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Identificação de Passivos Ambientais em Alvos Localizados na Região Afetada pelo Reservatório do AHE Jirau Relatório Técnico 112662FINALRL000100 Preparado Por Preparado Para ICF Consultoria do Brasil Ltda. Av. das Américas, nº 700, Bloco 6, sala 251 Barra da Tijuca Rio de Janeiro, RJ CEP 22640100 Tel (21) 21172550 Fax (21) 21327354 www.icfi.com.br Rua Joaquim Nabuco, 3200 – Sala 102 São João Bosco Porto Velho, RO CEP 76804066 Tel (69) 32182000 www.energiasustentaveldobrasil.com.br Junho de 2011 Revisão 00

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Identificação de Passivos Ambientais em Alvos 

Localizados na Região Afetada pelo Reservatório do AHE Jirau 

Relatório Técnico 

 

         

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Preparado Por  Preparado Para 

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Índice

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ÍNDICE 

Apresentação ........................................................................................................................................ 1 

1 ­ Considerações Iniciais ................................................................................................................. 1 

2 ­ Área de Estudo ................................................................................................................................ 1 

3 ­ Aspectos Conceituais .................................................................................................................... 2 

4 ­ Diagnóstico Geoambiental da Área e do Entorno................................................................ 6 

4.1 ­ Caracterização Preliminar ..........................................................................................................6 4.1.1 - Histórico ......................................................................................................................................................... 9 4.1.2 - Uso e Ocupação do Solo ........................................................................................................................... 9 4.1.3 - Aspectos Físicos de Mutum Paraná .................................................................................................... 15 5 ­ Amostragem e Análises Químicas ............................................................................................ 16 

5.1 ­ Seleção de Pontos de Perfuração e Amostragem do Solo ..................................................16 

5.2 ­ Análises Químicas e Resultados Analíticos ............................................................................20 

6 ­ Análise dos Resultados ................................................................................................................ 21 

7 ­ Considerações Finais .................................................................................................................... 23 

8 ­ Recomendações ............................................................................................................................. 25 

9 ­ Responsável Técnico .................................................................................................................... 25 

10 ­ Equipe Técnica ............................................................................................................................. 26 

11 ­ Bibliografia ................................................................................................................................... 26  ÍNDICE DE QUADROS 

Quadro 5-1 - Identificação dos pontos de amostragem de solos na área estudada ................................................... 20 Quadro 5-2 - Síntese dos resultados analíticos obtidos para as amostras coletadas. ............................................... 21  ÍNDICE DE FIGURAS 

Figura 2-1 - Localização dos sites identificados na área urbana do distrito de Mutum Paraná. ........................... 2  ÍNDICE DE FOTOS Foto 4-1 - Vista de fragmento da cobertura do posto de combustíveis desativado, mostrando a marca BR, bandeira provavelmente utilizada no mesmo. ....................................................................................................... 11 

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Índice 

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Foto 4-2 - Vista do buraco deixado pela remoção do TAS na área de tancagem do posto de combustíveis desativado. ........................................................................................................................................................ 11 Foto 4-3 - Vista parcial do site 1. Nota-se aos pés dos sondadores o limite entre o pavimento asfáltico e o solo com pedregulho. ......................................................................................................................................................... 11 Foto 4-4 - Vista parcial do site 2, voltada para a antiga área de expedição. ................................................................... 12 Foto 4-5 - Vista parcial do site 2 - Antiga área de administração. ...................................................................................... 12 Foto 4-6 - Vista parcial do Site 2 - Antiga área de produção. ............................................................................................... 12 Foto 4-7 - Vista parcial do site 2 - Antiga oficina de manutenção. Nota-se aos pés dos sondadores a mancha de óleo. ........................................................................................................................................................................... 13 Foto 4-8 - Vista parcial do site 2 - Poço sertanejo existente. Nota-se que o estado de conservação do mesmo permite o acesso visual à água subterrânea. ................................................................................................... 13 Foto 4-9 - Vista parcial do site 3 - Ponto na antiga área de produção, atualmente com vigas de madeira empilhadas. ................................................................................................................................................................................... 14 Foto 4-10 - Vista da antiga placa de identificação do site 4. ......................................................................................................... 14 Foto 4-11 - Vista parcial da antiga área de manutenção do site 4. Nota-se aos pés dos sondadores manchas de óleo em tom mais escuro. .............................................................................................................................. 15 Foto 4-12 - Vista de carcaças de carro abandonadas no site 4. ........................................................................................... 15 Foto 4-13- Detalhe de sedimento detrítico laterítico na área em estudo. ...................................................................... 16 Foto 4-14 - Detalhe de rocha granítica na área em estudo. .................................................................................................. 16 Foto 4-15 - Afloramento de quartzito em Mutum Paraná. ....................................................................................................... 16 Foto 5-1 - Sondagem com trado manual na área em estudo. ............................................................................................... 18 Foto 5-2 - Detalhe de amostra de solo com resíduo de hidrocarboneto no Site 2. ..................................................... 19 

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Apresentação 

Este documento apresenta a identificação de passivos ambientais, realizada em áreas de uso comercial e industrial localizadas no distrito de Mutum Paraná, no município de Porto Velho, estado de Rondônia. Atualmente, a área urbana do distrito de Mutum Paraná encontra-se em processo final de desmobilização, visto que será diretamente atingido pelo futuro reservatório do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Jirau, pela Energia Sustentável do Brasil S.A. (ESBR). O presente estudo tem como escopo a identificação de pontos passíveis de contaminação do solo, localizados na área do futuro reservatório do AHE Jirau, sendo baseada primeiramente nas orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), relacionadas ao Programa de Monitoramento do Lençol Freático, previsto no item 4.3 do Projeto Básico Ambiental (PBA), e ao item "a" da condicionante 2.14 da Licença de Instalação (LI) nº 621/2009, relativa ao Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) do empreendimento em pauta. Adicionalmente, adotou-se também como referência a Norma Técnica ABNT/NBR 15515 - Passivo Ambiental  em  Solo  e  Água  Subterrânea,  Partes  1  e  2,  respectivamente  Avaliação  Preliminar  e Avaliação  Confirmatória. Foram ainda considerados a Resolução CONAMA nº 420/2009 e os Procedimentos  para  Gerenciamento  de  Áreas  Contaminadas preconizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) em junho de 2007, bem como os Procedimentos para  Identificação  de  Passivos  Ambientais  em  Estabelecimentos  com  Sistema  de  Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis ­ SASC, também editado pela CETESB em fevereiro de 2007.

