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IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES CRÍTICOS PARA O SUCESSO DA ADOÇÃO DA PRÁTICA DE LOGÍSTICA REVERSA NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ: UMA ANÁLISE SOBRE A ETAPA DE GERAÇÃO E TRIAGEM DE RESÍDUOS. Josinaldo de Oliveira Dias (UENF) [email protected] gudelia g. morales de arica (UENF) [email protected] Atualmente, a exigência e vigor dos clientes e das legislações ambientais em relação às práticas de tratamento adequado aos resíduos provenientes das indústrias, tem se tornado crescente, porém ainda incipientes. Com base nesse contexto, a logística reversa apresenta-se com o objetivo de gerir os fluxos reversos, garantindo que os produtos, que ainda apresentam vida útil ou não, após a venda e uso, se tornem insumos novamente para o ciclo produtivo, recebendo e agregando valor em outros mercados. O presente trabalho busca, por meio da revisão da literatura, analisar o desenvolvimento da fase inicial (geração e triagem) das operações de logística reversa no setor da construção civil, no município de Campos dos Goytacazes-RJ. Com o auxílio das ferramentas da qualidade tornou-se possível evidenciar os principais fatores críticos ao sucesso da adoção da fase inicial da logística reversa no setor. Para definir as principais e possíveis causas deste efeito, buscou-se trabalhar com a aplicação de questionários e processo de brainstorm junto às empresas de construção civil localizadas no município em estudo, e entrevista semi - estruturada realizada na secretaria municipal de limpeza pública, evidenciando por meio de um diagrama de correlação as causas raízes, tais como: Falta de conscientização dos impactos ambientais e a percepção de ausência de legislação vigorosa. A avaliação da pesquisa ocorre de forma qualitativa onde através das informações e panorama obtidos, foi possível o delineamento de um plano de ação voltado para as causas raízes do efeito estudado, bem como o contra ponto entre a XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.

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IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES CRÍTICOS PARA

O SUCESSO DA ADOÇÃO DA PRÁTICA DE

LOGÍSTICA REVERSA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ: UMA

ANÁLISE SOBRE A ETAPA DE GERAÇÃO E

TRIAGEM DE RESÍDUOS.

Josinaldo de Oliveira Dias (UENF)

[email protected]

gudelia g. morales de arica (UENF)

[email protected]

Atualmente, a exigência e vigor dos clientes e das legislações ambientais em

relação às práticas de tratamento adequado aos resíduos provenientes das

indústrias, tem se tornado crescente, porém ainda incipientes. Com base

nesse contexto, a logística reversa apresenta-se com o objetivo de gerir os

fluxos reversos, garantindo que os produtos, que ainda apresentam vida útil

ou não, após a venda e uso, se tornem insumos novamente para o ciclo

produtivo, recebendo e agregando valor em outros mercados. O presente

trabalho busca, por meio da revisão da literatura, analisar o desenvolvimento

da fase inicial (geração e triagem) das operações de logística reversa no setor

da construção civil, no município de Campos dos Goytacazes-RJ. Com o

auxílio das ferramentas da qualidade tornou-se possível evidenciar os

principais fatores críticos ao sucesso da adoção da fase inicial da logística

reversa no setor. Para definir as principais e possíveis causas deste efeito,

buscou-se trabalhar com a aplicação de questionários e processo de

brainstorm junto às empresas de construção civil localizadas no município em

estudo, e entrevista semi - estruturada realizada na secretaria municipal de

limpeza pública, evidenciando por meio de um diagrama de correlação as

causas raízes, tais como: Falta de conscientização dos impactos ambientais e

a percepção de ausência de legislação vigorosa. A avaliação da pesquisa

ocorre de forma qualitativa onde através das informações e panorama

obtidos, foi possível o delineamento de um plano de ação voltado para as

causas raízes do efeito estudado, bem como o contra ponto entre a

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percepção de ausência de legislação vigorosa e o desconhecimento das leis

de ações em prol da gestão de tais resíduos.

Palavras-chave: Logística Reversa, Ferramentas da qualidade, Campos dos

Goytacazes.

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1 - Introdução

Diante dos problemas ambientais enfrentados atualmente, o que mais atinge a população

refere-se ao gerenciamento dos resíduos sólidos. Pode-se afirmar que os principais fatores que

contribuem de forma significativa para este problema são representados pelo crescimento

exponencial da população mundial, urbanização e a mudança do estilo de vida do homem

(MACÊDO et al. 2001).

