idiane turra tuni psicÓloga crp 12/04976. afinal, o que é um grupo? grupo: vem do italiano –...

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PSICOLOGIA E PROCESSOS GRUPAIS I AULA 5 31/08/2012 IDIANE TURRA TUNI PSICÓLOGA CRP 12/04976

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  • IDIANE TURRA TUNI PSICLOGA CRP 12/04976
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  • Afinal, o que um grupo? Grupo: vem do italiano groppo ou gruppo n, lao Ideia de ligao, unio e aprisionamento. Grau de coeso dos grupos. Ou do germano ocidental kruppa: mesa arredondada Ideia de crculo, de um grupo de iguais.
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  • Afinal, o que um grupo? No incio do sculo XX, comearam aparecer estudos referente a grupos. Historicamente, XVIII socialistas utpicos possibilidade de transformao social sem luta de classes
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  • Durkheim modelo biolgico Conceitos de normalidade e patologia social, usando o termo anomia para os estados de desequilbrio das sociedades complexas, que precisariam ser corrigidos. Princpio da harmonia.
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  • Karl Marx Abordagem histrico-cultural: ao trabalhar com grupos, procura identificar e explicitar os conflitos que frequentemente permanecem velados e latentes, entendendo que harmonia no existe, mas sim, momentos de equilbrio instvel, que geram contradies a serem superadas.
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  • A partir do sculo XX Taylorismo Importncia do aspecto grupal no rendimento do trabalho (Elton Mayo) RELAES HUMANAS
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  • Algumas concepes de grupo 1. Conjunto de objetos que se vem de uma vez ou se abrangem no mesmo lance de olhos 2. Reunio de coisas que formam um todo 3. Reunio de pessoas 4. Pequena associao ou reunio de pessoas unidas para um fim comum 5. Conjunto de capoeiristas que obedecem orientao de um mesmo mestre, treinam regularmente em comum e se renem num determinado local.
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  • Pontos em comum das definies: conjunto, reunio, agregado, associao. Normas sociais e culturais de cada regio, das instituies, etc. incidem sobre a dinmica grupal, mas no determinam necessariamente sua existncia.
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  • Tipos de grupos Espontneo/Institucional Transitrio/Duradouro Aberto/Fechado
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  • Pequenos grupos: conjunto de participantes que mantm um contato face-a-face ligao direta e pessoal Ex: famlia, vizinhos, escola grupos primrios (mais estveis) Mdia assume cada vez mais papel de mediadora, tomando lugar dos pequenos grupos
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  • KURT LEWIN A primeira perspectiva terica em psicologia de grupos Numa tica positivista, entende que o grupo deve ter qualidades de objeto, de modo a demarcar um campo quase disciplinar e que requer um corpo conceitual prprio. Em 1945 funda um centro de pesquisas em dinmica de grupo. Ao falecer um de seus alunos, Leland Bradford cria o primeiro Laboratrio de Treinamento e Desenvolvimento.
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  • Em dinmica de grupo, termo que passou a designar essa abordagem, a pesquisa se refere essencialmente coeso, s comunicaes, aos desvios, mudana e resistncia mudana, criatividade e liderana nos grupos. Para Lewin, ligado psicologia da Gestalt, o todo distinto da soma de suas partes, e o fato de um certo nmero de pessoas manifestarem algumas concordncias (sexo, raa, atitudes, etc) no faz delas necessariamente um grupo.
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  • Entretanto, um todo ou um grupo com razovel solidez pode ser composto por partes ou membros bastante heterogneos. De acordo com essa concepo, nos grupos, os indivduos interagem e criam um estado de equilbrio resultante das foras em jogo, constituindo totalidades dinmicas, que resultariam das interaes entre seus membros.
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  • Lewin iniciou a explorao de trs problemas-chave que levaram descoberta da dinmica dos agrupamentos humanos: a comunicao, o aprendizado da autenticidade e o exerccio da autoridade em grupos de trabalho.