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1 ­ CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

A preocupação com a proteção do solo é um assunto cuja relevância social e econômica tem galgado espaços importantes na tomada de decisões, em especial nas últimas décadas, tendo sido o último conceito abordado nas políticas ambientais dos países industrializados a partir do final da década de 70, como conseqüência da ocorrência de problemas ambientais significativos. A presença de contaminantes em um determinado local ou site pode causar impactos em diversos aspectos ambientais, atingindo o solo, a água, a vegetação e a fauna, além de oferecer riscos à saúde humana, restrições ao desenvolvimento urbano e redução do valor imobiliário das propriedades. Neste contexto, a avaliação preliminar de passivos ambientais teve como objetivo a identificação de pontos passíveis de contaminação do solo dentro da área do futuro reservatório do AHE Jirau, os quais podem representar fontes de contaminação do lençol freático ou do futuro reservatório. 2 ­ ÁREA DE ESTUDO 

O site estudado compreendeu basicamente toda a área urbana do distrito de Mutum Paraná, localizado no município de Porto Velho, estado de Rondônia. Nesta região, foram identificadas previamente pela empresa Geoanalises Sondagens e Monitoramentos Ltda. 05 (cinco) Áreas Suspeitas de Contaminação (AS) situadas dentro do perímetro urbano, atualmente em processo final de desmobilização em decorrência de seu futuro alagamento. O acesso ao referido distrito é feito unicamente pela Rodovia Marechal Rondon (BR-364), logo após ser transposta a ponte sobre o rio Mutum Paraná, no sentido de Porto Velho/RO para Rio Branco/AC, na altura do quilômetro 377,5. A seguir são elencados os sites que foram alvos deste estudo, com suas respectivas coordenadas de referência (UTM – Datum SAD69 zona 20S). • Site 1: Posto de Combustíveis Desativado - 286.720 km E / 8936.020 km N; • Site 2: Serraria Desativada 1 - 286.600 km E / 8936.000 km N; • Site 3: Serraria Desativada 2 - 286.620 km E / 8936.120 km N; • Site 4: Serraria Desativada 3 - 287.450 km E / 8935.900 km N; • Site 5: Grupo Gerador de Eletricidade do distrito de Mutum Paraná - 287.225 km E / 8935.900 km N.

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Cabe ressaltar que, conforme informado ao IBAMA no dia 17/05/2011, através da correspondência AJ/MC 930-2011, não foi possível realizar a avaliação preliminar na área do gerador de energia elétrica do distrito de Mutum Paraná (site 5) durante as vistorias de campo, uma vez que a empresa Guascor do Brasil Ltda., responsável pela sua operação, não autorizou a entrada da equipe técnica da empresa ICF Consultoria do Brasil Ltda., contratada da ESBR, ao local. A Figura  2­1, a seguir, apresenta a localização do distrito de Mutum Paraná e dos sites identificados.

Figura 2­1 ­ Localização dos sites identificados na área urbana do distrito de Mutum Paraná. 

3 ­ ASPECTOS CONCEITUAIS 

A Identificação dos Passivos Ambientais em Alvos Localizados na Região Afetada pelo Reservatório do AHE Jirau foi planejado e executado de acordo com as orientações técnicas do IBAMA, relacionadas ao PBA (Programa de Monitoramento do Lençol Freático e Programa de

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Página 3/26 Junho de 2011 

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Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD) e ao item "a" da condicionante 2.14 da LI nº 621/2009 do AHE Jirau. Adicionalmente, adotou-se também como referência a Norma Técnica ABNT/NBR 15515 - Passivo Ambiental  em  Solo  e  Água  Subterrânea,  Partes  1  e  2,  respectivamente  Avaliação  Preliminar  e Avaliação  Confirmatória. Foram ainda consideradas a Resolução CONAMA nº 420/2009 e os Procedimentos  para  Gerenciamento  de  Áreas  Contaminadas preconizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) em junho de 2007, bem como os Procedimentos para  Identificação  de  Passivos  Ambientais  em  Estabelecimentos  com  Sistema  de  Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis ­ SASC, também editado pela CETESB em fevereiro de 2007. De acordo com a CETESB (2001), uma área contaminada pode ser definida como:

“(...) uma área,  local, ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação, causada pela 

introdução  de  quaisquer  substâncias  ou  resíduos  que  nela  tenham  sido  depositados,  acumulados, 

armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental, ou até mesmo natural.” Os poluentes ou contaminantes podem se concentrar em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente, como no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais utilizados para aterrar terrenos, nas águas subterrâneas ou, de forma geral, nas zonas saturadas e não-saturadas, além de poderem se concentrar nas paredes e pisos das edificações e estruturas, podendo causar impactos negativos sobre os bens a proteger. Segundo a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), os bens a proteger são: • A saúde e o bem-estar da população; • A fauna e flora; • A qualidade do solo, das águas e do ar; • Os interesses de proteção à natureza/paisagem; • A ordenação territorial e o planejamento regional urbano; • A segurança e a ordem pública. De acordo com a Lei nº 997/1976, que dispõe sobre o controle da poluição ambiental no estado de São Paulo, considera-se poluição do meio ambiente: “(...) a presença, o  lançamento, a  liberação, nas águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer  forma de 

matéria  ou  energia  com  intensidade,  em  quantidade,  de  concentração  ou  com  características  em 

desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência dessa lei, ou que tornem ou possam tornar as 

águas, o ar ou o solo: 

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• Impróprios, nocivos ou ofensivos à saúde; 

• Inconvenientes ao bem­estar público; 

• Danosos aos materiais, à fauna e à flora; 

• Prejudiciais à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.” Nesse contexto, o gerenciamento de áreas contaminadas compreende basicamente 02 (dois) processos, visando em primeiro plano à identificação das áreas contaminadas e posteriormente a sua recuperação, caso seja necessária. Cabe destacar que a Norma Técnica ABNT/NBR 15515 ­  Passivo  Ambiental  em  Solo  e  Água Subterrânea Partes 1  e 2,  respectivamente Avaliação Preliminar  e Avaliação Confirmatória, foi publicada com a finalidade de padronizar o gerenciamento de áreas contaminadas em âmbito nacional, uma vez que, até a sua publicação, não havia uma uniformidade para o estudo entre os estados brasileiros. Embora, até então, cada estado seguisse suas próprias definições, o principal e mais completo documento orientador para este tipo de estudo era o Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, elaborado pela CETESB em 2001, substituído em junho de 2007 pelos Procedimentos  para  o  Gerenciamento  de  Áreas  Contaminadas, o qual é amplamente aceito do ponto de vista técnico até a presente data. As ações preconizadas na norma técnica vigente, para áreas com escala regional, podem também ser utilizadas para situações de menor escala, como no presente caso, em que ao início das atividades já se sabia a região ou área de interesse. Assim, com base nas orientações e normas técnicas mencionadas, uma área em processo de avaliação de passivo ambiental deve ter seu histórico de uso, bem como as estruturas e obras civis existentes, analisados de forma a serem identificadas potenciais fontes de contaminação do solo e das águas subterrâneas. Ao serem identificadas atividades potenciais ou suspeitas de contaminação, a área deve ser submetida a uma investigação confirmatória, através da avaliação direta de solo e de águas, por meio da coleta e da análise química das amostras destas matrizes. Posteriormente, quando se verifica a presença de contaminantes acima de determinadas concentrações no site em estudo, devem ser estabelecidas as responsabilidades e desenvolvida a terceira etapa do gerenciamento, quando necessária, que corresponde ao processo de reabilitação da área contaminada, cujo objetivo principal é a sua recuperação para uso futuro. Durante a execução das etapas do gerenciamento de áreas contaminadas, em função do nível de informação referente a cada uma, estas podem ser classificadas como (CETESB, 2007):

