira e nos apegarmos à verdade

absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).

CONCLUSÃO: Verdade é realidade. Logo, tudo que é ilusório, mundano, é mentira, pois é efêmero. Portanto,

apeguemo-nos à verdade, aplicando-a em toda a nossa vida: Palavras, ações, desejos etc. A única maneira de

provarmos que estamos vivendo um cristianismo autêntico é permeando nossas ações pela verdade. O amor ao

próximo, uma vida transparente, uma fé embasada nas Escrituras, um comportamento isento de hipocrisia,

comprovam a veracidade da nossa prática cristã.

LIÇÃO 12 – PROCLAMANDO A NOVA GERAÇÃO, SL 78.1-7

INTRODUÇÃO: Preparar uma nova geração que busque ao Senhor e esteja pronta para servir, constitui-se em um

dos maiores desafios da igreja na atualidade, principalmente por causa da grande influencia que o mundo tem exercido

na vida dos nossos jovens. No entanto, esta difícil tarefa se torna possível quando colocamos em prática os

ensinamentos do Senhor, preparando uma nova geração alicerçada nos seguintes princípios:

I – QUE VALORIZE O PASSADO

"(...) proporei enigmas da antiguidade, os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado." (v. 2,3). Ao

analisarmos a Palavra de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez do passado um memorial constante com o intuito

de preparar as novas gerações. Vejamos então qual a necessidade de se valorizar o passado:

1. Para aprender o caminho – "Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca." (v.

1). Infelizmente a Palavra do Senhor tem estado ausente na vida de muitos cristãos, sendo associada a um passado

distante e sem aplicação prática para a atualidade, o que tem influenciado negativamente as novas gerações. No

entanto, se quisermos preparar uma geração que busque ao Senhor, devemos resgatar o ensino contínuo da Palavra de

Deus, tornando-a o alimento diário para conduzir essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).

2. Para glorificar a Deus – "(...) mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as

maravilhas que fez." (v. 4) Lembrar constantemente os milagres realizados pelo Senhor na vida de servos como

Abraão, Moisés, Jacó, José e muitos outros, traz à nova geração um maior conhecimento e fé no poder, graça e

misericórdia do nosso Deus. É glorificando ao Senhor por estes milagres do passado, que essa nova geração terá suas

próprias experiências com Deus, podendo exaltar e glorificar o nome do Altíssimo, não somente pelo que fez no

passado, mas por sua atuação em suas vidas no presente (Dt 7.9).

3. Para imitar os bons exemplos – "para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes." (2Ts 3.9) Assim

como aprendemos com os erros alheios, também aprendemos com os seus atos de justiça. Muitos exemplos dignos de

imitação foram registrados por toda a narrativa bíblica, para mostrar às novas gerações que apesar das dificuldades é

possível fazer o que é correto diante do Senhor (Tg 5.10,11). Por isso é imprescindível que exemplos de fé e coragem

tanto provenientes da Palavra, quanto os que foram vivenciados no passado das gerações mais próximas, sejam

constantemente lembrados para formar imitadores nessa nova geração que também terá o privilégio de servir ao

Senhor (Fp 3.17).

II – QUE ATUE NO PRESENTE

"Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem

conhecer a seus filhos" (v.5) A aprendizagem somente é percebida quando colocamos em prática o que aprendemos.

Portanto, preparar uma nova geração é também fazê-la partir da teoria do passado para a ação do presente:

1. Buscando intimidade com Deus – Buscar intimidade com Deus é deixar-se conduzir pelo Espírito Santo, para

subir cada degrau na escada da comunhão, visando o topo onde nos aguarda de braços abertos o nosso querido Mestre.

Uma nova geração preparada para servir a Cristo deve fazer desta busca uma prática diária e constante, visto que é a

sua intimidade com Deus que norteará toda a sua vida cristã. Afinal "Os justos clamam, e o Senhor os ouve e os livra

de todas as suas angústias. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito." (Sl

34.17,18).

2. Agindo com perseverança – "Orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com

toda perseverança e súplica por todos os santos" (Ef 6.18) Neste mundo tão cheio de problemas e dificuldades, a

perseverança é cada vez mais necessária. Afinal é ela a confiança no Senhor, que nos possibilita caminhar mesmo em

meio à turbulência; levantar após as quedas; prosseguir quando a vontade é ficar (Ef 6.10-18). Aos que preparam as

novas gerações, a perseverança também é fator crucial para não esmorecer diante daqueles que parecem perdidos (Mt

18.11-14). É preciso lembrar que é a perseverança de Deus em salvar o homem, que nos permite usufruir da Sua

misericórdia (Lc 19.10), portanto devemos agir praticando essa virtude.

3. Lutando contra as hostes infernais – "porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os

principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século." (Ef 6.12) Enquanto formamos as novas

gerações para dar continuidade à obra do Senhor, o inimigo também tem agido formando seus liderados (Mt 13.25-

28). Infelizmente o inimigo tem trabalhado com mais afinco e dinamismo do que a Igreja, e por isso muitos jovens

têm sido arrastados pela ação demoníaca. É preciso que a igreja tome consciência da sua função como formadora das

novas gerações, deixando todo o preconceito, preguiça e comodismo para lutar contra as hostes infernais, e

principalmente, ensinando essa nova geração a se armar também contra esse feroz inimigo.