A construção civil apresenta-se como responsável por uma fatia significativa dos impactos

negativos causados ao meio ambiente, interferindo no meio físico, biótico e antrópico

(MARCONDES et al. ,2005).Contudo a construção civil e sua cadeia produtiva encontram-se

na base do desenvolvimento, influenciando e estimulando fortemente a evolução do espaço

urbano (CBIC, 2012).

Segundo estudos da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC, 2012), é primordial

que o setor busque superar a visão ultrapassada de que “construção sustentável” ocasiona

aumento de custos e reduz a capacidade produtiva da construção, uma vez que aplicada de

forma efetiva, a sustentabilidade garante qualidade de produtos, diminuindo os custos

envolvidos no ciclo de vida e o setor financeiro tem a oportunidade de investir de forma

transparente e com riscos mínimos.

Devido ao aumento do descarte de produtos e a falta de canais de distribuição reversos de

pós-consumo, surge o desequilíbrio entre as quantidades reaproveitadas e as descartadas, o

que eleva o nível de produtos pós-consumo e deixa visível um dos mais graves problemas

urbanos ambientais vividos atualmente, a dificuldade de alocação do lixo urbano (LEITE,

2003).

Com base nesse contexto, a logística reversa apresenta-se com o objetivo de gerir os fluxos

reversos, garantindo que os produtos, que ainda apresentam vida útil ou não, após a venda e

uso, se tornem insumos novamente para o ciclo produtivo, recebendo e agregando valor em

outros mercados.

2 – Revisão da literatura

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2.1 - Logística Reversa

De acordo com Meade e Sarkis (2007), a logística reversa representa um mecanismo no qual

o fabricante pode utilizar-se para recolher produtos no final do ciclo de vida útil, onde o ponto

de origem é o consumidor, e tais produtos possivelmente serão destinados aos canais de

reciclagem e re-fabricação.

Algumas definições de logística reversa são apresentadas no quadro 1, abaixo:

Quadro 1 – Definições de logística reversa

Perspectiva Autores e Ano Definição

Ambiental BALLOU (1995)

“A preocupação com a ecologia

e o meio ambiente cresceu junto

com a população e a

industrialização o que

proporcionará novas

oportunidades para a área da

logística”. Como exemplo a LR.

Genérica

INDERFURTH et al. apud

LIMA & CAIXETA

(2001)

“Conjunto de ações que visam à

reutilização de produtos e

materiais.”

Genérica FLEISCHMANN et al.

(1997)

“Logística reversa é o processo

de planejamento, implementação

e controle eficiente e eficaz do

fluxo de entrada e armazenagem

de materiais secundários e

informações relacionadas

opostas à direção tradicional da

cadeia de suprimentos, com o

propósito de recuperar valor ou

descartar corretamente

materiais.”

Logística de

Negócios STOCK (1998)

“O papel da logística em termos

de retorno de produtos, redução

de recursos, reciclagem,

substituição de materiais,

reutilização, disposição de

resíduos, reforma, reparo e

manufatura.”

Objetivo de

suas

Operações

Glossário da Logística

apud LIMA & CAIXETA

(2001)

“Conjunto de atividades e

habilidades gerenciais logísticas

relacionadas à redução,

administração e disposição de

detritos perigosos ou não,

derivados de produtos ou

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embalagens.”

Logística

Empresarial LEITE (2003)

“Entendemos a LR como a área

da logística empresarial que

planeja, opera e controla o fluxo

das informações logísticas

correspondentes ao retorno de

bens de pós-venda e de pós-

consumo, ao ciclo de negócios

ou ao ciclo produtivo, por meio

dos canais de distribuição

reversos.”

Fonte: adaptado de Costa e Valle (2006)

Wang e Bai, (2010) acreditam que a mais importante tarefa da logística reversa seja a coleta

de produtos usados, baseada no balanceamento entre os efeitos ambientais e os custos. Os

produtos que são coletados por meio de logística reversa podem ser direcionados a quatro

canais: a reutilização direta, reparação, reciclagem e remanufatura (SRIVASTAVA, 2007).