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• Áreas  Potencialmente  Contaminadas  (AP): são aquelas onde estão sendo ou foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras, ou seja, onde ocorre ou ocorreu o manejo de substâncias cujas características físico-químicas, biológicas e toxicológicas podem causar danos e/ou riscos aos bens a proteger; • Áreas Suspeitas de Contaminação (AS): são aquelas, nas quais, durante a realização da etapa de avaliação preliminar, foram observadas falhas no projeto, problemas na forma de construção, manutenção ou operação, indícios ou constatação de vazamentos e outros, induzindo a suspeitar da presença de contaminação no solo e nas águas subterrâneas e/ou em outros compartimentos do meio ambiente; • Áreas Contaminadas em Processo de Investigação (AI): corresponde à área, ao terreno, ao local, à instalação, à edificação ou à benfeitoria onde há comprovadamente contaminação, constatada em investigação confirmatória, na qual são realizados procedimentos para determinar a extensão da contaminação e identificar a existência de possíveis receptores, bem como de riscos à saúde humana. A área também será classificada como AI, caso seja constatada a presença de produtos contaminantes como combustível em fase livre, ou quando houver constatação da presença de substâncias, condições ou situações que, de acordo com parâmetros específicos, possam representar perigo; • Áreas  Contaminadas  (AC): Trata-se de área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria, anteriormente classificada como AI, na qual, após a realização de avaliação de risco, foram observadas quantidades ou concentrações de matéria em condições que causem ou possam causar danos à saúde humana. Uma área poderá ser considerada contaminada (AC) sem a obrigatoriedade de realização de avaliação de risco à saúde humana quando existir um bem de relevante interesse ambiental a ser protegido. Nas áreas classificadas como AC devem ser implantadas medidas de intervenção, em conjunto ou isoladamente, dentre as seguintes opções: medidas de remediação (MR), medidas de controle institucional (MCI) e medidas de controle de engenharia (MCE); • Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR): É uma área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria, anteriormente classificada como AC ou AI, na qual foram implantadas medidas de intervenção e atingidas às metas de remediação definidas, ou na qual os resultados da avaliação de risco indicaram que não existe a necessidade da implantação de nenhum tipo de intervenção para que a área seja considerada apta para o uso declarado, estando em curso o monitoramento para encerramento; • Áreas  Reabilitadas  (AR): Área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria, anteriormente classificada como área em processo de monitoramento para reabilitação (AMR) que, após a realização do monitoramento para encerramento, for considerada apta para o uso declarado. Para fins do presente estudo, uma vez que já haviam sido pré-selecionadas 05 (cinco) áreas no distrito de Mutum Paraná como Áreas Potencialmente Contaminadas (AP) ou Áreas Suspeitas de Contaminação (AS) coube à equipe responsável pelos levantamentos a seleção dos pontos de

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sondagem nestas áreas, com base nas informações prévias somadas aos levantamentos de campo, incluindo indícios físicos e entrevistas com possíveis ocupantes ou responsáveis locais. Neste contexto, o desenvolvimento dos trabalhos foi realizado pela equipe técnica da ICF Consultoria do Brasil Ltda. com as seguintes atividades: • Reconhecimento e avaliação visual das áreas de interesse; • Entrevistas com ex-moradores do distrito de Mutum Paraná, com o objetivo de levantar informações sobre a operação das atividades nos referidos sites, incluindo a disposição de equipamentos, escritórios e áreas de apoio; • Identificação de áreas potencialmente contaminadas ou suspeitas de contaminação; • Coleta de amostras de solo e envio para a realização de análises químicas laboratoriais de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (THP); • Análise comparativa dos resultados analíticos com os valores de referência aplicáveis. 4 ­ DIAGNÓSTICO GEOAMBIENTAL DA ÁREA E DO ENTORNO 

Este item apresenta a descrição das atividades realizadas em cada etapa do presente estudo, visando ao entendimento do meio físico das áreas e do entorno, tendo em vista a identificação dos pontos de eventual contaminação. O roteiro técnico utilizado considerou como objetivos básicos desta fase: a identificação de locais possivelmente contaminados ou com suspeita de contaminação, bem como dos eventuais contaminantes associados, de modo a estabelecer a locação de 03 (três) pontos de amostragem em cada um dos sites pré-selecionados para os levantamentos. Cabe ressaltar que os resultados analíticos das coletas realizadas apontam valores locais, não sendo possível nesta etapa a delimitação quantitativa das eventuais áreas contaminadas e a indicação da metodologia de reabilitação local. Essas, caso necessárias, deverão ser atendidas nas fases posteriores da avaliação dos passivos ambientais, conforme preconizam os métodos utilizados. 4.1 ­ CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR 

A busca por áreas potencialmente contaminadas ou suspeitas de contaminação na área urbana do distrito de Mutum-Paraná foi realizada previamente pela empresa Geoanalises Sondagens e Monitoramentos Ltda., conforme informado anteriormente, restando a esta equipe técnica da ICF Consultoria do Brasil Ltda. a vistoria local de cada site, de modo a permitir a locação dos

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pontos de sondagem para a coleta de 03 (três) amostras de solo por área, de forma a atender a maior probabilidade de detecção de eventuais contaminações. Assim, durante esta etapa de identificação de potenciais passivos ambientais nos sites pré-selecionados e delimitação da área eventualmente contaminada, a equipe técnica utilizou informações obtidas principalmente da avaliação visual dos locais, auxiliadas por depoimentos de ex-moradores do distrito de Mutum Paraná. Durante as entrevistas realizadas com ex-moradores do distrito e com os últimos comerciantes remanescentes na região, como por exemplo o Restaurante Rodoviária, foi possível a compreensão de como seriam no passado as instalações e as regiões as quais englobariam as atividades potencialmente contaminadoras propriamente ditas e unidades de apoio ou depósitos. Baseando-se no uso passado informado para as áreas de estudo, que se referem basicamente ao Sistema Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis e Retalhista no site 1, à Serragem de Madeira, Armazenamento e Atividades de Apoio nos sites 2, 3 e 4, e produção de energia elétrica através da queima de derivado de petróleo e Armazenamento deste combustível no site 5, foram buscados os potenciais contaminantes manuseados nos sites. Para verificação das atividades quanto à potencialidade de contaminação, foi utilizada a lista de atividades industriais/comerciais do IBGE potencialmente contaminadoras do solo e das águas subterrâneas, apresentada no Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (CETESB, 1999). De acordo com os levantamentos, a atividade principal desenvolvida em cada site, desde sua ocupação inicial, está relacionada: • Site 1: Armazenamento e venda de combustíveis derivados do petróleo ou bioderivados; • Sites 2, 3 e 4: Desdobro de madeira, armazenamento de madeira e de equipamentos industriais de apoio, bem como atividades relacionadas à manutenção dos equipamentos e máquinas; • Site 5: Geração de energia através da queima de derivado de petróleo e armazenamento deste combustível. Estas atividades são enquadradas na lista do IBGE, previamente citada, diretamente ou por similaridade, por meio dos Códigos IBGE nº: • 1510000 a 1519999 - Desdobramento da Madeira; • 3216314 a 3216314 - Depósito de Unidades Auxiliares de Apoio (utilidades) e de serviços de Natureza Industrial; • 5322000 a 5322999 - Manutenção e Conservação de Veículos em Geral; • 5539000 a 5539999 - Serviços de Conservação, Limpeza e Segurança;