III – QUE TRANSFORME O FUTURO

"Para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos" (v. 6).

Em qualquer área de atuação, o futuro sempre será o reflexo das gerações anteriores. Essa transformação pode ser

evidenciada da seguinte forma:

1. Pelo seu exemplo de vida cristã – "Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no

trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza." (1Tm 4.12). Se observarmos bem, a igreja tem mudado bastante no

decorrer da sua história e isso se deve às alterações ocorridas nas gerações anteriores. É o exemplo de vida cristã dos

nossos jovens de hoje, que irão conduzir as gerações do futuro. Portanto, a igreja deve estar atenta a essas mudanças e

prepará-las para que por meio de seu exemplo de vida cristã, possam influenciar positivamente às futuras gerações

(1Pe 5.5-10; Tt 2.7-14).

2. Pela preparação de novos discípulos – Por meio de doze discípulos, Cristo alcançou multidões, pois no reino de

Deus, a qualidade sempre superou a quantidade (Mt 10.2-4; At 6.7). No entanto, o mundo atual valoriza apenas os

movimentos que mobilizam grandes multidões. É preciso deixar claro a esta nova geração, que para transformar o

futuro não é preciso arrebanhar grandes massas, mas ensinar e transformar as pequenas vidas daqueles que os cercam

(Rm 12.2).

3. Pela esperança da vitória – "para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus,

mas guardassem os seus mandamentos" (v 7). A esperança em alcançar a coroa da vitória que será dada a todos

aqueles que perseverarem (2Tm 4.8) é a mola propulsora de todas as gerações desde o início do mundo. É a esperança

de nos encontrarmos com o Mestre, que nos faz desafiar o tempo e de geração em geração dar continuidade à Sua

obra, até o dia em que o Senhor virá nos buscar.

CONCLUSÃO: Nada é tão complexo e nem tão natural quanto o processo de formar novas gerações, pois durante

todo o percurso da nossa vida, mesmo sem querer, estamos ensinando, influenciando e formando todos aqueles que

fazem parte do nosso convívio. Portanto, é imprescindível que estejamos conscientes da importância de cada palavra e

ação diante desta nova geração que terá a responsabilidade de conduzir a obra do Senhor.

LIÇÃO 13 – RECAPITULAÇÃO, EF 3.9-12

INTRODUÇÃO: Finalizamos o estudo das lições crendo que alcançamos os resultados propostos, ou seja,

conscientização e resposta aos grandes desafios que estão diante de nós, exigindo uma tomada de posição. O objetivo

desta recapitulação é relembrar os ensinos de maior relevância apresentados nas lições do trimestre.

I – OS DESAFIOS DA IGREJA MISSIONÁRIA

1. Cumprir as Bem-aventuranças (Mt 5.1-12) - O Mestre se dirige aos seus seguidores, pois quer que eles sejam e

façam o que ensina. Na sua doutrina está contido o dever do arrependimento, da transformação mental e da retidão,

elementos essenciais do Reino de Deus.

2. Comprometer-se com missões (Mt 14.13-24) - O trabalho missionário não é responsabilidade de um departamento

da igreja. Na multiplicação dos pães, Jesus não delegou o trabalho somente a um discípulo. Repartir o pão exigiu a

participação e a cooperação de todos. A evangelização do mundo não poderá jamais ser feita se não vivermos e

seguirmos os mesmo princípios.

3. Responder a chamada do Senhor (At 13.1-5; 16.9,10) - É verdade que nem todos irão ao campo, mas todos

devem estar conscientes da chamada de Deus para ser “sal” e “luz” para as nações (Mt 5.13-16; Fp 2.15). Esta

chamada é para levar o evangelho até aos confins da terra e para se envolver orando, apoiando e contribuindo (Fp.

4.14 -18). A maneira mais segura que temos de provar nossa chamada é por meio da palavra de Deus.

4. Prover as necessidades pessoais dos missionários (1Co 9.4-14) - Missões é uma obra de fé e dependência de

Deus, mas nas Escrituras vemos Deus suprindo as necessidades dos seus obreiros por meio do seu povo. Os filhos dos

missionários, por extensão, são também missionários enviados pela igreja. Eles têm necessidades educacionais.

Precisam de amigos, médicos, seguro, etc. Será que aqueles que deixaram suas famílias, seu país e igrejas, obedecendo

a Palavra de Deus não devem receber também os mesmos cuidados? (Lc 18.29).

5. Tornar-se fiel mantenedor (Fp 4.10-20) - A Bíblia diz em Lucas 16.10: “Quem é fiel no mínimo, também é fiel

no muito”. Logo, quem é infiel no pouco nunca terá o muito para administrar. Somos administradores dos bens que

Deus colocou em nossas mãos, por isto, um dia prestaremos contas de tudo o que tivermos feito e da maneira como

realizamos. Como proprietário, Deus tem concedido muitos bens a Seus administradores e espera que administrem de

acordo com a Sua vontade, ou seja, que estes recursos sejam utilizados para a salvação de almas.