A logística reversa pode ser realizada através do canal convencional (conhecido como

logística para frente), através do canal reverso, ou através de uma combinação que usa ambos

os canais, para frente e reverso. (THIERRY et al 1995).

A prática da logística reversa se subdivide em duas grandes áreas de atuação, que por sua vez

são identificadas como logística reversa de pós-consumo e logística reversa de pós-venda.

Essa segmentação ocorre devido à diferenciação entre os objetivos estratégicos e as técnicas

operacionais aplicadas a cada área, ainda que existam muitas interdependências entre elas, o

que é evidenciado na figura 1 (LEITE, 2003).

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Figura 1 - Foco de atuação da Logística Reversa.

Fonte: Leite (2003).

Os canais de distribuição direcionados a logística reversa de pós-consumo são responsáveis

pelo fluxo reverso de materiais componentes e produtos oriundos do descarte depois de

esgotada a sua utilidade original. Esse sistema reverso possui dois subsistemas denominados

canais reverso de reuso e canais reversos de reciclagem. Uma vez atingido seu fim de vida útil

efetivamente, o produto conta com dois importantes canais reversos de revalorização: o canal

de “reciclagem” e o canal de “desmanche”. Quando nenhum dos canais se apresenta viável, os

bens pós-consumo são destinados a “disposição final” (LEITE, 2003).

Segundo Leite (2003), a logística reversa pós-venda se caracteriza por possuir diferentes

formas e possibilidades para retornar o produto no sentido inverso da logística empresarial.

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Retorno esse ocasionado por problemas relacionados a processos comerciais ou a qualidade

como um todo. O canal de distribuição reverso de pós-venda possui como foco estratégico

agregar valor ao produto que é retornado por razões comerciais, processamento de pedidos

feito incorretamente, defeitos, avarias decorrentes do transporte, entre outros.

2.2 - Importâncias da logística reversa

A má gestão dos produtos descartados pelos consumidores trás o que podemos definir como

poluição para o meio ambiente, que por sua vez, se apresenta como fator gerador de custos

para a sociedade em termos de gastos para destinação final e, para as empresas como custo da

repercussão negativa em sua imagem corporativa. Contudo, LEITE (2003), demonstra outro

custo que se projeta além dessas duas dimensões: os custos ecológicos, gerados pelo impacto

dos produtos no meio ambiente.

De acordo com Costa e Valle (2006), as atividades da LR apresentam diversos ganhos, entre

eles: agregam valor ao produto no mercado, imagem corporativa associada ao respeito ao

meio ambiente, captação de oportunidades econômicas para o processo produtivo e reduz

significativamente a aquisição de matéria- prima virgem. Outros aspectos a serem lembrados

e que podem impulsionar a aplicação da Logística Reversa são:

Os custos de descarte em aterros sanitários têm aumentado;

Considerações econômicas e ambientais estão forçando as empresas a utilizarem

embalagens retornáveis;

Maior consciência das empresas com relação a todo o ciclo de vida de seus produtos, ou

seja, ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega dos produtos ao cliente,

evitando a geração de impacto negativo ao meio ambiente;

A matéria-prima nova está se tornando menos abundante, e consequentemente, mais

caro.

Economias geradas para a empresa devido ao reaproveitamento de materiais e

componentes secundários. Além de apresentar diferenciação em serviço ao cliente a

medida que o fabricante tem políticas mais liberais de retorno de produtos, apresentando

uma vantagem em relação a concorrência;

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Eliminação de produtos que se tornam obsoletos devido ao alto grau de

desenvolvimento tecnológico.

Face às regulamentações, muitas empresas são obrigadas a recolherem seus produtos

quando os mesmos atingem o final da vida útil;

As empresas devem desenvolver produtos “amigáveis ao meio ambiente”;

Técnicas para recuperação de produtos e gerenciamento do desperdício devem ser

desenvolvidas.

Assim, Fuller e Allen (1995), sintetizaram os principais fatores que levam à aplicação da

logística reversa em cinco pontos:

Econômicos: relacionam-se com o custo da produção, por necessidade de adaptação dos

produtos e processos para evitar ou diminuir o impacto ao meio ambiente;

Governamentais: relacionam-se à legislação e à política de meio ambiente;

Responsabilidade Corporativa: relacionam-se ao comprometimento das empresas

fabricantes com a coleta de seus produtos ao final da vida útil;

Tecnológicos: ligam-se aos avanços tecnológicos da reciclagem e projetos de produtos

com finalidade de reaproveitamento após descarte pela sociedade;

Logísticos: relacionam-se aos aspectos logísticos da cadeia reversa, como por exemplo,

a coleta de produtos.