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• 6109000 a 6110999 - Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e Gás Liquefeito de Petróleo - Exclusivamente no site 1. • 9999010 a 9999021 - Queima ao ar livre e disposição de resíduos - Exclusivamente no site 5. Como resultado destes levantamentos de informações, conclui-se que as áreas em estudo poderiam ser classificadas, naquele momento, como Áreas Suspeitas de Contaminação (AS) por derivados de petróleo oriundos do armazenamento e venda de combustíveis no site 1, pela manutenção de equipamentos e máquinas nos sites 2, 3 e 4, e pelo uso e armazenamento de combustível no site 5. Com base nas conclusões citadas anteriormente, foram listados os seguintes possíveis contaminantes para os sites em questão:

a) Site 1 

• Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH); • Benzeno, Tolueno Etilbenzeno e Xilenos (BTEX); • Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (PAH); • Compostos Orgânicos Voláteis (VOC); • Compostos Orgânicos Semi-Voláteis (SVOC); • Óleos e Graxas.

b) Sites 2, 3 e 4 

• Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH); • Óleos e Graxas.

c) Sites 5 

• Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH); • PCB Após a classificação preliminar das áreas como AS, procedeu-se ao levantamento de informações atuais e pretéritas sobre a ocupação do local. Esta avaliação envolveu as seguintes atividades: • Avaliação das informações existentes - Histórico; • Vistoria nos sites - Uso e ocupação; • Contextualização geológica.

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4.1.1 ­ Histórico 

O estudo histórico tem importância fundamental na investigação de áreas contaminadas, em especial em uma área cuja ocupação passada se mostrou diversificada. Nesse contexto, buscaram-se informações em campo diretamente em cada site, de modo a confirmar o manuseio dos possíveis contaminantes nos locais. Desta forma, foram obtidas informações mais objetivas com relação ao uso das áreas, incluindo a disposição dos elementos industriais e comerciais, com ex-moradores do distrito de Mutum Paraná e comerciantes remanescentes no local. Com base nas entrevistas, a equipe técnica da ICF Consultoria do Brasil Ltda. foi informada de que o uso das áreas não sofreu alterações significativas, ou seja, as áreas onde se implantaram atividades de serraria (sites 2, 3 e 4) e geração de energia (site 5) no passado foram mantidas para esse fim, aplicando-se o mesmo ao local onde operava o antigo posto de combustíveis (site 1), embora, segundo informações, tenha ocorrido em um curto período de tempo, não determinado com precisão pelos entrevistados. De acordo com os ex-moradores e comerciantes locais entrevistados, anteriormente ao uso comercial ou industrial as áreas eram cobertas inicialmente por vegetação, tendo sido posteriormente desmatadas para a ocupação humana, com eventual plantio de subsistência de pequeno porte, porém sem o desenvolvimento de demais atividades potencialmente contaminadoras. 4.1.2 ­ Uso e Ocupação do Solo 

Neste item são apresentadas as características de uso e ocupação do solo para os sites e seu entorno imediato, considerando os possíveis receptores de eventuais contaminações oriundas de cada site. a) Uso e Ocupação do Entorno As informações obtidas nos documentos analisados, bem como nas vistorias de campo realizadas entre os meses de março e maio de 2011, revelaram que todos os 04 (quatro) sites avaliados encontram-se desativados e totalmente desocupados, restando apenas restos de suas estruturas com indícios de seu antigo layout produtivo. Revelou-se ainda que toda a ocupação de entorno está em fase final de desmobilização, devido ao fato do distrito encontrar-se na área do futuro reservatório do AHE Jirau.

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Com base no levantamento realizado, Mutum Paraná foi uma ocupação urbana cuja concentração ocorreu pela proximidade do rio Mutum Paraná e da rodovia BR-364 que o atravessa, associada a atividades de garimpo, industriais de serraria ou comerciais, devido à sua localização que permite ainda o fácil acesso ao Ramal Vai-Quem-Quer, o qual dá acesso ao agrupamento minerário existente na margem esquerda do rio Madeira. Essa concentração urbana ocorreu em uma área de aproximadamente 32 hectares dividida em 25 a 30 quarteirões subdivididos em lotes com usos mistos, como por exemplo: residencial, comercial e industrial. O lazer, em termos de massa, estava mais concentrado às margens do rio Mutum Paraná, onde ocorreu no passado a atividade banhista. Neste contexto, em termos de uso e ocupação atual das terras, não há significância para a avaliação de eventuais riscos à saúde humana em decorrência da exposição a contaminantes possivelmente existentes nos sites, haja vista que a área urbana de Mutum-Paraná encontra-se em processo de desocupação populacional. b) Uso e Ocupação dos Sites O cenário de desmobilização do distrito de Mutum Paraná, conforme descrito anteriormente, também se aplica aos 04 (quatro)  sites avaliados durante estes trabalhos e também ao site 5 onde está localizado o gerador de energia, que também será desmobilizado, haja vista que os mesmos se encontram na área do futuro reservatório do AHE Jirau, assim como todo o entorno. Em linhas gerais, é possível descrever a ocupação atual dos 04 (quatro) sites como representada por galpões/armazéns comerciais e/ou industriais em desmobilização, todos em pilhas de madeiras ou alvenaria, dispostos sobre o solo in  situ como resultado de sua derrubada para a desativação e destinação final. Não se identificam prédios ou construções que outrora serviram para abrigar as atividades relativas a cada site, exceto por indícios nas formas e dimensões, corroborados por relatos de ex-moradores do entorno. A seguir serão descritos individualmente e apresentadas algumas fotos de modo a ilustrar o atual estado das áreas em estudo, bem como os eventuais indícios de contaminação observados em cada uma, os quais embasaram a determinação dos pontos de amostragem do solo. b.1) Site 1: Posto de Combustíveis Desativado Corresponde a um posto de combustíveis abandonado que, de acordo com o averiguado em campo, funcionava sob a Bandeira da Petrobrás (Foto 4­1), e tinha em seu entorno imediato a rodovia BR-364 na porção dianteira (Sudeste) e aos fundos o site 2 (Oeste-Noroeste) e o site 3 (Norte-Nordeste), conforme pode ser verificado na Foto 4­2. De acordo com os levantamentos de campo, foi possível evidenciar que o posto de combustíveis em pauta operava em uma área inferior a 500 m², no que tange ao abastecimento de veículos, sem indícios

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de demais atividades como lavagem ou troca de óleo. Foi possível verificar a existência de uma área de tancagem de onde aparentemente foi removido o único tanque de armazenamento subterrâneo (TAS) existente (Foto 4­2). Ainda foram observados locais de onde foram removidas 02 (duas) bombas de abastecimento.

Foto 4­1 ­ Vista de fragmento da cobertura do posto de combustíveis desativado, mostrando a marca BR, 

bandeira provavelmente utilizada no mesmo. 

Foto 4­2 ­ Vista do buraco deixado pela remoção do TAS na área de tancagem do posto de combustíveis 

desativado.  Sobre os detalhes técnicos, tanto do tanque de armazenamento subterrâneo quanto das bombas de abastecimento, não foram encontrados dados que pudessem precisá-los, tendo sido apenas informado verbalmente à equipe técnica que no local seriam vendidos pelo menos gasolina e diesel, o que leva à suposição de que o tanque seria compartimentado. Quanto à pavimentação do posto, conforme pode ser observado da Foto 4­3 a seguir, havia sob a área de abastecimento uma camada de pavimento asfáltico, que segundo o que se pode observar, foi o único piso existente no local, além do solo natural coberto por pedregulhos.