II – OS DESAFIOS DA IGREJA COMO “SAL E LUZ”

1. Ajudar na “expansão” do Reino de Deus (Mt 5.13-16) – Assim como as ofertas, no Antigo Testamento, deveriam

conter sal (Lv 2.13), também hoje, devemos “salgar” a terra, levando Jesus a todos os povos, línguas e nações, a fim

de salvá-los (Ap. 7.9). A “luz” foi prerrogativa para o ministério de Jesus, pois no evangelho de Mateus 4.16,17a, está

escrito figuradamente: “O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na

região e sombra da morte a luz raiou...”. Portanto, “... enchei-vos do Espírito Santo” (Ef 5.18). Mantendo a luz sempre

acesa. O alcance do seu brilho vai além das fronteiras, para alguém que anda em trevas, em cadeias, hospitalizado, no

vício, em pecado, sozinho. Deixe a tua luz brilhar para que “... anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das

trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9b).

2. Combater a decadência moral (Ef 5.8-17) - A passagem de Gálatas 5.19-21, descreve bem a decadência do nosso

país, de nossas famílias, do local do nosso trabalho, da nossa justiça etc. Novos padrões morais vão sendo

incorporados a essa nova geração que não se preocupa com a moralidade e os bons costumes. A justiça corrompida e

ameaçada se rende às ofertas vantajosas. Para esta caminhada é necessária uma conduta que reflete retidão,

compartilhando da natureza de Cristo na “plenitude de Deus” (Ef 3.19) e consiste em participar da sua natureza moral

(Mt 5.48).

3. Combatendo as potestades do mal (Ef 6.10-20) - As armas que Paulo menciona, são dadas para que os cristãos

possam ficar firmes contra as ciladas do diabo, “inteligências demoníacas”. A nossa guerra não consiste em enfrentar

o homem e sim, os poderes dos principados, das potestades, dos príncipes das trevas deste século e das hostes

espirituais da maldade, nos lugares celestiais. São poderosos, são malignos e são astutos. Portanto, precisamos de

ajuda do alto. Deus, sabendo disto preparou uma roupa especial para os seus soldados que aceitaram o desafio da

guerra contra as potestades infernais.

4. Proclamando a justiça (Dt 16.18-20) – É a igreja, a noiva sem mácula, a única que tem o direito de representar a

justiça divina e não pode ocultá-la (Sl 40.9,10). Onde estiver deve manifestá-la, em casa, na escola, no trabalho, na

rua, diante de pessoas conhecidas ou não, tanto aqui quanto em outra nação. E esta justiça precisa exceder à dos

homens meramente religiosos (Mt 5.20).

III – OS DESAFIOS DA IGREJA COMO REPRESENTANTE CRISTO

1. Restaurar as famílias (Êx 12.3-14) - Alguns pais com a intenção de “poupar” seus filhos, muitas vezes, projetam

homens e mulheres incapazes de formar uma família saudável, visto que não os educam eficazmente, não garimpam

os tesouros do coração (Pv 22.6). A Igreja deve enfrentar tais problemas com base bíblica; levando a família a buscar

nela a resposta e também orientação para seus problemas (Ef 6.4; Cl 3.21 e 1Tm 5.8).

2. Defender a verdade (3Jo 1-12) - A fé cristã, em particular, é a verdade (Gl 2.5; Ef 1.13). Jesus afirmou que ele é a

verdade personificada (Jo 14.6), e o Espírito Santo conduz os homens à verdade (Jo 16.13). Na Bíblia, as mentiras

mais condenáveis são: As fraudulentas (Lv 6.2,3), as que promovem condenação injusta (Dt 19.15), as promessas

enganosas (Jr 14.14). Se queremos ser aperfeiçoados em Cristo, precisamos nos apartar de tudo que pode ser

conceituado como mentira e nos apegarmos à verdade absoluta (Ef 4.15; 1Jo 2.5; Ap 21.27; 22.15).

3. Preparar uma nova geração (Sl 78.1-7) - Ao analisarmos a Palavra de Deus, percebemos que o Senhor sempre fez

do passado um memorial constante com o intuito de preparar as novas gerações. Infelizmente a Palavra do Senhor tem

estado ausente na vida de muitos cristãos, sendo associada a um passado distante e sem aplicação prática para a

atualidade, o que tem influenciado negativamente as novas gerações. No entanto, se quisermos preparar uma geração

que busque ao Senhor, devemos resgatar o ensino contínuo da Palavra de Deus, tornando-a o alimento diário para

conduzir essa geração no caminho correto (Dt 6.6-9).

CONCLUSÃO: Ao encerrarmos o trimestre, rogamos ao Senhor que as verdades ensinadas por meio das lições

fiquem gravadas no coração dos alunos da EBD. Vamos enfrentar os grandes desafios que estão postos diante de nós e

saímos do anonimato, apresentando soluções viáveis à sociedade, pois servimos a Deus, maior do que qualquer

desafio.