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  • Evidenciou que a integrao grupal depende do nvel de comunicao entre seus membros e que a aprendizagem da autenticidade exige algumas condies: O desejo de questionar, de atingir o modo mais adequado de comunicao com o outro e um clima de aprendizagem propcio ao crescimento e aperfeioamento humano.
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  • Quanto liderana, seus estudos chegaram a trs tipos diferentes de organizao: o grupo autocrtico, em que a organizao definida de fora; o grupo laissez-faire, em que no h diretrizes; e o democrtico, considerado a forma ideal, pois nele os indivduos interagem para encontrar a melhor organizao. Distingue tambm dois tipos de microgrupo: sociogrupo e psicogrupo. - Sociogrupo: tem uma tarefa estruturada - Psicogrupo: grupo centrado em si mesmo e estruturado em funo de seus prprios membros.
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  • CARL ROGERS e os grupos de encontro Os grupos de encontro de Carl Rogers constituram um trabalho com grandes grupos. Neles buscava-se explorar as condies definidas para a relao teraputica bipessoal, ou seja, aplicavam-se a grupos pequenos as mesmas condies existentes nesse outro tipo de relao. Desenvolveu, juntamente com seus colaboradores a Terapia Centrada no Cliente. Papel do coordenador: facilitador na produtividade dos processos auto-organizativos, centrando-se na vivncia e expressividade presente de cada um dos participantes e do grupo como um conjunto.
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  • Na primeira metade da dcada de 1970, as vivncias deixaram de ter um carter exclusivamente teraputico, centrando-se mais nas possibilidades de expanso da sanidade e do crescimento. Para Rogers, segundo Lapassade, os verdadeiros conhecimentos no esto no exterior, mas no interior de cada um, em sua experincia.
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  • JEAN-PAUL SARTRE e a dialtica dos grupos As reflexes de Sartre acerca dos grupos foram feitas no mbito da filosofia. Elaborou suas idias sem contato direto e experincia com grupos efetivamente existentes, com base em uma anlise terica a respeito do processo ocorrido durante a Revoluo Francesa (grupos em abstrato). Sartre considera que nem sempre existe um grupo quando as pessoas esto reunidas.
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  • O tipo mais puro de grupo o que Sartre denomina grupo em fuso, que se constitui contra a srie, no momento em que se estabelecem objetivos comuns. Na fuso, cada um agente totalizador, e a totalizao se encontra, ao mesmo tempo, em todo lugar e em lugar nenhum. No grupo em fuso, cada um soberano, pode decidir por todos, sem se tornar chefe. Faz-se lder provisrio aquele que capaz de encontrar caminhos, ver o possvel com olhos comuns.
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  • Uma caracterstica do grupo em fuso sua falta de estabilidade, ou seja, ele se dissolve facilmente, devido ao fato de que sua unidade ainda determinada de acordo com o exterior. Juramento: estatuto de permanncia. Introduz no grupo uma primeira obrigao, que o compromisso de cada um com o grupo. O poder de cada um sobre todos e de todos sobre cada um. pela mediao do juramento que o grupo obtm maior estabilidade e passa a se preocupar com sua organizao.
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  • Grupo de tarefa: necessidade de uma organizao. Isso implica na distribuio e diferenciao de funes (papis). O lugar de cada um est em relao com a organizao de todos,com a repartio das tarefas originadas do objetivo comum. Ele se faz grupo e s continua a ser grupo na medida em que se faz continuamente. Nessa viso, o trabalho no grupo duplo: o grupo se trabalha e o grupo trabalha.
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  • ENRIQUE PICHN-RIVIRE e os grupos operativos Entende a psicologia como psicologia social medida que v o sujeito como emergente de uma complexa trama de vnculos e relaes sociais. O sujeito tem um duplo carter: o de agente, de ator do processo interativo e o de sujeito-sujeitado, pois se constitui nas relaes que estabelece com os outros homens na luta pela sobrevivncia.
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  • A tarefa como um processo, um conjunto de aes a atingir um ou mais objetivos, funciona como um princpio organizador da estrutura interacional que o grupo. Destaca que o simples compartilhar tempo, espao e objetivos no condio suficiente para o estabelecimento de uma relao vincular. Faz-se necessria uma relao de mtua reciprocidade.