Foto 4­3 ­ Vista parcial do site 1. Nota­se aos pés dos sondadores o limite entre o pavimento asfáltico e o 

solo com pedregulho. 

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b.2) Site 2: Serraria Desativada 1 O local identificado como site 2 corresponde à uma antiga serraria desativada, localizada a oeste-noroeste do site 1 e a sul-sudoeste do site 3, sendo ambos vizinhos imediatos entre si e da rodovia BR-364. No local foi possível identificar, com o auxílio de relatos de ex-moradores do distrito de Mutum Paraná, a antiga área de carga e descarga de madeira (Foto 4­4), ocupando a porção sul-sudeste deste site, a área administrativa (Foto 4­5) ao sudoeste e a área de produção (Foto 4­6) no centro e nordeste do terreno.

Foto 4­4 ­ Vista parcial do site 2, voltada para a antiga área de expedição. 

Foto 4­5 ­ Vista parcial do site 2 ­ Antiga área de administração. 

Foto 4­6 ­ Vista parcial do Site 2 ­ Antiga área de produção.  Constatou-se ainda que, próximo à área indicada como o local da produção, existe a estrutura de base de um pequeno galpão que funcionava como setor de manutenção de máquinas, e, portanto,

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abrigava óleos e graxas. Foi possível observar um local onde o solo superficial apresenta uma mancha de óleo, exalando ainda um forte odor do produto, apresentado na Foto 4­7 a seguir. Além da macha de óleo citada anteriormente, não foi observado nenhum outro indício visual, táctil ou olfativo da presença de contaminantes. Outro elemento de grande relevância no estudo em pauta observado na área corresponde a um poço sertanejo construído no local (Foto  4­8), por meio do qual é possível ter acesso visual à água subterrânea e constatar que naquela região não ocorrem indícios visuais de contaminação por óleo nessa matriz.

Foto 4­7 ­ Vista parcial do site 2 ­ Antiga oficina de manutenção. Nota­se aos pés dos sondadores a 

mancha de óleo. 

Foto 4­8 ­ Vista parcial do site 2 ­ Poço sertanejo existente. Nota­se que o estado de conservação do mesmo permite o acesso visual à água subterrânea. 

b.3) Site 3: Serraria Desativada 2 Assim como o anterior, o site 3 corresponde à uma serraria desativada onde era executado o desdobro da madeira e, possivelmente, aplicavam-se os mesmos métodos e layout produtivo da mesma, ou seja, seria formada por um setor administrativo e uma área de produção, expedição e oficina de manutenção. Contaria ainda com uma área de armazenagem de madeira pré e pós-processada. No local foi constatada uma concentração de serragem e um buraco no chão onde se observam vigas de madeira (Foto 4­9), tratando-se da área de produção.

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Foto 4­9 ­ Vista parcial do site 3 ­ Ponto na antiga área de produção, atualmente com vigas de madeira 

empilhadas.  Por outro lado, a ausência de informações visuais acerca do layout da antiga unidade revela também uma ausência de indícios da presença de contaminantes, haja vista que não foram observadas manchas de óleo nem materiais suspeitos ao longo de toda a área. b.4) Site 4: Serraria Desativada 3 Trata-se da terceira serraria desativada presente no distrito de Mutum Paraná, localizada no extremo oposto da ocupação urbana, em uma área onde é possível identificar claramente as unidades componentes da planta, estando a administração localizada no extremo sudeste do terreno, a produção no centro e a oficina de manutenção no setor centro-nordeste. Na Foto 4­10, apresentada a seguir, tomada a partir de restos de uma placa de madeira onde é possível ler parcialmente a Razão Social e o CNPJ da empresa.

Foto 4­10 ­ Vista da antiga placa de identificação do site 4. 

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Com relação aos indícios de contaminação neste site, foi observada uma série de manchas de óleo (Foto  4­11) na região do terreno onde se localizava a oficina de manutenção, sendo possível ainda identificar restos de materiais, galões de óleo vazios, peças industriais e automotivas, incluindo 03 (três) carcaças de veículos automotores (Foto 4­12).

Foto 4­11 ­ Vista parcial da antiga área de manutenção do site 4. Nota­se aos pés dos 

sondadores manchas de óleo em tom mais escuro. 

Foto 4­12 ­ Vista de carcaças de carro abandonadas no site 4. 

Porém, ao contrário do observado no site 2, as manchas de óleo identificadas tinham distribuição aparentemente apenas superficial e não exalavam odor do produto. 4.1.3 ­ Aspectos Físicos de Mutum Paraná 

Conforme mencionado anteriormente, os sites avaliados durante este trabalho estão situados na área urbana do distrito de Mutum Paraná, no município de Porto Velho, estado de Rondônia, a qual foi habitada a partir das margens do rio homônimo. No local são observadas terras planas e alagadiças, com cotas em torno dos 90 m acima do nível do mar ou inferiores a esta. O relevo plano é sustentado por sedimentos arenosos e conglomeráticos da Formação Palmeiral e localmente por sedimentos dedríticos lateríticos (Foto 4­13 datados do Holoceno. Sotoposto pelos sedimentos citados observam-se corpos graníticos equigranulares a porfiríticos (Foto  4­14), granitos pórfiros sub-vulcânicos e aplitos associados a granitos Rapakivi, especialmente na margem esquerda do rio Madeira, todos da suíte Intrusiva São Lourenço-Caripunas e, a quartizitos (Foto 4­15) da Formação Palmeiral.

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Foto 4­13­ Detalhe de sedimento detrítico laterítico na área em estudo. 

Foto 4­14 ­ Detalhe de rocha granítica na área em estudo. 

Foto 4­15 ­ Afloramento de quartzito em Mutum Paraná. 

5 ­ AMOSTRAGEM E ANÁLISES QUÍMICAS 

Neste item são descritas as atividades de execução de tradagem no solo, seguidas de amostragem e análises físicas e químicas das amostras, bem como os resultados analíticos obtidos em decorrência das mesmas. 5.1 ­ SELEÇÃO DE PONTOS DE PERFURAÇÃO E AMOSTRAGEM DO SOLO 

Em seguida ao reconhecimento e avaliação dos sites identificados, especialmente a varredura total das áreas em busca de indícios de pontos com suspeita de contaminação, foram selecionados pelo geólogo

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de campo os 03 (três) locais mais prováveis de que os eventuais contaminantes pudessem ser detectados em cada site, sendo a distribuição de sua localização apresentada no Mapa de Localização dos Pontos de Sondagem, constante no Anexo 03. No presente estudo, como modelo distributivo dos pontos de tradagem e coleta de amostras, optou-se pela aplicação de uma malha direcionada, na qual os furos de sondagem foram executados de acordo com o conhecimento das informações já obtidas a respeito das fontes potenciais, vias de disseminação de contaminantes e/ou indícios observados em campo. Esta opção de modelo distributivo segue a norma ISO/DIS 10381-1, que trata da distribuição de pontos de amostragem de solo. Ressalta-se que para o site 1, por se tratar de um posto de combustíveis desativado com área inferior a 1.000 m², a determinação dos pontos de sondagem seguiu ainda o preconizado na Tarefa  4  ­  Locação  dos  Pontos  de  Sondagem  e Determinação  do Número  de Amostras  a  Serem Coletadas, do Procedimento para  Identificação de Passivo Ambientais  em Estabelecimentos  com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis (SASC), que determina o seguinte:

“Em estabelecimentos com área  total  igual ou  inferior a 1.000 m², os pontos de  sondagem devem  se situar  em áreas  desobstruídas  e a  jusante  dos  equipamentos,  considerando­se  o provável  sentido  de escoamento da água subterrânea, conforme a seguinte seqüência de priorização: 

1. tanques  de  armazenamento  de  combustíveis,  em  uso  e  desativados,  exceto  os  tanques  de armazenamento de álcool; 

2. filtros de diesel; 

3. bocais de descarga a distância; 

4. unidades de abastecimento (bombas), exceto as de abastecimento de álcool; 

5. tanque de óleo usado.” A execução das sondagens seguiu as normas ABNT/NBR 13.895/97 - Construção de Poços de Monitoramento e Amostragem e ABNT/NBR 15.492/07 - Sondagens de Reconhecimento para Fins Ambientais, tendo sido realizada pela equipe técnica da ICF Consultoria do Brasil Ltda., utilizando-se trado manual de caneco com 04 polegadas de diâmetro sustentado por hastes metálicas de 1 ou 2 m de comprimento e manuseado por 01 (um) sondador e 02 (dois) auxiliares de sondagem. Essa operação, ilustrada a seguir (Foto  5­1), foi realizada sob a supervisão constante do geólogo de campo.

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Foto 5­1 ­ Sondagem com trado manual na área em estudo.  A profundidade atingida pelas sondagens foi variada, limitada pelo nível freático local, sendo a profundidade mínima alcançada de 1,2 m. O material oriundo dos furos de sondagem foi removido, analisado tátil-visualmente e descrito pelo geólogo de campo, sendo posteriormente amostrado de acordo com os possíveis indícios de contaminação, como a presença de manchas de óleo (Foto 5­2) ou exalação de odores, indicando a volatilização de compostos ao longo do perfil. Para o caso de distribuição vertical ampla dos indícios de presença de contaminantes foi indicada como amostra a ser enviada para análises químicas, aquela com maior concentração de tais indícios em campo ou ainda, como no caso do ponto de amostragem situado na oficina/produção - site 2, tomando uma postura mais conservadora no sentido de se obter um melhor entendimento da distribuição dos contaminantes no perfil, foram coletadas e analisadas 02 (duas) amostras de profundidades diferentes. No total foram coletadas 13 amostras de solo em 12 pontos distintos, sendo 03 (três) em cada

site, conforme mencionado anteriormente, com exceção do site 2, onde foram coletadas 04 (quatro) amostras de solo. Cada amostra recebeu uma identificação numérica aleatória utilizando-se os numerais de 1 a 13, sendo a correlação de cada amostra com o ponto de coleta conhecida apenas pelo geólogo de campo, de modo a garantir a isenção dos resultados analíticos por parte do laboratório contratado para o serviço.

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Foto 5­2 ­ Detalhe de amostra de solo com resíduo de hidrocarboneto no Site 2.  No Quadro 5­1 a seguir é apresentada a lista de amostras coletadas, com a indicação dos locais de coleta, incluindo a profundidade amostrada e as coordenadas UTM de cada ponto de sondagem. As amostras coletadas foram armazenadas em sacos plásticos espessos, sendo lacradas, identificadas e armazenadas em caixa térmica refrigerada a gelo, para posterior envio ao laboratório. Cabe destacar, que visando à eliminação de riscos de contaminação externa, os equipamentos utilizados nas sondagens foram descontaminados após cada coleta de acordo com as seguintes etapas:

• Remoção do solo aderido por meio de escova e espátula; • Limpeza dos equipamentos com água potável e detergente alcalino com baixo teor de fósforo; • Nova limpeza com água potável.

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Quadro 5­1 ­ Identificação dos pontos de amostragem de solos na área estudada Identificação da Amostra 

Coordenadas UTM (Datum SAD69 – zona 20S  Profundidade (m) X  Y 

Site 1: Posto de Combustíveis Desativado Amostra 05 - Área de Tancagem 286.721 8.936.012 1,8 Amostra 07 - Bomba Lateral 286.728 8.936.024 2,6 Amostra 08 - Bomba da Frente 286.731 8.936.018 2,6 Site 2: Serraria Desativada 1 Amostra 12 - Oficina/Produção - Mancha e Cheiro de Óleo 286.589 8.935.974 1,5 a 2,0 Amostra 03 - Oficina/Produção (Amostra da Franja Capilar) 286.589 8935.974 2,5 Amostra 11 - Produção - Centro 286.605 8.936.000 2,8 Amostra 09 - Produção - Jusante 286.629 8.936.012 3,2 Site 3: Serraria Desativada 2 Amostra 13 - Produção - Serragem 286.635 8.936.106 1,7 Amostra 06 - Produção - Centro 286.621 8.936.114 1,8 Amostra 02 - Produção - Jusante 286.631 8.936.130 1,7 Site 4: Serraria Desativada 3 Amostra 01 - Produção - Centro, abaixo do piso 287.423 8.935.851 1,2 Amostra 10 - Produção - Jusante 287.482 8.935.890 4,0 Amostra 04 - Oficina - Mancha de Óleo na Superfície 287.545 8.935.922 4,0 5.2 ­ ANÁLISES QUÍMICAS E RESULTADOS ANALÍTICOS 

Conforme mencionado anteriormente, as 13 amostras coletadas através dos furos de sondagem executados nos 04 (quatro) sites  avaliados durante este estudo foram selecionadas criteriosamente, preservadas sob refrigeração à base de gelo em caixa térmica hermeticamente fechada e encaminhadas ao laboratório de análises químicas da Bioagri Ambiental Ltda., onde foram analisadas com vistas à detecção do parâmetro TPH. Conforme pode ser observado no Anexo  06, os procedimentos metodológicos de análises seguiram os padrões POP PA 072/USEPA SW 846 - 8015 para TPH e POP PA 009/SMWW 2540B para sólidos totais. Ressalta-se que as análises foram realizadas dentro dos padrões aplicáveis de controle de qualidade, tendo sido executadas no laboratório supra mencionado. A síntese dos resultados analíticos é apresentada no Quadro  5­2 a seguir, sendo os laudos analíticos apresentados na íntegra no Anexo 06. A análise dos resultados evidenciou a presença de contaminantes apenas nos sites 1 e 2, sendo os mesmos analisados no próximo item, onde será apresentada a discussão dos mesmos em relação aos parâmetros de comparação e ações necessárias em decorrência de sua detecção.

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Quadro 5­2 ­ Síntese dos resultados analíticos obtidos para as amostras coletadas. 