2.3 - A logística reversa no Brasil

Diversas indústrias brasileiras estão desenvolvendo suas atividades de logística reversa, com o

intuito de obter grande economia de custos de produção, principalmente em relação a insumos

como energia elétrica, matéria-prima e mão-de-obra. Temos em nosso país um exemplo

evidente dos ganhos proporcionados pela logística reversa na indústria de alumínio, mais

específico, o da lata de alumínio que, é 100% reciclável e podem ser recicladas inúmeras

vezes. O Brasil, em 2005, reciclou 96% das latas de alumínio produzidas, superando os

Estados Unidos, que as reciclam há mais de 30 anos. (ABAL, 2012).

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O meio empresarial, por força da lei e pela preocupação da sociedade com os aspectos

ambientais, vem buscando alternativas para a destinação adequada de resíduos. Atualmente, a

gestão de resíduos, conta com duas principais regulamentações: A Lei nº. 12.305 (Política

Nacional de Resíduos Sólidos e a Resolução nº. 307 do CONAMA (Conselho Nacional do

Meio Ambiente) de 5 de julho de 2002. Ambas visão a disposição de forma adequada de tais

resíduos, não vigorando de forma intensa na reutilização dos mesmos.

O CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) visa estabelecer diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações

necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. (CONAMA, 2002)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos,

instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, isoladamente ou em

regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à

gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.

2.4 - Logística reversa na construção civil

Marcondes e Cardoso (2005), afirmam que, de forma generalizada, a cadeia da construção

civil deve prover o desenvolvimento sustentável, ou seja, deve desenvolver-se de forma a não

comprometer a capacidade das gerações futuras em fazê-lo também. Salientam ainda a

relevância do estudo da logística reversa aplicado à construção civil em virtude de “os

processos industriais da cadeia produtiva da Construção Civil gerar resíduos industriais de

característica diversas e em alto volume e massa, os quais causam expressivos impactos

ambientais”.

Reciclagem de resíduos de construção e demolição contribui decisivamente para a economia

de recursos minerais naturais. Na Alemanha, a construção com minerais processados e

resíduos de demolição de engenharia estrutural são usados quase que exclusivamente na

engenharia civil pesada (setor de terraplanagem e construção de estradas) como reciclagem

em circuito aberto. Devido aos valores-limite mais rigorosos previstos para a protecção do

solo e da água, no entanto, este caminho de reciclagem na construção civil pode não ser mais

aplicável no futuro. De acordo com algumas diretrizes e normas adotadas recentemente,

agregados reciclados também podem ser utilizados para a produção de concreto no sector da

engenharia estrutural (reciclagem em circuito fechado). Resíduos do sector engenharias

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estrutural pode assim ser mantida em um ciclo fechado, e seu escoamento para o aterro pode

ser evitada (Weil et al, 2006).

Basicamente, segundo Steven (2004), os sistemas Logísticos Reversos da construção civil são

correspondentes aos fluxos de Resíduos de Construção e Demolição – RCD, por meio dos

canais reversos. Grande parte dos RCD passa por processo de reciclagem, já que a maior parte

dos resíduos desses materiais não possui forma, nem funcionalidades mantidas.

2.5 - Ciclo de vida dos RCD

Lima (2013) infere que o ciclo de vida de um produto, em esfera legal, está associado à

responsabilidade da cadeia da construção civil pelos produtos desde o pré-uso até a fase final

de disposição ou reciclagem. Tais estudos, denominados avaliação do ciclo de vida tornaram-

se ferramentas de apoio a decisões ambientais na Europa e também nos EUA. A figura 2

esquematiza o ciclo de vida dos produtos na cadeia da construção civil.

Figura 2 – Ciclo de vida dos RCD.

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Fonte: Lima apud Amélia Craighill e Jane C. Powel, (1999)

2.6 - Logística reversa na construção civil em Campos dos Goytacazes

De acordo com estudos do SEBRAE (2013), a estimativa de empresas no setor da construção

civil, de médio e grande porte, localizadas no munícipio é de aproximadamente 35 empresas.