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  • Unidade operacional: processo de interaes, isto , as aes de um influenciam as aes dos outros. Vnculo: unidade bsica de interao Ambos, cenrio e instrumento da resoluo de necessidades, individuais e sociais. Papis: cada membro constri o seu em relao aos demais e tarefa.
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  • Papis Porta-voz: integrante que fala por todos os outros e que denuncia o que ocorre explcita ou implicitamente no acontecer grupal Lder: que se faz depositrio dos aspectos positivos do grupo Bode expiatrio: que se faz depositrio dos aspectos negativos do grupo, sendo excludo pelos demais Coordenador: requerido em funo da tarefa, de acordo com os obstculos que surgem no acontecer grupal.
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  • Verticalidade: diz respeito histria particular dos sujeitos Horizontalidade: processo que ocorre no grupo
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  • JACOB LEVY MORENO O psicodrama e a sociometria Constitui um olhar prprio sobre o processo grupal, que inclui conceitos e mtodos especficos. Como se pode ajudar as pessoas que vivem em grupo, mas permanecem solitrias?
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  • Para ele, as foras do grupo possuem um papel decisivo na estruturao da subjetividade, sendo mais fcil objetivar e resolver problemas individuais dentro do grupo. Criou a sociometria:
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  • SOCIOMETRIA Busca descobrir de quem as pessoas gostam ou no, e com quem elas gostariam ou no de trabalhar, por meio de questionrios e entrevistas. Sociograma: diagrama que mapeia graficamente as interaes preferidas, obtidas por meio de entrevistas e questionrios. Por meio dela, investiga as redes formais e informais de comunicao, os processos verbais e no-verbais dessas redes.
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  • Cada grupo tem uma estrutura oficial e uma sociomtrica. Dois grupos nunca so iguais. Critrios diferentes levam a agrupamentos distintos dos mesmos indivduos, ou seja, se o motivo da reunio lazer, as pessoas se escolhem de uma determinada forma, se trabalho, de outra.
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  • Caractersticas comuns dos grupos Interao entre seus membros Interesses e atividades comuns Um mnimo de coeso interna Diferena de status entre os membros
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  • Quando um terapeuta enfrenta o seu grupo para realizar a primeira sesso, percebe imediatamente, com o seu apurado sentido de relaes interpessoais, algumas das interaes entre os membros, como a distribuio de amor, dio e indiferena. No se trata apenas de uma coleo de indivduos. Ele observa que um ou dois membros sentam-se isolados, fisicamente distantes dos demais; que dois ou trs se agrupam, sorrindo e cochichando entre eles; que um par deles discute ou esto sentados ao lado um do outro, numa atitude de frieza.
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  • Nos grupos, os indivduos emocionalmente perturbados so mais freqentemente rejeitados ou que nos grupos normais h um nmero relativamente grande de pares, o que o leva a pensar que a formao de pares ligada a uma boa adaptao emocional e a um tipo de personalidade harmnica dos membros do grupo.
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  • Grupo constitudo por um conjunto relativamente pequeno de pessoas, que mantm contato face a face, ligadas por algum objetivo comum, que leva a interagir e estabelecer relaes de reciprocidade. Grupos tambm se caracterizam por um movimento contnuo, um equilbrio instvel e temporrio, cujo conhecimento extremamente difcil, por ser impossvel apreender toda a riqueza existente no entrecruzamento dos aspectos subjetivos e do conjunto dos participantes em permanente processo de reciprocidade.
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  • O elemento que completa a dinmica de construo social da realidade o grupo o lugar onde a instituio se realiza. O grupo realiza as regras e promove os valores. O grupo o sujeito que reproduz e que, em outras oportunidades, reformula tais regras. tambm o sujeito responsvel pela produo dentro das organizaes e pela singularidade ora controlado, submetido de forma acrtica a essas regras e valores, ora sujeito da transformao, da rebeldia, da produo do novo.
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