Identificação da Amostra  Resumo Analítico (TPH Total ­ mg/kg) 

Site 1: Posto de Combustíveis Desativado Amostra 05 - Área de Tancagem 139 Amostra 07 - Bomba Lateral 63,8 Amostra 08 - Bomba da Frente N/Q Site 2: Serraria Desativada 1 Amostra 12 - Oficina/Produção - Mancha e Cheiro de Óleo 6144 Amostra 03 - Oficina/Produção (Amostra da Franja Capilar) 3155 Amostra 11 - Produção - Centro N/Q Amostra 09 - Produção - Jusante N/Q Site 3: Serraria Desativada 2 Amostra 13 - Produção - Serragem N/Q Amostra 06 - Produção - Centro N/Q Amostra 02 - Produção - Jusante N/Q Site 4: Serraria Desativada 3 Amostra 01 - Produção - Centro, abaixo do piso N/Q Amostra 10 - Produção - Jusante N/Q Amostra 04 - Oficina - Mancha de Óleo na Superfície N/Q N/Q = Não Quantificável - Abaixo do Limite de Quantificação por amostra 6 ­ ANÁLISE DOS RESULTADOS 

Com base nas informações expostas no item anterior, ficou constatado analiticamente que dentre as 04 (quatro) áreas avaliadas, apenas os sites 1 e 2 apresentaram indícios de contaminação no solo pelo parâmetro TPH, sendo que no site 1 (Posto de Combustíveis Desativado), a presença de TPH foi detectada em 02 (dois) dos 03 (três) pontos de coleta e no site 2 (Serraria Desativada 1), o contaminante se mostrou presente apenas em 01 (um) dos locais, nas 02 (duas) profundidades avaliadas, conforme descrito a seguir: a) Site 1 ­ Posto de Combustíveis Desativado 

• Ponto 1: Amostra 05 - Área de Tancagem - Realização de coleta sob a antiga posição do tanque de armazenamento subterrâneo (TAS), removido previamente a este estudo. Foi detectado TPH na faixa do óleo diesel (C14-C20) a 42,6 mg/kg e na faixa de óleo lubrificante (C20-C40) a 94,7 mg/kg; • Ponto 2: Amostra 07 - Bomba Lateral - Foi detectado TPH na faixa do óleo diesel (C14-C20) a 42,6 mg/kg e na faixa de óleo lubrificante (C20-C40) a 60,1 mg/kg.

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b) Site 2 ­ Serraria Desativada 1 

• Ponto 1: Amostra 12 - Oficina/Produção - Área da oficina de manutenção sob mancha de óleo exalando forte odor do produto. Foi detectado TPH nas faixas de análise C11-C14; C14-C20 e C20-C40, sendo classificado como óleo diesel (Faixa C14-C20 com 3.299 mg/kg) na amostra coletada entre as profundidades de 1,50 a 2,00 m. • Ponto 1: Amostra 03 - Oficina/Produção - Área da oficina de manutenção sob mancha de óleo exalando forte odor do produto. Foi detectado TPH nas 04 (quatro) faixas de análise - C8-C11; C11-C14; C14-C20 e C20-C40, sendo classificado como óleo diesel (Faixa C14-C20 com 1802 mg/kg) na amostra coletada na franja capilar do solo - 2,50 m. De posse desses resultados analíticos, passou-se à análise comparativa dos mesmos com os valores orientadores para solos aplicáveis. Historicamente no Brasil, aplicaram-se como valores de referência para o parâmetro TPH, aqueles constantes de Lista Holandesa, admitidos pela CETESB no ano de 2001 no Relatório para

Estabelecimento  de  Valores  Orientadores  para  Água  e  Solo no Estado de São Paulo. Posteriormente esses valores foram substituídos pela tabela editada em 2005 pela mesma instituição e mais especificamente para o parâmetro TPH em pauta, no Procedimento  para Identificação  de  Passivo  Ambientais  em  Estabelecimentos  com  Sistema  de  Armazenamento Subterrâneo  de  Combustíveis  (SASC) de fevereiro de 2007, onde fica definido como valor de intervenção para solos, a concentração de 1.000 mg/kg, passando a ser aplicado para todos os demais tipos de estabelecimento. Neste contexto, considera-se a aplicação deste valor de intervenção como o mais indicado para o caso em pauta, ressaltando que mesmo com base na Lista Holandesa, de valores menos conservadores, os resultados analíticos apontam para a necessidade de ações apenas no site 2. Em síntese, a adoção do valor de intervenção de 1.000 mg/kg para os solos evidencia a necessidade de ações de reabilitação para o site 2, onde a concentração de TPH Total detectada foi de 6.144 mg/kg nas profundidades entre 1,5 e 2,0 m do ponto 1 e 3.155 mg/kg no mesmo ponto, porém na amostra coletada já na franja capilar, indicando o contato do contaminante com a água subterrânea. Com relação ao site 1 (Posto de Combustíveis Desativado), o valor máximo detectado de 139 mg/kg de TPH total, está abaixo do limite de intervenção (1.000 mg/kg), não exigindo portanto a doção de medidas de remediação. De acordo com CETESB (2001), tem-se que: • o valor de intervenção indica o limite de contaminação do solo e das águas subterrâneas, acima do qual existe risco potencial à saúde humana, devendo ser utilizado em caráter corretivo no gerenciamento de áreas contaminadas e quando excedido requer alguma forma de intervenção na área avaliada, de maneira a interceptar as vias de exposição, devendo ser efetuada uma avaliação de risco caso a caso.

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7 ­ CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Com base no exposto anteriormente, os estudos realizados nos 04 (quatro) sites avaliados permitiram a compreensão do cenário atual dos mesmos de acordo com o que se segue: 1.  Histórico  de  Ocupação  das  Áreas: Não ocorre uso atual das áreas onde estão sendo realizados os estudos devido à previa desmobilização do distrito de Mutum Paraná, visto que este se encontra na área do futuro reservatório do AHE Jirau. Com relação ao uso pretérito dos sites, as atividades desenvolvidas nos mesmos permitem que sejam classificados como Áreas Potencialmente Contaminadas (CETESB, 1999), enquadrando-se nos códigos IBGE de acordo com o que se segue: • Site 1 (Posto de Combustíveis Desativado):

- 6109000 a 6110999 - Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes e Gás Liquefeito de Petróleo; 4011000 a 4011999 - Posto de Combustíveis Desativado. • Sites 2, 3 e 4 (Serrarias Desativadas):

- 1510000 a 1519999 - Desdobramento da Madeira; - 3216314 a 3216314 - Depósito de Unidades Auxiliares de Apoio (utilidades) e de serviços de Natureza Industrial; - 5322000 a 5322999 - Manutenção e Conservação de Veículos em Geral; - 5539000 a 5539999 - Serviços de Conservação, Limpeza e Segurança.

• Site 5 (Gerador de Energia Elétrica): - 9999010 a 9999021 - Queima ao ar livre e disposição de resíduos

2. Aspectos Físicos Locais: Com base nos levantamentos de campo foi possível observar que os 04 (quatro) sites apresentam na zona não-saturada sedimentos arenosos e argilosos, ambos permeáveis, permitindo o fluxo de eventuais contaminantes, recobertos por material de alteração in situ e, localmente concentrações clásticas lateríticas. 3. Presença de Contaminantes no Site 1 (Posto de Combustíveis Desativado) Abaixo dos Limites Preconizados: Os levantamentos visuais realizados neste site em superfície e táctil-visual no material de subsuperfície, acessado por meio de sondagem a trado manual, não revelaram quaisquer indícios de presença de contaminantes, embora identificadas possíveis fontes como tanque de armazenamento subterrâneo de combustíveis e bombas de abastecimento de veículos. Por outro lado, a análise química das amostras de solo revelou a presença de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) no local em concentrações abaixo dos limites de intervenção estabelecidos (máxima de 139 mg/kg).