Segundo Dias et al (2013), apenas 22% das empresas de médio e grande porte, que

desenvolvem empreendimentos na região, utilizam algum dos canais reversos em seu

processo produtivo, restando assim 78% das empresas que não praticam a logística reversa.

De acordo com o Secretario de Serviços Públicos da cidade Campos dos Goytacazes, em

exercício no ano de 2013, os resíduos da construção civil não se enquadram no rol dos

produtos da logística reversa, conforme se verifica no artigo 33 da Lei Federal n°

12.305/2010. O município desenvolve a prática da logística reversa em outros setores já

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previsto por legislação, como é o caso de pneus e pilhas. Contudo, existe o desenvolvimento

de ações parciais com objetivo maior de sensibilizar a comunidade com relação ao tema.

Tendo em vista que a responsabilidade maior é dos produtores, fabricantes, importadores,

entre outros, estando atualmente em construção pelo Ministério do Meio Ambiente para

implantação dos acordos setoriais.

3 – Ferramentas da qualidade

Para Miguel (2006) as ferramentas da Qualidade usualmente representam suporte ao

desenvolvimento da qualidade ou ao apoio à decisão na análise de determinado problema.

Este pensamento pode ser completado por Mata-Lima (1999) que afirma que o grande

potencial de tais ferramentas, está quando são utilizadas para a identificação das causas raízes

dos problemas e para a solução destes.

Contudo, é imprescindível que as partes interessadas realizem discussões em torno do tema,

proporcionando condições necessárias para a aplicação das ferramentas da qualidade, que

quando aplicadas de forma correta, proporcionará a identificação das causas. É de suma

importância que a decisão se fundamente em resultados da análise dos registros de informação

relevante visitas de estudo, reuniões técnicas, inquéritos e entrevistas, entre outros. Mata-

Lima (2007)

As Sete Ferramentas Tradicionais da Qualidade, de acordo com Miguel (2006) e Vieira

(1999), são: diagrama de causa-efeito, histograma, gráfico de Pareto, diagrama de correlação,

gráfico de controle e folha de verificação.

4 – Metodologia

A metodologia aplicada caracteriza-se como exploratória. Segundo Gil (1987), o estudo

exploratório aprimora as ideais ou descobre intuições. Geralmente, o estudo é exploratório

quando a literatura sobre o tema ainda apresenta-se de forma escassa. (AAKER et al., 2004)

O presente artigo também se caracteriza como uma pesquisa descritiva, pois fundamenta seu

objetivo em descrever um determinado fenômeno (GIL, 1987).

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Sendo uma pesquisa exploratória e descritiva, a metodologia utilizada foi à pesquisa

qualitativa, que, de acordo com Levy (2005), é uma metodologia que vem sendo adotada

crescentemente por diversos autores.

A pesquisa bibliográfica consistiu na obtenção de dados através de análise de materiais

disponíveis em livros, artigos, teses e dissertações, além de consultar dados disponíveis na

mídia eletrônica, com o intuito de obter embasamento conceitual sobre logística reversa,

logística reversa na construção civil e ferramentas da qualidade.

Buscou-se alcançar mais informações sobre a problemática através da aplicação de

questionários junto às empresas de construção civil, realizada no ano 2013, que versou sobre

as dificuldades de aplicação, conhecimento sobre a prática da logística reversa e falta de

iniciativa pública e privada, e a realização de entrevista semi – estruturada junto à secretaria

municipal de limpeza pública.

Por meio deste, foi possível identificar os principais fatores críticos que atuam como barreiras

a adoção da logística reversa no setor da construção civil. Em posse dessas informações,

buscou-se estruturar por meio do diagrama de Ishikawa as causas e efeitos referentes à

problemática, e posteriormente lançou-se mão da ferramenta diagrama de correlação para

evidenciar as causas raízes, e possibilitar o delineamento do plano de ação.

5 - Resultados

As principais causas evidenciadas em todo o processo metodológico, referentes à

problemática da não prática da logística reversa no setor da construção civil foram alocadas

de forma sistemática, com o intuito de representar a relação de causa e efeito. Para isso,

contou-se com a utilização do diagrama de causa e efeito (Ishikawa). A figura 4 representa as

principais causas evidencias no presente estudo.

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Figura 4 – Diagrama de causa e efeito aplicado a não pratica da logística reversa

Mediante as causas apontadas pelo diagrama de causa e efeito, buscou-se identificar qual ou

quais são as causas raízes de tal efeito. Para isso, utilizou-se o auxílio da ferramenta da

qualidade identificada como diagrama de correlação, que compara o relacionamento de

influência, de uma causa com as demais. Assim temos a figura 5 representando a aplicação da

ferramenta.

Mão de obra Profissionais não

capacitados

Meio

Falta de

conscientização

do

cliente/empresa

Legislação

Ausência de

legislação rigorosa

Métodos

Não detém

conhecimento

sobre a prática

Competitividade

Ausência de visão

competitiva Falta de

Responsabilidade

corporativa

Não prática da

logística reversa na

construção civil

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Figura 5 - Correlação entre as causas evidenciadas

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De acordo com o diagrama de correlação a causa raiz se refere principalmente à ausência de

legislações vigorosas, ou seja, ainda faltam iniciativas, principalmente da parte pública, em

promover a prática da logística reversa no setor de construção civil a rigor. Mediante a análise

desta causa, podemos realizar uma breve discussão: A percepção das empresas aponta para a

não existência de legislação efetiva para a implantação da logística reversa, contudo no ano de

2010 houve a promulgação da Lei 12504 denominada Política Nacional dos Resíduos Sólidos

(PNRS), que prevê a prática da logística reversa em sua resolução, conferindo as

caracterizações necessárias para a adoção no ambiente empresarial, além do mais, o setor da

construção civil conta especialmente com o direcionamento da resolução CONAMA 307 de

2002, para a gestão adequada dos resíduos. A falta de conscientização tanto do cliente quanto

da empresa também se apresenta como um fator importante a ser melhorado para que as

barreiras à adoção da logística reversa sejam minimizadas. Temos como item resultado-chave

a falta de conhecimento sobre a prática. Isso nos permite inferir que havendo a promoção de

melhorais nas causas raízes, o item resultado-chave será consequentemente melhorado, pois

ele se apresenta como o “produto” de algumas outras causas.

Perante esses fatores críticos, buscou-se desenvolver um plano de ação, visando ambas as

causas que se apresentam de forma mais crítica dentro do contexto do trabalho.

Para o desenvolvimento do plano de ação de forma organizada, utilizou-se a ferramenta

5W2H, permitindo uma maior ordenação na proposição deste plano. O quadro 4 apresenta o

plano de ação formulado.

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Quadro 4 – Plano de ação para as causas identificadas

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6 - Discussões

O presente artigo buscou destacar a importância da adoção de práticas reversas em todos os

setores produtivos, principalmente o setor da construção civil. A iniciativa de adotar tais

práticas trará diversos ganhos, não só na esfera empresarial, mas também na ambiental e

social. Tais ganhos podem ser estratificados como:

Empresarial: Diferencial competitivo, redução da aquisição de matéria prima oriunda

de recursos naturais, economias no processo produtivo, aumento da fatia de mercado

atuante (atendendo também a clientes que visam à conservação ambiental), aquisição

de certificações internacionais, entre outras.

Ambiental: Preservação da fauna e flora, manutenção dos recursos naturais,

diminuição nos impactos ambientais causados pela atividade construtiva, entre outras.

Social: Garantir as condições de sobrevivência no planeta para as gerações futuras,

redução de custos tanto para a aquisição quanto para a manutenção, geração de

emprego formal e informal (o trabalho dos catadores), entre outros.

Assim, com o intuito de prover os passos iniciais rumo ao estabelecimento da cadeia reversa

no setor, o plano de ação sugere o foco inicial, propiciando um maior conhecimento sobre a

prática da logística reversa e disseminando seus ganhos sociais, ambientais e empresariais.

De acordo com Costa e Valle (2006), a logística reversa, quando bem aplicada, resulta na

contribuição de forma significativa para a reutilização dos bens em fim de vida útil, através de

uma estruturação adequada dos canais reversos. “É notório que a evolução desta prática

necessita do apoio do governo, das empresas - públicas e privadas - e da comunidade para que

a preservação do meio ambiente, visando o desenvolvimento sustentável, seja alcançada com

o auxílio do planejamento e aplicação eficientes da logística reversa.”

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