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4.  Presença  de  Contaminantes  no  Site  2  (Serraria  Desativada  1)  Acima  dos  Limites Preconizados: Os levantamentos visuais realizados neste site em superfície e táctil-visual no material de subsuperfície acessado por meio de sondagem a trado manual revelaram indícios de presença de contaminantes como manchas de óleo e odor forte do produto, apenas na área da oficina de manutenção. A análise química das amostras de solo confirmou tal contaminação com a presença de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) em concentrações acima dos limites de intervenção estabelecidos (máxima de 6.144 mg/kg). 5. Ausência de Contaminantes no Site 3 (Serraria Desativada 2): Os levantamentos visuais realizados neste site em superfície e táctil-visual no material de subsuperfície acessado por meio de sondagem a trado manual não revelaram quaisquer indícios de presença de contaminantes, embora identificadas possíveis fontes como área de manutenção de máquinas e ferramentas, como por exemplo na oficina de manutenção. A análise química das amostras de solo revelou que não há presença de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) no local. 6. Ausência de Contaminantes no Site 4 (Serraria Desativada 3): Os levantamentos visuais realizados neste site em superfície e táctil-visual no material de subsuperfície acessado por meio de sondagem a trado manual revelaram indícios de presença de contaminantes em superfície, representadas por manchas de óleo na região da oficina de manutenção, porém, sem odores. Como resultado da análise química das amostras de solo coletadas em subsuperfície, ficou constatado que não há presença de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) no local, exceto pela camada estritamente superficial onde possivelmente ocorreram pequenos vazamentos de óleo ou graxas sem a infiltração a níveis inferiores do perfil de solo. 7.  Impossibilidade de Realização dos Levantamento no Site 5  (Gerador de Energia Elétrica): Conforme informado ao IBAMA no dia 17/05/2011, através da correspondência AJ/MC 930-2011, não foi possível realizar os estudos na área do gerador de energia elétrica do distrito de Mutum Paraná (site 5) durante as vistorias de campo, uma vez que a empresa Guascor do Brasil Ltda., responsável pela sua operação, não autorizou a entrada da equipe técnica da ICF Consultoria do Brasil Ltda. ao local. A análise dos resultados, apresentada anteriormente, especialmente em comparação aos valores de intervenção estabelecidos pela CETESB em 2007, permite a conclusão de que há 03 (três) situações distintas que levam à tomada de diferentes ações com relação ao gerenciamento de áreas contaminadas, conforme elencadas a seguir: • O site 2 (Serraria Desativada 1) teve contaminação por TPH detectada em concentração acima do limite de intervenção de 1.000 mg/kg no ponto 1, localizado sob a antiga oficina de manutenção, devendo portanto ser classificada como Área Contaminada em Processo de Investigação (AI) e ter seu estudo continuado de modo a definir os reais riscos existentes e estabelecer, se necessário, as medidas a serem tomadas visando à reabilitação do local; • O site 1 (Posto de Combustíveis Desativado) revelou a presença de TPH nos pontos 1 e 2 em concentrações aproximadamente 10 (dez) vezes menores do que o limite de intervenção. Neste contexto não há necessidade da tomada imediata de ações para sua reabilitação, devendo ser excluída;

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• Os sites 3 e 4 não apresentaram contaminação e, portanto, devem ser descartadas do processo de gerenciamento de áreas contaminadas. 8 ­ RECOMENDAÇÕES 

A partir do entendimento dos cenários atuais apresentados pelos 04 (quatro) sites avaliados, obtido por meio do estudo realizado e exposto nos capítulos anteriores, recomenda-se, uma investigação detalhada das áreas onde foi detectada a presença de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo. Essa investigação terá como finalidade a delimitação espacial da área de passivo de solo e a quantificação do volume de solo com resíduo de hidrocarboneto. Esse solo deverá ser retirado sendo destinado para descarte no incinerador situado no Canteiro de Obras, eliminando desta forma potenciais áreas fontes de contaminação do lençol freático. A investigação detalhada será realizada por meio de sondagens investigativas conforme descrito abaixo: • Sites 2 (Serraria Desativada): Levantamento de Compostos Orgânicos Voláteis (VOC) com malha regular composta de 40 sondagens rasas para leitura de voláteis e sondagens investigativa com malha composta por 09 (sete) sondagens e coleta de 23 amostras de solo e análise para os parâmetros TPH e óleos e graxas. Uma vez que não foi possível realizar a Avaliação Preliminar no Site 5, o mesmo foi selecionado para a etapa de Investigação detalhada com a realização das seguintes sondagens: • Site 5 (Gerador de Energia Elétrica): Levantamento de Compostos Orgânicos Voláteis (VOC) com malha regular composta de 20 sondagens rasas para leitura de voláteis e sondagens investigativa com malha regular composta por 10 (dez) sondagens e coleta de 25 amostras de solo e análise para os parâmetros TPH e PCB.. 9 ­ RESPONSÁVEL TÉCNICO 

Nome do Profissional  CTF  CREA  Qualificação  Função no Contrato Marcelo Villela da Costa Braga 38749 2001103805 -CREA/RJ Geólogo Coordenador do Projeto Assinatura

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10 ­ EQUIPE TÉCNICA 

Nome do Profissional  RG  Qualificação  Função no Contrato Rachel Starling A. P. Silva 892222/D – CREA/MG Geógrafa Apoio de coordenaçãoMarina Pires Helal 20406734-2 - DIC-RJ Engenheira Ambiental Apoio operacional Bruna Rustichelli T. de Castro 09391102-2 - DIC-RJ Bióloga Apoio logístico e operacionalÉrika Silva de Andrade Costa 20910182-3 - DIC-RJ Oceanógrafa Apoio operacional Rubens Toledo 07719331-6 - DETRAN-RJ Técnico Editoração Erika Billo Romano 201906062 DETRAN-RJ Técnico Editoração Osmair Santos Ferreira 24627740-3 Geólogo Geólogo de Campo Aroldo Silva Santos 35.577.287-5 Técnico de campo Sondador Leomar Alencar Ribeiro 3.326.229 Técnico de campo Auxiliar de sondagemAlessandro Alves Sousa 52.503.282-4 Técnico de campo Auxiliar de sondagem11 ­ BIBLIOGRAFIA 

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 1997. NBR 13895 ­ Construção de poços de monitoramento e amostragem. CETESB - Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental. Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas. Disponível para download em <http://www.cetesb.sp.gov.br/solo/ areas_contaminadas/ manual.asp> CETESB, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental; Relatório de estabelecimento de  Valores  Orientadores  para  Solos  e  Águas  Subterrâneas  no  Estado  de  São  Paulo. Relatório Técnico, 2001. CETESB Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental. Decisão de Diretoria Nº 195-2005-E, de 23 de novembro de 2005. Anexo único. Valores  Orientadores  para  solos  e  águas subterrâneas no Estado de São Paulo. 2005. Disponível em: <http:// www.cetesb.org.br> CONAMA, 2009. Resolução CONAMA nº 420, de 28/12/2009 - Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas.